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Disfunção erétil, auto-referida e segundo o Índice Internacional de Função Erétil, em doadores de sangue / Self-reported erectile dysfunction and according to the International Index of Erectile Function in blood donorsReis, Margareth de Mello Ferreira dos 19 August 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Inúmeros estudos epidemiológicos realizados nos mais diversos países sugerem alta prevalência de disfunção erétil (DE), mas não há consenso acerca de sua exata magnitude. MÉTODOS: Foi conduzido um estudo para estimar a prevalência de DE e investigar seus fatores associados em homens com idade entre 40 e 60 anos, considerados sadios. Tal estudo de corte transversal com doadores de sangue, heterossexuais, com parceira estável há pelo menos seis meses, incluídos entre janeiro de 2006 e julho de 2007, investigou a presença da DE por meio do Índice Internacional de Função Erétil (IIFE) e também com pergunta direta, para auto-avaliação. Foram investigados fatores sócio-demográficos, história clínica, características do relacionamento afetivo e sexual, qualidade de vida, presença de sintomas depressivos e/ou ansiosos e de stress. RESULTADOS: A amostra incluiu 300 sujeitos, dos quais 12 foram excluídos da análise porque faziam uso de medicação oral para ereção, metade dos quais sem orientação médica. Dos 288 sujeitos analisados, 92 (31,9 %; IC95%: 26,6% a 37,7%) foram classificados pelo IIFE como tendo algum grau de disfunção erétil: 87 (30,2%; IC95%: 25,0% a 35,9%) indivíduos possuíam disfunção leve, quatro (1,4%; IC95%: 0,4% a 3,5%), disfunção moderada e um (0,3%; IC95%: 0,01% a 1,9%), disfunção completa. Entretanto, apenas nove (3,1%; IC95%: 1,4% a 5,8%) referiram não se sentirem potentes sexualmente. A concordância entre DE detectada pelo IIFE e DE referida foi baixa (kappa = 0,11; p < 0,001). Dos nove indivíduos que não se sentiam potentes sexualmente, apenas dois (22,2%) procuraram tratamento. Os fatores associados à presença da DE detectada pelo IIFE, após regressão logística multivariada, foram: inatividade profissional (OR = 3,3; IC95%: 1,4 a 7,8; p = 0,005); suspeita de transtorno depressivo e/ou ansioso (OR = 2,6; IC95%: 1,1 a 6,3; p = 0,033); desejo sexual bom (não excelente) (OR = 2,5; IC95%: 0,9 a 7,0; p = 0,082), ou baixo/moderado (OR = 5,5; IC95%: 1,2 a 25,1; p = 0,027) e referir DE (OR = 7,5; IC95%: 0,8 a 71,7; p = 0,080). CONCLUSÕES: A prevalência da DE, segundo o IIFE, foi alta, embora inferior à observada em outros estudos conduzidos com voluntários e usuários de serviços de saúde. A concordância entre DE, segundo o IIFE e auto-referida, foi baixa, possivelmente porque as duas formas de investigação avaliam diferentes dimensões da função erétil (aspectos funcionais versus aspectos subjetivos). Há grande interação entre os fatores biológicos, culturais e psicológicos no surgimento e manutenção da DE. É importante que os profissionais de saúde estejam atentos para a saúde sexual dos homens, especialmente após os 40 anos de idade, e para as possíveis condições que podem acompanhar a DE (doenças sistêmicas, sofrimento psíquico e outros aspectos psicossociais). / INTRODUCTION: Several epidemiological studies from different countries indicate high prevalence of erectile dysfunction (ED) but there is no consensus about its actual magnitude. The objective of the present study was to estimate the prevalence of ED and describe its associated factors in healthy men. METHODS: Crosssectional study comprising a sample of heterosexual blood donors, aged between 40 and 60 years, with a steady partner for at least six months, was carried out between January 2006 and July 2007. ED was assessed using the International Index of Erectile Function (IIEF) as well as direct inquiring for self-assessment. Data was collected on sociodemographic characteristics, medical history, affective and sexual behavior, quality of life, presence of depression and/or anxiety symptoms and stress. The study sample comprised 300 subjects, of which 12 were excluded from the analysis since they were taking oral medication for erectile dysfunction, and half of them took this medication without any prior medical advice. RESULTS: Of 288 subjects analyzed, 92 (31.9%; 95% CI: 26.6% 37.7%) had any degree of erectile dysfunction according to IIEF: 87 (30.2%; 95% CI: 25.0% 35.9%) had mild; four (1.4%; 95% CI: 0.4% 3.5%) had moderate; and one (0.3%; 95% CI: 0.01% 1.9%) had severe dysfunction. Only nine subjects (3.1%; 95% CI: 1.4% 5.8%) reported not feeling sexually potent. The concordance between ED assessed using IIEF and self-reported ED was low (kappa = 0.11; p<0.001). Of the nine subjects who reported not feeling sexually potent, only two (22.2%) sought treatment. The factors associated to ED assessed using IIEF in the multivariate logistic regression analysis were: professional inactivity (OR = 3.3; 95% CI: 1.4 7.8; p = 0.005); suspected depressive and/or anxiety disorder (OR = 2.6; 95% CI: 1.1 6.3; p = 0.033); satisfactory (but not strong) sexual desire (OR = 2.5; 95% CI: 0.9 7.0; p = 0.082) or low/moderate (OR = 5.5; 95% CI: 1.2 25.1; p = 0.027); and self-reported ED (OR = 7.5; 95% CI: 0.8 71.7; p = 0.080). CONCLUSIONS: ED prevalence according to IIEF was high though lower than that found in other studies conducted in voluntary health service users. The concordance between ED according to IIEF and selfreported ED was low, probably because these two approaches assess different dimensions of the erectile function (functional versus subjective components). Biological, cultural and psychological factors strongly interact in the development and maintenance of ED. Health providers should give special attention to sexual health of men, particularly those over 40, and to potential conditions accompanying ED (systemic diseases, psychic distress, and other psychosocial conditions)
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Estudo da disfunção erétil em uma população jovem de homens brasileiros / Erectile dysfunction study in a young population of Brazilian menMartins, Fernando Gonini 01 September 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Raramente os estudos populacionais sobre disfunção erétil (DE) incluem homens com menos de 40 anos de idade e, quando o fazem, não há detalhamento dos vários fatores e conseqüências potencialmente associados a esta condição. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da disfunção erétil e seus fatores associados em amostra da população brasileira de 18 a 40 anos. MÉTODOS: O Estudo da Vida Sexual do Brasileiro (EVSB) entrevistou 7.022 homens e mulheres em locais públicos de 18 grandes centros urbanos do Brasil por meio de um questionário auto-responsivo que abordava aspectos demográficos, de saúde, de hábitos e dificuldades sexuais, sendo a presença de disfunção erétil avaliada por questão única. De todo o grupo, 1.947 eram do sexo masculino e da faixa etária de 18 a 40 anos. RESULTADOS: Um total de 35% dos indivíduos do estudo tinha queixas de disfunção erétil (73,7% dos quais sendo DE mínima e 26,3% moderada/completa). O relato de DE foi mais freqüente na faixa etária mais jovem (18 a 25 anos), nos indivíduos da raça negra, parda ou amarela e no grupo que tinha menor escolaridade; na analise de regressão múltipla, porém, dentre esses fatores, somente o baixo grau de instrução permaneceu fortemente associado à presença de DE. Estado civil e situação empregatícia não influenciaram a prevalência de problemas de ereção. Não foi encontrada associação de maior freqüência de DE em homens com histórico de tabagismo, obesidade, diabetes, hipertensão, sedentarismo, cardiopatia, hiperlipidemia, depressão ou ansiedade. Orientação sexual não se relacionou com maior prevalência de DE, porém a falta de informações sobre sexo durante a vida, dificuldades no início da vida sexual e a ausência do hábito de masturbação correlacionaram-se com uma maior chance de queixas de DE. Para toda a população do estudo, as fontes recentes de informação sobre sexo foram principalmente os livros e revistas, seguidos pela conversa com a parceira e com amigos, sendo a orientação médica xvi menos citada pelo grupo. Outros problemas sexuais, como ejaculação precoce, retardada e diminuição de libido, foram mais freqüentes em homens com DE, em comparação aos homens sem esta disfunção. Menos de 10% dos homens com DE relataram já terem recebido tratamento para o problema e cerca de 3% de indivíduos sem queixas de DE declararam terem feito uso de medicações para melhora da ereção. A DE causou impacto negativo em várias áreas da vida dos portadores desta disfunção: no relacionamento com a parceira e amigos, no trabalho e lazer, além da auto-estima dos indivíduos com o problema, causando também auto-avaliação negativa quanto ao desempenho e a vida sexual. CONCLUSÕES: A prevalência de DE, mesmo na população abaixo de 40 anos, foi alta, com preponderância da forma leve. Baixa escolaridade e problemas na iniciação sexual associaram-se com a presença de DE e, provavelmente devido a pouca idade dos indivíduos da amostra, não foi encontrada associação de DE com problemas de saúde de causa orgânica. Ações nas áreas de educação e prevenção teriam um impacto positivo no controle de disfunção erétil na população / INTRODUCTION: Populational studies in erectile dysfunction (ED) rarely included subjects less than 40 years old and, when this was done, there were no information on the several factors and consequences potentially associated with this condition. The objective of this study was to evaluate the prevalence of erectile dysfunction (ED) and associated factors in a sample of Brazilian men aged 18 to 40 years old. METHODS: The Brazilian Sexual Life Study interviewed 7,022 men and women in public places of 18 major Brazilian cities using a self-administered questionnaire that investigated social-demographic and health aspects, life habits and sexual difficulties, including ED, which was assessed by a single question. From the whole group, 1,947 were men between 18 and 40 years old. RESULTS: Complaints of ED were found in 35.0% of the study subjects (73.7% had mild ED; 26.3% moderate/complete ED). Greater frequency of ED report was seen in younger subjects (18 to 25 years), in men of black, mixed or Asian races, and in the group with less education; in the multiple regression analyses, among these factors, only low level of education remained strongly associated with ED diagnosis. Employment and marital status didnt affect the prevalence of erection problems. No association was seen between ED report and medical history of smoking, obesity, diabetes, hypertension, sedentary lifestyle, cardiopathy, hyperlipidemia, depression or anxiety. Sexual orientation was not correlated to greater ED frequency, but the lack of information about sex, difficulties in the beginning of sexual life and absence of masturbation habit were related to an increased chance of ED diagnosis. Recent sources of information about sex were mainly books and magazines, followed by talking to the partner and friends, being medical advice less mentioned by the whole study population. Other sexual disorders such as premature or retarded ejaculation, and decreased libido were more frequent in men with ED, in comparison to men without this dysfunction. Less than 10% of men with ED xix reported that ever received treatment for this problem, and about 3% of subjects without ED complaints admitted the use of medications to improve erectile function. ED caused negative impact in several aspects of life: in the relationship with partner and friends, in work and leisure, besides mens self-esteem, causing also a negative self-evaluation of sexual life and performance. CONCLUSIONS: Prevalence of ED in this population below 40 years of age was high, mostly of mild severity. Low education and problems in sexual initiation correlated to ED occurrence and, probably due to the sample subjects young age, no association was found with health problems of organic causes. Measures in the fields of education and prevention would have a positive impact in the control of erectile dysfunction in the population
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Fatores associados à disfunção erétil em pacientes portadores de doença renal crônica em tratamento conservador / Factors associated with erectile dysfunction in chronic kidney disease patients on conservative treatmentCosta, Márcio Rodrigues 20 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-20 / Objective: The objective of this study was to determine the prevalence, severity, factors associated and that influence erectile function in patients with chronic kidney disease on conservative treatment. Methods: This transversal study was developed between May 2013 and December 2015. Male volunteer patients, heterosexual, 18 years of age or older, carriers of chronic renal disease on conservative treatment participated of this study. The patients had follow up in the specific ambulatories of chronic renal disease in two hospitals of Goiânia. The erectile dysfunction of the patients was assessed using the six erectile function domain questions (questions numbers 1 to 5 and 15) of the International Index of Erectile Dysfunction. While the questions of the International Index of Erectile Dysfunction were applied, the researchers reviewed medical records and filled search forms containing lifestyle habits, clinical, laboratory and sociodemographic data. The factors associated with erectile dysfunction in patients with chronic renal disease in conservative treatment were determined by univariate and multivariate logistic regression analysis. The prevalence and degree of erectile dysfunction among patients with chronic renal disease in conservative treatment in stage III versus IV/V were compared with the application of chi-square test. The correlation between glomerular filtration rate and International Index of Erectile Dysfunction score was estimated by Pearson correlation coefficient. Results: Among 245 patients with chronic renal disease on conservative treatment in the study, 71.02% had erectile dysfunction and the sexual disorder was severe in 36.73%. Individual analysis of the variables in these patients, without excluding the influence of one over the other, pointed erectile dysfunction associated with the age more than 50 years, body mass index less than 25, diabetes mellitus, stage IV/V of chronic kidney disease, cardiac arrhythmias and conduction disorders, benign prostatic hyperplasia, present or prior cigarette use, cigarette use for 10 years or more, pack-year cigarette index greater or equal to 20, alcohol usage time equal to or greater than 10 years, albumin less than 3.5 g /100 mL and creatinine clearance levels between 15 and 29 mL/min/1.73 m2. The conjunct analysis of the variables studied in this same group of patients has showed an independent association of erectile dysfunction with diabetes mellitus (P = 0.015). A comparison of patients with chronic renal disease on conservative treatment stage III versus IV/V has demonstrated a higher prevalence of erectile dysfunction in more advanced stages of chronic renal disease (P = 0.001) and similar frequency of severe, moderate, moderate to mild and mild erectile dysfunctions. Glomerular filtration rate has showed a positive correlation with the score of the International Index of Erectile Dysfunction. Conclusions: The prevalence of erectile dysfunction in patients with chronic renal disease in conservative treatment is high. Many factors are associated with erectile dysfunction in chronic renal disease population on conservative treatment. The only factor associated with erectile dysfunction that is not subject to influence from other agents is diabetes mellitus. The prevalence of erectile dysfunction increases with the progression of chronic renal disease on conservative treatment. / Objetivo: O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência, gravidade e os fatores associados e influenciadores na função erétil de pacientes portadores de doença renal crônica em tratamento conservador. Material e métodos: Este estudo transversal desenvolveu-se entre maio de 2013 a dezembro de 2015. Participaram do estudo pacientes masculinos, voluntários, heterossexuais, com 18 anos de idade ou mais, portadores de doença renal crônica em tratamento conservador. Os pacientes tinham seguimento em ambulatórios específicos de doença renal crônica de dois hospitais em Goiânia. A disfunção erétil dos pacientes foi avaliada com as seis perguntas do domínio de função erétil (questões números 1 a 5 e 15) do International Index of Erectile Dysfunction. Enquanto as questões do IIEF eram aplicadas, os pesquisadores revisavam prontuários e preenchiam os formulários de pesquisa, que continham hábitos de vida, dados clínicos, laboratoriais e sociodemográficos. Os fatores associados à disfunção erétil nos portadores de doença renal crônica em tratamento conservador foram determinados por análise de regressão logística uni e multivariada. Compararam-se a prevalência e o grau de disfunção erétil entre pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador em estágios III versus IV/V, com a aplicação do teste qui-quadrado. A correlação da taxa de filtração glomerular com o IIEF foi estimada pelo coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: Dentre os 245 pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador que participaram do estudo, 71,02% tinham disfunção erétil e, em 36,73%, o distúrbio sexual era grave. A análise individual das variáveis estudadas nestes pacientes, sem excluir a influência de uma sobre a outra, apontou associação de disfunção erétil com idade superior a 50 anos, índice de massa corpórea inferior a 25, diabetes mellitus, estágios IV/V de doença renal crônica, arritmias cardíacas e distúrbios de condução, hiperplasia prostática benigna, uso atual ou prévio de cigarro, uso de cigarro por 10 anos ou mais, índice maço-ano de cigarro maior ou igual a 20, tempo do uso de álcool igual ou superior a 10 anos, albumina inferior a 3,5 g/100 mL e níveis de depuração da creatinina entre 15 e 29 mL/min/1,73 m2. A análise conjunta das variáveis estudadas nesse mesmo grupo de pacientes apontou associação independente de disfunção erétil com diabetes mellitus (P = 0,015). A comparação entre portadores de doença renal crônica em tratamento conservadores estágios III versus IV/V demonstrou maior prevalência de disfunção erétil nos graus mais avançados de doença renal crônica (P = 0,001) e frequência similar de disfunção erétil grave, moderada, moderada a leve e leve. A taxa de filtração glomerular demonstrou correlação positiva com a pontuação do IIEF. Conclusões: A prevalência de disfunção erétil em portadores de doença renal crônica em tratamento conservador é alta. Muitos fatores associam-se à disfunção erétil na população portadora de doença renal crônica em tratamento conservador. O único fator associado à
disfunção erétil que não está sujeito à influência de outros agentes é a diabetes mellitus. A prevalência de disfunção erétil aumenta com a progressão da doença renal crônica em tratamento conservador.
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Disfunção erétil, auto-referida e segundo o Índice Internacional de Função Erétil, em doadores de sangue / Self-reported erectile dysfunction and according to the International Index of Erectile Function in blood donorsMargareth de Mello Ferreira dos Reis 19 August 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Inúmeros estudos epidemiológicos realizados nos mais diversos países sugerem alta prevalência de disfunção erétil (DE), mas não há consenso acerca de sua exata magnitude. MÉTODOS: Foi conduzido um estudo para estimar a prevalência de DE e investigar seus fatores associados em homens com idade entre 40 e 60 anos, considerados sadios. Tal estudo de corte transversal com doadores de sangue, heterossexuais, com parceira estável há pelo menos seis meses, incluídos entre janeiro de 2006 e julho de 2007, investigou a presença da DE por meio do Índice Internacional de Função Erétil (IIFE) e também com pergunta direta, para auto-avaliação. Foram investigados fatores sócio-demográficos, história clínica, características do relacionamento afetivo e sexual, qualidade de vida, presença de sintomas depressivos e/ou ansiosos e de stress. RESULTADOS: A amostra incluiu 300 sujeitos, dos quais 12 foram excluídos da análise porque faziam uso de medicação oral para ereção, metade dos quais sem orientação médica. Dos 288 sujeitos analisados, 92 (31,9 %; IC95%: 26,6% a 37,7%) foram classificados pelo IIFE como tendo algum grau de disfunção erétil: 87 (30,2%; IC95%: 25,0% a 35,9%) indivíduos possuíam disfunção leve, quatro (1,4%; IC95%: 0,4% a 3,5%), disfunção moderada e um (0,3%; IC95%: 0,01% a 1,9%), disfunção completa. Entretanto, apenas nove (3,1%; IC95%: 1,4% a 5,8%) referiram não se sentirem potentes sexualmente. A concordância entre DE detectada pelo IIFE e DE referida foi baixa (kappa = 0,11; p < 0,001). Dos nove indivíduos que não se sentiam potentes sexualmente, apenas dois (22,2%) procuraram tratamento. Os fatores associados à presença da DE detectada pelo IIFE, após regressão logística multivariada, foram: inatividade profissional (OR = 3,3; IC95%: 1,4 a 7,8; p = 0,005); suspeita de transtorno depressivo e/ou ansioso (OR = 2,6; IC95%: 1,1 a 6,3; p = 0,033); desejo sexual bom (não excelente) (OR = 2,5; IC95%: 0,9 a 7,0; p = 0,082), ou baixo/moderado (OR = 5,5; IC95%: 1,2 a 25,1; p = 0,027) e referir DE (OR = 7,5; IC95%: 0,8 a 71,7; p = 0,080). CONCLUSÕES: A prevalência da DE, segundo o IIFE, foi alta, embora inferior à observada em outros estudos conduzidos com voluntários e usuários de serviços de saúde. A concordância entre DE, segundo o IIFE e auto-referida, foi baixa, possivelmente porque as duas formas de investigação avaliam diferentes dimensões da função erétil (aspectos funcionais versus aspectos subjetivos). Há grande interação entre os fatores biológicos, culturais e psicológicos no surgimento e manutenção da DE. É importante que os profissionais de saúde estejam atentos para a saúde sexual dos homens, especialmente após os 40 anos de idade, e para as possíveis condições que podem acompanhar a DE (doenças sistêmicas, sofrimento psíquico e outros aspectos psicossociais). / INTRODUCTION: Several epidemiological studies from different countries indicate high prevalence of erectile dysfunction (ED) but there is no consensus about its actual magnitude. The objective of the present study was to estimate the prevalence of ED and describe its associated factors in healthy men. METHODS: Crosssectional study comprising a sample of heterosexual blood donors, aged between 40 and 60 years, with a steady partner for at least six months, was carried out between January 2006 and July 2007. ED was assessed using the International Index of Erectile Function (IIEF) as well as direct inquiring for self-assessment. Data was collected on sociodemographic characteristics, medical history, affective and sexual behavior, quality of life, presence of depression and/or anxiety symptoms and stress. The study sample comprised 300 subjects, of which 12 were excluded from the analysis since they were taking oral medication for erectile dysfunction, and half of them took this medication without any prior medical advice. RESULTS: Of 288 subjects analyzed, 92 (31.9%; 95% CI: 26.6% 37.7%) had any degree of erectile dysfunction according to IIEF: 87 (30.2%; 95% CI: 25.0% 35.9%) had mild; four (1.4%; 95% CI: 0.4% 3.5%) had moderate; and one (0.3%; 95% CI: 0.01% 1.9%) had severe dysfunction. Only nine subjects (3.1%; 95% CI: 1.4% 5.8%) reported not feeling sexually potent. The concordance between ED assessed using IIEF and self-reported ED was low (kappa = 0.11; p<0.001). Of the nine subjects who reported not feeling sexually potent, only two (22.2%) sought treatment. The factors associated to ED assessed using IIEF in the multivariate logistic regression analysis were: professional inactivity (OR = 3.3; 95% CI: 1.4 7.8; p = 0.005); suspected depressive and/or anxiety disorder (OR = 2.6; 95% CI: 1.1 6.3; p = 0.033); satisfactory (but not strong) sexual desire (OR = 2.5; 95% CI: 0.9 7.0; p = 0.082) or low/moderate (OR = 5.5; 95% CI: 1.2 25.1; p = 0.027); and self-reported ED (OR = 7.5; 95% CI: 0.8 71.7; p = 0.080). CONCLUSIONS: ED prevalence according to IIEF was high though lower than that found in other studies conducted in voluntary health service users. The concordance between ED according to IIEF and selfreported ED was low, probably because these two approaches assess different dimensions of the erectile function (functional versus subjective components). Biological, cultural and psychological factors strongly interact in the development and maintenance of ED. Health providers should give special attention to sexual health of men, particularly those over 40, and to potential conditions accompanying ED (systemic diseases, psychic distress, and other psychosocial conditions)
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Estudo da disfunção erétil em uma população jovem de homens brasileiros / Erectile dysfunction study in a young population of Brazilian menFernando Gonini Martins 01 September 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Raramente os estudos populacionais sobre disfunção erétil (DE) incluem homens com menos de 40 anos de idade e, quando o fazem, não há detalhamento dos vários fatores e conseqüências potencialmente associados a esta condição. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da disfunção erétil e seus fatores associados em amostra da população brasileira de 18 a 40 anos. MÉTODOS: O Estudo da Vida Sexual do Brasileiro (EVSB) entrevistou 7.022 homens e mulheres em locais públicos de 18 grandes centros urbanos do Brasil por meio de um questionário auto-responsivo que abordava aspectos demográficos, de saúde, de hábitos e dificuldades sexuais, sendo a presença de disfunção erétil avaliada por questão única. De todo o grupo, 1.947 eram do sexo masculino e da faixa etária de 18 a 40 anos. RESULTADOS: Um total de 35% dos indivíduos do estudo tinha queixas de disfunção erétil (73,7% dos quais sendo DE mínima e 26,3% moderada/completa). O relato de DE foi mais freqüente na faixa etária mais jovem (18 a 25 anos), nos indivíduos da raça negra, parda ou amarela e no grupo que tinha menor escolaridade; na analise de regressão múltipla, porém, dentre esses fatores, somente o baixo grau de instrução permaneceu fortemente associado à presença de DE. Estado civil e situação empregatícia não influenciaram a prevalência de problemas de ereção. Não foi encontrada associação de maior freqüência de DE em homens com histórico de tabagismo, obesidade, diabetes, hipertensão, sedentarismo, cardiopatia, hiperlipidemia, depressão ou ansiedade. Orientação sexual não se relacionou com maior prevalência de DE, porém a falta de informações sobre sexo durante a vida, dificuldades no início da vida sexual e a ausência do hábito de masturbação correlacionaram-se com uma maior chance de queixas de DE. Para toda a população do estudo, as fontes recentes de informação sobre sexo foram principalmente os livros e revistas, seguidos pela conversa com a parceira e com amigos, sendo a orientação médica xvi menos citada pelo grupo. Outros problemas sexuais, como ejaculação precoce, retardada e diminuição de libido, foram mais freqüentes em homens com DE, em comparação aos homens sem esta disfunção. Menos de 10% dos homens com DE relataram já terem recebido tratamento para o problema e cerca de 3% de indivíduos sem queixas de DE declararam terem feito uso de medicações para melhora da ereção. A DE causou impacto negativo em várias áreas da vida dos portadores desta disfunção: no relacionamento com a parceira e amigos, no trabalho e lazer, além da auto-estima dos indivíduos com o problema, causando também auto-avaliação negativa quanto ao desempenho e a vida sexual. CONCLUSÕES: A prevalência de DE, mesmo na população abaixo de 40 anos, foi alta, com preponderância da forma leve. Baixa escolaridade e problemas na iniciação sexual associaram-se com a presença de DE e, provavelmente devido a pouca idade dos indivíduos da amostra, não foi encontrada associação de DE com problemas de saúde de causa orgânica. Ações nas áreas de educação e prevenção teriam um impacto positivo no controle de disfunção erétil na população / INTRODUCTION: Populational studies in erectile dysfunction (ED) rarely included subjects less than 40 years old and, when this was done, there were no information on the several factors and consequences potentially associated with this condition. The objective of this study was to evaluate the prevalence of erectile dysfunction (ED) and associated factors in a sample of Brazilian men aged 18 to 40 years old. METHODS: The Brazilian Sexual Life Study interviewed 7,022 men and women in public places of 18 major Brazilian cities using a self-administered questionnaire that investigated social-demographic and health aspects, life habits and sexual difficulties, including ED, which was assessed by a single question. From the whole group, 1,947 were men between 18 and 40 years old. RESULTS: Complaints of ED were found in 35.0% of the study subjects (73.7% had mild ED; 26.3% moderate/complete ED). Greater frequency of ED report was seen in younger subjects (18 to 25 years), in men of black, mixed or Asian races, and in the group with less education; in the multiple regression analyses, among these factors, only low level of education remained strongly associated with ED diagnosis. Employment and marital status didnt affect the prevalence of erection problems. No association was seen between ED report and medical history of smoking, obesity, diabetes, hypertension, sedentary lifestyle, cardiopathy, hyperlipidemia, depression or anxiety. Sexual orientation was not correlated to greater ED frequency, but the lack of information about sex, difficulties in the beginning of sexual life and absence of masturbation habit were related to an increased chance of ED diagnosis. Recent sources of information about sex were mainly books and magazines, followed by talking to the partner and friends, being medical advice less mentioned by the whole study population. Other sexual disorders such as premature or retarded ejaculation, and decreased libido were more frequent in men with ED, in comparison to men without this dysfunction. Less than 10% of men with ED xix reported that ever received treatment for this problem, and about 3% of subjects without ED complaints admitted the use of medications to improve erectile function. ED caused negative impact in several aspects of life: in the relationship with partner and friends, in work and leisure, besides mens self-esteem, causing also a negative self-evaluation of sexual life and performance. CONCLUSIONS: Prevalence of ED in this population below 40 years of age was high, mostly of mild severity. Low education and problems in sexual initiation correlated to ED occurrence and, probably due to the sample subjects young age, no association was found with health problems of organic causes. Measures in the fields of education and prevention would have a positive impact in the control of erectile dysfunction in the population
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Urogenital function in morbidly obese men following bariatric surgeryAleid, Maha Mustafa January 2016 (has links)
Introduction: Obesity has been suggested to be one of the risk factors for erectile dysfunction (ED) and lower urinary tract symptoms (LUTS). Bariatric surgery has been used for the treatment of obesity and has been suggested to have a significant impact on obesity-related conditions such as diabetes mellitus, ED and LUTS. Previous studies have investigated the effect of bariatric surgery on erectile and urological function in obese men; however those studies used long-term time points post-operatively (more than 1 month). Since it is now known that bariatric surgery can potentially induce glycaemic improvement within one week independent of weight loss, this study aimed to investigate the short-term effect in order to test the hypothesis as to whether improvement in urogenital function after bariatric surgery is due to weight loss or whether it is due to glycaemic improvement. Aim: To evaluate the baseline characteristics of patients with erectile dysfunction and to determine the early effects of bariatric surgery on erectile and urological function in morbidly obese men.
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A chemical and pharmacological investigation of three South African plants.Khorombi, Tendani Eric. January 2006 (has links)
Three plant species (Phylica paniculata Willd., Pergularia daemia Forssk. and Monsonia / Thesis (M.Sc.)-University of KwaZulu-Natal, Pietermaritzburg, 2006.
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Critical Discourse Analysis of Sexual Enhancement Medication AdsGomez, John-Paul 16 December 2004 (has links)
This study contributes to the expanding critical range of discourse analysis by analyzing texts used to market Viagra and other "sexual enhancement medication," pharmaceuticals that treat "erectile dysfunction". Applying elements of Norman Fairclough's critical discourse analysis framework, this study examines as cultural artifacts Viagra, Levitra, and Cialis print advertisements and television commercials and it offers insight into the institutional discourse of "sexual enhancement medication" and how this discourse constructs male identity and subjectivity.
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Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a função erétil de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado / Effect of early posteoperative pelvic-floor biofeedback on erectile function in men undergoing radical prostatectomy: a prospective, randomized, controlled trialProta, Cristina 25 November 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: Disfunção erétil (DE) e incontinência urinária são complicações comuns em pacientes submetidos à prostatectomia radical (PR). Sabe-se que a reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback pode antecipar o retorno da continência urinária; porém, os efeitos sobre a função erétil não são conhecidos. Neste trabalho estudou-se o efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a função erétil, após 12 meses da PR. MÉTODOS: Realizou-se um estudo prospectivo, controlado e randomizado. Foram convidados a participar do estudo 56 pacientes sem disfunção erétil que escolheram a PR para tratamento do câncer de próstata localizado, e que poderiam cumprir a agenda de seguimento ambulatorial. A função erétil foi avaliada pelo índice internacional de função erétil (IIEF5). Foram considerados potentes os pacientes com escore IIEF 5 >= 20. Os pacientes foram randomizados para um grupo de tratamento (n=26), recebendo reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback uma vez por semana e orientação para exercícios domiciliares ou para um grupo controle (n=26), no qual os pacientes receberam as instruções habituais do urologista. Durante o estudo, nenhum paciente recebeu tratamento com medicamentos para DE. Foram considerados continentes os pacientes que usavam no máximo um absorvente por dia. A associação entre recuperação da continência e recuperação da potência foi avaliada. RESULTADOS: Nove pacientes do grupo de tratamento e dez do grupo controle foram precocemente excluídos do estudo, antes da avaliação inicial do primeiro mês. As causas de exclusão foram: por abandono do programa (8 pacientes), complicações pós-operatórias (9), necessidade de radioterapia adjuvante (2). Não houve diferença entre os grupos em relação à idade, índice de massa corpórea, presença de diabetes, bem como quanto à função erétil pré-operatória. Nos dois grupos observou-se significativa redução da função erétil. Após 12 meses da cirurgia 8 (47,1%) pacientes do grupo de tratamento recuperaram ereção, contra 2 (12,5%) pacientes no grupo controle (p=0,032). A redução do risco absoluto foi de 34,6% (3.8-64%)IC95%. O número necessário para tratar foi de 3 (1.5-17.2; IC95%). Foi observada forte associação entre recuperação da potência e da continência, de tal forma que a probabilidade de estar potente nos pacientes continentes foi 2,6 vezes maior do que nos pacientes incontinentes (p=0,017; [1,45-4,69] IC 95%). CONCLUSÃO: A reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback parece ajudar na recuperação da função erétil após a PR. A continência urinária foi um bom indicador da recuperação da função erétil, conferindo uma chance maior de sua recuperação. / INTRODUCTION: Erectile dysfunction (ED) and urinary incontinence are common complications in the early postoperative follow-up of patients undergoing radical prostatectomy (RP). Previous studies indicate that the preservation of potency is not associated with the recovery of urinary continence after RP. Although pelvic-floor biofeedback training (PFBT) may improve urinary continence following RP, its effects on the recovery of potency are unknown. METHODS: Fifty-two patients who elected PR for treatment of clinically localized prostate cancer and who could comply with the ambulatory treatment schedule were invited to participate in this prospective study. Patients were randomized for a treatment group (n=26) receiving PFBT once a week for 3 months and home exercises or a control group (n=26), in which patients received the usual instructions to contract the pelvic floor. Patients were not allowed to receive drug treatment for ED throughout the study duration. Erectile function was evaluated with the International Index of Erectile Function-5 (IIEF-5) before surgery and one, three, six and 12 months postoperatively. Patients were considered potent when they had a total IIEF-5 score of >= 20. Additionally, the continence status was assessed and patients were considered continent when the use of pads was <= 1/day. The association of continence and recovery of potency was evaluated. RESULTS: Nine patients in the treatment group and 10 in the control group were excluded due to failure to return for the evaluation (8 pts), postoperative complications (9 pts), need for adjuvant radiotherapy (2 pts). Preoperative assessment did not show differences in age, body mass index, and diabetes between the groups. There was a significant reduction in IIEF 5 scores after surgery in both groups. In the treatment group 8 (47.1%) patients recovered potency 12 months postoperatively, as opposed to 2 (12.5%) in the control group (p=0.032). The absolute risk reduction was 34.6% (95% CI: 3.8-64%). The number needed to treat was 3 (95% CI: 1.5-17.2). A strong association between recovery of potency and urinary continence was observed, with continent patients having a 2.6 higher chance of being potent than incontinent patients (p=0.017; 95% CI: 1.45-4.69). CONCLUSIONS: Early PFBT appears to have a significant impact on the recovery of erectile function after PR. Urinary continence status was a good indicator of erectile function recovery, with continent patients having higher chance of being potent than incontinent patients.
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Papel da endotelina-1 na ativação do NLRP3 no tecido muscular liso do corpo cavernoso / Endothelin-1 role in NLRP3 activation in smooth muscle tissue of corpora cavernosaFais, Rafael Sobrano 02 February 2016 (has links)
Introdução: A disfunção erétil (DE) é definida como a incapacidade de alcançar ou manter a ereção do pênis para um desempenho sexual satisfatório, contribuindo significativamente para a baixa qualidade de vida e morbidade psicossocial masculina. A endotelina-1 (ET-1), um potente peptídeo vasoconstritor que promove contração lenta e sustentada em células de músculo liso vascular, possui grande importância na fisiopatologia da DE. Diversos estudos mostram que o aumento da expressão de mediadores inflamatórios está intimamente ligado ao desenvolvimento da DE. O inflamassoma é um complexo multiprotéico do sistema imune inato que atua através da ativação da caspase-1 e resulta na maturação de citocinas pró- inflamatórias, tais como interleucina- IL (IL-l?). O receptor NLRP3 faz parte do inflamassoma e sua ativação leva a clivagem de caspase-1 e consequente secreção de IL-1?. A ET-1, também possui papel importante na inflamação crônica vascular, mediando a liberação de citocinas pró-inflamatórias. No entanto, ainda é desconhecido se a ação pró- inflamatória da ET-1 em células de músculo liso é mediada pela ativação da via do inflamassoma. Hipótese: A ET-1 ativa o NLRP3 em células do músculo liso do corpo cavernoso (CMLCC), promovendo alterações na reatividade do corpo cavernoso (CC). Objetivo: Avaliar o papel da endotelina-1 na ativação do NLRP3 em CMLCC de camundongos. Métodos: CMLCC de camundongos C578BL/6 (WT) e NLRP3-/- foram cultivadas em meio de cultura DMEM acrescido de soro fetal bovino (SFB), 10%, foram pré- incubadas com endotelina-1 nas concentrações de 10-9, 10-8 e 10-7 M, em presença de LPS ou veículo. Avaliamos o efeito da deleção do NLRP3 sobre a reatividade do CC (contratilidade e relaxamento mediante estímulos por campo elétrico e/ou farmacológico). Após, avaliamos o efeito da ET-1 na ativação do NLRP3, nas alterações sobre a reatividade do CC de camundongos WT, e se estas persistiriam nos camundongos NLRP3-/- e caspase1/11-/- . Resultados: As células apresentaram-se fluorescentes para marcação para ?-actina e não para Von Willebrand, caracterizando assim que não houve contaminação com células endoteliais. A incubação com a ET-1 10-7 M por 24 h na presença de LPS ou veículo aumentou a atividade da caspase-1 em CMLCC de camundongos WT e este efeito não ocorreu nas CMLCC de camundongos NLRP3-/-. Não se observou diferença com relação à massa corporal ou massa dos órgãos entre os animais WT e NLRP3-/-. O CC de animais NLRP3-/- apresenta prejuízo para o relaxamento mediado por nitroprussiato de sódio (NPS) quando comparado com as tiras de CC de camundongos WT. A incubação com ET-1 10-7 M por 4 horas promove aumento na contração para fenilefrina (PE) e prejuízo no relaxamento induzido por nitroprussiato de sódio (NPS), e o mesmo efeito não é observado nas tiras de CC de camundongos NLRP3-/- e caspase1/11-/-. Conclusão: O NLRP3 contribui para o aumento na contração e prejuízo no relaxamento produzido pela ET-1 em CC de camundongos, possivelmente através da ativação da caspase-1 / Introduction: Erectile dysfunction (ED) is defined as the inability to achieve or maintain penile erection to perform sexual intercourse, it contributes significantly to the low quality of life and male psychosocial morbidity. Endothelin-1 (ET-1), a potent vasoconstrictor peptide that promotes slow and sustained contraction of vascular smooth muscle cells, has great importance in the pathophysiology of ED. Several studies show that increased expression of inflammatory mediators is closely linked to the development of ED. The inflammasome is a multiproteic complex of the innate immune system that acts through activation of caspase-1, which leads to maturation of pro-inflammatory cytokines such as interleukin-1 beta (IL-l?). The activation of NLRP3 receptor, part of the inflammasome, leads to caspase-1 cleavage and subsequent secretion of IL-1?. ET-1 also plays an important role in chronic vascular inflammation by mediating the release of pro-inflammatory cytokines. However, it is still unknown whether pro-inflammatory actions of ET-1 on smooth muscle cells is mediated by the activation of the inflammasome. Hypothesis: ET-1 activates NLRP3 in smooth muscle cells of the corpora cavernosa (SMCCC), promoting changes in corpus cavernosum (CC) reactivity. Objective: To evaluate the role of endothelin-1 in the activation of the NLRP3 in SMCCC of mice. Methods: SMCCC of C57BL/6 (WT) and NLRP3-/- mice were grown in DMEM culture medium supplemented with bovine fetal serum (FBS) 10%, pre-incubated with endothelin-1 at concentrations of 10-9, 10- 8 and 10-7M, in the presence of LPS or vehicle. We evaluated the effect of the NLRP3 deletion on the reactivity of the CC (contractility and relaxation by electric field and/or pharmacological stimulation). After that, we evaluated the ET-1 effect on activation NLRP3, changes on the reactivity of the CC of WT, and if these alterations would persist NLRP3-/- and caspase1/11-/- mice. Results: The cells presented fluorescent labeling to ?-actin, but not for Von Willebrand factor, characterizing absence of endothelial cells contamination. The incubation with 10-7 M ET-1 for 24 h in the presence of LPS or vehicle increased caspase-1 activity in SMCCC from WT, but not from NLRP3-/- mice. No difference was observed in body mass or weight of the organs between WT and NLRP3-/- animals. The CC from NLRP3-/- animals displayed impaired relaxation mediated by sodium nitroprusside (SNP) when compared to WT CC. The incubation with ET-1 10-7 M for 4 hours promoted an increase in the contraction to phenylephrine (PE) and reduced relaxation induced by sodium nitroprusside (SNP). The same effect was not observed in CC strips from NLRP3-/- and caspase1/11-/- mice. Conclusion: NLRP3 contributes to the increase in contraction and impaired relaxation produced by ET-1 in mice CC, possibly by activation of caspase-1
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