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Resilience of Amazonian forests: the roles of fire, flooding and climate

Flores, Bernardo Monteiro 30 September 2016 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2017-05-31T20:48:53Z No. of bitstreams: 1 BernardoMonteiroFlores_TESE.pdf: 5558527 bytes, checksum: 3d089857ab97610805c4b3498936d429 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2017-06-01T21:38:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 BernardoMonteiroFlores_TESE.pdf: 5558527 bytes, checksum: 3d089857ab97610805c4b3498936d429 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-01T21:38:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 BernardoMonteiroFlores_TESE.pdf: 5558527 bytes, checksum: 3d089857ab97610805c4b3498936d429 (MD5) Previous issue date: 2016-09-30 / A Amaz?nia foi recentemente mostrada como um sistema florestal resiliente por apresentar uma r?pida recupera??o da biomassa ap?s a perturba??o humana. Entretanto, mudan?as clim?ticas podem aumentar a freq??ncia de secas e inc?ndios, o que implica na possibilidade de que uma parte dessa imensa floresta mude para o estado de savana. Apesar da bacia Amaz?nica parecer razoavelmente homog?nea, 14% inunda sazonalmente. Na minha tese, combino an?lises de dados de sat?lite com medidas e experimentos em campo para acessar o papel desses ecossistemas inund?veis em moldar a resili?ncia da floresta Amaz?nica. Primeiro, eu analiso a distribui??o de cobertura de arvores em toda a Amaz?nia para revelar que savanas s?o mais comuns nessas plan?cies inund?veis. Esse padr?o sugere que comparadas ? terra-firme, ?reas inund?veis passam mais tempo no estado de savana. Ainda, florestas inund?veis parecem ter um limiar em 1500 mm de chuva anual no qual podem virar savanna, enquanto que esse limiar para a terra-firme parece ser em cerca de 1000 mm de chuva. Combinando medidas usando imagens de sat?lite e em campo, eu mostro que a maior freq??ncia de savanas em ecossistemas inund?veis pode ser devido ? uma maior sensibilidade ao fogo. Ap?s um inc?ndio florestal, ?reas inund?veis perdem mais cobertura de ?rvores e fertilidade do solo, e recuperam mais lentamente que em terra-firme (capitulo 2). Em plan?cies de inunda??o do Rio Negro, eu estudei a recupera??o florestal ap?s fogo repetido usando dados de campo da ?rea basal de ?rvores, riqueza de esp?cies, disponibilidade de sementes e cobertura herb?cea. Os resultados indicam que o fogo repetido pode facilmente aprisionar florestas inund?veis por ?gua preta em um estado de vegeta??o aberta devido a perda repentina da resili?ncia florestal ap?s o segundo fogo (capitulo 3). Analises do solo e da composi??o de ?rvores em florestas inund?veis revelam que o primeiro fogo inicia um processo de perda da fertilidade do solo que intensifica enquanto ?rvores de savana passam a dominar a comunidade. Essa mudan?a na composi??o de ?rvores ocorre em menos de quatro d?cadas, possivelmente acelerada por uma r?pida lixivia??o dos nutrientes do solo. A r?pida savaniza??o de florestas inund?veis ap?s o fogo implica na exist?ncia de mecanismos que favore?am o recrutamento de ?rvores de savana, como, por exemplo, filtros ambientais (capitulo 4). No capitulo 5 eu testo experimentalmente no campo o papel da limita??o de dispers?o e de filtros ambientais para o recrutamento de ?rvores em florestas inund?veis ap?s o fogo. Eu combino invent?rios de sementes de ?rvores nesses locais queimados, com experimentos usando sementes e mudas plantadas de seis esp?cies de ?rvores que ocorrem nesse ecossistema. O fogo repetido reduz fortemente a disponibilidade de sementes de ?rvores, mas essas tem sucesso quando plantadas apesar da presen?a de um solo degradado e alta cobertura herb?cea. Ainda, solos degradados em locais que queimaram duas vezes parecem limitar o crescimento da maioria das esp?cies de ?rvores, mas n?o de ?rvores de savana com ra?zes profundas. Nossos resultados sugerem uma limita??o das ?rvores de floresta em dispersar para locais queimados e abertos. O conjunto das evid?ncias apresentadas nesta tese sustenta a hip?tese de que florestas inund?veis da Amaz?nia s?o menos resilientes que florestas de terra-firme, e mais propensas ? mudar para o estado de savana. A pouca habilidade que essas florestas t?m em reter a fertilidade do solo e recuperar a estrutura florestal ap?s o fogo, pode acelerar a transi??o para savana. Tamb?m apresento evid?ncia de que ?rvores de florestas inund?veis possuem limita??o de dispers?o. An?lises em larga escala espacial da cobertura de ?rvores em fun??o da quantidade de chuva anual sugerem que savanas s?o mais propensas a expandir primeiro nas ?reas inund?veis se o clima da Amaz?nia ficar mais seco. A expans?o de savanas por ecossistemas inund?veis para o cerne da Amaz?nia poderia espalhar fragilidade de um local inesperado.
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Atributos funcionais de espécies arbóreas e a facilitação da regeneração natural em plantios de mata ciliar

Daronco, Camila [UNESP] 30 January 2013 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:30:20Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2013-01-30Bitstream added on 2014-06-13T20:20:46Z : No. of bitstreams: 1 daronco_c_me_botfca.pdf: 661251 bytes, checksum: e5d4c121287d43e989008779e05d1d41 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / As interações ecológicas, tanto positivas como negativas, são de extrema importância para o entendimento sobre a estruturação das comunidades vegetais. Por meio do conhecimento sobre os filtros ecológicos e as interações entre espécies em diferentes condições ambientais é possível restaurar ecossistemas mais rapidamente. O objetivo deste estudo foi verificar se ocorre facilitação da regeneração natural pelas espécies plantadas visando à restauração de mata ciliar, identificando os mecanismos envolvidos na regeneração de espécies nativas sob a copa das árvores plantadas. Foram selecionados 91 indivíduos arbóreos de seis diferentes espécies (Anadenanthera colubrina var cebil, Croton floribundus, Inga laurina, Inga vera, Schinus terebinthifolius e Syzygium cumini) em um plantio de restauração com dez anos de idade, categorizados de acordo com sua síndrome de dispersão, caducifolia e capacidade de fixar nitrogênio, em uma área de mata ciliar em região de Cerrado, no município de Assis, SP. Foram identificados e contados todos os indivíduos regenerantes de espécies lenhosas, em parcelas circulares com 10 m2 de área. Uma mata ciliar nativa, não perturbada, próxima da área em restauração, foi amostrada como ecossistema de referência, onde foram identificados e contados os regenerantes em 20 parcelas circulares de 10 m2. Na área em restauração, para 2 cada árvore plantada foi registrada a altura total, altura inferior de copa, diâmetro de copa, volume da copa e área basal (secção transversal do tronco medida a 1,30 m acima do solo). Sob a projeção da copa de cada árvore, foram quantificadas a biomassa de braquiária, a umidade do solo e a interceptação de luz pela copa. A área em restauração apresentou densidade média de 12.494 plantas ha-1, com 52 espécies amostradas, enquanto na... / The ecological interactions, both positive and negative, are of extreme importance for the understanding of plant community structure. The knowledge about ecological filters and interactions among species under different environmental conditions can assist ecological restoration. The aim of this study was to determine whether facilitation of natural regeneration by species planted occurs in riparian forests under restoration, and to understand the mechanisms involved in the regeneration of native species under the canopy of trees planted. We selected 91 individuals from six different arboreal species (Anadenanthera colubrina var cebil, Croton floribundus, Inga laurina, Inga vera, Schinus terebinthifolius and Syzygium cumini), in a restoration planting ten years old, at Assis, SP, Brazil, in a Cerrado region. Trees were categorized by dispersion syndrome, deciduousness, and capacity of N-fixation. IN order to evaluate the facilitation processes, we identified and counted all individuals from woody species regenerating in circular plots with 10 m2 area under every tree. A native forest, undisturbed, near the restoration site, was sampled as a reference ecosystem, where we identified and counted young plants in 20 circular plots of 10 m2. For every tree planted we collected, as explanatory variables, the total height, canopy height (distance from the ground), crown diameter, canopy volume and individual basal area (at 1.30 m above ground). Moreover, under the canopy projection of each tree we quantified invasive grasses biomass, soil moisture and light interception by the canopy. The restoration site had average density of 12,494 plants ha-1, with 52 species sampled, while in the native forest the density was 41,500 plants ha-1, with 59 species recorded. The species in natural regeneration in the restored area were... (Complete abstract click electronic access below)
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Comunidades de árvores e o ambiente na floresta estacional semidecidual montana do Pico do Jabre, PB / Tree communities and environment of the pico do jabre montane seasonal semideciduous forest, Paraíba, Brazil

Cunha, Maria do Carmo Learth 25 February 2010 (has links)
Tese (Doutorado)—Universidade de Brasília, Departamento de Engenharia Florestal, Programa de pós-graduação em Ciências Florestais, 2010. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-05-02T20:46:46Z No. of bitstreams: 1 2010_MariadoCarmoLearthCunha.pdf: 6972612 bytes, checksum: a6c9f6f3684465bb30da140c99fbc1bd (MD5) / Approved for entry into archive by Jaqueline Ferreira de Souza(jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-05-02T20:51:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_MariadoCarmoLearthCunha.pdf: 6972612 bytes, checksum: a6c9f6f3684465bb30da140c99fbc1bd (MD5) / Made available in DSpace on 2011-05-02T20:51:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_MariadoCarmoLearthCunha.pdf: 6972612 bytes, checksum: a6c9f6f3684465bb30da140c99fbc1bd (MD5) / As florestas localizadas em áreas intermediárias entre a floresta úmida tropical sempre verde e as savanas e desertos secos são denominadas estacionais e apresentam estrutura, diversidade, composição e frequência de espécies perenes no dossel, altura, produção e outros aspectos funcionais típicos. Este trabalho foi conduzido na Floresta Estacional Semidecidual Montana do Pico do Jabre, (06° 02'12'' a 08° 19'18'' S and 34° 45'12'' a 38° 45'45''W), a maior elevação regional (1.197m), distante 360 km da costa atlântica, situado nos municípios de Maturéia e Mãe D'água na Paraíba. O objetivo foi analisar a composição florística e fitossociológica do estrato arbóreo a fim de estabelecer correlações entre a abundância das espécies e fatores ambientais. Foram empregadas técnicas de classificação (UPGMA e TWINSPAN) e ordenação (CCA) da vegetação. Foi realizada a comparação com 17 outras formações florestais de Pernambuco e Paraíba para situar a comunidade estudada no contexto florístico regional. Foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com DAP ? 4,8 cm, presentes em 1,8 hectares distribuídos em 36 parcelas (10x50m) sistematicamente alocadas em transectos com variação altitudinal de 225 m. Durante seis anos foram realizadas coletas mensais de material botânico fora das parcelas completaram a lista florística. As variáveis altitude, coordenadas geográficas e propriedades físicas e químicas do solo foram obtidas para cada parcela. Foram reconhecidas 87 espécies, pertencentes a 65 gêneros e 34 famílias. O levantamento fitossociológico registrou 2.050 indivíduos referentes a 64 espécies de 51 gêneros e 31 famílias, que resultaram na estimativa de 1.148 ind.ha-1 e área basal de 22,45 m2.ha-1. O índices de diversidade de Shannon-Wiener foi 3,17 nats.indv e o índice de Pielou foi 0,76 e revelaram a dominância ecológica de Byrsonima nitidifolia. A flora local apresentou elementos de Florestas Ombrófilas Montanas, Florestas Estacionais Semideciduais de Terras Baixas e da Caatinga. A regeneração natural foram amostradas 21 espécies pertencentes a 16 gêneros e 14 famílias, com índice de diversidade de Shannon-Wienner de 1,57 nats.indiv e de Pielou de 0,52. Na regeneração a dominância ecológica de B. nitidifolia foi também registrada. A similaridade entre regenerantes e adultos foi de 40%. A classificação da vegetação por UPGMA e TWINSPAN indicou duas comunidades florísticas distintas, a comunidade de parcelas preservadas (PP) e de parcelas alteradas e com rochosidade (PAR). Espécies indicadoras, preferenciais e de ampla distribuição foram indicadas pelo TWINSPAN e pela análise de espécies indicadoras. A análise de CCA evidenciou o gradiente de altitude que separou a comunidade PP nos solos de maior acidez, menor fertilidade e maior conteúdo de água posicionada nas cotas de maior altitude, enquanto a comunidade PAR foi associada a solos mais férteis, menos ácidos e com menor conteúdo de água, nas cotas de menor altitude. As variáveis ambientais isoladamente foram responsáveis por 38,83% da explicação de variação dos dados, e conjuntamente com o espaço responderam por 49,61%. A Floresta Estacional Semidecidual Montana do Pico do Jabre apresentou baixa similaridade florística, com mediana de 0,22, com outras formações florestais regionais. A maior similaridade entre áreas foi relacionada à sua proximidade geográfica. Não foi possível estabelecer espécies indicadoras de Florestas Estacionais Semideciduais Montanas, evidenciando a grande diversidade florística e estrutural entre estas comunidades. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Seasonal forests are found among tropical evergreen wet forests and savannas or deserts and show peculiar floristic composition, structure, diversity, height, net production and other functional aspects. This study was carried out at the Pico do Jabre Montane Seasonal Forest (06° 02’12’’ a 08° 19’18’’ S and 34° 45’12’’ a 38° 45’45’’W), the highest regional elevation (1.197 m), at 360 km from the sea at Maturéia and Mãe D’água municipalities in Paraiba state, Brazil. The main target was to assess the floristic composition and phytosociology of the trees and regeneration strata in order to correlate species abundance and local environment factors. Classification (UPGMA and TWINSPAN) and ordination (CCA) techniques were used as the main tools. A comparison including 17 other forest communities, of Pernambuco and Paraíba states, placed our studied forest within the regional floristic context. All trees, DBH ≥ 4,8 cm, were sampled in 36 (10x50m) plots, 1,8 ha, placed in transects along a 225 m altitudinal range. During six years trees botanical samples were monthly collected outside plots to enrich the local floristic list. Altitude, geographical position, soils physical and chemical properties were taken for each plot. In the total there were 87 species, of 65 genera and 34 families. Within plots it was found 2050 trees of 64 species of 51 genera and 31 families which resulted in 1.148 ind.ha-1 and 22.45 m2.ha-1. Diversity was established as H’ = 3.17 nats.ind-1 and J = 0.76 as a result of Byrsonima nitidifolia ecological dominance. The local flora included species from Ombrophylous Montane and Seasonal Forest as well as from the neighboring Caatinga. Natural regeneration showed 21 species of 16 genera and 14 families which resulted in H’ = 1.57 nats.indiv-1 and J = 0.52. In this strata B. nitidifolia ecological dominance was also registered. Similarity among regeneration and tree community was calculated as 40%. The UPGMA and TWINSPAN classification indicated two floristic communities which included PP, well preserved, and PAR, less preserved and rocky plots. Indicators and preferential species were also established. A CCA analysis pointed out a altitudinal gradient along which the PP community was found colonizing acid, humid and less fertile soils in the highest positions of mountain, while PAR community was found associated to the less acid and humid and more fertile soils in the lowest positions. Environmental variables were responsible for 38,83% and, together with space they accounted for 49,61% of the total variance. The Pico do Jabre Montane Seasonal Forest showed low floristic similarity, average 0,22, to other regional Forest communities. The highest floristic similarity was associated to geographical proximity. As a consequence of the high floristic and structural heterogeneity it was not found indicator species associated to the regional Montane Seasonal Forest communities.
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Redes de interação plantas-visitantes florais e a restauração de processos ecológicos em florestas tropicais / Flower- visitor networks and the restoration of ecological processes in tropical forests

Simone Bazarian Vosgueritchian 17 September 2010 (has links)
A restauração da Mata Atlântica tem sido considerada prioridade nas iniciativas de manutenção da biodiversidade. Adicionalmente, há consenso de que os parâmetros para avaliação da restauração ecológica devem mensurar o retorno de funções ecológicas. O estudo de interações planta-visitante floral pode ser um caminho adequado para avaliar a eficiência das práticas de restauração, visto que estas interações desempenham função crítica na dinâmica e diversidade da comunidade. Variações na diversidade de espécies de plantas e de seus visitantes florais podem alterar a freqüência de interação entre as espécies, definir a estrutura das redes de interação, determinando os níveis de generalização e especialização na comunidade. Neste contexto, a tentativa de restaurar florestas tropicais pela adição de espécies arbóreas pode ter efeitos sobre a estrutura, estabelecimento de grupos funcionais e níveis de generalização na rede de interação entre flores e visitantes florais. O objetivo principal deste trabalho é o de comparar redes de interação planta-visitante floral em florestas tropicais restauradas após 5 anos do plantio das arbóreas, florestas regeneradas naturalmente e remanescentes de floresta atlântica em uma área sob domínio da Mata Atlântica no sudeste do Brasil. Para atingir esse objetivo, essas florestas foram comparadas quanto suas diversidades estruturais e funcionais em relação aos seguintes aspectos: 1) Riqueza e atributos de história de vida (formas de vida, sistemas sexuais, modos de polinização e de dispersão); 2) redes de interação plantavisitante floral; 3) Grau de generalização e especialização das redes de interação; 4) robustez quanto à perda de espécie em redes de interação, e 5) Formação de grupos funcionais seguindo características florais e de freqüência de visitas. Para cada aspecto avaliamos a contribuição das espécies plantadas. Florestas restauradas tiveram a maior riqueza de espécies em flor, porém com menor similaridade florística com outras florestas locais. A similaridade em abundâncias relativas de arbustos e lianas com outras categorias de florestas indicou a inclusão de outras formas de vida além de árvores nas florestas restauradas. Porém, a alta abundância relativa de árvores nas florestas regeneradas naturalmente também indicou o potencial de regeneração natural em florestas 15 degradadas. A maior diversidade de modos de polinização biótica e de dispersão de sementes nas florestas restauradas veio das plantas regenerantes espontaneamente. Não houve diferenças significativas quanto às métricas de redes de interação flores e visitantes entre os tratamentos, porém houve uma tendência de maior especialização dessas interações nas florestas nativas e maior robustez à perda de espécies em florestas restauradas. Além disso, plantas regenerantes espontaneamente receberam significantemente mais visitas nas florestas regeneradas naturalmente do que em florestas restauradas, sugerindo que árvores plantadas podem estar reduzindo visitação às flores da vegetação regenerante espontânea, possivelmente competindo por visitantes florais. Em relação à diversidade funcional, 21 grupos funcionais baseados em atributos florais foram estabelecidos entre todas as espécies em flor, onde as espécies da floresta restaurada dominaram três grandes grupos e a floresta nativa apresentou representantes distribuídos equitativamente pelos grupos, sem dominância. Pólen foi a variável que mais contribui para diferenciação dos grupos. As espécies plantadas formaram grupos funcionais exclusivos nas florestas restauradas, contribuindo para uma maior diversificação em atributos funcionais florais em tais comunidades, porém não mais do que a diversificação funcional trazida pelas plantas regenerantes espontaneamente. Redes de interação entre grupos funcionais de plantas e categorias taxonômicas de visitantes reforçaram que os visitantes florais parecem não seguir fielmente grupos funcionais por atributos florais. Considerando que as florestas regeneradas naturalmente apresentaram alta abundância relativa de árvores, não apresentaram diferenças significativas quanto às métricas de redes de interação planta-visitantes florais com as florestas restauradas e que a regeneração natural na região estudada ocorre em grande intensidade, sugerimos que seja dada importância relevante às plantas regenerantes espontaneamente em projetos de restauração. Cabe ressaltar que avaliamos restauração após 5 anos da implantação. Assim, todas as conclusões tiradas deste estudo necessitarão ser acompanhada em estudos futuros. / Restoration of the Brazilian Atlantic Forest has been considered priority in initiatives to maintain biodiversity. Additionally, there is consensus that the parameters to evaluate restoration should address the return of ecological processes. The study of flower-visitor interactions can be a reasonable way to evaluate restoration practice, considering that these interactions have critical role in the dynamics and diversity of communities. Variations in the diversity of plant species and their flower visitors could modify frequency of interactions between species; define the structure of interaction networks, and determine generalization and specialization levels in the community as well. In this context, the attempt to restore tropical forests by planting native trees can affect the structural and functional diversity and generalization level in flower-visitor networks. The main objective of this research is to compare flower-visitor networks in 5-year-old restored forests, naturally regenerated forests and native forests in an Atlantic Forest domain in southeastern Brazil. We compared these forests in relation to: 1) Richness of species and life history traits (growth form, sexual system, biotic pollination modes and dispersal modes); 2) Flower-visitor networks; 3) Generalization and specialization levels in ecological networks; 4) Robustness to species loss in ecological networks; and 5) Functional groups by floral traits and visitation frequencies of flower visitors. We evaluated the contribution of planted species on each of these aspects. Restored forests had the highest floristic richness of species in flower, but little floristic similarity with other native local forests. Similarity in the relative abundance of shrubs and lianas among habitat categories indicated the possibility of annexation of other life forms than trees in restored forests. But the presence of high relative abundance of trees in the naturally regenerated forests also indicated the potential of natural regeneration of the degraded forests. Biotic pollination and dispersal modes tended to be more diverse in restored forests, but it comes as a result of the addition of spontaneously regenerated plants to this forest. There were no significant differences in the metrics of flower-visitor networks between forest categories, although there was a trend towards high specialization of 17 interactions between flower and visitors in native forests and high robustness of species loss in restored forests. In addition, spontaneously regenerated plants received significantly more visits in the naturally regenerated forests than in restored forests, suggesting that the planted trees may reduce the visitation to the spontaneously regenerated vegetation, possibly by competing for flower visitors. With regard to functional diversity, 21 functional groups based on floral traits were recognized when all species in flower was pooled. Species of restored forests were dispersed mainly among three groups, while species from native forests were spread among all groups with almost the same number of species per group. Pollen was the variable that most contributed for grouping species. Planted trees species formed exclusive functional groups, contributing for higher diversification of floral trait to the community. However, this diversification was not higher than provided by spontaneous regenerated plants. Interaction networks between plant functional groups and taxonomic categories of flower visitors ensured that flower visitors do not seem to follow the grouping formed by floral traits. Considering that naturally regenerated forests had high relative abundance of trees, were not different from restored forests in relation to network metrics and that natural regeneration was intense in the region, we suggest paying relevant attention to spontaneous regenerated plants in restoration projects. We would like to point out that we evaluated five-year-old restored forests and there is still need to track these forests in the future.
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Estruturação de assembleias arbóreas em uma paisagem fragmentada: existe relaxamento na mortalidade dependente da densidade e distância?

Silva, Edgar Alberto do Espírito Santo 26 February 2014 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-03-11T15:00:49Z No. of bitstreams: 2 Tese Edgar A E S Silva .pdf: 1480606 bytes, checksum: 5f83b405866d21135bd0eb3bac6eae6e (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-11T15:00:49Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese Edgar A E S Silva .pdf: 1480606 bytes, checksum: 5f83b405866d21135bd0eb3bac6eae6e (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2014-02-26 / FACEPE; CNPq; CAPES / Dentre as hipóteses criadas para explicar a manutenção da diversidade de árvores em florestas tropicais, uma das mais aceitas é a hipótese de Janzen-Connell. Essa hipótese propõe que inimigos naturais diminuem a probabilidade de sobrevivência de sementes e plântulas quando estas estão adensadas ou próximas ao adulto parental. Entretanto, é provável que esse mecanismo proposto por Janzen-Connell seja menos intenso em florestas fragmentadas. Esta tese teve como objetivo avaliar se a alta densidade de determinadas espécies arbóreas em paisagens fragmentadas é resultado de um relaxamento na mortalidade dependente da densidade e distância. Foram realizados três estudos em uma paisagem fragmentada de Floresta Atlântica, comparando pequenos fragmentos florestais com áreas de floresta madura no interior de um grande remanescente. No primeiro, foram analisados os padrões de mudança nas densidades de populações arbóreas no estágio de plântula e adulto para investigar quais espécies tendem a predominar em pequenos fragmentos florestais. No segundo, foi analisada a distribuição espacial de árvores adultas e jovens para inferir se a distância entre indivíduos coespecíficos é menor nos pequenos fragmentos. No terceiro, foi realizado um experimento de predação de sementes com a espécie Tapirira guianensis para avaliar se existe uma redução na predação de sementes em pequenos fragmentos florestais. Em síntese, os resultados demonstram que: (1) apenas um pequeno grupo de espécies pioneiras apresenta um aumento na densidade populacional em pequenos fragmentos florestais, enquanto muitas espécies tendem a se extinguir localmente ou apresentar abundâncias extremamente baixas nesses fragmentos; (2) não existe uma redução na distância entre jovens e adultos coespecíficos nos pequenos fragmentos ao analisar todas as espécies, apenas quando analisadas somente as espécies pioneiras; (3) exceto pela pequena redução na distância média (2 m) entre adultos coespecíficos, não foi observada uma agregação nas populações nos pequenos fragmentos florestais; (4) não existe um relaxamento na predação de sementes dependente da distância em Tapirira guianensis. Os resultados obtidos não indicam que as mudanças observadas na estrutura das assembleias arbóreas nos pequenos fragmentos resultam de relaxamentos na mortalidade dependente da densidade e distância. Entretanto, mesmo após 200 anos, esses fragmentos ainda apresentam uma redução na diversidade de árvores.
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Composição e riqueza de samambaias e licófitas em florestas serranas do Nordeste do Brasil: influência de fatores físicos e conservação

SILVA, Ivo Abraão Araújo da 25 February 2014 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-03-11T15:04:16Z No. of bitstreams: 2 TESE Ivo Abrão da Silva.pdf: 5682932 bytes, checksum: 77aa469515f32844ed9d5364854b67df (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-11T15:04:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TESE Ivo Abrão da Silva.pdf: 5682932 bytes, checksum: 77aa469515f32844ed9d5364854b67df (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2014-02-25 / CNPq / O objetivo dessa pesquisa foi investigar quais os fatores ambientais mais contribuem para determinar o padrão de composição e riqueza de samambaias e licófitas ocorrentes nas Florestas Serranas do Nordeste ao Norte do rio São Francisco. Além disso, foi investigado se essas formações florestais apresentam evidências de refúgios de diversidade para esses grupos de plantas. Foram avaliadas as variações nas riquezas e composições de samambaias e licófitas (epífitas e terrestres) relacionadas a atributos físicos de 28 fragmentos florestais. A riqueza foi avaliada através de análises de regressões múltiplas e Anova dois-fatores, e para a composição foi aplicada uma análise de correspondência canônica. Para detectar evidências de refúgios, 28 fragmentos de Florestas Serranas tiveram os seus resíduos das análises de regressão da relação espécieárea comparados com os resíduos de 23 fragmentos de Florestas de Terras Baixas. Foram registradas 273 espécies de samambaias e licófitas, sendo a riqueza e a composição influenciadas pelo tamanho do fragmento, precipitação sazonal e tipo florestal. Foi verificada uma forte correlação entre as condições ambientais e a distância geográfica, mas a distância geográfica mostrou fraco efeito sobre a similaridade florística. As Florestas Serranas apresentaram resíduos com valores maiores e positivos com mais frequência que os resíduos observados para as Florestas de Terras Baixas. Isso indica uma riqueza maior que à esperada pela relação espécie-área. A interação entre fatores climáticos, tipo florestal e tamanho do fragmento são determinantes para as condições microclimáticas das áreas estudadas e o papel do ambiente é provavelmente mais restritivo que qualquer processo de dispersão ou flutuações aleatórias, indicando o determinismo ambiental como atuante na distribuição das samambaias e licófitas nas Florestas Serranas. Além disso, os resultados trazem evidências de que as Florestas Serranas podem ser refúgios de diversidade de samambaias e licófitas e compõem um elemento de grande relevância para a manutenção da diversidade desses grupos na Floresta Atlântica Nordestina. Nesse sentido, as estratégias de conservação precisam ser de abrangência regional, devido à existência de complementaridade entre as composições de espécies ocorrentes nas Florestas Serranas.
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Efeito de perturbações antrópicas sobre comunidades de plantas lenhosas e formigas na CAATINGA.

Ribeiro Neto, José Domingos 31 January 2013 (has links)
Submitted by Leonardo Freitas (leonardo.hfreitas@ufpe.br) on 2015-04-10T13:54:03Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese Jose Domingues Ribeiro Neto.pdf: 910227 bytes, checksum: 5cf7fb621d27bed8f260c1e9407c0e36 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-10T13:54:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese Jose Domingues Ribeiro Neto.pdf: 910227 bytes, checksum: 5cf7fb621d27bed8f260c1e9407c0e36 (MD5) Previous issue date: 2013 / FACEPE; CNPq; CAPES; / As perturbações antrópicas são, atualmente, as maiores responsáveis pela crise de extinção de espécies. A perda de habitat, poluição e as consequências decorrentes desses processos modificam as condições ambientais em nível global, ameaçando até mesmo os organismos em partes dos ecossistemas ainda não diretamente perturbadas. Os diferentes grupos de organismos respondem de maneira diferente a essas perturbações ambientais, o que propicia a identificação de espécies indicadoras de perturbação. Alguns grupos, como formigas e árvores, são, em conjunto, considerados como bons indicadores da diversidade de diversos outros grupos de organismos tanto em ecossistemas de Caatinga quanto em ecossistemas de Floresta Atlância. Entretanto, não se conhecem ainda detalhes da resposta desses dois grupos de organismos às perturbações antrópicas, especialmente em ambientes de Caatinga. Assim, o objetivo deste trabalho foi testar a hipótese de que ecossistemas de Caatinga sob níveis de perturbação mais alto retém menos diversidade de plantas e formigas. Nossas expectativas são que, conforme aumenta o nível de perturbação antrópica: (1) diminui a riqueza de espécies de plantas e formigas; (2) ocorrem modificações na composição de espécies de plantas e formigas; (3) ocorrem modificações na composição funcional de plantas e formigas; 2 (4) como as plantas são alvos diretos da perturbação, seus efeitos sobre a comunidade vegetal são mais intensos que sobre a comunidade de plantas. Este trabalho foi desenvolvido em 26 áreas de Caatinga no município de Parnamirim, Pernambuco. Foram medidos diversos descritores de perturbação antrópica ligados à distância aos núcleos de atividade humanas (sede do município, assentamentos humanos rurais e estradas), tamanho da população humana residente na área de estudo e tamanho dos rebanhos bovino e caprino (pastejo). Houve um decréscimo na riqueza de espécies de plantas conforme aumentou o nível de perturbação antrópica, mas não foi 18 evidenciada mudança na riqueza de espécies de formigas. As perturbações antrópicas modificaram a composição de espécies e funcional tanto das comunidades plantas quanto das de formigas, entretanto, enquanto que as comunidades de plantas foram afetadas por mais de um descritor de perturbação (pastejo, para composição taxonômica e funcional, distância para a sede do município, composição de espécies, e distância para assentamentos humanos, composição funcional), a composição de espécies de formiga foi afetada apenas pelo número de pessoas residentes na área de estudo, e a composição funcional da comunidade de formigas não foi afetada pelas pertubações antrópicas. Esses resultados sugerem que particularidades na resposta de plantas e formigas à perturbação, sendo que as plantas são mais sobejamente afetadas, e que, de modo geral, áreas mais perturbadas retém menor biodiversidade. Além disso, o efeito dos diferentes descritores de perturbação sugerem que variáveis como distância para as cidades e tamanho dos rebanhos bovino e caprino são importantes nos padrões de composição de espécies e funcional e devem ser levadas em consideração no manejo de áreas degradadas e na definição de áreas prioritárias para a conservação.
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Impacto do desmatamento na interação biosfera-atmosfera do domínio caatinga / Impact of deforestation on the biosphere-atmosphere interaction of the caatinga domain

Queiroz, Maria Gabriela de 02 March 2018 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2018-06-29T11:17:23Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 9518576 bytes, checksum: cd26d54e74e8a302bdccda3db0ce819a (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-29T11:17:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 9518576 bytes, checksum: cd26d54e74e8a302bdccda3db0ce819a (MD5) Previous issue date: 2018-03-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A região Semiárida brasileira e a vegetação de caatinga sofrem constante mudança do uso da terra, devido ao processo de desmatamento para a extração de lenha e implantação de culturas agrícolas e pastagens, resultando em paisagens com distintos níveis de perturbação antrópica. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar as mudanças na interação biosfera-atmosfera do Domínio de Caatinga, com reflexos na transferência de água e de energia, condições micrometeorológicas, umidade do solo, interceptação de água pelo dossel, atributos físicos e químicos do extrato do solo e produção de serapilheira. Foram estudadas duas paisagens: área com vegetação de caatinga (CAA) e área desmatada adjacente (ADA), ambas situadas no Eixo Norte- Sul da região central do Estado de Pernambuco. O período experimental estendeu-se de 01 de novembro de 2014 a 31 de outubro de 2017, com a delimitação de períodos chuvosos, secos e transições, agrupados de acordo com o regime hídrico local. Foram instaladas torres de aço galvanizado em cada sítio para aquisição de dados micrometeorológicos. Assim, foram realizadas comparações das respostas das condições micrometeorológicas, da evapotranspiração real, e dos componentes do balanço de energia nos diferentes regimes hídricos e entre as superfícies, por meio do método do balanço de energia com base na razão de Bowen para estimar os fluxos diários, mensais e sazonais do calor sensível (H) e latente (LE). Dados de atributos físico-químicos dos sítios e climáticos da área de estudo foram avaliados por meio da aplicação das estatísticas descritiva e multivariada. O monitoramento da umidade volumétrica (θv) no perfil do solo foi realizado por uma sonda capacitiva, em um período total de 157 dias. Adicionalmente, foi examinado o particionamento das chuvas em precipitação interna (Pi), escoamento do tronco (Et) e interceptação pelo dossel (I) por espécies da vegetação de caatinga. Por fim, determinou-se a deposição mensal de serapilheira (total, por fração e por espécies), a taxa de decomposição e a exportação de nutrientes via material decíduo de espécies vegetais da caatinga. Os resultados indicaram que houve diferenças significativas na densidade de fluxos diurnos do saldo de radiação (R N ), LE, H e fluxo de calor no solo (G), com maiores médias na CAA, com exceção dos valores médios de G, provavelmente devido ao aumento do albedo na ADA. A evapotranspiração média na CAA e ADA foi de 2,19 e 1,97 mm, nesta ordem. Cerca de 48% do R N recebido foi utilizado no LE, 44% para H e 9% para G na CAA, versus 34% de R N para LE, 50% para H e 16% para G na ADA. Não houve diferença na maioria dos atributos físico-químicos do solo entre os dois sítios. Exclusivamente para o estudo da umidade do solo, uma terceira paisagem foi incluída, a palma forrageira. A θ v foi superior na caatinga (0,086 m³ m-³), intermediária na palma forrageira (0,064 m³ m-³), e inferior na área desmatada (0,045 m³ m-³). Para a vegetação de caatinga, a Pi e a Et representam 81,2% e 0,8% da precipitação total, enquanto a interceptação pelo dossel foi de 18%. A remoção da vegetação resultou em aumentos de 10% no escoamento superficial para locais desmatados, com maiores incrementos nos primeiros eventos de chuva. A Caatinga depositou em média 1.177 kg MS ha-¹ ano-¹ de serapilheira, sendo 56% de folhas; 24% de galhos; 15% de estruturas reprodutivas e, 5% de miscelânea. A taxa de decomposição da serapilheira foi de 0,33 Kg MS ha-¹ ano-¹, sendo exportados anualmente 23,76 kg ha-¹ de nutrientes. Conclui-se que a conversão da vegetação de caatinga em outras superfícies promoveu maior degradação de paisagens, ocasionando reduções do R N , com valores elevados de H e G, e ET ligeiramente reduzida na área desmatada. A remoção da vegetação de caatinga resultou em declínios da θv e perda de interceptação de água pelo dossel vegetativo. Em áreas de caatinga com intervenção antrópica, a perda de matéria seca depositada sobre o solo pode chegar a 1,18 ton. ha-¹ ano-¹. / The Brazilian semi-arid region and caatinga vegetation are constantly changing land use due to the deforestation process, the extraction of firewood and the implantation of agricultural crops and pastures, resulting in landscapes with different levels of anthropic disturbance. Thus, the objective of this research was to evaluate the changes in the biosphere-atmosphere interaction of the Caatinga domain, with a reflection on water and energy transfer, micrometeorological conditions, soil moisture, canopy water interception, physical and chemical attributes of soil extract and production of litterfall. Two landscapes were studied: area with caatinga vegetation (CAA) and adjacent deforested area (ADA), both located in the North- South Axis of the central region of the State of Pernambuco. The experimental period lasted from November 1, 2014, to October 31, 2017, with the delimitation of wet, dry and transitions periods, grouped according to the local of water regime. Galvanized steel towers were installed at each site for the acquisition of micrometeorological data. Thus, comparisons of the responses of micrometeorological conditions, real evapotranspiration and energy balance components in the different water regimes and between the surfaces were carried out, using the Bowen ratio energy balance method to estimate the daily, monthly and seasonal of the sensible (H) and latent (LE) heat fluxes. Physical and chemical attributes data of the sites and climatic conditions of the study area were evaluated through the application of descriptive and multivariate statistics. The monitoring of the volumetric moisture (θv) in the soil profile was carried out by a capacitive probe, in a total period of 157 days. In addition, partitioning of rains into throughfall (TF), stemflow (SF) and interception loss (IL) of caatinga vegetation species was examined. Finally, monthly deposition of litterfall (total, by fraction and by species), the rate of decomposition and the export of nutrients via deciduous material plant species of the caatinga were determined. The results indicated that there were significant differences in the diurnal flux density of the radiation net (R N ), LE, H and soil heat flux (G), with highest averages in the CAA, except for the mean values of G, probably due to the albedo increase in ADA. The mean daily evapotranspiration in the CAA and ADA was 2.19 and 1.97 mm, respectively. About 48% of the received R N was used in the LE, 44% for H and 9% for G in the CAA, versus 34% from R N to LE, 50% to H and 16% to G in ADA. There was no difference in most of the physical-chemical attributes of the soil between the two sites. Exclusively for the study of soil moisture, a third landscape was included, the forage cactus. The θv was highest in the caatinga (0.086 m³ m-³), intermediate in the forage cactus (0.064 m³ m-³), and lowest in the deforested area (0.045 m³ m-³). For the caatinga vegetation, the TF and SF represent 81.2% and 0.8% of the total precipitation, while the interception loss was 18%. The removal of vegetation resulted in 10% increases in ES for deforested sites, with highest increases in early rainfall events. The caatinga deposited on average 1177 kg DM ha-¹ year-¹ of litterfall, being 56% of leaves; 24% of branches; 15% of reproductive structures and 5% of miscellaneous. The litterfall decomposition rate was 0.33 kg DM ha-¹ year-¹ , with annual exportation of 23.76 kg ha-¹ of nutrients. It is concluded that the conversion of the caatinga vegetation to other surfaces promoted greater degradation of landscapes, causing reductions of the R N , with high values of H and G, and slightly reduced ET in deforested area. Removal of the caatinga vegetation resulted in declines of θ v and loss of interception of water through the canopy. In areas of caatinga with anthropic intervention, the loss of dry matter deposited on the soil can reach 1.18 tons ha-¹ year-¹.
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Estrutura espacial e ecologia de briófitas epífitas e epífilas de remanescentes de floresta atlântica na estação ecológica de Murici, Alagoas

Dámaris Pereira Alvarenga, Lisi January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:06:36Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4853_1.pdf: 1478319 bytes, checksum: 020993ae39fcbf9d0ebddfac5ec54110 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Visando atender à necessidade de ampliar o conhecimento cobre ecologia de briófitas epífitas e epífilas e acrescer a flora do Estado de Alagoas, estas comunidades foram inventariadas em fragmentos florestais da Estação Ecológica Murici (9º11 05 - 9º16 48 S/ 35º45 20 - 35º55 12 O), Nordeste do Brasil. Visto que possuem elevada sensibilidade a microclima, ciclos de vida rápidos e alta especificidade por substratos, briófitas epífilas são um grupo-chave para estudos sobre dinâmica metapopulacional. Elas permitem acessar respostas às variações ambientais em escalas espaciais e temporais relativamente menores àquelas das plantas superiores. Assim, epífilas de sub-bosque foram coletadas nos primeiros 100 metros de borda de dez fragmentos da área e tiveram seus padrões de ocupação (abundância local e regional) e fertilidade aferidos. Foi observada uma tendência de perda de abundância local e regional, e isso pode estar atrelado à reduzida expressão sexual e assexual observada com a perda de qualidade de habitat. Embora a fertilidade não tenha sido correlacionada com constância nos fragmentos, espécies frequentemente férteis colonizaram um significativo maior número de sítios dentro dos mesmos. Espécies dióicas particularmente mostraram menor proporção de populações férteis e baixa freqüência nos fragmentos. Métricas da paisagem, principalmente tamanho e isolamento, juntamente com indicativos de qualidade de habitat de fragmentos (proporção de vegetação secundária) explicaram melhor a variação na riqueza e ocupação das epífilas que a distância de borda. Isto sugere que os efeitos da fragmentação em escala local desempenham um papel coadjuvante ou secundário na brioflora após determinado tempo decorrido. É possível que o presente estudo tenha retratado este estágio sucessional, onde aspectos locais já não impactam a brioflora com a mesma clareza que o isolamento. Os resultados acrescem o suporte empírico para a visão mais ampla e realista dos efeitos da fragmentação e perda de habitat. Ações de prospecção de áreas prioritárias para conservação devem levar em consideração tanto a quantidade de habitat remanescente como também a conectividade entre as diversas manchas em que ela se distribui na paisagem. No caso das briófitas epífitas, isolamento, área e proporção de vegetação secundária também influenciaram significativamente a brioflora. Os remanescentes maiores, menos isolados e com boa proporção de vegetação secundária abrigaram uma riqueza total praticamente três vezes superior aos menos conservados. Epífitas não chegaram a colonizar sequer troncos inferiores na maioria dos fragmentos não conservados, ficando restritas às bases com comunidades bastante descaracterizadas em seu componente florístico, isto é, fortemente dominadas por espécies generalistas e xerófitas, ao passo que 95% das espécies típicas de sombra foram confinadas aos fragmentos conservados. Somando-se isto ao fato de que houve uma grande similaridade do dossel dos fragmentos conservados com o sub-bosque dos não conservados, os resultados sugerem que a perda de habitat leva a um deslocamento das guildas típicas de sol do dossel para o sub-bosque. Isto esclarece eventos precedentes à extinção, resultado culminante da fragmentação e perda de habitat, de grupos biológicos em ecossistemas florestais. Ademais, mostra que remanescentes florestais capazes de abrigar floras epífitas ricas até o dossel possuem mais de 300 ha, o que está longe de ser um tamanho comum nos remanescentes de Floresta Atlântica brasileira e, portanto, reforça a necessidade de conservação dos poucos que ainda alcançam tais marcas
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Estratégias reprodutivas de briófitas em dois habitats distintos da floresta atlântica do Parque Estadual da Serra do Mar / Reproductive strategies of bryophytes in two habitats of the brazilian atlantic Florest ("Serra do Mar" State Park, São Paulo)

Maciel-Silva, Adaíses Simone 17 August 2018 (has links)
Orientador: Ivany Ferraz Marques Valio / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-17T13:14:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maciel-Silva_AdaisesSimone_D.pdf: 4870380 bytes, checksum: e0914953c6ca471ca0dc9159c09600df (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: O objetivo da tese foi aumentar o conhecimento e o entendimento sobre estratégias reprodutivas de briófitas presentes em floresta tropical úmida, especificamente em dois habitats distintos da Floresta Ombrófila densa (Floresta Montana e de Restinga) do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo. A seguinte hipótese foi testada: o sistema reprodutivo (e.g. monóico versus dióico) das espécies e o habitat que ocupam influenciam as estratégias reprodutivas e conseqüentes características de história de vida em briófitas de dois habitats distintos de Floresta Atlântica. Três principais perguntas foram acessadas: (1) o desenvolvimento de estruturas reprodutivas (de gametângios a esporófitos) varia entre populações de briófitas presentes em habitats distintos de floresta tropical? (2) O desempenho reprodutivo (via reprodução sexuada) de briófitas presentes em floresta tropical é influenciado pelo sistema reprodutivo das espécies ou pelas características do habitat que ocupam? (3) Características do habitat e sistemas reprodutivos das espécies são importantes para explicar os padrões de bancos de diásporos de briófitas observados em dois habitats de floresta tropical? O desenvolvimento de estruturas reprodutivas seguiu os índices de pluviosidade nos dois habitats de floresta (apenas com pequenos ajustes), com elevada fertilização durante os períodos mais chuvosos e dispersão de esporos nos períodos mais secos. Tanto o sistema reprodutivo quanto o habitat foram importantes fatores que explicam o desempenho reprodutivo de briófitas. Nem todas as espécies dióicas falharam em produzir estruturas sexuadas sob números similares aos das espécies monóicas, porém as fases de fertilização e produção dos esporófitos foram reduzidas nas espécies dióicas. A raridade de colônias masculinas, assim como as altas razões sexuais de gametângios (>1 ?:?) entre plantas da Floresta de Restinga comparadas àquelas da Floresta Montana, auxiliam a entender como as plantas de Restinga compensaram o baixo desempenho de alguns estádios do ciclo reprodutivo investindo em mais estruturas reprodutivas nas fases iniciais do ciclo e aumentando as probabilidades de fertilização. Características das espécies, sobretudo filo e sistema reprodutivo, foram importantes na formação de bancos de diásporos em distintos substratos (solo < casca de árvore < tronco morto em decomposição). Os dois habitats de floresta, embora com pequenas diferenças, apresentam reservas compostas principalmente por diásporos de musgos monóicos, que investem largamente em reprodução sexuada, e de musgos dióicos com eficientes métodos de propagação assexuada. Quando comparadas as proporções de espécies dióicas vs. monóicas presentes no banco de diásporos dos dois habitats de floresta estudados, com levantamentos das espécies de briófitas em vegetação da mesma floresta, a contribuição de espécies dióicas foi superior na vegetação, enquanto que espécies monóicas foram mais bem representadas no banco de diásporos. Briófitas presentes na Floresta Atlântica apresentaram diferentes estratégias reprodutivas, moldadas pelo sistema reprodutivo das espécies e pelo habitat que ocuparam. Mais especificamente, outros fatores como filo e formas de crescimento das espécies, e características microambientais também influenciaram as estratégias de vida adotadas pelos grupos de briófitas. A presente tese é pioneira na investigação dos temas abordados aqui do ponto de vista das briófitas, sobretudo em florestas tropicais. Os dados referentes à fenologia reprodutiva, desempenho da reprodução sexuada e formação de bancos de diásporos de briófitas auxiliarão a compreender como e porque essas plantas têm papel destacado em florestas tropicais úmidas / Abstract: The main goal of this thesis was to increase the knowledge and understanding on reproductive strategies of bryophytes in tropical rain forests, specifically in two habitats of the Ombrophilous Dense Forest (montane and sea level sites) of the Serra do Mar State Park, São Paulo, Brazil. The following hypothesis was tested: breeding system and habitat drive the reproductive strategies and life-history traits of bryophytes in two habitats of a Brazilian Atlantic Forest. Three questions were assessed: (1) Do the development of sexual reproductive structures (gametangia to sporophytes) vary among populations in two distinct habitats of tropical rain forest? (2) Is the sexual reproductive performance of bryophytes in tropical rain forest influenced by breeding system or habitat characteristics? (3) Are habitat and breeding system important to explain the patterns of bryophyte diaspore banks in tropical rain forests? Development of sexual reproductive structures followed the pluviosity in the two Forest sites, with slight adjustments. There was high fertilization during the wettest periods and the spore dispersal was common in the driest months. Both breeding system and habitat were important factors explaining the reproductive performance of bryophytes. Some dioicous species do not fail to produce sexual reproductive structures, presenting similar values to monoicous ones. However, dioiocus species fail mostly in relation to fertilization and sporophyte production. The rarity of male colonies and female biased sexual ratios of gametangia among plants at sea level compared to montane, help us to understand how plants in the sea level site compensate the low performance of some sexual phases by investing more in structures at initial cycle, and increasing the fertilization chances. Species traits, such as phylum and breeding system of bryophytes were relevant for diaspore bank formation from different substrates (soil < tree bark < decaying wood). The two forest sites, although with little differences, had reserves mostly composed by monoicous mosses that invest in sexual reproduction, and dioicous mosses with efficient asexual propagation. When we compared the diaspore bank and vegetation composition from previous bryophyte surveys in the same forest, different breeding system roles were found. The dioicous bryophytes were over-represented in the vegetation and monoicous ones well represented in the diaspore bank. Bryophytes in the Atlantic Forest had different reproductive strategies, driven by the breeding system and habitat of the species. More specifically, other factors such as phylum and growth form, and microhabitat characteristics also influenced the life strategies of the bryophyte groups. This thesis is pioneer investigating the subjects here studied for bryophytes, mostly in tropical forests. The data on reproductive phenology, sexual performance and diaspore bank formation of bryophytes will help us to understand how and why bryophytes have an important role in tropical rain forests / Doutorado / Biologia Vegetal

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