31 |
Efeitos cardiovasculares da infiltração maxilar da articaína e lidocaína associadas à epinefrina em procedimentos restauradores / Cardiovascular effects of maxillary infiltration of articaine and lidocaine with epinephrine in restorative proceduresCarina Gisele Costa 17 December 2007 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos cardiovasculares da infiltração maxilar usando lidocaína 2% associada à epinefrina 1:100.000, articaína 4% associada à epinefrina 1:100.000 e 1:200.000 em diferentes etapas da consulta odontológica para realização de procedimento restaurador. Vinte voluntários receberam, aleatoriamente, 1,8 ml dos três anestésicos locais. A pressão arterial sistólica, diastólica e média e a freqüência cardíaca foram avaliadas pelos métodos oscilométrico e fotopletismográfico em sete etapas da consulta odontológica. A análise estatística dos parâmetros cardiovasculares através dos testes ANOVA e Tukey não mostrou diferenças significativas entre as três soluções anestésicas. Houve diferença estatisticamente significante para os parâmetros cardiovasculares entre as diferentes etapas clínicas da consulta odontológica. A variação dos parâmetros cardiovasculares é semelhante para as soluções de articaína e lidocaína associadas à epinefrina e é influenciada pelas etapas da consulta odontológica. / The aim of this study was to evaluate cardiovascular effects by maxillary infiltration using 2% lidocaine with 1:100.000 epinephrine, 4% articaine with 1:100.000 and 1:200.000 epinephrine in different stages of dental appointment for restorative procedures. Twenty healthy patients randomly received 1,8 ml of the three local anesthetics. Systolic blood pressure, average blood pressure, diastolic blood pressure and heart rate were evaluated by the oscillometric and photoplethysmograph methods in seven stages of the appointment. Statistical analysis by ANOVA and Tukey tests of cardiovascular parameters did not show significant differences between the anesthetic associations. There were significant differences for the parameters among different clinical stages of the dental appointment. The variation of cardiovascular parameters is similar for articaine and lidocaine solutions and it is influenced by the stages of the dental appointment.
|
32 |
Estimulação diafragmática elétrica transcutânea em humanos sadios : repercussões hemodinâmicasde Amorim Lins e Silva, Dayse January 2003 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:35:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo4446_1.pdf: 298778 bytes, checksum: 4f393813cce8451809fd99dae3b60595 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2003 / A estimulação Diafragmática El étrica Transcutânea (EDET) consiste
em estimular o principal músculo inspiratório, o diafragma, através de
estímulos elétricos rítmicos de curta duração aplicados no nervo
frênico uti l i zando-se eletrodos de superfície com a finalidade de
produzir uma respiração arti fi cial. O presente estudo se propõe em
verificar possíveis alterações hemodinâmicas na freqüência cardíaca
(FC), pressão arterial sistólica (PAS) , pressão arterial diastólica (PAD)
e saturação arterial de oxigênio (SaO2) durante e depois a aplicação
da EDET, em duas regiões distintas do tórax e na base do pescoço,
em humanos sadios. Participaram do estudo 15 indivíduos voluntários,
do sexo femi nino, com idade entre 21 a 30 anos (60,7±9,6 Kg) . O
estudo consistiu na aplicação da EDET em três regiões: base do
pescoço, região paraxi fóidea e entre o 6° e o 8° espaço intercostal
(EIC) na l inha axi lar média. A FC, PAS, PAD e a SaO2 foram
mensuradas antes, durante e depois a aplicação da EDET em cada
local de estimulação. Ao compararmos a FC nas fases antes e durante,
antes e depois e durante e depois a EDET, em cada local de
estimulação, veri ficamos que apenas as fases durante e depois da
aplicação, tanto na base do pescoço como na região entre o 6° e o 8°
EIC mostrou queda estati sticamente significativa (p < 0,05, teste t-
Student pareado). A PAS apresentou queda significativa (p < 0,05) durante e depois da EDET apenas na região da base do pescoço. No
entanto, não houve diferença estatisticamente significativa ao
analisarmos a PAD nos locais estimulados. Em relação a SaO2, houve
diferença estatisticamente significativa ao compararmos as fases antes
e depois da aplicação da EDET, nos três locais estimulados, porém em
todos os locais estimulados, os níveis de SaO2 ficaram superiores a
96%. Estes resultados mostram que a EDET é uma técnica que
apresenta poucas repercussões hemodinâmicas podendo ser
empregada em pacientes portadores de disfunção muscular
diafragmática, desde que seja empregada adequadamente.
Consideramos o melhor local para a aplicação da EDET a região
paraxi fóidea.durante e depois da EDET apenas na região da base do pescoço. No
entanto, não houve diferença estatisticamente significativa ao
analisarmos a PAD nos locais estimulados. Em relação a SaO2, houve
diferença estatisticamente significativa ao compararmos as fases antes
e depois da aplicação da EDET, nos três locais estimulados, porém em
todos os locais estimulados, os níveis de SaO2 ficaram superiores a
96%. Estes resultados mostram que a EDET é uma técnica que
apresenta poucas repercussões hemodinâmicas podendo ser
empregada em pacientes portadores de disfunção muscular
diafragmática, desde que seja empregada adequadamente.
Consideramos o melhor local para a aplicação da EDET a região
paraxi fóidea
|
33 |
"Cardiotocografia estimulada em gestações de baixo risco: estudo comparativo da resposta cardíaca fetal à estimulação vibratória e sônica" / Stimulated cardiotocography in low-risk pregnancies: comparative study of fetal cardiac response to vibratory and sonic stimulationAdriana Cristina de Souza 07 June 2006 (has links)
Trata-se de estudo prospectivo, comparativo da resposta da freqüência cardíaca fetal (FCF) à estimulação vibratória e sônica, quanto à amplitude e duração, em 113 fetos de gestações de baixo risco. A população estudada foi discriminada em quatro grupos: 1) 25 semanas a 28 semanas e seis dias; 2) 29 semanas a 32 semanas e seis dias; 3) 33 semanas a 36 semanas e seis dias e 4) 37 a 42 semanas. Comparando-se a amplitude e a duração da resposta da FCF na faixa três e na faixa quatro, a resposta à estimulação vibratória foi menor que a sônica. Nas faixas um e dois não houve diferença nas respostas. Conclui-se que a estimulação vibratória promove resposta fetal (FCF) menos intensa com amplitude e duração de resposta menor quando comparada à estimulação sônica em faixa de idade gestacional mais tardia / This prospective study compares the response in terms of fetal heart rate acceleration after vibratory and sonic stimulation, in a sample of 113 fetuses of low-risk pregnancies. The study population was divided into four groups according to gestational age: group 1 - 25 weeks to 28 weeks and 6 days; group 2 - 29 weeks to 32 weeks and 6 days; group 3 - 33 weeks to 36 weeks and 6 days, and group 4 - 37 to 42 weeks. Comparing the amplitude and duration of the cardioacceleratory response between group 3 and 4, the response after vibratory stimulation was lower than sonic. In the groups 1 and 2, the response was similar. The study concludes that vibratory stimulation promotes a less intense response with amplitude and duration lower than sonic stimulation in latter gestational age
|
34 |
Efeitos cardiovasculares causados pela microinjeção de angiotensina II no córtex pré-límbico de ratos / Cardiovascular effects induced by angiotensin II microinjection in the prelimbic cortex of ratsBruna Muza Nogari 17 April 2015 (has links)
Estudos relatam alterações cardiovasculares após a estimulação química ou elétrica do córtex pré-límbico (PL) em ratos. O sistema renina-angiotensina (SRA) central está envolvido na regulação do sistema cardiovascular, tendo como um dos principais componentes ativos desse sistema a angiotensina II (ANGII). Além disso, foi demonstrada a presença de um sistema SRA funcional no PL, com a presença de peptídeos e receptores angiotensinérgicos. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi investigar se a estimulação do PL com ANG II induz respostas cardiovasculares mediadas por ativação do sistema nervoso simpático ou por liberação de vasopressina. A microinjeção de ANGII no PL de ratos não anestesiados causou resposta pressora e bradicardíaca de forma dose-dependente. O pré-tratamento sistêmico com o bloqueador ganglionar, pentolínio (5mg/Kg), não alterou a resposta pressora, mas bloqueou a resposta bradicárdiaca causada pela microinjeção de ANGII no PL, sugerindo que o sistema nervoso simpático não medeia a resposta pressora. Além disso, o pré-tratamento sistêmico com antagonista dos receptores vasopressinérgicos do tipo V1, o dTyr(CH2)5(Me)AVP (50 g/kg), bloqueou as respostas cardiovasculares causadas pela microinjeção de ANGII no PL, demonstrando o envolvimento do mecanismo vasopressinérgico humoral na mediação destas respostas. Centralmente, o pré-tratamento do PL com o antagonista AT1, candesartan, bloqueou a resposta cardiovascular induzida pela microinjeção de ANGII, assim como o pré-tratamento com CGP42112A, antagonista AT2, foi capaz de atenuar as respostas cardiovasculares induzidas pela microinjeção de ANGII, sugerindo o envolvimento de ambos os receptores no desencadeamento dessas respostas cardiovasculares. Foi investigada a participação do sistema noradrenérgico no desencadeamento das respostas cardiovasculares à ANGII, através da administração local de um antagonista de receptores 1- adrenérgicos, o WB4101; o qual foi efetivo em reduzir a resposta pressora sem alterar a resposta bradicardíaca à ANGII. Em conclusão, a administração de ANGII no PL de ratos não-anestesiados, através da estimulação de receptores AT1 e AT2, evoca respostas pressoras e bradicardíacas mediadas por liberação sistêmica de vasopressina, envolvendo também a participação do sistema noradrenérgico do PL. / Previous studies have reported cardiovascular responses after chemical or electrical stimulation of the prelimbic cortex (PL) in rats. The central renin-angiotensin system (RAS) is involved in the regulation of the cardiovascular system, being angiotensin II (ANG II) one of the major active components of this system. Furthermore, there are angiotensinergic receptors and peptides in the PL, indicating the presence of a functional RAS in this brain area. Thus, the aim of this study was to investigate if the PL stimulation with ANG II induces cardiovascular responses mediated by activation of the sympathetic nervous system or through the release of vasopressin. ANG II microinjection into the PL of anesthetized rats caused pressor and bradycardiac responses, in a dose-dependent manner. Systemic pretreatment with the ganglionic blocker pentolinium (5 mg / kg) did not affect the pressor response, but blocked the bradycardiac response induced by ANG II, suggesting that the sympathetic nervous system does not mediate the pressor response. Furthermore, systemic pretreatment with the V1-vasopressinergic receptor antagonist, dTyr (CH2) 5 (Me) AVP (50 mg / kg) blocked the cardiovascular responses caused by the microinjection of ANG II into the PL, demonstrating the involvement of the humoral vasopressinergic mechanism in the mediation of these responses. PL pretreatment with the AT1 antagonist candesartan blocked the cardiovascular response induced by the microinjection of ANG II, while PL pretreatment with CGP42112A, an AT2 antagonist, attenuated the cardiovascular responses induced by microinjection of ANG II, suggesting the local involvement of both receptors in triggering these cardiovascular responses. We also investigated the participation of the local noradrenergic system in the triggering of cardiovascular responses to ANG II pretreating the PLwith the 1- adrenergic receptor antagonist WB4101. The pretreatment with WB4101 reduced the pressor response without changing the bradycardiac response. In summary, administration ANG II into the PL of non-anesthetized rats evoked pressor and bradycardiac responses mediated by local stimulation of AT1 and AT2 receptors, with concomitant involvement PL noradrenergic mechanisms, and systemic release of vasopressin.
|
35 |
Frequência cardiaca máxima e sua recuperaçãoMarques, Fábio Antônio Damasceno 15 June 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-07-14T20:24:58Z
No. of bitstreams: 1
fabioantoniodamascenomarques.pdf: 1072493 bytes, checksum: 5c90ebd0061c6a81a5a657aeb312e3bf (MD5) / Approved for entry into archive by Diamantino Mayra (mayra.diamantino@ufjf.edu.br) on 2016-07-19T15:49:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1
fabioantoniodamascenomarques.pdf: 1072493 bytes, checksum: 5c90ebd0061c6a81a5a657aeb312e3bf (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-19T15:49:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
fabioantoniodamascenomarques.pdf: 1072493 bytes, checksum: 5c90ebd0061c6a81a5a657aeb312e3bf (MD5)
Previous issue date: 2016-06-15 / Desde o estudo de Robinson, publicado em 1938, em que se utilizou a idade como variável independente, não se conhece outra variável que possa melhorar a predição da freqüência cardíaca máxima (FCMAX). Recentemente, tem se estudado a FC de recuperação (FCREC) após exercício máximo, que tem sido apontada como preditora de mortalidade. Para melhor entender a FCMAX e a FCREC após teste máximo, o presente estudo teve como objetivos: 1)Identificar se a FCMax é influenciada pela variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) em repouso, 2) Verificar se a FCREC avaliada por meio de deltas é influenciada pela FCMAX; 3) Sugerir um modelo de avaliação da FCREC relativizado pelos valores de FCMAX. e 4) Propor uma equação que descreva a cinética de recuperação da FCMAX em indivíduos jovens e de meia idade saudáveis. Para alcançar os objetivos propostos, foram realizados dois estudos. Estudo 1 - foram avaliados 63 indivíduos (21 mulheres e 42 homens) de 20 a 30 anos. Foi avaliada a FC e VFC em repouso na posição sentada. Em seguida, os indivíduos realizaram um teste cardiopulmonar máximo em esteira (Protocolo de Bruce). Os indivíduos foram divididos, sexo e pela mediana da FCMAX, em grupo de alta de baixa FCMAX. Os índices de VFC de repouso dos dois grupos foram comparados por teste ―t‖ de Student para grupos independentes (p<0,05). Apenas a banda de baixa freqüência (LF) nas mulheres se mostrou significativamente diferente entre os grupos. Conclui-se que maiores valores de LF nas mulheres em repouso estão associadas à FCMAX mais elevadas. Estudo 2 - foram avaliados 77 indivíduos (24 mulheres e 53 homens) de 18 a 50 anos. Após o teste máximo de Bruce, foi coletada a FC durante 300s após o fim do teste. Foi feita correlação da FCREC em valores absolutos, deltas e percentuais nos tempos 10, 20, 30, 40, 50, 60, 120, 180, 240 e 300 s com a FCMAX atingida no teste. O grupo também foi dividido em grupo e alta e baixa FCMAX pelo valor da mediana do grupo total. As diferenças entre as médias dos grupos foram testadas pelo teste ―t‖ de Student para grupos independentes (p<0,05). Observou-se que os valores absolutos de FCREC se correlacionam com a FCMAX, não sendo assim a melhor estratégia para classificação dessa recuperação. Os deltas de FCREC, na fase rápida (10 a 60 s), não mostraram correlação com a FCMAX. Já, na fase lenta (60 a 300 s), foi evidenciada correlação com a FCMAX. A utilização de valores percentuais da FCMAX se mostrou a única
9
estratégia em que em nenhum momento da FCREC apresentou correlação com a FCMAX. Construíram-se equações de regressão, uma para cada fase da FCREC, para indicar os valores médios de recuperação. / Since Robinson's study, published in 1938, which used age as an independent variable, do not know any other variable that can improve the prediction of maximal heart rate (HRMAX). Recently it has been studied HR recovery (HRR) after maximal exercise, which has been identified as a predictor of mortality. To better understand HRMAX and HRR after maximal test, this study aimed to: 1) Identify if the maximum heart rate is influenced by heart rate variability (HRV) at rest 2) Suggest an assessment model FCREC relativized by the values of HRMAX 3) Test the strategy of the calculation of deltas for the times of 10, 20, 30, 40, 50, 60, 120, 180, 240 and 300 s of recovery, and 4) Propose a strategy for calculating the FCREC by the percentage of recovery, as well as create an equation for predicting% FCREC. To achieve the proposed objectives, two studies were performed. Study 1 - 63 subjects were evaluated (21 women and 42 men) from 20 to 30 years. We evaluated the HR and your variability (HRV) at rest in a sitting position. Then, subjects performed a maximal cardiopulmonary exercise testing on treadmill (Bruce Protocol). The subjects were divided by gender and the median of HRMAX in group high low HRMAX. The indices of (HRV) at rest in both groups were compared by ―t‖ test of Student for independent groups (p <0.05). Only the low frequency band (LF) was significantly different between groups. We conclude that higher values of LF at rest are associated with higher HRMAX. Study 2 - 77 individuals were assessed (24 women and 53 men) from 18 to 50 years. After Bruce protocol, FC was collected for 300s after the test. Correlation of the FCREC in absolute values, deltas and percentages at 10, 20, 30, 40, 50, 60, 120, 180, 240 and 300 s with the HRMAX reached in the test. The group was also divided into groups and high and low HRMAX the median value of total group. The differences between group means were tested by ―t’ test for independent groups (p <0.05). It was observed that the absolute values of FCREC are correlated with HRMAX and thus not the best strategy for classification of that recovery. The deltas of FCREC, the fast phase (10-60 s) showed no correlation with the HRMAX. Already, in the slow phase (60 to 300 s) there was significant correlation with the HRMAX. The use of percentages of HRMAX proved to be the only strategy that at no time was correlated with the HRMAX. We constructed regression equations, one for each phase of the FCREC, to indicate the average values of recovery.
|
36 |
Estudo da modulação autonômica em função da freqüência cardíaca em hipertensos com e sem hipertrofia ventricular esquerda concêntricaFrancisco da Silva Filho, Jorge January 2003 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:28:45Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo7980_1.pdf: 3930594 bytes, checksum: 5425c7ba066617b79a7c04f37d24c47a (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2003 / Estudou-se a modulação autonômica em função da variabilidade da freqüência cardíaca
através do domínio do tempo e da freqüência, utilizando-se os sinais do Holter-24h em hipertensos
com e sem hipertrofia ventricular esquerda (HVE) concêntrica, correlacionando esta com as
arritmias cardíacas. Analisou-se os dados de uma amostra de 108 indivíduos hipertensos leves,
moderados ou graves, com idade média igual a 55,2 anos (23 a 77 anos) e todos em uso de
medicação anti-hipertensiva, exceto as classes de betabloqueadores e bloqueadores dos canais
de cálcio dos grupos diltiazem e verapamil. Dois terços eram portadores de algum grau de HVE
concêntrica. O estudo foi de natureza observacional. O padrão-ouro para a tipificação e contagem
das arritmias cardíacas foram os resultados do exame de Holter-24 h. Considerou-se cinco
tipos de arritmias, a saber: extra-sístoles supraventriculares isoladas ou em salva, taquicardia
supraventricular, extra-sístoles ventriculares isoladas ou bigeminadas, extra-sístoles ventriculares
em salva e taquicardia ventricular não-sustentada.
Além da classificação e contagem das arritmias pelo método de Holter-24 h, foram anotados
os valores das estatísticas referentes ao domínio do tempo. Os valores dessas estatísticas foram
calculados levando-se em consideração todos os registros dos valores do intervalo RR no período
de 24 h. Para duas metodologias usadas neste estudo (Análise Espectral e Mapa de Poincaré),
escolheu-se 04 segmentos de 128 medidas do Holter-24 h (02 segmentos na vigília e 02 no sono),
livres de qualquer evento arrítmico. O diagnóstico de HVE pelo ecocardiograma foi o padrãoouro
do estudo. A presença de HVE aumenta a probabilidade do indivíduo ter arritmias do tipo
extra-sístole supraventricular isolada ou em salva, ou do tipo extra-sístole ventricular isolada
ou bigeminada. Aumenta também a probabilidade de haver correlações entre os diversos tipos
de arritmias, bem como os valores dessas correlações. Esse achado é corroborado pela presença
de correlações significativas entre o índice de massa ventricular esquerda e as arritmias do tipo
extra-sístole supraventricular isolada ou em salva, taquicardia supraventricular e extra-sístole
ventricular isolada ou bigeminada. Os indicadores da análise espectral e do mapa de Poincaré,na vigília, apontam, mais especificamente, para arritmias atriais, e os do sono, para arritmias
ventriculares. O clássico indicador SDNN24h da variabilidade do segmento RR ao longo das
24 horas não se mostrou associado a nenhum evento de interesse. Não discriminou nem HVE
nem arritmias. Apresentou, entretanto, uma baixa correlação negativa, porém significativa
(p = 0; 0490) com a arritmia do tipo extra-sístole ventricular isolada ou bigeminada
|
37 |
\"Pode os limiares da variabilidade da freqüência cardíaca identificar os limiares metabólicos?\" / CAN HEART RATE VARIBILITY IDENTIFY THE METABOLIC THRESHOLDS?César Cavinato Cal Abad 16 March 2006 (has links)
O objetivo do presente estudo foi verificar a possibilidade de identificação dos dois limiares metabólicos pelo comportamento da VFC. Para isso, 22 voluntários do gênero masculino [74,5 + 7,99kg, 177,0 + 8cm, 23,86 + 1,69 (índice de massa corporal) e 9,10 % de gordura], habituados à prática do ciclismo, realizaram teste ergométrico em bicicleta estacionária com carga inicial de 120W e incrementos de 30W a cada 3min, até a exaustão. Durante todo o teste foram feitos os registros da freqüência cardíaca (FC) e de sua variabilidade (VFC) e ao final de cada carga foram coletados 25µL de sangue para análise da concentração sangüínea de lactato. Aplicou-se um modelo matemático que ajustou a curva da VFC em três retas e o primeiro e segundo limiar de VFC foram identificados nas intersecções entre as retas. Para identificação do primeiro e segundo limiar de lactato, considerou-se as concentrações fixas de 2,0 e 3,5mM, respectivamente. A análise de variância para medidas repetidas indicou não haver diferenças significativas nas cargas em que os limiares de VFC e de lactato foram encontrados, mostrando que a metodologia proposta pode ser promissora. Entretanto a falta de correlação entre as variáveis indica que novos estudos necessitam ser realizados para confirmação desta possibilidade. / The purpose of this study was to verify the possibility of metabolic thresholds identifications through HRV. For that, 22 male volunteers [74,5 + 7,99kg, 177,0 + 8cm, 23,86 + 1,69 (body mass index) e 9,10 % fat], familiarized to cyclism practice, realized a cycloergometer test with initial load of 120W and 30W increases every 3min., until exhaustion. During all test, it was registered heart rate (HR) and its variability (HRV) and, at the end of each load, it was collected 25mL blood for lactate concentration analysis. It was applied a mathematical model to adjust HRV curve in three straight lines and first and second HRV thresholds were identified in intersections among the lines. For the identification of first and second lactate thresholds, it was considered 2,0 and 3,5mM fixed concentrations, respectively. Variance analysis for repeated measures indicated that there were no significant differences between loads in which HRV and lactate thresholds were found, showing that purposed methodology can be promissor. However, the lack of correlation between variables indicate that new studies must be made to confirm that possibility.
|
38 |
A escala de Borg como ferramenta de auto-monitorização e auto-adaptação do esforço em pacientes com insuficiência cardíaca na hidroterapia e no solo: estudo randomizado, cego e controlado / The Borg scale as a tool for self-monitoring and self-regulation of the exercise effort in patients with heart failure in hydrotherapy and land: a randomized, blinded, controlled trialVitor Oliveira Carvalho 10 May 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: A escala de Borg é a padronização da percepção subjetiva de esforço mais difundida e seu uso já foi proposto para garantir um esforço submáximo em portadores da síndrome da insuficiência cardíaca (SIC). A hidroterapia é um novo método usado nos programas de reabilitação cardiovascular que parece proporcionar ao paciente um benefício extra em relação ao treinamento físico convencional. OBJETIVO: Avaliar o uso da escala de Borg entre relativamente fácil e ligeiramente cansativo como uma ferramenta de auto-monitorização e auto-adaptação do esforço físico em portadores da SIC no solo e na piscina, por possivelmente levar a freqüência cardíaca a uma faixa entre o limiar anaeróbio e o ponto de compensação respiratório. MÉTODOS: Os pacientes realizaram uma ergoespirometria para determinação dos limiares metabólicos. O percentual da freqüência cardíaca média durante a sessão de exercício em relação à freqüência cardíaca referente ao limiar anaeróbio (%FCE-LA), em relação ao ponto de compensação respiratório (%FCE-PCR), em relação à freqüência cardíaca de pico medida pela ergoespirometria (%FCE-pico) e em relação à freqüência cardíaca máxima predita para a idade (%FCE-Predita) foi realizado. Posteriormente, os pacientes foram randomizados para os grupos piscina ou solo. Um investigador, cego para a freqüência cardíaca referente aos limiares metabólicos instruiu os pacientes a caminhar entre relativamente fácil e ligeiramente cansativo. A freqüência cardíaca média após 30 minutos de exercício foi considerada. RESULTADOS: O %FCE-LA (114±11 versus 111±11, p=0,352) e %FCE-Predita (61±8 versus 58±7, p=0,306) não diferiram entre os grupos piscina e solo; mas diferente no %FCE-PCR (95±7 versus 86±7, p<0,001) e no %EHR-Peak (85±8 versus 78±9, p=0,007). O %FCE-LA (ri=0,63, p=0,018) mostrou uma concordância entre os grupos, mas o %FCE-PCR (ri=0.33, p=0.192), %FCE-pico (ri=-0,18, p=0,643) e %FCE-Predita (ri=-0,38, p=0,755) não. CONCLUSÃO: O exercício físico guiado pela escala de Borg levou a freqüência cardíaca média durante o exercício para uma faixa entre o limiar anaeróbio e ponto de compensação respiratório (zona alvo de treinamento físico). O grupo piscina apresentou a freqüência cardíaca mais próxima do limiar anaeróbio enquanto o grupo solo apresentou mais próximo do ponto de compensação respiratório, o que parece refletir o efeito hemodinâmico da imersão em água aquecida. Este dado é importante para na auto-adaptação e para a auto-monitorização do treinamento físico sem a realização seriada da ergoespirometria, podendo implicar em um custo financeiro mais baixo de um programa de reabilitação. / BACKGROUND: The Borg scale is the standardization of perceived exertion most widespread and has been proposed to ensure a submaximal effort in patients with the syndrome of heart failure (SIC). Hydrotherapy is a new method used in cardiovascular rehabilitation programs that seems to offer the patient an extra benefit compared to conventional exercise training. AIM: To evaluate the use of the Borg scale between \"relatively easy and slightly tiring\" as a tool for self-monitoring and self-adaptation to physical exertion in patients with the SIC on the land and on the hidrotherapy, by possibly lead the heart rate to a range between anaerobic threshold and respiratory compensation. METHODS: Patients performed the cardiopulmonary exercise test to determine the metabolic thresholds. The percentage of the mean heart rate during the exercise session in relation to the anaerobic threshold heart rate (%FCE-LA), in relation to the respiratory compensation point (%EHR-PCR), in relation to the peak heart rate by the exercise test (%EHR-Peak) and in relation to the maximum predicted heart rate (%EHR-Predicted) were performed. Then, patients were randomized into land or water groups. One investigator, blinded to metabolic thresholds heart rate, instructed the patients to walk between relatively easy and slightly tiring. The mean heart rate after the 30 minutes of exercise session was recorded. RESULTS: The %EHR-AT (114±11 to 111±11, p=0,352) and %EHR-Predicted (61±8 to 58±7, p=0,306) were not different between land and water groups; but different in the %EHR-PCR (95±7 to 86±7, p<0,001) and in the %EHR-Peak (85±8 to 78±9, p=0,007). The %EHR-AT (ri=0,63, p=0,018) showed an agreement between groups, but %EHR-VT (ri=0,33, p=0,192), %EHR-Peak (ri=-0,18, p=0,643) and %EHR-Predicted (ri=-0,38, p=0,755) did not. CONCLUSION: The exercise guided by the Borg scale has led to heart rate during exercise to a range between the threshold and respiratory compensation point (the target area of physical training). The hydrotherapy group had the heart rate closer to the anaerobic threshold as the land group that had closer to the respiratory compensation point, which seems to reflect the hemodynamic effect of immersion in hot water. This information is important to self-adapt and self-regulate the exercise training without a serial cardiopulmonary exercise test, what could imply in lowest cost.
|
39 |
Efeito do treinamento de força excêntrica no controle autonômico da freqüência cardíaca de idosos durante o repouso e contrações isométricas.Takahashi, Anielle Cristhine de Medeiros 26 February 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:19:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DissACMT.pdf: 1392039 bytes, checksum: 926f2b2018080b0482855c9db1232aa0 (MD5)
Previous issue date: 2007-02-26 / Universidade Federal de Minas Gerais / The purpose of the present study was to investigate the effect of eccentric strength training
(ST) on autonomic control of heart rate (HR) evaluated at rest and during isometric exercise.
Nine healthy men (62 ±2 years old) were submitted to 12 weeks of ST for knee extensors and
flexors muscles (2x/week, 2-4 series of 8-12 repetitions, 70-80% of eccentric peak torque).
Before and after the ST, the HR and its variability were evaluated at rest (supine and seated
conditions) and during the sub-maximal isometric contractions (SIC; 15, 30 and 40% of
maximal voluntary contraction) of knee extension wich were performed during 240s or until
exhaustion. The HR was obtained at pre- (60s), during and post SIC (120s). Then, the
variation (∆) between the resting HR and HR at 10, 30, 60s and end of contraction observed
during each SIC was analyzed. The HR variability was evaluated by the RMSSD index,
which was determined in resting condition and during SIC (i.e., two windows of 30s in
duration at the beginning and end of R-R interval data). The ANOVA two-way (repeated
measures) and t-test was utilized for statistical analysis (p < 0.05). The ST increased the
eccentric torque (extension: 210 ± 38 to 252.7 ± 61 N.m, flexion: 117.6 ± 25.1 to 133 ± 27.3
N.m) , but did not change the HR and HR variability at rest (HR supine: 62 ± 11 to 65 ± 9
bpm, HR seated: 62 ± 11 to 66 ± 9, RMSSD supine: 28.5 ± 18 to 21.5 ± 8.4, RMSSD seated:
30.4 ± 2 to 18.9 ± 6.2). The ST did not modify the isometric peak torque (177.6 ± 25 to 195.2
± 31,2 N.m) and the time of execution of each SIC (15%: 240 to 240s, 30%: 203.4 ± 55 to
218 ± 5s, 40%: 135.6 ± 56.7 to 144.6 ± 55.6s). During the SIC, the pattern of HR response
(significative increase in ∆HR from 30s to the end of contraction in 15 and 40%) and the
RMSSD index (significative decrease from the first 30s to the last 30s of contraction in all
levels of effort) was similar for the pre- and post training. Despite the ST increased the
eccentric torque, it did not generate changes in the autonomic control of heart rate at rest and
during the SIC. / The aging process is marked by several physiological changes, and the reduction in muscle strength is very important one. In order to minimize this force decline there are recommendations for using resistance training for elderly persons. Some studies available in the literature state that the eccentric contraction would be more suitable for the elderly, since it generates less cardiovascular overload during the exercise. However, the chronic effect of the eccentric strength training (EST) on the heart rate (HR) autonomic modulation is unclear. So, the aim of the first study was to investigate whether the EST changes HR and heart rate variability (HRV) during submaximal isometric contractions (SIC). This study included 17 volunteers who form divided into two groups: training group (9 men, 62 ± 2 years) and control group (8 men, 64 ± 4 years). The results indicate that although this type of training improves eccentric strength, the EST does not have any effect sufficient to promote changes in the autonomic control of HR during isometric exercise. Another important factor to consider is the increase in incidence of cardiovascular disease that occurs with aging. Furthermore, there are modifications of autonomic control of HR related to ageing that are detected by the reduction in HRV and changes in the complexity of physiological dynamics. Based on these considerations the aim of the second study was to verify whether changes in HR modulation, caused by the aging process, can be detected by the Shannon entropy (SE), conditional entropy (CE) and symbolic analysis (SA). In this study were evaluated 21 elderly (63 ± 3 years) and 21 young (23 ± 2 years). Elderly present distributions of patterns in HRV that are similar to young subjects. However, the patterns are more repetitive, thus reducing the complexity. This decrease of complexity comes from the increased presence of stable patterns and a decreased presence of highly variable patterns. This difference indicates that apparently healthy older subjects have a marked unbalance in autonomic regulation. The results of the second study indicate that non-linear approaches might be helpful to better characterize the changes on the autonomic control of HR in the aging process.
|
40 |
Interação da variabilidade da freqüência cardíaca e do lactato sanguíneo durante o exercício resistido em idosos saudáveisSimões, Rodrigo Polaquini 22 February 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:19:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
1699.pdf: 1347599 bytes, checksum: 28e6a613ee1516820e57de63deca886c (MD5)
Previous issue date: 2008-02-22 / Universidade Federal de Minas Gerais / The anaerobic threshold (AT) is an important parameter for prescription of physical
exercise in various clinical conditions, because represent the intensity of effort at
which the aerobic metabolism begins to be supplemented by anaerobic metabolism
for the production of energy. In this context, different methods to identify AT have
been described, for example by analysis of blood lactate and the respiratory gas
exchanges, yet such methods require expensive equipment and materials. Low cost
non-invasive techniques such as heart rate variability (HRV) have been proposed to
determine the AT; however, they are most commonly applied in discontinuous
protocols on a cycle ergometer or treadmill. Therefore, the objectives of this study
were to evaluate the behavior of HRV and blood lactate during resistance exercise
(RE) with increasing resistances at a percentage of one repetition maximum (1RM),
and investigate the existence of an aerobic-anaerobic transition point in the
metabolism during lower leg exercise in healthy older adults. Secondarily, our
objective was to evaluate the relationship between different methods, as well as the
degree of concordance between the same. Ten healthy men ranging in age from 60
to 70 years old (mean and SD: 64 ± 4 years, 166 ± 3 cm, 70 ± 7 kg), underwent
medical examination, ergonomic testing and laboratory exams (hemogram,
triglycerides, total and fractional cholesterols, glycemia and uric acid. The protocol
for RE was administered on Leg Press 45° (Pró-Fitness) equipment. The protocol
resistance loads used were determined by 1RM test; the volunteer complete one full
cycle on the equipment at the maximum resistance load that the volunteer could
achieve, and the resistance load increases were calculated from this test value at
rates of 10% of 1RM until a 30% increase and then at increments of 5% until
exhaustion. At each percentage increase of effort, the volunteer performed 4 minutes
of exercise followed a rest interval of 15 minutes. Heart rate was captured throughout
the protocol by a Polar Vantage Heart rate monitor connected to a Polar Advantage
Interface that transmitted the data in real time to a Soyo Notebook computer. The
blood samples were collected before the initial effort and immediately after the end of
each resistance load. Blood lactate and HRV were analyzed at rest conditions with
the volunteer positioned on the equipment and at each percentage of effort. The
indexes utilized for HRV analysis were RMSSD, RMSM, SD1, SD2 and SD1/SD2
ratio. To identify the aerobic-anaerobic transition point, blood lactate concentrations
were used (gold standard) as well as SD1 and RMSSD indexes; and these points
were denominated as lactate threshold (LT), SD1 threshold (SD1T) and RMSSD
threshold (RMSSDT). The level of significance for all statistical tests was set at 5%.
The principal result showed that the mean of the RMSSD, RMSM and SD1 indexes
reduced significantly at 30% 1RM in relation to the rest condition, and blood lactate
presented an exponential increase at 30% 1RM, that was significantly greater in
relation to the rest condition at 35%. There was no significant difference in relation to
absolute and relative values for resistance loads at which the aerobic-anaerobic
transition point was identified (absolute values: LT = 101 ± 32 kg, SD1T = 96 ± 28 kg,
RMSSDT = 97 ± 21 kg; Relative values: LT = 30 ± 6%, SD1T = 29 ± 6%, RMSSDT =
29 ± 5%). Additionally, good concordance and good correlation were found between
LT and RMSSDT (r = 0.78) and between LT and SD1T (0.81). It can be concluded
that the behavior of HRV and blood lactate change markedly at 30% 1RM during
resistance exercise on the Leg Press 45°. It was possible at this percentage to
identify the aerobic-anaerobic metabolism transition point by blood lactate as well as
by HRV in healthy older men. / físico em várias condições clínicas, pois representa a intensidade de esforço a qual o
metabolismo aeróbio passa a ser suplementado pelo metabolismo anaeróbio para a
produção de energia. Neste contexto, tem sido descritos diferentes métodos para a
determinação do LA por meio de análises da concentração sangüínea de lactato e
das trocas gasosas respiratórias, entretanto, tais métodos necessitam de
equipamentos e materiais de alto custo. Desta forma, técnicas não-invasivas e de
baixo custo como as análises da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) têm sido
propostas para determinação do LA, no entanto, em sua grande maioria tem sido
aplicadas em protocolos descontínuos em cicloergômetro ou esteira. Assim, os
objetivos deste estudo foram avaliar o comportamento da VFC e do lactato
sangüíneo durante o exercício físico resistido (EFR) com o incremento de resistência
em percentual de uma repetição máxima (1RM), e investigar a existência de um
ponto de transição do metabolismo aeróbio-anaeróbio durante o exercício resistido
de membros inferiores em idosos saudáveis. Secundariamente, tivemos como
objetivo avaliar o relacionamento entre os diferentes métodos, bem como o grau de
concordância dos mesmos. Foram avaliados 10 homens saudáveis com faixa etária
entre 60 e 70 anos (média e DP: 64 ± 4 anos, 166 ± 3 cm, 70 ± 7 kg), sendo
submetidos à avaliação médica, teste ergométrico e solicitado exames laboratoriais
(hemograma, triglicérides, colesterol total e frações, glicemia e ácido úrico). O
protocolo de EFR foi aplicado no equipamento Leg Press 45° (Pró-Fitness) sendo
que para a determinação das cargas que seriam utilizas, foi realizado previamente o
teste de 1RM, no qual o voluntário fez apenas um ciclo completo do movimento no
equipamento com a carga máxima suportada, e a partir deste valor, foi estabelecido
o protocolo de incremento de cargas, partindo de 10% de 1RM, com acréscimos
subseqüentes de 10% até a carga de 30%, e de 5% a partir desta, até a exaustão
voluntária. Em cada percentual de esforço, o voluntário foi submetido a 4 minutos de
exercício e 15 minutos de repouso pós-esforço. A freqüência cardíaca (FC) foi
captada durante todo protocolo por um cardiofreqüencímetro (Polar Vantage)
interligado a uma interface (Polar Advantage), que transmitia os dados online para o
computador (Notebook Soyo). Para a analise do lactato, foram coletadas amostras
de sangue previamente ao início do esforço e imediatamente após o término de
cada carga aplicada. Tanto o lactato sangüíneo quanto a VFC foram analisados nas
condições de repouso, com o voluntário posicionado no equipamento, e em cada
percentual de esforço. Os índices utilizados para a análise da VFC foram o RMSSD,
RMSM, SD1, SD2 e a razão SD1/SD2. Para a identificação do ponto de transição
aeróbio-anaeróbio as concentrações de lactato sangüíneo foram utilizadas como
padrão ouro, sendo também utilizados os índices SD1 e RMSSD; estes pontos foram
denominados de limiar de lactato (LL), limiar de SD1 (LSD1) e limiar de RMSSD
(LRMSSD). O nível de significância adotado em todos testes estatísticos foi de 5%.
Os principais resultados mostraram que os índices RMSSD, RMSM e SD1 reduziram
significativamente a partir dos 30% de 1RM em relação à condição de repouso, tal
como o lactato sangüíneo apresentou aumento exponencial a partir dos 30% de
1RM. Não houve diferença significativa para os valores absolutos e relativos da
carga na qual o ponto de transição aeróbio-anaeróbio foi identificado (valores
absolutos: LL = 101 ± 32 kg, LSD1 = 96 ± 28 kg, LRMSSD = 97 ± 21 kg; valores
relativos: LL = 30 ± 6%, LSD1 = 29 ± 6%, LRMSSD = 29 ± 5%). Adicionalmente, boa
concordância e fortes correlações foram encontradas entre o LL e LRMSSD (r =
0,78) e entre o LL e LSD1 (0,81). Conclui-se que o comportamento da VFC e do
lactato sangüíneo se modifica marcantemente a partir dos 30% de 1RM durante o
exercício resistido realizado no Leg Press a 45°, sendo que neste percentual foi
possível identificar o ponto de transição do metabolismo aeróbio-anaeróbio, tanto
por meio da lactacidemia como pela VFC em idosos saudáveis.
|
Page generated in 0.0588 seconds