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Análise da concordância de um teste rápido treponêmico com um teste VDRL com vistas ao seu emprego na triagem reversa da sífilis em gestantes durante o pré-natal no Brasil

Degaut, Andressa Bolzan 13 September 2013 (has links)
Submitted by Elizabete Silva (elizabete.silva@ufes.br) on 2015-08-27T19:57:07Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Análise da concordância de um teste rápido treponêmico com um teste VDRL com vistas ao seu emprego na triagem reversa da sífilis em gestantes durante o pré-natal.pdf: 2384514 bytes, checksum: 36edf0a7dd6707e7d49f92cdb2325dec (MD5) / Approved for entry into archive by Patricia Barros (patricia.barros@ufes.br) on 2015-11-17T13:55:28Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Análise da concordância de um teste rápido treponêmico com um teste VDRL com vistas ao seu emprego na triagem reversa da sífilis em gestantes durante o pré-natal.pdf: 2384514 bytes, checksum: 36edf0a7dd6707e7d49f92cdb2325dec (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-17T13:55:28Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Análise da concordância de um teste rápido treponêmico com um teste VDRL com vistas ao seu emprego na triagem reversa da sífilis em gestantes durante o pré-natal.pdf: 2384514 bytes, checksum: 36edf0a7dd6707e7d49f92cdb2325dec (MD5) Previous issue date: 2013 / Capes / Introdução: Este estudo utilizou como fonte de dados as informações obtidas no Estudo Sentinela Parturientes 2010/1011 do Ministério da Saúde. Objetivos: Analisar a concordância de um teste rápido treponêmico com um teste VDRL e com o fluxograma de testes utilizados na rotina laboratorial para diagnóstico de sífilis no Brasil. Avaliar a frequência do cumprimento das recomendações do protocolo ministerial preconizado para o diagnóstico da sífilis durante o pré-natal e parto. Métodos: Foram selecionadas amostras de soro de 2.426 parturientes, de um total de 38.393, que preencheram os critérios para coleta de sangue: teste rápido reagente para sífilis no momento da internação ou ausência de testagem para sífilis durante o pré-natal. Estas amostras eram enviadas para o laboratório de referência do estudo onde realizava-se o teste VDRL e se reagente, realizava-se o teste TPHA - Fluxograma do estudo. O teste Kappa foi utilizado para análise de concordância entre os testes rápido e VDRL. Calculou-se também o percentual de concordância entre os resultados finais do fluxograma e teste rápido realizado na maternidade. A análise descritiva dos resultados do estudo incluiu dados sócio-demográficos das parturientes e informações sobre as consultas de pre-natal. Resultados: O teste rápido treponêmico apresentou concordância de 83,4% (Kappa), quando comparado ao teste não treponêmico VDRL. O teste rápido foi positivo em 95,6% das 298 parturientes que tiveram laudo laboratorial reagente para sífilis de acordo com o fluxograma utilizado (VDRL e TPHA reagente). Das 303 parturientes reagentes para sífilis no estudo, 32,3% estavam na faixa etária de 30 a 39 anos, 38% apresentaram grau de escolaridade entre a 5ª e 8ª série incompleta do ensino fundamental e 51,7% eram da raça/cor parda. A grande maioria das parturientes (91.7%) realizaram o pré-natal, 74,3% (225) realizaram o teste 1 de VDRL, sendo que destas, 41,3% tinham resultado não reagente. Das 38,3% (116) gestantes que realizaram o teste 2 de VDRL, 36,2% ainda tinham resultado não reagente neste. Conclusão: O teste rápido treponêmico apresentou concordância excelente com o VDRL e, diante da ampliação da sua utilização no pré-natal, pode ser considerado como parâmetro para indicar o início imediato do tratamento para sífilis em gestantes. Devido ao alto percentual de concordância (95,6%) com o laudo laboratorial (VDRL e TPHA positivos), o TR pode aumentar a resolutividade no diagnóstico e tratamento das gestantes, ainda na consulta pré-natal, sem necessidade de aguardar o diagnóstico laboratorial. Considerando as mulheres reagentes no momento do parto, podemos concluir que as gestantes ainda estão adquirindo sífilis durante a gestação e que o cumprimento do protocolo ministerial para as duas sorologias durante o pré-natal e também no momento do parto, deve ser ampliado. Neste contexto, o teste rápido pode desempenhar um papel fundamental para promover o diagnóstico precoce das gestantes e consequente tratamento adequado, visando a quebra da cadeia de transmissão da doença e redução da sífilis congênita. / Introduction: The present study used information from the Sentinel Childbirth Study for 2010/2011 (Estudo Sentinela Parturientes) under the Ministry of Health as source of data. Objectives: To analyze the concordance of a rapid treponemal test with a VDRL test and with laboratory routine flow sheet testing used for syphilis diagnosis in Brazil. To assess how often the ministerial protocol recommendations for syphilis diagnosis during the mother’s prenatal and delivery periods have been complied. Methods: serum samples from 2.426 women ready to give birth were selected out of a total of 38.393, who met the criteria for blood sampling: positive results for syphilis diagnosed by means of rapid test at the time of admission in a hospital or the absence of a syphilis screening during prenatal period. These samples were sent to the study reference laboratory where the VRDL test would be carried out. In case of a positive finding, the test TPHA – study flow chart, would be carried out. The Kappa test was used to analyze the concordance between rapid and VDRL tests. The frequency of agreement between the final results of the flow chart and the rapid test performed at the maternity hospital was also calculated. The descriptive analysis of the study results also includes socio-demographic data from the women ready to give birth and information on prenatal medical consultations. Results: The rapid treponemal test presented a concordance of 83.4% (Kappa) when compared to the non-treponemal VDRL test. The rapid test was positive to 95.6% of the 298 expectant mothers who had a syphilis positive laboratory result according to the procedures used (VDRL and reagent TPHA). Of the 303 expectant mothers with a positive result for syphilis, 23.3% were between 30-39 years old; 38% were between the 5th and the 8th grade (incomplete) of middle school or its equivalent; and 51.7% were brown-skinned individuals. Most of the expectant mothers (91.7%) had prenatal tests performed; 74.3% (225) had the test 1 for VDRL, of which 41.3 had a non-reactive result. Of the 38.3% (116) expectant mothers who got the test 2 for VDRL, 36.2% had a non-reactive result. Conclusion: The rapid treponemal test presented an outstanding concordance with the VDRL test, and considering the growth in its use during the prenatal period, it can be considered as a parameter to indicate the immediate beginning of treatment for syphilis in expectant mothers. Due to the high frequency of agreement (95.6%) with laboratory results (VDRL e positive TPHA), the rapid test can improve diagnosis and treatment to expectant mothers during prenatal medical consultations, with no need to wait for the laboratory result. Considering women with a positive result at the delivery moment, we can conclude that expectant mothers are still acquiring syphilis during pregnancy. We can also conclude that the compliance of the ministerial protocols for both tests during prenatal period and at the delivery moment should be broadened. In this context, the rapid test can perform a crucial role in promoting early diagnosis for expectant mothers and provide the due treatment, aiming to reduce congenital syphilis and to break the syphilis transmission chain.
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Gestantes portadoras de diabete : características e vivências durante a gestação

Moretto, Virgínia Leismann January 2001 (has links)
Estudo de caráter exploratório e descritivo, que tem como objetivos descrever as características das gestantes portadoras de diabete melito atendidas em um hospital universitário de referência para atendimento de gestantes de alto risco e conhecer como essas mulheres vivenciam o tratamento e cuidado do diabete na gestação. O caminho metodológico escolhido envolveu duas etapas: levantamento de dados de prontuários para descrever as características das gestantes diabéticas atendidas no hospital e o desenvolvimento de Grupo Focal para conhecer como as mulheres vivenciam o tratamento e cuidado do diabete melito na gestação. Nesta pesquisa, estão apresentados os dados de identificação das gestantes atendidas no hospital, no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2001, as condições em que ocorreu o parto, as condições do bebê e os valores do perfil glicêmico durante a gestação. Nas discussões do Grupo Focal as gestantes relataram o medo que estavam vivenciando durante toda a gestação em relação à saúde do bebê e em relação ao seu futuro. Questionam também a sistemática de atendimento das gestantes diabéticas, no que se refere ao tempo que necessitam dispor para o tratamento, o qual acarreta o afastamento da família e da atividade profissional. Observa-se uma forte convergência entre os dados coletados nos prontuários e os temas abordados nas discussões do Grupo Focal, os quais se complementam. Os resultados desta pesquisa permitem conhecer as principais preocupações das gestantes diabéticas, ao mesmo tempo que apresentam informações sobre o desfecho das gestações das mulheres diabéticas que realizam seu pré-natal no hospital. Este conhecimento proporciona subsídios importantes para a equipe de saúde que atende esse grupo de gestantes, trazendo segurança para a atuação da equipe e, conseqüentemente, para as gestantes.
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A gestante portadora do vírus da imunodeficiência humana (HIV) percebendo sua corporeidade

Coelho, Débora Fernandes January 2004 (has links)
O estudo busca compreender como a gestante portadora do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) percebe sua corporeidade em um estar no mundo gerando outro ser, corroborando com os conceitos de corpo e corporeidade do filósofo existencialista Merleau-Ponty. Trata-se de um estudo qualitativo, com enfoque fenomenológico. Realizou-se para coleta das informações a entrevista semiestruturada, proposta por Triviños. Participaram do estudo oito gestantes soropositivas para o HIV, em acompanhamento pré-natal, na cidade de Porto Alegre, vinculadas às atividades da Organização não-governamental MAIS CRIANÇA – Grupo de Apoio à Criança Soropositiva. Utilizou-se para interpretação das informações a abordagem hermenêutica proposta por Crossetti e Motta, com fundamentação de Paul Ricouer. Nos discursos das participantes desvelaram-se dois temas: As concepções de corpo no mundo das gestantes soropositivas para o HIV e O estar no mundo com o Vírus.
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Avaliação de gestantes inadvertidamente vacinadas contra a rubéola e de seus recém-nascidos

Oliveira, Lenice Minussi January 2006 (has links)
A rubéola é uma doença virótica aguda cuja importância clínica e epidemiológica deve-se à possibilidade da transmissão vertical da mãe para o feto principalmente quando acomete a gestante no primeiro trimestre, podendo levar à morte fetal ou a ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), apresentando graves defeitos congênitos, como lesões oculares (retinopatia, catarata, glaucoma e microftalmia), perda da audição sensorioneural, anomalias cardiovasculares (persistência do ducto arterial, estenose pulmonar e aórtica, defeitos do septo atrial e/ou ventricular) e retardo mental. As vacinas contra a rubéola foram introduzidas em 1969 e, desde então, aquela constituída pela cepa do vírus vivo atenuado RA 27/3 tem sido amplamente utilizada em muitos países. Devido ao fato da vacina ser constituída por vírus vivo, a principal preocupação é a possibilidade que sua administração, durante a gravidez, possa causar a SRC. Portanto, mulheres que receberam a vacina são recomendadas a evitar a concepção em até 1 mês após a imunização. Até o momento não existem relatos de casos observados de SRC após a vacinação na gravidez, mas há ainda um risco teórico de aproximadamente 1,6% dos fetos expostos, considerando o poder estatístico da amostra mundial disponível até o momento. No Brasil, o Ministério da Saúde realizou campanhas de vacinação, imunizando a população feminina entre os 12 e 39 anos de idade no período de 1998-2002. O objetivo principal deste trabalho foi fazer um acompanhamento especial e prospectivo das mulheres, que por não saberem que estavam grávidas foram imunizadas contra a rubéola ou engravidaram logo após a vacinação. O número total da população feminina vacinada, durante a campanha realizada no Rio Grande do Sul (RS), em 2002, foi de 1.878.308. Destas, 4.398 estavam grávidas ou engravidaram em até 30 dias após a vacinação e 421 (9,6%) foram classificadas como suscetíveis, pois tiveram sorologia com resultado positivo para IgM anti-rubéola após a vacinação. A coleta sorológica foi realizada em 152 bebês das gestantes suscetíveis e houve uma taxa de infecção pelo vírus vacinal em 10 deles. Os dados do presente trabalho foram comparados com resultados obtidos da população total de nascimentos do RS, fornecidos pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC/RS). Dos 152 bebês, 2,0% foram natimortos e entre os nascidos vivos, 8,7% tiveram baixo peso ao nascimento e houve uma taxa de prematuridade em 10,7%. Esses dados não diferem dos resultados obtidos da população total de nascimentos do RS. Da mesma forma, não foram encontradas diferenças entre os bebês IgM+ e o total de nascimentos do RS, quanto à média de peso ao nascimento e baixo peso. Todos os bebês IgM+ foram avaliados clinicamente, por um dismorfologista e oftalmologista, e exames complementares como ecocardiografia e triagem auditiva por emissão otoacústica foram realizados. Nenhum dos dez bebês IgM+ apresentou defeitos congênitos relacionados à SRC durante o exame físico ao nascimento e aos três meses de idade. Da mesma maneira, após a realização dos exames específicos, não foi encontrado nenhum bebê com defeitos cardíacos, déficit auditivo ou problemas oftalmológicos, tais como catarata, retinopatia pigmentosa e glaucoma. Foram realizados exames complementares para citomegalovírus, toxoplasmose, sífilis e herpes; todos tiveram resultados normais. Mesmo que nossos dados não possam excluir completamente o risco, pois ainda existe um risco teórico máximo de 0,4%, eles contribuem para aumentar o poder estatístico a respeito da segurança da vacina contra a rubéola durante a gravidez e, com isso, oferecem uma maior tranqüilização àquelas mulheres que engravidaram logo após a vacinação contra rubéola ou que se vacinaram mesmo sem saber que estavam grávidas. / Rubella is an acute viral disease that is medically and epidemiologically important because it can be transmitted vertically from the mother to the fetus, especially during the first trimester. This may cause death of the fetus or Congenital Rubella Syndrome (CRS), severe congenital defects such as ocular lesions (retinopathy, cataract, glaucoma and microphthalmia), less of sensorineural hearing, cardiovascular anomalies (persistent ductus arteriosus, pulmonary and aortic stenosis, atrial and/or ventricular septal defects) and mental retardation. Rubella vaccines were introduced in 1969 and, since then that made with the attenuated live virus strain RA 27/3 has been widely used in many countries. Since it uses live virus, the main concern is the possibility that it might cause CRS if given during pregnancy. Therefore, women who have received it are advised to avoid conceiving for up to 1 month after immunization. There have been no reports of cases of CRS observed following immunization during pregnancy, but there is still a theoretical risk of approximately 1.6% of fetuses exposed, considering the statistical power of the world sample available until now. In Brazil the Ministry of Health held campaigns, immunizing the female population aged 12 to 39 years during the 1998-2002 period.The main purpose of this study was to perform a special, prospective follow-up of the women who, because they did not know they were pregnant, were vaccinated against rubella or became pregnant right after vaccination.The total female population immunized during the campaign in the state of Rio Grande do Sul (RS), in 2002, was 1,878,308. Of these, 4,398 were pregnant or became pregnant within 30 days after vaccination, and 421 (9.6%) were classified as susceptible, since they had a serology result positive for anti-rubella IgM after vaccination. Collection for serology was performed on 152 infants of susceptible pregnant women, and 10 of them presented some infection by the vaccine virus. The data in this study were compared to the results of the total births in RS, supplied by the System of Information on Live Births (SINASC/RS- Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos) Of the 152 infants, 2.0% were stillborn 8.7% had low birth weight, and 10.7% were premature These data are not different from the results obtained for the total population for births in RS. Likewise, no differences were found between IgM+ and the total number of births in RS regarding mean birth weight and low weight. All IgM+ infants were medically assessed by a dysmorphologist and ophthalmologist, and complementary exams were performed, such as echocardiography and auditory screening by otoacoustic emission. None of the ten IgM+ infants presented congenital defects due to CRS during the physical examination at birth and at three months of age. Likewise, after specific exams, no infant was found with cardiac defects, auditory deficit or ophthalmological problems such as cataracts, pigmentary retinopathy and glaucoma. Complementary tests for cytomegalovirus, toxoplasmosis, syphilis and herpes were performed with normal results. Even though our data do not exclude risk completely, since there is still a maximum theoretical risk of 0.4%, they help increase statistical power about the safety of the rubella vaccine during pregnancy and thus provide more peace of mind to women who became pregnant immediately after being vaccinated for rubella, or did not know that they were pregnant when they were vaccinated.
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Avaliação dos níveis séricos de IL-6, IL-10, BDNF E TBARS em gestantes usuárias de crack e no sangue do cordão umbilical dos seus filhos

Mardini, Victor January 2016 (has links)
A presente tese abordou o tema de potenciais biomarcadores em uma população altamente vulnerável – díades mães/bebês com história de exposição ao crack na gestação. Foram avaliados 57 bebês expostos e 99 não expostos, e as suas mães. No primeiro artigo, a ênfase foi à ativação inflamatória, onde se detectou um aumento da IL-6 (perfil pró-inflamatório) nos expostos, mesmo mediante ajuste para confundidores (10.208,54 IC95% 1.328,54–19.088,55 vs. 2.323,03 IC95% 1.484,64–3.161,21; p= 0.007). A IL-10 (perfil antiinflamatório) também se mostrou elevada nos bebês expostos (432,22 IC95% 51,44–812,88 vs. 75,52 IC95% 5,64– 145,39, p = 0.014). A IL-6 esteve aumentada nas mães expostas ao crack (25.160,05, IC95% 10.958,15–39.361,99 vs. 8.902,14 IC95% 5.774,97–12.029,32; p = 0.007), sem alterações de IL-10 entre as puérperas. Não houve correlação entre os níveis de citocina materna e do bebê (Spearman test; p ≥ 0.28). Neste estudo, concluiu-se que IL-6 e IL-10 podem ser marcadores da ativação inflamatória precoce em bebês com exposição intrauterina ao crack. Nossos resultados corroboram com os achados da literatura indicando que as citocinas possam ser mediadores potenciais para explicar os efeitos comportamentais e cognitivos do estresse prénatal sobre o feto, integrando imunologia e a hipótese da neuroinflamação a saúde mental da criança. No segundo artigo, avaliou-se uma medida de estresse oxidativo (EO), o TBARS, e de Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), nas referidas díades. Os resultados encontrados na análise multivariada do TBARS no sangue de cordão umbilical (SCU) apontam para um menor EO nos bebês expostos (63,97 IC95% 39,43 – 88,50 em expostos vs 177,04 IC95% 140,93 – 213,14 em não expostos, p < 0.001). Trata-se de um achado inovador, apontando na direção de uma ativação do sistema antioxidante endógeno nos recém-nascidos expostos, em função da ruptura da homeostase causada pela toxicidade do crack durante a gestação. O feto mobilizaria rotas de antioxidantes endógenos desde muito precocemente no seu desenvolvimento, como a promovida pela Cocaine and Amphetamine Regulated Transcript (CART). Ainda neste estudo, pode-se ver um aumento de BDNF nos bebês expostos (3,86 IC95% 2,29 – 5,43 vs 0,85 IC95% 0,47- 1,23; p < 0.001), mas uma diminuição nas gestantes expostas em relação às não expostas (4,03 IC95% 2.87 – 5.18 vs 6,67 IC95% 5,60 – 7,74; p = 0.006). Os dados de BDNF em bebês expostos ao crack são bastante inovadores, mas coerentes com a literatura, no sentido de uma reação de neuroplasticidade. Em gestantes, o dado surpreende, tendo em vista que a literatura de adultos indica aumento de BDNF em usuários de crack em relação a controles. Uma possibilidade para explicar este achado é uma possível variação na cronicidade e intensidade no consumo de crack do grupo teste. Alternativamente, a maior prevalência de estresse pós-traumático (TEPT) nas gestantes usuárias de crack poderia justificar este achado. Pacientes com TEPT tendem a apresenta níveis de BDNF menores que os controles normais. Em suma, apontam-se quatro possíveis biomarcadores, em uma população de difícil acesso e de alta relevância em saúde pública. Percebe-se que pode haver diferentes respostas de acordo com a etapa do desenvolvimento e que gestantes podem ter um perfil de recrutamento de neurotrofinas, e talvez outros biomarcadores, diferentes do que não gestantes. Portanto, observa-se que as mudanças estruturais, fisiológicas e moleculares promovidas pela cocaína resultam do envolvimento de uma vasta rede de neurotransmissores, interligados, e atuantes em diferentes áreas do cérebro e em diferentes momentos de maturação. / The present thesis addressed the theme on potential biomarkers in a highly vulnerable population – dyads mothers/babies with a history of exposure to crack/cocaine during the pregnancy 57 exposed babies and 99 not exposed babies and their mothers were assessed. In the first article, the emphasis was the inflammatory activation, were detected an increase of IL-6 (pro-inflammatory profile) in exposed, even within adjustments for confounders (10,208.54, 95%CI 1,328.54–19,088.55 vs. 2,323.03, 95%CI 1,484.64–3,161.21; p= 0.007). The IL-10 (anti-inflammatory profile) was also shown elevated on exposed babies (432.22, 95%CI 51.44–812.88 vs. 75.52, 95%CI 5.64–145.39, p = 0.014). The IL-6 was increased in the mothers exposed to crack (25,160.05, 95%CI 10,958.15–39,361.99 vs. 8,902.14, 95%CI 5,774.97–12,029.32; p = 0.007), without alterations of IL-10 amongst the mothers. There were no correlation amongst the levels of maternal cytosine and the babies (Spearman test; p>0.28). In this study, it was concluded that IL-6 and IL-10 could be markers of early inflammatory activation on babies exposed to crack/cocaine. Our results support the findings of the literature indicating that the cytosine could be potential mediators to explain the behavior and cognitive effects of prenatal stress on the fetus, integrating immunology and the hypothesis of the neuroinflammation to the child’s mental health. In the second article, we assessed a measurement of oxidative stress, the TBARS and the BDNF in the referred dyads. The results found in the multivariate analysis of the TBARS in the umbilical chord’s blood (UCB) point to a less oxidative stress in the babies exposed to (63.97, 95%CI 39.43 – 88.50 in exposed vs. 177.04, 95%CI 140.93 – 213.14 non exposed, p < 0.001). This is an innovative finding, pointing in the direction of an endogenous antioxidant activation system on the newly born exposed, on the basis of the homeostasis rupture caused by the crack toxicity during the pregnancy. The fetus would mobilize endogenous antioxidant routes since very early in its development, as promoted by Cocaine and Amphetamine Regulated Transcript (CART). Still in this study, we can see the increase of the BDNF in the exposed babies (3.86, 95%CI 2.29 – 5.43 vs 0.85, 95%CI 0.47- 1.23; p < 0.001), but a decrease in the exposed pregnant women in relation to the non-exposed (4.03, 95%CI 2.87 – 5.18 vs. 6.67, 95%CI 5.60 – 7.74; p = 0.006). The data of BDNF in babies exposed to crack are highly innovative, but consistent to the literature in the sense of a reaction of neuroplasticity. In pregnant women the data is surprising, having in mind that the adult literature indicates an increase of BDNF in crack/cocaine users in relation to controllers. A possibility to explain this finding is a possible variation in the practicality and intensity of usage of crack/cocaine from the test group. Alternatively the most prevalence post-traumatic stress (PTSD) in the crack pregnant users could justify this finding. Patients with PTSD tend to present levels of BDNF less than the normal controllers. This leads us to four possible biomarkers, in a population difficult to access and in a highly relevance to public health. We can tell that there are different answers according to the development stage and that the pregnant women could have a neurotrophins recruitment profile and perhaps other biomarkers, different to non pregnant. Therefore, we can observe that structural, physiological, molecular changes promoted by cocaine result from an involvement from a vast network of neurotransmitters integrated and active in different areas of the brain and in different moments of maturation.
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Características das gestantes infectadas pelo HIV, de acordo com o momento do seu diagnóstico

Silva, Márcia Menezes Gomes da January 2007 (has links)
Objetivo: Analisar fatores socioeconômicos, demográficos e as características do pré-natal das gestantes infectada pelo HIV, de acordo com o momento do seu diagnóstico. Métodos: Realizou-se estudo transversal com 199 gestantes infectadas pelo HIV que tiveram seu atendimento pré-natal em três centros públicos de referência de Porto Alegre, no período de julho de 2005 a janeiro de 2006. O questionário avaliou informações sócio-econômicas, demográficas e do prénatal. Durante a análise, elas foram divididas em 2 grupos: Grupo1 composto de 135 gestantes (68%) que sabiam previamente a gestação o seu diagnóstico para HIV e o Grupo 2 com 64 gestantes (32%) que conheceram o diagnóstico naquele pré-natal. Resultados: A mediana de idade das gestantes foi 26 anos (variando 15 a 42 anos). Quanto à escolaridade, 59% (n=117) delas não chegaram a concluir o ensino fundamental. 74% (n=147) não tinham nenhum tipo de renda. Em termos conjugais, 81% (n=153) das gestantes possuíam um relacionamento estável com o pai da criança e 66% (n=132) possuíam menos de 20 anos de idade quando tiveram a primeira gestação. O número mediano de gestações prévias foi 3 (variando de 1 a 13 gestações), e 37% (n=73) tiveram pelo menos um aborto prévio. Comparando os grupos, observou-se que o início do prénatal no primeiro trimestre e o desejo de realizar ligadura tubária foi significativamente mais freqüente no Grupo 1 do que no Grupo 2. p=0,005 e p=0, 012, respectivamente. Conclusões: Não houve diferenças estatisticamente significante entre os grupos nos aspectos sócio-demográficos, todavia as gestantes que já tinham o seu diagnóstico para HIV prévio a gestação iniciaram mais precocemente seu pré-natal e mais freqüentemente requisitavam a ligadura tubária.
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Avaliação de gestantes inadvertidamente vacinadas contra a rubéola e de seus recém-nascidos

Oliveira, Lenice Minussi January 2006 (has links)
A rubéola é uma doença virótica aguda cuja importância clínica e epidemiológica deve-se à possibilidade da transmissão vertical da mãe para o feto principalmente quando acomete a gestante no primeiro trimestre, podendo levar à morte fetal ou a ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), apresentando graves defeitos congênitos, como lesões oculares (retinopatia, catarata, glaucoma e microftalmia), perda da audição sensorioneural, anomalias cardiovasculares (persistência do ducto arterial, estenose pulmonar e aórtica, defeitos do septo atrial e/ou ventricular) e retardo mental. As vacinas contra a rubéola foram introduzidas em 1969 e, desde então, aquela constituída pela cepa do vírus vivo atenuado RA 27/3 tem sido amplamente utilizada em muitos países. Devido ao fato da vacina ser constituída por vírus vivo, a principal preocupação é a possibilidade que sua administração, durante a gravidez, possa causar a SRC. Portanto, mulheres que receberam a vacina são recomendadas a evitar a concepção em até 1 mês após a imunização. Até o momento não existem relatos de casos observados de SRC após a vacinação na gravidez, mas há ainda um risco teórico de aproximadamente 1,6% dos fetos expostos, considerando o poder estatístico da amostra mundial disponível até o momento. No Brasil, o Ministério da Saúde realizou campanhas de vacinação, imunizando a população feminina entre os 12 e 39 anos de idade no período de 1998-2002. O objetivo principal deste trabalho foi fazer um acompanhamento especial e prospectivo das mulheres, que por não saberem que estavam grávidas foram imunizadas contra a rubéola ou engravidaram logo após a vacinação. O número total da população feminina vacinada, durante a campanha realizada no Rio Grande do Sul (RS), em 2002, foi de 1.878.308. Destas, 4.398 estavam grávidas ou engravidaram em até 30 dias após a vacinação e 421 (9,6%) foram classificadas como suscetíveis, pois tiveram sorologia com resultado positivo para IgM anti-rubéola após a vacinação. A coleta sorológica foi realizada em 152 bebês das gestantes suscetíveis e houve uma taxa de infecção pelo vírus vacinal em 10 deles. Os dados do presente trabalho foram comparados com resultados obtidos da população total de nascimentos do RS, fornecidos pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC/RS). Dos 152 bebês, 2,0% foram natimortos e entre os nascidos vivos, 8,7% tiveram baixo peso ao nascimento e houve uma taxa de prematuridade em 10,7%. Esses dados não diferem dos resultados obtidos da população total de nascimentos do RS. Da mesma forma, não foram encontradas diferenças entre os bebês IgM+ e o total de nascimentos do RS, quanto à média de peso ao nascimento e baixo peso. Todos os bebês IgM+ foram avaliados clinicamente, por um dismorfologista e oftalmologista, e exames complementares como ecocardiografia e triagem auditiva por emissão otoacústica foram realizados. Nenhum dos dez bebês IgM+ apresentou defeitos congênitos relacionados à SRC durante o exame físico ao nascimento e aos três meses de idade. Da mesma maneira, após a realização dos exames específicos, não foi encontrado nenhum bebê com defeitos cardíacos, déficit auditivo ou problemas oftalmológicos, tais como catarata, retinopatia pigmentosa e glaucoma. Foram realizados exames complementares para citomegalovírus, toxoplasmose, sífilis e herpes; todos tiveram resultados normais. Mesmo que nossos dados não possam excluir completamente o risco, pois ainda existe um risco teórico máximo de 0,4%, eles contribuem para aumentar o poder estatístico a respeito da segurança da vacina contra a rubéola durante a gravidez e, com isso, oferecem uma maior tranqüilização àquelas mulheres que engravidaram logo após a vacinação contra rubéola ou que se vacinaram mesmo sem saber que estavam grávidas. / Rubella is an acute viral disease that is medically and epidemiologically important because it can be transmitted vertically from the mother to the fetus, especially during the first trimester. This may cause death of the fetus or Congenital Rubella Syndrome (CRS), severe congenital defects such as ocular lesions (retinopathy, cataract, glaucoma and microphthalmia), less of sensorineural hearing, cardiovascular anomalies (persistent ductus arteriosus, pulmonary and aortic stenosis, atrial and/or ventricular septal defects) and mental retardation. Rubella vaccines were introduced in 1969 and, since then that made with the attenuated live virus strain RA 27/3 has been widely used in many countries. Since it uses live virus, the main concern is the possibility that it might cause CRS if given during pregnancy. Therefore, women who have received it are advised to avoid conceiving for up to 1 month after immunization. There have been no reports of cases of CRS observed following immunization during pregnancy, but there is still a theoretical risk of approximately 1.6% of fetuses exposed, considering the statistical power of the world sample available until now. In Brazil the Ministry of Health held campaigns, immunizing the female population aged 12 to 39 years during the 1998-2002 period.The main purpose of this study was to perform a special, prospective follow-up of the women who, because they did not know they were pregnant, were vaccinated against rubella or became pregnant right after vaccination.The total female population immunized during the campaign in the state of Rio Grande do Sul (RS), in 2002, was 1,878,308. Of these, 4,398 were pregnant or became pregnant within 30 days after vaccination, and 421 (9.6%) were classified as susceptible, since they had a serology result positive for anti-rubella IgM after vaccination. Collection for serology was performed on 152 infants of susceptible pregnant women, and 10 of them presented some infection by the vaccine virus. The data in this study were compared to the results of the total births in RS, supplied by the System of Information on Live Births (SINASC/RS- Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos) Of the 152 infants, 2.0% were stillborn 8.7% had low birth weight, and 10.7% were premature These data are not different from the results obtained for the total population for births in RS. Likewise, no differences were found between IgM+ and the total number of births in RS regarding mean birth weight and low weight. All IgM+ infants were medically assessed by a dysmorphologist and ophthalmologist, and complementary exams were performed, such as echocardiography and auditory screening by otoacoustic emission. None of the ten IgM+ infants presented congenital defects due to CRS during the physical examination at birth and at three months of age. Likewise, after specific exams, no infant was found with cardiac defects, auditory deficit or ophthalmological problems such as cataracts, pigmentary retinopathy and glaucoma. Complementary tests for cytomegalovirus, toxoplasmosis, syphilis and herpes were performed with normal results. Even though our data do not exclude risk completely, since there is still a maximum theoretical risk of 0.4%, they help increase statistical power about the safety of the rubella vaccine during pregnancy and thus provide more peace of mind to women who became pregnant immediately after being vaccinated for rubella, or did not know that they were pregnant when they were vaccinated.
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Características das gestantes infectadas pelo HIV, de acordo com o momento do seu diagnóstico

Silva, Márcia Menezes Gomes da January 2007 (has links)
Objetivo: Analisar fatores socioeconômicos, demográficos e as características do pré-natal das gestantes infectada pelo HIV, de acordo com o momento do seu diagnóstico. Métodos: Realizou-se estudo transversal com 199 gestantes infectadas pelo HIV que tiveram seu atendimento pré-natal em três centros públicos de referência de Porto Alegre, no período de julho de 2005 a janeiro de 2006. O questionário avaliou informações sócio-econômicas, demográficas e do prénatal. Durante a análise, elas foram divididas em 2 grupos: Grupo1 composto de 135 gestantes (68%) que sabiam previamente a gestação o seu diagnóstico para HIV e o Grupo 2 com 64 gestantes (32%) que conheceram o diagnóstico naquele pré-natal. Resultados: A mediana de idade das gestantes foi 26 anos (variando 15 a 42 anos). Quanto à escolaridade, 59% (n=117) delas não chegaram a concluir o ensino fundamental. 74% (n=147) não tinham nenhum tipo de renda. Em termos conjugais, 81% (n=153) das gestantes possuíam um relacionamento estável com o pai da criança e 66% (n=132) possuíam menos de 20 anos de idade quando tiveram a primeira gestação. O número mediano de gestações prévias foi 3 (variando de 1 a 13 gestações), e 37% (n=73) tiveram pelo menos um aborto prévio. Comparando os grupos, observou-se que o início do prénatal no primeiro trimestre e o desejo de realizar ligadura tubária foi significativamente mais freqüente no Grupo 1 do que no Grupo 2. p=0,005 e p=0, 012, respectivamente. Conclusões: Não houve diferenças estatisticamente significante entre os grupos nos aspectos sócio-demográficos, todavia as gestantes que já tinham o seu diagnóstico para HIV prévio a gestação iniciaram mais precocemente seu pré-natal e mais freqüentemente requisitavam a ligadura tubária.
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A gestante portadora do vírus da imunodeficiência humana (HIV) percebendo sua corporeidade

Coelho, Débora Fernandes January 2004 (has links)
O estudo busca compreender como a gestante portadora do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) percebe sua corporeidade em um estar no mundo gerando outro ser, corroborando com os conceitos de corpo e corporeidade do filósofo existencialista Merleau-Ponty. Trata-se de um estudo qualitativo, com enfoque fenomenológico. Realizou-se para coleta das informações a entrevista semiestruturada, proposta por Triviños. Participaram do estudo oito gestantes soropositivas para o HIV, em acompanhamento pré-natal, na cidade de Porto Alegre, vinculadas às atividades da Organização não-governamental MAIS CRIANÇA – Grupo de Apoio à Criança Soropositiva. Utilizou-se para interpretação das informações a abordagem hermenêutica proposta por Crossetti e Motta, com fundamentação de Paul Ricouer. Nos discursos das participantes desvelaram-se dois temas: As concepções de corpo no mundo das gestantes soropositivas para o HIV e O estar no mundo com o Vírus.
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Fatores associados à incontinência urinária em gestantes adolescentes: um estudo caso-controle

BARBOSA, Leila Maria Alvares 23 February 2017 (has links)
Submitted by Pedro Barros (pedro.silvabarros@ufpe.br) on 2018-07-09T22:37:45Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) TESE Leila Maria Alvares Barbosa.pdf: 2271148 bytes, checksum: e7cac954de530d018af750c7fa6b13ec (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-09T22:37:45Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) TESE Leila Maria Alvares Barbosa.pdf: 2271148 bytes, checksum: e7cac954de530d018af750c7fa6b13ec (MD5) Previous issue date: 2017-02-23 / CAPES / As modificações corporais que em gestantes adolescentes podem ocasionar a obesidade neste período. Conjectura-se que a obesidade promove o aumento da pressão vesical, sendo um possível fator associado à incontinência urinária (IU) em gestantes adolescentes. A partir desta tese foram desenvolvidos três estudos: uma revisão sistemática com metanálise (determinar se multiparidade, sobrepeso/obesidade e idade maior ou igual a 35 anos são fatores de risco para IU na gestação), um estudo de caso-controle (avaliar a associação entre obesidade gestacional e outros potenciais fatores no desenvolvimento da IU em gestantes adolescentes) e série de casos [verificar a gravidade da IU e sua repercussão na qualidade de vida (QV) de gestantes adolescentes]. A revisão sistemática de estudos observacionais, sem restrição de ano ou idioma, foi previamente registrada no Prospero (CRD42014013193) e desenvolvida por dois revisores independentes. As buscas foram realizadas na MEDLINE/PubMed, Lilacs, CINAHL e Scopus. O risco de viés foi avaliado pelo Newcastle-Ottawa Quality Assessment Scale e a qualidade de evidência pelo Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation Evidence Profile. O caso-controle foi desenvolvido em três hospitais públicos de Pernambuco, Brasil. Foram incluídas gestantes adolescentes com idade de 10 a 19 anos e idade gestacional a partir de 27 semanas. Foram avaliadas 658 voluntárias: 329 no grupo caso (IU) e 329 no grupo controle (sem IU). Todas voluntárias responderam ao formulário de avaliação, contendo informações sobre desfecho de interesse e fatores associados. As voluntárias com IU responderam ao Incontinence Severity Index (gravidade da IU) e ao International Consultation on Incontinence Questionnaire for Urinary Incontinence–Short Form (interferência da IU na QV). Oito artigos foram incluídos na revisão sistemática, que através de qualidade de evidência muito baixa demonstrou que multiparidade [odds ratio (OR): 1,69; intervalo de confiança (IC) 95%: 1,61 a 1,78], sobrepeso/obesidade na gestação (OR: 1,34; IC95%: 1,29 a 1,40) e idade maior ou igual a 35 anos (OR: 1,53; IC95%: 1,45 a 1,62) são fatores de risco para IU na gestação. Quanto aos resultados do caso-controle, a análise multivariada identificou três variáveis associadas à IU em gestantes adolescentes: idade de 10 a 14 anos (OR: 2,5; IC95%: 1,13 a 5,35), IU prévia em infância, gestação ou pós-parto (OR: 1,9; IC 95%: 1,36 a 2,75) e constipação intestinal (OR: 1,7; IC95%: 1,23 a 2,42). Além disso, ser multigesta foi um fator que diminuiu a chance de ter IU (OR: 0,5; IC95%: 0,31 a 0,66). A gravidade da IU foi considerada moderada a muito grave (79,3%) e a repercussão da IU na QV foi moderada (média 9,84; IC95%: 9,40 a 10,28). Conclui-se que: 1) Multiparidade, sobrepeso/obesidade e idade maior ou igual a 35 anos são fatores de risco para IU na gestação, baseado em qualidade de evidência muito baixa. 2) Não foi observada associação entre obesidade na gestação e IU em gestantes adolescentes, porém, idade de 10 a 14 anos; IU prévia em infância, gestação ou pós-parto; constipação intestinal e ser multigesta foram fatores associados. 3) A IU tem gravidade moderada a muito grave e repercussão moderada na QV de gestantes adolescentes. / Corporal modifications that occur in pregnat adolescents may cause obesity in this period. It is conjectured that obesity promotes an increase in vesical pressure, being a possible factor associated with urinary incontinence (UI) in adolescent pregnant women. Three studies were developed from this thesis: a systematic review with meta-analysis (to verify if multiparity, overweight/obesity and age 35 years or older are risk factors for UI in pregnancy), a case-control study (to verify if obesity in pregnancy is an associated factor for UI in pregnant adolescents) and a case series [to verify UI severity and its impact on quality of life (QoL) of pregnant adolescents]. The systematic review of observational studies, without restriction of year or language, was previously recorded in Prospero (CRD42014013193) and developed by two independent reviewers. Searches were done on MEDLINE/PubMed, Lilacs, CINAHL and Scopus databases. Risk of study bias was assessed by the Newcastle-Ottawa Quality Assessment Scale and quality of evidence was graded by Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation. The case-control study was developed in three public hospitals in Pernambuco, Brazil. Pregnant women aged between 10 to 19 years with a gestational age starting at 27 weeks were included. A total of 658 volunteers were evaluated: 329 in the case group (UI) and 329 in the control group (without UI). All volunteers answered the evaluation form, containing information on the outcome and associated factors. UI volunteers responded to the Incontinence Severity Index (to assess UI severity) and to International Consultation on Incontinence Questionnaire for Urinary Incontinence-Short Form (to assess UI interference in QoL). Eight articles were included in the systematic review, which shows that multiparity [odds ratios (OR) 1.69; 95% confidence interval (CI): 1.61, 1.78], high pregnancy BMI (OR 1.34; 95%CI: 1.29, 1.40) and age 35 years or older (OR 1.53; 95%CI: 1.45, 1.62) are risk factors for UI in pregnancy with a very low quality of evidence. Results of a multivariate analysis in the case-control study identified three variables associated with UI in pregnant adolescents: age from 10 to 14 years (ORa 2.5; 95% CI 1.13 to 5.35), previous UI in childhood, pregnancy or postpartum (ORa 1,9; 95%CI 1.36 to 2.75) and constipation (ORa 1.7; 95% CI 1.23 to 2.42). In addition, being from the second gestation onwards was a factor that decreased the chance of having UI (OR: 0.5; 95%CI: 0.31 to 0.66). UI severity was considered moderate to very severe (79.3%) and UI interference on QoL was moderate (mean 9.84; 95% CI: 9.40 to 10.28). In conclusion: 1) Multiparity, overweight/obesity and age 35 years or older are risk factors for UI in pregnancy, based on a very low quality of evidence. 2) There was no association between obesity in pregnancy and UI in pregnant adolescents, however, age from 10 to 14 years, previous UI in childhood, pregnancy or postpartum, constipation and more than one gestation were considered associated factors. 3) UI has moderate to very severe severity and moderate impact on QoL of pregnant adolescents.

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