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LisÃstrata: estudo e adaptatraduÃÃo para o teatro de bonecosDanielle Motta Araujo 22 December 2017 (has links)
nÃo hà / O trabalho tem como objetivos primordiais a divulgaÃÃo da comÃdia grega de AristÃfanes atravÃs de uma adaptaÃÃo/traduÃÃo da peÃa LisÃstrata (411 a.C.) para o gÃnero Teatro de Bonecos, com o intuito de tornar a obra acessÃvel a outro pÃblico, nÃo somente ao erudito; a valorizaÃÃo dos falares nordestinos, principalmente os de Fortaleza, com a utilizaÃÃo de inÃmeras marcas da oralidade no roteiro da peÃa; e a divulgaÃÃo do Grupo Paideia. Trata tambÃm, no capÃtulo dois, sobre alguns conceitos de traduÃÃo e de adaptaÃÃo, para que se chegue a um conceito hÃbrido entre esses dois tipos, o qual à o utilizado pela autora e que recebe o nome de adaptatraduÃÃo. Em seguida, expÃe comentÃrios acerca de outras traduÃÃes e adaptaÃÃes da obra em questÃo. O terceiro capÃtulo à dedicado ao estudo comparativo entre o elemento mÃscara e os bonecos de animaÃÃo, no que diz respeito à funÃÃo cÃnica e à reaÃÃo da plateia, e trata da histÃria do Teatro de bonecos no mundo. Apresenta tambÃm o processo de confecÃÃo dos bonecos, montagem e encenaÃÃo de outras peÃas do grupo. Outro capÃtulo traz um resumo comentado da comÃdia LisÃstrata, o contexto histÃrico em que a obra està inserida e a importÃncia da retomada desta peÃa pelo Grupo Paideia nos tempos atuais. Ao final, descreve-se o processo desta adaptatraduÃÃo da peÃa para o gÃnero teatro de bonecos no linguajar fortalezense e, em seguida, expÃe o texto adaptatraduzido. Os resultados finais desta experiÃncia estarÃo expostos na conclusÃo, em que se confirmarà a popularizaÃÃo da peÃa clÃssica, mesmo sendo encenada no gÃnero Teatro de Bonecos e em outro contexto cultural. / O trabalho tem como objetivos primordiais a divulgaÃÃo da comÃdia grega de AristÃfanes atravÃs de uma adaptaÃÃo/traduÃÃo da peÃa LisÃstrata (411 a.C.) para o gÃnero Teatro de Bonecos, com o intuito de tornar a obra acessÃvel a outro pÃblico, nÃo somente ao erudito; a valorizaÃÃo dos falares nordestinos, principalmente os de Fortaleza, com a utilizaÃÃo de inÃmeras marcas da oralidade no roteiro da peÃa; e a divulgaÃÃo do Grupo Paideia. Trata tambÃm, no capÃtulo dois, sobre alguns conceitos de traduÃÃo e de adaptaÃÃo, para que se chegue a um conceito hÃbrido entre esses dois tipos, o qual à o utilizado pela autora e que recebe o nome de adaptatraduÃÃo. Em seguida, expÃe comentÃrios acerca de outras traduÃÃes e adaptaÃÃes da obra em questÃo. O terceiro capÃtulo à dedicado ao estudo comparativo entre o elemento mÃscara e os bonecos de animaÃÃo, no que diz respeito à funÃÃo cÃnica e à reaÃÃo da plateia, e trata da histÃria do Teatro de bonecos no mundo. Apresenta tambÃm o processo de confecÃÃo dos bonecos, montagem e encenaÃÃo de outras peÃas do grupo. Outro capÃtulo traz um resumo comentado da comÃdia LisÃstrata, o contexto histÃrico em que a obra està inserida e a importÃncia da retomada desta peÃa pelo Grupo Paideia nos tempos atuais. Ao final, descreve-se o processo desta adaptatraduÃÃo da peÃa para o gÃnero teatro de bonecos no linguajar fortalezense e, em seguida, expÃe o texto adaptatraduzido. Os resultados finais desta experiÃncia estarÃo expostos na conclusÃo, em que se confirmarà a popularizaÃÃo da peÃa clÃssica, mesmo sendo encenada no gÃnero Teatro de Bonecos e em outro contexto cultural. / The main objectives of the dissertation are: the dissemination of Aristophanes Greek comedy through an adaptation / translation of the play Lysistrata (411 BC) for the genre Puppets Theater, with the intention of making accessible to another audience, not only to the erudite; the valorization of the regional speeches, especially those of Fortaleza, with the use of innumerable marks of oral communication in the script; and the promotion of the Paideia Group. In chapter two, it treats some concepts of translation and adaptation, so that a hybrid concept between the two types, which is used by the author and which is called adaptatranslation. Comments about other translations and adaptations of the play in question. The third chapter is devoted to the comparative study between the mask and the puppets, involving the scenic function and reaction of the audience, and comments the history of the Puppet Theater in the world. It also presents the process of confection of the puppets, setting and play-acting of other plays of the Paideia Group. Another chapter brings an annotated summary of the comedy Lysistrata, the historical context in which the play is inserted and the importance of the revival of this play by the Paideia Group currently. In the end, describes the process of adaptatranslation of the play for the Puppet genre in the regional parlance, and then exposing the adaptatranslated text. The results of this experiment will exposed in the conclusion, which will confirm the popularization of the classic play, even being play-acting in the genre Puppets Theater and in another cultural context. / The main objectives of the dissertation are: the dissemination of Aristophanes Greek comedy through an adaptation / translation of the play Lysistrata (411 BC) for the genre Puppets Theater, with the intention of making accessible to another audience, not only to the erudite; the valorization of the regional speeches, especially those of Fortaleza, with the use of innumerable marks of oral communication in the script; and the promotion of the Paideia Group. In chapter two, it treats some concepts of translation and adaptation, so that a hybrid concept between the two types, which is used by the author and which is called adaptatranslation. Comments about other translations and adaptations of the play in question. The third chapter is devoted to the comparative study between the mask and the puppets, involving the scenic function and reaction of the audience, and comments the history of the Puppet Theater in the world. It also presents the process of confection of the puppets, setting and play-acting of other plays of the Paideia Group. Another chapter brings an annotated summary of the comedy Lysistrata, the historical context in which the play is inserted and the importance of the revival of this play by the Paideia Group currently. In the end, describes the process of adaptatranslation of the play for the Puppet genre in the regional parlance, and then exposing the adaptatranslated text. The results of this experiment will exposed in the conclusion, which will confirm the popularization of the classic play, even being play-acting in the genre Puppets Theater and in another cultural context.
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Ritmo e sonoridade na poesia grega antiga: uma tradução comentada de 23 poemas / Rhythm and sonority in ancient Greek poetry: an annotated translation of 23 poemsCarlos Leonardo Bonturim Antunes 24 April 2009 (has links)
Este trabalho consiste de uma tradução comentada de vinte e três poemas gregos dos períodos Clássico e Arcaico. Essa tradução foi realizada buscando recriar o ritmo e a sonoridade dos textos originais, mas sem se afastar demasiadamente do plano do sentido, de modo que não é uma recriação livre. O trabalho é introduzido por um breve estudo a respeito do ritmo e da sonoridade, tanto na literatura grega quanto em termos gerais. / This work is comprised of a translation, followed up by a commentary, of twenty-three greek poems from the Classical and Archaic periods. The translation was carried out with a view to recreate the rhythm and sound of the original texts, without, however, allowing it to stray too far from the meaning, lest it would become a free recreation. The main work is introduced by a brief study regarding rhythm and sound, both in greek literature and in general terms.
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A Biblioteca do Pseudo Apolodoro e o estatuto da mitografia / The Pseudo-Apollodorus' library and the status of mythographyCabral, Luiz Alberto Machado, 1959- 24 August 2018 (has links)
Orientador: Flávio Ribeiro de Oliveira / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-24T03:35:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: A Biblioteca é um compêndio em Grego antigo de mitos e lendas heroicas dispostos em três livros e foi denominado "a mais valiosa obra mitográfica dos tempos antigos que chegou até nós", mas não se sabe absolutamente quem é o seu autor. A obra que temos em mãos é atribuída a Apolodoro, o Gramático, ou seja, Apolodoro de Atenas, um erudito do século II a. C. e autor da obra Sobre os Deuses (Perì Theôn). O texto que possuímos, no entanto, menciona um autor romano, o cronista Cástor, um contemporâneo de Cícero do século I a. C. Os eruditos que se seguiram a Fócio se equivocaram na atribuição da obra. Uma vez que Apolodoro de Atenas não poderia ter escrito a obra, o autor da Biblioteca é convencionalmente denominado o "Pseudo Apolodoro" por aqueles que almejam ser estritamente precisos. As referências tradicionais mencionam apenas "a Biblioteca e Epítome". Sua primeira menção na literatura grega ocorre em 858 d. C. pelo erudito bizantino Fócio, que teve acesso à obra na íntegra, tal como ele menciona no seu "relato de livros lidos", que ela continha histórias dos heróis da Guerra de Troia e dos nóstoi (Retornos) que faltam nos manuscritos que restaram. Infelizmente, a Biblioteca chegou-nos incompleta. Nos manuscritos ela se encontra indivisa, mas por convenção, foi dividida em três livros. Parte do Livro III, que é interrompido abruptamente no meio das aventuras de Teseu, foi perdida. No século XII d. C., no entanto, John Tzetzes possuía o texto completo, e em 1885, R. Wagner constatou que um manuscrito da Biblioteca do Vaticano, que continha trechos de uma obra de Tzetzes, continha também um longo trecho resumido, extraído de todo o conteúdo da Biblioteca, incluindo o seu final perdido. Essa versão resumida (ou epítome) é conhecida atualmente como Epítome do Vaticano. Coincidentemente, poucos anos depois, A. Papadopoulos-Kerameus descobriu em Jerusalém um manuscrito que continha um conjunto de excertos resumidos, todos do Livro III e da parte conhecida apenas pela epítome de Tzetzes. Este manuscrito ficou conhecido como Epítome Sabaítica (devido ao monastério de São Sabbas, onde o manuscrito foi descoberto); Portanto, embora a Biblioteca tenha sido impressa pela primeira vez em uma edição moderna em 1555, foi somente com a edição de R. Wagner, de 1894, que tivemos acesso ao texto completo, ou pelo menos próximo disso. Estas duas epítomes são inestimáveis para nós por serem nossos únicos testemunhos da parte do livro que se perdeu e foram compostas em tempos diferentes, por diferentes eruditos ou copistas, e quando são contrastadas, nem sempre conservam o mesmo material ou detalhe. Este é o motivo pelo qual escolhemos traduzir uma versão combinada delas, criada por J. G. Frazer, que une as duas epítomes para criar um relato mais completo e coerente. Em nossa tradução da obra, tentamos manter a clareza e a objetividade sem pretender "embelezar", quando nosso autor não teve a intenção de fazê-lo. Compilada fielmente, embora de maneira acrítica, a partir das melhores fontes literárias disponíveis para o Pseudo Apolodoro, em sua época, a importância da Biblioteca deriva sobretudo da fidelidade com a qual ele reproduz ou resume os relatos de escritores cujas obras nos são acessíveis e nos inspira a aceitar suas afirmações também com relação a outros autores, cujos escritos desapareceram. Daí a extrema importância documental desse livro como um registro meticuloso sobre o que os gregos acreditavam a respeito da origem do mundo e da antiga história de sua raça, pois é o único testemunho de tradições perdidas de que dispomos. Os relatos breves e desprovidos de adornos dos mitos na Biblioteca levaram alguns comentadores a sugerir que mesmos as suas seções completas são um resumo de uma obra perdida. / Resumo: A Biblioteca é um compêndio em Grego antigo de mitos e lendas heroicas dispostos em três livros e foi denominado "a mais valiosa obra mitográfica dos tempos antigos que chegou até nós", mas não se sabe absolutamente quem é o seu autor. A obra que temos em mãos é atribuída a Apolodoro, o Gramático, ou seja, Apolodoro de Atenas, um erudito do século II a. C. e autor da obra Sobre os Deuses (Perì Theôn). O texto que possuímos, no entanto, menciona um autor romano, o cronista Cástor, um contemporâneo de Cícero do século I a. C. Os eruditos que se seguiram a Fócio se equivocaram na atribuição da obra. Uma vez que Apolodoro de Atenas não poderia ter escrito a obra, o autor da Biblioteca é convencionalmente denominado o "Pseudo Apolodoro" por aqueles que almejam ser estritamente precisos. As referências tradicionais mencionam apenas "a Biblioteca e Epítome". Sua primeira menção na literatura grega ocorre em 858 d. C. pelo erudito bizantino Fócio, que teve acesso à obra na íntegra, tal como ele menciona no seu "relato de livros lidos", que ela continha histórias dos heróis da Guerra de Troia e dos nóstoi (Retornos) que faltam nos manuscritos que restaram. Infelizmente, a Biblioteca chegou-nos incompleta. Nos manuscritos ela se encontra indivisa, mas por convenção, foi dividida em três livros. Parte do Livro III, que é interrompido abruptamente no meio das aventuras de Teseu, foi perdida. No século XII d. C., no entanto, John Tzetzes possuía o texto completo, e em 1885, R. Wagner constatou que um manuscrito da Biblioteca do Vaticano, que continha trechos de uma obra de Tzetzes, continha também um longo trecho resumido, extraído de todo o conteúdo da Biblioteca, incluindo o seu final perdido. Essa versão resumida (ou epítome) é conhecida atualmente como Epítome do Vaticano. Coincidentemente, poucos anos depois, A. Papadopoulos-Kerameus descobriu em Jerusalém um manuscrito que continha um conjunto de excertos resumidos, todos do Livro III e da parte conhecida apenas pela epítome de Tzetzes. Este manuscrito ficou conhecido como Epítome Sabaítica (devido ao monastério de São Sabbas, onde o manuscrito foi descoberto); Portanto, embora a Biblioteca tenha sido impressa pela primeira vez em uma edição moderna em 1555, foi somente com a edição de R. Wagner, de 1894, que tivemos acesso ao texto completo, ou pelo menos próximo disso. Estas duas epítomes são inestimáveis para nós por serem nossos únicos testemunhos da parte do livro que se perdeu e foram compostas em tempos diferentes, por diferentes eruditos ou copistas, e quando são contrastadas, nem sempre conservam o mesmo material ou detalhe. Este é o motivo pelo qual escolhemos traduzir uma versão combinada delas, criada por J. G. Frazer, que une as duas epítomes para criar um relato mais completo e coerente. Em nossa tradução da obra, tentamos manter a clareza e a objetividade sem pretender "embelezar", quando nosso autor não teve a intenção de fazê-lo. Compilada fielmente, embora de maneira acrítica, a partir das melhores fontes literárias disponíveis para o Pseudo Apolodoro, em sua época, a importância da Biblioteca deriva sobretudo da fidelidade com a qual ele reproduz ou resume os relatos de escritores cujas obras nos são acessíveis e nos inspira a aceitar suas afirmações também com relação a outros autores, cujos escritos desapareceram. Daí a extrema importância documental desse livro como um registro meticuloso sobre o que os gregos acreditavam a respeito da origem do mundo e da antiga história de sua raça, pois é o único testemunho de tradições perdidas de que dispomos. Os relatos breves e desprovidos de adornos dos mitos na Biblioteca levaram alguns comentadores a sugerir que mesmos as suas seções completas são um resumo de uma obra perdida. / Abstract: The Bibliotheke is an ancient Greek compendium of myths and heroic legends, arranged in three books and it has been called "the most valuable mythographical work that has come down from ancient times", but his author is completely unknown to us. The work has come down to us attributed to Apollodorus the Grammarian, that is, Apollodorus of Athens, a second-century BC scholar and author of On the Gods (Peri Theon). The text that we possess, however, cites a Roman author: Castor the Annalist, a contemporary of Cicero in the 1st century BC. The mistaken attribution was made by scholars from Photius onwards. Since for chronological reasons Apollodorus of Athens could not have written the book, the author of the Bibliotheke is conventionally called the "Pseudo-Apollodorus" by those wishing to be scrupulously correct. Traditional references simply instance "the Library and Epitome". The first mention of the work in the Greek literature is in AD 858 by the Byzantine scholar Photius, who had the full work before him, as he mentions in his "account of books read" that it contained stories of the heroes of the Trojan War and the nostoi, missing in surviving manuscripts. Unfortunately the Bibliotheca has come down to us incomplete. It is undivided in the manuscripts but conventionally divided in three books. Part of the third book, which breaks off abruptly in the middle of Theseus' adventures, has been lost. In the twelfth century AD, however, John Tzetzes, had a complete text too, and in 1885 R. Wagner realized that a manuscript in the Vatican Library containing excerpts of some Tzetzes' work also contained large abridged excerpts drawn from across the whole of the Bibliotheke - including the lost ending. This abridged version (or epitome) is known as the Vatican Epitome. Coincidentally, a few years later, A. Papadopoulos-Kerameus discovered in Jerusalem a manuscript that contained another set of abridged excerpts, all from the third book and the portion known only from Tzetzes' epitome. This became known as the Sabbaitic Epitome (from the monastery of St. Sabbas, where the manuscript was discovered); Thus, although the Bibliotheke was first printed in a modern edition in 1555, it was only with Wagner's edition of 1894 the we had a complete, or at least nearly complete, text. The two epitomes are invaluable for us because they are our witness to the last part of the book and were made at different times by different copyists and scholars, and when they overlap they do not always preserve the same material or detail. That is the reason why we have chosen to translate a combined version of them, created by J. G. Frazer; with stitches the separate epitomes together to create a fuller and more connect account. In our translation of the work we have tried to be clear and straightforward, without "prettying up" our author into something he is not. Compiled faithfully, if uncritically, from the best literary sources open to the Pseudo- Apollodorus, the Bibliotheke debt its importance above all to the fidelity with which he reproduced or summarized the accounts of writers whose works are accessible to us and inspires us with confidence in accepting his statements concerning others whose writings are lost. Hence his book possesses a documentary value as an accurate record of what the Greeks in general believed about the origin and early history of the world and of their race. The brief and unadorned accounts of myth in the Bibliotheca have led some commentators to suggest that even its complete sections are an epitome of a lost work. / Abstract: The Bibliotheke is an ancient Greek compendium of myths and heroic legends, arranged in three books and it has been called "the most valuable mythographical work that has come down from ancient times", but his author is completely unknown to us. The work has come down to us attributed to Apollodorus the Grammarian, that is, Apollodorus of Athens, a second-century BC scholar and author of On the Gods (Peri Theon). The text that we possess, however, cites a Roman author: Castor the Annalist, a contemporary of Cicero in the 1st century BC. The mistaken attribution was made by scholars from Photius onwards. Since for chronological reasons Apollodorus of Athens could not have written the book, the author of the Bibliotheke is conventionally called the "Pseudo-Apollodorus" by those wishing to be scrupulously correct. Traditional references simply instance "the Library and Epitome". The first mention of the work in the Greek literature is in AD 858 by the Byzantine scholar Photius, who had the full work before him, as he mentions in his "account of books read" that it contained stories of the heroes of the Trojan War and the nostoi, missing in surviving manuscripts. Unfortunately the Bibliotheca has come down to us incomplete. It is undivided in the manuscripts but conventionally divided in three books. Part of the third book, which breaks off abruptly in the middle of Theseus' adventures, has been lost. In the twelfth century AD, however, John Tzetzes, had a complete text too, and in 1885 R. Wagner realized that a manuscript in the Vatican Library containing excerpts of some Tzetzes' work also contained large abridged excerpts drawn from across the whole of the Bibliotheke - including the lost ending. This abridged version (or epitome) is known as the Vatican Epitome. Coincidentally, a few years later, A. Papadopoulos-Kerameus discovered in Jerusalem a manuscript that contained another set of abridged excerpts, all from the third book and the portion known only from Tzetzes' epitome. This became known as the Sabbaitic Epitome (from the monastery of St. Sabbas, where the manuscript was discovered); Thus, although the Bibliotheke was first printed in a modern edition in 1555, it was only with Wagner's edition of 1894 the we had a complete, or at least nearly complete, text. The two epitomes are invaluable for us because they are our witness to the last part of the book and were made at different times by different copyists and scholars, and when they overlap they do not always preserve the same material or detail. That is the reason why we have chosen to translate a combined version of them, created by J. G. Frazer; with stitches the separate epitomes together to create a fuller and more connect account. In our translation of the work we have tried to be clear and straightforward, without "prettying up" our author into something he is not. Compiled faithfully, if uncritically, from the best literary sources open to the Pseudo- Apollodorus, the Bibliotheke debt its importance above all to the fidelity with which he reproduced or summarized the accounts of writers whose works are accessible to us and inspires us with confidence in accepting his statements concerning others whose writings are lost. Hence his book possesses a documentary value as an accurate record of what the Greeks in general believed about the origin and early history of the world and of their race. The brief and unadorned accounts of myth in the Bibliotheca have led some commentators to suggest that even its complete sections are an epitome of a lost work. / Doutorado / Linguistica / Doutor em Linguística
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Os fragmentos atenienses de Simônides. Um estudo das fontes epigráficas anteriores a 480 a. C. / The Athenian Fragments of Simonides: A Study of the Epigraphical Sources before 480 BC.Pires, Robert Brose 11 February 2008 (has links)
RESUMO Serão investigadas, nesta dissertação, as origens da democracia ateniense através da análise de quatro epigramas de Simônides de Ceos e da contextualização de alguns outros. Partindo do assassinato de Hiparco por Harmódio e Aristogíton e traçando suas conseqüências, tanto do ponto de vista mítico quando político, tentaremos demonstrar como o povo, agora identificado como mesmo ideal de igualdade perante a lei (isonomia), foi capaz de afastar tanto o perigo de uma helotização da Ática, quanto o de uma submissão ao império aquemênida, ao vencer duas batalhas decisivas, cujo relato foi preservado em inscrições que chegaram até nós sob o nome de Simônides por transmissão literária ou epigráfica ou ambas. Também iremos lidar com todos os aspectos relativos à composição, caráter e transmissão de cada um dos quatro epigramas comentados, além de fornecer uma tradução de todos os outros - incluindo os novos fragmentos elegíacos recentemente descobertos - que possam ter alguma relevância para o assunto em questão. / The origins of Athenian democracy are herein surveyed through the analysis of four Simonidean epigrams and the canvassing of several others. Starting from the murder of Hipparchus by Harmodius and Aristogeiton, and following its consequences, both mythic and political, we shall proceed to demonstrate how the people, now identified with the same democratic ideal, was able to eschew both the danger of helotization by Sparta and submission by the Persian Empire by its winning two decisive battles recorded in inscriptions that came down to us either through literary or epigraphical transmission or both. We shall also deal with all aspects surrounding the composition, nature and transmission of each of the four epigrams, besides providing a translation of all other epigrams - including the newly discovered elegiac fragments - that may bear any relevancy to the subject under appreciation.
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A Odisséia de Nikos Kazantzakis : epopéia moderna do heroísmo trágico /Bernardes, Carolina Dônega. January 2010 (has links)
Orientador: Marcos Antônio Siscar / Banca: Miguel Castillo Didier / Banca: Constança Terezinha Marcondes Cesar / Banca: Arnaldo Franco Júnior / Banca: Orlando Nunes Amorim / Resumo: O tema da viagem de Odisseu foi largamente retomado pela tradição literária após a Odisséia de Homero, seja para confirmar o ideal do herói nostálgico, que anseia o retorno à pátria, seja para reafirmar o ímpeto do eterno navegador de mares. Nikos Kazantzakis (1883-1957) igualmente retoma o Odisseu lendário, insatisfeito com o retorno ao lar, como seu protótipo de herói e constrói, na modernidade, o poema épico Odisséia (1938), a partir do canto XXII no verso 477 do poema de Homero, sendo Odisseu levado a um novo itinerário ao deixar Ítaca definitivamente. Embora se baseie na obra clássica, recuperando personagens e a estrutura épica, Kazantzakis participa de seu tempo, compondo um novo Odisseu representante do mundo moderno, próximo das filosofias de Nietzsche e de Bergson. Como figura "entre mundos", o Odisseu de Kazantzakis recupera as antigas delineações de Homero e incorpora as questões da modernidade: o niilismo, a desesperança, a multiplicidade. No entanto, além de prolongar os feitos de Odisseu e a narrativa de Homero, Kazantzakis compõe um poema épico de dimensões admiráveis - 33.333 versos de 17 sílabas poéticas, em 24 cantos - contrariando (e reafirmando) as intenções inovadoras de seus contemporâneos da primeira metade do século XX. A epopéia configura na modernidade um gênero considerado esgotado, que teria dado lugar ao romance como gênero mais apropriado às produções modernas. Esta investigação, no entanto, procura evidenciar que o épico de Kazantzakis, ainda que represente um anacronismo em tempos modernos e, para muitos, uma afronta às normas estéticas, é, assim como muitas das obras de sua época, a confirmação das intenções inovadoras em tempos de crise, por meio da incorporação de uma trajetória filosófica de Odisseu baseada no niilismo heróico de cunho nietzschiano e na evolução criadora de Bergson... (Resumo completo clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The theme of Odysseus‟ journey was broadly retaken by the literary tradition after Homer‟s Odyssey, whether to confirm the nostalgic ideal of the hero yearning to return to his homeland, or to reaffirm the impetus of the eternal navigator. Nikos Kazantzakis (1883-1957) also incorporates as his prototypical hero the legendary Odysseus, unhappy about returning home, and writes, in the modernity, the epic poem Odyssey (1938), based on the canto XXII and on the verse 477 of Homer‟s poem, and taking Odysseus to a new route when he leaves Ithaca for good. Although based on the classic work, restoring its characters and its epic structure, Kazantzakis takes part of his own time, creating a new Odysseus, now representative of the modern world, and close to the philosophies of Nietzsche and Bergson. As a figure "between worlds", Kazantzakis‟s Odysseus recovers the old delineations of Homer and incorporates the issues of modernity: nihilism, hopelessness, and multiplicity. However, besides prolonging Odysseus‟ prowess and Homer‟s narrative, Kazantzakis wrote an epic poem of remarkable dimensions -- 33,333 verses of 17 poetic syllables, along 24 Cantos -- contradicting (and reassuring) the innovative intentions of his contemporaries in the first half of the 20th century. In the modernity, epic poetry configures a genre considered to be already exhausted, and which would have given rise to the novel as a genre much more suitable to the modern productions. This research, however, intends to show that the Kazantzakis‟s epopee, even being an anachronism in the modern times and, for many, an affront to aesthetic standards, is, like many of the works of his time, the confirmation of innovative intentions that take place in times of crisis, through the incorporation of a philosophical trajectory of Odysseus based upon Nietzsche‟s heroic nihilism and on Bergson‟s ...(Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Os fragmentos atenienses de Simônides. Um estudo das fontes epigráficas anteriores a 480 a. C. / The Athenian Fragments of Simonides: A Study of the Epigraphical Sources before 480 BC.Robert Brose Pires 11 February 2008 (has links)
RESUMO Serão investigadas, nesta dissertação, as origens da democracia ateniense através da análise de quatro epigramas de Simônides de Ceos e da contextualização de alguns outros. Partindo do assassinato de Hiparco por Harmódio e Aristogíton e traçando suas conseqüências, tanto do ponto de vista mítico quando político, tentaremos demonstrar como o povo, agora identificado como mesmo ideal de igualdade perante a lei (isonomia), foi capaz de afastar tanto o perigo de uma helotização da Ática, quanto o de uma submissão ao império aquemênida, ao vencer duas batalhas decisivas, cujo relato foi preservado em inscrições que chegaram até nós sob o nome de Simônides por transmissão literária ou epigráfica ou ambas. Também iremos lidar com todos os aspectos relativos à composição, caráter e transmissão de cada um dos quatro epigramas comentados, além de fornecer uma tradução de todos os outros - incluindo os novos fragmentos elegíacos recentemente descobertos - que possam ter alguma relevância para o assunto em questão. / The origins of Athenian democracy are herein surveyed through the analysis of four Simonidean epigrams and the canvassing of several others. Starting from the murder of Hipparchus by Harmodius and Aristogeiton, and following its consequences, both mythic and political, we shall proceed to demonstrate how the people, now identified with the same democratic ideal, was able to eschew both the danger of helotization by Sparta and submission by the Persian Empire by its winning two decisive battles recorded in inscriptions that came down to us either through literary or epigraphical transmission or both. We shall also deal with all aspects surrounding the composition, nature and transmission of each of the four epigrams, besides providing a translation of all other epigrams - including the newly discovered elegiac fragments - that may bear any relevancy to the subject under appreciation.
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O Panatenaico, de Isócrates / Isocrates\' PanathenaicusBertacchi, André Rodrigues 04 June 2019 (has links)
O presente texto trata do Panatenaico, de autoria do ateniense Isócrates. O discurso, inicialmente apresentado como um elogio de Atenas e uma censura a Esparta, destaca-se dentro da obra isocrática por conter, em seu final, um diálogo entre Isócrates e um de seus alunos. Depois de considerar as principais linhas interpretativas, procede-se a um exame e interpretação dessa seção. No próximo capítulo, abordam-se as declarações autobiográficas de Isócrates, usando-se para tanto da teoria retórica contemporânea quanto dos escritos isocráticos, mostrando seu caráter tópico. O objetivo é mostrar como Isócrates constrói uma imagem de si para ganhar a confiança de seu público. No final deste trabalho, apresentamos uma tradução em protuguês do Panatenaico. / The subject of this text is the Panathenaicus, a work by the Athenian Isocrates. The speech at first presents itself as en eulogy of Athens and a reproach of Sparta. Great part of the interest in the text lies on the final section, where we find a dialogue between Isocrates and one of his ancient students. After reviewing the major interpretative lines, we proceed to an analysis and interpretation of the section. In the next chapter, the autobiographical statements of Isocrates in its works are analysed according the contemporary rhetorical theory and the author\'s own writings. Our aim in this section is to show that Isocrates\' self-description is a rhetorical proceeding intended to win over the readers. Finally, at the end of this work, it is presented a translation of the Panathenaicus.
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Outros cantos, começa agora, deusa : as representações de Jasão e a epopeia de Valério Flaco /Mello, Jéssica Frutuoso. January 2019 (has links)
Orientador: Brunno Vinicius Gonçalves Vieira / Banca: Márcio Meirelles Gouvêa Júnior / Banca: Márcio Thamos / Resumo: Considerando as múltiplas representações que o herói Jasão recebe desde a Antiguidade, escolheu-se a epopeia de Valério Flaco, autor do século I d.C., como principal objeto de análise para refletir sobre a construção do líder dos argonautas. Oferece-se um panorama dos autores que trabalham com as narrativas relacionadas ao herói em obras literárias anteriores a Flaco, de modo a que se possa ter uma visão geral da tradição que foi construída acerca do herói e das diferenças que existem na abordagem do mito, o que poderia impactar a construção do herói. Nessa exposição, dá-se destaque à obra de Apolônio de Rodes, por ser considerada um marco no que se refere a essa construção, tendo em vista que o poeta trata da viagem dos argonautas em gênero épico, o que permitiria um maior detalhamento acerca de diversos aspectos do mito que poderiam não ser possíveis em um gênero mais curto, não predominantemente narrativo e em que a figura central não fosse o herói. Aborda-se a representação dada a Jasão por Valério Flaco, confrontando o herói, intrinsecamente, a seus companheiros de viagem e, extrinsecamente, a seus antecessores, de modo a refletir sobre essa nova inserção do herói em gênero épico em contexto latino. Assim, pretende-se analisar tanto a construção do herói isoladamente na obra em que está inserido quanto, ao mostrar as diversas possibilidades oferecidas por poetas anteriores, quais versões Valério Flaco poderia ter explorado, seja por um processo de eleição de modelo a ser... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Considering the multiple representations that the hero Jason received since Antiquity, the epic of Valerius Flaccus, a first century AD author, was chosen as the main object of analysis to reflect on the construction of the leader of the Argonauts. It is offered an overview of the authors who work with the narratives related to the hero in literary works previous to Flaccus, so that the reader can have an overview of the tradition that was constructed about the hero and the possible differences in the approach of the myth, which could affect his construction. In this exhibition, the work of Apollonius of Rhodes is emphasized as it's considered a mark in regard to this construction, given that the poet deals with the Argonauts' journey in epic genre, which would allow greater detail about various aspects of the myth that might not be possible in a shorter genre, in which the narrative was not predominant and the central figure was not the hero. The representation given to Jason by Valerius Flaccus is dealt confronting the hero intrinsically to his fellows and extrinsically to his predecessors in order to reflect on his new insertion in the epic genre in Latin context. Thus, it is intended to analyze both the construction of the hero alone in the work in which he is inserted and, by showing the various possibilities offered by previous poets, which versions Valerius Flaccus could have explored, either by a process of election of a model to be followed, affiliating to a traditio... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Voz média e a geração automática de referências literárias na edição digital de Apolodoro /Camargo, Caio, 1986- January 2016 (has links)
Orientador(a): Anise Abreu Gonçalves D'Orange Ferreira / Banca: Edvanda Bonavina da Rosa / Banca: Alessandro Rolim de Moura / Banca: Maria Celeste Consolin Dezotti / Banca: Rosinda Guerra Ramos / O trabalho apresenta os textos originais em grego, com tradução paralela em português, do 3 livros de Apolodoro / Resumo: Esta pesquisa é o resultado final de um trabalho que partiu de uma Iniciação Científica, quando, sob a orientação da Profa. Dra. Edvanda Bonavina da Rosa, tratamos de analisar a ocorrência de voz média grega nas narrativas de Héracles, presentes no livro II de Biblioteca, estendida e aprofundada em mestrado, já sob a orientação da Profa. Dra. Anise de Abreu Gonçalves D'Orange Ferreira, para análise dessa categoria verbal em toda essa referida obra. Nesta nova abordagem, nosso objetivo é realizar uma análise comparada da voz média do ponto de vista da tradução, a partir de um tratamento digital na obra Biblioteca de Apolodoro, prosador grego do séc.II d.C, texto que reúne as principais narrativas mitológicas helênicas desde a origem dos deuses até a ida de Teseu para Atenas. Partimos de uma análise comparada da medial entre três traduções modernas desse texto a fim de encontrarmos um método automático para geração de referências literárias do texto, culminando, como produto, numa versão em português traduzida, comentada e digital do livro, contemplando também uma análise morfológica de todo o léxico da obra, seguindo os moldes dos principais bancos de dados linguísticos atuais, como a Perseus Digital Library. Primeiramente, fazemos um levantamento teórico acerca da tradução de textos em prosa e, em seguida, discutimos essa viabilidade e os desafios dessa tarefa quando lidamos especificamente com um texto desse gênero escrito em grego antigo, tratando de algumas particularidade... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This research is the final result of a work that started during Scientific Initiation when, under Prof. Dr. Edvanda Bonavia da Rosa's supervision we analysed the occurrences of the Greek middle voice along the narratives of Hercules, on Book II of Library, extended and analysed more deeply during the master degree, under Prof. Dra. Anise de Abreu Gonçalves D'Orange Ferreira. Our presente goal is to make a comparative analysis of the Greek middle voice considerings its translation, based on a digital methodology on Apollodorus' Library, Greek author of the 2nd Century a.D, whose text compiles the main mythological narratives since the origins of the gods until the journey of Theseus to Athens. We started with a comparative analysis of the middle vouce within three different translations to find a automatic method for generating literary references of the text, reaching a Portuguese translated, digital and commented version of the book, also contemplating a morphological analysis of the vocabulary, folowwing the patterns of Perseus Digital Library. First we propose a theoretical study upon the translation of narratives and then we discuss the viability and the challenges within this task when we deal with a Greek text, dealing with some particularities, focusing on the middle voice, theme we talk about in this thesis, trying to define its features and how they are disposed on a Portuguese translation. Right before once the middle voice is defined, we analyze how different translators of modern languages solve these features, comparing the English, Spanish and French version of Apollodorus. This comparative approach is made by a corpus approach (Corpus Linguistics) and we extract the translated forms of the middle voice in each text comparing the different choices, analyzing deeply this verbal aspect. Moving on, our focus is to develop an entire research from a digital approach... (Complete abstract click access below) / Doutor
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O sublime na tragédia grega: odem e desordem na iminência do ritual / The sublime in Greek tragedy: order and disorder on the ritualSantos, Mario Vitor Parreira 29 October 2008 (has links)
Qualquer um que leia tragédias gregas encontra momentos de elevação especial, de grandeza ou transcendência nos quais o texto parece transportar o leitor/espectador para fora de si mesmo, a uma esfera de emoção e significação extremas. Geralmente, como resultado de uma série de fatores, inclusive cênicos, esses momentos da ação dramática criam um efeito de assombro, surpresa e medo. Os personagens no palco e a platéia compartilham uma sensação do que pode ser chamado de sublimidade. São momentos em que sofrimento, prazer, inspiração ou insight parecem associados para criar um efeito através do qual o espectador é tomado pela emoção ou pelo entendimento, pelo envolvimento ou pelo distanciamento ou, melhor, por uma combinação desses estados. O efeito parece evidente em cenas do drama trágico, em particular das tragédias gregas e dos dramas trágicos shakespeareanos. Na tragédia grega, podem-se considerar sublimes a cena do tapete no Agamêmnon, de Ésquilo, a fala do disfarce do Ájax, de Sófocles, ou o grande discurso do segundo mensageiro, nas Bacantes, de Eurípides. A intenção deste trabalho é examinar algumas cenas passagens especialmente relevantes da tragédia grega e tentar traçar elementos estruturais que possam concorrer para a criação dessa sensação de elevação. É evidente que refiro-me ao sublime em termos até aqui subjetivos. É objetivo do trabalho fornecer algumas bases objetivas sobre as quais apoiar aquilo que chamo de momentos de elevação, grandeza e emoção extrema. / Anyone who reads Greek tragedy encounters moments of special elevation, greatness or transcendence in which the text seems to transport the reader/spectator out of himself to an sphere of heightened emotion and significance. Generally, as the result of a series of reasons, these moments in the action of the play create an effect of amazement, wonder and awe. During these moments, the characters on stage and the audience share a sensation of what may be called sublimity. It is the sort of moment in which either suffering, pleasure, inspiration or insight seem to associate to create an effect through which the spectator is taken by emotion or by understanding, by involvement or detachment, or better by a combination of these. The effect appears evident to me in scenes of tragic drama, particularly of Greek and Shakespearean tragedies. In Greek tragedy, one may consider as sublime some parts of the carpet scene in Aeschylus Agamemnon, the deception speech of Sophocles Ajax, or the second messenger speech in Euripides Bacchae. In Shakespeare, the apparition of the fathers ghost to Hamlet is stunning, and unleashes intense emotion and insight. The intention of this work is to examine some especially relevant passages of Greek tragedy and to try to trace structural elements that may concur to the creation of this sensation of elevation. It is evident that I refer to the sublime in subjective terms and, therefore, it is my aim to provide some objective ground upon which to support what I shall be identifying as moments of elevation, greatness and extreme emotion.
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