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O descompasso entre o trabalho real e o prescrito : prazer e sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família no Grupo Hospitalar Conceição / Mismatch between actual and prescribed work : pleasure and suffering of family health staff professionals within Conceição Hospital Group / Descompás entre el trabajo real y lo prescrito : placer y sufrimiento de los profesionales de los equipos de salud de la familia en el Grupo Hospitalario Conceição

Glanzner, Cecília Helena January 2014 (has links)
A Saúde da Família configura-se em uma estratégia de reorientação do modelo assistencial que busca melhor compreensão do processo saúde-doença e a assistência integral e continuada com foco nas famílias de uma área adscrita. Caracteriza-se, ainda, como trabalho complexo, exigindo, dos profissionais, uma construção coletiva. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a organização do trabalho, prazer, sofrimento e as estratégias de mediação do sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Pesquisa com abordagem quantitativa transversal e qualitativa estruturada a partir da metodologia da Psicodinâmica do Trabalho. A coleta dos dados quantitativos ocorreu de setembro a novembro de 2011, com a aplicação do Inventário de Risco de Adoecimento relacionado ao Trabalho (Itra) junto aos profissionais das equipes de Saúde da Família de 12 unidades de saúde do GHC localizadas em Porto Alegre/RS, Brasil. A partir dos resultados da análise fatorial de correspondência da etapa quantitativa participaram. do estudo qualitativo, três unidades de saúde da família, que obtiveram, com aplicação do Itra, menor, moderado e maior risco de adoecimento relacionado ao trabalho. Para a coleta dos dados qualitativos, foram realizadas observação e entrevistas coletivas semiestruturadas com os profissionais das equipes de Saúde da Família no período de outubro a dezembro de 2012 e, para a análise, utilizou-se a Análise de Conteúdo. O Itra avaliou que o contexto de trabalho das equipes de Saúde de Família apresenta moderado risco de adoecimento relacionado ao trabalho quanto à organização (3,32), condições (3,03) e relações socioprofissionais (2,58) no trabalho. Quanto ao custo humano de trabalho, os custos físicos (2,72) e afetivos (2,66) foram avaliados como críticos, e o cognitivo (3,77) como grave risco de adoecimento relacionado ao trabalho. As vivências de prazer, com os indicadores realização profissional (4,21) e liberdade de expressão (4,21), foram consideradas satisfatórias, enquanto que as de sofrimento e falta de reconhecimento (1,80) foram igualmente avaliadas como satisfatórias. O indicador de sofrimento por esgotamento profissional (3,33) foi avaliado como crítico. Os três fatores da escala de danos relacionados ao trabalho, físico (2,33), psicológico (1,37) e social (0,70) foram considerados suportáveis. Da análise qualitativa emergiram três temas: prazer, sofrimento e estratégias de enfrentamento do sofrimento. Os profissionais avaliam a autonomia, a criatividade e trabalho em equipe com fontes de prazer na organização do seu trabalho. O sofrimento é percebido nas exigências do trabalho, condições da estrutura física e a complexidade do trabalho realizado pelas equipes de Saúde da Família; dizem, ainda, que utilizam estratégias de enfrentamento do sofrimento como o compartilhamento do trabalho e estratégias individuais. Conclui-se que o estudo destaca a importância e a necessidade de os profissionais disporem de espaços de fala e escuta para discutirem e refletirem sobre a organização do seu trabalho, dando potência à subjetividade do trabalho, ou seja, entendendo-o realizado por pessoas com identidade, com história; pessoas que não são somente instrumentos, mas os produzem na relação com características prazerosas para alcance do seu fim, no caso a promoção da saúde. Considera-se que produzir espaços para produção/reflexão do trabalho é ferramenta necessária, a qual contribuirá para a saúde dos profissionais da saúde, auxiliando a compreensão sobre o sofrimento que antecede a formação de sintomas e doenças relacionadas ao trabalho. / The Family Health program configures a strategy that designs the care model with a new guiding outline which looks for better comprehension of the health-disease process as well as the whole and continuous care with focus on families from an restricted area. In addition, it features a complex work that requires a collective construction by the professionals. The objective of this research was to evaluate the work organization, pleasure, suffering and the strategies to mediate the suffering of the professionals from the staffs of the Family Health program of Grupo Hospitalar Conceição (GHC). It is a research with cross-sectional quantitative and qualitative approach structured from the methodology of the Psychodynamics of Work. The collection of quantitative data was carried out from September to November 2011 by applying the Illness Risk Inventory regarding Work (Itra) with professionals of the Family Health staffs from 23 health centers of the GHC located in Porto Alegre/RS, Brazil. From the results of the correspondence factor analysis of the quantitative step, three family health centers participated of the qualitative study that, after application of the Itra, obtained minor, moderated, and higher illness risk in connection with work. For the collection of the qualitative data, observation and semi-structured collective interviews were carried out with professionals from the Family Health staffs in the period from October to December 2012 and for the analysis, the Content Analysis method was utilized. The Itra evaluation evidenced that the working context of Family Health staffs presents moderated illness risk regarding the work as to the organization (3.32), conditions (3.03) and social and professional relations (2.58) in the labor environment. As to the working human cost, physical costs (2.72) and affective costs (2.66) were assessed as critical while cognitive costs (3.77) showed severe illness risk regarding work. Pleasure experiences, with indicators like professional achievement (4.21) and expression freedom (4.21) were considered satisfactory while those like suffering and lack of recognition (1.80) were also evaluated as satisfactory. The suffering indicator due to professional burnout (3.33) was evaluated as critical. The three factors of the scale for damages in connection with work, i.e., physical (2.33), psychological (1.37) and social (0.70) were considered tolerable. From the qualitative analysis, three themes have emerged: pleasure, suffering and strategies to face suffering. Professionals evaluated autonomy, creativity and team work with sources of pleasure in their working organization. Suffering is perceived within working requirements, physical structure conditions and the complexity of the work carried out by the Family Health staffs; they say, yet, that they utilize strategies to face suffering like sharing work and individual strategies. The conclusion drawn is that the study points out the importance and the professionals´ need of speaking and listening spaces in order to discuss and to reflect about their work organization, by giving power to the work subjectivity, that is, by understanding it as done by people with identity, history; namely, by people who are not only tools, but who produce them within a relationship with pleasing characteristics in order to achieve their goal, namely, health promotion. Designing spaces in order to produce and to reflect about work is considered a needed tool which will contribute for the well-being of healthcare professionals by helping them to understand suffering that occurs before the rise of symptoms and diseases in connection with work. / El programa Salud de la Familia configura una estrategia de reorientación del modelo asistencial que busca mejor comprensión del proceso salud-enfermedad así como la asistencia integral y continuada con foco en las familias de un área adscrito. Se caracteriza, aún, como trabajo complejo, exigiendo, de los profesionales, la construcción colectiva. El objetivo de esta investigación fue evaluar la organización del trabajo, el placer, el sufrimiento y las estrategias de mediación del sufrimiento de los profesionales de los equipos de Salud de la Familia del Grupo Hospitalario Conceição (GHC). Se trata de una investigación con planteamiento cuantitativo transversal y cualitativo estructurado desde la metodología de la Psicodinámica del Trabajo. La recopilación de los datos cuantitativos se realizó de septiembre a noviembre de 2011, con la aplicación del Inventario de Riesgo de Enfermedad relacionado al Trabajo (Itra) junto a los profesionales de los equipos de Salud de la Familia de 12 unidades de salud del GHC localizadas en Porto Alegre/RS, Brasil. A partir de los resultados del análisis factorial de correspondencia de la etapa cuantitativa participaron del estudio cualitativo, tres unidades de salud de la familia, que obtuvieron, a través de la aplicación del Itra, menor, moderado y mayor riesgo de enfermedad relacionado al trabajo. Para la recopilación de los datos cualitativos, se realizaron observación y entrevistas colectivas semi-estructuradas con los profesionales de los equipos de Salud de la Familia en el período de octubre a diciembre de 2012 y, para el análisis, se utilizó el Análisis de Contenido. El Itra concluyó que el contexto de trabajo de los equipos de Salud de la Familia presenta moderado riesgo de enfermedad relacionado al trabajo en cuanto a la organización (3,32), condiciones (3,03) y relaciones sociales y profesionales (2,58) en el trabajo. En cuanto al consumo humano de trabajo, el consumo físico (2,72) y lo afectivo (2,66) fueron evaluados como críticos, mientras lo cognitivo (3,77) como grave riesgo de enfermedad relacionado al trabajo. Las experiencias de placer, con los indicadores realización profesional (4,21) y libertad de expresión (4,21), fueron consideradas satisfactorias, mientras las de sufrimiento y falta de reconocimiento (1,80) fueron igualmente evaluadas como satisfactorias. El indicador de sufrimiento por agotamiento profesional (3,33) fue evaluado como crítico. Los tres factores de la escala de daños relacionados al trabajo, físico (2,33), psicológico (1,37) y social (0,70) fueron considerados soportables. Del análisis cualitativo emergieron tres temas: placer, sufrimiento y estrategias de enfrentamiento del sufrimiento. Los profesionales evalúan la autonomía, la creatividad y el trabajo en equipo con fuentes de placer en la organización de su trabajo. El sufrimiento es percibido en las exigencias del trabajo, en las condiciones de la estructura física y en la complejidad del trabajo realizado por los equipos de Salud de la Familia; dicen, aún, que utilizan estrategias de enfrentamiento del sufrimiento como el compartimento del trabajo y estrategias individuales. Se concluye que el estudio destaca la importancia y la necesidad de que los profesionales dispongan de espacios de habla y escucha para que discutieran y reflejaran acerca de la organización de su trabajo, dando potencia a la subjetividad del trabajo, o sea, entendiéndolo realizado por personas con identidad, con historia; personas que no se vean solamente como instrumentos, pero que los produzcan en la relación con características placenteras para alcanzar su fin, es decir, la promoción de la salud. Se considera que producir espacios para producción y reflexión del trabajo es herramienta necesaria, la cual contribuirá para la salud de los profesionales de la salud, auxiliando la comprensión sobre el sufrimiento que antecede la formación de síntomas y enfermedades relacionadas al trabajo.
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O descompasso entre o trabalho real e o prescrito : prazer e sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família no Grupo Hospitalar Conceição / Mismatch between actual and prescribed work : pleasure and suffering of family health staff professionals within Conceição Hospital Group / Descompás entre el trabajo real y lo prescrito : placer y sufrimiento de los profesionales de los equipos de salud de la familia en el Grupo Hospitalario Conceição

Glanzner, Cecília Helena January 2014 (has links)
A Saúde da Família configura-se em uma estratégia de reorientação do modelo assistencial que busca melhor compreensão do processo saúde-doença e a assistência integral e continuada com foco nas famílias de uma área adscrita. Caracteriza-se, ainda, como trabalho complexo, exigindo, dos profissionais, uma construção coletiva. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a organização do trabalho, prazer, sofrimento e as estratégias de mediação do sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Pesquisa com abordagem quantitativa transversal e qualitativa estruturada a partir da metodologia da Psicodinâmica do Trabalho. A coleta dos dados quantitativos ocorreu de setembro a novembro de 2011, com a aplicação do Inventário de Risco de Adoecimento relacionado ao Trabalho (Itra) junto aos profissionais das equipes de Saúde da Família de 12 unidades de saúde do GHC localizadas em Porto Alegre/RS, Brasil. A partir dos resultados da análise fatorial de correspondência da etapa quantitativa participaram. do estudo qualitativo, três unidades de saúde da família, que obtiveram, com aplicação do Itra, menor, moderado e maior risco de adoecimento relacionado ao trabalho. Para a coleta dos dados qualitativos, foram realizadas observação e entrevistas coletivas semiestruturadas com os profissionais das equipes de Saúde da Família no período de outubro a dezembro de 2012 e, para a análise, utilizou-se a Análise de Conteúdo. O Itra avaliou que o contexto de trabalho das equipes de Saúde de Família apresenta moderado risco de adoecimento relacionado ao trabalho quanto à organização (3,32), condições (3,03) e relações socioprofissionais (2,58) no trabalho. Quanto ao custo humano de trabalho, os custos físicos (2,72) e afetivos (2,66) foram avaliados como críticos, e o cognitivo (3,77) como grave risco de adoecimento relacionado ao trabalho. As vivências de prazer, com os indicadores realização profissional (4,21) e liberdade de expressão (4,21), foram consideradas satisfatórias, enquanto que as de sofrimento e falta de reconhecimento (1,80) foram igualmente avaliadas como satisfatórias. O indicador de sofrimento por esgotamento profissional (3,33) foi avaliado como crítico. Os três fatores da escala de danos relacionados ao trabalho, físico (2,33), psicológico (1,37) e social (0,70) foram considerados suportáveis. Da análise qualitativa emergiram três temas: prazer, sofrimento e estratégias de enfrentamento do sofrimento. Os profissionais avaliam a autonomia, a criatividade e trabalho em equipe com fontes de prazer na organização do seu trabalho. O sofrimento é percebido nas exigências do trabalho, condições da estrutura física e a complexidade do trabalho realizado pelas equipes de Saúde da Família; dizem, ainda, que utilizam estratégias de enfrentamento do sofrimento como o compartilhamento do trabalho e estratégias individuais. Conclui-se que o estudo destaca a importância e a necessidade de os profissionais disporem de espaços de fala e escuta para discutirem e refletirem sobre a organização do seu trabalho, dando potência à subjetividade do trabalho, ou seja, entendendo-o realizado por pessoas com identidade, com história; pessoas que não são somente instrumentos, mas os produzem na relação com características prazerosas para alcance do seu fim, no caso a promoção da saúde. Considera-se que produzir espaços para produção/reflexão do trabalho é ferramenta necessária, a qual contribuirá para a saúde dos profissionais da saúde, auxiliando a compreensão sobre o sofrimento que antecede a formação de sintomas e doenças relacionadas ao trabalho. / The Family Health program configures a strategy that designs the care model with a new guiding outline which looks for better comprehension of the health-disease process as well as the whole and continuous care with focus on families from an restricted area. In addition, it features a complex work that requires a collective construction by the professionals. The objective of this research was to evaluate the work organization, pleasure, suffering and the strategies to mediate the suffering of the professionals from the staffs of the Family Health program of Grupo Hospitalar Conceição (GHC). It is a research with cross-sectional quantitative and qualitative approach structured from the methodology of the Psychodynamics of Work. The collection of quantitative data was carried out from September to November 2011 by applying the Illness Risk Inventory regarding Work (Itra) with professionals of the Family Health staffs from 23 health centers of the GHC located in Porto Alegre/RS, Brazil. From the results of the correspondence factor analysis of the quantitative step, three family health centers participated of the qualitative study that, after application of the Itra, obtained minor, moderated, and higher illness risk in connection with work. For the collection of the qualitative data, observation and semi-structured collective interviews were carried out with professionals from the Family Health staffs in the period from October to December 2012 and for the analysis, the Content Analysis method was utilized. The Itra evaluation evidenced that the working context of Family Health staffs presents moderated illness risk regarding the work as to the organization (3.32), conditions (3.03) and social and professional relations (2.58) in the labor environment. As to the working human cost, physical costs (2.72) and affective costs (2.66) were assessed as critical while cognitive costs (3.77) showed severe illness risk regarding work. Pleasure experiences, with indicators like professional achievement (4.21) and expression freedom (4.21) were considered satisfactory while those like suffering and lack of recognition (1.80) were also evaluated as satisfactory. The suffering indicator due to professional burnout (3.33) was evaluated as critical. The three factors of the scale for damages in connection with work, i.e., physical (2.33), psychological (1.37) and social (0.70) were considered tolerable. From the qualitative analysis, three themes have emerged: pleasure, suffering and strategies to face suffering. Professionals evaluated autonomy, creativity and team work with sources of pleasure in their working organization. Suffering is perceived within working requirements, physical structure conditions and the complexity of the work carried out by the Family Health staffs; they say, yet, that they utilize strategies to face suffering like sharing work and individual strategies. The conclusion drawn is that the study points out the importance and the professionals´ need of speaking and listening spaces in order to discuss and to reflect about their work organization, by giving power to the work subjectivity, that is, by understanding it as done by people with identity, history; namely, by people who are not only tools, but who produce them within a relationship with pleasing characteristics in order to achieve their goal, namely, health promotion. Designing spaces in order to produce and to reflect about work is considered a needed tool which will contribute for the well-being of healthcare professionals by helping them to understand suffering that occurs before the rise of symptoms and diseases in connection with work. / El programa Salud de la Familia configura una estrategia de reorientación del modelo asistencial que busca mejor comprensión del proceso salud-enfermedad así como la asistencia integral y continuada con foco en las familias de un área adscrito. Se caracteriza, aún, como trabajo complejo, exigiendo, de los profesionales, la construcción colectiva. El objetivo de esta investigación fue evaluar la organización del trabajo, el placer, el sufrimiento y las estrategias de mediación del sufrimiento de los profesionales de los equipos de Salud de la Familia del Grupo Hospitalario Conceição (GHC). Se trata de una investigación con planteamiento cuantitativo transversal y cualitativo estructurado desde la metodología de la Psicodinámica del Trabajo. La recopilación de los datos cuantitativos se realizó de septiembre a noviembre de 2011, con la aplicación del Inventario de Riesgo de Enfermedad relacionado al Trabajo (Itra) junto a los profesionales de los equipos de Salud de la Familia de 12 unidades de salud del GHC localizadas en Porto Alegre/RS, Brasil. A partir de los resultados del análisis factorial de correspondencia de la etapa cuantitativa participaron del estudio cualitativo, tres unidades de salud de la familia, que obtuvieron, a través de la aplicación del Itra, menor, moderado y mayor riesgo de enfermedad relacionado al trabajo. Para la recopilación de los datos cualitativos, se realizaron observación y entrevistas colectivas semi-estructuradas con los profesionales de los equipos de Salud de la Familia en el período de octubre a diciembre de 2012 y, para el análisis, se utilizó el Análisis de Contenido. El Itra concluyó que el contexto de trabajo de los equipos de Salud de la Familia presenta moderado riesgo de enfermedad relacionado al trabajo en cuanto a la organización (3,32), condiciones (3,03) y relaciones sociales y profesionales (2,58) en el trabajo. En cuanto al consumo humano de trabajo, el consumo físico (2,72) y lo afectivo (2,66) fueron evaluados como críticos, mientras lo cognitivo (3,77) como grave riesgo de enfermedad relacionado al trabajo. Las experiencias de placer, con los indicadores realización profesional (4,21) y libertad de expresión (4,21), fueron consideradas satisfactorias, mientras las de sufrimiento y falta de reconocimiento (1,80) fueron igualmente evaluadas como satisfactorias. El indicador de sufrimiento por agotamiento profesional (3,33) fue evaluado como crítico. Los tres factores de la escala de daños relacionados al trabajo, físico (2,33), psicológico (1,37) y social (0,70) fueron considerados soportables. Del análisis cualitativo emergieron tres temas: placer, sufrimiento y estrategias de enfrentamiento del sufrimiento. Los profesionales evalúan la autonomía, la creatividad y el trabajo en equipo con fuentes de placer en la organización de su trabajo. El sufrimiento es percibido en las exigencias del trabajo, en las condiciones de la estructura física y en la complejidad del trabajo realizado por los equipos de Salud de la Familia; dicen, aún, que utilizan estrategias de enfrentamiento del sufrimiento como el compartimento del trabajo y estrategias individuales. Se concluye que el estudio destaca la importancia y la necesidad de que los profesionales dispongan de espacios de habla y escucha para que discutieran y reflejaran acerca de la organización de su trabajo, dando potencia a la subjetividad del trabajo, o sea, entendiéndolo realizado por personas con identidad, con historia; personas que no se vean solamente como instrumentos, pero que los produzcan en la relación con características placenteras para alcanzar su fin, es decir, la promoción de la salud. Se considera que producir espacios para producción y reflexión del trabajo es herramienta necesaria, la cual contribuirá para la salud de los profesionales de la salud, auxiliando la comprensión sobre el sufrimiento que antecede la formación de síntomas y enfermedades relacionadas al trabajo.
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Estratégia Saúde da Família diante da qualificação do acesso e cuidado: desvelando cenários e revelando encontros e desencontros / Family Health Strategy in the face of the qualification of the access and care: unveiling scenarios and revealing agreements and disagreements

Carlos Haroldo Piancastelli 02 October 2015 (has links)
A Estratégia Saúde da Família (ESF), fundada nos referenciais da Atenção Primária à Saúde (APS) e sustentada pela Política Nacional de Atenção Básica orgânica e sistemicamente endossada pelos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) , se apresenta como modelo estruturante das Redes de Atenção à Saúde no Brasil. Qualificar a Atenção Básica em Saúde (ABS) e, por conseguinte, a ESF, neste contexto de grande complexidade, é propósito do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), concebido pelo Ministério da Saúde, enquanto proposta de avaliação e indução de mudanças na gestão, gestão do cuidado e cuidado nos quais se encontram envolvidas Equipes de Saúde da Família (EQSFs) e gestão da ESF. Pouco estudos, focados em análises de experiências de implantação e/ou avaliação de resultados do PMAQ, retratando realidades municipais, têm sido relatados na literatura do campo; contudo, tendo em vista a inexistência de trabalhos publicados, esta pesquisa teve como objetivo analisar avaliações e percepções de trabalhadores de EQSFs e gestores da ESF em relação à concepção, implantação e operacionalização do PMAQ, com seus possíveis impactos, tomadas a partir do referencial de experiências dos sujeitos, no contexto de trabalho. Neste sentido, realizou-se pesquisa de abordagem mista, delineada por estudo de levantamento e grupo focal, com vistas a explorar, descrever e compreender o cenário experienciado por equipes e gestores, no contexto do PMAQ-AB, em municípios da região norte do Estado de São Paulo - Brasil. Referida pesquisa apontou para um perfil de profissionais atuantes em faixa etária significantemente jovem, com diminuto tempo de formado e de experiência na ESF, com baixa vinculação à equipe, num contexto de gestão ainda fragilizado pelas significativas instabilidades na composição das EQSFs, além da rotatividade de profissionais e precariedade de vínculos particularmente em relação aos médicos. Observou-se, em geral, elevado grau de aceitação dos sujeitos para com as propostas de avaliação do PMAQ-AB, embora tenha sido evidenciado significativo contingente de profissionais que desconheciam as diretrizes gerais e indicadores do programa, particularmente os médicos. Evidenciou-se significativo percentual de demandas relacionadas à qualificação sobretudo de enfermeiros , com razoável grau de discordância, por parte dos gestores da ESF, quanto à priorização de determinadas demandas, quando confrontadas com as indicadas pelos profissionais das EQSFs. Também, observaram-se inconsistências no processo de incorporação/implantação de ferramentas e programas estratégicos em diversas áreas de domínio da ESF e em relação ao PMAQ-AB , com variados e significativos graus de discordâncias, em relação aos mesmos, entre profissionais e estes e gestores. Neste contexto foram apontadas, em elevado grau, fragilidades relacionadas ao fazer cotidiano das EQSFs que, ordinariamente, comprometem o processo de trabalho. Em que pesem as observações empíricas reveladas, trabalhadores das EQSFs e das gerências da ESF, contraditoriamente, se autoavaliaram de forma razoavelmente satisfatória, em relação ao acesso e cuidado ofertados pelas equipes. A experiência com o PMAQ foi considerada satisfatória pelos trabalhadores das EQSFs, a despeito das críticas e restrições quanto a concepção, implantação, operacionalização e avaliações efetivadas pelo programa, em aspectos que se mostravam dependentes da instância federal e/ou da gestão municipal. Reiteram-se os desafios colocados para a gestão do trabalho e da educação na saúde, em relação aos trabalhadores atuantes na ESF, e reconhecem-se o momento oportuno, o potencial técnico e o caráter complexo e multidimensional que cercam o PMAQ, em sua necessária abrangência nacional; contudo, julga-se premente promover realinhamentos em sua concepção e operacionalização, de modo que seus componentes de indução e avaliação possam contemplar as demandas postas na cotidianidade da APS/ABS no Brasil, a fim de qualificar o acesso e o cuidado na ESF. / The Family Health Strategy (FHS), founded in the system of reference of the Primary Health Care (PHC) and supported by the Brazilian Primary Care Policy organic and systemically endorsed by the principles of the National Unified Health System (SUS) is presented as the model that structures the network of Brazilian Healthcare. Qualification of PHC, and as consequence, of FHS, in this context of great complexity, is the purpose of the National Program for Improving Access and Quality of Primary Care (PMAQ), ideated by the Ministry of Health as an evaluation proposal and induction of changes to improvement the administrative and care management, as well as of the quality of healthcare, provided by the Family Health Teams (FHT) and FHS managers. Few studies, focused on implementation experiences and/or evaluations of PMAQs initial results, have been reported in the literature, most portraying local realities. Given the scarcity of publications, this research aimed to analyse the evaluations and perceptions of FHTs workers and FHS managers about the design, implementation and execution of PMAQ, and its possible impact on the qualification of the local labor process, in the perspective of the subjects, on work environment. In this sense, it was proposed a mixed approach of research, outlined by survey studies and focus group to explore, describe and comprehend the scenario experienced by teams and managers, in the context of PMAQ, in municipalities in the north region of state of São Paulo - Brazil. The research pointed to a professional profile significantly young, with short time of graduation and work experience in the FHS. Many professionals have demonstrated low attachment to the FHT, in a context influenced by significant instability, high turnover among professionals and precariousness of the labor contract, mainly for the physicians. In general, there was high degree of acceptance to PMAQ\'s proposals, although a significant number of professionals did not know the general guidelines and the basic indicators of the program, particularly doctors. There was a high degree of demands related to professional qualification, particularly by the nurses, with a reasonable degree of disagreement of the managers in relation to such demands, when compared to the indicated by family health teams professionals. Also, observed it inconsistencies in the process of incorporation and deployment of tools and strategic programs, in various areas of the field of FHS and domains evaluation of the PMAQ, with variable degrees of significant discrepancies in assessments of this process by professionals and managers. In this context, weaknesses related to the real practices were identified in high degree by professionals, which may compromise the work process . Notwithstanding the empirical observations pointed out, FHTs workers and FHS\'s managers, contradictorily, considered, in a self-assessment, the access and care offered by the teams as reasonably satisfactory. The experience with PMAQ was considered satisfactory by FHT members, despite criticism and restrictions on the design, implementation, operation and evaluation models provided by the program. Emphasis is put on some challenges to be faced to the adequate management of labor force and of education of health profession in the FHS, although it is also recognized that PMAQ experience provide a unique opportunity to evaluate the complex and multidimensional nature of PHC in studied region and nationwide. However, it is deemed urgent promote realignments in the PMAQ\'s design and operation, so that their induction and assessment components can contemplate the daily life of PHC workers demands in Brazil, in order to qualify the access and care in the FHS.
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Avaliação do complexo regulador do sistema público municipal de serviços de saúde / Evaluation of the regulator complex of the municipal public system of health services

Janise Braga Barros Ferreira 03 October 2007 (has links)
Este estudo avaliou a repercussão da implantação Complexo Regulador (CR) do Sistema Público Municipal de Serviços de Saúde para a rede de atenção de Ribeirão Preto-SP. Teve por aporte teórico a avaliação em saúde e como objetivos específicos: avaliar o alcance do CR, de acordo com a dimensão cobertura, nos anos de 2004, 2005 e 2006; avaliar o efeito do CR de acordo com a dimensão efetividade social. Estudo de avaliação normativa e pesquisa avaliativa, sendo adotada abordagem quanti-qualitativa. O cenário foi o CR, em RP/SP, em seu espaço funcional e organizacional de operação das ações regulatórias do sistema de atenção, implantado na Secretaria Municipal da Saúde. As fontes primárias, produzidas junto aos trabalhadores de diferentes categorias profissionais que atuavam na gestão e no nível operacional do CR, foram coletadas por meio de entrevista estruturada tendo como eixo temático: implantação do CR, sua função de ferramenta operacional para atenção básica e a relação entre a intervenção proposta e os resultados alcançados. As fontes secundárias foram: documentos oficiais existentes sobre o CR, Atas do Conselho Municipal de Saúde; artigos de jornais locais, Sistema de Informação Ambulatorial e Hospitalar do DATASUS. Para organização dos indicadores de análise, elaborou-se planilha específica, com dados relativos aos indicadores de cobertura: Indicador de Consultas Básicas; Indicador de Consultas Especializadas, Indicador de Internações de Baixa e Média Complexidade; Indicador de Internações de Alta Complexidade. Na análise dos dados primários, foi realizada a análise temática, sendo articulada à análise dos indicadores produzidos. O estudo mostrou que: o CR provocou alterações na acessibilidade organizacional e eqüidade da rede de saúde, tanto na atenção ambulatorial quanto hospitalar; destacou necessidade de constituição de rede solidária de atenção e apresentou a potência da estratégia em ser ferramenta profícua de avaliação e de gestão. A implantação do CR alterou significativamente o processo de trabalho dos sujeitos. A avaliação ainda apontou que, apesar do pouco tempo de implantação, a estratégia do CR é potencialmente capaz de colaborar na sustentabilidade do SUS, mas se fazem necessários: investimento, divulgação e aperfeiçoamento. / This study aimed to evaluate the publicity of the implementation of the Regulator Complex (CR) of the Municipal Public System of Health Services for the care network of Ribeirão Preto, SP, Brazil. The health evaluation provided the theoretical framework and the specific objectives were: evaluate the CR scope according to the coverage dimension in 2004, 2005 and 2006; evaluate the CR effect in terms of social effectiveness. This is a normative evaluation and an evaluative research with a quantitative qualitative approach. The scenario was the CR in RP/SP in its functional and organizational space of regulatory actions operation of the care system implemented in the Municipal Secretary of Health. The primary sources produced with workers of different professional categories who acted in the CR management and in its operational level were collected through structured interview according to the following thematic axis: implementation of the CR, its function as operational tool for the primary care and the relation between the proposed intervention and the results accomplished. The secondary sources were: CR official documents, Minutes of the Municipal Council of Health; local newspapers, outpatient and hospital DATASUS Information System. For the organization of the analysis indexes, a specific data sheet was elaborated, with data related to the coverage indexes: Primary Consultation index; Specialized Consultation Index, Low and Medium Complexity Hospitalizations Index; High Complexity Hospitalization Index. The thematic analysis was used for the primary data which was coordinated with the indexes produced. The study showed that: the CR caused alterations on the organizational accessibility and equity in the health network, both in the outpatient and the hospital care; highlighted the need of creating a comprehensive care network and presented the power of the strategy as a proficient evaluation and management tool. The CR implementation changed significantly the subjects\' work process. The evaluation also pointed that despite the little time of implementation, the CR strategy has potential to benefit the SUS sustainability, though investment, publicity and improvement are necessary.
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Avaliação da qualidade dos serviços de assistência ambulatorial em AIDS, Brasil: estudo comparativo 2007/2010 / Assessment of the quality of out-patient healthcare services in AIDS, Brazil: 2007/2010 comparative study

Ana Paula Loch 23 March 2018 (has links)
A qualidade dos serviços de saúde que assistem pessoas que vivem com HIV é um dos fatores determinantes do desfecho clínico e do impacto do tratamento na transmissão do HIV. No Brasil, desde a instituição do acesso universal à assistência e tratamento da aids em 1996, houve grande expansão do número de serviços de assistência em HIV, inseridos em estruturas do Sistema Único de Saúde (SUS) de diferentes tipos: unidades básicas de saúde, ambulatórios de especialidade vinculados a hospitais e serviços especializados em DST/Aids. Estes serviços atendem hoje cerca de 830 mil pessoas vivendo com HIV. Exceto pelos insumos específicos (antirretrovirais, carga viral, contagem de linfócitos CD4 e genotipagem) providos pelo nível federal, todos os demais recursos são dependentes da configuração local do SUS. Estas condições conformaram um conjunto bastante heterogêneo de serviços. O objetivo deste estudo foi avaliar os serviços do SUS de assistência ambulatorial a adultos vivendo com HIV. Os dados são provenientes da base de dados de 419 serviços que participaram das duas aplicações nacionais do Questionário Qualiaids de avaliação da qualidade organizacional em 2007 e 2010. O questionário, validado em 2001, é respondido online pelo responsável técnico pelo serviço de assistência em HIV. Contém 107 questões, das quais 97 são indicadores da qualidade, classificadas em três dimensões teóricas: organização do processo de assistência (07 domínios: 42 indicadores), gerenciamento técnico do trabalho (05 domínios: 31 indicadores), e disponibilidade de recursos (04 domínios: 24 indicadores). As respostas às questões indicadoras de qualidade são pontuadas em escala de 0 (padrão insuficiente), 1 (aceitável) a 2 (esperado) produzindo médias gerais de desempenho dos serviços. Não houve diferença entre a média geral obtida pelos 419 serviços que responderam o questionário em 2007 (1,27) e 2010 (1,28). Mostraram diferença as médias da dimensão de organização do processo de assistência (2007: 1,26; 2010: 1,29) e de disponibilidade de recursos (2007: 1,28; 2019:1,34). O aporte de recursos de provisão federal manteve-se alto para a grande maioria dos serviços, enquanto recursos humanos de provisão local, com destaque para o acesso às especialidades médicas, permanecem incipientes e menos disponíveis que em 2007. O gerenciamento técnico dos serviços manteve a proporção alta de serviços que realiza atendimento a pacientes com dificuldade de adesão ao tratamento em consultas médicas de retorno em intervalos menores, ou que reforçam a adesão para todos os pacientes durante a consulta médica e em consultas com outros profissionais. No entanto, permanece pequena a proporção de serviços que convoca os pacientes faltosos (~30%), assim como a proporção que conduz reuniões para discussão de casos. Entre os componentes do fluxograma geral da assistência, a proporção de serviços em que o monitoramento da adesão ao tratamento é realizado durante a consulta médica se manteve alta, semelhante à proporção de serviços que atendem os pacientes faltosos/em abandono no mesmo dia em que procuram o serviço. Contudo, continua baixo o número de serviços que realizam o agendamento de consultas médicas com hora marcada. O agrupamento dos serviços segundo kmédias produziu 4 grupos de qualidade em 2007, com 27,7% (116) dos serviços estudados no melhor grupo; em 2010, o agrupamento produziu 5 grupos, com 28,9%(121) dos serviços no melhor grupo. Analisou-se as chances de pertencer ao melhor grupo de qualidade em ambos os anos segundo características dos serviços não consideradas na pontuação de qualidade (instituição gestora, tipo de unidade, porte do serviço e número de habitantes). Associaram-se independentemente à maior chance de pertencer ao grupo de melhor qualidade, em 2007 e 2010, serviços com mais de 500 pacientes e do tipo especializados. Houve 58 serviços (13,8%) que se mantiveram no grupo de melhor qualidade em 2007 e 2010. Além de apresentarem altas médias nas dimensões de organização do processo de assistência e disponibilidade de recursos, este grupo distingue-se pelo desempenho do gerenciamento técnico especialmente na condução de atividades de planejamento, avaliação e coordenação do trabalho assistencial. A qualidade em serviços de saúde deve ser pensada sempre de modo incremental. Sistemas como o Qualiaids fornecem à gestão dos programas e dos serviços a possibilidade de monitorar o incremento da qualidade organizacional ao longo do tempo. Em que pese a relevância do sistema para a identificação de monitoramento de processos que necessitam atenção, seu papel no alcance de melhores resultados para o bem-estar dos pacientes depende da integração em políticas de qualidade e do aporte de recursos que sustentem uma vigorosa resposta assistencial, essencial para o programa como um todo / The quality of healthcare services for people living with HIV is one of the factors determining the clinical outcome and impact of treatment in HIV transmission. In Brazil, since the introduction of universal access for AIDs care and treatment in 1996, there has been a major increase in the number of HIV care services within the framework of the Brazilian National Health Service (SUS) of different types: basic healthcare units, specialist out-patient clinics affiliated to hospitals and specialized services for STD/AIDS. These services currently provide care for around 830,000 people living with HIV. Apart from specific inputs (antiretroviral drugs, viral load, CD4 lymphocyte counts and genotyping) provided at a Federal level, all other resources are dependent on the local structure of the SUS. These conditions give rise to a highly heterogeneous group of services. The objective of this study was to assess the SUS out-patient care services for adults living with HIV. The data were drawn from a database on 419 services involved in two nationwide applications of the Qualiaids Questionnaire assessing organizational quality in 2007 and 2010. The questionnaire, validated in 2001, is answered online by the technician in charge of each HIV care service. The survey comprised 107 questions, 97 of which relate to quality indicators, classified under three theoretical dimensions: Organization of the care process (07 domains: 42 indicators), Technical management of the service (05 domains: 31 indicators), and Availability of resources (04 domains: 24 indicators). The responses to the quality indicator questions are scored on a scale of 0 (insufficient level), 1 (acceptable) or 2 (expected), yielding overall mean performance scores for the services. There were no differences for overall means attained by the 419 services that answered the questionnaire in 2007 (1.27) and 2010 (1.28). However, differences in means for the dimensions \"organization of the care process\" (2007: 1.26; 2010: 1.29) and \"availability of resources\" (2007: 1.28; 2019:1.34) were evident. The level of resources provided Federally remained high for the vast majority of the services, whereas the locally provided human resources, particularly for access to medical specialties, remained underdeveloped and with lower availability in 2010 compared to 2007. The technical management of the services maintained a high proportion of services for patients having difficulties adhering to treatment involving return medical visits at shorter time intervals, or that focused on adherence for all patients during medical visits and in consultations with other professionals. However, the proportion of services that actively called in non-attenders (~30%), and also the proportion that ran meetings to discuss cases, remained low. Among the components of the general flow-diagram of care, the proportion of services in which monitoring of treatment adherence was performed during the medical consultation remained high, and was similar to the proportion of services that saw patients who had missed appointments or dropped out of treatment on the same day that they sought the service. However, the number of services that scheduled individual medical appointments remained low. K-means clustering of services produced 4 quality groups in 2007, with 27.7% (116) of services classified into the best group; in 2010, this clustering produced 5 groups, with 28.9%(121) of services in the best group. The likelihood of belonging to the best quality group on both years for the characteristics of the services not included in the quality scoring (managing institution, type of unit, size of service and population) was also analyzed. Services with over 500 patients or of the specialized type were independently associated with greater likelihood of belonging to the best quality group in both 2007 and 2010. Fifty-eight (13.8%) services remained in the best quality group in 2007 and 2010. Besides having high means for the dimensions \"organization of the care process\" and \"availability of resources\", this group stood out for performance of technical management, particularly for the activities of planning, assessment and coordination of care. The health service quality should always be considered in terms of progressive improvement. Systems such as Qualiaids allow managers of programs and services to monitor improvements in organizational quality over time. With regards to the relevance of the system for identifying and monitoring processes that require attention, its role in attaining better results for the well-being of patients depends on integration into quality policies and on level of resources which promote a strong care response, essential for the program as a whole
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Avaliação da implementação de ações em saúde sexual e reprodutiva desenvolvidas em serviços de atenção primária à saúde no estado de São Paulo / Evaluation of the implementation of sexual and reproductive health actions developed in primary health care in the state of São Paulo

Mariana Arantes Nasser 05 November 2015 (has links)
O conceito de saúde sexual e reprodutiva (SSR) ganha visibilidade na década de 1990, marcada por ativismo social e pela IV Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento e a IV Conferência Internacional sobre Mulheres, que afirmam a atenção primária à saúde (APS) como prioritária. No Brasil, a APS é considerada estratégica para efetivar políticas de SSR no Sistema Único de Saúde (SUS). Com o objetivo de avaliar a implementação de ações de SSR em serviços de APS, no SUS, no estado de São Paulo (SP), foi desenvolvida avaliação que adota a teoria do trabalho em saúde e a integralidade como referenciais, e utiliza banco de respostas de 2735 serviços ao questionário QualiAB - Avaliação da qualidade da Atenção Básica em Municípios de SP, em 2010. Construiu-se um modelo teórico da avaliação de práticas de SSR na APS - compreendendo os domínios promoção à SSR, prevenção e assistência às doenças sexualmente transmissíveis (DST)/aids, e atenção à saúde reprodutiva, com 25, 43 e 31 indicadores, respectivamente. As respostas dos serviços apontam: pré-natal com início e exames adequados, melhor organização para puerpério imediato do que tardio, planejamento reprodutivo seletivo para alguns contraceptivos; prevenção baseada em proteção específica, limites na prevenção da sífilis congênita, no tratamento de DST, no rastreamento do câncer cervical e mamário; atividades educativas pontuais, com restrita abordagem das vulnerabilidades, e predomínio do enfoque da sexualidade centrado na reprodução. A média geral de desempenho em SSR é 56,84%. O domínio atenção à saúde reprodutiva tem maior participação, seguido por prevenção e assistência das DST/aids e promoção à SSR (teste de Friedman estimou a contribuição no escore; Dunn, a participação relativa). Os três domínios são correlacionados (Spearman > 0,5). Técnica de agrupamento por k-médias mostrou 5 grupos de desempenho: A, B, C, D e E, compostos por 675, 811, 346, 676 e 227 serviços, com médias de 74,71; 61,95; 55,19; 45,57; e 21,56%, respectivamente. Arranjos organizacionais com saúde da família, ou saúde da família com Unidade Básica de Saúde; localização urbana periférica; delimitação da área de abrangência por planejamento; uso de dados de produção e epidemiológicos para organização do trabalho; presença de serviço especializado de atenção à aids no município, são variáveis associadas ao pertencimento do serviço de APS ao grupo A. Ajustadas em modelo de regressão logística, duas variáveis se apresentam independentemente associadas à maior chance de o serviço pertencer ao grupo A: uso de dados de produção e de dados epidemiológicos para organização do trabalho. Os resultados indicam que a implementação das ações de SSR na APS paulista é incipiente e corroboram a hipótese do reconhecimento inadequado da SSR como objeto de trabalho na APS; bem como de definição inapropriada das tecnologias, que limitam a tradução operacional do programa de SSR. Faz-se necessário: rever o objeto SSR para a APS, enfatizando sua abordagem integral; disseminar tecnologias de atenção à SSR; investir em capacitações, sobretudo, de gerências realmente técnicas; e ainda, fortalecer redes regionais temáticas para SSR. O modelo teórico da avaliação construído mostra-se viável e pode ser utilizado em futuras avaliações / The concept of sexual and reproductive health (SRH) gains visibility in the 1990s, a decade characterized by social activism and by the IV International Conference on Population and Development and the IV World Conference on Women, which affirm that primary health care (PHC) is a priority. In Brazil, PHC is considered strategic for the implementation of SRH in the Unified Health System (Sistema Único de Saúde - SUS). An evaluation was developed with the purpose of assessing the implementation of SRH actions in PHC at the SUS units in the state of São Paulo (SP), adopting the theory of work in health and comprehensiveness as references and using response database from 2735 units to the Questionnaire PHC Quality Evaluation in SP Municipalities - QualiAB in 2010. A theoretical model of evaluation for SRH actions in the PHC was designed - comprising the following domains: SHR promotion, prevention and assistance of sexually transmitted disease (STD)/AIDS, and reproductive care, with 25, 43 and 31 indicators, respectively. The responses from the units indicate: early start of antenatal care with proper test delivery, more effective organization for immediate postpartum than for late postpartum, and selective reproductive planning for some contraceptives; predominance of specific protection actions, limits in prevention of congenital syphilis, STD syndromic treatment and cervical and breast screening; occasional education activities with a restricted approach to vulnerabilities, an approach to sexuality predominantly through reproduction. The general performance score for dimension SRH at the units is 56,84%. The Reproductive care domain has a bigger participation in the general score, followed by STD/AIDS prevention/assistance and SRH promotion (Friedman test estimated contribution to the general score; Dunn, relative participation). The three domains are correlated (Spearman > 0,5). K-means clustering method showed 5 performance groups: A, B, C, D and E, consisting of 675, 811, 346, 676 and 227 units, with an average of 74,71; 61,95; 55,19; 45,57; and 21,56%, respectively. Organizational arrangements for work in PHC with family health, or the traditional health center combined with family health; urban outskirts, delimitation of area through management criteria; use of epidemiological and production data for work organization; specialized AIDS care in the municipality, are variables associated with PHC units taking part in group A. Adjusted in logistic regression model, two variables are independently associated to a higher chance of the unit to belong to group A: use of epidemiological and production data for work organization. The results indicate that the implementation of SRH services in PHC in the state of São Paulo is incipient and corroborate with the hypothesis of inadequate recognition of SRH as a PHC object of work; as well as inappropriate definition of technologies, which limit the operational translation of the SRH program. It is necessary to: review the SRH object for the PHC emphasizing its comprehensive approach; disseminate technologies of SRH care; invest in training, mainly in technical management, as well as strengthen thematic regional networks for SRH. The theoretical evaluation model designed is feasible and can be used in future evaluations
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Culture qualité et organisation bureaucratique, le défi du changement dans les systèmes publics de santé: une évaluation réaliste de projets de qualité en Afrique / Quality culture and bureaucratic organisation, the challenge of change in public health systems: a realistic evaluation of quality projects in Africa

Blaise, Pierre J. 23 December 2004 (has links)
Introduction<p>Depuis une quinzaine d'années en Afrique, cercles de qualité, audits cliniques, cycles de résolution de problèmes et autres 'projets qualité' ont été mis en oeuvre dans les services publics de santé pour améliorer la qualité des soins. Ces projets ont souvent mis l'accent sur des approches participatives, la résolution locale de problèmes et le changement, bousculant les pratiques managériales traditionnelles. A court terme, les évaluations montrent l'amélioration des résultats de programmes ou d'activités. Mais la pérennité de la dynamique reste largement à prouver. Le véritable aboutissement d'un programme d'assurance qualité devrait être apprécié à l'aune de sa capacité à mettre la préoccupation pour la qualité au cœur du management et du fonctionnement du système, et ce de façon continue. C'est en effet la vision moderne de l'assurance qualité déclinée dans les approches du management de la qualité totale, de l'amélioration continue de la qualité ou de l'organisation apprenante.<p><p>Méthode<p>La définition, la mesure et le management de la qualité en santé se révèlent être beaucoup plus qu'une simple procédure technique: c'est un processus social dans un système complexe dont l'étude requiert une approche méthodologique appropriée (Chapitre 1). Notre objectif est d'explorer dans quelle mesure les projets qualité ont permis aux systèmes de santé d'adopter les principes du management de la qualité. <p>Nous proposons de conduire une 'évaluation réaliste' de projets qualité en Afrique (Chapitre 2). Conceptualisée par Pawson et Tilley (1997) dans le domaine des sciences sociales, l'évaluation réaliste ('realistic evaluation') est une approche méthodologique de la famille des theory based evaluations. Au-delà du constat d'un effet produit par une intervention, l'évaluation réaliste cherche à comprendre ce qui marche, pour qui, dans quelles circonstances et comment. Alors que les résultats issus de la 'grounded theory', de la recherche action et d'autres méthodes de recherche sur les systèmes de santé restent très liés à un contexte, l'évaluation réaliste génère des théories intermédiaires ('middle range theories') qui permettent d'étendre la validité des interprétations au-delà d'un contexte particulier. Construite autour d'études de cas menées dans des contextes multiples et variés, l'évaluation réaliste met en effet l'accent sur l'interaction entre le contexte et la logique d'une intervention.<p><p>Résultats<p>Afin de construire une théorie initiale, nous comparons les systèmes de santé Européens et Africains à l'aide des configurations organisationnelles de Mintzberg (chapitre 3). Nous mettons ainsi en évidence le rôle joué par la nature bureaucratique ou professionnelle de la configuration des organisations de santé dans les résistances à l'introduction des principes du management de la qualité. <p>Nous menons ensuite une série d'études de cas au Niger, en Guinée, au Maroc et au Zimbabwe pour étudier cette interaction. Dans une première série comparative de trois études de cas (Chapitre 4), nous mettons en évidence la tension qui existe entre la logique de commande et de contrôle des organisations bureaucratiques et la logique de l'assurance qualité valorisant la prise d'initiative de changement par des équipes non hiérarchisées. Nous explorons ensuite cette tension dans trois études de cas distinctes au Zimbabwe et au Maroc. Laissées à la merci des contraintes bureaucratiques, les initiatives locales pour améliorer la qualité apparaissent dépendantes de la capacité des acteurs à développer des stratégies de contournement (Chapitre 6). Faute de quoi elles doivent réduire fortement leurs ambitions à moins qu'elles ne bénéficient d'un soutien émanant d'une institution située hors de la ligne hiérarchique mais reconnue légitime (Chapitre 5). Les systèmes publics de santé de ces pays, conçus comme des organisations bureaucratiques structurées autour de relations hiérarchiques de commande et de contrôle tolèrent une démarche qualité, valorisant l'innovation, la créativité, la prise d'initiative locale et le travail en équipes non hiérarchisées, à la condition qu'elle se déroule à l'abri d'un projet. Force est de constater que ces dimensions clé de la culture qualité n'ont pas fondamentalement ni durablement imprégné des pratiques de management restées bureaucratiques. L'émergence d'une véritable 'culture qualité', un produit attendu de l'introduction de projets qualité, ne semble pas s'être produite au niveau organisationnel (Chapitre 7). <p>Nous procédons ensuite à la synthèse 'réaliste' de l'ensemble de nos études de cas (Chapitre 8). Nous en tirons les leçons sous la forme d'un enrichissement progressif de notre théorie initiale. Nous pouvons alors formuler une théorie améliorée, toujours intermédiaire et provisoire, dérivée de nos théories intermédiaires successives.<p><p>Discussion<p>Notre discussion s'organise autour de deux thèmes (chapitre 9). <p>Dans une première partie, nous discutons le potentiel et les limites de nos résultats et de l'approche réaliste de l'évaluation. Nous montrons que nos résultats sont des théories provisoires et incomplètes, deux caractéristiques d'une middle range theory. En dépit de ces limites, l'approche réaliste est potentiellement très riche pour interpréter les effets d'interventions dans des systèmes complexes. Elle se situe dans une perspective d'aide à la décision pour orienter l'action sur le terrain plutôt que dans une perspective de genèse de lois universelles. Elle représente une avancée méthodologique particulièrement pertinente pour la recherche sur les systèmes de santé dans un monde turbulent où de multiples initiatives se télescopent. <p>Dans une deuxième partie, nous discutons les conséquences de nos résultats pour le futur de l'assurance qualité dans les systèmes de santé. Les projets qualité étudiés ne parviennent pas à changer une culture organisationnelle bureaucratique qui compromet pourtant leur pérennisation. Nous envisageons alors les stratégies susceptibles de permettre à la culture qualité de s'épanouir et au contexte organisationnel d'évoluer en conséquence. Décentralisation et nouveau management public, en vogue hier et aujourd'hui, montrent leurs limites. Il faut probablement trouver un équilibre entre trois idéaux-types décrits par Freidson: l'idéal-type bureaucratique, malmené par les stratégies de débrouille locale, l'idéal-type du marché, valorisant l'initiative, et l'idéal-type professionnel, émergent mais encore embryonnaire en Afrique. Finalement, à côté des mécanismes du contrôle et de la compétition, un troisième mécanisme régulateur devrait prendre toute sa place: la confiance.<p><p><p><p>Introduction<p>For nearly two decades in Africa, quality circles, clinical audits, problem solving cycles and other quality projects have been implemented in public health services to improve quality of care. Challenging traditional managerial practices, these projects usually emphasized participatory approaches, local problem solving and change. At short term, evaluation shows improvement in programs and activities output. However the capacity to put quality at the heart of system's management should be considered as the genuine achievement of a quality assurance program. Did quality projects contribute to the adoption of quality management principles by health systems ?This is the question addressed in the present thesis.<p><p>Method<p>Our methodology belongs to the realistic evaluation paradigm conceptualized by Pawson and Tilley and focuses on the interaction between an intervention mechanism and its context in order to understand what works, for whom, in what circumstances and how ?Based on case studies in various contexts in Niger, Guinea, Morocco and Zimbabwe, we build a middle range theory, that explains organizational behavior towards quality management. <p><p>Results<p>Based on Mintzberg's models, we show the role of health care organizational configuration in resisting to quality management principles. We then explore the tension between the bureaucratic organization's command and control approach and the quality assurance approach promoting initiative and change through team work. Local initiative had to develop coping strategies to overcome bureaucratic constraints. Failing to do so, ambitions had to be reduced unless there was support from an external, yet legitimate institution. Public health systems of these countries, structured as command and control hierarchical organizations, allowed innovation, creativity, local initiative and non hierarchical relationships as long as they developed within the boundaries of a project. However, these key characteristics of a quality culture did not permeate routine management. The quality culture shift expected from quality projects does not seem to have happened at organizational level. <p><p>Discussion<p>We first discuss the potential and limitation of realistic evaluation which appear particularly relevant for complex health systems research. We then discuss consequences of our results on the future of quality assurance in health systems. Since quality projects fail to transform a bureaucratic organizational culture, which in turn undermines their sustainability, alternative strategies must be sought to promote quality culture and relevant organizational change. Decentralization and new public management show their limitations. We suggest a balance between three ideal-types described by Freidson: The bureaucratic ideal-type, challenged by local coping strategies, the market ideal-type, which is fashionable today and promote initiative, and the professional ideal-type, emerging and promising, yet still embryonic in Africa. / Doctorat en Sciences de la santé publique / info:eu-repo/semantics/nonPublished

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