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Análise espacial dos aglomerados de nascimentos ocorridos em hospitais SUS e não SUS no município de São Paulo, 2008 / Spatial analysis of the clusters of births which occurred in hospitals of the Brazilian Unified Health System (SUS) and others (non-SUS) in the São Paulos city in 2008.

Santos, Patricia Carla dos 26 April 2012 (has links)
Introdução: São Paulo é uma megacidade com ocupação espacial heterogênea e desigualdades em saúde. Objetivos: Verificar se há aglomerados de nascidos vivos em hospitais SUS e não SUS e estudar as distâncias entre as residências das mães até os hospitais de parto. Métodos: Foi realizado um estudo com nascidos vivos (NV) de mães residentes e ocorridos em oito hospitais (4 SUS e 4 não-SUS) de alta complexidade do município de SP, em 2008. As informações foram obtidas da base de dados das declarações de nascido vivo unificada SEADE/SES e as bases cartográficas do Centro de Estudos da Metrópole. Foi empregado estimador de intensidade de Kernel para identificar aglomerados espaciais. A distância teórica entre residências maternas até o hospital do parto foi obtida em linha reta. Resultados: Os NV estudados representaram 27,8 por cento do total do MSP. Os NV dos hospitais SUS formaram 3 aglomerados, situados em distritos periféricos. A distância média percorrida entre a residência materna e o hospital do parto foi de 9,2 km para os NV de hospitais SUS e de 9,9 km para os não-SUS. Verificou-se uma proporção maior de mães de alta escolaridade (12,8 vezes), com mais de 35 anos de idade (3,2 vezes), nascimentos com 7 ou mais consultas de pré-natal (1,5 vezes) entre os NV de hospitais não-SUS que nos hospitais SUS. Os NV de hospitais SUS apresentaram proporções de mães adolescentes (17,9 vezes), grandes multíparas (21 vezes) e partos por via vaginal (5,2 vezes) maior que nos não-SUS. Não houve diferença estatisticamente significante da prevalência de baixo peso ao nascer e NV pré-termos. Discussão: Há uma associação entre a distribuição espacial dos nascimentos ocorridos em hospitais SUS e não-SUS. Os aglomerados de NV SUS situaram-se em distritos onde há condições de vida precárias e altas taxas de fecundidade. Os NV de hospitais não-SUS formaram um aglomerado na região central de alta renda e baixa fecundidade, seguindo padrão observado em outros estudos. As distâncias médias entre as residências maternas e hospitais de parto foram próximas nos dois tipos de rede. Os diferenciais das características maternas dos NV em hospitais SUS e não-SUS foram mais acentuados que aqueles encontrados em estudos realizados somente com técnicas de georrefenciamento, possivelmente devido aos hospitais não-SUS estudados atenderem a clientela de planos de saúde de alto poder aquisitivo. A ausência de diferença estatisticamente significante entre a prevalência de nascimentos pré-termo e de baixo peso ao nascer possivelmente se deve ao estudo ter sido realizado apenas em hospitais de alta complexidade. O diferencial encontrado na realização de consultas de pré-natal mostra o efeito positivo do SUS no acesso atenção pré-natal. Conclusão: Os aglomerados de nascimentos SUS e não-SUS mostram existir marcados diferenças quanto às características sociodemográficas. O SUS mostrou ter um efeito de positivo na promoção de maior equidade no acesso à atenção pré-natal e ao parto. / Sao Paulo is a megacity of heterogeneous spatial occupation and inequalities in health. Objectives: To determine whether there are clusters of live births (LBs) in hospitals of Unified Systems (SUS) and in others (non-SUS) and study the distances between the residences of the mothers concerned and the respective hospitals. Methods: A study was conducted a study of LBs of resident mothers which had occurred in eight hospitals (4 of the SUS and 4 others, not of the SUS) of hight complexity in the municipality of SP, in 2008. The information was obtained from the unified SEADE/SES database of the declarations of LBs and the cartographic bases from the Metropolitan Study Center (Centro de Estudos da Metrópole). Kernel\'s intensity estimator was employed to identify spatial clusters. The theorithical distance between the maternal residences and the respective maternity hospitals was taken as that given by a straight line between the two. Results: The LBs studied accounted for 27.8 per cent of the total of the municipality. The LBs of the SUS hospitals formed 3 clusters, all situated on the outlying districis. The average distance travelled from the maternal residence to the maternity hospital was 9.2 Km for the LBs of the SUS hospitals and 9.9 Km for the non-SUS ones. Higher proportions of mothers with a hight level of schooling (12.8 times), of more than 35 years of age (3.2times) and of births with 7 or more pre-natal medical visits (1.5 times) were found among the LBs of the non-SUS hospitals than among those of the SUS hospitals. The LBs of the SUS hospitals presented higher proportions of adolescent mothers (17.9 times), multiparous mothers (21 times) and vaginal deliveries (5.2 times) than those of the non-SUS ones. There was no statistically significant difference between the respective prevalences of low birth weight and pre-term LBs. Discussion: There is an association between the spatial distribution of the deliveries which occurred in the SUS and the non-SUS hospitals. The clusters of the SUS LBs where situated in districts characterized by precarious living conditions and high fertility rates. The LBs of the non-SUS hospitals formed a cluster in the central region, of high income and low fertility, in agreement with the pattern observed in other studies. The average distances between the maternal residences and the hospitals were near the two types of network. The differentials of the maternal characteristics of the LBs in SUS and non-SUS hospitals were more accentuated than those found in studies with georeferencing techniques alone, possibly as a result of the non-SUS hospitals studied attending to a clientele of high acquisitive power, with health insurance plans. The lack of any statistically significant difference between the prevalence of pre-term births and low birth weight is possibly due to this study\'s having been performed in hospitals of high complexity. The difference found in the frequency of pre-natal visits shows the positive effect of the SUS in terms of access to pre-natal attendance. Conclusion: The clusters of SUS and non-SUS showed there marked differences in sociodemographic characteristics. SUS has shown a positive effect in the promotion of greater equity in terms of access to pre-natal care and child birth
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O discurso da comissão dos determinantes sociais da saúde: avanço político ou mudança retórica? / The discourse of the Commission on Social Determinants of Health: political advancement or rhetorical change?

Lopes, Iara de Oliveira 23 June 2017 (has links)
O discurso da Comissão de Determinantes Sociais da Saúde (CSDH) instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) constitui-se como objeto desde estudo. O contexto econômico-social, resultado das políticas neoliberais, aprofundou em âmbito mundial as desigualdades sociais. Em 2003, a CSDH foi instituída pela OMS, assumindo como objetivos a documentação de evidências das ações e políticas para promover a equidade em saúde, e articular um movimento global para que esta seja alcançada. As publicações da CSDH tornaram-se referência mundial no tema das desigualdades em saúde. Autores do campo da Saúde Coletiva identificaram importantes limitações e contradições na sua formulação teórico-metodológica, apesar de alguns reconhecerem uma possibilidade de avanço nesta iniciativa. A Saúde Coletiva constituiu-se como campo de teorias e práticas que superam a naturalização do processo de saúde. O marco teórico deste estudo é a teoria da determinação social da saúde, que afirma que a sociedade de classes, fundada na exploração da força de trabalho, produz diferentes desgastes e fortalecimentos advindos das formas de trabalhar, que determinam as formas de viver dos diferentes grupos sociais. Os perfis epidemiológicos são o objeto de ação da Saúde Coletiva, constituídos pelos perfis de reprodução social e pelos perfis de saúde-doença, definidos por meio de estudos da epidemiologia crítica. Objetivo geral: analisar o discurso da CSDH. Objetivos específicos: identificar e analisar os conceitos utilizados pela CSDH; identificar e analisar as diretrizes de ação propostas pela Comissão; comparar os conceitos de determinação social e determinantes sociais. Método: pesquisa qualitativa, que utiliza dados de fonte secundária - o documento da CSDH A conceptual framework for action on the social determinants of health. Social Determinants of Health Discussion. Publicado em 2010, o documento oferece a construção teórica e as diretrizes das ações de enfrentamento aos determinantes sociais da saúde propostas pela Comissão. Os resultados foram analisados pela metodologia da análise de discurso, para apreender a estrutura do discurso, o posicionamento da CSDH. Resultados: o construto teórico da Comissão não considera as contradições advindas da exploração do trabalho como fonte da riqueza e da desigualdade social, mas incorpora termos que remetem à estrutura social, como estratificação social e posição sócio-econômica. A dimensão histórica está ausente na teoria dos determinantes sociais da saúde, que retoma conceitos e formato originais do campo da Saúde Pública, como a multicausalidade, a circularidade entre doença e pobreza e o risco. O uso recorrente de termos relacionados à hegemonia ideológica neoliberal é necessário para estabelecer mediações que mantêm encobertas as contradições próprias do capitalismo. Baseando-se em um conceito impreciso de equidade, as ações propostas são focalizadas, tomam como objeto a vulnerabilidade e o risco individuais e têm como finalidade a responsabilização individual pela saúde e a liberdade de escolha, como o empowerment. As diretrizes de ação propostas aproximam-se ao ideário da promoção da saúde. Considerações finais: entende-se que a opção teórica da Comissão é intencional e alinhada com o atual regime de acumulação capitalista - dependente da organização flexível do trabalho - não constituindo uma mudança de perspectiva em relação ao objeto, representa uma inovação apenas no plano retórico. O referencial teórico-prático dos determinantes sociais da saúde é insuficiente para subsidiar o enfrentamento das desigualdades sociais e seus resultados no processo de saúde. Compreende-se que as práticas da Saúde Coletiva, como o monitoramento crítico e práticas emancipatórias, a partir da uma perspectiva de luta de classes, podem contribuir para responder à desigualdade nos perfis epidemiológicos. / Introduction: The discourse of the Comission on Social Determinants of Health (CSDH), established by the World Health Organization (WHO), is the object of study of this paper. The socio-economic context, result of neoliberal policies, has deepen worldwide social inequality, resulting from the capitalist accumulation regime. In 2003, CSDH, instituted by the WHO, assumed as goal the documentation of evidences of actions and policies to promote equity in health and articulate a global movement for it to be reached. CSDH publishes have become a worldwide reference on health equality. Writers of the Collective Health field indentified important limitations and contradictions in its theoretical-methodological formulation, although some perceive an advance in this initiative. The Collective Health has established itself as the field theories and practices that overcome the naturalization of the health process. The theoretical goal of this study is the social determination of health theory, which affirms that the classes society, founded on the exploitation of labor, produces different body distress and strengths arisen from the specificities of labor, which determines the different ways of living of different social groups. Epidemological profiles are the object of work of Collective Health, composed by the social reproduction profiles and the health-disease profiles, defined trought critical epidemiology researches. Objeticve: to analyze the CSDH discourse. Specific objectives: to identify and analize the concepts used by CSDH; to identify and analyze the action guidelines proposed by the Comission; to compare the concepts of social determination and social determinants. Methodological Procedures: qualitative research, using secondary source data - CSDH document A conceptual framework for action on the social determinants of health. Social Determinants of Health Discussion. Published in 2010, this document offers the theoretical construction and guidelines of coping actions toward the social determinants of health proposed by the Comission. The results have been analyzed through the discourse analyses method, to seize the structure of the discourse, the CSDH positioning. Results: the Comission\'s theoretical construct does not consider the contradictions from labor exploitation as the wealth and social inequality source, but it incorporates terms that refers to the social structure, as social stratification and socio-economical position. The historic dimension is absent on the social determinants of health theory, which recaptures original concepts and form from the Public Health field, as multicausality, the circularity between health and poverty, and the risk. The recurrent usage of terms related with hegemonic neoliberal ideology is necessary to establish mediations capable of covering the inherent capitalism contradictions. Based on a imprecise concept of equity, the actions proposed are focused, take the vulnerability and individual risks as an object, and perceive the individual accountability for its health and the freedom of choice as a goal, such as empowerment. The proposed action guidelines approach the Health Promotion ideals. Final considerations: understanding that the Commission\'s theoretical choice is intentional and aligned with the current capital accumulation regime - depending on the flexible organization of labor - without changing the perspective toward the object, its innovation is only at the rhetorical frame. The practical and theoretical referential of the social determinants of health is scarce to subsidize the confront of social inequality and its results on the health process. The understanding of how Collective Health practices, and critical monitoring and emancipatory practices, through a class struggle perspective, can contribute to a response toward the inequality on epidemiological profiles.
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Utilização de serviços da Estratégia Saúde da Família no município de São Paulo / The use of Family Health Strategy services in the city of São Paulo

Oliveira, Gustavo Gessolo de 22 February 2017 (has links)
Introdução - A Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada o alicerce de sistemas de saúde mais efetivos. No Brasil, a Estratégia Saúde da Família, com a tarefa de reorganizar o modelo de atenção à saúde, destaca-se nos processos de expansão e consolidação da APS. Entretanto, apenas a existência desses serviços de saúde não garante sua utilização, pois o uso de qualquer serviço de saúde é considerado um fenômeno complexo. Neste contexto, os inquéritos de saúde, principalmente os de base populacional, são bastante úteis, pois nos ajudam a revelar informações importantes sobre a utilização de serviços de saúde. Objetivos - Descrever o perfil dos moradores que relataram ter utilizado os serviços prestados pela Estratégia Saúde da Família, bem como sua opinião sobre os serviços prestados e descrever as características dos moradores e do domicílio em que houve relato de visita do agente comunitário de saúde. Metodologia - Este estudo foi realizado com dados do Inquérito de Saúde do Município de São Paulo 2015 (ISA-CAPITAL/2015), realizado por meio de entrevistas domiciliares com moradores de 12 anos ou mais, residentes em domicílios particulares permanentes da zona urbana do município de São Paulo, no período de agosto de 2014 a dezembro de 2015. O ISA-CAPITAL/2015 é um estudo transversal, de base populacional com uma amostra obtida de forma probabilística complexa, estratificada por conglomerados. A análise dos dados foi realizada utilizando um software com comandos específicos para esse tipo de amostra. No total foram entrevistados 4043 moradores. Resultados - Houve relato de visita do agente comunitário de saúde em 46,4% dos moradores e foi observada associação desse relato com moradores de menor renda familiar e cujo chefe de família apresentava menores níveis de instrução. Desses moradores, 59,2% relataram ter utilizado algum serviço prestado pela Estratégia Saúde da Família, sendo que ser aposentado/dona de casa/pensionista, não ter plano de saúde e ter autoavaliação de saúde Muito Ruim/Ruim esteve associado a esta utilização. Quanto à opinião sobre os serviços prestados, 80,1% dos usuários os consideraram Muito Bom/Bom. Conclusões: A Estratégia de Saúde da Família no município de São Paulo se mantem focalizada na população de menor nível socioeconômico, porém essa focalização pode estar contribuindo para a promoção da equidade vertical. Entretanto, recomenda-se constante monitoramento nas práticas de saúde realizadas na Estratégia Saúde da Família, com o intuito de verificar se a mesma está garantindo a integralidade em suas ações / Introduction - The Primary Health Care (PHC) is considered the foundation of more effective health systems. In Brazil, the Family Health Strategy, with the task of reorganizing the model of health care, stands out in the processes of expansion and consolidation of PHC. However, only the existence of these health services does not guarantee their use, because the use of any health service is considered a complex phenomenon. In this context, the health surveys, principally population-based surveys, are quite useful, because they help us to disclose important information about the use of health services. Objectives - Describe the profile of the residents that reported used the services provided by the Family Health Strategy. As well as their opinion on the services provided and describe how characteristics of the residents and the home where there were reports of visit of community health worker. Methodology - This study was conducted with data from the Inquérito de Saúde do Município de São Paulo 2015 (ISA-CAPITAL/2015), realized through home interviews with residents aged 12 years and over, residing in permanent private households in the urban area of the city of São Paulo, between august 2014 to December 2015. The ISA-CAPITAL / 2015 is a cross-sectional, population-based study with a complex probabilistically sample stratified by conglomerates. Data analysis was performed using software with commands specific to this type of sample. In total, 4043 residents were interviewed. Results - There was a report of a visit by the community health worker in 46.4 per cent of the residents, was observed an association of this report with residents of lower family income, and whose householder had lower levels of education. Of these residents, 59.2 per cent reported having used some service provided by the Family Health Strategy, and to be retired / housewife / pensioner, not having health insurance and have health self-assessment as Very Poor / Poor was as associated with this use. As for the opinion about the services provide, 80.1 per cent of the users considered them Very Good / Good. Conclusions The Family Health Strategy in the city of São Paulo remains focused on the population of lower socioeconomic level, however this focus may be contributing to the promotion of vertical equity. Nevertheless monitoring of health practices in family health strategy is recommended, with the purpose of verifying that it is guaranteeing the integrality in its actions
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Necessidades de saúde: construção de instrumento para o planejamento regional em saúde / Health needs: development of an instrument for regional health planning

Yonekura, Tatiana 23 August 2016 (has links)
O objeto deste estudo é a identificação de necessidades de saúde por meio de um instrumento para gestores e técnicos das áreas de planejamento e gestão em saúde. O estudo considerou o arcabouço teórico-metodológico da Saúde Coletiva e particularmente da Epidemiologia Crítica que se fundamentam na categoria reprodução social para explicar os diferentes perfis de saúde e doença de um determinado território. Objetivo: construir um instrumento de captação de necessidades de saúde para subsidiar o planejamento regional em saúde. Método: Trata-se de um estudo metodológico que foi desenvolvido em quatro etapas: Etapa 1. Uma revisão integrativa para identificar os instrumentos de levantamento de necessidades de saúde existentes; Etapa 2. Entrevistas semiestruturadas e individuais com gestores da saúde para compreender as dificuldades no levantamento de necessidades. Os dados foram gravados, transcritos e analisados através da análise de conteúdo; Etapa 3. Construção de instrumento de levantamento de necessidades de saúde para subsidiar o planejamento regional em saúde; e Etapa 4. Validação de conteúdo por comitê de especialistas, por meio da técnica Delphi e índice de validade de conteúdo. Resultados: Em relação à revisão integrativa, foram identificados 17 instrumentos de levantamento de necessidades. As 123 variáveis utilizadas para identificar necessidades foram integradas em três categorias: necessidades de reprodução social, necessidades de presença do Estado e necessidades de participação política. Em relação às entrevistas, sete gestores de saúde da região metropolitana do Espírito Santo participaram do estudo. Quatro categorias compostas por 11 temas foram analisados: (1) Compreensão do conceito de necessidades de saúde, com um tema; (2) Necessidades de reprodução social, com dois temas; (3) Necessidades de presença do Estado, com sete temas; e (4) Necessidades de participação política, com um tema. A construção do instrumento envolveu a inclusão dos resultados da revisão e das entrevistas, resultando em material composto de introdução e cinco módulos (Módulo A Identificação das classes sociais, Módulo B Reconhecimento do território, Módulo C Necessidades de reprodução social, Módulo D Necessidades de presença do Estado, e Módulo E Necessidade de participação política). A validação de conteúdo foi realizada por meio da participação de oito especialistas. Tanto a introdução, quanto os módulos apresentaram de forma geral pontuação pelo índice de validade de conteúdo maior de 0,9, o que representa clareza, pertinência e relevância adequados. Apenas um item foi classificado com baixa clareza (0,75), e dessa forma precisou ser reformulado. Outras modificações foram realizadas, a partir da sugestão dos especialistas. Conclusão: o instrumento construído tem potencialidade para identificar necessidades de saúde, a partir da captação das desigualdades sociais dos diferentes territórios. Pondera-se no entanto que o instrumento é incapaz de sozinho sensibilizar gestores e técnicos das secretarias estaduais e municipais para a utilização e análise dos dados, e portanto sua utilização deve fazer parte de processos educativos que envolvam a compreensão dos referencias teórico-metodológicos que subsidiaram a construção do instrumento. / This work takes as its object of study the health needs identification by an instrument for both managers and technicians of health planning and management areas. The study has considered the theoretical-methodological framework of Collective Health, and in particular Critical Epidemiology, which is based on the social reproduction category to explain different health-disease profiles in a given territory. Objective: to develop an instrument to assess health needs aiming at subsidizing regional planning in health. Method: This is a methodological study. This study was developed in four stages: Stage 1. An integrative literature review to identify existing instruments for health needs assessment; Stage 2. Semi-structured and individual interviews with health managers to understand difficulties in needs assessment. The data was recorded, transcribed, and analyzed by content analysis; Stage 3. Development of an instrument for health needs assessment to subsidize regional planning in health; and Stage 4. Content validation by a committee of experts, by means of the Delphi technique and content validity index. Results: In relation to the integrative review, 17 instruments for needs assessment were identified; the 123 variables used to identify needs were grouped into three categories: social reproduction needs, State presence needs, and political participation needs. In relation to the interviews, seven health managers of the metropolitan region of Espirito Santo State took part in this study. Four categories composed by 11 themes were analyzed: (1) Understanding of the health needs concept, with one theme; (2) Social reproduction needs, with two themes; (3) State presence needs, with seven themes; and (4) Political participation needs, with one theme. The instrument development included adding both literature review and the interviews findings, resulting in a material divided in introduction and five modules (Module A Identification of social classes, Module B Territory recognition, Module C Social reproduction needs, Module D State presence needs, and Module E Political participation needs). The content validation was performed by eight experts. In general the content validity index of the introduction as well as the modules was higher than 0.9, what represents adequate clarity, pertinence, and relevance. Only one item was scored as low clarity (0.75), therefore needed to be reformulated. Other modifications were made according to the experts suggestion. Conclusion: The instrument that has been developed has potential to identify health needs by analyzing social inequalities of the different territories. However, it should be considered that the instrument, by itself, is unable to raise awareness among managers and technicians of state and municipal secretaries in order to use and analyze data. Therefore, it should be used as part of educational processes that include the study of its theoretical-methodological framework.
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Unnatural selection

Kröger, Hannes 18 August 2014 (has links)
Die vorliegende Dissertation untersucht theoretisch und empirisch gesundheitliche Selektionsprozesse auf dem deutschen Arbeitsmarkt und wie diese durch soziale Kontextfaktoren beeinflusst werden. Aufbauend auf der Humankaiptaltheorie werden eine reihe von Hypothesen aufgestellt über den kausalen Effekt der subjektiven Gesundheit und der krankheitsbedingten Fehltage auf den Jobstatus. Die Humankapitaltheorie wird so erweitert, dass der Effekt der Gesundheit mit dem Grad der Benachteiligung einer Person und dem Grad der sozialen Schließung des Jobs variieren kann. Konkret werden die moderierenden Einflüsse des Geschlechts und des öffentlichen versus privaten Sektors sowie der Geschlechteranteile im Beruf untersucht. Die empirische Analysen werden auf Basis des Sozio-oekonomischen Panels (SOEP) durchgeführt. Verschiedene Methoden werden angewandt, um kausale Effekte der subjektiven Gesundheit auf den Jobstatus zu schätzen. Weiterhin wird eine Dekomposition der gesamten gesundheitlichen Ungleichheit in zeit-konstante und zeit-variante Faktoren und auf gesundheitlicher Selektion basierende Prozesse durchgeführt. Die Ergebnisse zeigen, dass gesundheitliche Selektion für Frauen im privaten Sektor gefunden werden kann, nicht aber im öffentlichen Sektor und auch nicht für Männer. Für krankheitsbedingte Fehltage kann ein kausaler Effekt für Männer im privaten Sektor gefunden werden, nicht aber im öffentlichen Sektor oder für Frauen. Unter den gewählten Bedingungen der Studie, sind gesundheitliche Selektionsprozesse daher eher in offenen Positionen und für Gruppen, die einer Benachteiligung gegenüber stehen zu finden. / In this PhD-thesis the social context of health selection processes on the German labor market are investigated theoretically and empirically. Based on human capital theory a number of hypotheses about the causal effect of subjective health and sickness absence on job status are derived. The theory is modified to allow the effect of health to vary with the degree of disadvantage a person faces and the degree of social closure of the job. In concrete terms, the moderating effect of gender and public versus private sector are investigated, as well as the occupational gender composition. The empirical analyses are based on the Socio-economic panel study (SOEP) using different methods to estimate causal effects of subjective health on subsequent job status. A decomposition of overall health inequalities into effects attributable to time-constant, time-varying confounders and into health selection processes is presented. The results show that health selection is present for women in the private sector, but not for men nor in the public sector. Sickness absence shows the strongest effects for men in the private sector, but not for women nor in the public sector. For the chosen setting, health selection processes are strongest in open positions and for groups that are disadvantaged.
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Determinantes da incapacidade funcional de idosos da cidade de São Paulo na perspectiva étnico-racial / Determinants of the functional incapacity of the elderly in the city of So Paulo with perspective on race and ethnicity

Alexandre da Silva 13 March 2017 (has links)
Introdução: No Brasil, a desigualdade social é um problema que precisa de enfrentamento mais efetivo e respeito às particularidades dos diversos grupos sociais. O envelhecimento no município de São Paulo, numa perspectiva étnico-racial, ainda é pouco conhecido e não se sabe o quanto os determinantes sociais de saúde influenciam desfechos de saúde nesta população. Medir a incapacidade funcional em idosos é um indicador universalmente admitido para se diagnosticar condições de saúde. O presente estudo levanta a hipótese de que há diferenças na prevalência de incapacidades funcionais entre idosos de diferentes estratos raciais. Objetivos: Identificar os fatores determinantes da incapacidade funcional de idosos, considerando a condição raça/cor da pele e descrever os perfis de incapacidade funcional de idosos de acordo com as variáveis demográficas, socioeconômicas e modo de vida, na perspectiva étnico-racial e quanto a incapacidade funcional. Método: Realizou-se um estudo transversal com a coorte de 2010 do Estudo Saúde e Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), considerando três desfechos para a variável dependente incapacidade funcional: déficit de mobilidade funcional, dificuldade nas Atividades Básicas ou Instrumentais de Vida Diária (ABVD e AIVD, respectivamente). A variável de análise foi a raça/cor da pele e as variáveis independentes foram as demográficas, socioeconômicas e modo de vida. Para a análise estatística, utilizaram-se o teste qui-quadrado com o fator de correção de Rao-Scott e modelos de regressão de Poisson (para a variável raça cor categorizada em negros e brancos) e regressão logística multinomial (para a variável raça/cor categorizada em pretos, pardos e brancos). A medida de associação escolhida foi a Razão de Prevalência (RP). Resultados: Foram considerados 1263 idosos para esta análise: 62 por cento brancos, 30,9 por cento pardos e 7,1 por cento pretos que, após os procedimentos de ponderação passaram a representar a população de 1.244.372 pessoas idosas, dos quais, 771.510 brancos, 384.511 pardos e 88.350 pretos do município de São Paulo. As características demográficas, socioeconômicas e modo de vida mostraram diferenças estatisticamente significantes e piores para pretos e pardos, na maioria das vezes. Ser do sexo feminino, ter 80 ou mais anos de idade, estar viúvo, não saber ler ou escrever, ter baixa escolaridade (até 4 anos de estudo), não estar trabalhando e nunca convidar pessoas para virem à sua casa ou sair para lugares públicos estiveram estatisticamente associadas ao déficit de mobilidade funcional ou à dificuldade em uma ou mais ABVD ou AIVD. Nos modelos de regressão, ser preto teve maior RP nos desfechos de déficit de mobilidade e dificuldade em 2 ou mais AIVD, enquanto que a RP foi maior para pardos quando o desfecho foi dificuldade em 2 ou mais ABVD. Discussão: As diferenças não puderam ser explicadas apenas em função das condições demográficas, socioeconômicas e modo de vida dos diferentes grupos raciais, suscitando que a iniquidade em saúde e o racismo no campo da saúde estiveram presentes nas desigualdades sistemáticas encontradas nos grupos raciais investigados. Conclusão: As desigualdades encontradas entre as categorias raciais apontaram para situações sistemáticas de desvantagens para idosos pardos e, principalmente, idosos pretos. Racismo e iniquidade em saúde foram as condições explicativas dessas desigualdades / Introduction: In Brazil, social inequality is a problem that needs more effective confrontation and respect for the specific characteristics of the different social groups. Aging in the city of São Paulo, from an ethnic-racial perspective, is still little known and it is not known how the social determinants of health influence health outcomes in this population. Measuring functional disability in the elderly is a universally accepted indicator for diagnosing health conditions. The present study raises the hypothesis that there are differences in the prevalence of functional disabilities among elderly people of different racial strata. Objectives: To identify the determinants of the functional incapacity of the elderly, considering the race / skin color and to describe the profiles of functional incapacities of the elderly according to covariates on demographic, socioeconomic and way of life conditions, from the ethno-racial perspective and functional disability. Method: A cross-sectional study was carried out using the 2010 cohort of the Health and Welfare and Aging Study (SABE), considering three outcomes for the dependent variable on functional disability: functional mobility deficit, difficulty in Basic or Instrumental Activities of Daily Living (BADL and IADL, respectively). The variable of analysis was race / skin color and the independent variables were the demographic, socioeconomic and way of life characteristics. For the statistical analysis, the chi-square test with the Rao-Scott correction and Poisson regression models (for the variable race color categorized in blacks and whites) and multinomial logistic regression (for the categorized race / color variable in black, brown and white). The measure of association chosen was the Prevalence Ratio (PR). Results: A total of 1263 elderly people were considered for this analysis: 62 per cent whites, 30.9 per cent browns and 7.1 per cent blacks who, after weighting procedures, represented the population of 1,244,372 elderly people, of which 771,510 whites, 384,511 pardos and 88,350 blacks from the city of São Paulo. Demographic, socioeconomic and way of life characteristics showed statistically significant differences and worse for blacks and browns, most of the time. Being female, 80 or older, widowed, unable to read or writing, having low schooling (up to 4 years of schooling), not working and never inviting people to come to your home or go out to public places were statistically associated with functional mobility deficit or with difficulty in one or more BADL or IADL. In the regression models, being black had greater PR in the mobility deficit and difficulty in 2 or more IADL, whereas PR was higher in brown people when the outcome was difficulty in 2 or more BADL. Discussion: Differences could not be explained solely by the demographic, socioeconomic and lifestyle conditions of the different racial groups, suggesting that health inequity and health racism were present in the systematic inequalities found among the racial groups assessed. Conclusion: The inequalities found among the racial categories pointed to systematic situations of disadvantages for brown elderly and, mainly, for black elderly. Racism and inequity in health were the explanatory conditions of these inequalities
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Desigualdades sócio-econômicas na saúde: uma análise do Estado de São Paulo e do município de Ribeirão Preto / Socio-economic health inequalities: an analysis of the State of São Paulo and the Municipal District of Ribeirão Preto.

Zoghbi, Ana Carolina Pereira 29 May 2006 (has links)
O objetivo deste trabalho foi avaliar possíveis desigualdades sócio-econômicas na saúde no Estado de São Paulo e no Município de Ribeirão Preto. Os dados utilizados para São Paulo são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2003, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que apresenta características dos indivíduos e do domicílio. A base para Ribeirão Preto consiste em uma coorte desenvolvida pelo departamento de Puericultura e Pediatria de Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP no período de junho de 1978 a maio de 1979. Analisou-se a distribuição das variáveis relativas à saúde (doenças crônicas e auto-avaliação) entre quintis de renda. Adicionalmente, foram calculados Índices de Concentração de Saúde, cuja construção é semelhante a do Índice de Gini. Esse índice considera a proporção acumulada de determinada doença e a proporção acumulada da população, ordenada de forma crescente de acordo com a renda. Foram estimados também os impactos de algumas variáveis explicativas sobre a probabilidade de apresentar determinada doença ou de se auto-avaliar de determinada forma. Para o Estado de São Paulo consideraram-se como variáveis explicativas: escolaridade, sexo, cor e idade (todas variáveis dummy). Para Ribeirão Preto foram consideradas como variáveis explicativas: escolaridade, o fato de um dos pais apresentar a doença em questão, o fato de um dos pais apresentar alguma outra doença crônica, sexo e cor (todas variáveis dummy). O método de estimação utilizado para analisar o impacto sobre a probabilidade de apresentar dada doença foi o Probit. Já para auto-avaliação foi utilizado o Probit Ordenado. Os resultados para o Estado de São Paulo demonstraram, em sua maioria, desigualdade na saúde em favor dos ricos. Além disso, em geral, quanto maior a escolaridade menor a probabilidade de apresentar determinada doença. Em relação a Ribeirão Preto, os resultados não foram totalmente conclusivos, uma vez a quarta etapa da coorte apresentou indivíduos de 22 a 26 anos, cuja faixa etária apresenta pequena incidência de doenças crônicas. Todavia, notou-se que a saúde dos pais influencia na saúde dos filhos, tanto por meio de características transmitidas, quanto devido ao fato de que pais com saúde ruim não devem poder ter muitos gastos com a saúde dos filhos. / The aim of this work was to evaluated eventual socio-economic health inequalities in State of São Paulo and Municipal District of Ribeirão Preto. The data related to São Paulo were obtained from the National Survey by Households Sampling (PNAD) of 2003, elaborated by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), which presents individual and household characteristics. The Ribeirão Preto database consists in a cohort developed by the Pediatrics and Puericulture Department of the Ribeirão Preto Medical School-USP in the period between June of 1978 and May of 1979. It was analyzed the distribution of the health variables (chronicle diseases and self-assessment) between quintiles of income. In addition, it were calculated Health Concentration Indexes, whose construction is similar to the Gini Indexes. This index considers the accumulated proportion of certain disease and the accumulated proportion of the population, ordered according to the income. It was also estimated the impacts of some explanatory variables on the probability of presenting certain disease or self-assessing in certain way. For the State of São Paulo it was considered as explanatory variables: education, gender, race and age (all dummy variables). For the Municipal District of Ribeirão Preto it was considered as explanatory variables: education, the fact that one of the parents has the disease, the fact that one of the parents has another chronicle disease, gender and race (all dummy variables). It was employed the Probit method to analyze the impact on the probability of presenting certain illness. For the self-assessment variable, the Ordered Probit method was employed. Generally, the results for the State of São Paulo showed inequality in benefit of the richest. Besides, in general, the higher the education the lower is the probability of having certain disease. In the case of Ribeirão Preto, the results weren?t totally conclusive, since the fourth stage of the cohort presented individuals between 22 and 26 years old, whose age class show little incidence of chronicle diseases. Nevertheless, one can note that the health of the parents influences the health of their sons. As for the fact that certain characteristics are passed on, as for the fact that ill parents should not have large expenses with the health of their sons.
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Determinantes da incapacidade funcional de idosos da cidade de São Paulo na perspectiva étnico-racial / Determinants of the functional incapacity of the elderly in the city of So Paulo with perspective on race and ethnicity

Silva, Alexandre da 13 March 2017 (has links)
Introdução: No Brasil, a desigualdade social é um problema que precisa de enfrentamento mais efetivo e respeito às particularidades dos diversos grupos sociais. O envelhecimento no município de São Paulo, numa perspectiva étnico-racial, ainda é pouco conhecido e não se sabe o quanto os determinantes sociais de saúde influenciam desfechos de saúde nesta população. Medir a incapacidade funcional em idosos é um indicador universalmente admitido para se diagnosticar condições de saúde. O presente estudo levanta a hipótese de que há diferenças na prevalência de incapacidades funcionais entre idosos de diferentes estratos raciais. Objetivos: Identificar os fatores determinantes da incapacidade funcional de idosos, considerando a condição raça/cor da pele e descrever os perfis de incapacidade funcional de idosos de acordo com as variáveis demográficas, socioeconômicas e modo de vida, na perspectiva étnico-racial e quanto a incapacidade funcional. Método: Realizou-se um estudo transversal com a coorte de 2010 do Estudo Saúde e Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), considerando três desfechos para a variável dependente incapacidade funcional: déficit de mobilidade funcional, dificuldade nas Atividades Básicas ou Instrumentais de Vida Diária (ABVD e AIVD, respectivamente). A variável de análise foi a raça/cor da pele e as variáveis independentes foram as demográficas, socioeconômicas e modo de vida. Para a análise estatística, utilizaram-se o teste qui-quadrado com o fator de correção de Rao-Scott e modelos de regressão de Poisson (para a variável raça cor categorizada em negros e brancos) e regressão logística multinomial (para a variável raça/cor categorizada em pretos, pardos e brancos). A medida de associação escolhida foi a Razão de Prevalência (RP). Resultados: Foram considerados 1263 idosos para esta análise: 62 por cento brancos, 30,9 por cento pardos e 7,1 por cento pretos que, após os procedimentos de ponderação passaram a representar a população de 1.244.372 pessoas idosas, dos quais, 771.510 brancos, 384.511 pardos e 88.350 pretos do município de São Paulo. As características demográficas, socioeconômicas e modo de vida mostraram diferenças estatisticamente significantes e piores para pretos e pardos, na maioria das vezes. Ser do sexo feminino, ter 80 ou mais anos de idade, estar viúvo, não saber ler ou escrever, ter baixa escolaridade (até 4 anos de estudo), não estar trabalhando e nunca convidar pessoas para virem à sua casa ou sair para lugares públicos estiveram estatisticamente associadas ao déficit de mobilidade funcional ou à dificuldade em uma ou mais ABVD ou AIVD. Nos modelos de regressão, ser preto teve maior RP nos desfechos de déficit de mobilidade e dificuldade em 2 ou mais AIVD, enquanto que a RP foi maior para pardos quando o desfecho foi dificuldade em 2 ou mais ABVD. Discussão: As diferenças não puderam ser explicadas apenas em função das condições demográficas, socioeconômicas e modo de vida dos diferentes grupos raciais, suscitando que a iniquidade em saúde e o racismo no campo da saúde estiveram presentes nas desigualdades sistemáticas encontradas nos grupos raciais investigados. Conclusão: As desigualdades encontradas entre as categorias raciais apontaram para situações sistemáticas de desvantagens para idosos pardos e, principalmente, idosos pretos. Racismo e iniquidade em saúde foram as condições explicativas dessas desigualdades / Introduction: In Brazil, social inequality is a problem that needs more effective confrontation and respect for the specific characteristics of the different social groups. Aging in the city of São Paulo, from an ethnic-racial perspective, is still little known and it is not known how the social determinants of health influence health outcomes in this population. Measuring functional disability in the elderly is a universally accepted indicator for diagnosing health conditions. The present study raises the hypothesis that there are differences in the prevalence of functional disabilities among elderly people of different racial strata. Objectives: To identify the determinants of the functional incapacity of the elderly, considering the race / skin color and to describe the profiles of functional incapacities of the elderly according to covariates on demographic, socioeconomic and way of life conditions, from the ethno-racial perspective and functional disability. Method: A cross-sectional study was carried out using the 2010 cohort of the Health and Welfare and Aging Study (SABE), considering three outcomes for the dependent variable on functional disability: functional mobility deficit, difficulty in Basic or Instrumental Activities of Daily Living (BADL and IADL, respectively). The variable of analysis was race / skin color and the independent variables were the demographic, socioeconomic and way of life characteristics. For the statistical analysis, the chi-square test with the Rao-Scott correction and Poisson regression models (for the variable race color categorized in blacks and whites) and multinomial logistic regression (for the categorized race / color variable in black, brown and white). The measure of association chosen was the Prevalence Ratio (PR). Results: A total of 1263 elderly people were considered for this analysis: 62 per cent whites, 30.9 per cent browns and 7.1 per cent blacks who, after weighting procedures, represented the population of 1,244,372 elderly people, of which 771,510 whites, 384,511 pardos and 88,350 blacks from the city of São Paulo. Demographic, socioeconomic and way of life characteristics showed statistically significant differences and worse for blacks and browns, most of the time. Being female, 80 or older, widowed, unable to read or writing, having low schooling (up to 4 years of schooling), not working and never inviting people to come to your home or go out to public places were statistically associated with functional mobility deficit or with difficulty in one or more BADL or IADL. In the regression models, being black had greater PR in the mobility deficit and difficulty in 2 or more IADL, whereas PR was higher in brown people when the outcome was difficulty in 2 or more BADL. Discussion: Differences could not be explained solely by the demographic, socioeconomic and lifestyle conditions of the different racial groups, suggesting that health inequity and health racism were present in the systematic inequalities found among the racial groups assessed. Conclusion: The inequalities found among the racial categories pointed to systematic situations of disadvantages for brown elderly and, mainly, for black elderly. Racism and inequity in health were the explanatory conditions of these inequalities
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Rela??o das condi??es socioecon?micas com as condi??es de sa?de bucal em capitais brasileiras

Silva, Janmille Valdivino da 07 December 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:43:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JanmilleVS_DISSERT.pdf: 924305 bytes, checksum: f63a120cee4f02a246910cfb885de7a3 (MD5) Previous issue date: 2012-12-07 / Despite the improvement of Brazilian s living conditions in recent decades, this improvement occurred in a polarized way between groups of better social position. Then, there is still a health inequity?s panorama in Brazil which encompasses the oral health state. This panorama instigated the attainment of this ecological study that aimed to evaluate the relationship of socioeconomic conditions, and public health policies with oral health status in Brazilian capitals. Thus, we performed factor analysis and linear regression using oral health indicators collected from SB Brasil 2010, of socioeconomic conditions from Brazilian Census 2010 and related to water?s supply fluoridation from SISAGUA. Factor analysis with indicators of living conditions revealed two common factors, economic deprivation and socio-sanitary condition. Economic deprivation showed statistically significant positive correlation with DMFT 12 years (p= 0,03) and mean missing teeth (p = 0,002) and negative correlation with caries-free population (p=0,012). Socio-sanitary negatively correlated with DMFT (p <0,0001) and a positive correlation with caries-free population (p = 0.002). Fluoridated water had a significant association with DMFT (p <0,0001), mean missing teeth (p <0,0001) and caries free population (p <0.0001). Multiple linear regression analysis for the DMFT of capital was estimated by socio-sanitary condition and fluoridation, adjusted by economic deprivation, whereas the model for the mean missing teeth was estimated only by fluoridation and economic deprivation, and finally the model the rate for the population free of caries in Brazilian capitals was estimated by economic and socio-sanitary status adjusted fluoridated water supply. Therefore, factors related to living conditions and public policies are intrinsically linked to tooth decay issues. Thus, actions, beyond dental care assistance, must be development to impact positively in social and economic conditions, especially, between the most vulnerable populations / Apesar da melhoria das condi??es de vida dos brasileiros nas ?ltimas d?cadas, esta ocorreu de forma polarizada entre grupos de melhor posi??o social. Assim, persiste um panorama de iniquidades em sa?de no Brasil que abrange, inclusive, a situa??o de sa?de bucal. Tal panorama instigou a realiza??o deste estudo ecol?gico que visou avaliar a rela??o das condi??es socioecon?micas (SE), bem como de pol?ticas de sa?de p?blica com as condi??es de sa?de bucal nas capitais brasileiras. Para tanto, foram realizadas an?lise fatorial e de regress?o linear utilizando indicadores de sa?de bucal coletados do SB Brasil 2010, de condi??es socioecon?micas do Censo Brasileiro 2010 e relativos ? fluoreta??o das ?guas de abastecimento do Sisagua. A An?lise fatorial com os indicadores de condi??es de vida revelou dois fatores comuns; depriva??o econ?mica e condi??o s?cio-sanit?ria. Depriva??o econ?mica apresentou correla??o positiva estatisticamente significativa com o CPO-D 12 anos (p=0,03) e m?dia de dentes perdidos (p=0,002) e correla??o negativa com popula??o livre de c?rie (p=0,012). Condi??o s?cio-sanit?ria mostrou correla??o negativa com CPO-D (p<0,0001) e correla??o positiva com popula??o livre de c?rie (p=0,002). ?gua de abastecimento fluoretada teve associa??o significativa com CPO-D (p<0,0001), m?dia de dentes perdidos (p<0,0001) e popula??o livre de c?rie (p<0,0001). An?lise de regress?o linear m?ltipla para o CPO-D das capitais foi estimado pelas condi??es s?cio-sanit?rias e fluoreta??o, ajustado pela depriva??o econ?mica; enquanto que o modelo para a m?dia de dentes perdidos foi estimado apenas pela fluoreta??o e depriva??o econ?mica, e por fim, o modelo para a taxa da popula??o livre de c?rie nas capitais brasileiras foi estimado pela condi??o econ?mica e s?cio-sanit?ria ajustadas pelo abastecimento de ?gua fluoretada. Portanto, quest?es relativas ?s condi??es de vida e ?s pol?ticas p?blicas est?o intrinsecamente associadas ? c?rie dent?ria. Assim, ? preciso desenvolver a??es, para al?m da assist?ncia odontol?gica, para impactar positivamente nas condi??es econ?micas e sociais, sobretudo, das popula??es mais vulner?veis
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Fatores socioecon?micos contextuais associados ? condi??o bucal de adolescentes no Brasil

Ara?jo, Gerliene Maria Silva 22 February 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:43:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 GerlieneMSA_DISSERT.pdf: 1373192 bytes, checksum: ae98ef68760a45b957ffea40dff5d730 (MD5) Previous issue date: 2013-02-22 / Many surveys are conducted comparing oral health conditions with individual variables, such as socioeconomic and demographic factors. However, in the same way that individuals differ among themselves, the groups also have their own characteristics and the effects of this differentiation must be researched. Brazil, despite being one of the major economic powers of the world and shows an improvement in the average value of its health indicators, is also one of the most unequal and remains among the countries with the greatest health inequities. The purpose of this study was to investigate the importance of social determinants on the contextual level oral health among Brazilian adolescents, population not much researched by the literature. The research was made using an ecological approach in order to identify possible inequalities between cities and capitals. Using data from SBBrasil 2010 it was evaluated less common outcomes (loss of first molar, dental care index and T-Health) which provide information on the degree of morbidity of caries and health level of dental tissues, in addition to analyze the related services. The association of these oral health indicators with socioeconomic factors such as income, employment, education and inequality, collected from Census 2010, was analyzed by simple and multiple linear regressions. The study included the 27 state capitals and four clusters representing the municipalities of the country. It was possible to see better access to services in locations with better income distribution. However, the strong association of contextual factors related to poverty, low levels of education and poor housing and jobs with poorer levels of oral health in adolescents seems to overshadow the effects of income inequalities on dental caries in the country. In some locations, particularly within the North and Northeast, whichever one keeps dentistry mutilating, whose effects are already noticeable in its adolescent population. Access to restorative services in Brazil remains limited and unequal. The results of this study highlight the inequities in oral health in the country and show the need of the inclusion of new perspectives on the traditional approach of Preventive Dentistry and education models in Dentistry. Tackling health inequalities in oral health in the country requires the cooperation of various actors involved in the process and the inclusion of oral health in the context of overall health. The social determinants approach, as well as evaluating the distribution of oral diseases in the country and its inclusion in the context of overall health, should guide the implementation of programs and oral health practices in order to contribute to the reduction of inequalities / Muitas pesquisas s?o realizadas confrontando condi??es de sa?de bucal com vari?veis individuais, como fatores socioecon?micos e demogr?ficos. No entanto, da mesma forma que os indiv?duos divergem entre si, os grupos tamb?m possuem caracter?sticas pr?prias e os efeitos dessa diferencia??o precisam ser pesquisados. O Brasil, apesar de ser uma das maiores pot?ncias econ?micas do mundo e vir apresentando uma melhoria no valor m?dio de seus indicadores de sa?de, ? tamb?m um dos mais desiguais e permanece entre os pa?ses com maiores iniquidades em sa?de. A proposta deste estudo foi pesquisar a import?ncia dos determinantes sociais a n?vel contextual na sa?de bucal de adolescentes brasileiros, popula??o pouco pesquisada na literatura. A pesquisa foi feita atrav?s de uma abordagem ecol?gica, no intuito de identificar poss?veis desigualdades entre munic?pios e capitais. Utilizando dados do SBBrasil 2010, foram avaliados desfechos menos comuns (perda do 1? molar, ?ndice de cuidados odontol?gicos e T-Health) que fornecem informa??es sobre o grau de morbidade da c?rie e o n?vel de sa?de dos tecidos dent?rios, al?m de abordar aspectos relacionados aos servi?os. A associa??o destes indicadores de sa?de bucal com fatores socioecon?micos como renda, emprego, educa??o e desigualdade, coletados do CENSO 2010, foi analisada por meio de regress?o linear simples e m?ltipla. Os dom?nios do estudo inclu?ram as 27 capitais brasileiras e 4 clusters representativos dos munic?pios do interior do pa?s. Foi poss?vel constatar um melhor acesso aos servi?os em localidades com melhor distribui??o de renda. No entanto, a forte associa??o de fatores contextuais relativos ? pobreza, baixos n?veis de educa??o e m?s condi??es de moradia e emprego com piores n?veis de sa?de bucal em adolescentes parece ofuscar os efeitos das desigualdades de renda sobre os agravos bucais no pa?s. Em algumas localidades, em especial no interior das regi?es Norte e Nordeste, continua prevalecendo uma odontologia mutiladora, cujos efeitos s?o percept?veis j? em sua popula??o adolescente. O acesso aos servi?os restauradores no Brasil ainda permanece limitado e desigual. Os resultados deste estudo evidenciam as iniquidades em sa?de bucal no pa?s e mostram a necessidade da inclus?o de novas perspectivas na abordagem tradicional da Odontologia Preventiva e nos modelos de educa??o em Odontologia. O combate a essas iniquidades requer a coopera??o dos v?rios autores envolvidos no processo e a inclus?o da sa?de bucal no contexto da sa?de geral. A abordagem dos determinantes sociais, bem como a avalia??o da distribui??o das doen?as bucais no territ?rio brasileiro e sua inclus?o no contexto da sa?de em geral, devem nortear a implementa??o de programas e a??es em sa?de bucal, de forma a contribuir para a redu??o das desigualdades

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