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DE BOTA E BOMBACHA: UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO SOBRE AS IDENTIDADES GAÚCHAS E O TRADICIONALISMO. / WITH BOOTS AND BOMBACHAS: AN ANTHROPOLOGICAL STUDY ON GAÚCHAS IDENTITIES AND TRADITIONALISM

Howes Neto, Guilherme 18 December 2009 (has links)
With boots and bombachas (a typical pair of pants worn by people called gaúchos in Rio Grande do Sul/Brasil): an anthropological study on Gaúchas (the so called culture from the gaúchos) identities and Traditionalism is the title of the dissertation submitted to the Graduation Program in Social Sciences of the Universidade Federal de Santa Maria Rio Grande do Sul/Brazil, in the Social Identities and Ethnic Groups Area, under the supervision of Prof. Dr. Ceres Karan Brum. The aim of the present research is referring to gaucho s staging and identities meanings in Rio Grande do Sul, Brazil. Within this context the paper investigates the circularity of the interpretive flows throughout the history of Rio Grande do Sul and, still nowadays, on the emblematic character of the gaúcho, including the representations and practices of countryman, projections and interfaces between the symbolic farm laborer and the real farm laborer, their approaches and their distances, their symbolic universes being them: shared, disputed or separated. It is proposed to understand this process as a circularity, forming interpretative flows between the rural and urban, between the countryside and the city, understanding this relationship as a dialogue, with exchanges and interfaces between traditionalist men from the city and those who are from the farms, who distribute these identities in a constant and intermittent way, not building a single track that could be modeled and copied, true and false, real and imaginary. It is also tried to demonstrate that the identity of the urban gaúcho, created from the model of rural south-Brazilian men, is reinvented in the city and it is developed in the country with new practices and representations, which are also appropriate and re-signified in the farms. By doing so, the country men give a new meaning to the traditional practices and return to the city with new practices and a representations about what is to be a gaúcho. Throughout this process it is tried to understand the context between country and city, with a constant flux of interpretations and re-interpretations of the same symbolic universe, which are the interfaces between the traditionalists from the city and those from the farms. / De bota e bombacha: Um estudo antropológico sobre as identidades gaúchas e o tradicionalismo é o título do texto dissertativo apresentado ao programa de Pós Graduação em Ciências Sociais, da Universidade Federal de Santa Maria, Área de Concentração Identidades Sociais e Etnicidade, sob orientação da Profª Drª Ceres Karan Brum. O tema central desta pesquisa se refere às representações e as significações das identidades do gaúcho no Rio Grande do Sul. Nesse contexto, busco entender a circularidade dos fluxos interpretativos dados ao longo da história do Rio Grande do Sul e ainda hoje, sobre a figura emblemática do gaúcho, entre as representações tradicionalistas1 e as práticas dos peões de estância, as projeções e interfaces entre o peão simbólico e o peão real, suas aproximações e seus distanciamentos, seus universos simbólicos compartilhados, disputados ou dissociados. Proponho entender este processo como uma circularidade, formando fluxos interpretativos entre o rural e o urbano, entre o campo e a cidade, entendendo esta relação como um diálogo, no sentido de trocas e interfaces entre peões tradicionalistas e peões de estância, que fazem circular estas identidades de maneira constante e intermitente, não constituindo uma via única de modelo e cópia, verdadeiro e falso, real e imaginário. Procuro demonstrar que essa identidade gauchesca urbana, criada ao modelo do homem rural sulino, reinventa-se na cidade e devolve ao campo novas práticas e representações, que por sua vez, são também apropriadas e re-significadas nas estâncias. Desta forma, os peões de estância re-significam as práticas tradicionalistas e devolvem para a cidade novas práticas e representações sobre o gauchismo. É dessa maneira que busco entender o contexto campo e cidade. Um constante fluxo de interpretações e re-interpretações acerca de um mesmo universo simbólico, que são, as interfaces entre os peões tradicionalistas e peões de estância.
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CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE DO GAÚCHO NA CANÇÃO DE LUIZ MARENCO: UM ENFOQUE DIALÓGICO

Machado, Gabriel Soares 20 August 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:26:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Diss_Gabriel_final.pdf: 1770697 bytes, checksum: 72559503ab4911dfca25b2be80e1457a (MD5) Previous issue date: 2010-08-20 / Considering the importance of reflecting on the different gaucho discursive images, this study aims to analyze, from a dialogical point of view, aspects of the discursive construction of gaucho identity in a nativistic music CD titled Identidade [Identity] by Luiz Marenco, the famous gaucho singer, seeking marks therein regarding the constitution of Rio Grande do Sul‟s typical subject. Specifically, it aims to verify, in the CD‟s songs (a) discursive cues pointing to identitary fragments which, although may come from irreducible and even conflicting singularities, converge in the dialogical construction of the typical gaucho subject, (b) how the dialogical construction of the gaucho identity happens in the songs interpreted by Luiz Marenco, seeking to perceive how the already-said is responsively reflected and refracted and (c) what is the influence of this dialogical construction on Rio Grande do Sul typical subject identity formation. This research is based on Bakhtin‟s dialogical theory of discourse (Bakhtin 1998, 2003; Bakhtin/Volochinov, 1995), which has contributed to the reflection concerning enunciation and discourse, including human agents‟ discursive-identitary constitution, and dialogues with the field of cultural studies (Hall, 2000; Silva, 2007), that contribute with reflections regarding the relationships of cultural and identity processes. As for the methodology, five songs of the CD Identity are analyzed which were chosen in accordance with representative recurrent marks of Rio Grande do Sul subjects, in dialogue with each other and all the CD songs. In this process, we describe marks in lyrics and melody utterances that constitute the songs, which ground the ways of representing the typical gaucho subject and consequently her identity construction. As we consider identity formation as directly linked to language, the ways of representing identity manifest themselves by means of discourse, which establishes dialogical relationships with other discourses, in a process of sense construction in which interlocutors have an active participation. In this context, we conclude pointing to the need of rethinking the concepts on the current representation of the typical gaucho subject by taken their identity as something in constant displacement, that is, in constant construction / Considerando a importância da reflexão sobre as diferentes imagens discursivas do gaúcho, este estudo tem o intuito de analisar, sob o ponto de vista dialógico, aspectos da construção discursiva da identidade gaúcha no CD de música nativista intitulado Identidade, de Luiz Marenco, procurando apreender pistas que apontam para a constituição do sujeito sul-rio-grandense. Como objetivos específicos, visa verificar, nas composições musicais do referido disco, (a) pistas discursivas que remetem a facetas identitárias as quais, embora possam advir de singularidades díspares, e até mesmo conflitantes entre si, ajudem na construção dialógica do gaúcho, (b) como se dá a construção dialógica da identidade do sujeito gaúcho nas canções interpretadas por Luiz Marenco, observando como sentidos advindos de um já-dito são responsivamente refletidos e refratados e (c) qual a influência dessa construção dialógica para a formação identitária sul-rio-grandense. Esta pesquisa está baseada na teoria dialógica do discurso (Bakhtin 1998, 2003; Bakhtin/Volochinov, 1995), que tem contribuído para a reflexão acerca dos estudos da enunciação e do discurso, inclusive no que tange à constituição discursivo-identitária do indivíduo, e estabelece interlocução com os estudos culturais (Hall, 2000; Silva, 2007), que contribuem com reflexões a respeito das relações entre processos culturais e identitários. No que se refere à metodologia, são analisadas cinco canções do disco Identidade, escolhidas de acordo com traços recorrentes representativos do sujeito sulino, não deixando de dialogar com as outras canções selecionadas e com o conjunto da obra. Nesse processo, discorre-se sobre pistas nos enunciados de letra e melodia, formadores das canções, que agem no sentido de embasar os modos de representação do gaúcho e, conseqüentemente, sua construção identitária. Para tanto, parte-se do raciocínio de que as formações identitárias estão diretamente relacionadas com a linguagem. Assim, os modos de representação se dão por meio do discurso, o qual estabelece relações dialógicas com discursos outros, remetendo ao processo de construção de sentido em que o interlocutor tem participação ativa. Nesse contexto, conclui-se apontando para um repensar os conceitos sobre a atual representação do gaúcho, considerando sua identidade como algo em constante deslocamento, ou seja, em constante construção
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O centauro e a pena : Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002) e a invenção das tradições gaúchas

Zalla, Jocelito January 2010 (has links)
A presente pesquisa visa a construir uma biografia histórico-intelectual do folclorista, militante tradicionalista e escritor sul-rio-grandense Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002). O objetivo do trabalho é analisar sua trajetória intelectual e sua obra para acessar o processo de construção/atualização das representações sociais sobre a figura do gaúcho pampiano e a elaboração de projetos coletivos de identidade regional e de “invenção de tradições” nela baseados, desenvolvidos, principalmente, na segunda metade do século XX. Apresento, primeiramente, algumas considerações sobre o “tripé” teórico que baliza a análise: o conceito de representação, segundo as considerações de Pierre Bourdieu e Roger Chartier, fundamenta a forma de ler a construção social da realidade; a noção de tradição, a partir da avaliação da proposta de Eric Hobsbawm, ilumina o papel dos símbolos e dos ritos neste processo; o termo projeto, seguindo a formulação de Gilberto Velho, liga vida e obra, trajetória e teoria, política e identidade. As conclusões mostram que as respostas de Barbosa Lessa, nos anos 1950, para as críticas da geração “realista” de escritores regionalistas à literatura romântica precedente conciliam ambas as posições no desenho do novo “gaúcho a cavalo”, possibilitando, de um lado, o “resgate” do mito como base para a reivindicação do amparo social governamental ao campesino rio-grandense e, de outro, o apelo ao “popular” como foco da ritualização efetivada nos palcos dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs). Em sua intervenção no debate identitário local, Barbosa Lessa incorpora outros sujeitos em sua narrativa sobre a formação social do Rio Grande do Sul e dá voz àqueles grupos calados ou marginalizados, como o negro, a mulher (inventada como “prenda”, na ética e na estética tradicionalista), o índio e o imigrante. Se o gaúcho pampiano continua sendo o centro de suas atenções, ele acaba costurado e reconfigurado por elementos culturais de origem social e mesmo étnica diversa. Nos final dos anos 1970, inicia-se uma tensão, nas diretrizes da Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo do Estado (SCDT), sob direção de nosso personagem, e, a seguir, em seus escritos, entre essa perspectiva agregadora, de inspiração folclorista, e outra tradicional e “lusitanista”, de inspiração historiográfica. Sua resolução, em favor do primeiro pólo, só se dá com a intervenção de Lessa nos debates internos do tradicionalismo e na defesa do gauchismo em geral das críticas acadêmicas, nos anos 1980. Busco, nesse sentido, atentar para as especificidades do discurso memorialista, que possibilitaram enunciações carregadas de afetividade na conciliação de tradicionalistas com os dissidentes nativistas e na contenda com os intelectuais universitários. Assim, de um Rio Grande luso e brasileiro "agauchado" pelo meio, chegamos, em seu projeto, a outro Rio Grande plenamente "gaúcho" porque cindido pela diversidade e pela mudança. / This work aims to construct an intellectual biography of the folclorist, tradicionalist movement‟s activist and writer Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002). It is our objective to analyze his trajectory and his written production to access the process of construction of the social representations about the brazilian gaucho and the collective projects of regional identity and “invention of traditions” in Rio Grande do Sul (Brazil) during the second half of the twentieth century. First of all, I introduce some theoretical considerations about: a) the social construction of reality through the concept of “representation”, according to Pierre Bourdieu and Roger Chartier; b) the role of symbols and rituals in this process through Eric Hobsbawm‟s notion of “invention of tradition”; c) the connection between life and literature, trajectory and theory, politics and identity provide by Gilberto Velho‟s concept of “project”. The findings show Barbosa Lessa‟s answers to the contests in regionalist literature during the 1940‟s harmonize romantic and realistic positions to fabricate a new pattern of “gaucho on horseback”. His perspective enables the use of this myth to reclaim State social support to the “rio-grandense” peasant. To the other side, it allows the popular appeal in the construction of symbols and rituals for the gaucho traditionalist movement. In his intervention in the regional identity debate, Barbosa Lessa adds, in his narrative about the social formation of Rio Grande do Sul, another subjects and groups symbolically marginalized, like African element, women (invented as “prenda”) and immigrants. Whether the gaucho continues in the center of attention of Lessa, his new model is set of cultural elements with diverse social, and including ethnic, origin. In the late 1970‟s, a tension starts, in the guidelines of the Rio Grande do Sul‟s State Secretary of Culture, under his direction, and, later, in his writings, between this open perspective, inspired in folklore, and another more traditional, inspired in historiography. The resolution in favor of the first pole of the tension just happens when Barbosa Lessa intermediates the internal dispute in traditionalist movement and defends the “gauchismo”, in general, criticized by a new generation of university intellectuals, in the 1980‟s. So, I intend to show the specificities of the memorials‟ discourse that enable emotional enunciations in the reconcilement of traditionalist activists and the dissidence “nativista” and, either, in his controversy with academic professors. Thus, the image of “Rio Grande do Sul” changes from a Portuguese and Brazilian State turned gaucho by the characteristics of the environment to another absolutely gaucho because of his cultural variety and transformation condition.
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O centauro e a pena : Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002) e a invenção das tradições gaúchas

Zalla, Jocelito January 2010 (has links)
A presente pesquisa visa a construir uma biografia histórico-intelectual do folclorista, militante tradicionalista e escritor sul-rio-grandense Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002). O objetivo do trabalho é analisar sua trajetória intelectual e sua obra para acessar o processo de construção/atualização das representações sociais sobre a figura do gaúcho pampiano e a elaboração de projetos coletivos de identidade regional e de “invenção de tradições” nela baseados, desenvolvidos, principalmente, na segunda metade do século XX. Apresento, primeiramente, algumas considerações sobre o “tripé” teórico que baliza a análise: o conceito de representação, segundo as considerações de Pierre Bourdieu e Roger Chartier, fundamenta a forma de ler a construção social da realidade; a noção de tradição, a partir da avaliação da proposta de Eric Hobsbawm, ilumina o papel dos símbolos e dos ritos neste processo; o termo projeto, seguindo a formulação de Gilberto Velho, liga vida e obra, trajetória e teoria, política e identidade. As conclusões mostram que as respostas de Barbosa Lessa, nos anos 1950, para as críticas da geração “realista” de escritores regionalistas à literatura romântica precedente conciliam ambas as posições no desenho do novo “gaúcho a cavalo”, possibilitando, de um lado, o “resgate” do mito como base para a reivindicação do amparo social governamental ao campesino rio-grandense e, de outro, o apelo ao “popular” como foco da ritualização efetivada nos palcos dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs). Em sua intervenção no debate identitário local, Barbosa Lessa incorpora outros sujeitos em sua narrativa sobre a formação social do Rio Grande do Sul e dá voz àqueles grupos calados ou marginalizados, como o negro, a mulher (inventada como “prenda”, na ética e na estética tradicionalista), o índio e o imigrante. Se o gaúcho pampiano continua sendo o centro de suas atenções, ele acaba costurado e reconfigurado por elementos culturais de origem social e mesmo étnica diversa. Nos final dos anos 1970, inicia-se uma tensão, nas diretrizes da Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo do Estado (SCDT), sob direção de nosso personagem, e, a seguir, em seus escritos, entre essa perspectiva agregadora, de inspiração folclorista, e outra tradicional e “lusitanista”, de inspiração historiográfica. Sua resolução, em favor do primeiro pólo, só se dá com a intervenção de Lessa nos debates internos do tradicionalismo e na defesa do gauchismo em geral das críticas acadêmicas, nos anos 1980. Busco, nesse sentido, atentar para as especificidades do discurso memorialista, que possibilitaram enunciações carregadas de afetividade na conciliação de tradicionalistas com os dissidentes nativistas e na contenda com os intelectuais universitários. Assim, de um Rio Grande luso e brasileiro "agauchado" pelo meio, chegamos, em seu projeto, a outro Rio Grande plenamente "gaúcho" porque cindido pela diversidade e pela mudança. / This work aims to construct an intellectual biography of the folclorist, tradicionalist movement‟s activist and writer Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002). It is our objective to analyze his trajectory and his written production to access the process of construction of the social representations about the brazilian gaucho and the collective projects of regional identity and “invention of traditions” in Rio Grande do Sul (Brazil) during the second half of the twentieth century. First of all, I introduce some theoretical considerations about: a) the social construction of reality through the concept of “representation”, according to Pierre Bourdieu and Roger Chartier; b) the role of symbols and rituals in this process through Eric Hobsbawm‟s notion of “invention of tradition”; c) the connection between life and literature, trajectory and theory, politics and identity provide by Gilberto Velho‟s concept of “project”. The findings show Barbosa Lessa‟s answers to the contests in regionalist literature during the 1940‟s harmonize romantic and realistic positions to fabricate a new pattern of “gaucho on horseback”. His perspective enables the use of this myth to reclaim State social support to the “rio-grandense” peasant. To the other side, it allows the popular appeal in the construction of symbols and rituals for the gaucho traditionalist movement. In his intervention in the regional identity debate, Barbosa Lessa adds, in his narrative about the social formation of Rio Grande do Sul, another subjects and groups symbolically marginalized, like African element, women (invented as “prenda”) and immigrants. Whether the gaucho continues in the center of attention of Lessa, his new model is set of cultural elements with diverse social, and including ethnic, origin. In the late 1970‟s, a tension starts, in the guidelines of the Rio Grande do Sul‟s State Secretary of Culture, under his direction, and, later, in his writings, between this open perspective, inspired in folklore, and another more traditional, inspired in historiography. The resolution in favor of the first pole of the tension just happens when Barbosa Lessa intermediates the internal dispute in traditionalist movement and defends the “gauchismo”, in general, criticized by a new generation of university intellectuals, in the 1980‟s. So, I intend to show the specificities of the memorials‟ discourse that enable emotional enunciations in the reconcilement of traditionalist activists and the dissidence “nativista” and, either, in his controversy with academic professors. Thus, the image of “Rio Grande do Sul” changes from a Portuguese and Brazilian State turned gaucho by the characteristics of the environment to another absolutely gaucho because of his cultural variety and transformation condition.
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O centauro e a pena : Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002) e a invenção das tradições gaúchas

Zalla, Jocelito January 2010 (has links)
A presente pesquisa visa a construir uma biografia histórico-intelectual do folclorista, militante tradicionalista e escritor sul-rio-grandense Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002). O objetivo do trabalho é analisar sua trajetória intelectual e sua obra para acessar o processo de construção/atualização das representações sociais sobre a figura do gaúcho pampiano e a elaboração de projetos coletivos de identidade regional e de “invenção de tradições” nela baseados, desenvolvidos, principalmente, na segunda metade do século XX. Apresento, primeiramente, algumas considerações sobre o “tripé” teórico que baliza a análise: o conceito de representação, segundo as considerações de Pierre Bourdieu e Roger Chartier, fundamenta a forma de ler a construção social da realidade; a noção de tradição, a partir da avaliação da proposta de Eric Hobsbawm, ilumina o papel dos símbolos e dos ritos neste processo; o termo projeto, seguindo a formulação de Gilberto Velho, liga vida e obra, trajetória e teoria, política e identidade. As conclusões mostram que as respostas de Barbosa Lessa, nos anos 1950, para as críticas da geração “realista” de escritores regionalistas à literatura romântica precedente conciliam ambas as posições no desenho do novo “gaúcho a cavalo”, possibilitando, de um lado, o “resgate” do mito como base para a reivindicação do amparo social governamental ao campesino rio-grandense e, de outro, o apelo ao “popular” como foco da ritualização efetivada nos palcos dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs). Em sua intervenção no debate identitário local, Barbosa Lessa incorpora outros sujeitos em sua narrativa sobre a formação social do Rio Grande do Sul e dá voz àqueles grupos calados ou marginalizados, como o negro, a mulher (inventada como “prenda”, na ética e na estética tradicionalista), o índio e o imigrante. Se o gaúcho pampiano continua sendo o centro de suas atenções, ele acaba costurado e reconfigurado por elementos culturais de origem social e mesmo étnica diversa. Nos final dos anos 1970, inicia-se uma tensão, nas diretrizes da Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo do Estado (SCDT), sob direção de nosso personagem, e, a seguir, em seus escritos, entre essa perspectiva agregadora, de inspiração folclorista, e outra tradicional e “lusitanista”, de inspiração historiográfica. Sua resolução, em favor do primeiro pólo, só se dá com a intervenção de Lessa nos debates internos do tradicionalismo e na defesa do gauchismo em geral das críticas acadêmicas, nos anos 1980. Busco, nesse sentido, atentar para as especificidades do discurso memorialista, que possibilitaram enunciações carregadas de afetividade na conciliação de tradicionalistas com os dissidentes nativistas e na contenda com os intelectuais universitários. Assim, de um Rio Grande luso e brasileiro "agauchado" pelo meio, chegamos, em seu projeto, a outro Rio Grande plenamente "gaúcho" porque cindido pela diversidade e pela mudança. / This work aims to construct an intellectual biography of the folclorist, tradicionalist movement‟s activist and writer Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002). It is our objective to analyze his trajectory and his written production to access the process of construction of the social representations about the brazilian gaucho and the collective projects of regional identity and “invention of traditions” in Rio Grande do Sul (Brazil) during the second half of the twentieth century. First of all, I introduce some theoretical considerations about: a) the social construction of reality through the concept of “representation”, according to Pierre Bourdieu and Roger Chartier; b) the role of symbols and rituals in this process through Eric Hobsbawm‟s notion of “invention of tradition”; c) the connection between life and literature, trajectory and theory, politics and identity provide by Gilberto Velho‟s concept of “project”. The findings show Barbosa Lessa‟s answers to the contests in regionalist literature during the 1940‟s harmonize romantic and realistic positions to fabricate a new pattern of “gaucho on horseback”. His perspective enables the use of this myth to reclaim State social support to the “rio-grandense” peasant. To the other side, it allows the popular appeal in the construction of symbols and rituals for the gaucho traditionalist movement. In his intervention in the regional identity debate, Barbosa Lessa adds, in his narrative about the social formation of Rio Grande do Sul, another subjects and groups symbolically marginalized, like African element, women (invented as “prenda”) and immigrants. Whether the gaucho continues in the center of attention of Lessa, his new model is set of cultural elements with diverse social, and including ethnic, origin. In the late 1970‟s, a tension starts, in the guidelines of the Rio Grande do Sul‟s State Secretary of Culture, under his direction, and, later, in his writings, between this open perspective, inspired in folklore, and another more traditional, inspired in historiography. The resolution in favor of the first pole of the tension just happens when Barbosa Lessa intermediates the internal dispute in traditionalist movement and defends the “gauchismo”, in general, criticized by a new generation of university intellectuals, in the 1980‟s. So, I intend to show the specificities of the memorials‟ discourse that enable emotional enunciations in the reconcilement of traditionalist activists and the dissidence “nativista” and, either, in his controversy with academic professors. Thus, the image of “Rio Grande do Sul” changes from a Portuguese and Brazilian State turned gaucho by the characteristics of the environment to another absolutely gaucho because of his cultural variety and transformation condition.

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