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Colonização cutâneo-mucosa e/ou infecção por Cryptococcus neoformans em indivíduos infectados pelo HIV, com e sem síndrome de imunodeficiência adquiridaestudo prospectivo e evolutivo de coorte interrompida

Vieira, Iracema Forni January 2000 (has links)
Submitted by Gilvan Almeida (gilvan.almeida@icict.fiocruz.br) on 2016-10-11T17:37:07Z No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 72050.pdf: 1377504 bytes, checksum: c811f75d6bc8efbe526c9b64af50a960 (MD5) / Approved for entry into archive by Anderson Silva (avargas@icict.fiocruz.br) on 2016-10-24T15:01:40Z (GMT) No. of bitstreams: 2 72050.pdf: 1377504 bytes, checksum: c811f75d6bc8efbe526c9b64af50a960 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-24T15:01:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2 72050.pdf: 1377504 bytes, checksum: c811f75d6bc8efbe526c9b64af50a960 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2000 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / No período de abril de 1990 a maio de 1999 foi realizado estudo prospectivo de colonização cutâneo-mucosa e/ou infecção por Cryptococcus neoformans em 100 indivíduos infectados pelo HIV, com e sem SIDA. Os espécimes clínicos examinados foram respectivamente: raspados de interdígito dos pés e das mãos, da superfície dorsal da língua, swab de fossa nasal, urina e escarro. Todos os espécimes foram semeados em placas contendo meio niger. As colônias fenoloxidase positivas foram subcultivadas e identificadas. O estudo foi subdividido em três etapas. Na primeira fase, de abril de 1990 a dezembro de 1992, dos 100 indivíduos investigados, obtivemos isolamento de C. neoformans de seis, sendo uma colonização transitória, dois casos compatíveis com colonização ou infecção brônquica inicial e outros três com doença disseminada. Na segunda fase, correspondente à interrupção do protocolo de janeiro de 1993 a dezembro de 1995, foi realizada a revisão dos 100 prontuários desta casuística, sendo apurados cinco casos de criptococose disseminada e 60 óbitos por variadas causas, dos quais seis relacionados com criptococose disseminada. Na terceira fase, 28 indivíduos remanescentes da casuística original foram resubmetidos ao protocolo inicial de investigação, sendo encontrado um caso de colonização brônquica por C. neoformans var. gattii sorotipo B em mulher grávida, a qual três anos após este achado, apresentou criptococose disseminada por C. neoformans var. neoformans / Mucocutaneous colonization and/or infection by Cryptococcus neoformans was prospectively studied from April 1990 to May 1999 in 100 individuals infected by HIV, with and without AIDS. Clinical specimens included in the study were: interdigital scrapings of hands and feet, scraping of the dorsal surface of the tongue, nasal swab, urine and sputum. All specimens were plated onto niger seed agar. Phenoloxidase-positive colonies were subcultivated and identified. The study was performed in three steps. In the first step, from April 1990 until December 1992, C. neoformans was isolated from 6 out of the 100 individuals studied: one had transient colonization, two were compatible with colonization or initial bronchial infection and three had disseminated cryptococcosis. In the second step, corresponding to the period of interruption of the protocol from January 1993 to December 1995, review of the case history of the patients showed that 5 had disseminated cryptococcosis and at least 60 died from various causes, 6 of whom related to disseminated cryptococcosis. In the third step, 28 remaining individuals from the original casuistic were re-evaluated according to the protocol of the first step, disclosing one case of bronchial colonization by C. neoformans var. gattii serotype B in a pregnant woman who three years later presented disseminated cryptococcosis by C. neoformans var. neoformans
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Viver saudável em tempos de aids

Meirelles, Betina Hörner Schlindwein January 2003 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. / Made available in DSpace on 2012-10-21T08:37:55Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Estudo qualitativo que objetivou a construção de um referencial filosófico-conceitual, com enfoque educativo e interdisciplinar, norteado pelo olhar da complexidade, para a consciência responsável na adoção de atitudes que assegurem a promoção da saúde através da prevenção da infecção pelo HIV. A epidemia de Aids é por nós assumida como um problema complexo, sendo que as ações de prevenção à infecção pelo HIV devem envolver todos os setores da sociedade e outras disciplinas, que não as típicas da saúde, a fim de melhorar as condições de educação e de vida da população para um viver saudável. Neste sentido, buscamos refletir criticamente e de forma dialógica com diversos atores sociais, incluindo profissionais de saúde, membros de instituições públicas e privadas, sociedade civil organizada, pessoas que vivem com HIV/Aids e seus familiares a respeito de práticas saudáveis de viver. Realizamos vinte e sete entrevistas envolvendo estes atores sociais, selecionados através de critérios preestabelecidos. A definição do número de sujeitos do estudo nos exigiu um reconhecimento prévio da realidade, na qual buscamos identificar a rede de relações/serviços que contribui na prevenção da transmissão do HIV/Aids em nossa sociedade. Nesta etapa identificamos os subsistemas/células importantes no desenvolvimento de ações de promoção da saúde relacionadas à prevenção da transmissão do HIV/Aids, com a possibilidade de identificação dos projetos e ações desenvolvidos de interesse para esta pesquisa e de abrangência para o Estado de Santa Catarina. Utilizamos um roteiro com questões abertas que nortearam os diálogos, tais como: a conceitualização de ser saudável, de promoção da saúde, de políticas públicas para a saúde, da prevenção da Aids; experiências e vivências dos membros quanto à temática, bem como possíveis proposições a respeito. Utilizamos a análise descritiva e interpretativa dos dados. As unidades de sentido identificadas nos levaram às categorias emergentes que contribuíram na formulação do referencial filosófico-conceitual proposto, no qual abordamos o viver saudável, o risco e a vulnerabilidade no contexto da epidemia de Aids, a definição de políticas públicas para o viver saudável, o desenvolvimento de competências dos serviços de saúde, a construção de redes e parcerias, a educação como possibilidade de mudanças e desenvolvimento de competências, a singularidade dos sujeitos e aptidões pessoais para o viver saudável e a busca do entendimento das contradições presentes na sociedade. Os elementos essenciais para o sucesso das ações de prevenção da infecção pelo HIV: acesso à informação e educação, disponibilidade de serviços sociais e de saúde eficazes, e ambiente social adequado a eliminar barreiras e promover mudanças exigem envolvimento e participação de diversos atores e setores da sociedade para o seu alcance. Diante da complexidade da realidade social apresentada, concluímos que devemos avançar no sentido de compreender formas de agir que possam novamente religar os conhecimentos e a ação dos diversos setores da sociedade, principalmente do setor saúde. O conhecimento necessário para o enfrentamento deste problema de saúde, a epidemia de Aids, não está pronto, mas em constante construção nesta dinâmica sociedade na qual vivemos, o que nos exige ações contínuas.
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Características clínico-demográficas de pacientes internados com aids em um hospital universitário

Silva, Alessandra Cicari de Morais e 09 December 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2014. / Submitted by Guimaraes Jacqueline (jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2015-06-10T14:30:02Z No. of bitstreams: 1 2014_AlessandraCicarideMoraiseSilva.pdf: 990581 bytes, checksum: 7bb3357b96b14fff9056cd115639bf3d (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2015-06-10T14:31:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_AlessandraCicarideMoraiseSilva.pdf: 990581 bytes, checksum: 7bb3357b96b14fff9056cd115639bf3d (MD5) / Made available in DSpace on 2015-06-10T14:31:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_AlessandraCicarideMoraiseSilva.pdf: 990581 bytes, checksum: 7bb3357b96b14fff9056cd115639bf3d (MD5) / É importante conhecer as características clínico-epidemiológicas dos pacientes hospitalizados com aids pois a internação reflete as limitações do tratamento ambulatorial e a situação de controle da doença. O presente trabalho teve como objetivo descrever as características clínicas, demográficas e epidemiológicas de pacientes com HIV/aids hospitalizados no Hospital Universitário de Brasília (HUB) a fim de caracterizar pacientes hospitalizados com aids quanto a doença de base, causas de internação e uso prévio de antirretrovirais. Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo no qual foram incluídos pacientes com diagnóstico de infecção pelo HIV/aids, admitidos no Hospital Universitário de Brasília (HUB) no período de janeiro de 2013 a abril de 2014. A partir de instrumento previamente elaborado foram consultados 49 prontuários de PVHA. O perfil dos indivíduos mostra predomínio do sexo masculino (69%), heterossexuais (49%), pardos (37%), usuários de drogas injetáveis (25%), com destaque na faixa etária de 40 a 49 anos (35%). Em relação aos dados clínicos, as principais doenças diagnosticadas no momento da internação foram pneumocistose (6,4%), neurotoxoplasmose (3,9%), candidíase oral e/ou esofágica (7,4%) sendo que febre (49%), foi o principal sinal/sintoma que os pacientes apresentaram, seguido por tosse (24%), anorexia (14%), dispneia (14%) e diarreia (6%). Em relação ao controle da doença, a maioria (51%) apresentou resultado de carga viral acima de 1000 cópias. Quanto aos valores de CD4, os pacientes que haviam realizado exame recentemente (até 90 dias antes da internação) apresentaram L TCD4 menor que 200 células/mm3. A mediana do tempo de permanência das PVHA hospitalizadas foi de 13,5 dias, sendo a alta por melhora clínica em 88% e por óbito em 8,2% dos casos. As características clínico-epidemiológicas encontradas são semelhantes às relatadas na literatura. As infecções oportunistas e as coinfecções continuam sendo as principais causas de internação. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Knowledge of the clinical and epidemiological characteristics of inpatients with aids is crucial, since hospitalization reflects both the limitations of outpatient treatment and the status of disease control. This study aimed to describe the demographic, clinical and epidemiological of patients with HIV/aids hospitalized at the University Hospital of Brasilia (HUB) in order to characterize patients hospitalized with aids as the underlying disease, causes of hospitalization and previous use of antiretroviral drugs. The subjects of this retrospective, observational investigation were patients diagnosed with HIV/aids admitted to the Hospital Universitário de Brasília from January 2013 to April 2014. Using a previously designed instrument, 49 medical records of people living with HIV/aids (PLWHA) were analyzed. Males predominated (69%), as did heterosexuals (49%), individuals of mixed black and white parentage (37%), and users of injectable drugs (25%). Most were in the age range of 40 to 49 years (35%). With regard to clinical data, the diseases most frequently diagnosed on admission were oral candidiasis oral/esophageal (7.4%), pneumocystosis (6.4%), and neurotoxoplasmosis (3.9%). Fever (49%) was the most common sign/symptom, followed by cough (24%), anorexia (14%), dyspnea (14%) and diarrhea (6%). As for HIV/aids control, most subjects (51%) had viral loads above 1000 copies. CD4 T-lymphocyte counts below 200 cells/mm3 were found for patients who had been recently examined (up to 90 days before admission). Median length of hospital stay was 13.5 days. Clinical improvement led to discharge in 88% of patients. Of the PLWHA investigated, 8.2% died. The clinical and epidemiological features observed are similar to those reported in the literature. Opportunistic infections and co-infections remain the leading causes of hospitalization.
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Diagnóstico etiológico das meningites e encefalites linfocitárias pela amplificação do DNA patogênico em pacientes com infecção pelo HV

Chesky, Marisa January 2004 (has links)
Resumo não disponível
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Caracterização dos compostos derivados de furoxano como inibidores da atividade de bombas de efluxo em Mycobacterium tuberculosis e estudo da influência do efluxo e da halotolerância nos perfis de resistência do bacilo /

Marino, Leonardo Biancolino. January 2016 (has links)
Orientador: Clarice Queico Fujimura Leite / Coorientador: Luiz Pedro Sorio de Carvalho / Coorientador: Cleslei Fernando Zanelli / Banca: Pedro Eduardo Almeida da Silva / Banca: Cristiano Gallina Moreira / Banca: Patrícia Bento da Silva / Banca: Leonardo Neves de Andrade / Resumo: Tuberculose (TB), com principal agente etiológico o bacilo Mycobacterium tuberculosis, é uma doença infecciosa passível de cura. Entretanto, é detentora de uma estatística mundial preocupante, e em 2014 apresentou 9,5 milhões de novos casos e 1,5 milhão de mortes. Além dos altos índices estatísticos, a TB aparece ainda associada a dois fatores agravantes: a co-infecção com HIV ("Human Immunodeficiency Virus") e a crescente emergência de linhagens resistentes aos quimioterápicos como "multi-drug resistant" (MDR) e "extensively drug resistant" (XDR), que dificultam sobremaneira o tratamento, indicando premência na pesquisa de novos fármacos. A resistência do bacilo manifesta-se a partir de eventos adquiridos (como aquisição de mutações cromossomais em genes específicos relacionados ao metabolismo de fármacos) ou intrínsecos, como uma parede celular altamente hidrofóbica (devido à grande quantidade de ácidos micólicos). Estes mecanismos de resistência são discutidos amplamente na literatura. Por outro lado, pouco se sabe a respeito da resistência devido as alterações na expressão dos genes das bombas de efluxo, responsáveis pela exclusão de fármacos, bem como dos mecanismos de resistência relacionados a halotolerância bacteriana. Neste sentido, três assuntos de relevância no combate à tuberculose foram abordados nesta tese. Como primeira frente, avaliou-se inicialmente a expressão de 5 genes codificadores de bombas de efluxo pela técnica de RT-qPCR em 12 isolados clínicos frente ao tratamento com rifampicina, principal fármaco do regime terapêutico da TB. Resultados indicaram que essas proteínas auxiliam na emergência da resistência, sendo indicados pela superexpressão dos genes frente ao tratamento. Como segunda frente avaliou-se a atividade de 15 compostos inéditos de furoxânicos e benzofuroxânicos... / Abstract: Tuberculosis (TB) is an infectious disease caused mainly by Mycobacterium tuberculosis bacillus, presenting 9.5 million of new cases and 1.5 million of deaths in 2014. Two aggravating factors are associated with these high statistical indexes: a co-infection with HIV ("Human Immunodeficiency Virus") and the increasing emergence of resistant strains represented by MDR ("multi-drug resistant") and XDR ("extreme drug resistant") strains. The bacillus resistance manifests from acquired events (such as acquisition of chromosomal mutations in specific genes related to drug metabolism) or intrinsic, as a highly hydrophobic cell wall (due to the large amount of mycolic acids) and the action of efflux pumps (responsible for drug extrusion). Thus, the thesis project evaluated the expression of five genes encoding efflux pumps by RT-qPCR technique in 12 clinical isolates against rifampicin, the main anti-TB drug used in the standard treatment. Results indicated that these proteins contribute to the emergence of resistance, indicated by overexpression of these genes after treatment. The second part of the study evaluated the activity of 15 furoxan and benzofuroxan derivative compounds for inhibitory capacity against the M. tuberculosis, cytotoxicity in VERO cells, as well as ethidium bromide accumulation and efflux assays. Aiming evaluate their mechanism of action, microarray and assays of nitric oxide release were also done, as they are supposed nitric oxide donors and may present an action by oxidative stress and/or the activity efflux pumps inhibition. Results indicated that the class of compounds is promising for the treatment, with good inhibitory activity against bacillus and substantial degree of selectivity. Mechanism of action assays indicated activity independent of efflux inhibition, of isoniazid subunit' or nitric oxide release. Microarray pointed to changes ... / Doutor
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Uso da carga viral e de técnicas de georreferenciamento como contribuição para o monitoramento da transmissão de HIV/AIDS no Brasil, 1996 a 2011

Sousa, Artur Iuri Alves de 29 July 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Núcleo de Medicina Tropical, 2014. / Submitted by amanda alcebiades (amandaalcebiades@gmail.com) on 2014-11-28T14:19:47Z No. of bitstreams: 1 2014_ArturIuriAlvesDeSousa.pdf: 2087677 bytes, checksum: afd7eda0fee5747c94a6ef946b4be005 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-12-01T12:09:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_ArturIuriAlvesDeSousa.pdf: 2087677 bytes, checksum: afd7eda0fee5747c94a6ef946b4be005 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-12-01T12:09:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_ArturIuriAlvesDeSousa.pdf: 2087677 bytes, checksum: afd7eda0fee5747c94a6ef946b4be005 (MD5) / Elevados níveis de transmissão do HIV em determinadas áreas no Brasil indicam diferenças no perfil epidemiológico do agravo. O mapeamento dessas diferenças pode evidenciar a relação com o risco de adoecer por esse agravo, assim como a intensidade e direção desse risco. Este estudo teve como objetivo mapear a distribuição geográfica do HIV/aids no Brasil e a carga viral comunitária (CVC) de indivíduos acompanhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), comparando a diferença dessa carga viral antes e depois do início do uso da terapia antirretroviral, entre os anos de 1980 e 2011. Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo da distribuição da incidência e carga viral do HIV/Aids na população brasileira por município de residência do indivíduo no período de 1980 a 2011. A área de estudo compreendeu o território brasileiro, que é dividido em 27 unidades político-administrativas independentes, sendo 26 estados e o Distrito Federal, divididos ainda em 5.565 municípios. Foram utilizadas as bases de dados do SINAN-aids, de 1980 a 2011, disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e a base de cadastro conjunta do SISCEL e SICLOM, que contém os indivíduos em monitoramento laboratorial (SISCEL) e que recebem medicamentos antirretrovirais (SICLOM) no período de 2000 a 2011, e as informações dos óbitos por aids registrados no SIM de 1980-2011. Base conjunta com os casos de aids e os registros do SISCEL/SICLOM foi criada com base em procedimentos probabilísticos com o aplicativo Reclink. Análise espacial das médias das taxas de incidência, da prevalência de aids e da carga viral comunitária com a busca de identificar padrão de distribuição dos eventos localizados segundo quantidade/área foi realizada por meio da interpolação e suavização por meio de um Kernel. Nos anos estudados, observou-se declínio dos casos incidentes de aids no Brasil a partir dos anos de 1996-1999 e certa estabilidade a partir do ano 2000. A prevalência de casos de aids, casos incidentes descontado os óbitos, observou-se aumento durante todos os períodos, aumento esse em função dos indivíduos em tratamento antirretroviral. A distribuição dessa prevalência 16 está concentrada em algumas regiões do Brasil, como os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, e no eixo Curitiba-Porto Alegre. Na análise, observou-se desenvolvimento de novos conglomerados no espaço, como as cidades da costa do Nordeste, especialmente na região de Recife. A CVC apresentou redução progressiva no período de estudo. Observou-se que houve redução dessa CVC em todas as regiões do Brasil. No entanto, essa redução não foi uniforme, sendo que a Região Nordeste teve a menor redução (20,8%) e a Região Sudeste a maior (37,0%) entre 2007 e 2011. O perfil de distribuição da densidade da CVC evidenciou mudanças na concentração da circulação do vírus no país. Contudo, verifica-se persistência de alta concentração do vírus na Região Sudeste, especialmente São Paulo, e Sul do país. O mapeamento da CVC entre os indivíduos que não estão em tratamento mostrou a existência de conglomerados no espaço, sendo observada alta concentração de vírus circulante em áreas da Região Nordeste, especialmente em São Luís, e no eixo João Pessoa-Recife. As Regiões Sudeste e Sul, que apresentam alta prevalência dos casos de aids, apresentam menor intensidade a CVC. A taxa de incidência, tradicionalmente utilizada para identificar risco da população de contrair aids, não considera o estado clínico do indivíduo. Considerar esse estado passa a ser estratégico na identificação de áreas/populações que estão mais expostas. O uso da carga viral se mostrou factível como estratégia combinada da vigilância, permitindo, com o direcionamento de ações, reduzir de forma acelerada as novas infecções. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / High levels of HIV transmission in areas in Brazil indicate differences in the epidemiology of the disease. Mapping these differences could describe the relationship between the risk of being infected by this illness and the intensity and direction of that risk. This study aims to map the geographical distribution of HIV/Aids in Brazil and the community viral load (CVL) of individuals followed by the Unified Health System (SUS), comparing the difference of the viral load before and after the onset of use antiretroviral therapy between 1980 and 2011. It was done a retrospective descriptive study of the incidence and distribution of viral load of HIV/Aids in Brazilian population by municipality of residence in the period of 1980 to 2011. Country wide territory was included, which is divided in 27 independent political-administrative units (26 states and the Federal District) and further divided into 5,565 municipalities. Database of SINAN-AIDS, 1980-2011, provided by the Department of Data processing (DATASUS), the database of the SISCEL containing individuals in laboratory monitoring and SICLOM which contains data from individuals receiving antiretroviral drugs in the period 2000-2011, and the information of AIDS deaths from SIM from 1980 to 2011. A unified database with AIDS cases and records from SISCEL/SICLOM was created based on probabilistic procedure through RecLink application. It was perfomed spatial analysis of mean incidence rates, prevalence of AIDS and CVL aiming to identify patterns of distribution of localized events as amount/area through interpolation and smoothing using a kernel. During the studied period, there was a decline in aids incident cases in Brazil from 1996-1999 and after 2000 a relative stability. The prevalence of aids showed an increasing during all periods. Prevalence distribution is concentrated in some regions of Brazil, such as the states of Rio de Janeiro and São Paulo, and on the Curitiba-Porto Alegre axis. We observed the development of new clusters in space, especially in cities of the Northeast coast. Community Viral Load showed a progressive decrease during the study period in all regions of Brazil. However, this reduction was not uniform, the Northeast had the lowest 18 reduction (20.8%) and the Southeast the largest (37.0%) between 2007 and 2011. The profile of density distribution of the CVL showed changes in the virus circulation concentration countrywide. However, there was a persistence of high concentration of virus in the Southeast, especially Sao Paulo and in the southern. Mapping CVL among individuals who are not in treatment showed the existence space clusters, high concentration of circulating virus was observed in areas of the Northeast, especially in São Luís, and on the João Pessoa-Recife axis. The Southeast and South, which have a high prevalence of AIDS have a lower intensity CVL. The incidence rate, traditionally used to identify population risk of contracting AIDS, does not consider the clinical and laboratorial condition of the individual. The consideration of this state shall be strategic in identifying areas/populations that are more exposed. The use of viral load proved feasible as combined strategy of surveillance, allowing, in direct actions to reduce the accelerated rate of new infections.
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Prova tuberculínica e QuantiFERON-TB Gold in-Tube na identificação da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis em pessoas vivendo com AIDS / Tuberculin skin testing and QuantiFERON-TB Gold in-Tube in the identification of latent Mycobacterium tuberculosis infection in people living with AIDS / Prueba tuberculínica y Quantiferon-TB Gold in-Tube en la identificación de la infección latente por Mycobacterium tuberculosis en personas que viven con el sida

Souza, Josiane Maria Oliveira de 29 September 2014 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2014. / Submitted by Larissa Stefane Vieira Rodrigues (larissarodrigues@bce.unb.br) on 2014-12-10T12:32:26Z No. of bitstreams: 1 2014_JosianeMariaOliveiraDeSouza.pdf: 2060736 bytes, checksum: 74e9755ce2457d801f6c6bd192611376 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2014-12-16T19:32:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_JosianeMariaOliveiraDeSouza.pdf: 2060736 bytes, checksum: 74e9755ce2457d801f6c6bd192611376 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-12-16T19:32:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_JosianeMariaOliveiraDeSouza.pdf: 2060736 bytes, checksum: 74e9755ce2457d801f6c6bd192611376 (MD5) / A tuberculose (TB) é a mais freqüente e fatal doença oportunista em pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), em função do maior risco de seu desenvolvimento após a infecção pelo Mycobacterium tuberculosis. O diagnóstico e tratamento da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB) na PVHA é fundamental para evitar a progressão para doença e morte por TB. O presente estudo tem por objetivo analisar o uso dos testes Prova Tuberculínica (PT) e QuantiFERON-TB Gold in-Tube (QTF-GIT) na identificação da ILTB em pessoas vivendo com aids. A pesquisa utilizou os modelos epidemiológicos do tipo transversal, série de casos e estudo de caso. A amostra consistiu de 300 pacientes com HIV/aids, selecionados em oito serviços de assistência especializados em DST/HIV/aids do Distrito Federal, entre 2011 e 2013, com seguimento até maio de 2014. A análise dos dados transversais revelou uma média de CD4 de 477,5células/mm³, sendo que 18 pacientes (6%, IC95%:3,6-9,3) apresentaram ILTB a partir do resultado positivo da PT e/ou QTF-GIT. Destaca-se que quatro pacientes (1,3%, IC95%:0,04-2,63) apresentaram uma PT positiva e oito pacientes (2,7%, IC95%:0,8-4,5) apontaram para o teste QFT-GIT positivo, sendo que seis pacientes (2%, IC95%:0,4-3,6) obtiveram resultados positivos para ambos os testes – aumento de 81,8% na detecção de ILTB pelo QFT-GIT em relação à PT. A concordância entre os dois testes foi de 96% (kappa=0,48). Do total de casos, 295 pacientes (98,3%) utilizavam terapia antirretroviral. No seguimento, dezessete pacientes foram identificados com ILTB (5,1%), sendo que doze casos (70,6%) realizaram a terapia preventiva com isoniazida (TPI) – nenhum destes adoeceu por TB. A média de proteção após a TPI foi de 495,4 dias para QTF-GIT+ e de 540 dias, a PT≥5mm. Os resultados revelaram baixa prevalência de ILTB a partir dos resultados da PT e QTF-GIT na referida população em cenário de baixa carga da TB e média renda, o que limitou a capacidade de avaliar os fatores preditores associados aos resultados positivos dos testes. Na população com imunossupressão moderada houve melhor resposta ao QTF-GIT do que a PT, para detecção da ILTB. No seguimento dos casos identificaram-se dois casos de TB pulmonar entre os pacientes com resultado negativo do QTF-GIT e PT, com atipia na apresentação clínica e laboratorial, além de boas condições socioeconômicas e moderada contagem de CD4, o que demonstrou que mesmo com uso adicional de um teste, não foi possível identificar e tratar todos os pacientes com risco de desenvolvimento da TB entre as PVHA. O único óbito ocorrido no estudo não foi relacionado à TB. Concluiu-se que é preciso a execução de demais estudos que avaliem outros fatores de risco e biomarcadores para ILTB entre as PVHA, mesmo diante dos resultados negativos, além da necessidade de maior tempo de seguimento para avaliar a durabilidade da proteção pela isoniazida e de estudos que explorem a relação custoefetividade do uso do QTF-GIT entre as PVHA. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Tuberculosis (TB) is the most frequent and fatal opportunistic infection in people living with HIV/AIDS (PLWHA), due to the higher risk of developing TB after infection with Mycobacterium Tuberculosis. Hence, the diagnosis and treatment of latent Mycobacterium Tuberculosis infection (LTBI) in PLWHA is essential to prevent disease progression and death from TB. The study aims to analyze the use of two tests Tuberculin skin testing (TST) and QuantiFERON-TB Gold In-Tube (QTF-GIT) in the identification of LTBI in people living with AIDS. Used the cross-sectional epidemiological models, case series and case study. The sample consisted of 300 patients with HIV/AIDS of the Federal District, between 2011 and 2013, with follow-up through May 2014 the analysis of cross-sectional data revealed in the average CD4 count of 477.5 cells/mm ³ and 18 patients (6%, 95% CI: 3.6-9.3) had LTBI positive result from the TST and/or QTF-GIT. Four patients (1.3%, 95% CI: 0.042.63) had a positive TST-eight (2.7%, 95% CI: 0.8-4.5) tested positive QFT-GIT, and six (2%, 95% CI 0.4-3.6) had positive results for both tests. That is, a relative increase of 81.8% in detecting LTBI by QTF-GIT compared to the TST. The agreement between the two tests was 96% (kappa =0.48). Of the total cases, 295 patients (98.3%) were using antiretroviral therapy. Following seventeen patients were identified with LTBI (5.1%), while 12 cases (70.6%) underwent isoniazid preventive therapy (IPT), and among them, none became ill with TB. The average protection after IPT was 495.4 days for QTF-GIT + and 540 days, TST≥5mm. The results showed a low tuberculosis burden and middle income, which limited the ability to assess the predictive factors associated with positive test results scenario. Individuals with moderate immunosuppressant responded better to QTF-GIT than the TST, to detect LTBI. Following the cases, there were limitations in identifying all patients susceptible to developing TB. During follow-up there were two cases of Pulmonary tuberculosis among patients with negative results of QTF-GIT and TST, with atypical in clinical and laboratory presentation, but good socioeconomic conditions and moderate CD4 count. What has shown that even with the additional use of a diagnostic test was not possible to identify and promptly treat all patients with HIV/AIDS at risk of developing TB. The only death in the study was not related to tuberculosis. Finally, we suggest further studies that assess other risk factors and biomarkers for LTBI among PLWHA, despite the negative results. Besides being required longer follow-up to evaluate the durability of protection by isoniazid and studies exploring the cost-effectiveness of using QTF-GIT among PLWHA relationship. _________________________________________________________________________________ RESUMEN / La tuberculosis (TB) es la enfermedad oportunista más frecuente y fatal en personas que viven con VIH/sida (PVVS), en función del mayor riesgo de desarrollar TB después de infección por Mycobacterium tuberculosis. Por consiguiente, el diagnóstico y tratamiento de la infección latente por Mycobacterium tuberculosis (ILTB) en las PVVS es fundamental para evitar la progresión a enfermedad y muerte por TB. El objetivo de este estudio es analizar el uso de dos pruebas, la Prueba Tuberculínica (PT) y QuantiFERON-TB Gold in-Tube (QTFGIT) en la identificación de la ILTB en personas que viven con el sida. Se utilizaran los modelos epidemiológicos de tipo transversal, serie de casos y estudio de caso. La muestra consistió en 300 pacientes con VIH/sida, seleccionados en ocho servicios especializados en ETS/VIH/sida del DF, entre 2011 y 2013, con seguimiento hasta mayo de 2014. El análisis de los datos transversales reveló un promedio de CD4 de 477,5 células/mm³ y 18 pacientes (6%, IC95%:3,6-9,3) tuvieran ILTB a partir del resultado positivo de la PT y/o QTF-GIT. Cuatro pacientes (1,3%, IC95%:0,04-2,63) presentaron una PT positiva y ocho (2,7%, IC95%:0,8- 4,5) la prueba QFT-GIT positiva y seis (2%, IC95%:0,4-3,6) tuvieron resultados positivos en las dos pruebas. Es decir, un incremento relativo de 81,8% en la detección de ILTB por el QFT-GIT en relación con la PT. La concordancia entre las dos pruebas fue de 96% (kappa=0,48). Del total de casos, 295 pacientes (98,3%) utilizaban terapia antirretroviral. Siguiente diecisiete pacientes fueran identificados con ILTB (5.1%) y 12 de estos casos (70.6%) se sometieron a la terapia preventiva con isoniazida (TPI), y, entre ellos, ninguno se enfermó de TB. La media de protección después de la TPI fue de 495,4 días para QTF-GIT+ y de 540 días, la PT≥5mm. Los resultados mostraron una baja prevalencia de ILTB a partir de los resultados de la PT y QTF-GIT en esa población en escenario de baja carga de tuberculosis y media renta, lo que limitó la capacidad de evaluar los factores predictores asociados a los resultados positivos de las dos pruebas. Los casos con inmunosupresión moderada respondieron mejor al QTF-GIT que a la PT, para detectar la ILTB. En el seguimiento de los casos, hubo limitación en la identificación de todos los pacientes susceptibles a desarrollar TB. Durante el seguimiento hubo dos casos de tuberculosis pulmonar entre los pacientes con resultado negativo del QTF-GIT y PT, con atipia en la presentación clínica y de laboratorio, además de buenas condiciones socioeconómicas y 13 moderado recuento de CD4. Lo que demostró que a pesar del uso adicional de una prueba diagnóstica no fue posible identificar y tratar tempranamente a todos los pacientes con VIH/sida en riesgo de desarrollar TB. La única muerte ocurrida en el estudio no estaba relacionada con la tuberculosis. Por último, se sugiere más estudios que evalúen otros factores de riesgo y biomarcadores para ILTB entre las PVVS, a pesar de los resultados negativos. Además de la necesidad de un mayor tiempo de seguimiento para evaluar la durabilidad de la protección por la isoniazida y de estudios que exploren la relación costo-efectividad del uso del QTF-GIT entre las PVVS.
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Criminalização da transmissão sexual do HIV : uma abordagem bioética

Godoi, Alcinda Maria Machado 25 January 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2013-06-04T12:02:04Z No. of bitstreams: 1 2013_AlcindaMariaMachadoGodoi.pdf: 2167479 bytes, checksum: 728bcfc93a54782f51e8affec2773b47 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-06-04T12:32:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_AlcindaMariaMachadoGodoi.pdf: 2167479 bytes, checksum: 728bcfc93a54782f51e8affec2773b47 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-06-04T12:32:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_AlcindaMariaMachadoGodoi.pdf: 2167479 bytes, checksum: 728bcfc93a54782f51e8affec2773b47 (MD5) / A criminalização relacionada ao HIV é um problema que envolve grande complexidade, abarcando aspectos médicos, sociais e éticos. Como a questão envolve conflitos entre os objetivos da saúde pública e os direitos individuais, o aporte da bioética pode ajudar a encontrar uma solução que contemple tanto a proteção da sociedade quanto das pessoas vivendo com HIV. Este trabalho adotou como marco referencial teórico os direitos humanos conforme inscritos na Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), e de acordo com as postulações feitas pelas vertentes teóricas da bioética que introduzem os direitos humanos em sua doutrina enquanto referenciais mínimos, especialmente a vertente teórica da Bioética de Intervenção. Entendemos que os direitos humanos constituem o referencial essencial de qualquer prática de saúde e são a espinha dorsal para a avaliação dessas práticas em uma perspectiva bioética. Nos mais de trinta anos de epidemia, a discussão em torno da criminalização da transmissão do HIV, bem como outras medidas coercitivas voltadas para os portadores do vírus – como a restrição a viagens, isolamento compulsório etc –, tem sido permeada de grande polêmica, o que demonstra que o assunto não foi superado e não se conseguiu ainda estabelecer um consenso sobre esse tema. É de se destacar que este trabalho não pretendeu abordar o tema sob a ótica estrita do direito penal. O foco do trabalho foi discutir a criminalização dentro dos marcos da saúde pública, nas relações que estabelece com esse campo de conhecimento e de prática, sob o enfoque da bioética, ainda que se tenha discutido algumas particularidades jurídicas mais relevantes e de interesse direto para a discussão bioética. Do ponto de vista teórico-metodológico este é um estudo qualitativo de base empírica e documental, a qual foi trabalhada por meio da análise do discurso dos sujeitos, na perspectiva de que ele expressa a cultura do grupo ao qual pertencem, com vistas a apreender os significados e as representações sobre a criminalização das pessoas vivendo com HIV e o substrato moral ou ético que orienta as diferentes visões. A análise evidenciou que, do ponto de vista da bioética, há argumentações que podem favorecer e, outras, contraindicar a criminalização da transmissão sexual do HIV. No entanto, os argumentos mais fortes, por serem mais essenciais do ponto de vista bioético, indicam que a criminalização não é uma resposta que atenda nem aos direitos das pessoas vivendo com HIV nem às necessidades da saúde pública, pois ela acarreta danos às pessoas e mina as estratégias das políticas públicas de enfretamento da epidemia. Na perspectiva da bioética referenciada nos direitos humanos, uma política pública justa é aquela que reconhece a vulnerabilidade das pessoas vivendo com HIV e a responsabilidade social de prover um ambiente social inclusivo e não discriminatório, que garanta as condições materiais e imateriais para a sua realização enquanto pessoa humana. No caso da aids, vislumbramos duas formas efetivas e bioeticamente corretas de atuar na defesa dos interesses individuais e coletivos: 1) por meio da efetivação do direito à saúde em todas as suas dimensões; 2) pelo empoderamento da pessoa vivendo com HIV, para enfrentar e superar o estigma e a discriminação, bem como as condições de vulnerabilidade. Ambas as formas não são excludentes, mas complementares. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Criminalization related to HIV is a problem that involves great complexity, covering medical, social and ethical issues. As it involves conflicts between public health goals and individual rights, the contribution of bioethics can help to find a solution that addresses the protection of both society and people living with HIV. This study adopted a landmark theoretical based on human rights as inscribed in Universal Declaration on Bioethics and Human Rights, from United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO), and in accordance with the theoretical postulations made by some bioethical theories that introduce human rights in their doctrine as a minimum benchmark, especially Intervention Bioethics. We understand that human rights constitute the essential reference for any health practices and are the backbone to evaluate these practices in a bioethical perspective. In over thirty years of the epidemic, the discussion on criminalization of HIV transmission and other coercive measures aimed at people living with HIV - such as travel restrictions, compulsory isolation etc - has been fraught with great controversy, which shows the difficulty to establish a consensus on this issue. It should be emphasized that this work was not intended to address the issue strictly from the perspective of criminal law. The focus of this study was to discuss the criminalization within the frameworks of public health, establishing relations with this field of knowledge and practice, with a focus on bioethics, yet it has discussed some legal particularities most relevant and of direct interest to bioethical discussion. From a theoretical standpoint, this is a qualitative study based on empirical and documentary data, which was worked by analyzing the speech of subjects, from the perspective that it expresses the culture of the group they belong to, in order to seize meanings and representations about the criminalization of people living with HIV and substrate moral or ethical guiding the different views. The analysis showed that from a bioethics view, there are arguments that can facilitate and others, contraindicate the criminalization of sexual transmission of HIV. However, the strongest arguments, for being more essential bioethical standpoint, indicate that criminalization is not an answer that satisfies neither the rights of people living with HIV or the needs of public health, because it causes harm to people and undermines the public policy strategies for coping epidemic. From the perspective of bioethics based on human rights, a fair public policy is one that recognizes the vulnerability of people living with HIV and the social responsibility of providing a inclusive and non-discriminatory social environment, ensuring material and immaterial conditions for their realization as a human being. In the case of AIDS, we see two ways bioethically effective and correct to act in defense of individual and collective interests: 1) through the realization of the right to health in all its dimensions, 2) through empowerment of people living with HIV, to address and overcoming stigma and discrimination, as well as the conditions of vulnerability. Both forms are not mutually exclusive, but complementary.
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Percepção de risco da infecção pelo HIV entre adolescentes gravidas no Distrito Federal

Alves, Kelly Aparecida Palma 30 July 2010 (has links)
Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasilia, Faculdade de Ciencias da Saude, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2010. / Submitted by claudia teixeira (claudiadtx@gmail.com) on 2011-06-17T22:19:01Z No. of bitstreams: 1 2010_KellyAparecidaPalmaAlves.pdf: 498699 bytes, checksum: df83bfa9c94427bed4a18d45217386b0 (MD5) / Approved for entry into archive by Guilherme Lourenço Machado(gui.admin@gmail.com) on 2011-06-20T11:51:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_KellyAparecidaPalmaAlves.pdf: 498699 bytes, checksum: df83bfa9c94427bed4a18d45217386b0 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-06-20T11:51:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_KellyAparecidaPalmaAlves.pdf: 498699 bytes, checksum: df83bfa9c94427bed4a18d45217386b0 (MD5) / A elevada freqüência de gravidez entre adolescentes tem revelado práticas sexuais desprotegidas com conseqüente risco de adquirir DST/HIV/aids. Realizou-se um estudo transversal com objetivo de analisar a percepção de risco da infecção pelo HIV entre as adolescentes grávidas, atendidas pela rede pública de saúde do Distrito Federal. Foram entrevistadas, de abril a novembro de 2009, 336 gestantes de 13 a 19 anos de idade. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da SES/DF (Parecer 033/2009). O banco de dados foi realizado por meio do software SPSS e na análise estatística utilizou-se o teste _ 2 de Pearson. A média e a mediana em relação à idade foram de 17,4 anos e 18,0 anos, respectivamente. A maioria das entrevistadas era casada/união consensuada (60,0%), a religião predominante foi à católica (53,0%). A maior parte das entrevistadas considerou-se de cor parda, 65,2% das adolescentes não freqüentava escola e 21,7% assinalaram atividade laboral. No que se refere à renda familiar 68,2% viviam com até dois salários mínimos. Quanto aos hábitos de vida 20,9% revelaram o consumo de álcool pelo menos uma vez por semana, 11,6% fumavam regularmente e 7,7% admitiram o consumo de drogas ilícitas. A primeira relação sexual ocorreu em média aos 14,8 anos de idade, 64,0% usaram preservativo na primeira relação e 14,9% no último coito. Cerca de 23,0% das adolescentes registravam a segunda ou terceira gravidez. Houve um registro médio de 2,8 parceiros sexuais na vida. Mais de 80,0% das participantes assinalou não ter dificuldade na aquisição do preservativo. Quanto à percepção de risco em relação ao HIV, 33,3% perceberam o risco ao engravidar. As adolescentes com mais de um parceiro sexual na vida se perceberam mais em risco ao engravidar (p<0,014). Não houve significado estatístico na percepção do HIV ao engravidar em relação à idade (p<0,288), estado civil (p<0,080), escolaridade (p<0,160), religião (p<0,565), coabitação (p<0,111), número de gestações (p<0,984), freqüência de uso do preservativo (p<0,736) e consumo de bebidas alcoólicas (p<0,189). Um total de 25,0% das adolescentes se perceberam em risco de adquirir a infecção pelo HIV atualmente. Na análise considerando a percepção ou não de risco para adquirir o HIV atualmente as adolescentes casadas/união consensuada e as que coabitavam com parceiro perceberam menos o risco de se contaminarem com o HIV (p<0,000) e (p<0,001), respectivamente. Na comparação entre a percepção do risco atual de adquirir a infecção pelo HIV e a idade (p<0,447), escolaridade (p<0,0,521), religião (p<0,267), número de gestações (p<0,361), número de parceiros sexuais (p<0,083), freqüência do uso do preservativo (p<0,429) e consumo de bebida alcoólica (p<0,121), não houve significado estatístico. As principais fontes de informações sobre DST/aids foram à escola (26,2%), os profissionais de saúde (25,4%), os livros, revistas, televisão e a internet (22,2%). A orientação sobre gravidez ficou a cargo dos profissionais de saúde (28,1%), escola (18,3%) e pais (19,2%). Os resultados apontaram para a vulnerabilidade das adolescentes em relação ao risco de adquirir a infecção pelo HIV no Distrito Federal, evidenciando a necessidade de ações educativas multidisciplinares e interdisciplinares direcionadas a este grupo. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The high rate of teenage pregnancies has shown unprotected sexual intercourse with a consequent risk of acquiring STD/HIV/AIDS. A cross-sectional study aimed to examine the perceived risk of HIV infection among pregnant teenagers who were patients of the Federal District public health network was conducted. From April to November 2009, 336 women between the ages of 13 and 19 were interviewed. This study was approved by the SES/DF Ethics Committee (Opinion 033/2009). The database was created using SPSS software and the statistical analysis was conducted using the Pearson _ 2 test. The mean and median in relation to age was 17.4 years and 18.0 years, respectively. The majority of respondents were married or in a consensual union (60.0%) and the predominant religion was Catholic (53.0%). Most respondents considered themselves to be dark-skinned, 65.2% of the adolescents were not attending school, and 21.7% reported that they had some type of work activity. With regard to family income, 68.2% lived on up to two minimum salaries per month. Life habits showed 20.9% consumed alcohol at least once a week, 11.6% smoked regularly, and 7.7% admitted to illicit drug use. The first sexual intercourse occurred on average at 14.8 years of age, 64.0% used condoms during their first intercourse, and 14.9% used them during their most recent intercourse. About 23.0% of the adolescents reported that this was their second or third pregnancy. There was an average of 2.8 sexual partners up to the time the study was conducted. More than 80.0% of the participants indicated that they had no difficulty acquiring condoms and 33.3% perceived the risk of becoming pregnant. Adolescents with more than one sexual partner during their sexually active life perceived themselves to be most at risk of becoming pregnant (p<0.014). There was no statistical significance in the perception of HIV with becoming pregnant in relation to age (p<0.288), marital status (p<0.080), education (p<0.160), religion (p<0.565), cohabitation (p<0.111), number of pregnancies (p<0.984), frequency of condom use (p<0.736), or alcohol consumption (p<0.189). A total of 25.0% of the adolescents perceived themselves to be at risk of acquiring HIV infection. In the analysis considering the presence or absence of the perception of risk for acquiring HIV, teenagers currently married/in a consensual union or cohabiting with a partner perceived less risk of being contaminated with HIV (p<0.000) and (p<0.001), respectively. In the comparison between the perception of current risk of acquiring HIV infection with age (p<0.447), education (p<0.521), religion (p<0.267), number of pregnancies (p<0.361), number of sexual partners (p<0.083), frequency of condom use (p<0.429), and alcohol intake (p<0.121) showed no statistical significance. The main sources of information about STD/AIDS were school (26.2%); health professionals (25.4%); and books, magazines, television and the Internet (22.2%). Advice about pregnancy was the responsibility of health professionals (28.1%), schools (18.3%) and parents (19.2%). The results showed the vulnerability of adolescents in relation to the risk of acquiring HIV infection in the Federal District, highlighting the need for multidisciplinary and interdisciplinary educational activities aimed at this group.
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Assimetria de anticorpos contra os grupos sanguíneos A e B Galα1-3Gal desfavorece o grupo sanguíneo B contra infecção por HIV

Onsten, Tor Gunnar Hugo January 2010 (has links)
A principal hipótese para explicar o polimorfismo do sistema dos grupos sanguíneos ABH humana é a co-evolução com patógenos. Através de modelagem matemática já foi demonstrado que patógenos bacterianos que utilizam os glicanos ABH de superfície como receptores de adesão favorecem os fenótipos A e B enquanto os patógenos virais revestidos por estes glicanos favorecem o fenótipo nulo O que possui anticorpos naturais anti-A e anti-B. Limitações práticas têm impedido demonstrar até o presente momento como a co-evolução entre patógenos e hospedeiro atua sobre os anticorpos naturais contra os glicanos ABH. O presente trabalho demonstra pela primeira vez em uma grande população de doadores de sangue (N: 271.410) que a assimetria dos grupos sanguíneos do sistema ABO e seus respectivos anticorpos associados à reação cruzada do anti- Galα1-3Gal pode explicar a freqüência significativamente maior de infecção por HIV em doadores de sangue do grupo sanguíneo B. A reação cruzada anti-B causada pela maior capacidade de imuno-reconhecimento do anticorpo anti- Galα1-3Gal presente nos grupos sanguíneos A e O comparada ao encontrado no grupo B pode também justificar o predomínio do alelo A sobre o alelo B na maioria das populações humanas. / Co evolution with pathogens is the principal hypothesis to explain the polymorphism of the ABO blood group system. Mathematic models demonstrate that bacterial pathogens exploring ABH surface glycans as attachment receptors impose selective pressure in favour of A and B phenotypes while glycan covered viruses favor act in favour of the O phenotype who’s serum contains natural occurring anti-A and anti-B antibodies. Natural antibodies against ABH glycans acting in co evolution between hosts and pathogens has by practical limitations not been demonstrated until present. The present study demonstrated for the first time in a great population of blood donors (N: 271.410) that the asymmetry of ABO blood group system antigens and antibodies in associated with cross reacting anti- Galα1-3Gal antibodies can explain the higher frequency of HIV infection in blood donors of group B and also the higher frequency of the A allele compared to the B allele in most human populations.

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