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Alcântara Machado e Norman Rockwell: a arte de descrever sociedadesRosa de Souza, Carolina Curassá [UNESP] 03 August 2012 (has links) (PDF)
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souza_ccr_me_sjrp.pdf: 1040702 bytes, checksum: a573de64b7a05adb9b394d110a516835 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Antônio de Alcântara Machado e Norman Rockwell são figuras representativas da produção artística das sociedades em que viveram. Machado engajou-se no modernismo brasileiro e inovou a narrativa do conto. Já Rockwell representou a cultura norte-americana por quase todo o século XX, sem utilizar, contudo, formas tão inovadoras como fez Alcântara. Esta dissertação de mestrado pretende analisar a existência de relações formais e temáticas entre os autores, ainda que haja poucas ligações artísticas, sociais ou econômicas entre eles. Valendo-se da teoria da intermidialidade e das funções da linguagem de Jakobson, busca-se estruturar um quadro comparativo e aumentar as possibilidades de leituras relativas a cultura e literatura expostas em parte da obra de Alcântara Machado e da de Norman Rockwell / Antônio de Alcântara Machado and Norman Rockwell were representative figures when we think about Brazilian and American artistic production. Machado was engaged in the Brazilian modernism and innovated the narrative structure of short-stories. Rockwell, on the other hand, represented the American culture on his canvases for almost the entire twentieth century, without using, however, the same innovative way of production as Alcântara did. This dissertation aims to analyze the existence of formal and thematic links between those artists, even with few artistic, social or economic connection between them. Drawing on the theories about Intermidiality and Jakobson’s functions of language, our intent is to structure a comparative panel and to increase the possibilities of readings related to culture and literature exhibited in the artistic production by Alcântara Machado and Normal Rockwell
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Romance e experimentação com a linguagem em Boquitas pintadas, de Manuel Puig, e Onde andará Dulce Veiga?, de Caio Fernando de Abreu /Alves, Wanderlan da Silva. January 2011 (has links)
Orientador: Arnaldo Franco Junior / Banca: Ana Cecilia Arias Olmos / Banca: Orlando Nunes de Amorim / Resumo: Esta dissertação analisa o trabalho de experimentação formal com a linguagem dos mass media operada nos romances Boquitas pintadas (1969), do escritor argentino Manuel Puig, e Onde andará Dulce Veiga? (1990), do escritor brasileiro Caio Fernando Abreu. Tais romances se vinculam à trajetória de autoquestionamento da própria linguagem narrativa que, de certo modo, a literatura latinoamericana desenvolve desde os movimentos vanguardistas, nas primeiras décadas do século XX, e intensifica ao longo das fases de criação literária do boom de produção e de comercialização da narrativa latinoamericana, a partir dos anos 50-60 do século XX, aproximadamente (MONEGAL, 1968; RAMA, 2005). Pela mobilização consciente que ambos os romances fazem de procedimentos escriturais, textos, gêneros textuais e gêneros literários vinculados tanto à própria literatura quanto à linguagem dos mass media, que os agenciam com fins mercadológicos, suas narrativas se tornam representativas de dois momentos distintos da última fase de desenvolvimento do boom da literatura latinoamericana - o chamado pós-boom. Por meio de procedimentos escriturais que transpõem outras linguagens para o campo da escrita literária, as narrativas expressam uma concepção ampla do fazer literário, das contribuições formais que os mass media e sua linguagem podem oferecer à narrativa contemporânea e da função social que podem exercer na literatura latinoamericana: possibilidade de avaliação e questionamento dos códigos, símbolos e valores que constituem os mitos da sociedade de consumo, na América Latina. Boquitas pintadas e Onde andará Dulce Veiga? potencializam, então, no corpo de sua linguagem, uma leitura crítico-paródica (HUTCHEON, 1985; 1991) da história social a que sua produção literária se vincula, ao mesmo tempo em que recuperam linguagens (como a linguagem cinematográfica... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This dissertation examines the work of formal experimentation with the language of the mass media developed in the novels Boquitas pintadas (1969), by the Argentinian writer Manuel Puig and, Onde andará Dulce Veiga? (1990), by the Brazilian writer Caio Fernando Abreu. These novels are linked to the path of self-questioning in the narrative language itself, which somehow is carried out by Latin-American literature since the avant-garde movements in the early decades of the twentieth century, and it is intensified during the process of creative writing of the ―Boom‖ in Latin American narrative production and commercialization during the 1950s and 1960s, approximately (MONEGAL, 1968; RAMA, 2005). Considering, in both novels, the conscious mobilization of writing procedures, texts, text genres and literary genres, related to literature itself and to mass media language, which manage them with market purposes, their narratives become representatives of two distinct moments in the last phase of the development of the ―Boom‖ in Latin American literature - the so-called ―post- Boom‖. By means of writing procedures, which transpose other languages into the field of literary writing, the narratives express a broad conception of literature, formal contributions of the mass media and its language can offer to contemporary narrative and, the social function that they can represent for Latin American literature: the possibility of questioning and evaluation of codes, symbols and values which form the myths of consumer society in Latin America. Therefore, Boquitas pintadas and Onde andará Dulce Veiga? enhance a critical and parodic reading (HUTCHEON, 1985, 1991) of social history to which the literary production is attached to and, at the same time, they recover languages (as film language) and narrative genres (as feuilleton or serial novels) which are significant... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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A perspectiva da mulher como resistência às configurações ideológicas do ditador latino-americano : o romance de Julia Alvarez e de Mario Vargas LlosaTavares, Carla Rosane da Silva January 2007 (has links)
Tendo como pressupostos os estudos de teóricas feministas da atualidade, como Teresa de Lauretis, Judith Butler e Joan Scott, e críticas literárias, dentre as quais Rita Teresinha Schmidt e Márcia Hoppe Navarro, ao lado de pensadores como Mikhail Bakhtin, Louis Althusser e Fredric Jameson, o presente trabalho expõe os resultados da pesquisa A perspectiva da mulher como resistência às configurações ideológicas do ditador latinoamericano: o romance de Julia Alvarez e de Mario Vargas Llosa. A fundamentação teórica permite a análise de um corpus literário constituído pelos romances contemporâneos No tempo das Borboletas (1994), da dominicana, naturalizada americana, Julia Alvarez, e A festa do Bode (2000), do peruano Mario Vargas Llosa, narrativas que possuem em comum a questão de El Trujillato — esta última utilizada como contraponto da primeira, que se constitui em objeto principal do estudo literário. A metodologia adotada centra-se na análise comparativista dos romances, norteada pelos princípios da Literatura Comparada. Com enfoques e pontos de vista diferenciados, os textos possibilitam a análise da representação de gênero e ideologia, ao lado do cruzamento que se estabelece entre Literatura e História. A compreensão de gênero, como construção social e cultural, contribui com a verificação de peculiaridades do discurso literário, na explicitação da mulher enquanto sujeito plural e multiforme. O entendimento de ideologia(s) como mecanismo(s) de conhecimento/desvendamento ou mascaramento da realidade contribui com o projeto de análise deste trabalho. A análise crítica explicita o lugar discursivo da mulher em um contexto predominantemente masculino, permitindo a verificação de posições ideológicas nas formações político-sociais que se inserem numa sociedade dominada pela ditadura. Os textos literários, com as subjetividades próprias de cada autor/a, revisitam um período da História da República Dominicana, mostrando a presença feminina ainda à margem dos processos de decisão, entretanto revelam que essa mulher tem consciência da situação e tudo faz para mudá-la. Assim, quando de sua inserção no espaço político, ela promove uma ruptura nos padrões instituídos. No cotejo comparativo entre as narrativas, verifica-se que a representação de gênero feminino é mais expressiva no romance das Borboletas, com a atuação política das irmãs Mirabal. O fato de ser sua autora uma mulher, que vivenciou parte da ditadura, confere ao processo de escritura do texto literário condições mais explícitas de traduzir sua percepção acerca da temática e da explicitação da condição da mulher em um contexto marcado pela prepotência do homem. O romance de Vargas Llosa, por sua vez, oferece maior exploração da História instituída, revelando uma perspectiva masculina mais acentuada no âmbito da realidade ficcional. Em conjunto, ambas as poéticas permitem um novo e atualizado olhar para questões políticas em meio ao horror instituído de uma época trágica. O cenário da República Dominicana, que ainda inspira reflexões, é reconstruído com maestria nesse percurso através da tessitura literária. / Teniendo como presupuestos los estudios de teóricas de la actualidad, como Tereza de Lauretis, Judith Butter y Jean Scott, y críticas literarias, entre las cuales Rita Terezinha Schmitd y Márcia Hoppe Navarro, al lado de pensadores como Mikhail Bakhtin, Louis Althusser y Frederic Jameson, el presente trabajo presenta el resultado de la investigación titulada La perspectiva de la mujer como resistencia a las configuraciones ideológicas del dictador latinoamericano: la novela de Julia Alvares y de Mario Vargas Llosa. La fundamentación teórica permite la análisis de un corpus literario constituido por los romances contemporáneos El tiempo de las mariposas (1994), de la dominicana naturalizada americana, Julia Alvarez, La fiesta del chivo (2000), del peruano Mario Vargas Llosa, narrativas que poseen en común la cuestión de El Trujillato – esta última utilizada como contrapunto de la primera, que se constituí en objeto principal del estudio literario. La metodología adoptada está ubicada en el análisis comparativo de las novelas, norteada por los principios de la Literatura Comparada. Con enfoques y puntos de vista diferenciados, los textos posibilitan el análisis de la representación del género e ideología, al lado del cruzamiento que se establece entre Literatura e Historia. La comprensión del género como construcción social y cultural, contribuye con la verificación de particularidades del discurso literario, en la explicación de la mujer mientras sujeto plural y multiforme. El entendimiento de ideología(s) como mecanismo(s) de conocimiento/descubrimiento o enmascaramiento de la realidad contribuye con el con el proyecto de análisis de este trabajo. El análisis crítica explicita el lugar discursivo de la mujer en un contexto predominantemente masculino, permitiendo la verificación de posiciones ideológicas en las formaciones políticas sociales que están en una sociedad históricamente dominada por la dictadura. Los textos literarios, con la autonomía propias de cada autor/a, redescubren un período de la Historia de la República Dominicana, mostrando la presencia de la mujer en un mundo en lo cual ella aun está a orilla de los procesos de decisión, sin embargo revelan que esa mujer tiene consciencia de la situación y todo hace para cambiarla. Así, cuando su introducción en el espacio político, ella promueve una ruptura en los padrones instituidos. En el cotejo comparativo entre las narrativas, percibiese que la representación del género femenino es más expresiva en el romance de las Mariposas, y el facto de ser su autora una mujer que ha vivenciado parte de la dictadura da al proceso de escritura del texto literario condiciones más explícitas de traducir su percepción de la condición de la mujer en un contexto marcado por la prepotencia del hombre. La novela de Vargas Llosa, por su vez, ofrece una mayor exploración de la Historia instituida, trayendo una perspectiva masculina más acentuada en el ámbito de la ficción. En conjunto, ambas las poéticas permiten un nuevo y actualizado mirar para cuestiones de política de una época trágica de la República Dominicana, que aun inspira reflexiones y, en ese recorrido la organización literária reconstruye con maestría el escenario del horror.
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Shakespeare sob o olhar sul-africano: Macbeth na adaptação uMabatha, de Welcome Msomi / Shakespeare under the South African gaze: Macbeth in the uMabatha adaptation, by Welcome MsomiFreitas, Mônica de 24 March 2017 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2017-09-11T12:37:12Z
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Previous issue date: 2017-03-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação propõe um estudo comparativo entre a peça inglesa Macbeth (1605-06), de William Shakespeare, e a adaptação sul-africana uMabatha (1969), de Welcome Msomi. Esta pesquisa é embasada pelos Estudos Comparados e pela Teoria da Adaptação através dos trabalhos de Linda Hutcheon (2013), Robert Stam (2008), Julie Sanders (2006), Daniel Fischlin e Mark Fortier (2000), e visa analisar as diferenças e similaridades da obra de Msomi em relação à obra shakespeariana, bem como as estratégias utilizadas pelo autor para criar a sua adaptação Zulu. São observadas, ainda, através da transposição cultural, as particularidades da peça sul- africana que a tornam uma obra singular como, por exemplo, a origem do autor, o período político em que a África do Sul estava imersa quando Msomi criou sua obra e, principalmente, qual peça shakespeariana ele escolheu para adaptar. Após uma profunda análise e discussão, foi possível perceber que a relação intertextual entre as obras é parte de um processo natural da constituição da Literatura. Verificamos, também, que este intercâmbio de ideias e inspirações está presente, também, nas relações entre as artes de modo geral e que, de forma alguma, este processo deve ser visto como algo negativo, legando às obras posteriores a conotação de “cópias” das obras-fonte. Detectamos, da mesma maneira, que não existe um texto “puro”, sem interferências textuais de outras obras, e que isso não retira em nada a originalidade de um texto, pois cada autor é único, e ainda que se trate de uma obra adaptada, há sempre a forma particular de o autor interpretar e trazer à vida a sua própria arte. É isso o que vemos em uMabatha. / This dissertation proposes a comparative study between the English play Macbeth (1605-06) by William Shakespeare and the South African adaptation uMabatha (1969), by Welcome Msomi. This research is based on Comparative Studies and Theory of Adaptation through the work of Linda Hutcheon (2013), Robert Stam (2008), Julie Sanders (2006), Daniel Fischlin and Mark Fortier (2000), and aims to analyze the differences and similarities of Msomi's work in relation to the Shakespearean work and the strategies used by the author to create his Zulu adaptation. It is observed yet, through the cultural transposition, the particularities of the South African play which make it a singular work, such as the origin of the author, the political period in which South Africa was immersed when Msomi created her work and, mainly, which play written by Shakespeare he chose to adapt. Upon a deep analysis and discussion, we perceive that the intertextual relation between the works is part of a natural process of the constitution of Literature. We verified also that this exchange of ideas and inspirations is also present in the relations between the arts in general and that in no way can this process be seen as negative, bequeathing the subsequent works the connotation of "copies" of the source works. We also find that there is no "pure" text without textual interferences from other works, and that this does not remove the originality of a text, since each author is unique, and even if it is an adapted work, there is always a particular way in which the author interprets and brings to life his art - and this is what we see in uMabatha.
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Hamlet na Biblioteca de Machado de Assis: Leitura e DesleituraSaraiva, Vandemberg Simão January 2011 (has links)
SARAIVA, Vandemberg Simão. Hamlet na Biblioteca de Machado de Assis: leitura e desleitura. 2011. 187f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-07-16T14:50:13Z
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Previous issue date: 2011 / Este trabalho propõe-se a investigar a presença do Hamlet (1600-01), de William Shakespeare (1564-1616), em alguns textos de Machado de Assis (1839-1908). Procuramos compreender como o escritor brasileiro (des)leu a peça do dramaturgo inglês e a usou em sua criação individual. Intentamos expor a pertinência da leitura de Hamlet feita por Machado para a construção de alguns de seus textos, a saber, a Dedicatória e o prefácio “Ao leitor”, de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), os contos “To be or not to be” (1876) e “A cartomante” (1896) e a crônica “A cena do cemitério” (1894). Traçamos o percurso da obra shakespeariana – principalmente Hamlet – através da sua recepção elisabetana, neoclassicista e romântica. Sob o influxo do Romantismo, Shakespeare ficou conhecido no nosso país. Machado de Assis foi leitor das obras do dramaturgo inglês e expectador de apresentações teatrais de peças shakespearianas. Conforme sua literatura e crítica literária revelam, o escritor carioca foi entusiasta das criações de Shakespeare. Acreditamos que poemas, contos, romances e peças nasceram como uma resposta a poemas, contos, romances e peças anteriores, e essa resposta dependeu de atos de leitura e interpretação por escritores posteriores. Defendemos a tese de que a escritura de Machado de Assis é resposta à leitura de Shakespeare, destacadamente a peça Hamlet. Procuramos demonstrar que Machado de Assis apropria-se da obra shakespeariana, com a convicção de que o romancista brasileiro deslê a obra de seu precursor, Shakespeare, em sua própria escrita. Utilizamos o conceito de desleitura segundo Harold Bloom (1991), ou seja, como apropriação de uma obra anterior por meio de uma correção criativa, ou uma interpretação distorcida. Analisaremos os textos machadianos acima listados, em que Shakespeare mostra-se evidente, e os compararemos ao Hamlet do autor inglês, partindo da ideia de que esses textos não existiriam se Machado de Assis não tivesse lido a obra shakespeariana.
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Desce-me ao fundo do peito a terra inteira: a aventura da palavra em Vergílio Ferreira, Guimarães Rosa e Aquilino Ribeiro / Bajame al fondo del pecho a la tierra entera: la aventura de la palabra en Vergílio Ferreira, Guimarães Rosa e Aquilino RibeiroAndré Carneiro Ramos 25 March 2008 (has links)
Esta dissertação tem por tema a análise das obras Aparição, de Vergílio Ferreira, Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, e O Malhadinhas, de Aquilino Ribeiro, objetivando expor um viés plurissignificativo calcado no que a tessitura epopéica de uma narrativa possa estabelecer, assimilando nesse processo formas e conteúdos que se transmutam por vezes de modo Lírico, por vezes Épico, porém sucessivamente acolhedor de fragmentos que se relacionam uns com os outros na esfera de uma confluente (re)criação literária. Não como um veículo aglutinador de idéias apenas, a Literatura, feito um elemento inconteste para a experiência criativa, é dialógica para com o leitor, que assimila e sedimenta a visão do artista como contestador de paradigmas, já que uma narrativa literária nunca é impessoal, pelo contrário, elege-se como canal de verdade e beleza enquanto tais sentimentos brotam das mãos de quem a escreve, graças à aventura da palavra / Esta disertación tiene como tema el análisis de las obras Aparição, de Vergílio Ferreira, Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa y O Malhadinhas, de Aquilino Ribeiro, objetivando exponer un sergo plurisignificativo calcado en lo que la tesitura de la epopeya de una narrativa pueda establecer, marcando en ese proceso maneras y contenidos que se transmutan a veces de forma Lírica, otras Épica, pero sucesivamente acogedor de fragmentos que se relacionan unos con los otros en la esfera de una convergente (re)creación literaria. No como un vehículo aglutinador de ideas únicamente, la Literatura, hecha un elemento incontestable para la experiencia creativa, es mantenedora de un diálogo con el lector, que asimila y sedimenta la visión del artista en cuanto contestador de paradigmas, ya que una narrativa literaria nunca es impersonal, por lo contrario, se elige como canal de verdad y belleza mientras tales sentimientos brotan de las manos de quien la escribe, gracias a la aventura de la palabra
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Texto-coisa, poema-objeto: a políedrica p(r)oesia de Murilo Mendes e Francis PongeAntonio, Patricia Aparecida [UNESP] 05 March 2012 (has links) (PDF)
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antonio_pa_me_arafcl.pdf: 1021283 bytes, checksum: 06b15fe29eb57b6663ed2afffa881c59 (MD5) / O muriliano Poliedro (1972) e o pongiano Le parti pris des choses (1942) conformam as bases deste trabalho. Com efeito, a pergunta que se faz, quando da menção às obras e aos autores, é da alçada mesmo de sua natureza e da de seus criadores: em que se afinam ou se distanciam Murilo Mendes e Francis Ponge? Considerando as duas obras, é visível o embate entre prosa e poesia, a vontade do (in)acabamento do poema, as inclinações dicionarescas, a presença da coisa, do objeto (como fundador daquilo que ali se instaura), a aparição do natural, o humor muito marcado, dentre tantas outras aproximações. Todavia, mais importante é o distanciamento entre os dois poetas: um Murilo Mendes que ainda traz muito da doutrina católica, que ainda deve ao Surrealismo e suas técnicas, um essencialista, um crítico da bomba atômica e do momento presente; e um Francis Ponge, poeta das coisas (que vai às coisas, para falar com a fenomenologia), da linguagem enxuta que mostra (esconde) o objeto, que estabelece o jogo entre palavra e objeto, um declarado anti-poeta. Este trabalho tem por objetivo uma leitura comparada entre Poliedro e Le parti pris des choses e o fim último de que três pontos sejam analisados: a relação entre eu-lírico e coisa e suas implicações (em que pese o grau de objetividade ou subjetividade); a tese de que, em tais universos poéticos, o poema é objeto entre outros objetos – tornando-se um texto-coisa, um poema-objeto; e, finalmente, como este se coloca no mundo, na realidade em que se insere / Murilo Mendes’ Poliedro (1972) and Francis Ponge’s Le parti pris des choses (1942) are the base of this paper. The question efectively made when both works and authors are mentioned concern the same nature and its creators: in what aspects are Murilo Mendes and Francis Ponge brought close and apart? Considering both works it is clear the collision between prose and poetry, the willing of an (un)finished poem, the disposition towards the dictionary meaning, the presence of the thing, the object (as the founder of what is installed there), the appearance of the natural, a very distinguished humor, among other similarities. Nonetheless, what brings the authors apart is more important: Murilo Mendes is still very connected to the Catholic believes that is still a reflection of Surrealism and its techniques, a essencialist, a critic of the atomic bomb and the present moment; and Francis Ponge, poet of the things (that goes to things to talk about phenomenology), with a clean language that shows (hides) the object, that establishes a game between word and object, a stated anti-poet. This work aims a compared reading of Poliedro and Le parti des choses and the analysis of three subjects: the relation between lyric self and thing and its implications (considering the level of objectivity and subjectivity); the theory, in these poetic universes, that the poem is the object among other objects, becoming a text-thing, a poem-object; and, finally, how it is placed in the world, the reality in which we can insert it
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Saramago, Braff e seus personagens duplos: uma análise comparativaBraff, Roseli Deienno [UNESP] 03 May 2010 (has links) (PDF)
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braff_rd_me_arafcl.pdf: 440711 bytes, checksum: 2ae4b3f7d1627ff166200115cefbdae8 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Na leitura que fizemos dos romances O homem duplicado e Castelos de papel, guiou-nos o método comparativo de análise textual, tendo como norte a ideia de que o fato estético deve ser estudado à luz do fato histórico, em consonância com ele, e nunca dele apartado. Nessa linha de pensamento, constatamos que certo “ar do tempo” aproxima os autores José Saramago e Menalton Braff, que dialogam por meio da temática do duplo nas obras aqui investigadas. Nosso objetivo foi mostrar a existência dessa relação intertextual por meio da análise dos níveis temático, narrativo e discursivo dos romances, além do diálogo desses com a tradição literária. Ambos os autores fizeram uso, do ponto de vista da estrutura narrativa, de elementos característicos de outros gêneros, como a tragédia grega em O homem duplicado, e o drama em Castelos de papel. Além da temática do duplo, é a releitura do romance policial um dos pontos de contato mais evidente entre as duas obras, que se estruturam em torno de uma investigação. No entanto, os ficcionistas desmontam a velha fórmula: crime – investigação – desvendamento do enigma, e, na nova roupagem com que revestem esse subgênero, não há soluções tampouco culpados, mas indagações provocadoras – por essa razão a denominamos como falso romance policial. No nível temático, mostramos que o duplo como tema na literatura segue duas vertentes: o homogêneo, usualmente representado por gêmeos ou sósias idênticos, em que a identidade não é posta em questão, pois um mesmo personagem desempenha dois papéis; o heterogêneo, em que o usurpador ocupa uma forma definitiva, e tal divisão obriga o eu dilacerado a recuperar sua própria identidade. Tertuliano Máximo Afonso/ António Claro e Alberto Ribeiro/ sorveteiro são figuras do duplo heterogêneo. Exógeno, porque configurado extrinsecamente a ele, o duplicado de Tertuliano... / In our reading of the novels O homem duplicado and Castelos de papel, the comparative method of textual analysis has led us, with the idea that the aesthetic fact must be studied under the light of the historical fact, according to it and never separated from it. In this thought line, we verify that a certain “air of time” binds José Saramago and Menalton Braff in the sense of the dialogue through the way of the themes of the double, as presently in this investigated work. Our purpose was to show the existence of this intertextual relationship from the way of the analysis of the thematic, narrative and discursive levels of the novels, besides their dialogue with the literary tradition. Both the authors employed, under the point of view of narrative structure, characteristic elements of other genres, such as the Greek tragedy in O homem duplicado, and the drama in Castelos de papel. Besides the thematic of the double, it is the re-reading of the detective story one of the most evident contact points between both works that frame them around an investigation. However, the fictionists disassemble the old formula: crime − investigation − solving the enigma, and, in the new vesture in which they revest this subgenre, there are not solutions either guilty people, but provoking inquiries − due to this fact we regard them as false detective stories. In the thematic level, we show that the double as theme in literature follows two ways: the homogeneous one, habitually represented by twins or identical doubles, in which the identity is not questioned since the same character plays two roles; the heterogeneous one in which the usurper takes a definitive form, and such a division obliges the dilacerated I to pick up its own identity. Tertuliano/António Claro and Alberto/ice-cream peddler are characters of the heterogeneous double. Exogenous, because made up extrinsically to him... (Complete abstract click electronic access below)
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Analogias e contrastes na poesia de Alphonsus de Guimaraens e de Edgar Allan PoeAissa, José Carlos [UNESP] 15 December 2006 (has links) (PDF)
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aissa_jc_dr_sjrp.pdf: 1179416 bytes, checksum: 0d39e12059beafe9a0a212661c32f9de (MD5) / O propósito desta tese é o de estabelecer analogias e contrastes entre Edgar Allan Poe e Alphonsus de Guimaraens em relação aos preceitos estéticos que decidiram imprimir a sua produção poética, mormente quanto aos temas de amor (Eros) e morte (Tânatos). Procuramos demonstrar que esses matizes temáticos são trabalhados sob a angulação do góticomelancólico a fim de se atingir o sublime. Nos quatro primeiros capítulos, teorizamos sobre como o gótico, a melancolia e o sublime podem ser alinhavados poeticamente. No quinto e sexto capítulos, discutimos os modi operandi que Poe e de Alphonsus empregam nessa triangulação entre traços góticos, melancolia e o sublime. No último capítulo, valemo-nos em grande parte das teorias freudianas para demonstrar qual o resultado do jogo góticomelancólico entre Eros e Tânatos na poesia romântico-simbolista desses artistas. / The intent of this study is to draw analogies and contrasts between Edgar Allan Poe and Alphonsus de Guimaraens vis-à-vis the aesthetic principles they decided to impress upon their poetic work, chiefly as far as the themes of love (Eros) and death (Thanatos) are concerned. We have endeavored to describe that these poetic overtones are addressed from a gothic-melancholic angle in order to reach the sublime. In the first four chapters, we theorize on how the gothic, melancholy and the sublime can be intertwined poetically. In the fifth and sixth chapters, we discuss the modi operandi that Poe and Alphonsus employ in this tripartite relationship of gothic motifs, melancholy and the sublime. In the last chapter, we make use of Freudian theories to a large extent so as to demonstrate the outcome of this gothicmelancholic interplay between Eros and Thanatos in the romantic-symbolist poetry of these artists.
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A perspectiva da mulher como resistência às configurações ideológicas do ditador latino-americano : o romance de Julia Alvarez e de Mario Vargas LlosaTavares, Carla Rosane da Silva January 2007 (has links)
Tendo como pressupostos os estudos de teóricas feministas da atualidade, como Teresa de Lauretis, Judith Butler e Joan Scott, e críticas literárias, dentre as quais Rita Teresinha Schmidt e Márcia Hoppe Navarro, ao lado de pensadores como Mikhail Bakhtin, Louis Althusser e Fredric Jameson, o presente trabalho expõe os resultados da pesquisa A perspectiva da mulher como resistência às configurações ideológicas do ditador latinoamericano: o romance de Julia Alvarez e de Mario Vargas Llosa. A fundamentação teórica permite a análise de um corpus literário constituído pelos romances contemporâneos No tempo das Borboletas (1994), da dominicana, naturalizada americana, Julia Alvarez, e A festa do Bode (2000), do peruano Mario Vargas Llosa, narrativas que possuem em comum a questão de El Trujillato — esta última utilizada como contraponto da primeira, que se constitui em objeto principal do estudo literário. A metodologia adotada centra-se na análise comparativista dos romances, norteada pelos princípios da Literatura Comparada. Com enfoques e pontos de vista diferenciados, os textos possibilitam a análise da representação de gênero e ideologia, ao lado do cruzamento que se estabelece entre Literatura e História. A compreensão de gênero, como construção social e cultural, contribui com a verificação de peculiaridades do discurso literário, na explicitação da mulher enquanto sujeito plural e multiforme. O entendimento de ideologia(s) como mecanismo(s) de conhecimento/desvendamento ou mascaramento da realidade contribui com o projeto de análise deste trabalho. A análise crítica explicita o lugar discursivo da mulher em um contexto predominantemente masculino, permitindo a verificação de posições ideológicas nas formações político-sociais que se inserem numa sociedade dominada pela ditadura. Os textos literários, com as subjetividades próprias de cada autor/a, revisitam um período da História da República Dominicana, mostrando a presença feminina ainda à margem dos processos de decisão, entretanto revelam que essa mulher tem consciência da situação e tudo faz para mudá-la. Assim, quando de sua inserção no espaço político, ela promove uma ruptura nos padrões instituídos. No cotejo comparativo entre as narrativas, verifica-se que a representação de gênero feminino é mais expressiva no romance das Borboletas, com a atuação política das irmãs Mirabal. O fato de ser sua autora uma mulher, que vivenciou parte da ditadura, confere ao processo de escritura do texto literário condições mais explícitas de traduzir sua percepção acerca da temática e da explicitação da condição da mulher em um contexto marcado pela prepotência do homem. O romance de Vargas Llosa, por sua vez, oferece maior exploração da História instituída, revelando uma perspectiva masculina mais acentuada no âmbito da realidade ficcional. Em conjunto, ambas as poéticas permitem um novo e atualizado olhar para questões políticas em meio ao horror instituído de uma época trágica. O cenário da República Dominicana, que ainda inspira reflexões, é reconstruído com maestria nesse percurso através da tessitura literária. / Teniendo como presupuestos los estudios de teóricas de la actualidad, como Tereza de Lauretis, Judith Butter y Jean Scott, y críticas literarias, entre las cuales Rita Terezinha Schmitd y Márcia Hoppe Navarro, al lado de pensadores como Mikhail Bakhtin, Louis Althusser y Frederic Jameson, el presente trabajo presenta el resultado de la investigación titulada La perspectiva de la mujer como resistencia a las configuraciones ideológicas del dictador latinoamericano: la novela de Julia Alvares y de Mario Vargas Llosa. La fundamentación teórica permite la análisis de un corpus literario constituido por los romances contemporáneos El tiempo de las mariposas (1994), de la dominicana naturalizada americana, Julia Alvarez, La fiesta del chivo (2000), del peruano Mario Vargas Llosa, narrativas que poseen en común la cuestión de El Trujillato – esta última utilizada como contrapunto de la primera, que se constituí en objeto principal del estudio literario. La metodología adoptada está ubicada en el análisis comparativo de las novelas, norteada por los principios de la Literatura Comparada. Con enfoques y puntos de vista diferenciados, los textos posibilitan el análisis de la representación del género e ideología, al lado del cruzamiento que se establece entre Literatura e Historia. La comprensión del género como construcción social y cultural, contribuye con la verificación de particularidades del discurso literario, en la explicación de la mujer mientras sujeto plural y multiforme. El entendimiento de ideología(s) como mecanismo(s) de conocimiento/descubrimiento o enmascaramiento de la realidad contribuye con el con el proyecto de análisis de este trabajo. El análisis crítica explicita el lugar discursivo de la mujer en un contexto predominantemente masculino, permitiendo la verificación de posiciones ideológicas en las formaciones políticas sociales que están en una sociedad históricamente dominada por la dictadura. Los textos literarios, con la autonomía propias de cada autor/a, redescubren un período de la Historia de la República Dominicana, mostrando la presencia de la mujer en un mundo en lo cual ella aun está a orilla de los procesos de decisión, sin embargo revelan que esa mujer tiene consciencia de la situación y todo hace para cambiarla. Así, cuando su introducción en el espacio político, ella promueve una ruptura en los padrones instituidos. En el cotejo comparativo entre las narrativas, percibiese que la representación del género femenino es más expresiva en el romance de las Mariposas, y el facto de ser su autora una mujer que ha vivenciado parte de la dictadura da al proceso de escritura del texto literario condiciones más explícitas de traducir su percepción de la condición de la mujer en un contexto marcado por la prepotencia del hombre. La novela de Vargas Llosa, por su vez, ofrece una mayor exploración de la Historia instituida, trayendo una perspectiva masculina más acentuada en el ámbito de la ficción. En conjunto, ambas las poéticas permiten un nuevo y actualizado mirar para cuestiones de política de una época trágica de la República Dominicana, que aun inspira reflexiones y, en ese recorrido la organización literária reconstruye con maestría el escenario del horror.
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