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DESLOCAMENTOS E OUTRAS LEITURAS NOS CONTOS DE PEDRO MALASARTESPedra, Maria José Lopes January 2017 (has links)
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DISSERTAÇÃO FINAL.pdf: 965980 bytes, checksum: 1b0daef63ad2b62fbc4bc53b3d9c3e04 (MD5) / Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-07-10T18:23:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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DISSERTAÇÃO FINAL.pdf: 965980 bytes, checksum: 1b0daef63ad2b62fbc4bc53b3d9c3e04 (MD5) / FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DA BAHIA / Neste trabalho discute-se acerca das identidades do personagem Pedro Malasartes nos contos populares, como símbolo do caipira presente na região Sudeste e também do sertanejo, sob o olhar e boca dos contadores do sertão nordestino. Baseado no quesito de que esse personagem tem identidade múltipla, uma vez que podem ser realizadas diferentes leituras sobre as suas características, é que problematizamos, nesta dissertação, o conceito de hibridismo e de rizoma. Da Península Ibérica, suas histórias viajaram com os colonizadores para o Brasil e outros países, fomentando a multiplicação de vários Malasartes com vieses diferentes. Isso porque o conto popular é um gênero que abre espaço para a reinvenção, como forma de perpetuar o que foi criado e aceito pelo povo. Com o intuito de atingir os objetivos propostos, utilizamos como fundamentação: a teoria do pícaro, elaborada por Cascudo (1988-1998), Guimarães (2006), Nascimento (2014), Burke (2010); o conceito de malandro, segundo Costa (2015) e Da Matta (1997); e as identidades de Malasartes, com reflexões de Guimarães (2006). Destacam-se aqui os teóricos que contribuíram com as discussões acerca do homem do campo: Albuquerque (2001) e Cândido (1997), bem como Bhabha (2005) com pensamentos sobre o estereótipo. Pedro Malasartes é conhecido como o pícaro-malandro, mas também como o anti-herói, que, não aceitando injustiça contra o povo de sua classe, age com esperteza para combater os corruptos antagonistas. Uma vez que representa o camponês numa perspectiva de esperteza, atrai o público leitor, problematiza o conceito de caipira e sertanejo cristalizado nas sociedades brasileiras, e permanece vivo por gerações seguintes, levando riso e crítica para o público interessado. / This work discusses about of identities of Pedro Malasartes character in the folktales, as a symbol of the hick present in the southeast region, and also of the backcountry dweller, under the look and mouth of the storytellers from the northeast backlands. Based on the question that this character has multiple identities, since different readings can be made about their characteristics, we have, in this dissertation, the concept of hybridity and rhizome. From the Iberian Peninsula, their histories traveled with of colonizers to Brazil and another countries, promoting the multiplication of several Malasartes with different biases. This is because the folktales are a genre that opens space from reinvention, as a form from perpetuate which was created and accepted by the people. In order to reach the proposed objectives, we use as foundation: the rogue theory, elaborated by Cascudo (1988-1998), Guimarães (2006), Nascimento (2014), Burke (2010); The concept of trickster, according to Costa (2015) and Da Matta (1997); And the identities of Malasartes, with reflections of Guimarães (2006). We highlight here the theorists who contributed to the discussions about the countryside man: Albuquerque (2001) and Cândido (1997), as well as Bhabha (2005) with thoughts about the stereotype. Pedro Malasartes is known as the artful-rascal, but also as the anti-hero, who, not accepting injustice against the people of his class, he cleverly acts to fight the corrupt antagonists. Since he represents the peasant in a clever perspective, he attracts the readership, problematizes the concept of hick and backcountry dweller crystallized in Brazilian societies, and remains alive for generations afterwards, bringing laughter and criticism to the interested public.
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A ?pera do malandro: uma leitura da condi??o subalterna / The ?pera do malandro: a reading of subaltern conditionConfessor, Juscely de Oliveira 29 July 2016 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2017-02-20T21:07:57Z
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JuscelyDeOliveiraConfessor_DISSERT.pdf: 739230 bytes, checksum: 644ed68fe42be6b4e6f434cdf3d238f4 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2017-02-22T23:16:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016-07-29 / O presente trabalho busca analisar a obra ?pera do malandro (1978), de Chico Buarque de Hollanda (1946-) ? luz da teoria de Gayatri Spivak acerca do sujeito subalterno. Em seu texto Pode o subalterno falar? (2010), Spivak aponta que as classes mais baixas da sociedade, al?m de serem exclu?das do quadro social dominante, n?o possuem nenhuma autonomia ou representa??o, j? que os que se prop?em a esse papel o fazem com base no aparelho ideol?gico das camadas mais altas da sociedade e, assim, a voz subalterna n?o se concretiza. Chico Buarque, por sua vez, ? considerado um dos artistas brasileiros que melhor representa a voz dos desvalidos atrav?s de sua cria??o. A ?pera do malandro traz personagens que vivenciam situa??es semelhantes ao contexto exposto por Spivak. No entanto, os personagens de Buarque tentam expressar sua voz, mesmo sendo subalternos, n?o atrav?s de um discurso pol?tico, mas sim art?stico. Spivak, investigando a ?ndia, seu pa?s de origem, revela o processo de coloniza??o como o principal fator da total impossibilidade de fala do sujeito subalterno, e ? exatamente neste ponto que a constru??o te?rica spivakiana e o processo art?stico buarquiano apontam para caminhos diferentes, pois, na verdade, o Brasil e a ?ndia apresentam contextos hist?ricos distintos de coloniza??o, o que por sua vez diferencia o desenvolver da hist?ria de cada pa?s e, consequentemente, a constru??o de seus sujeitos. Dadas essas circunst?ncias e as diferen?as entre os momentos hist?ricos, o malandro brasileiro surge como um sujeito subalterno que consegue estabelecer na arte liter?ria buarquiana um espa?o onde ele possa falar. / This paper seeks to analyze Chico Buarque de Holanda?s work, ?pera do Malandro (1978), based on Gayatri Spivak's theory about the subaltern individual. In her text Can the subaltern speak? (2010) Spivak points out that the lower classes of society, besides being excluded from the dominant social context, have no autonomy or representation, since those who play this role are based on the ideological apparatus of the highest levels of society, and so the subaltern voice does not materialize itself. Chico Buarque, on the other hand, is considered one of the Brazilian artists who best represents the voice of the underprivileged people through the expression of his art. The ?pera do Malandro points to a character who plays a similar role in the social context of that which Spivak addresses. However, Buarque?s character manages to express her voice, even as a subaltern, not through a political discourse but through art. Spivak, through an investigation of Indian society, her country of origin, points out the process of colonization as the main element of the total impossibility of the subaltern exercising an authentic voice. It is exactly at this point where the spivakiana theoretical construction and the buarquiano artistic process point different ways, because in fact, Brazil and India present different processes of colonization, which in turn differentiate the path of history, and consequently the construction of individuals. Given these circumstances and the differences between historical moments, the trickster (malandro), appears as a subaltern individual who can establish in the buarquiana literary discourse where the subaltern can speak.
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A carnavalização em ópera do malandro: diálogos (inter)semióticosLima , Rafael Torres Correia 23 February 2017 (has links)
Submitted by Fernando Souza (fernandoafsou@gmail.com) on 2017-08-22T14:12:12Z
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Previous issue date: 2017-02-23 / This work intends to analyze the play Ópera do Malandro written by Chico Buarque, concomitantly to the homonymous film directed by Ruy Guerra, using as theorical basis the Semiotic of Culture of Russian orientation together with the concept of carnavalization in order to modelize the image of the lazy stock character, present in both semiotic languages. The main objectives of this research are: to analyze the multiple aspects of carnavalization present in both the play and the film; to resignify the figure of the lazy stock character according to the other character’s point of view and finally, to verify in which way the lazy stock character image is performed and deconstruct through the songs which constitute the dramatic text. This research will be mainly supported by the theories of the carnavalization and the serious-comic gender, postulated by Mikhail Bakhtin. The analyze of the comic in the focused objects will be based on the ideas of Propp and Bergson. The discussion related to the Semiotic of Culture will be sustained by Lótman and Machado. Erika Fisher-Lichtie, Veltruski and Kowzan provided the basis to the studies related to the semiotics of the theatre. Based on the ideas of all these theorists, we intend to decodify and to resignify the process of carnavalization occurred in these two distinct semiotic languages, using the representation of the lazy stock character as the mediator linking between then. / Este trabalho pretende analisar a peça Ópera do Malandro, escrita por Chico Buarque, concomitantemente ao filme homônimo, de Ruy Guerra, usando como base teórica a Semiótica da Cultura de extração russa, bem como o conceito de carnavalização com o objetivo de modelizar a imagem do malandro, presente em ambas as linguagens. Os principais objetivos dessa pesquisa são: analisar os múltiplos aspectos da carnavalização, presentes tanto na peça quanto no filme; ressignificar a figura do malandro do ponto de vista de outros personagens e verificar de que maneira o personagem do malando é construído e desconstruído através das canções que fazem parte do texto dramático. Essa pesquisa terá como alicerce teórico os estudos sobre a carnavalização e o gênero sério-cômico, desenvolvidos por Mikhail Bakhtin, enquanto as ideias acerca do riso serão amparadas por Propp e Bergson. Já a discussão sobre a Semiótica da Cultura será fundamentada em Lótman e Machado. Erika Fisher-Lichtie, Veltruski e Kowzan são os teóricos que fomentarão as ideias da Semiótica do Teatro. Essas teorias, em conjunto, formarão a base conceitual dessa análise que pretende decodificar e ressignificar o processo de carnavalização, ocorrido tanto no texto dramático como no filme, usando a imagem do malandro como mediador entre as duas.
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[en] I LL GO UP THE SLUMS TO FIND OUT WHO IS COMING TO UMBANDA: ZÉ PELINTRA AND THE REINTERPRETATION OF THE RASCAL IN THE RELIGIOUS PRACTICE OF UMBANDA / [pt] VOU SUBIR O MORRO PARA VER QUEM VEM NA UMBANDA: ZÉ PELINTRA E AS RESSIGNIFICAÇÕES DO MALANDRO NA PRÁTICA RELIGIOSA UMBANDISTAJANDERSON BAX CARNEIRO 09 April 2013 (has links)
[pt] A umbanda é uma religião codificada na primeira metade do século XX. Sua difusão foi notável, especialmente nas capitais brasileiras em processo de urbanização e industrialização, como Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Essa modalidade religiosa tem como uma das principais características o culto a entidades espirituais representativas de arquétipos nacionais, quase sempre caracterizados pela subalternidade. Dentre elas, chama atenção a figura de Zé Pelintra, representado em suas imagens visuais como o típico malandro carioca das décadas de 1920 e 1930. Terno branco, Chapéu de Panamá e sapatos bicolores são elementos constitutivos da indumentária da entidade, consideravelmente popularizada nos espaços laicos da cidade do Rio de Janeiro. No entanto, mais do que um símbolo difuso, tal entidade é percebida por seus fiéis como o espírito de alguém que, após a morte, ganhou o direito de incorporar nos centros de umbanda e intervir de forma concreta nas vidas dos seus devotos. Nesse sentido, a pergunta que move esta dissertação é a seguinte: quais são as expectativas dos fiéis em relação a essa entidade? Melhor dizendo: a quais desafios ela é convocada a responder? Assim, o objetivo deste trabalho é identificar possíveis sentidos atribuídos à versão sacralizada do malandro na prática umbandista atual. Sob essa perspectiva, a presente análise lança mão principalmente da observação participante, bem como do emprego de entrevistas abertas entre os religiosos de um terreiro carioca, onde salta aos olhos a patente proximidade experimentada entre os devotos e as entidades da categoria malandragem. / [en] Umbanda is a religion codified during the first half of the twentieth century. Its diffusion was remarkable, especially in capitals in urbanization and industrialization process, as Rio de Janeiro, São Paulo and Porto Alegre. The fundamental feature of this type of religion is the cult of spiritual entities representing national archetypes, often characterized by subordination. Among them, draws attention the Zé Pelintra figure, represented in his visual images as the typical carioca rascal of the 1920s and 1930s. White suit, Panama hat and saddle shoes are the constitutive elements of the entity s costume, greatly popularized in secular areas in the city of Rio de Janeiro. However, more than a diffuse symbol, such entity is seen by its followers as the spirit of one who won, after death, the right to incorporate in Umbanda centers and to interfere concretely in the lives of its devotees. In this regard, the question this dissertation is based is: what are the believers expectations in relation to that entity? Or rather: what are the challenges the entity is requested to respond? Thus, the purpose of this study is to identify possible meanings assigned to the sacralized version of the carioca rascal in umbandist current practice. From this perspective, the present analysis utilizes mainly participant observation as well as the use of open interviews among religious of terreiro (umbandist temple) where leaps out the evident closeness experienced between the devotees and the entities of the rascality category.
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Ópera-ação transcontextualSantos, Toni Edson Costa January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura. / Made available in DSpace on 2013-07-15T23:47:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
220749.pdf: 65765859 bytes, checksum: b5117027e40c640a9efc775b066bd1dc (MD5) / Este trabalho tem como foco a investigação de possíveis fontes transcontextualizadas presentes na peça Ópera do malandro, escrita por Chico Buarque. A abordagem que faço é hibrida, misturando paródia com formalidade e se utilizando de termos, canções e falas da peça apresentada. Esta peça se insere numa rede paródica que remonta ao século XVIII e vem passando por diversas transformações estéticas até o ponto de poder ser dita "brasileira". A "Ópera-ação" busca analisar algumas das possíveis fontes da peça escrita em 1978 por Chico Buarque de Holanda, em consonância com a dramaturgia de crítica social dos anos 60 e 70. Apresento na dissertação o conceito de paródia e ironia e como eles se fundem para dar origem ao termo "transcontextualização", um dos pilares da abordagem da peça. A década de 40 é o período ficcional da Ópera escrita por Chico Buarque nos anos 70. Duas épocas, os 40 e os 70, vivem a ânsia por um regime plenamente democrático. O trabalho discute a figura do malandro enquanto construção da identidade brasileira e os mitos reproduzidos na literatura acerca dessa personagem. Além desses temas, as possíveis ligações entre o fenômeno do Teatro de Revista no Brasil e a Ópera do Malandro são apresentadas.
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Malandragem, marginalidade e (des)esperança: a (des)ordem em amarelo mangaSantos, Paulo Ricardo dos January 2009 (has links)
In this work, it is presented an overview of the villain role in the Brazilian cinema. We search the social aspects of the representations of the crook of Candido (1970) and of the criminal of Rocha (2004), as well as an analysis of the Brazilian rites and rituals that contextualize the experience of these two characters. The research has as objective to contribute for the discussion on the representation of the villain role in the Brazilian cinema, focusing the Amarelo Manga movie, and to verify which are the implications of this representation. The research demonstrates how the villain role is modifying, in compass with the transformations that the Brazilian society has been passing, in the last decades until the current moment. For this, a bibliographical research was done in which it was worked with the notion of crook, of Antonio Candido, and criminal, of João Cezar Castro Rocha. These authors had given support to the discussion on the fictional villain, considering its theoretical basis on the representation of the evil in the Brazilian cinema. From this theoretical survey, it was done an analysis of /Amarelo Manga/ movie from the director Claudio Assis, in which they described scenes of the film and characteristics of the characters, in search of a possible correspondence between the theoretical concepts that characterize the crook and the criminal roles and the represented context. It was perceived that the structure of the plot complicates the characters classification in the meanings of “crook” and “criminal”, especially because the movie does not present a clear division between the worlds of the order and clutter, in the direction given by Roberto Da Matta. What we have, are people who live in the edge of the society and law and that, less than live, survive according to values and beliefs dictated for the necessity of adaptation to the place they live / Submitted by Jovina Laurentino Raimundo (jovina.raimundo@unisul.br) on 2018-01-17T16:35:27Z
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97252_Paulo.pdf: 935268 bytes, checksum: 8c712678c1d9a60e83e304046423f362 (MD5) / Approved for entry into archive by Gheovana Figueiredo (gheovana.figueiredo@unisul.br) on 2018-01-17T17:12:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1
97252_Paulo.pdf: 935268 bytes, checksum: 8c712678c1d9a60e83e304046423f362 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-17T17:12:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Neste trabalho, é apresentada uma panorâmica da figura do bandido no cinema brasileiro. Buscou-se, através de pesquisa teórica, investigar os aspectos sociais das representações do malandro de Candido (1970) e do marginal de Rocha (2004); bem como conhecer os ritos e rituais brasileiros que contextualizam a vivência desses dois personagens. A pesquisa teve como objetivo contribuir para a discussão sobre a representação da figura do bandido no cinema brasileiro, em especial no filme Amarelo Manga, e verificar quais as implicações dessa representação. A pesquisa demonstra que a figura do bandido está se modificando, em compasso com as transformações pelas quais têm passado a sociedade brasileira, das últimas décadas até o momento atual. Candido e Rocha dão suporte à discussão sobre o bandido ficcional, considerando seus pressupostos teóricos sobre a representação do mal no cinema brasileiro. A partir desse levantamento teórico, fez-se uma análise do longa-metragem Amarelo Manga, do diretor Cláudio Assis (2003), na qual são descritas cenas do filme e características dos personagens, em busca de uma possível correspondência entre os conceitos teóricos que caracterizam as figuras do malandro e do marginal e o contexto representado. Percebeu-se que a estruturação do enredo complica uma classificação dos personagens dentro das noções de “malandro” e de “marginal”, especialmente porque o filme não apresenta uma divisão tradicional entre os mundos da ordem e desordem, no sentido que lhes dá DaMatta (1990). No enredo, não há mocinhos e bandidos. Os personagens são pessoas que vivem à margem da sociedade e do direito e que, menos do que viver, sobrevivem, segundo valores e crenças ditadas pela necessidade de adaptação ao meio
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O texto acadêmico promocional e a ética do malandro: gestos de análise da incorporação de objetos discursivos em textos / Promotional academic text and malandro\'s ethic: methods of analysis of the incorporation of discursive objects in textsAraujo, Augusto Angelo Nascimento 06 April 2017 (has links)
Esta tese é um risco. É pau. É pedra. É um pouco sozinho. É um terceiro caminho. É leitura errante. É a morte. É a vida. É escrita diante da escrita. É um laço. É um anzol. É o queira ou não queira. É uma ponte. É um conto. É Maria. É José. É um incômodo diante de um problema: a pergunta importada e, em consequência, a necessidade forjada de pesquisar um objeto. É um ato inaugural na história de uma ideia, também chamada de hipótese: há uma tendência de o texto acadêmico se confluir com o texto publicitário. É um desejo de pergunta: Que efeitos de sentido os mecanismos promocionais usados para incorporação de objetos discursivos produzem no texto acadêmico? É filiação: Barzotto (2012); Ducrot (1972); Pêcheux (1979); Rossi-Landi (1985); Baudrillard (1989). É tomada de posição: a recusa à estabilização de leituras sobre um objeto: o texto lido pela dificuldade de domínio de um código, a escrita acadêmica; o texto lido pelo uso indevido da escrita de terceiros, o plágio. É a proposição de uma nova leitura: o texto lido pela inserção do pesquisador no código de ética do malandro. É um corpus, é um tempo: teses inscritas na área de Linguística e Educação, defendidas entre 2010 e 2012. É um até onde, um escopo: a) teses cujo objeto de análise é o texto do aluno; b) teses cujo objeto de análise é a formação do professor. É um método: método de dedução frequencial e análise por categorias temáticas (PÊCHEUX, 1990). É uma metáfora por onde se lê a burla, o blefe, a malandragem: Memórias de um Sargento de Milícias, de Manoel Antônio de Almeida; A volta do marido pródigo, de Guimarães Rosa; e O homem que falava javanês, de Lima Barreto. É um gesto, são gestos de análise. É uma carta-convite. É a proposição: há uma terceira margem do rio, de onde se inscreve numa ética que nega a do malandro, onde se insere numa outra ordem de feitura do conhecimento, do texto acadêmico e de si. Esta é uma tese: é um risco assumido. É a minha tese. / This thesis is a risk. It is a lonely bit. It is a third path. It is a wandering read. It is death. It is life. It is writing before the writing. It is a tie. It is a hook. It the willing or not. It is a bridge. It is a tale. It is Maria. It is José. It is a trouble before a problem: it is an alien question, and therefore, a molded necessity of investigating an object. It is the first moment along the story of an idea, otherwise called hypothesis: there is a tendency of the academic text to converge into the advertising text. It is a wish of question: the promotional mechanisms used for the incorporation of discursive objects, which kind of effects of sense do they produce on academic texts? It is a bloodline: Barzotto (2012); Ducrot; (1972); Pêcheux (1979); Rossi-Landi (1985); Baudrillard (1989). This is a taking a stand: the refusal to fix interpretations on an object: a text read through the difficulty to master the code of the academic writing. The text read in virtue of the misuse of others, the plagiarism. This is the proposal for a new reading: the text read through the insertion of the researcher into the ethical code of the malandro. It is a corpus, it is a time: theses within the field of Linguistics and Formation, discussed between 2010 and 2012. This is a up to where, it is a purpose: a) theses which aim to investigate student text; b) theses which aim to investigate teacher formation. It is a method: frequency deductive method and analysis by thematic categories (PÊCHEUX, 1990). It is a metaphor: Memórias de um Sargento de Milícias, by Manoel Antônio de Almeida; A volta do marido pródigo, by Guimarães Rosa; and O homem que falava javanês, by Lima Barreto. It is an act of analysis, a plenty of them. It is an invitation letter. It is a proposal: there is a third river bank, where a new ethic inscribes itself, rejecting the one of malandro\'s; where it places itself in a new order of building the knowledge, the academic text, the self. This is a thesis: a risk I took. This is my thesis.
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A Ópera do Malandro como documento histórico para análise do conceito de malandragem em Chico BuarqueSantos, Tiago Xavier dos 05 February 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-15T19:43:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010-02-05 / The objective of this work is the analyses of the concept of malandragem on Ópera do Malandro of Chico Buarque on it s historical and literature components. In first place, it´s was made a survey of the malandro s path on the Brazilian society, from the origins till it´s transformation on the Vargas Era, using the Anthropology, Sociology and literature studies. After than, it´s was made an analyses of the Ópera structure,
connecting to the historical context in which was produced and the critics that make to that context. At last, it was selected some songs that wasn t from the opera itself, but it´s
part of the Chico Buarque s songbook, functioning as a documental support for the understanding of the malandragem concept present in his work. To make this analyses, it was start from the exam of the verbal text of the songs searching for meaning that may be unspoken. We conclude that the analyses of this linked structure elements allowed to explicit aspects of the historical context and of the fictional creations which wasn t elucidated by the storyline. / Este trabalho tem como objetivo a análise do conceito de malandragem na Ópera do Malandro de Chico Buarque de Holanda em seus componentes histórico e literário. Em
primeiro lugar, foi executado um levantamento do percurso da figura do malandro na sociedade brasileira, desde seu surgimento até a sua transformação na Era Vargas, utilizando-se estudos da Antropologia, Sociologia e Literatura. Passou-se, então, a um estudo da estrutura da obra, relacionando-a ao contexto histórico em que foi produzida e às críticas que dirige a esse contexto. Por fim, foram selecionadas algumas canções que não fazem parte da Ópera do Malandro, mas são do cancioneiro do autor Chico Buarque, servindo como apoio documental para entender o conceito de malandragem presente em sua obra. Para efetuar esta análise, partiu-se do exame do texto verbal das canções em busca de significados que possam estar implícitos. Conclui-se que a análise desses elementos estruturais integrados permitiu elucidar aspectos do contexto histórico e da criação ficcional que não são explicitados pelo enredo da obra.
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O texto acadêmico promocional e a ética do malandro: gestos de análise da incorporação de objetos discursivos em textos / Promotional academic text and malandro\'s ethic: methods of analysis of the incorporation of discursive objects in textsAugusto Angelo Nascimento Araujo 06 April 2017 (has links)
Esta tese é um risco. É pau. É pedra. É um pouco sozinho. É um terceiro caminho. É leitura errante. É a morte. É a vida. É escrita diante da escrita. É um laço. É um anzol. É o queira ou não queira. É uma ponte. É um conto. É Maria. É José. É um incômodo diante de um problema: a pergunta importada e, em consequência, a necessidade forjada de pesquisar um objeto. É um ato inaugural na história de uma ideia, também chamada de hipótese: há uma tendência de o texto acadêmico se confluir com o texto publicitário. É um desejo de pergunta: Que efeitos de sentido os mecanismos promocionais usados para incorporação de objetos discursivos produzem no texto acadêmico? É filiação: Barzotto (2012); Ducrot (1972); Pêcheux (1979); Rossi-Landi (1985); Baudrillard (1989). É tomada de posição: a recusa à estabilização de leituras sobre um objeto: o texto lido pela dificuldade de domínio de um código, a escrita acadêmica; o texto lido pelo uso indevido da escrita de terceiros, o plágio. É a proposição de uma nova leitura: o texto lido pela inserção do pesquisador no código de ética do malandro. É um corpus, é um tempo: teses inscritas na área de Linguística e Educação, defendidas entre 2010 e 2012. É um até onde, um escopo: a) teses cujo objeto de análise é o texto do aluno; b) teses cujo objeto de análise é a formação do professor. É um método: método de dedução frequencial e análise por categorias temáticas (PÊCHEUX, 1990). É uma metáfora por onde se lê a burla, o blefe, a malandragem: Memórias de um Sargento de Milícias, de Manoel Antônio de Almeida; A volta do marido pródigo, de Guimarães Rosa; e O homem que falava javanês, de Lima Barreto. É um gesto, são gestos de análise. É uma carta-convite. É a proposição: há uma terceira margem do rio, de onde se inscreve numa ética que nega a do malandro, onde se insere numa outra ordem de feitura do conhecimento, do texto acadêmico e de si. Esta é uma tese: é um risco assumido. É a minha tese. / This thesis is a risk. It is a lonely bit. It is a third path. It is a wandering read. It is death. It is life. It is writing before the writing. It is a tie. It is a hook. It the willing or not. It is a bridge. It is a tale. It is Maria. It is José. It is a trouble before a problem: it is an alien question, and therefore, a molded necessity of investigating an object. It is the first moment along the story of an idea, otherwise called hypothesis: there is a tendency of the academic text to converge into the advertising text. It is a wish of question: the promotional mechanisms used for the incorporation of discursive objects, which kind of effects of sense do they produce on academic texts? It is a bloodline: Barzotto (2012); Ducrot; (1972); Pêcheux (1979); Rossi-Landi (1985); Baudrillard (1989). This is a taking a stand: the refusal to fix interpretations on an object: a text read through the difficulty to master the code of the academic writing. The text read in virtue of the misuse of others, the plagiarism. This is the proposal for a new reading: the text read through the insertion of the researcher into the ethical code of the malandro. It is a corpus, it is a time: theses within the field of Linguistics and Formation, discussed between 2010 and 2012. This is a up to where, it is a purpose: a) theses which aim to investigate student text; b) theses which aim to investigate teacher formation. It is a method: frequency deductive method and analysis by thematic categories (PÊCHEUX, 1990). It is a metaphor: Memórias de um Sargento de Milícias, by Manoel Antônio de Almeida; A volta do marido pródigo, by Guimarães Rosa; and O homem que falava javanês, by Lima Barreto. It is an act of analysis, a plenty of them. It is an invitation letter. It is a proposal: there is a third river bank, where a new ethic inscribes itself, rejecting the one of malandro\'s; where it places itself in a new order of building the knowledge, the academic text, the self. This is a thesis: a risk I took. This is my thesis.
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As canções da Ópera do malandro a partir dos estudos da paródia, do grotesco e da alegoria / The Ópera do malandro songs from the study of parody, grotesque and allegorySilva, Paulo Cesar Torres da 07 October 2016 (has links)
Este trabalho se propõe a analisar dez canções do espetáculo musical Ópera do malandro, de Chico Buarque, a partir da investigação das formas da paródia, do grotesco e da alegoria. A análise será feita através do estudo dos fonogramas do álbum duplo homônimo, lançado no ano de 1979, com as canções das montagens carioca (1978) e paulista (1979) da peça; e a partir do livro, lançado em setembro de 1978, com a dramaturgia e partituras da montagem carioca. A partir do recurso da paródia, o primeiro capítulo analisa as canções Tango do covil, O casamento dos pequenos burgueses, Teresinha e Ai se eles me pegam agora, com vistas na vasta rede de intertextualidades da peça. O segundo capítulo, a partir da investigação do grotesco, analisa as canções Geni e o Zepelim e Se eu fosse o teu patrão, apoiado em passagens da dramaturgia e de trechos de outras canções. Por fim, o terceiro capítulo analisa a passagem da caricatura grotesca para a forma alegórica, através do estudo das canções O malandro, O malandro n.2, Homenagem ao malandro e a Ópera do \"epílogo ditoso\". O estudo das formas das dez canções selecionadas neste trabalho, somado ao estudo de trechos da dramaturgia, procura desenhar as linhas de força da Ópera do malandro, sua potencialidade crítica e possíveis fragilidades. A partir de um gran finale farsesco, a narrativa da ópera mostra alegoricamente a trajetória político-econômica brasileira no século XX. / This study aims to analyze ten songs from the musical spectacle Ópera do malandro, Chico Buarque, from the investigation of the parody, the grotesque and allegorical forms. The analysis will be done through the study of the homonym double album phonograms, launched in 1979, with the songs from Rio (1978) and São Paulo (1979) stagings of the play; and from the book, released in September 1978, with the dramaturgy and music from the Rio performance. From parody forms, the first chapter analyzes the songs Tango do covil, O casamento dos pequenos burgueses, Teresinha and Ai, se eles me pegam agora, studing the vast intertextuality network of the play. The second chapter, from a research of the form grotesque, analyzes the songs Geni e o Zepelim and Se eu fosse o teu patrão, supported by passages of dramaturgy and excerpts of other songs. Finally, the third chapter analyzes the passage of grotesque caricature to the allegorical form, through the study of the songs O malandro, O malandro n. 2, Homenagem ao malandro and Ópera do epílogo ditoso. The study of the forms of the ten selected songsin this work, added to the study of the dramaturgy, aims to draw the lines of force of the Ópera do malandro, his critical potential and possibles fragilities. From a farce gran finale, the opera narrative shows allegorically the brazilian political and economic history in the twentieth century.
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