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Cachaceiro e raparigueiro, desmantelado e largadão! uma contribuição aos estudos sobre homens e masculinidades na região nordeste do Brasil /

Honório, Maria das Dores. January 2012 (has links)
Orientador: Lucila Scavone / Banca: Iara Aparecida Beleli / Banca: Luzinete Simões Minella / Banca: Luís Antônio Francisco de Souza / Banca: Eliana de Melo e Souza / Resumo: A presente tese sobre a masculinidade nas canções do forró eletrônico na região Nordeste do Brasil é uma contribuição aos estudos sobre homens e masculinidades sob uma perspectiva das relações de gênero. A partir da análise de algumas canções de forró eletrônico, objetiva-se desenvolver uma reflexão sobre os modelos de masculino e feminino transmitidos nestas músicas e como as relações entre os gêneros estão colocadas, bem como suas temáticas centrais. Isto nos possibilita pensar se há um novo modo de expressão da masculinidade ou uma afirmação da masculinidade dominante, tradicional, heterossexual. Para a análise proposta, utilizaremos como referenciais teóricos as definições de Joan Scott sobre gênero, para a qual o gênero, baseado nas diferenças percebidas entre os sexos, é um dos elementos constitutivos das relações sociais e uma primeira forma de dar significado às relações de poder; além disso, utilizaremos os conceitos elaborados por Pierre Bourdieu para o qual a dominação masculina é aquela exercida pelo homem, invisível e não questionada, legitimada pela ordem social e pela violência simbólica contida nesta dominação, que é sofrida pelas mulheres sem que estas se deem conta. As canções evidenciam relações entre homens e mulheres permeadas pelo gênero e o poder, que moldam comportamentos e práticas sexuais, reproduzindo e incentivando relações hierárquicas e assimétricas. Dessa forma, apontam uma nova expressão da masculinidade tradicional, um "novo rapaz", um homem que renova as atitudes masculinas tradicionais, mas que se recusa diante do poder patriarcal. Trata-se de um homem que não quer assumir... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This thesis on masculinity in electronic forró songs in northeastern Brazil is a contribution to studies on men and masculinities from a perspective of gender relations. From the analysis of some electronic forró songs, the objective is to develop a reflection on the models of male and female broadcasted in these songs and how gender relations are placed, as well as its central themes. All this enables us to wonder if there is a new mode of expression of masculinity or an affirmation of dominant masculinity, traditional, heterosexual. For the proposed analysis, we use as theoretical referential Joan Scott definitions on gender, for which the genre, based on perceived differences between the sexes, is one of the constitutive elements of social relations and a first way to give meaning to the power relations; in addition, we use the concepts elaborated by Pierre Bourdieu, to which male domination is exercised by man, invisible and unquestioned, legitimized by social and symbolic violence contained in this rule, which is suffered by women without noticing. It appears that the songs reveal relationships between men and women permeated by the gender and power that shape sexual behavior and practices, and encouraging reproducing hierarchical and asymmetrical relations. Thus, point to a new expression of traditional masculinity, a "new man", a man who renews traditional male attitudes, but refuses the patriarchal power, in other words, this is a man who does not want to make commitments or take responsibility, who will not be living for the home or be a or provider and runs away from intimacy. This "new guy" likes to party, loud music, excessive... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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A casa dos homens : passos de uma mulher entre as masculinidades na prisão /

Santos, Cíntia Helena dos. January 2013 (has links)
Orientador: Wiliam Siqueira Peres / Banca: Sônia Regina Vargas Mansano / Banca: Leonardo Lemos de Souza / Banca: Fernando Silva Teixeira Filho / Banca: Sandra Maria da Mata Azevedo / Resumo: Este estudo trata da articulação entre os processos de subjetivação contemporâneos, as relações de poder e as formas sutis com que as tecnologias de gênero naturalizam e perpetuam ações nas relações, parcerias e lutas diárias que ocorrem em uma Penitenciária. Partindo da genealogia foucaultiana, como matriz epistemológica e metodológica, colocamos em análise documentos institucionais e entrevistas realizadas com funcionários do Sistema Penitenciário do Paraná, que atuam na cidade de Londrina. O entrelaçamento destas falas e forças engendra o impacto das tecnologias de gênero, em especial das masculinidades, na dinâmica das relações de poder e de resistência entre os que habitam a prisão. A forma como são caladas e/ou adequadas às diversidades humanas e às maquinarias que compõem os rígidos processos de subjetivação admitidos no cárcere e entre "carcereiros", apresentaram-nos aprisionamentos mais precisos e danosos que as grades. Para além destas, apresentam-nos os modos de aprisionamentos de si e do outro, que cristalizam e empobrecem os corpos e suas possibilidades de novos encontros e afetações. De modo geral, apontam-nos para processos de subjetivação disciplinares e normalizadores. A problematização destas grades biopolitícas binárias tem permitido outros fluxos, no sentido de ampliar a percepção e superação das grades de ferro e de si mesmos. Esta pesquisa caracteriza-se pela decisão de fazer e manter algumas questões quanto aos processos de subjetivação daqueles que representam o Estado perante as pessoas presas, a partir dos passos de uma mulher entre as masculinidades. Em todo seu percurso, esta escolha mostrou-nos ser o caminho possível para o surgimento de linhas de fuga que possibilitam existências mais potentes e, assim, apontam para a concretização da proposta... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This study addresses the link between the processes of contemporary subjectification, the power association and the subtle ways in which the gender technologies naturalize and perpetuate actions in the relations, partnerships and daily struggles that take place in a penitentiary. From the Foucault‟s genealogy as an epistemological and methodological matrix, we analyze institutional documents and interviews performed with officials of the Penitentiary System of Paraná, in the city of Londrina. The intertwining of these speeches and forces engenders the impact of the technologies of gender - in especial of the masculinities, in the dynamics of the relations of power and resistance among those who inhabit prison. The way they are silenced and adequate to human diversity and to the machinery that make up the rigid processes of subjectivation allowed in prison and between "jailers", showed us more effective and injurious incarcerations than the bars. Beyond that, they present us the ways of the self-incarcerations and the other‟s incarcerations that solidify and deplete their bodies and their chances of new findings and affectations. In general, they lead us to processes of disciplinary and normalizing subjectification. The problematization of these biopolitics, binary grids has allowed other fluxes, in the sense of broadening perception and overcoming the iron bars and themselves. This research is characterized by the decision of raising and keeping a few questions about the processes of subjectification of those who represent the State in the presence of the prisoners, and from the moves of a woman among the masculinities. Throughout its course, this choice proved to be the a possible way for the raise of escape lines that enable more powerful existence and thus leading to the completion of the proposed intention to make of the criminal... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Como ser homens nestes tempos? pedagogias de gênero no manual h

Guerra, Oscar Ulloa January 2015 (has links)
O Programa H foi um projeto desenvolvido em 1999 por várias ONGs em diversos contextos da América Latina, Índia, nos Balcãs e em várias localidades da África subsaariana para engajar homens jovens em reflexões sobre masculinidades. Dentre os resultados do Programa H, destaca-se o Manual H (MH), um guia elaborado para orientar o trabalho grupal com homens jovens e que constitui o material de análise desta tese. A partir do seu conteúdo, considero que o MH tem muito a dizer sobre as masculinidades e as relações de gênero e desempenha uma função educativa na medida em que ensina como ser homens. O manual, segundo determinados sistemas de julgamento e interesses, desaprova alguns comportamentos (violência, não participação do cuidado dos filhos/as, não se cuidar, não utilizar os serviços de saúde) e valoriza outros (cuidar de si e de outras pessoas, usar o diálogo e a negociação ao invés da violência, assumir a paternidade), definindo e avaliando modos de ser homens, senão melhores, pelo menos mais adequados, exercendo uma pedagogia de gênero, uma pedagogia de masculinidade. Nessa direção, pareceme potencialmente interessante discutir questões sobre gênero, educação, masculinidades e poder na contemporaneidade a partir da análise do MH. Para tanto, proponho como objetivo examinar as pedagogias de gênero do MH voltadas ao público masculino a partir da questão central desta tese: como o MH investe pedagogicamente para produzir mudanças, segundo um dado entendimento de gênero pautado numa agenda feminista, que visa a transformar determinados comportamentos em outros? No estudo, resgato algumas contribuições teóricas dos estudos culturais e de gênero que considero relevantes para as análises empreendidas. A análise documental constituiu a ferramenta principal que possibilitou a problematização do Manual H, permitindo analisar os questionamentos, propostas e paradoxos do material que assinalam a internacionalização do imperativo de produzir mudanças nos comportamentos e práticas nos homens, parecendo privilegiar uma masculinidade e paternidade transnacionais, reiterando a heteronormatividade e ignorando as particularidades dos contextos culturais. / The H program was a project developed in 1999 by several non-governmental organizations in different contexts in Latin America, India, Balkans and various Sub-Saharan Africa places to engage the young men in the reflection about masculinities. Within the H Program results, stand out the H Manual (MH), a guide developed to lead the work with young men which is formed to be the main analysis support equipment in this thesis. From its content, I take in consideration that MH has a lot to say about masculinities and gender relations and it plays an educational role by showing to teach how to be men. The Manual, as certain value systems and interests, disapproves some behaviours (violence, nonparticipation in childcare, non-use of health services) and give value other ones (take care of themselves and others, use of conversation and the negotiation rather use of violence, assume paternity), defining and evaluating ways to be men, sometimes not better, but at least more appropriate, exerting a gender pedagogy, a masculinity pedagogy. In this sense, it seems potentially interesting argue some questions about gender, education, masculinity and power in the actual society from the MH analysis. I assume as goal, examined the gender pedagogies in the MH that are destined to men and as a main thesis question: how the MH invest pedagogically to produce changes, according to one gender notion determinate that is scheduled in a feminist agenda that is looking for change some behaviours in other ones? In the study, I use some theoretical contributions from cultural studies and others gender studies that I consider relevant to make the analysis and understanding about studied matter. The documental analysis was the main tool to make the MH analytic description and it made possible problematize the question, proposals and paradoxes of this documents that show the internationalization of the necessity of produce changes in the behaviour and men customs, seeming that there is a privilege in the masculinity and transnational parenthood, reiterating the heteronormativity and ignoring the distinctive feature about cultural contexts. / El Programa H fue un proyecto desarrollado en 1999 por varias organizaciones no gubernamentales en diferentes contextos de América Latina, India, los Balcanes y varios lugares de África subsahariana para involucrar a los hombres jóvenes en la reflexión sobre masculinidades. Entre los resultados del Programa H, se destaca el Manual H (MH), una guía elaborada para orientar el trabajo en grupo con hombres jóvenes y que constituye el principal material de análisis en esta tesis. A partir de su contenido, considero que el MH tiene mucho que decir acerca de las masculinidades y las relaciones de género y desempeña una función educativa al enseñar a enseñar cómo ser hombres. El manual, según determinados sistemas valorativos e intereses, desaprueba algunos comportamientos (violencia, no participación en el cuidado de la infancia, no utilización de los servicios de salud) y valoriza otros (cuidar de sí mismos y de los demás, el uso el diálogo y la negociación en lugar de la violencia, asumir la paternidad), definiendo y evaluando formas de ser hombres, si no mejores, al menos más apropiadas, ejerciendo una pedagogía de género, una pedagogía de la masculinidad. En este sentido, me parece potencialmente interesante discutir algunas cuestiones sobre género, educación, masculinidad y poder en la sociedad contemporánea a partir del análisis del MH. Asumo como objetivo examinar las pedagogías de género en el MH destinadas a los hombres y como pregunta central de la tesis: como el MH invierte pedagógicamente para producir cambios, según una determinada noción de género pautada en una agenda feminista que busca transformar determinados comportamientos en otros? En el estudio, rescato algunos aportes teóricos de los estudios culturales y de género que considero relevantes para los análisis y comprensión del objeto de estudio. El análisis documental fue la herramienta principal para la descripción analítica del MH y posibilitó problematizar los cuestionamientos, propuestas y paradojas del material que indican la internacionalización del imperativo de producir cambios en los comportamientos y prácticas en los hombres, pareciendo privilegiar una masculinidad y paternidad transnacionales, reiterando la heteronormatividad e ignorando las particularidades de los contextos culturales.
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Como ser homens nestes tempos? pedagogias de gênero no manual h

Guerra, Oscar Ulloa January 2015 (has links)
O Programa H foi um projeto desenvolvido em 1999 por várias ONGs em diversos contextos da América Latina, Índia, nos Balcãs e em várias localidades da África subsaariana para engajar homens jovens em reflexões sobre masculinidades. Dentre os resultados do Programa H, destaca-se o Manual H (MH), um guia elaborado para orientar o trabalho grupal com homens jovens e que constitui o material de análise desta tese. A partir do seu conteúdo, considero que o MH tem muito a dizer sobre as masculinidades e as relações de gênero e desempenha uma função educativa na medida em que ensina como ser homens. O manual, segundo determinados sistemas de julgamento e interesses, desaprova alguns comportamentos (violência, não participação do cuidado dos filhos/as, não se cuidar, não utilizar os serviços de saúde) e valoriza outros (cuidar de si e de outras pessoas, usar o diálogo e a negociação ao invés da violência, assumir a paternidade), definindo e avaliando modos de ser homens, senão melhores, pelo menos mais adequados, exercendo uma pedagogia de gênero, uma pedagogia de masculinidade. Nessa direção, pareceme potencialmente interessante discutir questões sobre gênero, educação, masculinidades e poder na contemporaneidade a partir da análise do MH. Para tanto, proponho como objetivo examinar as pedagogias de gênero do MH voltadas ao público masculino a partir da questão central desta tese: como o MH investe pedagogicamente para produzir mudanças, segundo um dado entendimento de gênero pautado numa agenda feminista, que visa a transformar determinados comportamentos em outros? No estudo, resgato algumas contribuições teóricas dos estudos culturais e de gênero que considero relevantes para as análises empreendidas. A análise documental constituiu a ferramenta principal que possibilitou a problematização do Manual H, permitindo analisar os questionamentos, propostas e paradoxos do material que assinalam a internacionalização do imperativo de produzir mudanças nos comportamentos e práticas nos homens, parecendo privilegiar uma masculinidade e paternidade transnacionais, reiterando a heteronormatividade e ignorando as particularidades dos contextos culturais. / The H program was a project developed in 1999 by several non-governmental organizations in different contexts in Latin America, India, Balkans and various Sub-Saharan Africa places to engage the young men in the reflection about masculinities. Within the H Program results, stand out the H Manual (MH), a guide developed to lead the work with young men which is formed to be the main analysis support equipment in this thesis. From its content, I take in consideration that MH has a lot to say about masculinities and gender relations and it plays an educational role by showing to teach how to be men. The Manual, as certain value systems and interests, disapproves some behaviours (violence, nonparticipation in childcare, non-use of health services) and give value other ones (take care of themselves and others, use of conversation and the negotiation rather use of violence, assume paternity), defining and evaluating ways to be men, sometimes not better, but at least more appropriate, exerting a gender pedagogy, a masculinity pedagogy. In this sense, it seems potentially interesting argue some questions about gender, education, masculinity and power in the actual society from the MH analysis. I assume as goal, examined the gender pedagogies in the MH that are destined to men and as a main thesis question: how the MH invest pedagogically to produce changes, according to one gender notion determinate that is scheduled in a feminist agenda that is looking for change some behaviours in other ones? In the study, I use some theoretical contributions from cultural studies and others gender studies that I consider relevant to make the analysis and understanding about studied matter. The documental analysis was the main tool to make the MH analytic description and it made possible problematize the question, proposals and paradoxes of this documents that show the internationalization of the necessity of produce changes in the behaviour and men customs, seeming that there is a privilege in the masculinity and transnational parenthood, reiterating the heteronormativity and ignoring the distinctive feature about cultural contexts. / El Programa H fue un proyecto desarrollado en 1999 por varias organizaciones no gubernamentales en diferentes contextos de América Latina, India, los Balcanes y varios lugares de África subsahariana para involucrar a los hombres jóvenes en la reflexión sobre masculinidades. Entre los resultados del Programa H, se destaca el Manual H (MH), una guía elaborada para orientar el trabajo en grupo con hombres jóvenes y que constituye el principal material de análisis en esta tesis. A partir de su contenido, considero que el MH tiene mucho que decir acerca de las masculinidades y las relaciones de género y desempeña una función educativa al enseñar a enseñar cómo ser hombres. El manual, según determinados sistemas valorativos e intereses, desaprueba algunos comportamientos (violencia, no participación en el cuidado de la infancia, no utilización de los servicios de salud) y valoriza otros (cuidar de sí mismos y de los demás, el uso el diálogo y la negociación en lugar de la violencia, asumir la paternidad), definiendo y evaluando formas de ser hombres, si no mejores, al menos más apropiadas, ejerciendo una pedagogía de género, una pedagogía de la masculinidad. En este sentido, me parece potencialmente interesante discutir algunas cuestiones sobre género, educación, masculinidad y poder en la sociedad contemporánea a partir del análisis del MH. Asumo como objetivo examinar las pedagogías de género en el MH destinadas a los hombres y como pregunta central de la tesis: como el MH invierte pedagógicamente para producir cambios, según una determinada noción de género pautada en una agenda feminista que busca transformar determinados comportamientos en otros? En el estudio, rescato algunos aportes teóricos de los estudios culturales y de género que considero relevantes para los análisis y comprensión del objeto de estudio. El análisis documental fue la herramienta principal para la descripción analítica del MH y posibilitó problematizar los cuestionamientos, propuestas y paradojas del material que indican la internacionalización del imperativo de producir cambios en los comportamientos y prácticas en los hombres, pareciendo privilegiar una masculinidad y paternidad transnacionales, reiterando la heteronormatividad e ignorando las particularidades de los contextos culturales.
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Um homem para chamar de seu : uma perspectiva genealógica da emergência da Política Nacional de Ação Integral à Saúde do Homem

Santos, Helen Barbosa dos January 2013 (has links)
Quem é o homem que a Política Nacional de Atenção Integral à saúde do homem (PNAISH) chamará de seu? Com este questionamento tomamos a “saúde do homem” como um problema, ou seja, buscamos compreender o diagrama dos diversos movimentos que colocaram uma determinada compreensão do homem e do masculino na constituição da Política, analisando as tensões e as linhas de força que a constituem. Enquanto estratégia biopolítica, o enunciado de que o homem não cuida de sua saúde e outros discursos sobre o corpo social masculino marcam a produção social de masculinidades inscritas na história da saúde no Brasil. Para estas problematizações, fundamentamo-nos nas ferramentas teóricas e metodológicas da Psicologia Social, a partir do prisma pós-estruturalista, especialmente ao pensamento de Michel Foucault, na forma como o autor desenvolveu uma análise dos discursos e da emergência dos saberes na sua articulação com mecanismos e tecnologias de poder, em especial acerca do dispositivo da medicalização. Ademais, nos baseamos em autores que discutem as masculinidades, em especial pela analítica queer. O desenvolvimento da pesquisa tem primeiramente como corpus de análise o documento oficial da PNAISH, bem como leis, portarias e diário de campo dos Seminários de Saúde do Homem que ocorreram no Rio Grande do Sul. Em um segundo momento, a fim de conferir visibilidade à produção social das distintas figuras do masculino moralmente hierarquizadas na história da saúde no Brasil, parte-se de estudos que tanto retratam a saúde pública no país, bem como autores que problematizam os arranjos de masculinidades em determinados contextos histórico-sociais. Também nos utilizamos de personagens da literatura e da música brasileira como parte do campo de análise, inspirado pelos preceitos epistemológicos do personagem conceitual proposto na filosofia de Felix Guattari e Gilles Deleuze. A partir destes elementos, buscamos fazer uma releitura da história, onde masculinidades sujeitadas pelas ações eugênicas da medicalização dos corpos no país adquirem seu estatuto infame perante a sociedade. Percebe-se que estratégias de normalização colocam as masculinidades em movimento, onde a compartimentalização entre masculinidades legitimas e ilegítimas se constrói sobre o imperativo de homem ideal para a nação: trabalhador, pai de família, provedor. Estes preceitos, ancorados nos ideários de raça e classe social se ancoram em uma conjuntura da desigualdade social. Nesse processo de produção de masculinidades, muitas vezes, o último ponto de ancoragem social que inscrevem esses homens socialmente é uma virilidade violenta que se evidencia nos altos índices de morte por causas externas entre os homens. Em suma, evidenciamos a produção de masculinidades desprovidas de acesso aos direitos à saúde como direitos à vida, enquanto efeitos de uma longa história de medicalização do corpo social masculino, aspecto este, que adquire pouca visibilidade nas pesquisas que têm como cerne a saúde coletiva e/ou as relações de gênero e sexualidade. / Who is the man attended by the Brazilian Policy of Integral Attention of Men’s Health? With this question in mind, we consider “men’s health” as a problem, in other words, we aim at understanding the diagram of several movements that built a determined comprehension of man and the masculinity in the political constitutions, analyzing its tensions and forces. As a biopolitical strategy, the statement that men do not take care of their health and other discourses on men’s social body underline the social production of masculinities inscribed in the health history of Brazil. To answer these questions, we use as a basis the theoretical and methodological tools of social psychology, from the poststructuralist perspective, especially the studies of Michel Foucault, in which the author developed an analysis of discourses and the emergence of knowledge in their relationship with mechanisms and technologies of power, especially on the device of medicalization. Furthermore, we also reviewed the studies of other authors on masculinities, especially in the queer analytical approach. The development of this research has, firstly, as its corpus of analysis, the official documentation of the Brazilian Policy of Integral Attention of Men’s Health, as well as related legislation and field diaries on the Men’s Health seminars that occurred in Rio Grande do Sul state. Afterwards, to highlight the social production of distinct male figures that are morally hierarchical in the history of health care in Brazil, we considered studies that portray public health in Brazil as well as authors that have questioned the arrangements of masculinities in specific historical and social contexts. Characters from Brazilian literature and music were used as part of the field of analysis, inspired by the epistemological precepts of the conceptual character proposed by the studies of Gilles Deleuze and Felix Guattari. Based on these elements, we made a re-reading of the history, in which masculinities subjected by eugenicactions of medicalization of bodies in Brazil acquired its infamous status in society. It is noticeable that the standardization strategies put masculinities in motion, in which compartmentalization between legitimate and illegitimate masculinities are build on the requirements of the ideal man for the nation: worker, father, provider. These precepts, anchored in the ideals of race and social class are anchored in a juncture of social inequality. In this process of production of masculinities, often the last point of social anchorage in which these men are socially inscribed is a violent virility that becomes evident in the high rates of death from external causes among men. To briefly summarize, we argue that the production of masculinities devoid of access to health rights as well as the right to live, as an effect of a long history of social medicalization of the male body. We should also consider that this topic is understudied in researches that have as their core public health and/or relations of gender and sexuality.
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Embates de masculinidade: dos pássaros aos homens ou dos homens aos pássaros? Pesquisa entre homens criadores de pássaros residentes na comunidade de Lagoa Encantada

José Da Silva, Roberto January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:05:49Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4356_1.pdf: 6040898 bytes, checksum: f522d5b79f72347d9fc4e371caae349f (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta dissertação investiga os espaços de sociabilidade masculina, identificando algumas regras e redes de significados no tornar-se homem, enfocando os embates de masculinidades simbolizados pelos torneios de canto de pássaros na comunidade de Lagoa Encantada bairro do Ibura. Na investigação foi mapeado como se processa a prática da criação de pássaros na comunidade, o seu circuito, os torneios que lá acontecem e os principais personagens que dela comungam. O estudo foi desenvolvido através de investigação etnográfica por meio de observações participantes, conversas informais e entrevistas semi-estruturadas no próprio local da pesquisa. O número de sujeitos que colaboraram com o trabalho foi de 9 interlocutores, todos residentes na própria comunidade e que, de alguma forma, estavam envolvidos com a atividade; ou com a prática da criação de pássaros propriamente dita, ou com participação efetiva nos torneios de disputa de cantos. A etnografia aqui apresentada está distribuída em 4 capítulos que abordam desde a caracterização da comunidade investigada, passando pelas cenas e interações dos torneios, até a relação dos homens com os seus pássaros. A análise dos dados aponta para uma transferência de significados da personalidade do proprietário para o pássaro, em que ele atribui ao pássaro características da afirmação da sua identidade masculina, como também a atualização do modelo hegemônico de masculinidade quando dos embates ocorridos nos torneios
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Patriarcado e Violência: Desemprego Masculino e Reviravolta Feminina nos Papéis Sociais de Gênero. Vitória-ES (2002-2010)

FERRARI, A. S. 10 May 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-01T23:44:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_7883_Dissertação formatada_Alex_revisão_final.pdf: 1830568 bytes, checksum: dd04d27fd4763f17c5dcd4e1736422bf (MD5) Previous issue date: 2016-05-10 / Desde a década de 1970 o movimento feminista brasileiro buscou chamar atenção para os casos de violência cometidos contra as mulheres, dentre eles, o mais comum, a violência doméstica. Os estudos acerca desses casos nos mostram a complexidade das relações envolvidas nos processos que geram agressões físicas, morais e psicológicas, chamando a atenção para a importância que os papeis sociais masculinos e femininos desempenham nas dinâmicas das relações dos envolvidos. Este trabalho pretende analisar o desemprego masculino nas ocorrências registradas na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher da cidade de Vitória/ES (DEAM/Vitória). Para tanto, entende-se que o trabalho, na contemporaneidade, é ponto fundamental da construção da identidade masculina, ao passo que também foi utilizado como ferramenta legitimadora do poder do homem sobre a família, principalmente sobre a mulher, na construção dos papéis sociais de gênero. Dessa forma, acredita-se que o desemprego masculino representa a falha no papel social do homem, o que gera conflitos socioculturais, já que no imaginário masculino ele é uma forma de castração, perda de poder e vulnerabilidade. Nessa dissertação argumenta-se que devido à forte presença da violência na formação masculina, que também é marcada pela supressão da exposição de sentimentos e de vulnerabilidade, essa é uma ferramenta que pode ser utilizada por homens desempregados contra as mulheres, na tentativa de restabelecer uma posição de superioridade por meio da objetificação que a violência promove em suas vítimas.
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A crise da masculinidade nas dramaturgias de Nelson Rodrigues, Plínio Marcos e Newton Moreno

SIQUEIRA, Elton Bruno Soares de January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:32:51Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7427_1.pdf: 1897764 bytes, checksum: 37e78852fb5a5f6d1c6bddaab09c6dff (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Partindo do suposto de que a literatura corresponde a um discurso que se insere num contexto cultural e, por isso, marcado ideologicamente, propomo-nos investigar como o teatro brasileiro, a partir de Nelson Rodrigues, expressa indícios de uma crise dos valores masculinos hegemônicos. O mito moderno da masculinidade é problematizado a partir da análise da obra de três escritores de considerável destaque na produção dramatúrgica brasileira moderna e contemporânea: Nelson Rodrigues, Plínio Marcos e Newton Moreno. O corpus da pesquisa é composto de seis peças: Perdoa-me por me traíres (1957) e O beijo no asfalto (1961), de Nelson Rodrigues; Dois perdidos numa noite suja (1966) e Navalha na carne (1967), de Plínio Marcos; Dentro (2002) e Agreste (2004), de Newton Moreno. O objetivo principal da pesquisa foi caracterizar a forma em que cada autor trabalha as personagens masculinas ou os discursos masculinos em suas peças, a fim de deduzir uma gama de valores concernentes à questão da masculinidade. Outros objetivos, mais específicos, orientaram a investigação, como: identificar que recursos discursivos, presentes nessas dramaturgias, contribuem para criar alteridades masculinas; interpretar como essas alteridades corroboram a crise dos referentes masculinos; investigar que relações possíveis podem ser apontadas entre a forma dramatúrgica e o tema abordado. Para tanto, nos valemos de algumas orientações metodológicas da Análise Crítica do Discurso Literário, baseando-nos, sobretudo, em Fairclough (2001), para uma abordagem crítica do discurso, o que nos fez intervir sobre a materialidade lingüística e estética dos textos, sem perder de vista os objetivos e as finalidades que fazem da nossa pesquisa uma investigação do caráter político da produção dramatúrgica brasileira, e em Bakhtin (1981a), para as considerações sobre a arte literária. Demonstramos que as peças de Nelson Rodrigues, Plínio Marcos e Newton Moreno, além das inovações formais, trataram de temas pertinentes ao homem contemporâneo, oferecendo uma concepção lúcida do mundo pós-Segunda Guerra e de suas contradições. Constatamos que o discurso masculino nessas dramaturgias converge para a idéia de que o homem, inserido no mundo contemporâneo, se depara com situações e tipos de relações sociais não mais condizentes com o quadro de referências que ele tinha de sua própria imagem masculina o sistema de crenças burguês
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Compreendendo o discurso masculino sobre o trabalho feminino numa perspectiva de gênero

Karina Da Silva, Márcia 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:13:47Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4086_1.pdf: 1228392 bytes, checksum: 30b7b018c846cbbcb12dc2fdb0925ffc (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A pesquisa teve como objetivo estudar as relações de gênero centradas numa perspectiva masculina, especificamente de que maneira os homens significam o trânsito lar/trabalho feminino. Tal objetivo nos permitiu entender como a crescente feminização do mercado de trabalho vem impactando a construção da identidade social masculina baseada no papel de provedor. Desse modo, conseguir captar o que permanece e o que muda nos padrões normativos de masculinidade, assim como os processos de negociação, foi um dos desafios dessa tese. Sendo assim, partimos da hipótese de que os aspectos normativos da masculinidade hegemônica (provedor, virilidade, força, iniciativa sexual...) se encontram em pleno processo de negociação, no entanto, argumentamos que as mudanças provenientes dessa negociação esbarram em resistências subsidiadas em parte por instituições sociais mantenedoras do padrão normativo de masculinidade como, por exemplo, a família, cujo reflexo dessa reprodução podemos observar na divisão sexual das tarefas no mundo da casa e do trabalho. Nesse sentido, para essa discussão nos apoiamos, de um lado, nas elaborações teóricas de gênero, desenvolvidas pela teoria feminista e os estudos de masculinidade, e de outro, pelas contribuições advindas do estruturalismo construídas por Bourdieu. A Pesquisa contou com a participação de trinta homens, distribuídos entre maridos e colegas de mulheres que trabalham na Cia Müller de Bebidas Nordeste, mais conhecida como caninha 51 . Devo acrescentar que se trata de uma pesquisa sem pretensão de generalização de seus resultados, realizada com uma amostra intencional e sem caráter de representatividade estatística. Os dados da pesquisa sugeriram que a ideologia do patriarcalismo legitimando a dominação masculina baseada na idéia de que o provedor da família goza de privilégios foi abalada. Isso porque, a idéia de masculinidade hegemônica passou a ser questionada. Em parte esse questionamento se deve ao movimento feminista enquanto projeto político e acadêmico que fez evaporar a característica universal masculina aceita, até então, como natural . No entanto, muito embora os aspectos normativos da masculinidade hegemônica se encontrem relativizados, passando por negociações, estas acabam enfraquecidas pela força que a estrutura social exerce sobre os indivíduos. Pudemos observar essa força principalmente em instituições como a família e o trabalho, lócus da atenção desta pesquisa
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Encontrando o "homem sensivel"? : reconstruções da imagem masculina em um grupo de camadas medias intelectualizadas

Buffon, Roseli January 1992 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2012-10-16T22:14:54Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-08T17:43:47Z : No. of bitstreams: 1 89414.pdf: 6043706 bytes, checksum: cc694fca04237ce1742286f9643c5e37 (MD5) / Esta dissertação procura investigar facetas das redefinições da imagem masculina representadas e atualizadas por um grupo de homens das camadas médias intelectualizadas. Busco a imagem com a qual eles se identificam ao contrapor-se ao "homem machista" construído pela incorporação e valorização de traços tradicionalmente reservados ao gênero feminino. Trato de outra faceta da imagem masculina que eles buscam construir, a do homem independente e autônomo, imagem que se apoia em ideais individualizantes tendo como espaços de construção a opção pela solteirice e por morar só. Seus traços descortinam-se através do envolvimento destes homens com o espaço doméstico e com o trabalho e, de suas idéias acerca de um relacionamento amoroso e da parceira desejada sendo atributos tradicionalmente tidos como masculinos. Os valorizados e incorporados e tendo por base a construção que eles fazem de si mesmo em contraposição às mulheres que compõem o seu universo relacional. Questiono se esse processo de elaboração de uma nova imagem masculina não acabaria por configurar-se em um novo espaço de afirmação da superioridade masculina.

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