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Elementos de etnografia Mbyá: lideranças e grupos familiares na aldeia Tekoá Pyaú (Jaraguá - São Paulo) / Ethnographic data concerning the Guarani Mbyá from the Tekoá Ytu and Tekoá Pyaú indigenous lands, located near the Jaraguá State Park in the capital city of São PauloSilva, Fabio de Oliveira Nogueira da 07 March 2008 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo apresentar dados etnográficos sobre os Guarani Mbyá nas aldeias Tekoá Ytu e Tekoá Pyaú, localizadas junto ao Parque Estadual do Jaraguá, em São Paulo, capital. Foram priorizados os elementos relativos à organização social, parentesco e liderança, os quais formam o pano de fundo desta etnografia. As lideranças indígenas Mbyá são aqui compreendidas como um locus privilegiado para a observação das relações internas do grupo indígena, das relações entre as famílias extensas, entre aldeias diferentes e com os não índios. Suas opiniões, classificações e ordenamento das identidades e das alteridades produzidas nessas relações são descritas e colocadas em diálogo com a literatura etnológica Mbyá clássica e atual. Por fim, discuto a pertinência de se explorar a noção de tekó (o \"modo de ser\") Guarani para se compreender as construções socioculturais deste grupo indígena, e também sugerindo que tal noção participa de forma importante da cosmovisão Mbyá. Também apresento um levantamento sobre a produção acadêmica (Teses e Dissertações) que tem os Guarani como foco de análise. São quase duzentas monografias, de diversas áreas do conhecimento e de diversas instituições de ensino e pesquisa no Brasil, finalizadas a partir da década de 1980. Analiso alguns dos dados que podem ser obtidos desse levantamento, observando o crescimento exponencial dos estudos sobre os Guarani nas últimas décadas. / This work seeks to present ethnographic data concerning the Guarani Mbyá from the Tekoá Ytu and Tekoá Pyaú indigenous lands, located near the Jaraguá State Park in the capital city of São Paulo. Elements pertaining to social organization, kinship, and leadership are given priority, constituting the basis of this ethnography. The indigenous Mbyá leaders are thus seen as a privileged locus for observing relations internal to the indigenous group, relations between kinship groups, among different indigenous lands and with non-indigenous people. Their opinions, classifications and ordering of identities and alterities produced in these relations are described and put in dialogue with the classic and contemporary Mbyá ethnology. In conclusion, I discuss the pertinence of exploring the notion of the tekó (,,way of being\") Guarani to understanding the sociocultural constructs of this indigenous group and suggest the importance of this notion to the Mbyá cosmovision. I also include a bibliographic survey of academic research (Thesis and Dissertations) focused on the Guarani. There are almost two-hundred monographic works from different areas of knowledge and different educational and research institutes in Brazil, from the decade of 1980 on. I present an analysis of some information gathered from this survey, observing the exponential expansion of studies concerning the Guarani during the last decades.
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Elementos de etnografia Mbyá: lideranças e grupos familiares na aldeia Tekoá Pyaú (Jaraguá - São Paulo) / Ethnographic data concerning the Guarani Mbyá from the Tekoá Ytu and Tekoá Pyaú indigenous lands, located near the Jaraguá State Park in the capital city of São PauloFabio de Oliveira Nogueira da Silva 07 March 2008 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo apresentar dados etnográficos sobre os Guarani Mbyá nas aldeias Tekoá Ytu e Tekoá Pyaú, localizadas junto ao Parque Estadual do Jaraguá, em São Paulo, capital. Foram priorizados os elementos relativos à organização social, parentesco e liderança, os quais formam o pano de fundo desta etnografia. As lideranças indígenas Mbyá são aqui compreendidas como um locus privilegiado para a observação das relações internas do grupo indígena, das relações entre as famílias extensas, entre aldeias diferentes e com os não índios. Suas opiniões, classificações e ordenamento das identidades e das alteridades produzidas nessas relações são descritas e colocadas em diálogo com a literatura etnológica Mbyá clássica e atual. Por fim, discuto a pertinência de se explorar a noção de tekó (o \"modo de ser\") Guarani para se compreender as construções socioculturais deste grupo indígena, e também sugerindo que tal noção participa de forma importante da cosmovisão Mbyá. Também apresento um levantamento sobre a produção acadêmica (Teses e Dissertações) que tem os Guarani como foco de análise. São quase duzentas monografias, de diversas áreas do conhecimento e de diversas instituições de ensino e pesquisa no Brasil, finalizadas a partir da década de 1980. Analiso alguns dos dados que podem ser obtidos desse levantamento, observando o crescimento exponencial dos estudos sobre os Guarani nas últimas décadas. / This work seeks to present ethnographic data concerning the Guarani Mbyá from the Tekoá Ytu and Tekoá Pyaú indigenous lands, located near the Jaraguá State Park in the capital city of São Paulo. Elements pertaining to social organization, kinship, and leadership are given priority, constituting the basis of this ethnography. The indigenous Mbyá leaders are thus seen as a privileged locus for observing relations internal to the indigenous group, relations between kinship groups, among different indigenous lands and with non-indigenous people. Their opinions, classifications and ordering of identities and alterities produced in these relations are described and put in dialogue with the classic and contemporary Mbyá ethnology. In conclusion, I discuss the pertinence of exploring the notion of the tekó (,,way of being\") Guarani to understanding the sociocultural constructs of this indigenous group and suggest the importance of this notion to the Mbyá cosmovision. I also include a bibliographic survey of academic research (Thesis and Dissertations) focused on the Guarani. There are almost two-hundred monographic works from different areas of knowledge and different educational and research institutes in Brazil, from the decade of 1980 on. I present an analysis of some information gathered from this survey, observing the exponential expansion of studies concerning the Guarani during the last decades.
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TERRA SEM MAL: O MITO GUARANI NA DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS / NO MISFORTUNE LAND: THE GUARANI MITH IN THE DEMARCATION OF THE INDIAN AREASRocha, Joana D'arc Portella 31 March 2010 (has links)
This dissertation is the establishment of a dialectical reflection involving the process of demarcation of indigenous lands and the myth Mbyá of No Misfortune Land, trying to understand if, between these two variables, there is a line, and detecting to which extent the
myth is considered. The landscape is the lens through which the theme was observed; as the technique of documentary research, "indirect documentation", permitted the use of research sources such as books, magazines, newspapers, separate publications, theses, and thus
providing a framework that actually aids the understanding of the universe search. We tried to get the understanding of Brazilian Indian law, as well as the historical evolution that has made it. Therefore, as they help maintain the perpetuation of the condition "tutelary" for the indigenous, from the conquest of the current Brazilian territory to this present day. On the other hand, we sought to reflect on the indigenous society within broader contexts, while owners of land in Brazil, contrary to his crystallized image, which endures to the current
days, after more than five centuries. In the analysis and discussion of the data was clear that the appropriation of the myth by the Guarani Indians Mbyá is connected to the foundation of their villages, based on its relationship with nature, either symbolically or through practice,
and finally, his life is imbued with relations based on mythical precepts and their traditions are put into practice for centuries. The participation of Indians in the working teams of FUNAI, involving technical processes and bureaucratic and that require specialists, has been
more as a labor force unspecialized. The historical process responsible for engendering the indigenous laws, resulting from contact of Europeans with native indigenous population, to this day shows that they served only to legitimize the conquest of their land. The right to exist
as people or their difference always had been denied to Indians in Brazil and since 1500. The process of cannibalistic was devouring either the material and cultural of the Indians civilization by the conquering civilization. The inability of the Indians, absolute or relative, and its consequent protection, are present in indigenous Brazilian law, the only difference is the
way that the conquering State considers the indigenous. Even so-called "advances" of Constitution of 1988 did not eliminate this situation. / Esta dissertação consiste no estabelecimento de uma reflexão dialética envolvendo o processo de demarcação das terras indígenas e o mito Guarani Mbyá da Terra sem Mal,
visando compreender se, entre essas duas variáveis, há uma consonância, e detectar até que ponto o mito é considerado. A paisagem é a lente por onde se observou tal temática. A
técnica de pesquisa documental, documentação indireta , permitiu utilizar fontes de pesquisa tais como livros, revistas, jornais, publicações avulsas, teses e, dessa forma,
apresentar um quadro que auxilie a compreensão do universo da pesquisa. Procurou-se buscar o entendimento da legislação indigenista brasileira, bem como a evolução histórica
que engendrou-a. Portanto, enquanto ferramentas de manutenção da perpetuação da condição tutelar do índio, desde a conquista do atual território brasileiro até os dias atuais. Por outro lado, buscou-se refletir sobre a sociedade indígena dentro de contextos mais amplos, enquanto donos das terras brasileiras, em contradição a sua imagem cristalizada, que resiste até os dias atuais, depois de mais de cinco séculos. Na análise e discussão dos dados ficou evidente que a apropriação do mito por parte dos índios Guarani Mbyá está ligada à fundação de suas aldeias, baseando-se na sua relação com a natureza, seja de
forma simbólica ou através da prática. Seu cotidiano está impregnado de relações baseadas em preceitos míticos e suas tradições são postas em prática secularmente. A participação
dos índios nos grupos de trabalho da FUNAI, que envolvem processos técnicos e burocráticos e que exigem especialistas, tem sido mais como mão-de-obra não especializada. O processo histórico responsável por manter as legislações indigenistas, resultante do contato dos europeus com a população autóctone até os dias atuais mostra que as mesmas serviram apenas para legitimar a conquista de suas terras. O direito à existência como povo ou à sua diferença de alguma forma sempre foi negado aos indígenas no Brasil e, desde 1500, ocorreu um processo antropofágico de destruição material e cultural da civilização indígena pela civilização conquistadora. A incapacidade dos índios, absoluta ou relativa, e a consequente tutela dos mesmos, estão presentes na legislação indigenista brasileira, só o que muda é a forma como o Estado invasor considera o indígena. Mesmo os chamados avanços da Constituição Federal de 1988 não eliminaram essa situação.
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Ombo apyka. conception and Birth among Mbyá guaraní / Tomar asiento. La concepción y el nacimiento mbyá guaraníEnriz, Noelia 25 September 2017 (has links)
El presente trabajo examina las prácticas relacionadas con la gestación, el nacimiento, la nominación y circulación de los niños entre la población mbyá guaraní de Argentina a fin de explorar el lugar social de los niños y la producción de su persona e identidad. Empiezo argumentando que lo religioso ocupa un lugar central en la constitución de las personas. Luego, examino algunas situaciones no ordinarias y disruptivas como el nacimiento de mellizos. Ellas permiten mostrar la manera como se asienta la persona mbyá en el grupo. Finalmente, abordo las excepciones a las prácticas tradicionales, pues la manera de apartarse de ellas muestra que en la cosmovisión mbyá se ha generado nuevos mecanismos de inclusión de los niños. / This paper examines the practices related to pregnancy, birth, naming, and circulation of children in order to approach to their socially constructed place among the Argentine’s Mbyá Guaraní. I begin by arguing that the religious values are central to their production as people. Then I examine some non-ordinary and disruptive situations, such as the conception and birth of twins, to show how a Mbyá person settles down in the group. Finally, I consider the exceptions to the traditional ways for they show that in the Mbyá worldview, new mechanisms of inclusion of children have been generated.
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Kovae ta’angá Escolas Mbyá Guarani na Bienal do Mercosul : reflexões sobre educação e estética decolonialMelo, Dannilo Cesar Silva January 2016 (has links)
A educação indígena, percebida como semeadora de éticas-estéticas, tanto em escolas como em outros espaços educativos, exprime uma ritualização ressignificada no cotidiano, de forma a germinar um olhar integral da realidade. Ao considerar a escola indígena como um espaço de fronteira, parece ser nesse lugar de trânsito que as relações interculturais e estéticas florescem com mais intensidade. De acordo com essa noção, procurou-se observar estéticas da vida guarani nas fronteiras escolares, além de perceber as relações estéticas e educacionais por meio de mediações culturais (interculturais), primeiramente na escola Anhetenguá, da tekoá Anhetenguá (Porto Alegre-RS) em 2013, e posteriormente na escola Karaí Arandu, da tekoá Jatai’ty (Viamão-RS) em 2015. Ambas escolas guarani que visitaram exposições de arte contemporânea das 9ª e 10ª Bienais do Mercosul. Isto posto, o propósito seminal dessa dissertação é perceber e refletir sobre estéticas e percepções estéticas ameríndias a partir das especificidades do estar sendo Mbyá Guarani e seus processos educacionais. Para isso, elaborei a metáfora da construção da casa guarani: mbyá ro – casa tradicional, entendendo as estéticas da educação como movimentos que integram um corpo. Utilizei o deixar-se estar como postura metodológica e a mediação cultural como método de pesquisa. A dimensão estética da vida e da cultura pode ser um caminho libertador para pensar o modo indígena de estar sendo. Considerando que o estar sendo ameríndio se compõe na junção existencial entre o estar indígena e o ser que advém da noção de “ser alguém” moderno-ocidental, segundo Rodolfo Kusch (2009), tal dimensão estética pode ser entendida para além das noções de estéticas artísticas, do belo e do sublime. Nesse sentido, a estética é um campo fecundo de sentidos e expressões orgânicas do estar junto societal (MAFFESOLI, 1996). Por fim, a compreensão das estéticas Mbyá Guarani nos contextos educativos, como prática, mostra-se germinal a uma opção estética decolonial (GOMÉZ; MIGNOLO, 2012). / La educación indígena, percibida como sembradora de éticas-estéticas, tanto en escuelas como en otros espacios educativos, expresa una ritualización resignificada en lo cotidiano, que invita a germinar una mirada integral de la realidad. Al considerar la escuela indígena como un espacio de frontera, parece ser en ese lugar de tránsito que las relaciones interculturales y estéticas florecen con más intensidad. De acuerdo con esa noción, se procura observar estéticas de la vida Guaraní en las fronteras escolares, además de percibir las relaciones estéticas y educativas a través de mediaciones culturales, (interculturales), primero en la escuela Anhetenguá, de la Tekoá Anhetenguá (Porto Alegre-RS) en 2013 y posteriormente en la escuela Karaí Arandu, de la Tekoá Jatai’ty (Viamão-RS) en 2015. Ambas escuelas Guaraní que visitaron exposiciones de arte contemporánea de la 9ª y 10ª Bienal del Mercosur. Lo anterior en relación a que el propósito seminal de esta disertación es percibir y reflexionar sobre estéticas y percepciones estéticas amerindias a partir de las especificidades del estar siendo Mbyá Guaraní y sus procesos educativos. Para esto, elaboré la metáfora de la construcción de la casa guaraní: mbyá ro – casa tradicional, entendiendo las estéticas de la educación como movimientos que integran un cuerpo. Utilicé el dejarse estar como postura metodológica y la mediación cultural como método de investigación. La dimensión estética de la vida y de la cultura puede ser un camino liberador para pensar el modo indígena de estar siendo. Considerando que el estar siendo amerindio se compone en la conjunción existencial entre el estar indígena y el ser que adviene de la noción “ser alguien” moderno-occidental, según Rodolfo Kusch (2009), tal dimensión estética puede ser entendida más allá de las nociones de estética artísticas, de lo bello e de lo sublime. En este sentido, la estética es un campo fecundo de sentidos y expresiones orgánicas del estar junto societal (MAFFESOLI, 1996). Por fin, la comprensión de las estéticas Mbyá Guaraní en los contextos educativos, como práctica, se muestra germinal a una opción estética decolonial (GOMÉZ; MIGNOLO, 2012).
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Kovae ta’angá Escolas Mbyá Guarani na Bienal do Mercosul : reflexões sobre educação e estética decolonialMelo, Dannilo Cesar Silva January 2016 (has links)
A educação indígena, percebida como semeadora de éticas-estéticas, tanto em escolas como em outros espaços educativos, exprime uma ritualização ressignificada no cotidiano, de forma a germinar um olhar integral da realidade. Ao considerar a escola indígena como um espaço de fronteira, parece ser nesse lugar de trânsito que as relações interculturais e estéticas florescem com mais intensidade. De acordo com essa noção, procurou-se observar estéticas da vida guarani nas fronteiras escolares, além de perceber as relações estéticas e educacionais por meio de mediações culturais (interculturais), primeiramente na escola Anhetenguá, da tekoá Anhetenguá (Porto Alegre-RS) em 2013, e posteriormente na escola Karaí Arandu, da tekoá Jatai’ty (Viamão-RS) em 2015. Ambas escolas guarani que visitaram exposições de arte contemporânea das 9ª e 10ª Bienais do Mercosul. Isto posto, o propósito seminal dessa dissertação é perceber e refletir sobre estéticas e percepções estéticas ameríndias a partir das especificidades do estar sendo Mbyá Guarani e seus processos educacionais. Para isso, elaborei a metáfora da construção da casa guarani: mbyá ro – casa tradicional, entendendo as estéticas da educação como movimentos que integram um corpo. Utilizei o deixar-se estar como postura metodológica e a mediação cultural como método de pesquisa. A dimensão estética da vida e da cultura pode ser um caminho libertador para pensar o modo indígena de estar sendo. Considerando que o estar sendo ameríndio se compõe na junção existencial entre o estar indígena e o ser que advém da noção de “ser alguém” moderno-ocidental, segundo Rodolfo Kusch (2009), tal dimensão estética pode ser entendida para além das noções de estéticas artísticas, do belo e do sublime. Nesse sentido, a estética é um campo fecundo de sentidos e expressões orgânicas do estar junto societal (MAFFESOLI, 1996). Por fim, a compreensão das estéticas Mbyá Guarani nos contextos educativos, como prática, mostra-se germinal a uma opção estética decolonial (GOMÉZ; MIGNOLO, 2012). / La educación indígena, percibida como sembradora de éticas-estéticas, tanto en escuelas como en otros espacios educativos, expresa una ritualización resignificada en lo cotidiano, que invita a germinar una mirada integral de la realidad. Al considerar la escuela indígena como un espacio de frontera, parece ser en ese lugar de tránsito que las relaciones interculturales y estéticas florecen con más intensidad. De acuerdo con esa noción, se procura observar estéticas de la vida Guaraní en las fronteras escolares, además de percibir las relaciones estéticas y educativas a través de mediaciones culturales, (interculturales), primero en la escuela Anhetenguá, de la Tekoá Anhetenguá (Porto Alegre-RS) en 2013 y posteriormente en la escuela Karaí Arandu, de la Tekoá Jatai’ty (Viamão-RS) en 2015. Ambas escuelas Guaraní que visitaron exposiciones de arte contemporánea de la 9ª y 10ª Bienal del Mercosur. Lo anterior en relación a que el propósito seminal de esta disertación es percibir y reflexionar sobre estéticas y percepciones estéticas amerindias a partir de las especificidades del estar siendo Mbyá Guaraní y sus procesos educativos. Para esto, elaboré la metáfora de la construcción de la casa guaraní: mbyá ro – casa tradicional, entendiendo las estéticas de la educación como movimientos que integran un cuerpo. Utilicé el dejarse estar como postura metodológica y la mediación cultural como método de investigación. La dimensión estética de la vida y de la cultura puede ser un camino liberador para pensar el modo indígena de estar siendo. Considerando que el estar siendo amerindio se compone en la conjunción existencial entre el estar indígena y el ser que adviene de la noción “ser alguien” moderno-occidental, según Rodolfo Kusch (2009), tal dimensión estética puede ser entendida más allá de las nociones de estética artísticas, de lo bello e de lo sublime. En este sentido, la estética es un campo fecundo de sentidos y expresiones orgánicas del estar junto societal (MAFFESOLI, 1996). Por fin, la comprensión de las estéticas Mbyá Guaraní en los contextos educativos, como práctica, se muestra germinal a una opción estética decolonial (GOMÉZ; MIGNOLO, 2012).
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Ha'erami ra'ema jaiko : vamos levando a vida desse jeito-- : relatos de experiências etnográficas junto a uma família mbya-guaraniCosta, Ana Cristina Popp da January 2011 (has links)
Esta dissertação descreve experiências etnográficas. Exercício descritivo que, consequentemente, coloca em relação saberes distintos, o mbya-guarani (indígena) e o não indígena (em especial o antropológico). Busco, então, refletir sobre esse encontro etnográfico e sobre o modo como as pessoas Mbya com os quais estive relacionam-se com aqueles pertencentes a coletivos não mbya – espíritos, deuses, mortos e não indígenas, dentre esses, a antropóloga –, o que possibilita vislumbrarmos algo a respeito do modo como se compõem pessoas mbya. Pessoas mais ou menos suscetíveis à ação de muitos “seres” que, desejosos de relação, aproximam-se especialmente daqueles que se encontram “enfraquecidos espiritualmente”, podendo lhes provocar alterações não desejadas, sendo que, em certos casos, torna-se impossível saber ao certo com quem se está em relação, tampouco precisar o quanto ela transforma pessoas tornando-as mais ou menos gente, mais ou menos Mbya.
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Memórias ancestrais, traços contemporâneos e aspectos comunais na arte cerâmica Mbyá-Guarani / Ancestral memories, contemporary traits and communal aspects in Mbyá-Guarani ceramic artFranklin da Silva Alonso 31 March 2014 (has links)
A análise acadêmica ora apresentada reflete a pesquisa vivencial que, como investigador do Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (em sua linha de estudos em Arte, Cultura e Cognição), aferi em aldeias Mbyá-Guarani nas cidades de Niterói e Maricá desde o ano de 2012 a respeito de sua arte em barro. Com aportes etnohistóricos da sua cerâmica ancestral, esta ação foi assim realizada por levantamento de dados tanto pré-históricos quanto históricos focados sobre si. Porém, reconhecendo a escassez de seu fabrico entre aqueles Mbyá e, paradoxalmente, que ainda existam em seu meio mostras de que os artefatos de barro permanecem memorialmente sendo importantes para esse povo, tal exame não se restringiu a conhecer apenas a morfologia desses objetos, mas procurou vislumbrar um tanto de sua simbologia e recuperar essa ocorrência prática por meio de atividades artístico-pedagógicas junto às crianças dali. Portanto, através da pesquisa-ação e do método educativo de Célestin Freinet se buscou apontar oportunidades de revitalização dentro da sociedade Mbyá dessa memória do exercício de construção oleiro e de seu devido valor às suas crianças / The academic analysis presented here reflects the experiential research that, as investigator of the Graduate Program in Arts of the State University of Rio de Janeiro (in the line of studies in Art, Culture and Cognition), was surveyed in Mbyá-Guarani villages in cities of Niterói and Maricá since the year of 2012 about its art in clay. Considering contributions from their ethnohistorical ancestral ceramic, this action has been performed by collecting data both pre-history and historical periods focused on themselves. However, recognizing the scarcity of their manufactured among those Mbyá and, paradoxically, the fact that there still has been craft samples in their society that remain being important to these people, such an examination was not restricted only to knowing the morphology of these objects, but sought to discern somewhat of its symbolism and retrieve this practical occurrence through artistic and educational activities together with the children there. Therefore, through action research and educational method of Célestin Freinet it was sought to achieve revitalization opportunities of this exercise memory of potter's construction and recognize childrens importance within Mbyá society
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Memórias ancestrais, traços contemporâneos e aspectos comunais na arte cerâmica Mbyá-Guarani / Ancestral memories, contemporary traits and communal aspects in Mbyá-Guarani ceramic artFranklin da Silva Alonso 31 March 2014 (has links)
A análise acadêmica ora apresentada reflete a pesquisa vivencial que, como investigador do Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (em sua linha de estudos em Arte, Cultura e Cognição), aferi em aldeias Mbyá-Guarani nas cidades de Niterói e Maricá desde o ano de 2012 a respeito de sua arte em barro. Com aportes etnohistóricos da sua cerâmica ancestral, esta ação foi assim realizada por levantamento de dados tanto pré-históricos quanto históricos focados sobre si. Porém, reconhecendo a escassez de seu fabrico entre aqueles Mbyá e, paradoxalmente, que ainda existam em seu meio mostras de que os artefatos de barro permanecem memorialmente sendo importantes para esse povo, tal exame não se restringiu a conhecer apenas a morfologia desses objetos, mas procurou vislumbrar um tanto de sua simbologia e recuperar essa ocorrência prática por meio de atividades artístico-pedagógicas junto às crianças dali. Portanto, através da pesquisa-ação e do método educativo de Célestin Freinet se buscou apontar oportunidades de revitalização dentro da sociedade Mbyá dessa memória do exercício de construção oleiro e de seu devido valor às suas crianças / The academic analysis presented here reflects the experiential research that, as investigator of the Graduate Program in Arts of the State University of Rio de Janeiro (in the line of studies in Art, Culture and Cognition), was surveyed in Mbyá-Guarani villages in cities of Niterói and Maricá since the year of 2012 about its art in clay. Considering contributions from their ethnohistorical ancestral ceramic, this action has been performed by collecting data both pre-history and historical periods focused on themselves. However, recognizing the scarcity of their manufactured among those Mbyá and, paradoxically, the fact that there still has been craft samples in their society that remain being important to these people, such an examination was not restricted only to knowing the morphology of these objects, but sought to discern somewhat of its symbolism and retrieve this practical occurrence through artistic and educational activities together with the children there. Therefore, through action research and educational method of Célestin Freinet it was sought to achieve revitalization opportunities of this exercise memory of potter's construction and recognize childrens importance within Mbyá society
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Kovae ta’angá Escolas Mbyá Guarani na Bienal do Mercosul : reflexões sobre educação e estética decolonialMelo, Dannilo Cesar Silva January 2016 (has links)
A educação indígena, percebida como semeadora de éticas-estéticas, tanto em escolas como em outros espaços educativos, exprime uma ritualização ressignificada no cotidiano, de forma a germinar um olhar integral da realidade. Ao considerar a escola indígena como um espaço de fronteira, parece ser nesse lugar de trânsito que as relações interculturais e estéticas florescem com mais intensidade. De acordo com essa noção, procurou-se observar estéticas da vida guarani nas fronteiras escolares, além de perceber as relações estéticas e educacionais por meio de mediações culturais (interculturais), primeiramente na escola Anhetenguá, da tekoá Anhetenguá (Porto Alegre-RS) em 2013, e posteriormente na escola Karaí Arandu, da tekoá Jatai’ty (Viamão-RS) em 2015. Ambas escolas guarani que visitaram exposições de arte contemporânea das 9ª e 10ª Bienais do Mercosul. Isto posto, o propósito seminal dessa dissertação é perceber e refletir sobre estéticas e percepções estéticas ameríndias a partir das especificidades do estar sendo Mbyá Guarani e seus processos educacionais. Para isso, elaborei a metáfora da construção da casa guarani: mbyá ro – casa tradicional, entendendo as estéticas da educação como movimentos que integram um corpo. Utilizei o deixar-se estar como postura metodológica e a mediação cultural como método de pesquisa. A dimensão estética da vida e da cultura pode ser um caminho libertador para pensar o modo indígena de estar sendo. Considerando que o estar sendo ameríndio se compõe na junção existencial entre o estar indígena e o ser que advém da noção de “ser alguém” moderno-ocidental, segundo Rodolfo Kusch (2009), tal dimensão estética pode ser entendida para além das noções de estéticas artísticas, do belo e do sublime. Nesse sentido, a estética é um campo fecundo de sentidos e expressões orgânicas do estar junto societal (MAFFESOLI, 1996). Por fim, a compreensão das estéticas Mbyá Guarani nos contextos educativos, como prática, mostra-se germinal a uma opção estética decolonial (GOMÉZ; MIGNOLO, 2012). / La educación indígena, percibida como sembradora de éticas-estéticas, tanto en escuelas como en otros espacios educativos, expresa una ritualización resignificada en lo cotidiano, que invita a germinar una mirada integral de la realidad. Al considerar la escuela indígena como un espacio de frontera, parece ser en ese lugar de tránsito que las relaciones interculturales y estéticas florecen con más intensidad. De acuerdo con esa noción, se procura observar estéticas de la vida Guaraní en las fronteras escolares, además de percibir las relaciones estéticas y educativas a través de mediaciones culturales, (interculturales), primero en la escuela Anhetenguá, de la Tekoá Anhetenguá (Porto Alegre-RS) en 2013 y posteriormente en la escuela Karaí Arandu, de la Tekoá Jatai’ty (Viamão-RS) en 2015. Ambas escuelas Guaraní que visitaron exposiciones de arte contemporánea de la 9ª y 10ª Bienal del Mercosur. Lo anterior en relación a que el propósito seminal de esta disertación es percibir y reflexionar sobre estéticas y percepciones estéticas amerindias a partir de las especificidades del estar siendo Mbyá Guaraní y sus procesos educativos. Para esto, elaboré la metáfora de la construcción de la casa guaraní: mbyá ro – casa tradicional, entendiendo las estéticas de la educación como movimientos que integran un cuerpo. Utilicé el dejarse estar como postura metodológica y la mediación cultural como método de investigación. La dimensión estética de la vida y de la cultura puede ser un camino liberador para pensar el modo indígena de estar siendo. Considerando que el estar siendo amerindio se compone en la conjunción existencial entre el estar indígena y el ser que adviene de la noción “ser alguien” moderno-occidental, según Rodolfo Kusch (2009), tal dimensión estética puede ser entendida más allá de las nociones de estética artísticas, de lo bello e de lo sublime. En este sentido, la estética es un campo fecundo de sentidos y expresiones orgánicas del estar junto societal (MAFFESOLI, 1996). Por fin, la comprensión de las estéticas Mbyá Guaraní en los contextos educativos, como práctica, se muestra germinal a una opción estética decolonial (GOMÉZ; MIGNOLO, 2012).
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