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Reparo meniscal em crianças e adolescentes : uma revisão sistemática de resultados

Ferrari, Márcio Balbinotti January 2018 (has links)
OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática da literatura existente, a fim de analisar os resultados após o reparo meniscal na população pediátrica. MÉTODOS: Uma revisão sistemática foi realizada de acordo com as diretrizes PRISMA usando os Bancos de Dados de Análise Sistemática Cochrane, Registro Central Cochrane de ensaios controlados, MEDLINE Ovid e MEDLINE PubMed. Os critérios de inclusão foram os seguintes: estudos que relatam os resultados do reparo meniscal em pacientes com 18 anos ou menos, com um seguimento médio mínimo de 12 meses, idiomas português, espanhol ou inglês e estudos humanos incluindo 10 ou mais pacientes. RESULTADOS: Nossa pesquisa identificou 2534 títulos individuais. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos oito estudos, avaliando 287 pacientes com lesões meniscais reparadas. Sete estudos foram classificados como nível de evidência IV e um nível III. O escore médio MINORS foi de 8,6 ± 1,4. O reparo meniscal incluiu todas as zonas meniscais e padrões de lesões. A lesão do ligamento cruzado anterior foi a lesão associada mais comum. As técnicas “inside-out” e “all-inside” foram predominantemente relatadas. A maioria dos pacientes relatou resultados bons a excelentes e teve sinais clínicos de cicatrização meniscal; as meniscectomias após reparação meniscal foram realizadas em apenas 44 casos. CONCLUSÃO: Lesões meniscais em pediatria não são incomuns. O reparo desta lesão foi associado com resultados bons a excelentes na maioria dos pacientes, independentemente do padrão de lesão, zona ou técnica. As complicações relatadas foram mínimas, no entanto, são necessários estudos de maior qualidade para confirmar os achados desta revisão sistemática. NÍVEL DE EVIDÊNCIA: Nivel IV, revisão sistemática de estudos nível III e nível IV. / PURPOSE: To perform a systematic review of existing literature in order to analyze outcomes after meniscal repair in the pediatric population. METHODS: A systematic review was performed according to PRISMA guidelines using the Cochrane Database of Systematic Review, Cochrane Central Register of Controlled Trials, MEDLINE Ovid, and MEDLINE PubMed databases. Inclusion criteria were as follows: studies reporting the outcomes of meniscal repair in patients 18 years old or younger, with a minimum mean follow-up of 12 months, Portuguese, Spanish or English languages, and human studies including 10 or more patients. RESULTS: Our search identified 2534 individual titles. After application of the inclusion and exclusion criteria, 8 studies were included, evaluating 287 patients with repaired meniscal tears. Seven studies were classified as level of evidence IV and one level III. The mean MINORS score was 8.6 ± 1.4. Meniscal repair included all meniscal zones and tear patterns. Anterior cruciate ligament tear was the most common associated injury. The all-inside and inside-out techniques were predominantly reported. The majority of the patients reported good to excellent outcomes and had clinical signals of meniscal healing; meniscectomies following meniscal repair were performed in just 44 cases. CONCLUSION: Meniscal tears in pediatrics are not uncommon. Repairs of this injury were associated with good to excellent outcomes in most patients, regardless of the injury pattern, zone or technique. Reported complications were minimal, however, higher quality studies are needed to confirm the findings of this systematic review. LEVEL OF EVIDENCE: Level IV, systematic review of Level III and Level IV studies.
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Reparo meniscal em crianças e adolescentes : uma revisão sistemática de resultados

Ferrari, Márcio Balbinotti January 2018 (has links)
OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática da literatura existente, a fim de analisar os resultados após o reparo meniscal na população pediátrica. MÉTODOS: Uma revisão sistemática foi realizada de acordo com as diretrizes PRISMA usando os Bancos de Dados de Análise Sistemática Cochrane, Registro Central Cochrane de ensaios controlados, MEDLINE Ovid e MEDLINE PubMed. Os critérios de inclusão foram os seguintes: estudos que relatam os resultados do reparo meniscal em pacientes com 18 anos ou menos, com um seguimento médio mínimo de 12 meses, idiomas português, espanhol ou inglês e estudos humanos incluindo 10 ou mais pacientes. RESULTADOS: Nossa pesquisa identificou 2534 títulos individuais. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos oito estudos, avaliando 287 pacientes com lesões meniscais reparadas. Sete estudos foram classificados como nível de evidência IV e um nível III. O escore médio MINORS foi de 8,6 ± 1,4. O reparo meniscal incluiu todas as zonas meniscais e padrões de lesões. A lesão do ligamento cruzado anterior foi a lesão associada mais comum. As técnicas “inside-out” e “all-inside” foram predominantemente relatadas. A maioria dos pacientes relatou resultados bons a excelentes e teve sinais clínicos de cicatrização meniscal; as meniscectomias após reparação meniscal foram realizadas em apenas 44 casos. CONCLUSÃO: Lesões meniscais em pediatria não são incomuns. O reparo desta lesão foi associado com resultados bons a excelentes na maioria dos pacientes, independentemente do padrão de lesão, zona ou técnica. As complicações relatadas foram mínimas, no entanto, são necessários estudos de maior qualidade para confirmar os achados desta revisão sistemática. NÍVEL DE EVIDÊNCIA: Nivel IV, revisão sistemática de estudos nível III e nível IV. / PURPOSE: To perform a systematic review of existing literature in order to analyze outcomes after meniscal repair in the pediatric population. METHODS: A systematic review was performed according to PRISMA guidelines using the Cochrane Database of Systematic Review, Cochrane Central Register of Controlled Trials, MEDLINE Ovid, and MEDLINE PubMed databases. Inclusion criteria were as follows: studies reporting the outcomes of meniscal repair in patients 18 years old or younger, with a minimum mean follow-up of 12 months, Portuguese, Spanish or English languages, and human studies including 10 or more patients. RESULTS: Our search identified 2534 individual titles. After application of the inclusion and exclusion criteria, 8 studies were included, evaluating 287 patients with repaired meniscal tears. Seven studies were classified as level of evidence IV and one level III. The mean MINORS score was 8.6 ± 1.4. Meniscal repair included all meniscal zones and tear patterns. Anterior cruciate ligament tear was the most common associated injury. The all-inside and inside-out techniques were predominantly reported. The majority of the patients reported good to excellent outcomes and had clinical signals of meniscal healing; meniscectomies following meniscal repair were performed in just 44 cases. CONCLUSION: Meniscal tears in pediatrics are not uncommon. Repairs of this injury were associated with good to excellent outcomes in most patients, regardless of the injury pattern, zone or technique. Reported complications were minimal, however, higher quality studies are needed to confirm the findings of this systematic review. LEVEL OF EVIDENCE: Level IV, systematic review of Level III and Level IV studies.
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Estudo comparativo das alterações degenerativas dos meniscos medial e lateral na artrose do joelho em varo / Evaluation of degenerative meniscal changes in varum knee arthrosis

Alexandre Carneiro Bitar 12 December 2006 (has links)
Na prática clínica, a queixa de dor no joelho em pacientes, a partir da quinta década de vida, é muito freqüente e comumente atribuída à lesão meniscal degenerativa. A relação entre a lesão degenerativa do menisco e a artrose é controversa, assim como a relação do varo e a evolução para artrose do joelho. Foram estudadas as alterações macroscópicas e microscópicas dos meniscos em 21 pacientes com deformidade em varo submetidos a artroplastia total do joelho, decorrente de artrose do joelho. Analisou-se, também, a relação destas lesões com o grau de artrose e varismo dos pacientes. Foram encontrados 9 de 21 meniscos com lesões, sendo o menisco mais acometido o medial e a lesão mais freqüente em clivagem horizontal. Neste modelo clínico de artrose com joelho em varo, afirma-se que: 1) Não foi possível estabelecer correlação entre o grau de artrose e a maior ocorrência de lesões meniscais macroscópicas; 2) Não se observou relação entre a maior gravidade da deformidade angular em varo dos joelhos com o aumento da ocorrência de lesões meniscais; 3) Quando ocorreram, as lesões meniscais preponderaram no menisco medial e as mais freqüentes foram as em clivagem horizontal; 4) Os meniscos apresentaram alterações microscópicas significativas resultantes do processo de artrose dos joelhos; no entanto, não há evidência que a presença de lesões é estatisticamente diferente entre os meniscos lateral e medial / In clinical practice, the knee pain complaint by patients from the fifth life decade is very frequent and commonly assigned to degenerative meniscal injury. The relationship between degenerative meniscal injury and arthrosis is controversial, as well as the relationship between genu varum and evolution to knee arthrosis. Macroscopic and microscopic meniscal changes in 21 patients with varum deformities undergoing total knee arthroplasty secondary to knee arthrosis were also studied. The relationship between these injuries and the degree of arthrosis and varism of patients were also studied. Of 21 menisci, 9 were found to have injuries, the most affected being the medial meniscus and the most frequent was the horizontal cleavage meniscal injury. In this clinical model of arthrosis with varum knee (1) it was not possible to establish any correlation between the degree of arthrosis and the higher occurrence of macroscopic meniscal injuries; (2) no relationship was observed between higher severity of genu varum angular deformity and increase of meniscal injury occurrence; (3) meniscal injuries prevailed in the medial meniscus, horizontal cleavage meniscal injuries being the most frequent; (4) the menisci presented significant microscopic changes resulting from the knee arthrosis process; however, no evidence was found that the presence of injuries is statistically different between lateral and medial menisci
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Fatores preditivos de resultados desfavoráveis da meniscectomia medial artroscópica em pacientes com mais de 50 anos de idade / Predictors of poor outcomes of arthroscopic medial meniscectomy in patients over 50 years old

Viegas, Alexandre de Christo 19 February 2015 (has links)
A evolução do conhecimento acerca das funções dos meniscos e do tratamento das suas lesões, impulsionada pelo advento da cirurgia artroscópica, consagrou e popularizou a meniscectomia por esta via, por ser uma técnica menos invasiva, com menor morbidade e menores custos hospitalares, a ponto de torná-la, atualmente, a cirurgia ortopédica mais frequentemente realizada no mundo. Embora a maior parte dos pacientes submetidos a esta intervenção cirúrgica tenha resultados favoráveis e resolução rápida dos sintomas, percebe-se que parte considerável dos pacientes, especialmente os mais idosos, não apresenta uma evolução póscirúrgica satisfatória, apresentando piora dos sintomas e, eventualmente, necessitando de nova cirurgia. Partindo da hipótese que em determinados pacientes a meniscectomia, em vez de tratar, precipita e acentua um desequilíbrio biomecânico do joelho, o autor realizou estudo observacional prospectivo não-controlado com 86 pacientes de ambos os gêneros, com idade superior a 50 anos (média de 60,2 ± 7,1 anos), submetidos à meniscectomia artroscópica para tratamento de lesão do menisco medial de natureza degenerativa, com o objetivo de determinar variáveis demográficas, clínicas, anatômicas e cirúrgicas relacionadas aos resultados desfavoráveis. As avaliações funcionais pré e pós-operatórias foram realizadas utilizandose o Índice do KOOS (Knee Injury and Osteoarthritis Outcome Score), aplicado a todos os pacientes antes da cirurgia e 60 meses depois. Após análise estatística dos resultados obtidos, o autor verificou que 10 fatores podem ser considerados preditivos das meniscectomias mediais artroscópicas neste grupo etário, sendo quatro fatores fortemente associados aos resultados desfavoráveis: lesão da raiz posterior do menisco medial, dor pré-operatória intensa, claudicação antes da cirurgia e tempo decorrido entre o início dos sintomas e a cirurgia; dois fatores foram considerados moderadamente associados aos resultados desfavoráveis: presença de edema de medula óssea na ressonância magnética (RM) préoperatória e duração da cirurgia; quatro fatores foram considerados associados de modo fraco aos resultados desfavoráveis: Índice de Massa Corporal (IMC) >= 30 kg/m2 , varismo do joelho, presença de cisto poplíteo na RM pré-operatória e extensão da ressecção do menisco medial / The evolution of knowledge concerning meniscal functions and the treatment of their injuries, boosted by the development of arthroscopic surgery, has established and popularized arthroscopic meniscectomy due to its less invasiveness, less post-operative morbidity and lower hospital costs, to the point it has become, nowadays, the most frequently performed orthopedic procedure in the world. Although the majority of patients undergoing this operation is quite pleased with the outcomes and with the prompt resolution of their symptoms, it is noticeable that a considerable amount of patients with meniscal injuries, mainly the older, does not have a satisfactory postoperative outcome, with worsening of symptoms after being operated on and occasionally requiring another surgery. Based on observations of his medical practice and on the assumption that meniscectomy, rather than treat, can hasten and accentuate a biomechanical imbalance of the knee in those patients, the author conducted an observational prospective uncontrolled study with 86 patients of both genders, aged over 50 years old (average 60.2 ± 7.1 years), who underwent arthroscopic meniscectomy for the treatment of degenerative medial meniscal lesions, aiming to determine demographic, anatomical, clinical and surgical variables related to poor outcomes. The functional pre and post-operative evaluations were performed using the KOOS index (Knee Injury and Osteoarthritis Outcome Score) applied to all patients before surgery and 60 months later. After statistical analysis of the results, the author found that 10 factors can be considered predictors of arthroscopic medial meniscectomy in this age group: four factors were strongly associated with unfavorable results - posterior root lesion of the medial meniscus, intense pre-operative pain, claudication before surgery and time elapsed between onset of symptoms and surgery; two factors were moderately associated with unfavorable results - bone marrow edema in preoperative magnetic resonance imaging (MRI) and surgery time length; four factors that were weakly associated with poor results - bone mass index (BMI) >= 30 kg/m2, varus knee, poplyteal cyst in pre-operative MRI and extension of meniscal ressection
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A acur?cia da resson?ncia magn?tica para o diagn?stico de les?es meniscais, condrais e dos ligamentos cruzados do joelho, em PORTO ALEGRE/RS

Karan, Francisco Consoli 27 September 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:35:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 386708.pdf: 1896761 bytes, checksum: 4224894848b589d991b4884876f988bb (MD5) Previous issue date: 2006-09-27 / Objetivo: O objetivo deste estudo ? verificar a acur?cia da resson?ncia nuclear magn?tica (RNM) do joelho, realizada em Porto Alegre/RS, utilizando a artroscopia como padr?o ouro, representando as condi??es de uma cidade/capital de um pa?s em desenvolvimento e se esta reproduz os resultados publicados na literatura. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, com coleta prospectiva dos dados, em 327 pacientes que fizeram RNMs, realizadas em 11 diferentes servi?os de radiologia de Porto Alegre/RS, com protocolos de investiga??o global da articula??o do joelho. Para a aquisi??o das imagens, os servi?os de radiologia utilizaram protocolos de avalia??o global da articula??o do joelho. As les?es foram descritas pelos radiologistas e classificadas de acordo com modifica??es nas classifica??es de Stoller e Tyrrell (meniscos), Outerbridge e Tyrrell (cartilagens) e Heron e Calvert (ligamentos). Para a an?lise dos dados, os exames dos pacientes foram divididos em cinco grupos distintos: grupo 1, composto por 299 exames, de todos os servi?os estudados, com aparelho de campo magn?tico fechado, independente da pot?ncia do mesmo; grupo 2, com 195 exames realizados em aparelhos de 1,5T; grupo 3, com 61 exames feitos em aparelho de 2,0T; grupo 4, com 28 exames efetivados em aparelho de campo aberto de 0,23T, e grupo 5, com 84 exames realizados no centro de diagn?stico por imagem da Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul (CDI-PUCRS), com aparelho de 1,5T. Em todos os grupos utilizou-se a artroscopia, realizada no Hospital S?o Lucas da PUCRS, por um ?nico cirurgi?o, como padr?o-ouro. Resultados: Quando analisada a concord?ncia entre o ortopedista e o radiologista em classificar as les?es na RNM e na artroscopia, respectivamente, por meio do coeficiente kappa, p?de-se considerar boa para o ligamento cruzado anterior (LCA), razo?vel para os meniscos e ruim para as les?es condrais. Em geral, a RNM mostrou alta sensibilidade para o menisco medial (MM) e LCA; boa para o menisco lateral (ML) e baixa para todas as regi?es condrais analisadas. A especificidade da RNM foi boa para a totalidade das estruturas pesquisadas. Conclus?o: A RNM realizada em Porto Alegre/RS, com protocolos de avalia??o global da articula??o do joelho, representando as condi??es de uma cidadecapital de um pa?s em desenvolvimento, tem acur?cia pr?xima ? de estudos publicados na literatura consultada. A acur?cia da RNM realizada neste meio ? considerada muito boa, com altas sensibilidade e especificidade para as les?es do LCA e boas sensibilidade e especificidade para as les?es meniscais, o que contribui com o diagn?stico cl?nico. A presen?a de uma les?o condral na RNM constitui-se em um forte indicativo da sua exist?ncia.
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Fatores preditivos de resultados desfavoráveis da meniscectomia medial artroscópica em pacientes com mais de 50 anos de idade / Predictors of poor outcomes of arthroscopic medial meniscectomy in patients over 50 years old

Alexandre de Christo Viegas 19 February 2015 (has links)
A evolução do conhecimento acerca das funções dos meniscos e do tratamento das suas lesões, impulsionada pelo advento da cirurgia artroscópica, consagrou e popularizou a meniscectomia por esta via, por ser uma técnica menos invasiva, com menor morbidade e menores custos hospitalares, a ponto de torná-la, atualmente, a cirurgia ortopédica mais frequentemente realizada no mundo. Embora a maior parte dos pacientes submetidos a esta intervenção cirúrgica tenha resultados favoráveis e resolução rápida dos sintomas, percebe-se que parte considerável dos pacientes, especialmente os mais idosos, não apresenta uma evolução póscirúrgica satisfatória, apresentando piora dos sintomas e, eventualmente, necessitando de nova cirurgia. Partindo da hipótese que em determinados pacientes a meniscectomia, em vez de tratar, precipita e acentua um desequilíbrio biomecânico do joelho, o autor realizou estudo observacional prospectivo não-controlado com 86 pacientes de ambos os gêneros, com idade superior a 50 anos (média de 60,2 ± 7,1 anos), submetidos à meniscectomia artroscópica para tratamento de lesão do menisco medial de natureza degenerativa, com o objetivo de determinar variáveis demográficas, clínicas, anatômicas e cirúrgicas relacionadas aos resultados desfavoráveis. As avaliações funcionais pré e pós-operatórias foram realizadas utilizandose o Índice do KOOS (Knee Injury and Osteoarthritis Outcome Score), aplicado a todos os pacientes antes da cirurgia e 60 meses depois. Após análise estatística dos resultados obtidos, o autor verificou que 10 fatores podem ser considerados preditivos das meniscectomias mediais artroscópicas neste grupo etário, sendo quatro fatores fortemente associados aos resultados desfavoráveis: lesão da raiz posterior do menisco medial, dor pré-operatória intensa, claudicação antes da cirurgia e tempo decorrido entre o início dos sintomas e a cirurgia; dois fatores foram considerados moderadamente associados aos resultados desfavoráveis: presença de edema de medula óssea na ressonância magnética (RM) préoperatória e duração da cirurgia; quatro fatores foram considerados associados de modo fraco aos resultados desfavoráveis: Índice de Massa Corporal (IMC) >= 30 kg/m2 , varismo do joelho, presença de cisto poplíteo na RM pré-operatória e extensão da ressecção do menisco medial / The evolution of knowledge concerning meniscal functions and the treatment of their injuries, boosted by the development of arthroscopic surgery, has established and popularized arthroscopic meniscectomy due to its less invasiveness, less post-operative morbidity and lower hospital costs, to the point it has become, nowadays, the most frequently performed orthopedic procedure in the world. Although the majority of patients undergoing this operation is quite pleased with the outcomes and with the prompt resolution of their symptoms, it is noticeable that a considerable amount of patients with meniscal injuries, mainly the older, does not have a satisfactory postoperative outcome, with worsening of symptoms after being operated on and occasionally requiring another surgery. Based on observations of his medical practice and on the assumption that meniscectomy, rather than treat, can hasten and accentuate a biomechanical imbalance of the knee in those patients, the author conducted an observational prospective uncontrolled study with 86 patients of both genders, aged over 50 years old (average 60.2 ± 7.1 years), who underwent arthroscopic meniscectomy for the treatment of degenerative medial meniscal lesions, aiming to determine demographic, anatomical, clinical and surgical variables related to poor outcomes. The functional pre and post-operative evaluations were performed using the KOOS index (Knee Injury and Osteoarthritis Outcome Score) applied to all patients before surgery and 60 months later. After statistical analysis of the results, the author found that 10 factors can be considered predictors of arthroscopic medial meniscectomy in this age group: four factors were strongly associated with unfavorable results - posterior root lesion of the medial meniscus, intense pre-operative pain, claudication before surgery and time elapsed between onset of symptoms and surgery; two factors were moderately associated with unfavorable results - bone marrow edema in preoperative magnetic resonance imaging (MRI) and surgery time length; four factors that were weakly associated with poor results - bone mass index (BMI) >= 30 kg/m2, varus knee, poplyteal cyst in pre-operative MRI and extension of meniscal ressection

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