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Avaliação neuropsicológica em indivíduos com transtorno da personalidade Borderline

Dornelles, Vinícius Guimarães January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:09:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000414102-Texto+Completo-0.pdf: 639105 bytes, checksum: c49b3049e466550c9fea00f19b8872ee (MD5) Previous issue date: 2009 / The neuropsychological alterations in Borderline Personality Disorder (BPD) are shown in the literature and related to neurobiological dysfunctions. However, the results of the studies are not coherent among themselves and few studies performed a throughout assessment of the cognitive functions of BPD individuals. Therefore, it becomes necessary to carry on the neuropsychological investigation of BPD. This dissertation is comprised of two studies, presented as papers. The theoretical paper aimed to conduct a literature review of the neuropsychological and neurobiological aspects related to BPD, critically reviewing the main empirical findings as well as methodological limitations. In the empirical paper, a flexible neuropsychological battery and clinical assessment instruments were employed to investigate cognitive functions in a sample of 21 participants with BPD. In addition, it was used an emotional Stroop task to verify a possible attention bias toward words of negative emotional valence in a semantic relation to abandonment and rejection. The findings showed clinically relevant symptoms of impulsivity, anxiety, posttraumatic stress, and childhood traumatic experiences among BPD individuals. The outcomes of the neuropsychological assessment pointed to a marked impairment in executive functions. Based on the results, theoretical interpretations are discussed. / As alterações neuropsicológicas no Transtorno da Personalidade Borderline (TPB) são demonstradas na literatura e relacionadas a disfunções neurobiológicas. Entretanto, os resultados dos estudos não são coerentes entre si, e poucos estudos realizaram um levantamento global das funções neuropsicológicas dos indivíduos com TPB. Portanto, tornas-e necessária a investigação neuropsicológica no TPB. Esta dissertação está composta por dois estudos, apresentados em formato de artigos. O artigo teórico teve por objetivo realizar uma revisão da literatura sobre aspectos neurobiológicos e neuropsicológicos associados ao TPB, discutindo criticamente os principais achados empíricos e limitações metodológicas. Já o artigo empírico investigou, através de uma bateria neuropsicológica flexível e avaliação clínica, diferentes funções cognitivas em uma amostra de 21 participantes com TPB. Além disso, utilizou-se de uma tarefa de Stroop Emocional para verificar um possível viés atencional para palavras de valência emocional negativa de relação semântica com abandono e rejeição. Os resultados evidenciaram sintomas clinicamente significativos de impulsividade, ansiedade, estresse pós-traumático e experiências traumáticas infantis nos indivíduos com TPB. Os resultados da avaliação neuropsicológica demonstraram marcado prejuízo em funções executivas. A partir dos resultados são discutidas interpretações teóricas.
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O acompanhamento terapêutico e as relações de objeto em pacientes-limites

Zilberleib, Carlota Maria Oswald Vieira 05 October 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:37:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carlota Maria Oswald Vieira Zilberleib.pdf: 628288 bytes, checksum: 614756f6af1e8bfab31fd24e2b7f1ded (MD5) Previous issue date: 2005-10-05 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / In this study, we intend to articulate the elements which comprehend the meta-psychological basis for the borderline functioning according to Andre Green vis-à-vis the in-home psychotherapeutic clinic by means of illustrating a case study, with specific focus geared towards certain dimensions of the object relations, namely the relations with the absolutely necessary object . Our interest in this study comes from the issues arisen in the in-home psychotherapeutic clinic based on diagnosed problematic and the specifics of the kind of framing. It comprehends a theory development around the primary defense mechanisms, which means, denying mechanisms Verdrangung, Verneinung, Verleugnung and Verwerfung -, created by Freud, and rethought by Andre Green, which he called Denying work . Such mechanisms would be in the principles of the borderline functioning process and would be constituted by the way in which the relations with the primary object were organized in the life history of the subject. According to this author, the object relations undertake an important role in therapeutic relation and from his theory of framing it seems possible to us to introduce the clinic modality of the in-home therapy. We believe that the borderline diagnostic matter and the setting of the in-home therapeutic clinic are similar specially when concerning the uncommon and surprising, altering the standardized norms of the listening as it imposes a rearrangement of the therapeutic pair / Neste estudo, pretendemos articular os elementos que compreendem as bases metapsicológicas do funcionamento borderline, segundo Andre Green, com a clínica do acompanhamento terapêutico, por meio da ilustração de um caso clínico, com um enfoque especial voltado para certas dimensões das relações de objeto, quais sejam, as relações com o objeto absolutamente necessário . Nosso interesse neste estudo parte dos impasses surgidos no atendimento clínico como acompanhante terapêutico, em função da problemática diagnóstica e da especificidade do tipo de enquadramento. Compreende um desenvolvimento teórico acerca dos mecanismos primários de defesa, ou seja, os mecanismos de negação Verdrangung, Verneinung, Verleugnung e Verwerfung - descritos por Freud, e repensados por Andre Green, aos quais denominou de trabalho do negativo. Tais mecanismos estariam nas bases do funcionamento borderline e se constituiriam a partir do modo como se organizaram as relações com o objeto primário na história de vida do sujeito. Para este autor, as relações de objeto assumem um importante papel na relação terapêutica, e a partir de sua teorização sobre o enquadramento, nos pareceu possível introduzir a modalidade clínica do acompanhamento terapêutico. Acreditamos que a questão diagnóstica borderline e o setting do acompanhamento terapêutico se assemelham justamente no que expressam de incomum e surpreendente, alterando as normas padronizadas de escuta ao impor um rearranjo da dupla terapêutica
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Caracterização dos vínculos afetivos entre adolescentes com indicadores de organização de personalidade de Borderline e seus pais

Jordão, Aline Bedin 07 June 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-05T19:35:30Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 7 / Nenhuma / Essa Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica focalizou os vínculos afetivos de adolescentes com indicadores de organização de personalidade borderline com seus pais ou cuidadores primários. Foi realizado um estudo qualitativo, baseado em Estudos de Casos Múltiplos. Buscou-se caracterizar e analisar os vínculos afetivos estabelecidos entre estes adolescentes e seus pais, com base em uma leitura psicanalítica. Este volume inclui o relatório da pesquisa realizada, e dois artigos científicos: um de revisão crítica da literatura, e o outro empírico, com a apresentação e discussão dos resultados do estudo. A partir da análise das entrevistas e instrumentos utilizados, foi possível constatar, como aspectos principais, as fragilidades e inconsistências nos vínculos afetivos e histórias de vida permeadas por vivências e representações de abandono, negligência e falta de investimento emocional por parte das figuras parentais. Aspectos transgeracionais apareceram com destaque nas dinâmicas destas famílias, repercu
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Avalia??o neuropsicol?gica em indiv?duos com transtorno da personalidade Borderline

Dornelles, Vin?cius Guimar?es 28 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:21:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 414102.pdf: 639105 bytes, checksum: c49b3049e466550c9fea00f19b8872ee (MD5) Previous issue date: 2009-01-28 / As altera??es neuropsicol?gicas no Transtorno da Personalidade Borderline (TPB) s?o demonstradas na literatura e relacionadas a disfun??es neurobiol?gicas. Entretanto, os resultados dos estudos n?o s?o coerentes entre si, e poucos estudos realizaram um levantamento global das fun??es neuropsicol?gicas dos indiv?duos com TPB. Portanto, tornas-e necess?ria a investiga??o neuropsicol?gica no TPB. Esta disserta??o est? composta por dois estudos, apresentados em formato de artigos. O artigo te?rico teve por objetivo realizar uma revis?o da literatura sobre aspectos neurobiol?gicos e neuropsicol?gicos associados ao TPB, discutindo criticamente os principais achados emp?ricos e limita??es metodol?gicas. J? o artigo emp?rico investigou, atrav?s de uma bateria neuropsicol?gica flex?vel e avalia??o cl?nica, diferentes fun??es cognitivas em uma amostra de 21 participantes com TPB. Al?m disso, utilizou-se de uma tarefa de Stroop Emocional para verificar um poss?vel vi?s atencional para palavras de val?ncia emocional negativa de rela??o sem?ntica com abandono e rejei??o. Os resultados evidenciaram sintomas clinicamente significativos de impulsividade, ansiedade, estresse p?s-traum?tico e experi?ncias traum?ticas infantis nos indiv?duos com TPB. Os resultados da avalia??o neuropsicol?gica demonstraram marcado preju?zo em fun??es executivas. A partir dos resultados s?o discutidas interpreta??es te?ricas.
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Análise dos comportamentos de terapeuta e cliente em um caso de transtorno de personalidade borderline / Analysis of therapists and patients behavior in a case of Borderline Personality Disorder

Sadi, Herika de Mesquita 15 August 2011 (has links)
Clientes com Transtorno de Personalidade Borderline apresentam um alto índice de abandono de terapia. Entender o que ocorre durante as sessões entre terapeuta e cliente com este tipo de transtorno de personalidade pode contribuir para evitar futuros equívocos ou falhas na relação terapêutica, aumentando as chances de continuidade do processo terapêutico e diminuindo a probabilidade de abandono da terapia. O presente estudo teve como objetivo identificar as variáveis que estão relacionadas ao abandono de um caso de Transtorno de Personalidade Borderline. Participou do estudo uma terapeuta de orientação analítico-comportamental, com 12 anos de experiência clínica e uma cliente com 30 anos de idade, casada, sem filhos e com escolaridade superior completo. Um total de 13 sessões foi gravado em áudio, transcrito e categorizado segundo o Sistema Multidimensional para Categorização de Comportamentos da Interação Terapêutica. Foi feita análise sequencial de atraso (Lag sequential analysis). As sessões que compuseram os dados deste estudo foram entre a 9ª e a 22ª sessões, embora a 14ª sessão tenha sido excluída da análise de dados por ter sido uma sessão de casal. Os resultados mostraram que as categorias da terapeuta de maior porcentagem de ocorrência foram Facilitação, Solicitação de Relato e Empatia e as menos frequentes foram, Solicitação de Reflexão\", Aprovação e Recomendação. Reprovação foi a categoria que teve a menor frequência entre as demais categorias da terapeuta. Embora a categoria Interpretação tenha ocorrido em baixa frequência, sua duração foi grande. As categorias de maior porcentagem da cliente foram Relato e Estabelecimento de Relações entre Eventos. E as de menor porcentagem de ocorrência foram: Solicitação, Concordância, Oposição e Melhora. A categoria Metas não ocorreu nenhuma vez. Ao longo das sessões, foi observado um declínio na porcentagem de Estabelecimento de Relações entre Eventos e um aumento em Relato, no que se refere às categorias da cliente. Ao mesmo tempo, foi observada uma diminuição das categorias Empatia, Solicitação de Reflexão e Interpretação da terapeuta. As sequências que mais ocorreram foram Relato\" seguido por Facilitação\" e Facilitação\" seguida por Relato\". O abandono da terapia pareceu estar relacionado a diversos fatores: a) perda de oportunidades de aprovar e solicitar reflexão e interpretar, b) não dar atenção a relatos sobre queixas de doenças, exercendo função de invalidação, c) férias prolongadas da terapeuta e d) não flexibilidade da terapeuta em fazer mais uma sessão domiciliar em um momento de crise, repetindo assim, um comportamento de invalidação / Clients suffering from Borderline Personality Disorder show a high dropout rate in psychotherapy. The understanding of what occurs during the sessions between therapist and client suffering from this type of personality disorder may contribute to prevent future errors and failures, increasing chances of completing the therapeutic process and reducing drop-out probability. The current study had the objective of identifying the variables related to the drop-out in a case of Borderline Personality Disorder. Participated a female behavior-analytic therapist, with 12 years of clinical experience and a female client, 30 years old, married, no children, with a college degree. 13 complete sessions were recorded in video, transcribed and categorized according to the Multidimensional System for Categorization of Behaviors in Therapeutic Interaction. A lag sequential analysis was carried out. Data of this study refer to the 9th through the 22nd sessions, although the 14th session was excluded, since it was a couple session. Outcomes showed that the therapists categories in higher percentages were `Facilitation`, `Request of Report` and `Empathy` and the less frequent percentages were `Request of Reflection`, `Approval` and `Recommendation`. `Disapproval` was the therapists category appearing with lower frequency. Although `Interpretation` occurred in low frequency, it had a long duration. The clients categories with higher percentages were `Report` and `Establishment of Relationship between Events`. The lower percentages of occurrences were: `Request`, `Agreement`, `Opposition` and `Improvement`. The category `Aims` did not occur at any time. Throughout the sessions a decrease in percentage of the client\'s categories `Establishment of Relationship between Events` and an increase in \'Report\' were observed. At the same time a decrease in the therapists categories `Empathy`, `Request for Reflection` and `Interpretation` was noted. Sequences which occurred more frequently were `Report` followed by `Facilitation` and `Facilitation` followed by `Report`. The therapy drop-out seemed to be related to several factors: a) loss of opportunities by the therapist to approve, to request reflection and to interpret; b) lack of attention to reports on complaints of diseases, having an invalidation effect; c) therapists extended vacation and d) therapists refusal to attend an additional home session, in a critical moment, thus repeating the invalidation
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Neuroticismo em pacientes com transtorno da personalidade borderline hospitalizados / Neuroticism in hospitalized patients with borderline personality disorder

Gasparetto, Letícia Garibaldi January 2015 (has links)
O Transtorno da Personalidade Borderline é o mais prevalente dentre os transtornos da personalidade na população geral e na população clínica. Ele atinge cerca de 6% dos pacientes em cuidados primários, 10% dos pacientes em ambulatórios psiquiátricos e 20% entre os que se hospitalizaram (APA,2013). A partir da perspectiva do atual modelo de personalidade, o Big-Five, muitos estudos observaram que pacientes com Transtorno Borderline pontuam mais alto na faceta Neuroticismo do que nas outras facetas deste modelo e do que pessoas sem o transtorno. O objetivo deste trabalho, portanto, foi investigar a intensidade dos sintomas borderline e as diferenças entre os sexos na Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN) e em suas facetas em 40 pacientes com Transtorno da Personalidade Borderline internados em uma clínica psiquiátrica. Também foi aplicada a Borderline Symptons List (BSL-23) para avaliar a sintomatologia do transtorno borderline. As facetas da EFN são: Vulnerabilidade, Desajustamento Psicossocial, Ansiedade e Depressão. De acordo com a EFN, a faceta de Desajustamento Psicossocial envolveria características dos traços da personalidade borderline e poderia identificar o transtorno. Os resultados mostraram uma pontuação elevada desta amostra na EFN com relação ao escore padronizado da escala (122,39 ±12,00). Não houve diferenças significativas entre os sexos, embora homens tenham tido médias superiores nas facetas de Vulnerabilidade (82±72) e Desajustamento Psicossocial (77,27± 25,99) e mulheres nas facetas de Ansiedade (82,58±22,34), excluindo-se em ambos a faceta Depressão. Esses achados corroboram com estudos anteriores. A maioria dos pacientes apresentou como comorbidade o Transtorno Depressivo (40%) e tanto homens quanto mulheres apresentaram as pontuações mais elevadas na faceta Depressão (95% da amostra acima do percentil 70) sendo que esta faceta mostrou-se efetiva em identificar os transtornos depressivos a que se propõe, enquanto a faceta de Desajustamento Psicossocial não foi capaz de apreender o transtorno borderline satisfatoriamente. Também foram diagnosticados entre os pacientes da pesquisa aqueles que sofreram algum tipo de abuso (sexual, físico ou emocional) e dentre estes aqueles que apresentavam Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Os resultados foram significativos (X2=9,57,df=1,p=0,002) e corroboram com estudos anteriores que apontam a relação entre abuso, TEPT e personalidade borderline. O presente estudo mostrou-se inovador e relevante já que não se tem dados de estudos anteriores sobre população borderline e as facetas do fator Neuroticismo. As correlações observadas são plausíveis e teoricamente consistentes, o que é uma evidência de validade convergente dos instrumentos utilizados e que encoraja a realização de novas investigações. / The Borderline Personality Disorder is more prevalent among personality disorders in the general population and clinical population. It affects about 6% of patients in primary care, 10% of patients in psychiatric clinics and 20% among those who were hospitalized (APA, 2013). From the current model of personality perspective, the Big Five, many studies have found that patients with borderline disorder score higher on Neuroticism facet than in the other facets of this model and that people without the disorder. This study therefore was to investigate the intensity of borderline symptoms and differences between the sexes in Neuroticism Factorial Scale (EFN) and its facets in 40 patients with Borderline Personality Disorder admitted to a psychiatric clinic. It was also applied to borderline Symptons List (BSL-23) to evaluate the borderline disorder symptoms. Facets of EFN are: Vulnerability, Psychosocial Maladjustment, Anxiety and Depression. According to the EFN, the facet of Psychosocial Maladjustment involve characteristics of borderline personality traits and could identify the disorder. The results showed a high score in this sample relative to the standard EFN score scale (122.39 ± 12.00).There were no significant differences among the genders, although men have superior averages in the sub-scales of vulnerability (82±72), psychosocial maladjustment(77,27± 25,99) and women in the other hand in the anxiety scale(82,58±22,34), excluding in both the Depression facet. The majority of patients presented comorbidity as the depressive disorder and both men and women presentedthe most high punctuations in the sub-scale of depression (90% of the sample above the 70 percentile) so this sub-scale shown itself effective on identifying the depressive disorders as its was meant to do, while the facet of Psychosocial Maladjustment was not able to grasp the borderline disorder satisfactorily. Also they were diagnosed among the research subjects who suffered some kind of abuse (sexual, physical or emotional) and among these those with Post traumatic stress disorder (PTSD). The results were significant (X2 =9.57, df = 1, p = 0.002) and corroborate previous studies that show the relationship between abuse, PTSD and borderline personality. This study proved to be innovative and relevant as it does not have data from previous studies on the borderline population and facets of Neuroticism factor. The observed correlations are theoretically plausible and consistent, which is evidence of convergent validity of instruments and encourages the implementation of new investigations.
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Perfil de trauma na infância em uma amostra clínica: transtorno de personalidade de Borderline e transtorno de humor são diferentes?r

Kelbert , Evelin Franco 24 November 2014 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2017-04-06T14:15:33Z No. of bitstreams: 1 evelin kelbert.pdf: 437531 bytes, checksum: 04539b2925bf17fa0fe05cbc6ee42178 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-06T14:15:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 evelin kelbert.pdf: 437531 bytes, checksum: 04539b2925bf17fa0fe05cbc6ee42178 (MD5) Previous issue date: 2014-11-24 / Aim: To evaluate retrospectively the association of BD and BPD with childhood trauma scores considering sociodemographic and clinical variables. Method: Cross-sectional study, included 535 patients were evaluated 18 to 60 years. Sociodemographic variables were obtained through a questionnaire, information on substance were observed through Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST), the Axis I psychiatric disorders were assessed using the Mini International Neuropsychiatric Interview - Plus version (MINI Plus), personality disorders were identified from the Millon Clinical Multiaxial Inventory-III (MCMI III) and the childhood trauma by childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Linear regression was used to determine the independent association of clinical and sociodemographic variables with CTQ scores. Results: The bivariate analysis showed that being female (p = 0.038), having three or more siblings (p = 0.005), had less than eight years of study (p = 0.039) education, belonging to the age group of 40 to 60 years (p = 0.014) abuse / dependence hypnotics (p = 0.001), another for Axis I disorders (p = 0.008), with no other personality disorders BPD (p = 0.049) and BPD (p <0.001) were associated with total scores of the CTQ. Shortly after the analysis adjusted data, the significant variables for the CTQ total scores were as follows: higher number of siblings (p <0.001), presence of alcohol abuse / alcohol dependence (p = 0.020), absence of alcohol abuse / dependence on hypnotics and indicative of BPD (p <0.001). The domains of the CTQ, referring to emotional neglect were associated with higher age (p = 0.043), presence of alcohol abuse / alcohol dependence (p = 0.013) and indicative of other personality disorders that do not include the BPD. The emotional neglect was associated with higher number of siblings (p = 0.041), absence of abuse / alcohol dependence (p = 0.016) and indicative of TPB. The physical abuse was associated with higher number of siblings (p = 0.021), presence of alcohol abuse / dependence on hypnotics (p = 0.023). Emotional abuse was associated with higher number of siblings (p = 0.029) and indicative of BPD (p <0.001). The sexual abuse was not associated with any of the variables investigated. Conclusions: Early trauma scores are not associated with BD in a clinical population. Emotional abuse and neglect are indicators of BPD in this population. The child maltreatment prevention, mainly in large families, and detection of child victims of abuse and neglect is intended to lessen the impact of childhood trauma in adulthood. / Objetivo: Avaliar retrospectivamente a associação do THB e TPB com os escores de trauma na infância considerando-se variáveis sociodemográficas e clínicas. Método: Estudo de delineamento transversal contou com 535 pacientes de 18 a 60 anos. As variáveis sóciodemograficas foram obtidas meio de questionário, informações sobre consumo de substâncias psicoativas por meio do ASSIST, os transtornos psiquiátricos de Eixo I foram avaliados através da Mini International Neuropsychiatric Interview - versão Plus (MINI Plus), os transtornos de personalidade foram identificados a partir do Millon Clinical Multiaxial Inventory-III (MCMI III) e o trauma na infância pelo Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). A regressão linear foi utilizada para verificar a associação independente de variáveis clínicas e sociodemograficas com os escores de CTQ. Resultados: A análise bivariada mostrou que pertencer ao sexo feminino (p=0,038), ter três ou mais irmãos (p=0,005), ter escolaridade inferior a 8 anos de estudo (p=0,039), pertencer a faixa etária dos 40 aos 60 anos (p=0,014), abuso/dependência de hipnóticos (p=0,001), outros transtornos de Eixo I (p= 0,008), outros transtornos de personalidade sem TPB (p=0,049) e TPB (p < 0,001) estiveram associados aos escores totais do CTQ. Logo, após a análise ajustada dos dados, as variáveis significativas aos escores totais do CTQ, foram as seguintes: maior quantidade de irmãos (p < 0,001), ausência de abuso/dependência de álcool (p=0,020), presença de abuso/dependência de hipnóticos e ao indicativo de TPB (p<0,001). Os domínios do CTQ, referentes à negligência emocional estiveram associados à maior idade (p= 0,043), ausência de abuso/dependência de álcool (p=0,013) e a presença de outros transtornos de personalidade que não incluem o TPB. A negligência emocional esteve associada à maior quantidade de irmãos (p=0.041), ausência de abuso/dependência de álcool (p=0,016) e ao indicativo de TPB. O abuso físico esteve associado ao maior número de irmãos (p=0,021), presença de abuso/dependência de hipnóticos (p=0,023). O abuso emocional esteve associado à maior quantidade de irmão (p= 0,029) e ao indicativo de TPB (p < 0,001). O abuso sexual não esteve associado a nenhuma das variáveis investigadas. Conclusões: Os escores de trauma precoce não estão associados ao THB em população clínica. Abuso e negligência emocional são indicadores de TPB nesta população. A prevenção de maus tratos na infância, principalmente em famílias numerosas, e a detecção de crianças vítimas de abuso e negligência tem o intuito de diminuir o impacto do trauma infantil na vida adulta.
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Trauma na infância e transtorno de personalidade Borderline em sujeitos com transtorno depressivo maior

SOARES, Jennifer Mendes 15 December 2017 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2018-04-03T18:03:15Z No. of bitstreams: 1 Jennifer Mendes Soares.pdf: 1392432 bytes, checksum: 16ac02910b2f973d474be69fb0101fbd (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-03T18:03:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jennifer Mendes Soares.pdf: 1392432 bytes, checksum: 16ac02910b2f973d474be69fb0101fbd (MD5) Previous issue date: 2017-12-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES# / #2075167498588264571# / #600 / Introduction: The consequences of traumatic developmental experiences, in addition to contributing to the incidence of major depressive disorder (MDD), can make such clinical pictures more complex and signify a greater propensity to personality disorders (DP). However, it is still unclear which subtype of specific trauma is involved in MDD comorbidity with Borderline Personality Disorder (BPD). Objective: To evaluate the association between subtypes of childhood trauma (physical and emotional neglect, sexual, physical and emotional abuse) with BPD in a population of individuals with MDD. Method: This is a cross-sectional study of individuals aged 18-60 who sought psychotherapeutic treatment at the Mental Health Research and Extension Outpatient Clinic (APESM) of the Catholic University of Pelotas (UCPel) and received a diagnosis of MDD between July 2012 to June 2015. The instruments used in the evaluation were: a questionnaire containing sociodemographic variables of the participants; the classification of the Brazilian Association of Research Companies (ABEP) to evaluate economic class; the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) to assess the history of early trauma; the Mini International Neuropsychiatric Interview Plus (MINI Plus) for the diagnosis of MDD; and Millon Clinical Multiaxial Inventory - III (MCMI-III) to evaluate the PD. Results: 429 individuals completed all assessment instruments. The prevalence of MDD comorbidity with BPD was 23.5% (n = 101) and we can verify that it is not working (p = 0.044), have suicide risk (p <0.001) and have some anxiety disorder (p = 0.051) were associated with a higher prevalence of BPD. The presence of any other personality disorder was associated with a higher prevalence of BPD (p <0.001). In relation to the subtypes of early trauma, with the exception of Physical Abuse (p = 0.061), 7 all others were associated with an increase in BPD: Physical Neglect (p = 0.004), Emotional Neglect (p <0.001), Sexual Abuse = 0.016) and Emotional Abuse (p <0.001). After adjusted analysis, the subtypes of early trauma did not remain associated with comorbidity between MDD and BPD. Some PD and the risk of suicide remained significantly associated with BPD in MDD comorbidity. Conclusion: We found no association between early trauma and comorbidity between MDD and BPD, but we found that comorbidity could be associated with a worse clinical course of MDD, characterized by higher rates of suicide risk and other personality disorders. / Introdução: As consequências das experiências traumáticas ao longo do desenvolvimento, além de colaborar para a incidência de transtorno depressivo maior (TDM), podem tornar tais quadros clínicos mais complexos e sinalizam uma maior propensão aos transtornos de personalidade (TP). No entanto, ainda não está claro qual subtipo de trauma específico está envolvido na comorbidade do TDM com o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Objetivo: Avaliar a associação entre subtipos de trauma na infância (negligência física e emocional, abuso sexual, físico e emocional) com o TPB em uma população de indivíduos com TDM. Método: Trata-se de um estudo transversal com indivíduos com idade entre 18 e 60 que buscaram tratamento psicoterapêutico no Ambulatório de Pesquisa e Extensão em Saúde Mental (APESM) da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e receberam o diagnóstico de TDM entre julho de 2012 a junho de 2015. Os instrumentos utilizados na avaliação foram: um questionário contendo variáveis sociodemográficas dos participantes; a classificação da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) para avaliar classe econômica; o Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) para avaliar história de trauma precoce; o Mini International Neuropsychiatric Interview na versão Plus (MINI Plus) para o diagnóstico de TDM; e o Millon Clinical Multiaxial Inventory – III (MCMI- III) para avaliar os TPs. Resultados: 429 indivíduos completaram todos os instrumentos de avaliação. A prevalência de comorbidade TDM com TPB foi de 23,5% (n = 101) e podemos verificar que não estar trabalhando (p = 0,044), ter risco de suicídio (p < 0,001) e ter algum transtorno de ansiedade (p = 0,051) foram associados a uma maior prevalência de TPB. A presença de algum outro transtorno de personalidade foi associada a uma maior prevalência de TPB (p <0,001). Em relação aos subtipos de trauma precoce, com exceção 5 do Abuso Físico (p = 0,061), todos os outros foram associados a um aumento de TPB: Negligência Física (p = 0,004), Negligência Emocional (p<0,001), Abuso Sexual (p = 0,016) e Abuso Emocional (p <0,001). Após análise ajustada os subtipos de trauma precoce não se mantiveram associados à comorbidade entre TDM e TPB. Alguns TP e o risco de suicídio mantiveram-se significativamente associadas ao TPB na comorbidade com TDM. Conclusão: Não encontramos associação entre trauma precoce e comorbidade entre TDM e TPB, mas descobrimos que ter esta comorbidade poderia estar associada a um pior curso clínico do TDM, caracterizado por taxas mais altas de risco de suicídio e outros transtornos de personalidade.
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Fatores ambientais e vulnerabilidade ao transtorno de personalidade borderline : um estudo caso-controle de traumas psicológicos precoces e vínculos parentais percebidos em uma amostra brasileira de pacientes mulheres

Schestatsky, Sidnei Samuel January 2005 (has links)
Introdução: O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é um transtorno mental grave e complexo, caracterizado por um padrão difuso de instabilidade na regulação das emoções, auto-imagem, controle dos impulsos e dos relacionamentos interpessoais. Estima-se que ocorra entre 1% a 2% da população geral, sendo o mais comum dos transtornos de personalidade em contextos clínicos, afetando cerca de 10% de todos os pacientes psiquiátricos ambulatoriais e 15% a 20% dos internados. Caracteriza-se por grave incapacitação profissional, substancial utilização dos sistemas de saúde mental e uma taxa de mortalidade por suicídio de 10%, cinqüenta vezes maior do que a da população geral. A co-ocorrência do TPB com patologias do Eixo I é comum, como os Transtornos do Humor, Transtornos Ansiosos, Transtornos Alimentares e Abuso de Álcool/Drogas, tornando piores o tratamento, a evolução e o prognóstico destes quadros. No entanto, não há nenhum estudo com estes pacientes – que tenham sido criteriosamente diagnosticados e usados instrumentos padronizados – em populações clínicas ou não-clínicas de língua portuguesa no Brasil ou na América do Sul. Objetivos: 1) descrever, do ponto de vista clínico e demográfico, a presença desta patologia no nosso meio, e 2) avaliar a existência ou não de fatores de risco ambientais, na infância e adolescência (situações traumáticas e disfunção parental percebida), que se associem com o diagnóstico de TPB na idade adulta, em pacientes internados e de ambulatório, de três centros de referência nas cidades de Porto Alegre e Novo Hamburgo (RS/Brasil). Material e Métodos: Desenvolveu-se, primeiro, um estudo transversal (N=26), para caracterizar descritivamente a população clínica em estudo. Depois, um estudo caso-controle pareado (N=23), tendo como desfecho o diagnóstico de TPB e como fatores de exposição a ocorrência de eventos traumáticos precoces (abusos emocional, físico, sexual e negligências física e emocional) e a percepção dos vínculos familiares na infância (afeto e controle). Constituíu-se uma amostra de conveniência de 26 casos para o estudo transversal e de 23 pares de casos (pacientes com TPB) e controles (pessoas normais), para o estudo caso-controle. Todos os casos foram, por acaso, do sexo feminino, e idade entre 18 e 60 anos (média 33.6 ± 10.6 anos). Foram diagnosticados tendo pelo menos cinco dos critérios para TPB (DSM-IV) e escore ³ 8 na Entrevista Diagnóstica para Borderline - Revisada (DIB-R). Sujeitos com inteligência clinicamente abaixo da média, diagnósticos de quadros orgânicocerebrais agudos ou crônicos e Esquizofrenia ou Transtorno Bipolar I presentes, foram excluídos. Os controles, para serem incluídos, tiveram escores iguais ou abaixo de sete no DIB-R, escores abaixo de sete no Self-Report Questionnaire e nenhum diagnóstico presente na versão brasileira do Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI). A amostra (N=23) foi pareada por sexo, idade (± 1 ano), escolaridade e classe sócio-econômica. Coletaram-se informações clínicas e demográficas com Protocolo padronizado e desenvolvido para o estudo. Dados sobre comorbidade foram colhidos pelo MINI. Evidências sobre abusos (emocionais, físicos e sexuais) e negligências (emocional e física) foram obtidas através da Entrevista sobre Experiências Familiares (FEI) e pelo Questionário de Traumas na Infância (CTQ). As percepções que casos e controles tinham dos seus vínculos maternos e paternos na infância foram obtidas pelo “Parental Bonding Instrument”. Resultados: O grupo de casos constituíu-se de pacientes gravemente doentes, com início precoce dos sintomas (16 ± 8.9 anos de idade) e uma média de 4.3 ± 3.4 internações psiquiátricas ao longo da vida. Sintomas mais freqüentes foram instabilidade afetiva (96.1%), sentimentos crônicos de vazio (92.3%), crises de raiva intensas e injustificadas (84.6%), reações desesperadas frente a abandonos (84.6%) e automutilações (84.6%). Apresentaram importante risco de suicídio (84.6%), 76.9% com tentativas prévias e 3.8% (N=1), mesmo em tratamento, cometeu suicídio durante o estudo. Os casos tiveram taxas altas de comorbidade com Transtornos do Humor (76.9%) e Ansiosos (69.2%) e menores com Transtornos Alimentares (30.7%) e Abuso de Álcool/Drogas (23.1%). A média de comorbidades foi de 2.1 ± 0.9 diagnósticos do Eixo I por caso de TPB. Os casos estavam bastante incapacitados funcionalmente: 69.3% desempregados, afastados há 19 ± 20.7 meses do trabalho e 11.3% precocemente aposentados por doença. A incapacitação global dos casos foi significativamente maior que dos controles, quando medida pelo GAF (Global Assessment Function), e similar aos índices mencionados na literatura. Cerca de 80% dos casos estava ou esteve em psicoterapia individual, com freqüência de uma vez por semana (85.7%), durante mais de dois anos (26.3 ± 31.8 meses de duração). Vinte e quatro (92.3%) vinha também em tratamento psicofarmacológico de longa duração. Quanto às situações traumáticas precoces, os casos estiveram significativamente mais expostos a abusos emocionais, abusos físicos, abusos sexuais e negligência emocional, antes dos 16 anos de idade. Em relação a eventos traumáticos em geral, os pacientes com TPB estiveram mais expostos em todas as faixas etárias: antes dos 12 anos, dos 13 aos 16 anos e após os 17 anos. Nenhum dos casos, nem dos controles, deixou de estar exposto a pelo menos um evento traumático ao longo da vida. Quanto aos vínculos familiares percebidos, observaram-se, nos casos, diferenças significativas tanto na presença de escores inferiores de afeto materno e superiores de controle paterno, como na predominância de pais e mães do “tipo Três” (restrição de liberdade + controle sem afeto) (Parker, 1979). Houve também associação entre a ocorrência de abusos e negligência na infância com a percepção de pais menos afetivos e mais controladores. Conclusões: 1) a amostra sul-brasileira de pacientes com TPB foi basicamente semelhante às apresentações clínico-demográficas tradicionalmente descritas para o TPB em outras populações clínicas, o que é mais uma contribuição para a validação transcultural desta categoria nosográfica; 2) as evidências de maior exposição, por parte dos pacientes com TPB, a eventos traumáticos na infância e adolescência, especialmente abusos emocionais, físicos e sexuais, confirmam a hipótese, para esta amostra, da associação destas variáveis ambientais como fatores de risco para o aumento de sua vulnerabilidade à psicopatologia borderline na idade adulta; e 3) esta maior exposição a eventos traumáticos ocorreu dentro de uma matriz familiar percebida como disfuncional., o que poderia apontar para duas hipóteses: (a) um efeito aditivo da ocorrência de traumas precoces com a disfunção nos vínculos parentais no desenvolvimento da futura psicopatologia, ou (b) a possibilidade de que o impacto das situações traumáticas possa ser mediado pela qualidade e intensidade da disfunção familiar, seja aumentando os fatores de vulnerabilidade ou, ao contrário, fortalecendo os fatores de resiliência da criança nas famílias percebidas como menos disfuncionais. Estes achados foram redigidos sob a forma de dois artigos, onde se salientaram as principais contribuições do estudo: 1) a primeira descrição clínica detalhada de uma amostra de língua portuguesa de pacientes com TPB criteriosamente diagnosticados; 2) a primeira observação da associação de situações traumáticas na infância e adolescência com psicopatologia borderline na idade adulta em uma população de pacientes de língua portuguesa; e 3) a primeira constatação, em pacientes com TPB de língua portuguesa, da associação entre situações adversas precoces e a percepção de vínculos parentais disfuncionais.
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Fatores ambientais e vulnerabilidade ao transtorno de personalidade borderline : um estudo caso-controle de traumas psicológicos precoces e vínculos parentais percebidos em uma amostra brasileira de pacientes mulheres

Schestatsky, Sidnei Samuel January 2005 (has links)
Introdução: O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é um transtorno mental grave e complexo, caracterizado por um padrão difuso de instabilidade na regulação das emoções, auto-imagem, controle dos impulsos e dos relacionamentos interpessoais. Estima-se que ocorra entre 1% a 2% da população geral, sendo o mais comum dos transtornos de personalidade em contextos clínicos, afetando cerca de 10% de todos os pacientes psiquiátricos ambulatoriais e 15% a 20% dos internados. Caracteriza-se por grave incapacitação profissional, substancial utilização dos sistemas de saúde mental e uma taxa de mortalidade por suicídio de 10%, cinqüenta vezes maior do que a da população geral. A co-ocorrência do TPB com patologias do Eixo I é comum, como os Transtornos do Humor, Transtornos Ansiosos, Transtornos Alimentares e Abuso de Álcool/Drogas, tornando piores o tratamento, a evolução e o prognóstico destes quadros. No entanto, não há nenhum estudo com estes pacientes – que tenham sido criteriosamente diagnosticados e usados instrumentos padronizados – em populações clínicas ou não-clínicas de língua portuguesa no Brasil ou na América do Sul. Objetivos: 1) descrever, do ponto de vista clínico e demográfico, a presença desta patologia no nosso meio, e 2) avaliar a existência ou não de fatores de risco ambientais, na infância e adolescência (situações traumáticas e disfunção parental percebida), que se associem com o diagnóstico de TPB na idade adulta, em pacientes internados e de ambulatório, de três centros de referência nas cidades de Porto Alegre e Novo Hamburgo (RS/Brasil). Material e Métodos: Desenvolveu-se, primeiro, um estudo transversal (N=26), para caracterizar descritivamente a população clínica em estudo. Depois, um estudo caso-controle pareado (N=23), tendo como desfecho o diagnóstico de TPB e como fatores de exposição a ocorrência de eventos traumáticos precoces (abusos emocional, físico, sexual e negligências física e emocional) e a percepção dos vínculos familiares na infância (afeto e controle). Constituíu-se uma amostra de conveniência de 26 casos para o estudo transversal e de 23 pares de casos (pacientes com TPB) e controles (pessoas normais), para o estudo caso-controle. Todos os casos foram, por acaso, do sexo feminino, e idade entre 18 e 60 anos (média 33.6 ± 10.6 anos). Foram diagnosticados tendo pelo menos cinco dos critérios para TPB (DSM-IV) e escore ³ 8 na Entrevista Diagnóstica para Borderline - Revisada (DIB-R). Sujeitos com inteligência clinicamente abaixo da média, diagnósticos de quadros orgânicocerebrais agudos ou crônicos e Esquizofrenia ou Transtorno Bipolar I presentes, foram excluídos. Os controles, para serem incluídos, tiveram escores iguais ou abaixo de sete no DIB-R, escores abaixo de sete no Self-Report Questionnaire e nenhum diagnóstico presente na versão brasileira do Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI). A amostra (N=23) foi pareada por sexo, idade (± 1 ano), escolaridade e classe sócio-econômica. Coletaram-se informações clínicas e demográficas com Protocolo padronizado e desenvolvido para o estudo. Dados sobre comorbidade foram colhidos pelo MINI. Evidências sobre abusos (emocionais, físicos e sexuais) e negligências (emocional e física) foram obtidas através da Entrevista sobre Experiências Familiares (FEI) e pelo Questionário de Traumas na Infância (CTQ). As percepções que casos e controles tinham dos seus vínculos maternos e paternos na infância foram obtidas pelo “Parental Bonding Instrument”. Resultados: O grupo de casos constituíu-se de pacientes gravemente doentes, com início precoce dos sintomas (16 ± 8.9 anos de idade) e uma média de 4.3 ± 3.4 internações psiquiátricas ao longo da vida. Sintomas mais freqüentes foram instabilidade afetiva (96.1%), sentimentos crônicos de vazio (92.3%), crises de raiva intensas e injustificadas (84.6%), reações desesperadas frente a abandonos (84.6%) e automutilações (84.6%). Apresentaram importante risco de suicídio (84.6%), 76.9% com tentativas prévias e 3.8% (N=1), mesmo em tratamento, cometeu suicídio durante o estudo. Os casos tiveram taxas altas de comorbidade com Transtornos do Humor (76.9%) e Ansiosos (69.2%) e menores com Transtornos Alimentares (30.7%) e Abuso de Álcool/Drogas (23.1%). A média de comorbidades foi de 2.1 ± 0.9 diagnósticos do Eixo I por caso de TPB. Os casos estavam bastante incapacitados funcionalmente: 69.3% desempregados, afastados há 19 ± 20.7 meses do trabalho e 11.3% precocemente aposentados por doença. A incapacitação global dos casos foi significativamente maior que dos controles, quando medida pelo GAF (Global Assessment Function), e similar aos índices mencionados na literatura. Cerca de 80% dos casos estava ou esteve em psicoterapia individual, com freqüência de uma vez por semana (85.7%), durante mais de dois anos (26.3 ± 31.8 meses de duração). Vinte e quatro (92.3%) vinha também em tratamento psicofarmacológico de longa duração. Quanto às situações traumáticas precoces, os casos estiveram significativamente mais expostos a abusos emocionais, abusos físicos, abusos sexuais e negligência emocional, antes dos 16 anos de idade. Em relação a eventos traumáticos em geral, os pacientes com TPB estiveram mais expostos em todas as faixas etárias: antes dos 12 anos, dos 13 aos 16 anos e após os 17 anos. Nenhum dos casos, nem dos controles, deixou de estar exposto a pelo menos um evento traumático ao longo da vida. Quanto aos vínculos familiares percebidos, observaram-se, nos casos, diferenças significativas tanto na presença de escores inferiores de afeto materno e superiores de controle paterno, como na predominância de pais e mães do “tipo Três” (restrição de liberdade + controle sem afeto) (Parker, 1979). Houve também associação entre a ocorrência de abusos e negligência na infância com a percepção de pais menos afetivos e mais controladores. Conclusões: 1) a amostra sul-brasileira de pacientes com TPB foi basicamente semelhante às apresentações clínico-demográficas tradicionalmente descritas para o TPB em outras populações clínicas, o que é mais uma contribuição para a validação transcultural desta categoria nosográfica; 2) as evidências de maior exposição, por parte dos pacientes com TPB, a eventos traumáticos na infância e adolescência, especialmente abusos emocionais, físicos e sexuais, confirmam a hipótese, para esta amostra, da associação destas variáveis ambientais como fatores de risco para o aumento de sua vulnerabilidade à psicopatologia borderline na idade adulta; e 3) esta maior exposição a eventos traumáticos ocorreu dentro de uma matriz familiar percebida como disfuncional., o que poderia apontar para duas hipóteses: (a) um efeito aditivo da ocorrência de traumas precoces com a disfunção nos vínculos parentais no desenvolvimento da futura psicopatologia, ou (b) a possibilidade de que o impacto das situações traumáticas possa ser mediado pela qualidade e intensidade da disfunção familiar, seja aumentando os fatores de vulnerabilidade ou, ao contrário, fortalecendo os fatores de resiliência da criança nas famílias percebidas como menos disfuncionais. Estes achados foram redigidos sob a forma de dois artigos, onde se salientaram as principais contribuições do estudo: 1) a primeira descrição clínica detalhada de uma amostra de língua portuguesa de pacientes com TPB criteriosamente diagnosticados; 2) a primeira observação da associação de situações traumáticas na infância e adolescência com psicopatologia borderline na idade adulta em uma população de pacientes de língua portuguesa; e 3) a primeira constatação, em pacientes com TPB de língua portuguesa, da associação entre situações adversas precoces e a percepção de vínculos parentais disfuncionais.

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