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Estratégias funcionais de plântulas e da regeneração de espécies lenhosas da caatinga do nordeste brasileiro / Seedling and sapling functional strategies in caatinga woody species of northeast BrazilBARROSO, Jorcely Gonçalves 22 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-22 / Light is a determining resource to seedlings growth and survival, even in environments where light is not necessarily limiting, such as in Seasonally Dry Tropical forests. The effect of light gradient in traits related to resource acquisition and adaptive plasticity in Caatinga's woody species are not known. This study aimed to investigate the influence of a light gradient in morphological and allocational traits in seedlings of ten woody species, widely distributed in semiarid Northeast Brazil. These species represent a vast combination of phenologic traits, water potential and wood density. We tested the following hypotheses: 1) specific leaf area (SLA) plasticity responds positively to relative growth rate (RGR), therefore being adaptive (Chapter One); 2) the effect of light gradient results in a coordinated variation among root and leaf traits (Chapter Two). The experiment was carried in Serra Talhada, PE and was comprised of three treatments, 100%, 60% e 30% light, where seedlings were watered three times a week, based on local evapotranspiration. We evaluated nine morphological and allocational traits, known for responding to light availability changes. RGR was not correlated with plastic to SLA, but was with plastic to biomass allocation to roots and stem. The greatest RGR were observed in high wood density deciduous species and the lowest RGR were observed in evergreen species. The species which responded significantly to light gradient were Bauhinia cheilantha which grew faster at 60% light, and Cynophalla flexuosa, with the slowest growth at 30% light. There was no coordinated variation between root and leaf traits and light gradient. Species did not differ in specific root length, although there were some significant difference between total root length and root dry mass. Therefore, none of our hypotheses were confirmed. Such results reveal a complex relation among leaves and roots traits, with a diversity of mechanisms allowing the coexistence of species and with plasticity neutralizing a great part of niche differentiation. Also, our results suggest that root and stalk traits plasticity could be important for shade tolerance, probably related to species capacity to deal with heterogeneity in resource availability. / A luz é um recurso determinante ao crescimento e à sobrevivência das plantas, mesmo em ambientes onde esse recurso não é necessariamente limitante, como nas Florestas Tropicais Sazonalmente Secas. O efeito do gradiente de luminosidade nos traços relacionados a captura de recursos e sua plasticidade adaptativa para espécies da caatinga ainda não são conhecidos. O objetivo desse trabalho foi investigar a influência do gradiente de luminosidade nos traços morfológicos e alocacionais em plântulas de 10 espécies lenhosas, amplamente distribuídas no semiárido brasileiro. As espécies apresentam uma vasta combinação de traços fenológicos, potencial hídrico e densidade da madeira. Testou-se as hipóteses: 1) a plasticidade na área foliar específica (AFE) está relacionada positivamente a taxa de crescimento relativo (TCR), sendo, portanto, adaptativa (capítulo 1); 2) o efeito do gradiente de luminosidade resulta em variação coordenada entre os traços das raízes e das folhas (capítulo 2). O experimento, montado no município de Serra Talhada, PE, foi composto pelos tratamentos 100%, 60% e 30% de luz, tendo as plântulas ficado por 120 dias regadas três vezes por semana com base na evapotranspiração de referência. Foram mensurados 15 traços morfológicos e alocacionais, conhecidos por responder à variação na disponibilidade de luz. A TCR não foi correlacionada com a plasticidade na AFE, mas com a plasticidade na alocação de biomassa no caule e nas raízes. As maiores TCR foram observadas em plântulas de espécies decíduas com madeira de alta densidade e as menores nas espécies sempre verde. As espécies que responderam significativamente ao gradiente de luz foram Bauhinia cheilantha que cresceu mais rapidamente a 60% de luz, e Cynophalla flexuosa, com menor desempenho a 30% de luz. Não houve variações coordenadas entre os traços foliares e radiculares ao longo do gradiente de luz. As espécies não diferiram quanto ao comprimento radicular específico, embora com diferenças significativas entre comprimento radicular total e massa seca das raízes. Portanto, nenhuma das hipóteses foi confirmada. Os resultados revelam uma complexa ligação entre os traços foliares e radiculares, com grande diversidade de mecanismo possibilitando a coexistência, e com a plasticidade neutralizando grande parte da diferenciação de nicho. Os resultados sugerem que a plasticidade nos traços das raízes e do caule pode ser importante para lidar com a sombra e com a seca, provavelmente relacionada a capacidade da espécie em lidar com a variação na disponibilidade desses recursos.
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Influência do vigor inicial e do tempo de armazenamento na qualidade fisiológica de sementes de soja tratadas industrialmente / Physiological seed quality of soybeans treated at the insdustry: Influence of vigour and storage periodLanferdini, Diego 09 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-09 / A performance fisiológica das sementes é afetada por diversos fatores dentre
eles o armazenamento, a qualidade inicial do lote e do tratamento químico a que
é submetido. Sendo assim este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade
fisiológica de sementes de duas cultivares de soja submetidas ao
armazenamento após tratamento industrial. O experimento foi conduzido na
Fazenda Sperafico na safra 2014/2015, no município de Sapezal no Mato
Grosso. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com
tratamentos dispostos em fatorial 2 níveis de vigor (alto e baixo) em quatro
períodos de avaliação (0, 20, 40 e 60 dias) com três repetições por tratamento.
Os dados foram submetidos à análise de variância e posteriormente, havendo
significância para a interação dos fatores, foram realizados os devidos
desdobramentos, comparação de médias através do teste de Tukey para fator
níveis de vigor e regressão polinomial para o fator período de avaliação, todos a
5% de probabilidade. Com base nos testes realizados conclui-se que em ambas
cultivares, quando utilizando-se de sementes com alto vigor as mesmas não
sofrem decréscimos nos seus níveis de vigor e germinação tanto em ambiente
controlado como em emergência em solo no período de armazenamento.
Quando utilizado de sementes com baixo vigor as mesmas sofreram redução
nos em seus níveis de vigor e germinação em ambas as cultivares, em ambos
os testes de forma acentuada após os 40 dias de armazenamento. / The physiological seeds performance may be influenced by several factors,
including the storage, the initial seed quality of the lot and the chemical to which
it is treated. The objective of this work was to evaluate the physiological seed
quality of two soybean cultivars submitted to storage after industrial treatment.
The experiment was conducted at Fazenda Sperafico in the 2014/2015 harvest,
in Sapezal, Mato Grosso. The experimental design was completely randomized,
with treatments arranged in a factorial: 2 levels of vigor (high and low) in four
evaluation periods (0, 20, 40 and 60 days) with three replications per treatment.
The data were submitted to analysis of variance and afterwards, with significance
for the interaction of the factors, the correlation between Tukey's test for factor
strength levels and polynomial regression for the factor evaluation period was
performed. 5% probability. Based on the tests carried out, it can be concluded
that in both cultivars, when using seeds of high vigor, they do not suffer decreases
in their vigor and germination levels, both in controlled environment and in
emergencies in soil during the storage period. When seeds were used with low
vigor, they were reduced in their vigor and germination levels in both cultivars, in
both tests, after 40 days of storage.
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Isolamento de cDNAs parciais de quatro genes do metabolismo de carboidratos e analise de seus padrões de expressão durante a fase inicial do desenvolvimento de plantulas de jatoba (Hymenaea courbaril L.) / Isolation of four partial cDNA sequences of genes of the carbohydrate metabolism in jatoba (Hymenaea courbaril L.) and their pattern of expression during early seedling growthBrandão, Aline Dias 27 February 2008 (has links)
Orientadores: Marcos Silveira Buckeridge, Michel Georges Albert Vincentz / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-11T04:13:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: Os jatobás (espécies pertencentes ao gênero Hymenaea, família Leguminosae) apresentam grande plasticidade fisiológica. Diferentes espécies e variedades de jatobás se adaptaram a praticamente todos os biomas tropicais brasileiros, incluindo a Floresta Amazônica, e o complexo de ecossistemas que é formado pela Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Espécies do gênero possuem como principal reserva de carbono do embrião o xiloglucano, um polissacarídeo similar à celulose, mas solúvel em água devido a ramificações com xilose e galactose. Após a germinação, o xiloglucano dos cotilédones é completamente degradado, produzindo monossacarídeos livres que são rapidamente metabolizados à sacarose. A produção das enzimas de hidrólise do xiloglucano nos cotilédones é controlada pela auxina proveniente da parte aérea da planta, porém, não se sabe exatamente como esse mecanismo é controlado. O objetivo deste trabalho foi isolar cDNAs (DNA complementar) parciais dos genes da bgalactosidase - BGAL e xiloglucano endotransglicosilase ou endo-b-1,4-glucanase ¿ XET, relacionados com a degradação do xiloglucano e duas enzimas envolvidas no metabolismo da sacarose, a invertase neutra/alcalina - IN/IA e a sacarose sintase ¿ SUS, para tentar avaliar possíveis formas de controle da expressão gênica envolvidas nos mecanismos do catabolismo do xiloglucano em cotilédones de plântulas de Hymenaea courbaril. Primeiramente, foram desenhados primers com base em seqüências de espécies da família Leguminosae existentes em banco de dados para os respectivos genes. A partir daí foi possível clonar seqüências parciais de todos os genes. Utilizando a técnica de RT-PCR semi-quantitativa (semi-quantitative reverse transcription-polimerase chain reaction) foram realizadas análises da expressão nos cotilédones, folhas, hipocótilos e raízes no 45º dia após a embebição (quando ocorre a taxa máxima de mobilização do xiloglucano) a cada 6 horas em um período de 24 horas. As plântulas foram analisadas sob as seguintes condições: I) plântulas crescidas em condições naturais; II) excisão da parte aérea; III) aplicação do inibidor do transporte polar de auxina (NPA ¿ ácido naftil ftalâmico); IV) crescimento em luz contínua e V) crescimento em escuro contínuo. Observou-se que existem, basicamente, três formas de controle em resposta a auxina. Nos cotilédones, os genes responsáveis pela degradação do xiloglucano BGAL1 e XTH1, possivelmente são regulados em resposta a auxina endógena e a variação de luz, enquanto que os genes responsáveis pelo metabolismo da sacarose, AlkIN1 e SUS1 possivelmente são regulados pela disponibilidade de carbono. Nas folhas, hipocótilos e raízes o padrão de expressão variou de acordo com a disponibilidade de carbono proveniente da degradação do xiloglucano de reserva nos cotilédones. Os resultados apresentados relatam a primeira descrição do isolamento dos cDNAs, permitiram a caracterização do padrão de expressão de genes chave, envolvidos no estabelecimento de uma espécie arbórea nativa do Brasil e em conjuto com os dados de atividade enzimática possibilitaram observar que a mobilização de reserva no jatobá ocorre a nível transcricional. Através do seqüênciamento, também foi possível observar que a invertase neutra clonada da raiz do jatobá apresentou resíduos de aminoácidos que a caracterizam como invertase alcalina (AlkIN1). Diante do padrão de expressão observado para a ß-galactosidase, XTH, invertase alcalina e sacarose sintase no presente trabalho, é possível sugerir um modelo para o controle da degradação e mobilização do xiloglucano de reserva nos cotilédones sob influência da auxina endógena e da variação de luz, durante o desenvolvimento inicial nas plântulas de Hymenaea courbaril / Abstract: The jatobas (species belonging to the genus Hymenaea, family Leguminosae) display large physiological plasticity and as a consequence they have great adaptive capacity to several habitats. Different species and varieties of jatobas have adapted practically to all Brazilian tropical biomes, including the Amazon Forest and the complex of ecosystems that is formed by the Atlantic Forest, the Savannah and the Caatinga. Species of this genus contain xyloglucan as the main storage of carbon in their seeds. Xyloglucan is a polysaccharide similar to cellulose, but water soluble due to the branching with xylose and galactose. After germination, xyloglucan is completely degraded, producing free monosaccharides that are quickly metabolized to sucrose. The production of xyloglucan hydrolytic enzymes in the cotyledons is known to be controlled by auxin that comes from the shoot. However, it is not known how the mecanism is controlled. The aim of the present work was isolate partial cDNAs of the genes b-galactosidase (BGAL) and xyloglucan endo-transglycosylase or endo-b-1,4-glucanase (XET) xyloglucan degradation genes and two other genes related to sucrose metabolism (neutral/alkaline invertase - NI/AI and sucrose synthase - SUS) in order to try to evaluate possible forms of control of gene expression involved in the catabolism of xyloglucan in cotyledons of Hymenaea courbaril . Primers were designed on the basis of extant sequences obtained from databases for all genes. We guided the search by sequences obtained from species of the Leguminosae. We cloned partial sequences of genes coding BGAL, XTH, NI and SUS. Semi-quantitative RT-PCR (semi-quantitative reverse transcription-polimerase chain reaction) was used to analyze expression at the 45th day after imbibition (when the rate of mobilization is maximal) in cotyledons, leaves, hypocotyls and roots every 6 hours during 24 hours. The experimental treatments were 1) seedlings grown under natural conditions; II) seedlings with top shoot excised; III) seedlings treated with auxin transport inhibitor (NPA ¿ naphtyl phtalamic acid); IV) seedilings grown in continous light and V) seedilings grown in darkness. We observed that there are three mechanisms of response to auxin. In cotyledons the genes related to xyloglucan degradation, BGAL1 and XTH1, showed responses by auxin and light in the plant. The genes related to sucrose metabolism, AlkIN1 and SUS1, have shown responses to carbon flux. In leaves, hypocotyls and roots the gene pattern change according carbon source comes from product of storage xyloglucan degradation in cotyledons. Our results revealed the first description of cDNA isolation and allow characterize pattern of genes involved native Brazilian tree species establishment. Our results and enzymatic data obtained by other researchers suggest a transcriptional control of storage mobilization in jatoba. From the sequencing data, it was also possible to observe that neutral invertase (NI) gene cloned from roots of jatoba contains aminoacid residues that characterise the NI as an alkaline invertase (AlkIN1) instead. Based in degradation and mobilization of xyloglucan storage in cotyledons we propose an expression control model for ß-galactosidase, XTH, alkaline invertase and sucrose synthase in all analyzed tissues during early development in seedilings of Hymenaea courbaril by endogenous auxin influence and light alternance / Doutorado / Biologia Celular / Doutor em Biologia Celular e Estrutural
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Diversidade e regeneração natural de árvores em florestas de restinga na ilha do Cardoso, Cananéia, SP, Brasil / Diversity and natural regeneration of trees in Restinga Forests in Ilha do Cardoso, Cananéia, SP, BrazilFaria, Mariana Brando Balazs da Costa 28 November 2008 (has links)
Esta dissertação teve como objetivo analisar a dinâmica de regeneração natural de três formações florestais de restinga (uma Floresta de Restinga Alta Seca - RAS; uma Floresta de Restinga Alta Alagada - RAA; e uma Floresta de Restinga Baixa - RB) com diferentes condições edáficas, composições florísticas e estruturas, da Ilha do Cardoso, Cananéia, SP. Ao longo de um ano, procuramos entender os mecanismos que promovem as variações na composição e estrutura arbórea desses três sistemas. Para isso, entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2008 nós acompanhamos a chuva de sementes das três florestas através 90 coletores de sementes de 0,5 m² (30 em cada floresta; Capítulo 1) e a comunidade de plântulas 50 cm de espécies arbóreas, através de 270 parcelas de 1 m² (90 em cada floresta; Capítulo 2). A dinâmica de regeneração natural das florestas foi analisada a partir dos dados de chuva de sementes, da dinâmica de plântulas (três censos em 12 meses), dos dados pré-coletados dos indivíduos arbóreos com DAP 5 cm das três florestas mais os dados ambientais de abertura de dossel (disponibilidade de luz) e teor de matéria orgânica (MO) no solo (Capítulo 3). Em relação à chuva de sementes, a RB apresentou quase o dobro de sementes do que as outras florestas. Por outro lado, a RAS e a RAA apresentaram uma diversidade de espécies significativamente maior do que a RB e uma elevada similaridade florística e estrutural. Quanto à síndrome de dispersão, mais de 95% das sementes e das espécies amostradas foram zoocóricas, indicando a importância da zoocoria para a manutenção e estruturação dessas florestas. As espécies de sementes apresentaram uma alta correspondência com as espécies da comunidade arbórea adulta adjacente aos coletores, sugerindo que as semelhanças e as diferenças de diversidade, de composição florística e de estrutura entre a chuva de sementes da RAS, da RAA e da RB observadas são reflexo da diversidade, da composição florística e da estrutura da comunidade de espécies arbóreas local das três formações florestais. Além disso, como as sementes apresentaram um padrão de deposição agregado e próximo à planta-mãe, propusemos que as espécies das florestas estudadas são principalmente limitadas em relação ao local adequado para a germinação de suas sementes e não à dispersão. Para as plântulas, encontramos uma maior diversidade e riqueza por 3 m² na RB, o oposto do que era esperado, já que a Floresta de Restinga Alta é conhecida por ser uma formação mais complexa e com maior diversidade, em relação aos adultos arbóreos, do que a Floresta de Restinga Baixa. Propusemos, portanto, um modelo hipotético de estruturação dessas comunidades no qual as florestas são estruturadas de formas distintas devido a filtros ecológicos, como a disponibilidade de luz e de nutrientes e eventos estocásticos, que limitam a germinação e o estabelecimento de plântulas, juvenis e adultos. Predizemos também que a inversão de diversidade entre as comunidades de plântulas e de adultos deve-se a processos dependentes da densidade decorrentes do estabelecimento diferenciado na fase de plântula. No Capítulo 3 foi possível testar algumas partes do modelo hipotético de estruturação das comunidades proposto no Capítulo 2. Concluímos que a dinâmica de regeneração natural e seus filtros bióticos e abióticos realmente são importantes para estruturação das comunidades de restinga estudadas. A RB apresentou uma maior abertura de dossel (maior disponibilidade de luz) do que a RAS e a RAA. O recrutamento, a densidade e a riqueza (em 3 m²) de plântulas estiveram positivamente relacionados com a abertura de dossel. No entanto, a RAS e a RAA apresentaram um maior teor de MO do que a RB, e a diversidade da comunidade arbórea adulta esteve positivamente relacionada com a MO. Assim, a disponibilidade de luz parece ser um filtro abiótico importante na germinação e no estabelecimento das plântulas, levando a maiores recrutamentos, densidades e riqueza por 3m² na RB quando comparado à RAS e à RAA. Entretanto, na passagem de plântula/juvenil para adulto a menor densidade de indivíduos e a maior disponibilidade de nutrientes na RAS e na RAA beneficiariam a permanência das espécies, levando à maior diversidade de espécies encontrada nessas florestas. / The goal of this dissertation was to analyze the natural regeneration dynamics of three restinga forests (Tall Restinga Forest TR; Tall Seasonal Swamp Restinga Forest TSR and Short Restinga Forest SR) with different edaphic conditions, floristic composition and structure in Ilha do Cardoso, Cananéia, SP. During a year, we attempted to understand the mechanisms that promote the floristic composition and structure variations in these three systems. For that, between February 2007 and January 2008 we accompanied the forests seed rain using 90 seed traps of 0,5 m² (30 in each forest; Chapter 1) and the seedlings community (tree species; 50 cm) using 270 plots of 1 m² (90 in each forest; Chapter 2). The natural regeneration dynamics was analyzed using the seed rain and the seedling dynamics (three census in 12 months) data, the individuals tree species with DAP 5 cm data and the environment data (canopy openness and organic matter - OM; Chapter 3). In relation to the seed rain, SR presented twice as many seeds as TR and TSR. On the other hand, TR and STR presented a significantly higher diversity than SR and also floristic composition and structure similarity. In respect to the dispersion syndrome, more than 95% of the seeds and species were animal dispersed, indicating the importance of zoochoric dispersal to the maintenance and structuring of these forests. The seeds species showed a higher correspondence with the adult community adjacent to the seed traps, suggesting that diversity, floristic composition and structure similarities and differences among the forests seed rain are a reflection of the forests local adult community diversity, floristic composition and structure. Besides, as the seeds presented an aggregated and close to the parent tree pattern of deposition , we proposed that the forests species are limited mainly by safe sites for seed germination and not by dispersion. For the seedlings, we founded a higher diversity and richness per 3 m² in SR, the opposite of what we had expected since the Tall Restinga Forest is known to be a more complex vegetation, with higher values of richness and diversity for adult trees when compared to Short Restinga Forest. We proposed a hypothetical model of community structuring in which these forests are structured in different ways due to ecological filters, as light and nutrients availability and stochastic events, that limit germination and seedling, juveniles and adults establishment. We predicted, as well, that the diversity inversion between the seedlings and adults community is due to density-dependence factors that are responsible for the differentiated seedling establishment. In Chapter 3, we were able to test some parts of the hypothetical model of community structuring proposed in Chapter 2. We concluded that natural regeneration dynamics and biotic and abiotic filters really are important to the forests community structuring. SR presented a higher canopy openness (higher light availability) than TR and STR. Seedling recruitment, density and richness (in 3 m²) were positively related to the canopy openness. Nevertheless, TR and STR presented higher organic matter contents than SR, and the diversity was positively related to the canopy openness and the OM. Thus, light availability seems to be an important abiotic filter acting in the germination and in the seedling establishment, leading to higher values of recruitment, density and richness per 3 m² in the SR when compared to TR and STR. However, in the seedling/juvenile turn to adult the lower individuals density and the higher nutrients availability in TR and STR would benefit the species permanence, leading to the higher species diversity found in those forests.
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Estrutura e dinâmica da expansão florestal em mosaico natural de floresta-savana no Morro Santana, Porto Alegre, RS, Brasil : da ecologia de comunidades de espécies lenhosas à ecologia de população de plântulas de Myrcia palustris DC. (Myrtaceae)Forneck, Eduardo Dias January 2007 (has links)
A região dos morros graníticos de Porto Alegre (Estado do Rio Grande do Sul), inserida no sul do Brasil, apresenta uma cobertura vegetal em forma de mosaico natural de florestas e áreas abertas (savanas ou campos). Neste locais, segundo o clima atual, as formações florestais tendem a avançar sobre a matriz herbácea, principalmente de forma agrupada, formando ilhas de nucleação florestal. Este padrão é mantido por forças seletivas como a precipitação, o fogo e a herbivoria (vertebrados e invertebrados), que incidem de maneira mais intensa sobre as fases iniciais das populações de plantas pioneiras da floresta. As forças atuam de maneira distinta nos diversos hábitats disponíveis para o estabelecimento de plântulas, criando um arranjo espacial em forma de ilhas. Esta tese aborda, no primeiro capítulo, os padrões florísticos e espaciais de ilhas de nucleação florestal em ecótono natural de floresta-savana, segundo as diferentes exposições solares (norte, topo e sul) dominantes do morro Santana, comparando-as, floristicamente, com as bordas de mata. No segundo capítulo, é avaliada, experimentalmente, a sobrevivência de plântulas de guamirim (Myrcia palustris DC.; Myrtaceae) sob a influência de uma seca severa em diferentes hábitats (borda de mata, ilhas de nucleação florestal e matriz herbácea) presentes em três exposições solares (norte, topo e sul). Em ambos os casos, os estudos foram conduzidos no morro Santana (30°03’ S, 51°07’ W), cuja altitude máxima é de 311m acima do nível do mar. Para avaliar os padrões florísticos e espaciais, foram selecionadas vinte oito ilhas de nucleação florestal das várias área de cobertura (entre 5,5 a 904m2) em um mosaico natural de floresta-campo e quatro parcelas na borda da mata de dois tamanhos distintos (121,5 e 243m2). As espécies vegetais foram identificadas, classificadas em síndromes de dispersão e a abundância de indivíduos foi registrada. Os padrões florísticos foram observados através de análise multivariada. As relações entre a área de cobertura e diversidade/riqueza e entre o número de indivíduos e a riqueza foram analisadas por regressão linear. Para avaliar a sobrevivência de M. palustris, foram analisadas as taxas de sobrevivência e de mortalidade, bem como as causas desta mortalidade para esta espécie arbórea florestal generalista. As sobrevivências e causas de morte foram avaliadas mensalmente, durante os primeiros meses de vida desta espécie, em um período de seca severa em três hábitats e dois controles: borda de mata (B), ilhas de nucleação florestal (I) e matriz herbácea (H), além dos controle-interno (CI) e controleexterno (CE) repetidas em três ambientes geomorfológicos (norte, topo e sul). Em cada hábitat foram transplantadas plântulas isoladas e agrupadas (2-4), com o objetivo de avaliar a mortalidade densidade-dependente. Foram registrados 4214 indivíduos (2828 nas ilhas de nucleação e 1386 nas bordas de mata) distribuídos em 38 famílias e 111 espécies. A análise de agrupamento formou três grupos: g1, com ilhas de nucleação florestal mais iniciais dos três ambientes geomorfológicos (predomínio das ilhas do topo); g2, também por ilhas dos três ambientes geomorfológicos (predomínio das ilhas do norte); e g3, com as ilhas mais desenvolvidas dos três ambientes geomorfológicos (predomínio das ilhas do sul) unidas às bordas de mata. A dispersão zoocórica é dominante nas ilhas dos três grupos, ao passo que a dispersão autocórica apresentou um tendência de aumento de g1 para g3 e a dispersão anemocórica, o inverso. Nas mais desenvolvidas, houve maior riqueza e abundância de espécies lenhosas florestais tardias do que em ilhas mais iniciais. Os testes de aleatorização entre os três grupos revelaram que as áreas de cobertura de g3 (344,5m2) e g2 (156m2) são significativamente maiores que g1 (40,9m2) (p = 0,001), o que não ocorreu entre g3 e g2 (p = 0,063). Os valores de diversidade foram diferentes (p = 0,001) entre g1 (1,56) e g2 (2,16) ou g3 (2,97) e, levemente diferentes (p = 0,04) entre g2 e g3. Retirando as bordas de mata, as ilhas das três diferentes exposições solares diferiram (p = 0,02) em relação à riqueza e a abundância do norte e do topo, do norte e do sul, mas não entre o sul e o topo (p = 0,06). A análise de congruência obteve valor máximo (0,72) unindo riqueza e abundância; se acrescidos a eles a área de cobertura, a diversidade e a densidade das ilhas, este valor ainda permanece alto (0,7). A área de cobertura foi o único parâmetro especial que se mostrou correlacionado com riqueza (R2 = 0,676; p < 0,001) e com a diversidade (R2 = 0,49; p < 0,001). Quanto maior o número de indivíduos, maior a riqueza em g1 (R2 g1 = 0,63; p = 0,002), em g2 (R2 g2 = 0,66; p = 0,004), mas não em e g3 (R2 g3 = 0,6; p = 0,07). A falta de significância na correlação em g3 é resultado do baixo número de unidades amostrais neste grupo (6). com a Os resultados com M. palustris revelam que as taxas de sobrevivências médias mensais aumentaram inversamente com a quantidade de precipitação mensal para todos os ambientes (R2 = 0,46; p = 0,006). A curva de sobrevivência decaiu mais abruptamente no topo do que nos demais ambientes geomorfológicos (p < 0,01), sem diferenças entre norte e sul (p = 0,263). Esta mesma curva foi diferente entre todos os hábitats (p < 0,01), resultando numa maior chance de sobrevivência em B, seguida por I e nula em H. As forças seletivas que causam a morte das plântulas são distintas entre os hábitats (p < 0,01): a herbivoria por invertebrado é maior em H; por vertebrado, é maior em I e H; a seca/doença é maior em B; e o fogo, maior em I. A partir destes resultados, são apresentadas as seguintes conclusões: Os padrões florísticos e espaciais do avanço florestal em ilhas de nucleação refletem os processos de sucessão de um estádio mais inicial e simples para um estádio mais “tardio” e complexo, similar a uma borda de mata. Este processo é limitado pela distribuição de micro-hábitats adequados ao estabelecimento das espécies lenhosas florestais de dispersão zoocórica. A sucessão nas ilhas é retroalimentada positivamente, sendo que a chegada e o estabelecimento de novos indivíduos de espécies florestais atrai mais dispersores de sementes, acelerando a sucessão. A composição florística é dependente, também, da localização da ilha em relação às diferentes exposições solares. Para a sobrevivência de plântulas de M. palutris, a precipitação mensal é o parâmetro determinante primário. A distribuição dos hábitats afeta a dinâmica do avanço florestal na medida em que varia, entre eles, a taxa de sobrevivência de plântulas. Mesmo em anos de seca severa, ocorre o avanço da floresta em hábitats mais sombreados presentes no mosaico. Por fim, pode-se concluir que o avanço da floresta sobre a matriz herbácea é um fenômeno vinculado à natureza florística das matas adjacentes. Na matriz da paisagem, há diversos hábitats potencialmente disponíveis que modificam as chances de sobrevivência de plântulas e, portanto, contribuem, de formas diferentes, para a dinâmica da vegetação de comunidades de populações de espécies lenhosas. Entre os hábitats, a matriz herbácea é o hábitat mais inóspito para plântulas destas espécies e a borda da mata, o mais adequado. As ilhas apresentam uma condição intermediária entre os dois primeiros hábitats, sendo as mais desenvolvidas bastante semelhantes às bordas. Os mecanismos que retardam esta dinâmica são, em ordem de importância, a disponibilidade de água (em todos os hábitats), o herbivoria por vertebrado (nas ilhas e matriz herbácea), o fogo (na matriz herbácea) e, por último, a herbivoria por invertebrado (na matriz herbácea). / The region of granitic hills of Porto Alegre (State of Rio Grande do Sul) in southern brazilian’s region is contituted by a mosiac of forest and open areas (savannas or grassland). In these sites, according to the actual climate, the conditions are suitable for forest, which should mean that this vegetation type is in expansion, invading the surrounding herbaceous matrix. This expansion shows, mainly, an aggregation pattern by woody thickets of forest nucleation. The maintenance of the pattern is made by selective forces like precipitation, fire and herbivory (vertebrade and invertebrade) which are stronger in a juvenil phases of tree popualations. The selective forces act differently within all habitats available for seedling stablishment, creating a spatial arrangment of woody island. On the first chapter of this study, we analysed the floristic and spatial patterns of thickets island of forest expansion in a natural ecotone of forest-savanna, according to the slope (north, top and south) on Santan hill. It compares the floristic ans spatial patterns of thickets and forest edges in this three slopes. On the second chapter, we evaluated monthly, the seedling suvivorship of guamirim (Myrcia palustris DC.; Myrtaceae) under the influence of a severious drought (2004/2005) within differents habitats (forest edge, thickets and herbaceous matrix) of three slopes (north, top and south), during 15 months, by an experimental approach. In both cases, the study was carried out in Santana hill (30°03’ S, 51°07’ W), with maximum altitude 311m above sea level. In order to evaluate the floristic and spatial patterns, we selected 28 thickets of many cover areas (between 5,5 to 904m2) and four forest edges of two sizes (121,5 e 243m2). All woody individuals (h ³ 1m) were registered. The species, their abundance and dispersal modes were registered too. The floristic patterns were analysed by multivariate analyses. The relationship between cover area and diversity/richness or abundance and richness were analysed by linear regression. For survivorship of M. palutris seedlings, we analysed the survival/mortality rates and the mortality causes for this generalist tree. The survival and mortality causes were tested within three habitats and two controls: forest edge (B), thickets (I), herbaceous matrix (H), innercontrol (CI) and external-control (CE). The habitats were placed in three differents slopes (north, top and south). In all traits, we tranplanted isolated and group seedlings (1-4), to investigate the density-dependent mortality. We registered 4214 individuals (2828 in the thickets and 1386 in edge) amongst 38 botanical families and 111 species. The cluster analyses showed three groups: g1 with initial thickets of three slopes (predominance of top thickets), g2 also with thickets of three slopes (predominance of north thickets) and g3 with more development thickets of three slopes (predominance of south thickets) together with four forest edges. The dispersal by animals was dominant in all three groups. The autochorie dispersal showed an increase trend from g1 to g3, while anemochorie dispersal was in opposite way. The randomization tests indicates that g3 cover area (344,4m2) and g2 (156m2) are bigger (p = 0,001) than g1 (40,9m2) and g3 and g2 are no different (p = 0,063). The diversity (H’) was almost the same, with g3 (2,97) or g2 (2,16) higher (p = 0,001) than g1 (1,56), but g3 and g2 are slightly differents (p = 0,04). Without the forest edges samples, the thickets had differents richness and abundance (p = 0,02) from the north to the top or to the south, but no differences (p = 0,06) form the south to the top. The congruence analyses had maximum value (0,72) joining richness and abundance, however with more area cover, diversity and densitiy together, the value keeps high (0,7). Just one single parameter, cover area, could explain the increase of richness (R2 = 0,676; p < 0,001) and diversity (R2 = 0,49; p < 0,001). With increase number of individuals, increase the richness in g1 (R2 g1 = 0,63; p = 0,002), in g2 (R2 g2 = 0,66; p = 0,004), but not in g3 (R2 g3 = 0,6; p = 0,07). The lack of significance in g3 is related to the few sample units of this group (6). The results with M. palustris seedlings showed a inverse relation (R2 = 0,46; p = 0,006) between the mean mensal mortality (mm) and the the mensal precipitation for all habitats in all slopes. The suvivorship curve decreased more abruptly in the top than north or south (p < 0,01), but not form the south to north (p = 0,263). This curve were also different (p < 0,01) amongst all habitats, which makes the chance of survival be higher in B than I and nule in H. The selective forces that cause seedlings death are distinct amongst the habitats (p < 0,01): by invertebrade herbivory higher in H, by vertebrade herbivory higher in I and, drought/disease higher in B and by fire higher in H. Based on this results, we found this conclusions: The floristic and spatial patterns of forest expansion by woody thickets reflect the successional process that ranges from an initial and simple stage (more pioneer) to an latter and complex stage (less pioneer) similar with the forest edge. This process is limited by micro-habitats distribution which are suitable for forest tree seedlings with dispersal by animals. The successional process within the thickets have a positive feedback, where the arrival and stablishment of new individuals from forest species atract more seed dispersors, accelerating the process. The floristic composition depends also from the thicket slope location. For the survivorship of M. palutris seedling, the mensal precipitation was main determinant parameter. The habitat distribution affects the forest expansion dynamics due the differents suvival rates amongst them. Even with a severious drought, there is forest expansion in the mosaic within more shade habitats. We concluded that the forest expansion over the herbaceous matriz is a phenomena dependent from the surrounding forest edges. Within the mosaic landscape, there are several potencial habitats available wich modified the chances of seedling survival and, therefore, had distinct contributions to communities and popualtion dynmics of woody species. Amongst habitats, the herbaceous matriz is the less suitable for seedlings of this specie, while the forest edge is the most one. The thickets has the intermediate conditions, where the most development are very similar to the edges. The mechanisms wich delay this dynamic, on the decreased importance order, is the water availability (all habitats), the vertebrate herbivore (thickets and herbaceous matrix), the fire (herbaceous matrix) and the invertebrade herbivory (herbaceous matrix).
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Germinação e crescimento de plântulas de amburana cearensis (Allemão) A.C. smith em função do peso de sementes e fatores abióticos / Germination and seedling growth of amburana cearensis (Allemão) A.C. smith as a function the weight of seeds and abiotic factorsAlmeida, João Paulo Nobre de January 2014 (has links)
ALMEIDA, João Paulo Nobre de. Germinação e crescimento de plântulas de amburana cearensis (Allemão) A.C. smith em função do peso de sementes e fatores abióticos. 2014. 109 f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Curso de Pós-Graduação em Agronomia / Fitotecnia, Fortaleza-CE, 2014 / Submitted by Nádja Goes (nmoraissoares@gmail.com) on 2016-05-17T12:18:57Z
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Previous issue date: 2014 / Given the needs of reclamation is increasing interest in the propagation of native species, which requires basic information about their germination characteristics and ecophysiological. The Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith known as cumaru is a species widely used for restoration of the landscape. The aim of this study was to investigate the germination and seedling growth of cumaru depending on the weight of the seeds under conditions of light, temperature, drought stress, as well as to determine the seed imbibition curve, internal morphology, chemical composition and quantification of the coumarin. Initially seeds were individually weighed and separated into three weight classes (light, medium and heavy), these being submitted to the determination of water content, thousand seeds weight and germination tests in two light conditions (presence and absence ) and six schemes temperatures (20, 25, 30, 35, 40, and 20-30 °C). In addition to these tests, it was determined the imbibition curve of each weight class and made assessment of drought stress tolerance under different potentials(-0.2, -0.4, -0.6, -0.8 and -1,0 MPa). The experiments were arranged in a completely randomized design in four replications for each treatment. For the internal morphology of seeds were used in cytochemistry usual techniques for the identification of the main structures and substances reserves. To visualize the coumarin in the seeds by NMR spectroscopy was used. The optimum conditions for seed germination occurred at 30 °C, which are insensitive to light and vigor seeds for light and medium. The best conditions for seedling growth occurred with the light and medium seeds at 25 and 30 °C and in the presence of light, with temperatures of 35 and 40 °C harmful. Light and medium seeds showed the same pattern of water absorption, while not reach the heavy phase III of the curve. The decrease in the water potential of the substrate affect the germination and growth of seedlings from seed medium and heavy compared to the light, and from -0.6 MPa in a condition strictly limiting seedling development. The chemical constituents present in the seeds of A. cearensis are quantitatively different depending on the weight of the seeds, and the heavy characterized by a high content of lipids. The NMR spectroscopy falls greater proportion of coumarin in seed extract heavy and medium, possibly affecting ecophysiological needs of the species A. cearensis. / Diante das necessidades de recuperação de áreas degradadas é crescente o interesse na propagação de espécies florestais nativas, o que demanda informações básicas sobre as suas características germinativas e ecofisiológicas. A Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith conhecida como cumaru é uma espécie bastante utilizada para recomposição da paisagem. O objetivo deste trabalho foi estudar a germinação e o crescimento de plântulas de cumaru em função do peso das sementes sob diferentes condições de temperatura, luz, estresse hídrico, bem como determinar nas sementes a curva de embebição, morfologia interna, composição química e identificação da cumarina. Inicialmente as sementes foram pesadas individualmente e separadas em três classes de peso (leves, médias e pesadas), sendo estas, submetidas à determinação dos teores de água, peso de mil de sementes e a testes de germinação em duas condições de luz (presença e ausência) e seis regimes de temperatura (20, 25, 30, 35, 40 e 20-30°C). Além destes ensaios, foi determinado a curva de embebição de cada classe de peso e avaliação da tolerância ao estresse hídrico sob diferentes potenciais (-0,2, -0,4, -0,6, -0,8 e -1,0 MPa). Os experimentos foram dispostos em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições para cada tratamento. Para a morfologia interna das sementes foram utilizadas técnicas usuais em citoquímica para a identificação das principais estruturas e substâncias de reservas. Para a visualização da cumarina nas sementes foi utilizada a espectroscopia por RMN. As condições ótimas para a germinação das sementes ocorreu na temperatura de 30°C, sendo estas insensíveis à luz e um maior vigor para sementes leves e médias. As melhores condições para o crescimento das plântulas ocorreram com as sementes leves e médias nas temperaturas de 25 e 30°C e na presença de luz, sendo as temperaturas de 35 e 40 °C prejudiciais. Sementes leves e médias apresentam o mesmo padrão de absorção de água, enquanto as pesadas não atingem a fase III da curva. O decréscimo do potencial hídrico do substrato prejudica a germinação e o crescimento de plântulas oriundas de sementes médias e pesadas em comparação às leves, sendo a partir de -0,6 MPa uma condição estritamente limitante na formação de plântulas. Os constituintes químicos presentes nas sementes de A. cearensis são quantitativamente diferenciados em função do peso das sementes, sendo as pesadas caracterizadas por um elevado teor de lipídios. A espectroscopia por RMN releva uma maior proporção de cumarina no extrato de sementes pesadas e médias, que possivelmente afetam as necessidades ecofisiológicas da espécie A. cearensis.
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Estrutura e dinâmica da expansão florestal em mosaico natural de floresta-savana no Morro Santana, Porto Alegre, RS, Brasil : da ecologia de comunidades de espécies lenhosas à ecologia de população de plântulas de Myrcia palustris DC. (Myrtaceae)Forneck, Eduardo Dias January 2007 (has links)
A região dos morros graníticos de Porto Alegre (Estado do Rio Grande do Sul), inserida no sul do Brasil, apresenta uma cobertura vegetal em forma de mosaico natural de florestas e áreas abertas (savanas ou campos). Neste locais, segundo o clima atual, as formações florestais tendem a avançar sobre a matriz herbácea, principalmente de forma agrupada, formando ilhas de nucleação florestal. Este padrão é mantido por forças seletivas como a precipitação, o fogo e a herbivoria (vertebrados e invertebrados), que incidem de maneira mais intensa sobre as fases iniciais das populações de plantas pioneiras da floresta. As forças atuam de maneira distinta nos diversos hábitats disponíveis para o estabelecimento de plântulas, criando um arranjo espacial em forma de ilhas. Esta tese aborda, no primeiro capítulo, os padrões florísticos e espaciais de ilhas de nucleação florestal em ecótono natural de floresta-savana, segundo as diferentes exposições solares (norte, topo e sul) dominantes do morro Santana, comparando-as, floristicamente, com as bordas de mata. No segundo capítulo, é avaliada, experimentalmente, a sobrevivência de plântulas de guamirim (Myrcia palustris DC.; Myrtaceae) sob a influência de uma seca severa em diferentes hábitats (borda de mata, ilhas de nucleação florestal e matriz herbácea) presentes em três exposições solares (norte, topo e sul). Em ambos os casos, os estudos foram conduzidos no morro Santana (30°03’ S, 51°07’ W), cuja altitude máxima é de 311m acima do nível do mar. Para avaliar os padrões florísticos e espaciais, foram selecionadas vinte oito ilhas de nucleação florestal das várias área de cobertura (entre 5,5 a 904m2) em um mosaico natural de floresta-campo e quatro parcelas na borda da mata de dois tamanhos distintos (121,5 e 243m2). As espécies vegetais foram identificadas, classificadas em síndromes de dispersão e a abundância de indivíduos foi registrada. Os padrões florísticos foram observados através de análise multivariada. As relações entre a área de cobertura e diversidade/riqueza e entre o número de indivíduos e a riqueza foram analisadas por regressão linear. Para avaliar a sobrevivência de M. palustris, foram analisadas as taxas de sobrevivência e de mortalidade, bem como as causas desta mortalidade para esta espécie arbórea florestal generalista. As sobrevivências e causas de morte foram avaliadas mensalmente, durante os primeiros meses de vida desta espécie, em um período de seca severa em três hábitats e dois controles: borda de mata (B), ilhas de nucleação florestal (I) e matriz herbácea (H), além dos controle-interno (CI) e controleexterno (CE) repetidas em três ambientes geomorfológicos (norte, topo e sul). Em cada hábitat foram transplantadas plântulas isoladas e agrupadas (2-4), com o objetivo de avaliar a mortalidade densidade-dependente. Foram registrados 4214 indivíduos (2828 nas ilhas de nucleação e 1386 nas bordas de mata) distribuídos em 38 famílias e 111 espécies. A análise de agrupamento formou três grupos: g1, com ilhas de nucleação florestal mais iniciais dos três ambientes geomorfológicos (predomínio das ilhas do topo); g2, também por ilhas dos três ambientes geomorfológicos (predomínio das ilhas do norte); e g3, com as ilhas mais desenvolvidas dos três ambientes geomorfológicos (predomínio das ilhas do sul) unidas às bordas de mata. A dispersão zoocórica é dominante nas ilhas dos três grupos, ao passo que a dispersão autocórica apresentou um tendência de aumento de g1 para g3 e a dispersão anemocórica, o inverso. Nas mais desenvolvidas, houve maior riqueza e abundância de espécies lenhosas florestais tardias do que em ilhas mais iniciais. Os testes de aleatorização entre os três grupos revelaram que as áreas de cobertura de g3 (344,5m2) e g2 (156m2) são significativamente maiores que g1 (40,9m2) (p = 0,001), o que não ocorreu entre g3 e g2 (p = 0,063). Os valores de diversidade foram diferentes (p = 0,001) entre g1 (1,56) e g2 (2,16) ou g3 (2,97) e, levemente diferentes (p = 0,04) entre g2 e g3. Retirando as bordas de mata, as ilhas das três diferentes exposições solares diferiram (p = 0,02) em relação à riqueza e a abundância do norte e do topo, do norte e do sul, mas não entre o sul e o topo (p = 0,06). A análise de congruência obteve valor máximo (0,72) unindo riqueza e abundância; se acrescidos a eles a área de cobertura, a diversidade e a densidade das ilhas, este valor ainda permanece alto (0,7). A área de cobertura foi o único parâmetro especial que se mostrou correlacionado com riqueza (R2 = 0,676; p < 0,001) e com a diversidade (R2 = 0,49; p < 0,001). Quanto maior o número de indivíduos, maior a riqueza em g1 (R2 g1 = 0,63; p = 0,002), em g2 (R2 g2 = 0,66; p = 0,004), mas não em e g3 (R2 g3 = 0,6; p = 0,07). A falta de significância na correlação em g3 é resultado do baixo número de unidades amostrais neste grupo (6). com a Os resultados com M. palustris revelam que as taxas de sobrevivências médias mensais aumentaram inversamente com a quantidade de precipitação mensal para todos os ambientes (R2 = 0,46; p = 0,006). A curva de sobrevivência decaiu mais abruptamente no topo do que nos demais ambientes geomorfológicos (p < 0,01), sem diferenças entre norte e sul (p = 0,263). Esta mesma curva foi diferente entre todos os hábitats (p < 0,01), resultando numa maior chance de sobrevivência em B, seguida por I e nula em H. As forças seletivas que causam a morte das plântulas são distintas entre os hábitats (p < 0,01): a herbivoria por invertebrado é maior em H; por vertebrado, é maior em I e H; a seca/doença é maior em B; e o fogo, maior em I. A partir destes resultados, são apresentadas as seguintes conclusões: Os padrões florísticos e espaciais do avanço florestal em ilhas de nucleação refletem os processos de sucessão de um estádio mais inicial e simples para um estádio mais “tardio” e complexo, similar a uma borda de mata. Este processo é limitado pela distribuição de micro-hábitats adequados ao estabelecimento das espécies lenhosas florestais de dispersão zoocórica. A sucessão nas ilhas é retroalimentada positivamente, sendo que a chegada e o estabelecimento de novos indivíduos de espécies florestais atrai mais dispersores de sementes, acelerando a sucessão. A composição florística é dependente, também, da localização da ilha em relação às diferentes exposições solares. Para a sobrevivência de plântulas de M. palutris, a precipitação mensal é o parâmetro determinante primário. A distribuição dos hábitats afeta a dinâmica do avanço florestal na medida em que varia, entre eles, a taxa de sobrevivência de plântulas. Mesmo em anos de seca severa, ocorre o avanço da floresta em hábitats mais sombreados presentes no mosaico. Por fim, pode-se concluir que o avanço da floresta sobre a matriz herbácea é um fenômeno vinculado à natureza florística das matas adjacentes. Na matriz da paisagem, há diversos hábitats potencialmente disponíveis que modificam as chances de sobrevivência de plântulas e, portanto, contribuem, de formas diferentes, para a dinâmica da vegetação de comunidades de populações de espécies lenhosas. Entre os hábitats, a matriz herbácea é o hábitat mais inóspito para plântulas destas espécies e a borda da mata, o mais adequado. As ilhas apresentam uma condição intermediária entre os dois primeiros hábitats, sendo as mais desenvolvidas bastante semelhantes às bordas. Os mecanismos que retardam esta dinâmica são, em ordem de importância, a disponibilidade de água (em todos os hábitats), o herbivoria por vertebrado (nas ilhas e matriz herbácea), o fogo (na matriz herbácea) e, por último, a herbivoria por invertebrado (na matriz herbácea). / The region of granitic hills of Porto Alegre (State of Rio Grande do Sul) in southern brazilian’s region is contituted by a mosiac of forest and open areas (savannas or grassland). In these sites, according to the actual climate, the conditions are suitable for forest, which should mean that this vegetation type is in expansion, invading the surrounding herbaceous matrix. This expansion shows, mainly, an aggregation pattern by woody thickets of forest nucleation. The maintenance of the pattern is made by selective forces like precipitation, fire and herbivory (vertebrade and invertebrade) which are stronger in a juvenil phases of tree popualations. The selective forces act differently within all habitats available for seedling stablishment, creating a spatial arrangment of woody island. On the first chapter of this study, we analysed the floristic and spatial patterns of thickets island of forest expansion in a natural ecotone of forest-savanna, according to the slope (north, top and south) on Santan hill. It compares the floristic ans spatial patterns of thickets and forest edges in this three slopes. On the second chapter, we evaluated monthly, the seedling suvivorship of guamirim (Myrcia palustris DC.; Myrtaceae) under the influence of a severious drought (2004/2005) within differents habitats (forest edge, thickets and herbaceous matrix) of three slopes (north, top and south), during 15 months, by an experimental approach. In both cases, the study was carried out in Santana hill (30°03’ S, 51°07’ W), with maximum altitude 311m above sea level. In order to evaluate the floristic and spatial patterns, we selected 28 thickets of many cover areas (between 5,5 to 904m2) and four forest edges of two sizes (121,5 e 243m2). All woody individuals (h ³ 1m) were registered. The species, their abundance and dispersal modes were registered too. The floristic patterns were analysed by multivariate analyses. The relationship between cover area and diversity/richness or abundance and richness were analysed by linear regression. For survivorship of M. palutris seedlings, we analysed the survival/mortality rates and the mortality causes for this generalist tree. The survival and mortality causes were tested within three habitats and two controls: forest edge (B), thickets (I), herbaceous matrix (H), innercontrol (CI) and external-control (CE). The habitats were placed in three differents slopes (north, top and south). In all traits, we tranplanted isolated and group seedlings (1-4), to investigate the density-dependent mortality. We registered 4214 individuals (2828 in the thickets and 1386 in edge) amongst 38 botanical families and 111 species. The cluster analyses showed three groups: g1 with initial thickets of three slopes (predominance of top thickets), g2 also with thickets of three slopes (predominance of north thickets) and g3 with more development thickets of three slopes (predominance of south thickets) together with four forest edges. The dispersal by animals was dominant in all three groups. The autochorie dispersal showed an increase trend from g1 to g3, while anemochorie dispersal was in opposite way. The randomization tests indicates that g3 cover area (344,4m2) and g2 (156m2) are bigger (p = 0,001) than g1 (40,9m2) and g3 and g2 are no different (p = 0,063). The diversity (H’) was almost the same, with g3 (2,97) or g2 (2,16) higher (p = 0,001) than g1 (1,56), but g3 and g2 are slightly differents (p = 0,04). Without the forest edges samples, the thickets had differents richness and abundance (p = 0,02) from the north to the top or to the south, but no differences (p = 0,06) form the south to the top. The congruence analyses had maximum value (0,72) joining richness and abundance, however with more area cover, diversity and densitiy together, the value keeps high (0,7). Just one single parameter, cover area, could explain the increase of richness (R2 = 0,676; p < 0,001) and diversity (R2 = 0,49; p < 0,001). With increase number of individuals, increase the richness in g1 (R2 g1 = 0,63; p = 0,002), in g2 (R2 g2 = 0,66; p = 0,004), but not in g3 (R2 g3 = 0,6; p = 0,07). The lack of significance in g3 is related to the few sample units of this group (6). The results with M. palustris seedlings showed a inverse relation (R2 = 0,46; p = 0,006) between the mean mensal mortality (mm) and the the mensal precipitation for all habitats in all slopes. The suvivorship curve decreased more abruptly in the top than north or south (p < 0,01), but not form the south to north (p = 0,263). This curve were also different (p < 0,01) amongst all habitats, which makes the chance of survival be higher in B than I and nule in H. The selective forces that cause seedlings death are distinct amongst the habitats (p < 0,01): by invertebrade herbivory higher in H, by vertebrade herbivory higher in I and, drought/disease higher in B and by fire higher in H. Based on this results, we found this conclusions: The floristic and spatial patterns of forest expansion by woody thickets reflect the successional process that ranges from an initial and simple stage (more pioneer) to an latter and complex stage (less pioneer) similar with the forest edge. This process is limited by micro-habitats distribution which are suitable for forest tree seedlings with dispersal by animals. The successional process within the thickets have a positive feedback, where the arrival and stablishment of new individuals from forest species atract more seed dispersors, accelerating the process. The floristic composition depends also from the thicket slope location. For the survivorship of M. palutris seedling, the mensal precipitation was main determinant parameter. The habitat distribution affects the forest expansion dynamics due the differents suvival rates amongst them. Even with a severious drought, there is forest expansion in the mosaic within more shade habitats. We concluded that the forest expansion over the herbaceous matriz is a phenomena dependent from the surrounding forest edges. Within the mosaic landscape, there are several potencial habitats available wich modified the chances of seedling survival and, therefore, had distinct contributions to communities and popualtion dynmics of woody species. Amongst habitats, the herbaceous matriz is the less suitable for seedlings of this specie, while the forest edge is the most one. The thickets has the intermediate conditions, where the most development are very similar to the edges. The mechanisms wich delay this dynamic, on the decreased importance order, is the water availability (all habitats), the vertebrate herbivore (thickets and herbaceous matrix), the fire (herbaceous matrix) and the invertebrade herbivory (herbaceous matrix).
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Diversidade e regeneração natural de árvores em florestas de restinga na ilha do Cardoso, Cananéia, SP, Brasil / Diversity and natural regeneration of trees in Restinga Forests in Ilha do Cardoso, Cananéia, SP, BrazilMariana Brando Balazs da Costa Faria 28 November 2008 (has links)
Esta dissertação teve como objetivo analisar a dinâmica de regeneração natural de três formações florestais de restinga (uma Floresta de Restinga Alta Seca - RAS; uma Floresta de Restinga Alta Alagada - RAA; e uma Floresta de Restinga Baixa - RB) com diferentes condições edáficas, composições florísticas e estruturas, da Ilha do Cardoso, Cananéia, SP. Ao longo de um ano, procuramos entender os mecanismos que promovem as variações na composição e estrutura arbórea desses três sistemas. Para isso, entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2008 nós acompanhamos a chuva de sementes das três florestas através 90 coletores de sementes de 0,5 m² (30 em cada floresta; Capítulo 1) e a comunidade de plântulas 50 cm de espécies arbóreas, através de 270 parcelas de 1 m² (90 em cada floresta; Capítulo 2). A dinâmica de regeneração natural das florestas foi analisada a partir dos dados de chuva de sementes, da dinâmica de plântulas (três censos em 12 meses), dos dados pré-coletados dos indivíduos arbóreos com DAP 5 cm das três florestas mais os dados ambientais de abertura de dossel (disponibilidade de luz) e teor de matéria orgânica (MO) no solo (Capítulo 3). Em relação à chuva de sementes, a RB apresentou quase o dobro de sementes do que as outras florestas. Por outro lado, a RAS e a RAA apresentaram uma diversidade de espécies significativamente maior do que a RB e uma elevada similaridade florística e estrutural. Quanto à síndrome de dispersão, mais de 95% das sementes e das espécies amostradas foram zoocóricas, indicando a importância da zoocoria para a manutenção e estruturação dessas florestas. As espécies de sementes apresentaram uma alta correspondência com as espécies da comunidade arbórea adulta adjacente aos coletores, sugerindo que as semelhanças e as diferenças de diversidade, de composição florística e de estrutura entre a chuva de sementes da RAS, da RAA e da RB observadas são reflexo da diversidade, da composição florística e da estrutura da comunidade de espécies arbóreas local das três formações florestais. Além disso, como as sementes apresentaram um padrão de deposição agregado e próximo à planta-mãe, propusemos que as espécies das florestas estudadas são principalmente limitadas em relação ao local adequado para a germinação de suas sementes e não à dispersão. Para as plântulas, encontramos uma maior diversidade e riqueza por 3 m² na RB, o oposto do que era esperado, já que a Floresta de Restinga Alta é conhecida por ser uma formação mais complexa e com maior diversidade, em relação aos adultos arbóreos, do que a Floresta de Restinga Baixa. Propusemos, portanto, um modelo hipotético de estruturação dessas comunidades no qual as florestas são estruturadas de formas distintas devido a filtros ecológicos, como a disponibilidade de luz e de nutrientes e eventos estocásticos, que limitam a germinação e o estabelecimento de plântulas, juvenis e adultos. Predizemos também que a inversão de diversidade entre as comunidades de plântulas e de adultos deve-se a processos dependentes da densidade decorrentes do estabelecimento diferenciado na fase de plântula. No Capítulo 3 foi possível testar algumas partes do modelo hipotético de estruturação das comunidades proposto no Capítulo 2. Concluímos que a dinâmica de regeneração natural e seus filtros bióticos e abióticos realmente são importantes para estruturação das comunidades de restinga estudadas. A RB apresentou uma maior abertura de dossel (maior disponibilidade de luz) do que a RAS e a RAA. O recrutamento, a densidade e a riqueza (em 3 m²) de plântulas estiveram positivamente relacionados com a abertura de dossel. No entanto, a RAS e a RAA apresentaram um maior teor de MO do que a RB, e a diversidade da comunidade arbórea adulta esteve positivamente relacionada com a MO. Assim, a disponibilidade de luz parece ser um filtro abiótico importante na germinação e no estabelecimento das plântulas, levando a maiores recrutamentos, densidades e riqueza por 3m² na RB quando comparado à RAS e à RAA. Entretanto, na passagem de plântula/juvenil para adulto a menor densidade de indivíduos e a maior disponibilidade de nutrientes na RAS e na RAA beneficiariam a permanência das espécies, levando à maior diversidade de espécies encontrada nessas florestas. / The goal of this dissertation was to analyze the natural regeneration dynamics of three restinga forests (Tall Restinga Forest TR; Tall Seasonal Swamp Restinga Forest TSR and Short Restinga Forest SR) with different edaphic conditions, floristic composition and structure in Ilha do Cardoso, Cananéia, SP. During a year, we attempted to understand the mechanisms that promote the floristic composition and structure variations in these three systems. For that, between February 2007 and January 2008 we accompanied the forests seed rain using 90 seed traps of 0,5 m² (30 in each forest; Chapter 1) and the seedlings community (tree species; 50 cm) using 270 plots of 1 m² (90 in each forest; Chapter 2). The natural regeneration dynamics was analyzed using the seed rain and the seedling dynamics (three census in 12 months) data, the individuals tree species with DAP 5 cm data and the environment data (canopy openness and organic matter - OM; Chapter 3). In relation to the seed rain, SR presented twice as many seeds as TR and TSR. On the other hand, TR and STR presented a significantly higher diversity than SR and also floristic composition and structure similarity. In respect to the dispersion syndrome, more than 95% of the seeds and species were animal dispersed, indicating the importance of zoochoric dispersal to the maintenance and structuring of these forests. The seeds species showed a higher correspondence with the adult community adjacent to the seed traps, suggesting that diversity, floristic composition and structure similarities and differences among the forests seed rain are a reflection of the forests local adult community diversity, floristic composition and structure. Besides, as the seeds presented an aggregated and close to the parent tree pattern of deposition , we proposed that the forests species are limited mainly by safe sites for seed germination and not by dispersion. For the seedlings, we founded a higher diversity and richness per 3 m² in SR, the opposite of what we had expected since the Tall Restinga Forest is known to be a more complex vegetation, with higher values of richness and diversity for adult trees when compared to Short Restinga Forest. We proposed a hypothetical model of community structuring in which these forests are structured in different ways due to ecological filters, as light and nutrients availability and stochastic events, that limit germination and seedling, juveniles and adults establishment. We predicted, as well, that the diversity inversion between the seedlings and adults community is due to density-dependence factors that are responsible for the differentiated seedling establishment. In Chapter 3, we were able to test some parts of the hypothetical model of community structuring proposed in Chapter 2. We concluded that natural regeneration dynamics and biotic and abiotic filters really are important to the forests community structuring. SR presented a higher canopy openness (higher light availability) than TR and STR. Seedling recruitment, density and richness (in 3 m²) were positively related to the canopy openness. Nevertheless, TR and STR presented higher organic matter contents than SR, and the diversity was positively related to the canopy openness and the OM. Thus, light availability seems to be an important abiotic filter acting in the germination and in the seedling establishment, leading to higher values of recruitment, density and richness per 3 m² in the SR when compared to TR and STR. However, in the seedling/juvenile turn to adult the lower individuals density and the higher nutrients availability in TR and STR would benefit the species permanence, leading to the higher species diversity found in those forests.
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Estrutura e dinâmica da expansão florestal em mosaico natural de floresta-savana no Morro Santana, Porto Alegre, RS, Brasil : da ecologia de comunidades de espécies lenhosas à ecologia de população de plântulas de Myrcia palustris DC. (Myrtaceae)Forneck, Eduardo Dias January 2007 (has links)
A região dos morros graníticos de Porto Alegre (Estado do Rio Grande do Sul), inserida no sul do Brasil, apresenta uma cobertura vegetal em forma de mosaico natural de florestas e áreas abertas (savanas ou campos). Neste locais, segundo o clima atual, as formações florestais tendem a avançar sobre a matriz herbácea, principalmente de forma agrupada, formando ilhas de nucleação florestal. Este padrão é mantido por forças seletivas como a precipitação, o fogo e a herbivoria (vertebrados e invertebrados), que incidem de maneira mais intensa sobre as fases iniciais das populações de plantas pioneiras da floresta. As forças atuam de maneira distinta nos diversos hábitats disponíveis para o estabelecimento de plântulas, criando um arranjo espacial em forma de ilhas. Esta tese aborda, no primeiro capítulo, os padrões florísticos e espaciais de ilhas de nucleação florestal em ecótono natural de floresta-savana, segundo as diferentes exposições solares (norte, topo e sul) dominantes do morro Santana, comparando-as, floristicamente, com as bordas de mata. No segundo capítulo, é avaliada, experimentalmente, a sobrevivência de plântulas de guamirim (Myrcia palustris DC.; Myrtaceae) sob a influência de uma seca severa em diferentes hábitats (borda de mata, ilhas de nucleação florestal e matriz herbácea) presentes em três exposições solares (norte, topo e sul). Em ambos os casos, os estudos foram conduzidos no morro Santana (30°03’ S, 51°07’ W), cuja altitude máxima é de 311m acima do nível do mar. Para avaliar os padrões florísticos e espaciais, foram selecionadas vinte oito ilhas de nucleação florestal das várias área de cobertura (entre 5,5 a 904m2) em um mosaico natural de floresta-campo e quatro parcelas na borda da mata de dois tamanhos distintos (121,5 e 243m2). As espécies vegetais foram identificadas, classificadas em síndromes de dispersão e a abundância de indivíduos foi registrada. Os padrões florísticos foram observados através de análise multivariada. As relações entre a área de cobertura e diversidade/riqueza e entre o número de indivíduos e a riqueza foram analisadas por regressão linear. Para avaliar a sobrevivência de M. palustris, foram analisadas as taxas de sobrevivência e de mortalidade, bem como as causas desta mortalidade para esta espécie arbórea florestal generalista. As sobrevivências e causas de morte foram avaliadas mensalmente, durante os primeiros meses de vida desta espécie, em um período de seca severa em três hábitats e dois controles: borda de mata (B), ilhas de nucleação florestal (I) e matriz herbácea (H), além dos controle-interno (CI) e controleexterno (CE) repetidas em três ambientes geomorfológicos (norte, topo e sul). Em cada hábitat foram transplantadas plântulas isoladas e agrupadas (2-4), com o objetivo de avaliar a mortalidade densidade-dependente. Foram registrados 4214 indivíduos (2828 nas ilhas de nucleação e 1386 nas bordas de mata) distribuídos em 38 famílias e 111 espécies. A análise de agrupamento formou três grupos: g1, com ilhas de nucleação florestal mais iniciais dos três ambientes geomorfológicos (predomínio das ilhas do topo); g2, também por ilhas dos três ambientes geomorfológicos (predomínio das ilhas do norte); e g3, com as ilhas mais desenvolvidas dos três ambientes geomorfológicos (predomínio das ilhas do sul) unidas às bordas de mata. A dispersão zoocórica é dominante nas ilhas dos três grupos, ao passo que a dispersão autocórica apresentou um tendência de aumento de g1 para g3 e a dispersão anemocórica, o inverso. Nas mais desenvolvidas, houve maior riqueza e abundância de espécies lenhosas florestais tardias do que em ilhas mais iniciais. Os testes de aleatorização entre os três grupos revelaram que as áreas de cobertura de g3 (344,5m2) e g2 (156m2) são significativamente maiores que g1 (40,9m2) (p = 0,001), o que não ocorreu entre g3 e g2 (p = 0,063). Os valores de diversidade foram diferentes (p = 0,001) entre g1 (1,56) e g2 (2,16) ou g3 (2,97) e, levemente diferentes (p = 0,04) entre g2 e g3. Retirando as bordas de mata, as ilhas das três diferentes exposições solares diferiram (p = 0,02) em relação à riqueza e a abundância do norte e do topo, do norte e do sul, mas não entre o sul e o topo (p = 0,06). A análise de congruência obteve valor máximo (0,72) unindo riqueza e abundância; se acrescidos a eles a área de cobertura, a diversidade e a densidade das ilhas, este valor ainda permanece alto (0,7). A área de cobertura foi o único parâmetro especial que se mostrou correlacionado com riqueza (R2 = 0,676; p < 0,001) e com a diversidade (R2 = 0,49; p < 0,001). Quanto maior o número de indivíduos, maior a riqueza em g1 (R2 g1 = 0,63; p = 0,002), em g2 (R2 g2 = 0,66; p = 0,004), mas não em e g3 (R2 g3 = 0,6; p = 0,07). A falta de significância na correlação em g3 é resultado do baixo número de unidades amostrais neste grupo (6). com a Os resultados com M. palustris revelam que as taxas de sobrevivências médias mensais aumentaram inversamente com a quantidade de precipitação mensal para todos os ambientes (R2 = 0,46; p = 0,006). A curva de sobrevivência decaiu mais abruptamente no topo do que nos demais ambientes geomorfológicos (p < 0,01), sem diferenças entre norte e sul (p = 0,263). Esta mesma curva foi diferente entre todos os hábitats (p < 0,01), resultando numa maior chance de sobrevivência em B, seguida por I e nula em H. As forças seletivas que causam a morte das plântulas são distintas entre os hábitats (p < 0,01): a herbivoria por invertebrado é maior em H; por vertebrado, é maior em I e H; a seca/doença é maior em B; e o fogo, maior em I. A partir destes resultados, são apresentadas as seguintes conclusões: Os padrões florísticos e espaciais do avanço florestal em ilhas de nucleação refletem os processos de sucessão de um estádio mais inicial e simples para um estádio mais “tardio” e complexo, similar a uma borda de mata. Este processo é limitado pela distribuição de micro-hábitats adequados ao estabelecimento das espécies lenhosas florestais de dispersão zoocórica. A sucessão nas ilhas é retroalimentada positivamente, sendo que a chegada e o estabelecimento de novos indivíduos de espécies florestais atrai mais dispersores de sementes, acelerando a sucessão. A composição florística é dependente, também, da localização da ilha em relação às diferentes exposições solares. Para a sobrevivência de plântulas de M. palutris, a precipitação mensal é o parâmetro determinante primário. A distribuição dos hábitats afeta a dinâmica do avanço florestal na medida em que varia, entre eles, a taxa de sobrevivência de plântulas. Mesmo em anos de seca severa, ocorre o avanço da floresta em hábitats mais sombreados presentes no mosaico. Por fim, pode-se concluir que o avanço da floresta sobre a matriz herbácea é um fenômeno vinculado à natureza florística das matas adjacentes. Na matriz da paisagem, há diversos hábitats potencialmente disponíveis que modificam as chances de sobrevivência de plântulas e, portanto, contribuem, de formas diferentes, para a dinâmica da vegetação de comunidades de populações de espécies lenhosas. Entre os hábitats, a matriz herbácea é o hábitat mais inóspito para plântulas destas espécies e a borda da mata, o mais adequado. As ilhas apresentam uma condição intermediária entre os dois primeiros hábitats, sendo as mais desenvolvidas bastante semelhantes às bordas. Os mecanismos que retardam esta dinâmica são, em ordem de importância, a disponibilidade de água (em todos os hábitats), o herbivoria por vertebrado (nas ilhas e matriz herbácea), o fogo (na matriz herbácea) e, por último, a herbivoria por invertebrado (na matriz herbácea). / The region of granitic hills of Porto Alegre (State of Rio Grande do Sul) in southern brazilian’s region is contituted by a mosiac of forest and open areas (savannas or grassland). In these sites, according to the actual climate, the conditions are suitable for forest, which should mean that this vegetation type is in expansion, invading the surrounding herbaceous matrix. This expansion shows, mainly, an aggregation pattern by woody thickets of forest nucleation. The maintenance of the pattern is made by selective forces like precipitation, fire and herbivory (vertebrade and invertebrade) which are stronger in a juvenil phases of tree popualations. The selective forces act differently within all habitats available for seedling stablishment, creating a spatial arrangment of woody island. On the first chapter of this study, we analysed the floristic and spatial patterns of thickets island of forest expansion in a natural ecotone of forest-savanna, according to the slope (north, top and south) on Santan hill. It compares the floristic ans spatial patterns of thickets and forest edges in this three slopes. On the second chapter, we evaluated monthly, the seedling suvivorship of guamirim (Myrcia palustris DC.; Myrtaceae) under the influence of a severious drought (2004/2005) within differents habitats (forest edge, thickets and herbaceous matrix) of three slopes (north, top and south), during 15 months, by an experimental approach. In both cases, the study was carried out in Santana hill (30°03’ S, 51°07’ W), with maximum altitude 311m above sea level. In order to evaluate the floristic and spatial patterns, we selected 28 thickets of many cover areas (between 5,5 to 904m2) and four forest edges of two sizes (121,5 e 243m2). All woody individuals (h ³ 1m) were registered. The species, their abundance and dispersal modes were registered too. The floristic patterns were analysed by multivariate analyses. The relationship between cover area and diversity/richness or abundance and richness were analysed by linear regression. For survivorship of M. palutris seedlings, we analysed the survival/mortality rates and the mortality causes for this generalist tree. The survival and mortality causes were tested within three habitats and two controls: forest edge (B), thickets (I), herbaceous matrix (H), innercontrol (CI) and external-control (CE). The habitats were placed in three differents slopes (north, top and south). In all traits, we tranplanted isolated and group seedlings (1-4), to investigate the density-dependent mortality. We registered 4214 individuals (2828 in the thickets and 1386 in edge) amongst 38 botanical families and 111 species. The cluster analyses showed three groups: g1 with initial thickets of three slopes (predominance of top thickets), g2 also with thickets of three slopes (predominance of north thickets) and g3 with more development thickets of three slopes (predominance of south thickets) together with four forest edges. The dispersal by animals was dominant in all three groups. The autochorie dispersal showed an increase trend from g1 to g3, while anemochorie dispersal was in opposite way. The randomization tests indicates that g3 cover area (344,4m2) and g2 (156m2) are bigger (p = 0,001) than g1 (40,9m2) and g3 and g2 are no different (p = 0,063). The diversity (H’) was almost the same, with g3 (2,97) or g2 (2,16) higher (p = 0,001) than g1 (1,56), but g3 and g2 are slightly differents (p = 0,04). Without the forest edges samples, the thickets had differents richness and abundance (p = 0,02) from the north to the top or to the south, but no differences (p = 0,06) form the south to the top. The congruence analyses had maximum value (0,72) joining richness and abundance, however with more area cover, diversity and densitiy together, the value keeps high (0,7). Just one single parameter, cover area, could explain the increase of richness (R2 = 0,676; p < 0,001) and diversity (R2 = 0,49; p < 0,001). With increase number of individuals, increase the richness in g1 (R2 g1 = 0,63; p = 0,002), in g2 (R2 g2 = 0,66; p = 0,004), but not in g3 (R2 g3 = 0,6; p = 0,07). The lack of significance in g3 is related to the few sample units of this group (6). The results with M. palustris seedlings showed a inverse relation (R2 = 0,46; p = 0,006) between the mean mensal mortality (mm) and the the mensal precipitation for all habitats in all slopes. The suvivorship curve decreased more abruptly in the top than north or south (p < 0,01), but not form the south to north (p = 0,263). This curve were also different (p < 0,01) amongst all habitats, which makes the chance of survival be higher in B than I and nule in H. The selective forces that cause seedlings death are distinct amongst the habitats (p < 0,01): by invertebrade herbivory higher in H, by vertebrade herbivory higher in I and, drought/disease higher in B and by fire higher in H. Based on this results, we found this conclusions: The floristic and spatial patterns of forest expansion by woody thickets reflect the successional process that ranges from an initial and simple stage (more pioneer) to an latter and complex stage (less pioneer) similar with the forest edge. This process is limited by micro-habitats distribution which are suitable for forest tree seedlings with dispersal by animals. The successional process within the thickets have a positive feedback, where the arrival and stablishment of new individuals from forest species atract more seed dispersors, accelerating the process. The floristic composition depends also from the thicket slope location. For the survivorship of M. palutris seedling, the mensal precipitation was main determinant parameter. The habitat distribution affects the forest expansion dynamics due the differents suvival rates amongst them. Even with a severious drought, there is forest expansion in the mosaic within more shade habitats. We concluded that the forest expansion over the herbaceous matriz is a phenomena dependent from the surrounding forest edges. Within the mosaic landscape, there are several potencial habitats available wich modified the chances of seedling survival and, therefore, had distinct contributions to communities and popualtion dynmics of woody species. Amongst habitats, the herbaceous matriz is the less suitable for seedlings of this specie, while the forest edge is the most one. The thickets has the intermediate conditions, where the most development are very similar to the edges. The mechanisms wich delay this dynamic, on the decreased importance order, is the water availability (all habitats), the vertebrate herbivore (thickets and herbaceous matrix), the fire (herbaceous matrix) and the invertebrade herbivory (herbaceous matrix).
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A dinâmica da estrutura da comunidade de plântulas em ambientes de bordas antrópicas e interior florestal na Mata Atlântica do centro norte do estado do Rio de Janeiro / Dynamics of seedlings community structure in edges and interior forest of Atlantic Tropical Rain ForestIguatemy, Mariana de Andrade 16 August 2018 (has links)
Orientador: Fernando Roberto Martins / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-16T17:11:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: A fragmentação florestal tem como principal origem o desmatamento. Dentre suas conseqüências, os efeitos de borda se destacam. Na Mata Atlântica essa situação é grave, pois este domínio, reduzido a 7% de sua cobertura original, vem sofrendo grande pressão antrópica. Nesse cenário, esteestudo avaliou os efeitos de borda sobre a dinâmica da estrutura da comunidade de plântulas na Mata Atlântica da Reserva Biológica União-RJ. Foram realizadas comparações entre as comunidades de plântulas localizadas em bordas artificiais, formadas por dois corredores desmatados, Rede Elétrica e Gasoduto, em contraste com o Interior a mais de 400 m de qualquer borda. Plots permanentes 2x1 m foram alocados, de forma aleatória estratificada dentro de cada parcela de 20x 50 m, sendo que em cada localidade foram estabelecidas 4 parcelas em distintos sítios. Nos plots todas as plântulas foram etiquetadas e medidas (altura, diâmetro a altura do solo) a partir do ano 2000 e nos anos subseqüentes (2001, 2004, 2005). Foi observada sazonalidade de alguns eventos no banco de plântulas nas diferentes estações do ano (seca e chuvosa) em todas as localidades. Interior apresentou maior densidade e dinâmica, marcada pelos altos valores de mortalidade e recrutamento durante todo o intervalo de estudo. As bordas florestais foram mais susceptíveis a danos marcadas por altos valores de rebrotos e a ocorrência de espécies exóticas (Artocarpus heterophyllus Lam.). Além disso, foram encontradas maiores taxas de crescimento e alta heterogeneidade das variáveis e parâmetros estudados nestes locais. Gasoduto influenciou mais a comunidade de plântulas, pois apresentou redução de densidade ao longo de todo estudo. Portanto, os resultados observados sugerem que a comunidade está submetida a efeitos de borda, em que intensidade e forma podem variar ao longo do tempo. Uma vez que não houve um tamponamento destes efeitos, isto pode indicar que a manutenção dos limites artificiais perpetua localmente os efeitos de borda sobre plântulas na Reserva Biológica União / Abstract: The forest fragmentation has as main cause the deforestation. Among its consequences, the edge effects are the most prominent ones. In the Atlantic Rain forest, this situation is even more serious since this Ecosystem is reduced to 7% of its original coverage, and it has been suffering from intense human pressure. In this scenery, this study evaluated the edge effects on the dynamics of the seedling community structure at a Biological Reserve called: Reserva Biológica União-RJ. Comparisons were made between seedling communities located in artificial edges formed by two deforested corridors: power line and gas duct, in contrast with the interior of the forest, located at 400m from any edge. Permanent plots having 2x1m were placed in a stratified random manner within each 20x50m parcel. These parcels where evenly distributed between the localities, which had four parcels in each. Within the plots, all seedlings were tagged and measured (tall and stem diameter in base), from year 2000 to subsequent years (2001, 2004, 2005). It was observed seasonality of some events in the seedling bank on different seasons of the year (dry and rainy) in all localities. Interior presented higher seedling density and dynamics, due to high values of mortality and recruitment during the whole interval of the study. The forest edges were more susceptive to damage, due to high values of resprouting and the invasion of exotic species (Artocarpus heterophyllus Lam.). Moreover, it was found a major seedling growth and a high heterogeneity of the variables and parameters studied in these locations. Gas duct influenced the seedlings community more, because it presented a density reduction during all the study. Therefore, all observed results suggest that the seedling community is subjected to the edge effects, so that intensity and form can present a variation over time. Since there wasn¿t a neutralization of these effects, the results also indicate that the maintenance of artificial limits (GA and RE) locally perpetuate the edge effects on the seedlings of the Biological Reserve / Mestrado / Biologia Vegetal / Mestre em Biologia Vegetal
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