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Segmentos coronarianos sem obstrução angiográfica em indivíduos com doença aterosclerótica coronária: caracterização através do ultrassom intravascular com histologia virtual / Coronary segments without luminal stenosis by angiography in patients with atherosclerotic coronary disease: a comprehensive evaluation with intravascular ultrasound and virtual histologyGustavo Rique Morais 25 September 2015 (has links)
Introdução: Segmentos coronários com doença aterosclerótica manifesta podem coexistir no mesmo paciente com artérias normais à angiografia. Porém as características desses vasos angiograficamente normais permanecem pouco estudadas. O presente estudo visa a descrição in vivo, através do ultrassom intravascular com histologia virtual, da presença, grau de acometimento e composição da doença coronária aterosclerótica em artérias normais ou quase normais (irregularidades parietais) do ponto de vista angiográfico, em pacientes com doença coronária obstrutiva em outros territórios. Métodos: Pacientes com doença coronária obstrutiva foram selecionados de forma prospectiva e foram submetidos a estudo ultrassonográfico com histologia virtual de múltiplos vasos. Artérias epicárdicas principais foram classificadas em quatro grupos baseado na sua aparência angiográfica: 1) vasos completamente normais, 2) vasos com irregularidades parietais, 3) vasos com pelo menos uma estenose discreta, 4) vasos com pelo menos uma estenose moderada ou importante. Para os vasos com estenoses luminais (grupos 3 e 4 acima), apenas segmentos que não possuíam lesão maior ou igual a 30% (não obstrutivos) foram incluídos na análise. Resultados: Um total de 60 pacientes (154 vasos) foram incluídos no estudo. Vasos angiograficamente normais apresentaram menor carga de placa, menos componente necrótico, menor densidade de lesões e quase nenhuma placa com características de alto risco. Entretanto, em vasos com irregularidades parietais encontramos uma maior carga de placa com elevada densidade de lesões pelo ultrassom intravascular similar a segmentos \"não obstrutivos\" de vasos com estenoses luminais evidentes pela angiografia em outro ponto. Conclusão: Artérias coronárias completamente normais pela angiografia parecem apresentar pouca doença aterosclerótica. Entretanto, vasos com irregularidades parietais estão associados com um maior acometimento aterosclerótico e elevada densidade placas de alto risco, achado este que não pode ser rapidamente obtido com o uso apenas da angiografia coronária / Background: Extensively diseased arteries may co-exist, in the same patient, with coronary vessels with a normal appearance by angiography. Thus far, however, the characteristics of the latter remain poorly described. The present study aims to evaluate in vivo, using intravascular ultrasound (IVUS) with radiofrequency backscatter analysis (RF), the presence, degree, and composition of atherosclerosis in arteries with angiographically normal or near-normal appearance, in patients with diagnosed coronary disease in other territories. Methods: Patients with diagnosed obstructive coronary disease were prospectively selected and underwent protocol-mandated multi-vessel IVUS-RF. Major epicardial branches were classified into four groups based on their angiographic appearance: 1) completely normal-looking; 2) near-normal; 3) at least one mild stenosis; 4) at least one severe or moderate stenosis. For vessels with lumen stenosis (groups 3 and 4 above), only \"non-stenotic\" portions were included in the IVUS analysis. Results: A total of 60 patients (154 vessels) comprised the study population. Completely normal-looking vessels had lower plaque burden, lower necrotic component, lower density of lesions, and almost null high-risk plaques. Conversely, a nearnormal aspect, with only subtle lumen irregularities by angiography, was associated with increased disease burden, with an elevated density of plaques with high-risk features, similar to \"non-stenotic\" portions of vessels with obvious atherosclerosis elsewhere. Conclusions: Coronary vessels with a completely normal-looking appearance by angiography appear to have little atherosclerosis. Conversely, yet mild luminal irregularities by angiography are associated with increased disease burden and elevated density of high-risk plaques by IVUS, which cannot be readily assessable by angiography alone. Descriptors: angiography; atherosclerosis; coronary artery disease; plaque, atherosclerotic; ultrasonography, interventional; coronary vessels.Background: Extensively diseased arteries may co-exist, in the same patient, with coronary vessels with a normal appearance by angiography. Thus far, however, the characteristics of the latter remain poorly described. The present study aims to evaluate in vivo, using intravascular ultrasound (IVUS) with radiofrequency backscatter analysis (RF), the presence, degree, and composition of atherosclerosis in arteries with angiographically normal or near-normal appearance, in patients with diagnosed coronary disease in other territories. Methods: Patients with diagnosed obstructive coronary disease were prospectively selected and underwent protocol-mandated multi-vessel IVUS-RF. Major epicardial branches were classified into four groups based on their angiographic appearance: 1) completely normal-looking; 2) near-normal; 3) at least one mild stenosis; 4) at least one severe or moderate stenosis. For vessels with lumen stenosis (groups 3 and 4 above), only \"non-stenotic\" portions were included in the IVUS analysis. Results: A total of 60 patients (154 vessels) comprised the study population. Completely normal-looking vessels had lower plaque burden, lower necrotic component, lower density of lesions, and almost null high-risk plaques. Conversely, a nearnormal aspect, with only subtle lumen irregularities by angiography, was associated with increased disease burden, with an elevated density of plaques with high-risk features, similar to \"non-stenotic\" portions of vessels with obvious atherosclerosis elsewhere. Conclusions: Coronary vessels with a completely normal-looking appearance by angiography appear to have little atherosclerosis. Conversely, yet mild luminal irregularities by angiography are associated with increased disease burden and elevated density of high-risk plaques by IVUS, which cannot be readily assessable by angiography alone
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Influência da composição da placa aterosclerótica nos resultados da angioplastia com stent coronariano / Influence of atherosclerotic plaque composition on the results of coronary angioplasty with stent implantationGalon, Micheli Zanotti 07 December 2017 (has links)
Fundamentos: A caracterização precisa da interação da placa aterosclerótica no momento do implante do stent é crucial para o entendimento da complacência e da cicatrização vasculares. Objetivamos investigar se a composição da placa avaliada pela tomografia de coerência óptica (OCT), influencia as alterações agudas no procedimento índice do implante do stent e na cicatrização vascular no seguimento tardio. Métodos: Os pacientes tratados com um único tipo de stent eluidor de fármaco (cromo cobalto, eluidor de sirolimus e polímero bioabsorvível) foram incluídos prospectivamente, seguindo um protocolo com etapas de dilatações progressivas do vaso. As imagens de OCT sequenciais foram realizadas no procedimento índice (basal e a cada etapa do protocolo) e no seguimento tardio, co-registradas e analisadas a cada 0,6mm. A avaliação semiquantitativa da placa foi realizada dividindo-se secções transversas em 4 quadrantes, com cada quadrante rotulado de acordo com o seu componente mais prevalente (fibrótico, calcificado, lipídico, normal). A interação stent-vaso avaliada pela OCT foi utilizada como indicador substituto para lesão e cicatrização vasculares após o implante do stent. Resultados: Um total de 22 lesões (1stent/lesão) de 20 pacientes e 2298 seções transversas de OCT foram analisadas no procedimento índice. O reestudo com OCT foi realizado em 17 pacientes e 19 lesões (86%). O componente de placa predominante foi fibrótico (fibrótico = 46.84 ± 16%; lipídico = 17.63 ± 10.72%; calcificado = 4.63 ± 5.9%; normal = 29.16 ± 12.24; não analizável=1.74 ± 5.35%). Houve um aumento nas áreas da luz (10atm = 5.5 (4.5 - 7.4) mm2, 14-16atm = 6.0 (4.7 - 7.70) mm2, 20atm = 6.7 (5.5 - 8.2) mm2; P < 0.001) e do stent (10atm = 5.2 (4.3 - 7.0) mm2, 14-16atm = 5.7 (4.5 - 7.5) mm2, 20atm = 6.5 (5.3 - 7.9) mm2; P < 0.001), com um aumento na área do prolapso tecidual (10atm =0.09 (0.06 - 0.12) mm2, 14-16atm =0.10 (0.06 - 0.15) mm2, 20atm =0.15 (0.08 - 0.20) mm2; P < 0.01). Segmentos com muito tecido fibrocalcificado tiveram áreas luminais menores ao longo das etapas da intervenção. Por outro lado, placas com muito conteúdo lipídico ou vaso normal tiveram maiores ganhos nas medidas das áreas luminais mínimas ao longo das dilatações sequenciais. Além disso, placas com muito tecido fibrocalcificado no momento basal apresentaram menor crescimento neointimal no seguimento tardio, enquanto que o grau de conteúdo lipídico e de vaso normal não tiveram impacto sobre a formação do tecido neointimal. Os indicadores substitutos de lesão vascular após o implante do stent correlacionaram-se significativamente com o crescimento neointimal no seguimento tardio. Conclusões: A composição tecidual das placas subjacentes influencia significativamente o comportamento mecânico agudo e a longo prazo dos vasos coronarianos submetidos ao implante de stent. Além disso, a lesão vascular após o implante do stent está potencialmente ligada ao futuro crescimento neointimal no seguimento tardio / Background Accurate characterization of atherosclerotic plaque interaction during stent deployment is crucial to understand vascular compliance and healing. We sought to determine whether plaque composition assessed by optical coherence tomography (OCT), influences acute changes at index procedure and vascular healing at follow up. Methods Patients treated with a single drug-eluting stent type (cobalt chromium with bioabsorbable polymer eluting sirolimus stent) were prospectively included, following a pre-defined step-by-step progressive vessel dilatation. Sequential OCT imaging were performed at the index procedure (baseline and at each time point of the protocol) and at follow up, co-registered and analyzed every 0.6mm for quantitative measurements. Semi-quantitative plaque assessment was performed at baseline by dividing cross-sections into 4 quadrants, with each quadrant labeled according to its most prevalent component (fibrotic, calcific, lipid). OCT assessments of stent-vessel interactions were used as a surrogate for vessel injury and healing after stent implantation. Results A total of 22 lesions (1stent/lesion) of 20 patients and 2298 OCT crosssections were analyzed at the index procedure. For an average of 19.7 months (591.88 ± 60.52 days), 17 of the patients and 19 lesions (86%) underwent OCT imaging at follow up. The predominant percentage plaque component was fibrotic (fibrotic = 46.84 ± 16%; lipid = 17.63 ± 10.72%; calcific = 4.63 ± 5.9%; normal = 29.16 ± 12.24; non-analyzable = 1.74 ± 5.35%). There was an increase in lumen (10atm = 5.5 (4.5 - 7.4) mm2, 14-16atm = 6.0 (4.7 - 7.70) mm2, 20atm = 6.7 (5.5 - 8.2) mm2; P < 0.001) and stent (10atm = 5.2 (4.3 - 7.0) mm2, 14-16atm = 5.7 (4.5 - 7.5) mm2, 20atm = 6.5 (5.3 - 7.9) mm2; P < 0.001) areas, with an increase in tissue prolapse area (10atm =0.09 (0.06 - 0.12) mm2, 14-16atm =0.10 (0.06 - 0.15) mm2, 20atm =0.15 (0.08 - 0.20) mm2; P < 0.01). Segments with high fibrocalcific content tended to have decreased minimal luminal areas along the intervention time-points. Conversely, plaques with high lipid content had increased minimal luminal areas during sequential dilatations. Moreover, plaques with high fibrocalcific tissue at baseline had significantly smaller neointimal growth at follow-up, whereas the degree of lipid content or normal tri-layered vessel had no impact on neointimal formation. OCT surrogates of vessel injury after coronary stenting significantly correlated with neointimal growth at follow-up. Conclusions: Tissue composition of underlying plaques significantly influences the acute mechanical and the long-term behavior of coronary vessels undergoing stent implantation. In addition, vessel injury after coronary stenting is potentially linked to future neointimal growth at follow-up
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Frequência da doença arterial coronariara (DAC) e características das placas ateroscleróticas avaliadas pela angiotomografia computadorizada multislice em pacientes diabéticos tipo 2 assintomáticos relacionado ao controle glicêmi / Frequency of coronary artery disease (cad) and atherosclerotic plaque characteristics assessed by multislice computed angiotomography in asymptomatic type 2 diabetic patients related to glycemic controlTavares, Carlos Augusto Fernandes 18 June 2013 (has links)
O número de pacientes com diagnóstico de diabetes aumenta a cada dia. Infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC) constituem as principais causas de óbito neste grupo. Ruptura da placa aterosclerótica coronariana é o mecanismo fisiopatológico para (IAM) em 2 a cada 3 casos e as características destas placas mais vulneráveis e propensas a ruptura como:remodelamento positivo do segmento vascular afetado e placa não calcificada com baixa atenuação podem ser avaliadas pela Angiotomografia. Objetivo: Avaliar a frequência de doença arterial coronariana e as principais características de vulnerabilidade dessas placas ateroscleróticas em diabéticos assintomáticos considerando o grau de controle glicêmico através da Angiotomografia Computadorizada Multislice. Desenho do estudo e Métodos: 90 pacientes diabéticos tipo 2 assintomáticos, avaliados,entre junho de 2011 a setembro de 2012, entre 40 e 65 anos de idade, tempo de duração do diabetes inferior a 10 anos, submetidos a avaliação clínica, laboratorial e Angiotomografia Computadorizada de artérias coronárias com 320 colunas de detectores. Resultados: Dos 90 pacientes, 42,2% (n=38) apresentaram doença arterial coronariana a Angiotomo sendo n=11 no grupo A1c < 7% e n=27 no grupo A1c >=7% com diferença estatística (p=0,0006). 14 indivíduos apresentaram doença arterial coronariana significativa (obstrução do lúmen superior a 50%), n=3 no grupo A1c<7% e n=11 no A1c>=7% (p=0,02). O tipo de placa não calcificada predominou no grupo A1c>=7% (p=0,005) e 29% dos diabéticos com doença coronária apresentaram lesões ateroscleróticas classificadas como mais vulneráveis que predominaram no grupo A1c>=7% (p=0,04). Conclusão: O paciente diabético assintomático apresenta além de elevada frequência de doença arterial coronariana possui grande número de placas classificadas como vulneráveis pela Angiotomo e portanto predispostas a ruptura e evento coronariano agudo, principalmente no grupo A1c > =7% / The number of diabetic patients increase every day. Acute myocardial infarction (AMI) and Stroke are the leading causes of death in this group. Coronary atherosclerotic plaque rupture is the pathophysiologic mechanism for (AMI) in 2 every 3 cases and the characteristics of these plaques more vulnerable and prone to rupture as positive remodeling of the vascular segment affected and non-calcified plaque with low attenuation can be evaluated by Angiotomography. Objective: To evaluate the frequency of coronary artery disease and the main characteristics of these vulnerable atherosclerotic plaques in asymptomatic diabetic considering the degree of glycemic control by Multislice Computed Angiotomography. Study Design and Methods: 90 asymptomatic type 2 diabetic patients, evaluated between June 2011 and September 2012, between 40 and 65 years of age, duration of diabetes less than 10 years, underwent clinical, laboratory and Angiotomography Computed coronary arteries with 320 columns of detectors. Results: Of 90 patients, 42.2% (n = 38) had coronary artery disease being the Angiotomo n = 11 in group A1c <7% and n = 27 in group A1c> = 7% with statistical difference (p = 0.0006 ). 14 individuals showed significant coronary artery disease (obstruction of the lumen than 50%), n = 3 in the A1c <7% and n = 11 in A1c> = 7% (p = 0.02). The type of noncalcified plaque predominated in A1c> = 7% (p = 0.005) and 29% of diabetics with coronary disease showed atherosclerotic lesions classified as most vulnerable group that predominated in A1c> = 7% (p = 0.04) . Conclusion: Diabetic patients asymptomatic features besides high frequency of coronary artery disease has a large number of plaques classified as vulnerable by Angiotomo and therefore prone to rupture and acute coronary event, especially in the group A1c> = 7%
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Seguimento tardio de indivíduos com doença arterial coronária: ultrassom intravascular com histologia virtual para a avaliação das características constitucionais e evolutivas da aterosclerose coronária / Late outcomes of patients with coronary artery disease: intravascular ultrasound with virtual histology for the assessment of constitutional and follow-up features of coronary atherosclerosisFalcão, Breno de Alencar Araripe 28 August 2014 (has links)
Introdução: As modificações evolutivas e o impacto clínico da composição da aterosclerose coronária em pacientes sob prevenção secundária permanecem pouco conhecidos. O ultrassom intravascular com histologia virtual (VH-IVUS) permite caracterizar in vivo tais componentes. Os objetivos desse estudo foram avaliar o papel prognóstico da composição da aterosclerose da árvore coronária proximal, bem como descrever o comportamento dinâmico da placa, explorando a relação entre seus componentes e as alterações geométricas do vaso. Métodos: Conduziu-se um estudo prospectivo, observacional e unicêntrico, que incluiu pacientes encaminhados para intervenção coronária percutânea. Durante essa intervenção, realizou-se VH-IVUS tipo \"artéria inteira\" das três coronárias principais para mensurar os parâmetros geométricos do vaso (luz, membrana elástica externa, placa+média e volume percentual do ateroma) e os componentes das placas (fibrótico, fibrolipídico, núcleo necrótico e cálcio denso). Calculou-se o volume indexado de cada parâmetro por paciente, artéria e subsegmento arterial. Avaliou-se a influência dos volumes indexados da árvore coronária proximal (por paciente), sem considerar a categorização fenotípica das placas, na ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (MACE), definidos como óbito, infarto agudo do miocárdio e revascularização miocárdica não planejada, após 4 anos de seguimento. Em um subgrupo de pacientes, VH-IVUS volumétrico seriado foi realizado para estudar variações do ateroma nas artérias e em seus subsegmentos, testando correlações entre componentes da placa e variações geométricas do vaso. Resultados: Foram incluídos 67 pacientes com idade média de 58,9 ± 9,2 anos, 66% do sexo masculino, 42% diabéticos, 69% multiarteriais e 45% com síndrome coronária aguda recente. Obtiveram-se imagens de VH-IVUS para 255 artérias. As médias dos volumes indexados basais da árvore coronária proximal, em escala de cinza, foram: luz 8,8±2,5mm3/mm, membrana elástica externa 15,4±3,5mm3/mm e placa+média 6,6±2,0mm3/mm, com percentual de volume do ateroma de 42,8±8,9%. Quanto aos componentes do ateroma, predominou o fibrótico 2,1 ± 1,0mm3/mm (61,8 ± 6,6%), seguido por núcleo necrótico 0,6±0,4mm3/mm (16,6±6,7%), fibrolipídico 0,5±0,3mm3/mm (14,1±6,0%) e cálcio denso 0,3±0,2mm3/mm (7,6 ± 4,6%). Após 4,9 anos (intervalo interquartil: 4,5 - 5,1 anos) sob prevenção secundária, ocorreram MACE em 18 pacientes, a maioria por reestenose. Não houve correlação entre os volumes indexados basais da árvore coronária proximal e a ocorrência de MACE. VH-IVUS seriado, após 20,6 meses (intervalo interquartil: 9,1 - 23,8 meses), foi realizado em 52 pacientes. Nas artérias desses pacientes, houve redução no volume indexado de luz, redução no volume indexado de membrana elástica externa, sem alteração no volume indexado de placa+média ou no percentual de volume do ateroma. Modificações na composição da placa foram observadas, com incremento absoluto e relativo dos componentes cálcio denso (0,09±0,21mm3/mm p < 0,01; 2,2±7,1% p < 0,01) e núcleo necrótico (0,13±0,47mm3/mm p < 0,01; 3,0 ± 10,9% p < 0,01), redução relativa do componente fibrolipídico (-0,05 ± 0,81mm3/mm p=0,37; -3,7 ± 10,3% p < 0,01) sem variação do componente fibrótico (-0,04 ± 1,00mm3/mm p=0,62; -1,6 ± 13,3% p=0,12). Nos subsegmentos arteriais, a composição basal da placa correlacionou-se com a resposta de remodelamento do vaso. A quantidade total de volume indexado basal dos componentes não calcificados correlacionou-se positivamente com a resposta de remodelamento constrictiva do vaso, que ocorreu menos frequentemente em diabéticos e associou-se a maior incremento do componente cálcio denso durante a evolução. Conclusão: Em coronarianos sob prevenção secundária, a composição média da aterosclerose na árvore coronariana proximal não se associou a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores. O comportamento dinâmico do ateroma foi compatível com estabilização da doença, ocorrendo variação não significativa na quantidade de placa, redução luminal associada a remodelamento negativo do vaso e modificação nos constituintes da placa com desvio de um \"perfil fibrolipídico para um mais calcificado\". A quantidade basal de componentes não calcificados da placa modulou as alterações geométricas direcionadas para o remodelamento constrictivo do vaso / Background: Clinical impact of coronary atherosclerosis composition and their modifications related to secondary prevention remains not well known. Virtual histology intravascular ultrasound (VH-IVUS) allows in vivo characterization of atherosclerotic plaque components. The aim of this study was to evaluate the prognostic value of atherosclerotic plaque composition of proximal coronary tree and to describe the variations in atherosclerotic plaques, exploring the relations of theirs components with geometric modifications of the vessel. Methods: It was conducted a prospective observational single center study, including patients referred to percutaneous coronary intervention. During the interventional procedure, volumetric three vessel \"whole artery\" VH-IVUS was performed to measure geometric vessel (lumen, elastic external membrane, plaque+media, percent atheroma volume) and atheroma compositional parameters (fibrotic, fibrolipid, necrotic core, and dense calcium). It was computed the volumetric index of each parameter in patient, artery, and arterial subsegment level. It was tested the prediction value of the volumetric indexes of proximal coronary tree (patient level), disregarding the phenotypical categorization of plaques, in the occurrence of major adverse cardiac events (MACE) defined by death, acute myocardial infarction, and unplanned myocardial revascularization, after 4 years of follow-up. In a subgroup of patients, serial volumetric VH-IVUS was performed to evaluate the modifications of the atheroma in arteries and their subsegments, testing the correlations between plaque components and geometric variations of the vessel. Results: It was included 67 patients with mean age of 58.9 ± 9.2 yearsold, 66% male, 42% with diabetes, 69% with multivessel coronary disease, and 45% with recent acute coronary syndrome. VH-IVUS was obtained for 255 arteries. The average of volumetric indexes of proximal coronary tree was: lumen 8.8±2.5mm3/mm; elastic external membrane 15.4 ± 3.5mm3/mm; placa+media 6.6 ± 2.0mm3/mm and percent atheroma volume 42.8±8.9%. In terms of composition, the predominant component was fibrotic 2.1 ± 1,0mm3/mm (61.8 ± 6.6%), followed by necrotic core 0.6 ± 0.4mm3/mm (16.6 ± 6.7%), fibrolipid 0.5 ± 0.3mm3/mm (14.1 ± 6.0%) and dense calcium 0.3 ± 0.2mm3/mm (7.6 ± 4.6%). After a 4.9- year (interquartile interval: 4.5 - 5.1) follow-up, MACE occurred in 18 patients, mainly motivated by stent reestenosis. There was no correlation between baseline volumetric indexes of proximal coronary tree and the occurrence of MACE. Serial VH-IVUS, after 20.6 months (interquartile interval: 9.1 - 23.8 months), was performed in 52 patients. In arterial level, there was decrease in lumen index volume, reduction in elastic external membrane index volume, with no variation in placa+media index volume and percent atheroma volume. Changes in plaque composition were observed, with increase in absolute and relative dense calcium (0.09 ± 0.21mm3/mm p < 0.01; 2.2 ± 7.1% p < 0.01) and necrotic core (0.13 ± 0.47mm3/mm p < 0.01; 3.0 ± 10.9% p < 0.01), relative decrease in fibrolipid (-0.05 ± 0.81mm3/mm p=0.37; - 3.7 ± 10.3% p < 0.01), and no modification in fibrotic component (-0.04 ± 1.00mm3/mm p=0.62; -1.6 ± 13.3% p=0.12). In arterial subsegment level, baseline plaque composition correlated with remodeling response of the vessel. Total index volume of non-calcified plaque components positively correlated with a trend toward constrictive remodeling of the vessel, which occurred less frequently in diabetic patients and was associated with greater increase in dense calcium component. Conclusion: In patients with coronary artery disease treated with secondary prevention strategies, mean atherosclerotic plaque composition of the proximal coronary tree was not able to predict major adverse cardiac events. Dynamic behavior of atheroma in these patients was compatible with disease stabilization, related to quantitative plaque steadiness, lumen reduction associated with constrictive remodeling of the vessel, and modifications of plaque components with shifting from \"fibrolipid to more calcified profile\". Total non-calcified plaque components modulated geometric modifications toward constrictive remodeling of the vessel
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Tomografia computadorizada de placa carotídea: uma comparação com a histologia / Carotid Plaque Tomography: a histologic comparisonKuster, Gustavo Wruck 22 October 2015 (has links)
As características morfológicas da placa aterosclerótica têm sido sugeridas como componentes auxiliares à estenose, na avaliação de risco de acidente vascular cerebral (AVC), em pacientes com doença aterosclerótica carotídea sintomática. O objetivo desse estudo foi comparar as características da placa aterosclerótica de carótida pelo método de tomografia computadorizada com a análise histológica. Foram incluídos 19 pacientes com doença carotídea sintomática submetidos à TC de placa carotídea antes da realização de endarterectomia carotídea. Uma comparação sistemática entre a TC e a histologia foi realizada para determinar a correspondência entre os componentes da placa seguindo a classificação da \"American Heart Association\". Foi considerada placa vulnerável o tipo VI. A histologia foi realizada 5 (±2) dias após a TC. Os laudos (radiologia e patologia) foram comparados pelo investigador principal. Foi dosada a proteína C-Reativa (PCR) sérica e realizada avaliação do desempenho do PCR para detectar placa vulnerável, considerando como padrão-ouro o resultado da avaliação histológica. Foi avaliada a relação entre PCR e o tempo entre o evento e a cirurgia. Para tipo de placa aterosclerótica, foi encontrada uma acurácia de 84,2% (IC 95%: 82,8% a 85,6%), da tomografia em relação à histologia. A concordância para identificar ruptura de capa fibrosa com acurácia 94,7% (IC 95%: 94,2% a 95,3%), e, para calcificação, com acurácia 89.5% (IC 95%: 88,5% a 90,5%), foi considerada alta, e moderada para identificar hemorragia (68% acurácia). A concordância é moderada entre PCR de alto risco e placa vulnerável, e não há relação entre PCR, placa vulnerável e tempo de cirurgia. A tomografia de placa carotídea é um bom método não invasivo para detecção de vulnerabilidade da placa, identificação de ruptura de capa fibrosa e calcificação. Na nossa amostra, a concordância entre PCR alto risco e vulnerabilidade foi moderada, e não observamos relação entre vulnerabilidade, PCR e tempo entre o evento e a endarterectomia / Plaque morphologic characteristics have been suggested as an auxiliary component to luminal narrowing for assessing the risk of stroke associated with carotid atherosclerotic disease (CAD). The purpose of this study was to evaluate the ability of CT angiography (CTA) to categorize carotid artery atherosclerotic plaques (CAP) features in symptomatic patients submitted to endarterectomy according to the AHA histological classification. Nineteen patients with symptomatic CAD who underwent carotid CTA before endarterectomy were enrolled in a prospective study. A systematic comparison of CTA images with histological sections was performed to determine the CT attenuation associated with each component of the CAP. Histologic examination was performed 5 ± 2 days after the CTA. The neuroradiologist\'s reading of these analyses was compared with the histological slides interpretation performed by the same pathologist according to the CAP features following the AHA classification. The type VI plaque was considered as complicated. The two experts were blinded to each other\"s assessments. We performed C reactive Protein (CRP) and the CRP capacity to detect plaque vulnerability, considering histologic features as gold standard and the relation between CRP and time (event-surgery). There was an overall 84.2% (CI 95%: 82.8% a 85.6%), accuracy agreement in CAP classification between CTA and histological analysis. (Tab.1) The agreement between these two methods for the presence of calcification (Tab.2) in the CAP (accuracy 89.5%), and for categorizing the rupture of fibrous cap (accuracy 94,7), was excellent. (Tab. 3). CTA is not a good method to detect hemorrhage (Tab.4). High-risk CRP had moderate power to predict \"complicated plaque\" (Tab. 4) even as high risk CRP + CTA (Tab.5), There are No relation between CRP, complicated plaque and event to surgery delay. (Tab.6) CTA is a non-invasive tool that may help neurologists to categorize CAP features and potentially predict the risk of ischemic stroke in symptomatic CAD patients, and CRP could not be a good marker to complicated carotid plaque
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Frequência da doença arterial coronariara (DAC) e características das placas ateroscleróticas avaliadas pela angiotomografia computadorizada multislice em pacientes diabéticos tipo 2 assintomáticos relacionado ao controle glicêmi / Frequency of coronary artery disease (cad) and atherosclerotic plaque characteristics assessed by multislice computed angiotomography in asymptomatic type 2 diabetic patients related to glycemic controlCarlos Augusto Fernandes Tavares 18 June 2013 (has links)
O número de pacientes com diagnóstico de diabetes aumenta a cada dia. Infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC) constituem as principais causas de óbito neste grupo. Ruptura da placa aterosclerótica coronariana é o mecanismo fisiopatológico para (IAM) em 2 a cada 3 casos e as características destas placas mais vulneráveis e propensas a ruptura como:remodelamento positivo do segmento vascular afetado e placa não calcificada com baixa atenuação podem ser avaliadas pela Angiotomografia. Objetivo: Avaliar a frequência de doença arterial coronariana e as principais características de vulnerabilidade dessas placas ateroscleróticas em diabéticos assintomáticos considerando o grau de controle glicêmico através da Angiotomografia Computadorizada Multislice. Desenho do estudo e Métodos: 90 pacientes diabéticos tipo 2 assintomáticos, avaliados,entre junho de 2011 a setembro de 2012, entre 40 e 65 anos de idade, tempo de duração do diabetes inferior a 10 anos, submetidos a avaliação clínica, laboratorial e Angiotomografia Computadorizada de artérias coronárias com 320 colunas de detectores. Resultados: Dos 90 pacientes, 42,2% (n=38) apresentaram doença arterial coronariana a Angiotomo sendo n=11 no grupo A1c < 7% e n=27 no grupo A1c >=7% com diferença estatística (p=0,0006). 14 indivíduos apresentaram doença arterial coronariana significativa (obstrução do lúmen superior a 50%), n=3 no grupo A1c<7% e n=11 no A1c>=7% (p=0,02). O tipo de placa não calcificada predominou no grupo A1c>=7% (p=0,005) e 29% dos diabéticos com doença coronária apresentaram lesões ateroscleróticas classificadas como mais vulneráveis que predominaram no grupo A1c>=7% (p=0,04). Conclusão: O paciente diabético assintomático apresenta além de elevada frequência de doença arterial coronariana possui grande número de placas classificadas como vulneráveis pela Angiotomo e portanto predispostas a ruptura e evento coronariano agudo, principalmente no grupo A1c > =7% / The number of diabetic patients increase every day. Acute myocardial infarction (AMI) and Stroke are the leading causes of death in this group. Coronary atherosclerotic plaque rupture is the pathophysiologic mechanism for (AMI) in 2 every 3 cases and the characteristics of these plaques more vulnerable and prone to rupture as positive remodeling of the vascular segment affected and non-calcified plaque with low attenuation can be evaluated by Angiotomography. Objective: To evaluate the frequency of coronary artery disease and the main characteristics of these vulnerable atherosclerotic plaques in asymptomatic diabetic considering the degree of glycemic control by Multislice Computed Angiotomography. Study Design and Methods: 90 asymptomatic type 2 diabetic patients, evaluated between June 2011 and September 2012, between 40 and 65 years of age, duration of diabetes less than 10 years, underwent clinical, laboratory and Angiotomography Computed coronary arteries with 320 columns of detectors. Results: Of 90 patients, 42.2% (n = 38) had coronary artery disease being the Angiotomo n = 11 in group A1c <7% and n = 27 in group A1c> = 7% with statistical difference (p = 0.0006 ). 14 individuals showed significant coronary artery disease (obstruction of the lumen than 50%), n = 3 in the A1c <7% and n = 11 in A1c> = 7% (p = 0.02). The type of noncalcified plaque predominated in A1c> = 7% (p = 0.005) and 29% of diabetics with coronary disease showed atherosclerotic lesions classified as most vulnerable group that predominated in A1c> = 7% (p = 0.04) . Conclusion: Diabetic patients asymptomatic features besides high frequency of coronary artery disease has a large number of plaques classified as vulnerable by Angiotomo and therefore prone to rupture and acute coronary event, especially in the group A1c> = 7%
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Tomografia computadorizada de placa carotídea: uma comparação com a histologia / Carotid Plaque Tomography: a histologic comparisonGustavo Wruck Kuster 22 October 2015 (has links)
As características morfológicas da placa aterosclerótica têm sido sugeridas como componentes auxiliares à estenose, na avaliação de risco de acidente vascular cerebral (AVC), em pacientes com doença aterosclerótica carotídea sintomática. O objetivo desse estudo foi comparar as características da placa aterosclerótica de carótida pelo método de tomografia computadorizada com a análise histológica. Foram incluídos 19 pacientes com doença carotídea sintomática submetidos à TC de placa carotídea antes da realização de endarterectomia carotídea. Uma comparação sistemática entre a TC e a histologia foi realizada para determinar a correspondência entre os componentes da placa seguindo a classificação da \"American Heart Association\". Foi considerada placa vulnerável o tipo VI. A histologia foi realizada 5 (±2) dias após a TC. Os laudos (radiologia e patologia) foram comparados pelo investigador principal. Foi dosada a proteína C-Reativa (PCR) sérica e realizada avaliação do desempenho do PCR para detectar placa vulnerável, considerando como padrão-ouro o resultado da avaliação histológica. Foi avaliada a relação entre PCR e o tempo entre o evento e a cirurgia. Para tipo de placa aterosclerótica, foi encontrada uma acurácia de 84,2% (IC 95%: 82,8% a 85,6%), da tomografia em relação à histologia. A concordância para identificar ruptura de capa fibrosa com acurácia 94,7% (IC 95%: 94,2% a 95,3%), e, para calcificação, com acurácia 89.5% (IC 95%: 88,5% a 90,5%), foi considerada alta, e moderada para identificar hemorragia (68% acurácia). A concordância é moderada entre PCR de alto risco e placa vulnerável, e não há relação entre PCR, placa vulnerável e tempo de cirurgia. A tomografia de placa carotídea é um bom método não invasivo para detecção de vulnerabilidade da placa, identificação de ruptura de capa fibrosa e calcificação. Na nossa amostra, a concordância entre PCR alto risco e vulnerabilidade foi moderada, e não observamos relação entre vulnerabilidade, PCR e tempo entre o evento e a endarterectomia / Plaque morphologic characteristics have been suggested as an auxiliary component to luminal narrowing for assessing the risk of stroke associated with carotid atherosclerotic disease (CAD). The purpose of this study was to evaluate the ability of CT angiography (CTA) to categorize carotid artery atherosclerotic plaques (CAP) features in symptomatic patients submitted to endarterectomy according to the AHA histological classification. Nineteen patients with symptomatic CAD who underwent carotid CTA before endarterectomy were enrolled in a prospective study. A systematic comparison of CTA images with histological sections was performed to determine the CT attenuation associated with each component of the CAP. Histologic examination was performed 5 ± 2 days after the CTA. The neuroradiologist\'s reading of these analyses was compared with the histological slides interpretation performed by the same pathologist according to the CAP features following the AHA classification. The type VI plaque was considered as complicated. The two experts were blinded to each other\"s assessments. We performed C reactive Protein (CRP) and the CRP capacity to detect plaque vulnerability, considering histologic features as gold standard and the relation between CRP and time (event-surgery). There was an overall 84.2% (CI 95%: 82.8% a 85.6%), accuracy agreement in CAP classification between CTA and histological analysis. (Tab.1) The agreement between these two methods for the presence of calcification (Tab.2) in the CAP (accuracy 89.5%), and for categorizing the rupture of fibrous cap (accuracy 94,7), was excellent. (Tab. 3). CTA is not a good method to detect hemorrhage (Tab.4). High-risk CRP had moderate power to predict \"complicated plaque\" (Tab. 4) even as high risk CRP + CTA (Tab.5), There are No relation between CRP, complicated plaque and event to surgery delay. (Tab.6) CTA is a non-invasive tool that may help neurologists to categorize CAP features and potentially predict the risk of ischemic stroke in symptomatic CAD patients, and CRP could not be a good marker to complicated carotid plaque
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Seguimento tardio de indivíduos com doença arterial coronária: ultrassom intravascular com histologia virtual para a avaliação das características constitucionais e evolutivas da aterosclerose coronária / Late outcomes of patients with coronary artery disease: intravascular ultrasound with virtual histology for the assessment of constitutional and follow-up features of coronary atherosclerosisBreno de Alencar Araripe Falcão 28 August 2014 (has links)
Introdução: As modificações evolutivas e o impacto clínico da composição da aterosclerose coronária em pacientes sob prevenção secundária permanecem pouco conhecidos. O ultrassom intravascular com histologia virtual (VH-IVUS) permite caracterizar in vivo tais componentes. Os objetivos desse estudo foram avaliar o papel prognóstico da composição da aterosclerose da árvore coronária proximal, bem como descrever o comportamento dinâmico da placa, explorando a relação entre seus componentes e as alterações geométricas do vaso. Métodos: Conduziu-se um estudo prospectivo, observacional e unicêntrico, que incluiu pacientes encaminhados para intervenção coronária percutânea. Durante essa intervenção, realizou-se VH-IVUS tipo \"artéria inteira\" das três coronárias principais para mensurar os parâmetros geométricos do vaso (luz, membrana elástica externa, placa+média e volume percentual do ateroma) e os componentes das placas (fibrótico, fibrolipídico, núcleo necrótico e cálcio denso). Calculou-se o volume indexado de cada parâmetro por paciente, artéria e subsegmento arterial. Avaliou-se a influência dos volumes indexados da árvore coronária proximal (por paciente), sem considerar a categorização fenotípica das placas, na ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (MACE), definidos como óbito, infarto agudo do miocárdio e revascularização miocárdica não planejada, após 4 anos de seguimento. Em um subgrupo de pacientes, VH-IVUS volumétrico seriado foi realizado para estudar variações do ateroma nas artérias e em seus subsegmentos, testando correlações entre componentes da placa e variações geométricas do vaso. Resultados: Foram incluídos 67 pacientes com idade média de 58,9 ± 9,2 anos, 66% do sexo masculino, 42% diabéticos, 69% multiarteriais e 45% com síndrome coronária aguda recente. Obtiveram-se imagens de VH-IVUS para 255 artérias. As médias dos volumes indexados basais da árvore coronária proximal, em escala de cinza, foram: luz 8,8±2,5mm3/mm, membrana elástica externa 15,4±3,5mm3/mm e placa+média 6,6±2,0mm3/mm, com percentual de volume do ateroma de 42,8±8,9%. Quanto aos componentes do ateroma, predominou o fibrótico 2,1 ± 1,0mm3/mm (61,8 ± 6,6%), seguido por núcleo necrótico 0,6±0,4mm3/mm (16,6±6,7%), fibrolipídico 0,5±0,3mm3/mm (14,1±6,0%) e cálcio denso 0,3±0,2mm3/mm (7,6 ± 4,6%). Após 4,9 anos (intervalo interquartil: 4,5 - 5,1 anos) sob prevenção secundária, ocorreram MACE em 18 pacientes, a maioria por reestenose. Não houve correlação entre os volumes indexados basais da árvore coronária proximal e a ocorrência de MACE. VH-IVUS seriado, após 20,6 meses (intervalo interquartil: 9,1 - 23,8 meses), foi realizado em 52 pacientes. Nas artérias desses pacientes, houve redução no volume indexado de luz, redução no volume indexado de membrana elástica externa, sem alteração no volume indexado de placa+média ou no percentual de volume do ateroma. Modificações na composição da placa foram observadas, com incremento absoluto e relativo dos componentes cálcio denso (0,09±0,21mm3/mm p < 0,01; 2,2±7,1% p < 0,01) e núcleo necrótico (0,13±0,47mm3/mm p < 0,01; 3,0 ± 10,9% p < 0,01), redução relativa do componente fibrolipídico (-0,05 ± 0,81mm3/mm p=0,37; -3,7 ± 10,3% p < 0,01) sem variação do componente fibrótico (-0,04 ± 1,00mm3/mm p=0,62; -1,6 ± 13,3% p=0,12). Nos subsegmentos arteriais, a composição basal da placa correlacionou-se com a resposta de remodelamento do vaso. A quantidade total de volume indexado basal dos componentes não calcificados correlacionou-se positivamente com a resposta de remodelamento constrictiva do vaso, que ocorreu menos frequentemente em diabéticos e associou-se a maior incremento do componente cálcio denso durante a evolução. Conclusão: Em coronarianos sob prevenção secundária, a composição média da aterosclerose na árvore coronariana proximal não se associou a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores. O comportamento dinâmico do ateroma foi compatível com estabilização da doença, ocorrendo variação não significativa na quantidade de placa, redução luminal associada a remodelamento negativo do vaso e modificação nos constituintes da placa com desvio de um \"perfil fibrolipídico para um mais calcificado\". A quantidade basal de componentes não calcificados da placa modulou as alterações geométricas direcionadas para o remodelamento constrictivo do vaso / Background: Clinical impact of coronary atherosclerosis composition and their modifications related to secondary prevention remains not well known. Virtual histology intravascular ultrasound (VH-IVUS) allows in vivo characterization of atherosclerotic plaque components. The aim of this study was to evaluate the prognostic value of atherosclerotic plaque composition of proximal coronary tree and to describe the variations in atherosclerotic plaques, exploring the relations of theirs components with geometric modifications of the vessel. Methods: It was conducted a prospective observational single center study, including patients referred to percutaneous coronary intervention. During the interventional procedure, volumetric three vessel \"whole artery\" VH-IVUS was performed to measure geometric vessel (lumen, elastic external membrane, plaque+media, percent atheroma volume) and atheroma compositional parameters (fibrotic, fibrolipid, necrotic core, and dense calcium). It was computed the volumetric index of each parameter in patient, artery, and arterial subsegment level. It was tested the prediction value of the volumetric indexes of proximal coronary tree (patient level), disregarding the phenotypical categorization of plaques, in the occurrence of major adverse cardiac events (MACE) defined by death, acute myocardial infarction, and unplanned myocardial revascularization, after 4 years of follow-up. In a subgroup of patients, serial volumetric VH-IVUS was performed to evaluate the modifications of the atheroma in arteries and their subsegments, testing the correlations between plaque components and geometric variations of the vessel. Results: It was included 67 patients with mean age of 58.9 ± 9.2 yearsold, 66% male, 42% with diabetes, 69% with multivessel coronary disease, and 45% with recent acute coronary syndrome. VH-IVUS was obtained for 255 arteries. The average of volumetric indexes of proximal coronary tree was: lumen 8.8±2.5mm3/mm; elastic external membrane 15.4 ± 3.5mm3/mm; placa+media 6.6 ± 2.0mm3/mm and percent atheroma volume 42.8±8.9%. In terms of composition, the predominant component was fibrotic 2.1 ± 1,0mm3/mm (61.8 ± 6.6%), followed by necrotic core 0.6 ± 0.4mm3/mm (16.6 ± 6.7%), fibrolipid 0.5 ± 0.3mm3/mm (14.1 ± 6.0%) and dense calcium 0.3 ± 0.2mm3/mm (7.6 ± 4.6%). After a 4.9- year (interquartile interval: 4.5 - 5.1) follow-up, MACE occurred in 18 patients, mainly motivated by stent reestenosis. There was no correlation between baseline volumetric indexes of proximal coronary tree and the occurrence of MACE. Serial VH-IVUS, after 20.6 months (interquartile interval: 9.1 - 23.8 months), was performed in 52 patients. In arterial level, there was decrease in lumen index volume, reduction in elastic external membrane index volume, with no variation in placa+media index volume and percent atheroma volume. Changes in plaque composition were observed, with increase in absolute and relative dense calcium (0.09 ± 0.21mm3/mm p < 0.01; 2.2 ± 7.1% p < 0.01) and necrotic core (0.13 ± 0.47mm3/mm p < 0.01; 3.0 ± 10.9% p < 0.01), relative decrease in fibrolipid (-0.05 ± 0.81mm3/mm p=0.37; - 3.7 ± 10.3% p < 0.01), and no modification in fibrotic component (-0.04 ± 1.00mm3/mm p=0.62; -1.6 ± 13.3% p=0.12). In arterial subsegment level, baseline plaque composition correlated with remodeling response of the vessel. Total index volume of non-calcified plaque components positively correlated with a trend toward constrictive remodeling of the vessel, which occurred less frequently in diabetic patients and was associated with greater increase in dense calcium component. Conclusion: In patients with coronary artery disease treated with secondary prevention strategies, mean atherosclerotic plaque composition of the proximal coronary tree was not able to predict major adverse cardiac events. Dynamic behavior of atheroma in these patients was compatible with disease stabilization, related to quantitative plaque steadiness, lumen reduction associated with constrictive remodeling of the vessel, and modifications of plaque components with shifting from \"fibrolipid to more calcified profile\". Total non-calcified plaque components modulated geometric modifications toward constrictive remodeling of the vessel
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Influência da composição da placa aterosclerótica nos resultados da angioplastia com stent coronariano / Influence of atherosclerotic plaque composition on the results of coronary angioplasty with stent implantationMicheli Zanotti Galon 07 December 2017 (has links)
Fundamentos: A caracterização precisa da interação da placa aterosclerótica no momento do implante do stent é crucial para o entendimento da complacência e da cicatrização vasculares. Objetivamos investigar se a composição da placa avaliada pela tomografia de coerência óptica (OCT), influencia as alterações agudas no procedimento índice do implante do stent e na cicatrização vascular no seguimento tardio. Métodos: Os pacientes tratados com um único tipo de stent eluidor de fármaco (cromo cobalto, eluidor de sirolimus e polímero bioabsorvível) foram incluídos prospectivamente, seguindo um protocolo com etapas de dilatações progressivas do vaso. As imagens de OCT sequenciais foram realizadas no procedimento índice (basal e a cada etapa do protocolo) e no seguimento tardio, co-registradas e analisadas a cada 0,6mm. A avaliação semiquantitativa da placa foi realizada dividindo-se secções transversas em 4 quadrantes, com cada quadrante rotulado de acordo com o seu componente mais prevalente (fibrótico, calcificado, lipídico, normal). A interação stent-vaso avaliada pela OCT foi utilizada como indicador substituto para lesão e cicatrização vasculares após o implante do stent. Resultados: Um total de 22 lesões (1stent/lesão) de 20 pacientes e 2298 seções transversas de OCT foram analisadas no procedimento índice. O reestudo com OCT foi realizado em 17 pacientes e 19 lesões (86%). O componente de placa predominante foi fibrótico (fibrótico = 46.84 ± 16%; lipídico = 17.63 ± 10.72%; calcificado = 4.63 ± 5.9%; normal = 29.16 ± 12.24; não analizável=1.74 ± 5.35%). Houve um aumento nas áreas da luz (10atm = 5.5 (4.5 - 7.4) mm2, 14-16atm = 6.0 (4.7 - 7.70) mm2, 20atm = 6.7 (5.5 - 8.2) mm2; P < 0.001) e do stent (10atm = 5.2 (4.3 - 7.0) mm2, 14-16atm = 5.7 (4.5 - 7.5) mm2, 20atm = 6.5 (5.3 - 7.9) mm2; P < 0.001), com um aumento na área do prolapso tecidual (10atm =0.09 (0.06 - 0.12) mm2, 14-16atm =0.10 (0.06 - 0.15) mm2, 20atm =0.15 (0.08 - 0.20) mm2; P < 0.01). Segmentos com muito tecido fibrocalcificado tiveram áreas luminais menores ao longo das etapas da intervenção. Por outro lado, placas com muito conteúdo lipídico ou vaso normal tiveram maiores ganhos nas medidas das áreas luminais mínimas ao longo das dilatações sequenciais. Além disso, placas com muito tecido fibrocalcificado no momento basal apresentaram menor crescimento neointimal no seguimento tardio, enquanto que o grau de conteúdo lipídico e de vaso normal não tiveram impacto sobre a formação do tecido neointimal. Os indicadores substitutos de lesão vascular após o implante do stent correlacionaram-se significativamente com o crescimento neointimal no seguimento tardio. Conclusões: A composição tecidual das placas subjacentes influencia significativamente o comportamento mecânico agudo e a longo prazo dos vasos coronarianos submetidos ao implante de stent. Além disso, a lesão vascular após o implante do stent está potencialmente ligada ao futuro crescimento neointimal no seguimento tardio / Background Accurate characterization of atherosclerotic plaque interaction during stent deployment is crucial to understand vascular compliance and healing. We sought to determine whether plaque composition assessed by optical coherence tomography (OCT), influences acute changes at index procedure and vascular healing at follow up. Methods Patients treated with a single drug-eluting stent type (cobalt chromium with bioabsorbable polymer eluting sirolimus stent) were prospectively included, following a pre-defined step-by-step progressive vessel dilatation. Sequential OCT imaging were performed at the index procedure (baseline and at each time point of the protocol) and at follow up, co-registered and analyzed every 0.6mm for quantitative measurements. Semi-quantitative plaque assessment was performed at baseline by dividing cross-sections into 4 quadrants, with each quadrant labeled according to its most prevalent component (fibrotic, calcific, lipid). OCT assessments of stent-vessel interactions were used as a surrogate for vessel injury and healing after stent implantation. Results A total of 22 lesions (1stent/lesion) of 20 patients and 2298 OCT crosssections were analyzed at the index procedure. For an average of 19.7 months (591.88 ± 60.52 days), 17 of the patients and 19 lesions (86%) underwent OCT imaging at follow up. The predominant percentage plaque component was fibrotic (fibrotic = 46.84 ± 16%; lipid = 17.63 ± 10.72%; calcific = 4.63 ± 5.9%; normal = 29.16 ± 12.24; non-analyzable = 1.74 ± 5.35%). There was an increase in lumen (10atm = 5.5 (4.5 - 7.4) mm2, 14-16atm = 6.0 (4.7 - 7.70) mm2, 20atm = 6.7 (5.5 - 8.2) mm2; P < 0.001) and stent (10atm = 5.2 (4.3 - 7.0) mm2, 14-16atm = 5.7 (4.5 - 7.5) mm2, 20atm = 6.5 (5.3 - 7.9) mm2; P < 0.001) areas, with an increase in tissue prolapse area (10atm =0.09 (0.06 - 0.12) mm2, 14-16atm =0.10 (0.06 - 0.15) mm2, 20atm =0.15 (0.08 - 0.20) mm2; P < 0.01). Segments with high fibrocalcific content tended to have decreased minimal luminal areas along the intervention time-points. Conversely, plaques with high lipid content had increased minimal luminal areas during sequential dilatations. Moreover, plaques with high fibrocalcific tissue at baseline had significantly smaller neointimal growth at follow-up, whereas the degree of lipid content or normal tri-layered vessel had no impact on neointimal formation. OCT surrogates of vessel injury after coronary stenting significantly correlated with neointimal growth at follow-up. Conclusions: Tissue composition of underlying plaques significantly influences the acute mechanical and the long-term behavior of coronary vessels undergoing stent implantation. In addition, vessel injury after coronary stenting is potentially linked to future neointimal growth at follow-up
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