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Alternativas para indução da ovulação e do estro em novilhas de corte peripúberes / Alternatives to estrus and ovulation induction in peripubertal beef heifersAzeredo, Diego Moreira de January 2008 (has links)
O experimento 1 verificou o efeito de um protocolo de indução e sincronização de estros em novilhas sobre a cronologia das parições e a repetição de crias como primíparas. 194 novilhas Hereford e Braford foram divididas em 2 grupos: Tratamento, submetido a um protocolo misto de observação e sincronização de estros e inseminação artificial a tempo fixo (IATF); e Controle, submetido ao manejo convencional de inseminação artificial (IA). Ambos grupos foram submetidos a repasse por touros. O Experimento 2 avaliou o efeito de um pré-tratamento com norgestomet (NOR), prévio a um protocolo de sincronização para IATF em novilhas, sobre as taxas de prenhez, assim como os efeitos de características relacionadas com a reprodução. 74 novilhas Angus e cruzas, 18 e 24 meses de idade, com peso médio de 276 kg, condição corporal (CC) mínima de 3 (1-5) e avaliadas por ultra-som para o status ovariano, onde utilizaram-se somente novilhas 2 e 3 (1-3). Pesagens a cada 30 dias, desde os 60 dias anteriores aos serviços. Coletado sangue para dosagem de progesterona. Os animais foram divididos em 2 grupos: Tratamento, que recebeu um implante com 6 mg de NOR, na orelha direita, permanecendo por 14 dias; e Controle, que não recebeu implante. Dez dias após a retirada dos implantes, todas as novilhas foram a um protocolo para IATF, com uma injeção de GnRH, 7 dias depois uma aplicação de prostaglandina (PGF) e 48 horas mais tarde, as IATF e outra aplicação de GnRH. Quatorze dias após iniciou-se repasse com 2 touros, por mais 45 dias. O Experimento 3 avaliou o efeito da suplementação com progestágeno (acetato de medroxi-progesterona; MAP) ou progesterona, anteriormente a um protocolo para IATF, e verificou o efeito de características associadas à reprodução de novilhas, e de distintos manejos alimentares sobre as taxas de prenhez. Utilizaram-se 102 novilhas Angus, cruzas Angus e Braford, 22-24 meses, peso médio 241 kg e CC mínima de 2,5. Pesagens a cada 30 dias, a partir dos 60 dias anteriores aos serviços e ultra-som para o status ovariano (1-3). Quarenta e cinco dias antes da estação foram divididas em 2 grupos, Sem Suplementação, com 27 novilhas exclusivamente sobre pastagem natural, e Com Suplementação, com 75 novilhas consumindo 1% do peso em concentrado. Coletas de sangue para dosagem de progesterona. Grupos novamente divididos em 3, para receber dispositivo com progesterona, ou uma esponja intravaginal com MAP, ambos por 10 dias. O grupo Controle não recebeu nenhum tratamento. Na retirada dos implantes, todas as novilhas receberam PGF, e 4 dias depois, foram a um protocolo para IATF, com 2 mg de benzoato de estradiol na colocação de uma esponja com MAP. Sete dias depois, a esponja foi retirada, sendo aplicada PGF, seguindo-se nova aplicação de BE 24 horas depois, e IATF 52-56 horas após a PGF. Observação de estros 2 vezes por dia, desde a PGF até a IATF. Passados 14 dias, iniciou repasse por 4 touros, durante 45 dias. O Experimento 4 avaliou o efeito da suplementação de novilhas de corte com gammaorizanol, sobre o desempenho reprodutivo, assim como o efeito de outras características sobre a reprodução. Utilizaram-se 84 novilhas Angus, Hereford, Braford e Angus x Hereford, com 24 meses, peso médio de 283 kg e CC ≥ 3. Pesagens a cada 30 dias, desde 60 dias antes até o início dos serviços, coletas de sangue para dosagem de progesterona. Duas avaliações da espessura de gordura subcutânea, sobre a região P8 por ultra-som, com intervalo de 30 dias. Animais foram divididos em 2 grupos: Tratamento, que recebeu desde 45 dias antes até o início da estação reprodutiva, 150 ml/dia de gamma-orizanol junto à 1 kg de concentrado; e Controle, com 150 ml/dia de melaço, junto à 1 kg do mesmo concentrado. Observações de estros 2 vezes/dia e IA. Dez dias após aplicou-se PGF a todas ainda não observadas em estro, prosseguindo-se a observação e IA por mais 25 dias. Após, repasse por 2 touros por 45 dias. Diagnósticos de gestação por ultra-som, 30 dias após as IATF ou IA, e novamente, 30 dias depois de retirados os touros. No experimento 1, a porcentagem de prenhez na primeira estação reprodutiva foi semelhante para os 2 grupos. Entretanto, a repetição de crias nas primíparas do grupo Tratamento foi significativamente maior. No Experimento 2, não foram observadas diferenças entre as taxas de prenhez à IATF e final, e conforme a idade e o status ovariano. No Experimento 3, taxas de estro superiores para o grupo Progesterona em relação ao Progestágeno e Controle. Entretanto, taxas de prenhez semelhantes entre os grupos. Foi encontrada diferença entre o peso 24 dias antes dos serviços, para as novilhas que emprenharam em relação às que permaneceram vazias e para os pesos das novilhas ao final da temporada. As novilhas com status ovariano 2 e 3 foram mais pesadas em relação ao 1, mas as taxas de prenhez não diferiram com o status ovariano. O concentrado proporcionou superior GMD para o grupo Com Suplementação, mas sem diferenças para as taxas de prenhez. No Experimento 4, taxas de prenhez semelhantes para Tratamento e Controle. Novilhas prenhas foram as que acumularam maior quantidade de gordura na região P8. Concluindo, o manejo com sincronização de estros e IATF na primeira estação reprodutiva em novilhas, apesar de apresentar índices idênticos de prenhez ao final da temporada, proporcionou diferença significativa nos índices de prenhez na segunda estação. O pré-tratamento com norgestomet não proporcionou superiores taxas de prenhez em novilhas. Da mesma forma, o priming com progesterona ou MAP, não proporcionou taxas de prenhez superiores, assim como a utilização de suplementação alimentar. O peso corporal antes ou dos serviços, foi superior para as novilhas que emprenharam. Novilhas com status ovariano 2 e 3, foram mais pesadas. O fornecimento de gamma-orizanol não proporcionou superiores taxas de prenhez ou peso corporal, entretanto, novilhas que resultaram prenhas, acumularam maior quantidade de gordura antes da estação reprodutiva. / Experiment 1 verified the effect of an estrus synchronization protocol in heifers on parturition chronology and primiparous reproductive performance. 194 Hereford and Braford heifers were divided into 2 groups: Treatment group, submitted to an estrus observation and synchronization to fixed-time artificial insemination (FTAI) protocol; and Control group, submitted to a conventional artificial insemination (AI) management. All groups were submitted to a bull’s clean-up period. Experiment 2 evaluated the norgestomet (NOR) priming effect, before a fixed-time artificial insemination protocol (FTAI) in heifers, on pregnancy rates, as well as the effects of reproductive related characteristics. 74 Angus and cross-bred heifers, 18 and 24 months old, with 276 kg of body weight, body condition score (BCS) minimum of 3 (1- 5), and ovarian status evaluated by US. Only the 2 or 3 class heifers were used (1-3). Heifers were weighted at 30 days intervals, starting 60 days before the reproductive period. Blood was collected for progesterone assay. Heifers were divided in 2 groups: Treatment group, that received an ear implant with 6 mg of NOR, in the right ear, removing it 14 days after; and Control group, did not receive the implant. Ten days after the implants removal, all heifers were submitted to FTAI protocol, which including a GnRH i.m. injection, 7 days after the prostaglandin (PGF) aplication, and 48 hours later, FTAI and a second GnRH injection. Fourteen days later, started a clean-up period with 2 bulls, for 45 days more. Experiment 3 evaluated the progestin (medroxiprogesterone acetate; MAP) or progesterone suplementation effect, before a FTAI protocol, and evaluated the effects of reproductive associated characteristics in heifers, and feeding managements over pregnancy rates. 102 Angus, cross-bred Angus and Braford heifers, 22-24 months old were used, with an average body weight of 241 kg, and a minimum BCS of 2,5. Heifers were weighted at 30 days intervals, starting 60 days before the breeding period and an ecography was performed to evaluate ovarian status. Fourty five days before the season, heifers were divided into 2 groups. Without Suplementation group, with 27 heifers, only over natural pastures, and With Suplementation group, with 75 heifers receiving suplementation (72% TDN and 15% GP) about 1% body weight. Blood was collected for progesterone assay. Groups were again divided into 3, to receive a progesterone device or an intravaginal MAP sponge, for 10 days. The Control group, not received the treatment. At the implants removal, all heifers received PGF, and 4 days later were submitted to a FTAI protocol, with 2 mg estradiol benzoate with an intravaginal MAP sponge aplication. Seven days later, the sponge was removed, and PGF was injected, with a new EB injection, 24 hours later, and FTAI 52-56 hours after PGF. Estrus was observed from PGF injection to FTAI. A clean-up period started 14 days after with 4 bulls, for more 45 days. Experiment 4 evaluated the gamma-orizanol suplementation effects and other reproductive associated characteristics on fertility of beef heifers. 84 Angus, Angus x Hereford, Hereford and Braford heifers, 24 months old were used, with an average body weight of 283 kg and BCS ≥ 3. Heifers were weighted at 30 days intervals, to register ADG, and blood samples were collected for progesterone assay. Two subcutaneous fat thickness ecographic evaluations were performed at P8 region, with a 30 days interval. Animals were divided into 2 groups: Treatment group, that received 150 ml/day of gammaorizanol with 1 kg of concentrate since 45 days before the reproductive season start ; and Control group, with 150 ml/day of molasses with 1 kg of concentrate during the same period. Estrus control was done twice for day with AI of estrous heifers. Ten days later PGF was applied to all heifers that did not show estrus. The AI management continued for 25 days. In sequence, a clean-up period with 2 bulls was performed for 45 days. Gestational diagnostics by ecography at 30 days after FTAI, and again at 30 days after bulls removal. In experiment 1, pregnancy rates were similar between groups after first reproductive season. However, the repetition of Treatment group was significantly higher. In Experiment 2, were not observed differences between groups in FTAI and final pregnancy rates, without differences for age or ovarian status In Experiment 3, Progesterone group presented the higher estrus rates than Progestin and Control groups. However, were not observed differences in pregnancy rates among the groups. At the same experiment, difference on weights before mating was found between the heifers that became pregnant compared to heifers that stayed non pregnant. Heifers with ovarian status 2 and 3 had higher average weight than heifers with status 1. The suplementation enhanced ADG in the With Suplementation group, but it did not produce differences on pregnancy rates. In Experiment 4, pregnancy rates were similar between groups. Heifers which became pregnant acumulated more fat amount in P8 region, during the treatment period. In conclusion, the first breeding season management with synchronization to FTAI in heifers, since being presented identical final pregnancy rates, produced signifficative differences on pregnancy rates in the second breeding season. The priming with norgestomet did not enhance pregnancy rates in beef heifers, as well the progesterone or progestin primings and the different feeding managements. Heifers with ovarian status 2 and 3, had higher body weights. Gamma-orizanol supplementation did not enhanced pregnancy rates, ADG neither body weight. Heifers that became pregnant, acumulated more fat amount on P8 region before the reproductive season.
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Utilização de progesterona injetável de longa ação no manejo reprodutivo de fêmeas bovinas de corte / Use of long-acting progesterone on reproductive management of beef cowsRocha, Dimas Corrêa January 2011 (has links)
O objetivo deste estudo foi determinar a farmacocinética de uma solução injetável de progesterona concentrada de longa ação. A partir deste conhecimento, elaborar novos experimentos para testar a funcionalidade do produto em protocolos de sincronização de estro e posteriormente avaliar seus efeitos na esfera reprodutiva da fêmea bovina. O experimento 1 determinou a concentração de progesterona plasmática ao longo do tempo a partir do tratamento com uma solução injetável de progesterona concentrada de longa ação (MAD4®), variando a dose e a via de administração, no sentido de demonstrar a farmacocinética do produto. Foram utilizadas 08 vacas Braford ovariectomizadas. A concentração de progesterona utilizada nos tratamentos 1 e 2 foi 250mg por via IM e SC. No tratamento 3 utilizou-se dose de 375mg de progesterona SC. O experimento 2 analisou o efeito de um tratamento hormonal com progesterona em vacas de corte em anestro pós-parto, avaliando a dinâmica folicular, níveis plasmáticos de progesterona e taxa de prenhez final. Foram utilizadas 09 vacas Braford. O grupo controle (n=4) recebeu no dia 0 estradiol 2mg IM e 7 dias depois PGF2alfa. O grupo tratamento (n=5) recebeu o mesmo protocolo com a adição de 250mg SC de progesterona no dia 0. Todas as vacas foram entouradas a partir do dia 7. O experimento 3 avaliou a sincronização de estros e a taxa de prenhez em novilhas de corte previamente tratadas com progesterona, estradiol e prostaglandina. Utilizou-se 36 novilhas, da raça Braford. O primeiro grupo T1 (n=16), no dia 0, recebeu 2mg de estradiol IM e 125mg de progesterona IM e 7 dias depois, uma aplicação de PGF2alfa. O segundo grupo T2 (n=20), recebeu o mesmo tratamento, sendo que, no dia 0, a aplicação de 375mg SC. As novilhas foram submetidas à inseminação convencional por 5 dias após aplicação de PGF2alfa e depois repassadas com touros. O experimento 4 avaliou a taxa de prenhez em vacas de corte com cria ao pé em anestro previamente tratadas com progesterona, estradiol e prostaglandina. Utilizou-se 140 vacas Angus e 128 Braford, com 30 a 60 dias pós-parto. O grupo controle (n=136) foi colocado com touros por um período de 60 dias. O grupo tratamento, no dia 0, recebeu estradiol 2mg IM e 250mg de progesterona injetável SC, sendo que após 2 dias foram colocadas com touros por um período de 58 dias. No experimento 1, o T1 250mg IM, T2 250mg SC e o T3 375mg SC atingiram o pico de progesterona as 12hs (2,48±2,05), 24hs (3,23±2,15) e 24hs (4,98±0,57) respectivamente, mantendo níveis superiores a 1ng/ml até 24hs, 96hs e >192hs, respectivamente. No experimento 2, no dia 9 o diâmetro médio dos folículos do grupo tratamento foi maior numéricamente quando comparado ao grupo controle (9,84mm vs. 8,03mm, respectivamente), os níveis de progesterona no grupo tratamento (7,94±5,29 ng/ml) tenderam a ser maiores do que no grupo controle (1,73±2,04ng/ml), ao final do experimento (P<0,06), a taxa de prenhez foi de 80% e 25% para tratamento e controle. No experimento 3, a taxa de manifestação de estro foi maior no tratamento 1 quando comparada ao tratamento 2 (93,2 vs. 20,0%, respectivamente), P<0,05. A prenhez final foi semelhante entre os grupos. No experimento 4, avaliando os períodos de monta, houve aos 40 dias uma maior prenhez no grupo tratamento (P<0,05). A taxa de prenhez ao final da temporada de monta foi maior no grupo tratamento comparado ao grupo controle, P<0,05 (51,52 vs. 29,41 %, respectivamente). Concluindo, doses e vias diferentes apresentaram concentrações plasmáticas diferentes em alguns momentos, caracterizando cada via de administração e doses utilizadas. O diâmetro folicular, os níveis plasmáticos de progesterona e prenhez final aumentaram numericamente após tratamento de progesterona e estradiol em vacas de corte em anestro pós-parto. O tratamento de novilhas com progesterona na dose de 375mg SC foi capaz de bloquear a manifestação de estro, não sendo indicada para este tipo de sincronização. Por outro lado, a sincronização de estros com 125mg IM de progesterona associada ao estradiol e PGF2alfa foi eficiente. A taxa de prenhez final não foi afetada pelas doses de progesterona. O tratamento de vacas de corte com cria ao pé com progesterona injetável de longa ação na dose de 250mg via SC associado ao estradiol foi capaz de antecipar as concepções e aumentar a taxa de prenhez final. / This study aimed to determine the pharmacokinetics of a long-action progesterone. To assist on new experiments testing the product on oestrus synchronization and analyzing the effects on breeding beef cattle. Experiment 1 verified serum progesterone concentration in ovariectomised cows to determine pharmacokinetics of MAD-4 ® product. A group of 08 Braford cows received 250 mg of progesterone by different routes of administration: intramuscular (treatment 1) or subcutaneous (treatment 2). In treatment 3, 375mg of progesterone was administered SC. Experiment 2 identified the effect of a hormone treatment with progesterone (MAD- 4 ®) on beef cows in postpartum anestrous, assessing the follicular dynamics, plasma levels of progesterone and following pregnancy rate. Nine braford suckling cows were used. The control group (n=4), received on day 0 estradiol 2mg IM and after 7 days an application of prostaglandin. The treatment group (n=5), received the same protocol as the control group with the addition on day 0 of 250mg progesterone SC. The cows were exposed to one bull from day 7 to day 60. Experiment 3 evaluated estrous synchronization and the rate of pregnancy in beef heifers previously treated with progesterone, estradiol and prostaglandin. Thirty six Braford heifers were used. The first group n = 16, T1, on day 0 received of estradiol 2 mg IM and 125mg of progesterone IM and after 7 days prostaglandin was administered. The second group n = 20, T2, received the same protocol with different concentration of progesterone on day 0 (375mg SC). After application of prostaglandin the heifers were inseminated for 5 days and than bred with bulls. Experiment 4 aimed to assess the pregnancy rate in multiparous suckling beef cows previously treated with progesterone, estradiol and prostaglandin. Angus (140) and Braford (128) cows with 30 to 60 days postpartum were used. The control group n = 136 was bred with bulls for a period of 60 days. The treatment group on day 0 received of estradiol 2 mg IM and 250 mg progesterone SC, and after 2 days was placed with bulls. In experiment 1, treatment 1 (250mg IM), treatment 2 ( 250mg SC) and treatment 3 (375mg SC) reached the progesterone peak at 12hs (2.48±2.05), 24hs (3.23±2.15) and 24hs (4.98±0.57), and manteined serum progesterone levels higher than 1ng/ml at 24hs, 96hs and >192hs, respectively. In experiment 2, follicular diameter on day 9 was 9.84mm vs. 8.03mm treatment and control groups respectively. The progesterone plasma levels in the treated group (7,94±5,29 ng/ml) tended to be higher than the control group (1.73±2.04 ng/ml) at the end of the experiment (P<0.06). The pregnancy rate was 25% (1/4) in the control group and 80% (4/5) in the treated group. In experiment 3 the manifestation of oestrus was superior in T1 when compared to T2 (93.2 vs. 20.0%, respectively, P < 0.05). The final pregnancy rate was similar between the groups. In experiment 4, there was a higher pregnancy rate (P < 0.05) in the treatment group at the 40th day evaluation. The pregnancy rate at the end of the breeding season was higher in the treatment group compared to the control group (51.52 vs. 29.41%, respectively, P < 0.05). Treatment of ovariectomised cows with long-acting injectable progesterone in different doses and different routes of administration resulted in significant different serum concentrations at some moments, according to route of administration and doses used. The ovarian follicular dynamics, plasma levels of progesterone and pregnancy rate showed positive numeric differences for the variables analyzed, although there was no statistical difference in postpartum beef cows. The treatment of heifers with long-acting injectable progesterone using 375mg SC was able to block the manifestation of oestrus, not being indicated for this type of synchronization. The sinchronizacion of oestrus with progesterone 125mg IM and estradiol associated to prostaglandin was efficient. The final pregnancy rate was not affected by progesterone doses. The treatment of multiparous suckling beef cows with long-acting injectable progesterone (250 mg SC) associated with estradiol was able to antecipate conception and increase the rate of pregnancy.
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Utilização do Eazi-Breed CIDR®, novo e reutilizado, em protocolos longos e curtos para sincronização do estro e da ovulação em ovelhas / Use of Eazi-Breed CIDR® new and re-used in long and short protocols for synchronization of estrus and ovulation in sheepNASCIMENTO FILHO, Espedito Vieira do 26 February 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-02-26 / Two experiments were conducted to evaluate the use of Eazi-Breed CIDR® new and reused in long and short protocols in synchronization of estrus and ovulation in ewes. The first study evaluated the reproductive performance of ewes in the program of fixed-time artificial insemination protocol with progesterone protocol on short (five days) and long (twelve days) of progesterone in the synchronization of estrus and ovulation. 48 sheep were used randomly in two experimental groups and GC GL. Ewes were treated with Eazi- Breed CIDR®, for twelve days in the CG (n = 24) and five days in GL (n = 24). Upon removal of the device all the females of the groups received, by intramuscular 12.5 mg dinoprost tromethamine and 300 IU of eCG. All females were inseminated at fixed time by transcervical 50 hours after removal of the device. The synchronization of estrus occurred in 100% of the sheep and the diagnosis of pregnancy was performed at 30 days after insemination, however, the pregnancy rate was 33.3% and 41.7% in the GC% in the GL, not being observed statistical difference (P> 0.05). The results show that the protocols using short-and long Eazi-Breed CIDR® are satisfactory in synchronization of estrus inewes for artificial insemination in fixed time, but low rate of pregnancy. the second experiment, has been to evaluate the effect of re-use of intravaginal implants on the pregnancy of sheep. 55 sheep were used in Santa Inês breed. These were distributed randomly into three experimental groups and GI (Eazi-Breed CIDR® in the first use) and GII (Eazi-Breed CIDR® in the second use) for five and 12 days and GIII (Eazi-Breed CIDR® in the third use) for five days. Ewes were treated with an progesterone Eazi Breed CIDR® inserted in the anterior portion of the vagina and after implant removal was applied 300UI of equine chorionic gonadotropin, and 12.5 mg of tromethamine dinoprost, both through intramuscularly. Synchronization of estrus occurred in 100% of ewes in all groups GI, GII and GIII. The diagnosis of pregnancy by ultrasound was performed at 30 days after the coverage and rate of pregnancy of the GI was 82 and 91%, GII 91% for both treatments and in GIII 82% not being observed differences statistics (P> 0.05). The results show thatthe protocols with short and long Eazi-Breed CIDR® reused is satisfactory in the reproductive performance of crossbred sheep of Santa Inês. / Foram conduzidos dois experimentos para avaliar a utilização do Eazi-Breed CIDR® novo e reutilizado em protocolos longos e curtos na sincronização do estro e da ovulação em ovelhas. No primeiro estudo avaliou-se o desempenho reprodutivo de ovelhas em programa de inseminação artificial em tempo fixo com protocolo curto (cinco dias) e longo (doze dias) de progesterona na sincronização do estro e da ovulação. Foram utilizadas 48 ovelhas distribuídas aleatoriamente em dois grupos experimentais GC e GL. As ovelhas foram tratadas com Eazi-Breed CIDR®, por cinco dias no GC (n=24) e por 12 dias no GL (n=24). No momento da retirada do dispositivo todas as fêmeas dos grupos receberam, por via intramuscular 12,5 mg Dinoprost Trometamina e 300 UI de eCG. Todas as fêmeas foram inseminadas em tempo fixo por via transcervical 50 horas após a retirada do dispositivo. As sincronizações do estro ocorreram em 100,0% das ovelhas e o diagnóstico de gestação foi realizado no 30º dia após a inseminação, no entanto, a taxa de prenhez foi de 33,30% no GC e 41,70%% no GL, não sendo observado diferença estatística (P>0,05). Os resultados permitem concluir que os protocolos curtos e longos utilizando Eazi-BreedCIDR® são satisfatórios na sincronização do estro em ovelhas para inseminação artificial em tempo fixo, porém, baixa taxa de prenhez. No segundo experimento, teve-se o objetivo de avaliar o efeito da reutilização de implantes intravaginais sobre a prenhez de ovelhas. Foram utilizadas 55 ovelhas da raça Santa Inês. Estas foram distribuídas aleatoriamente em três grupos experimentais sendo GI (Eazi-Breed CIDR® em primeiro uso) e GII (Eazi- Breed CIDR® em segundo uso) por um período de cinco e 12 dias e GIII (Eazi-Breed CIDR® em terceiro uso), durante cinco dias. As ovelhas foram tratadas com um dispositivo de progesterona Eazi Breed CIDR® inserido na porção anterior da vagina e após a retirada do implante, aplicou-se Gonadotrofina Coriônica Eqüina, na dose de 300UI e 12,5 mg de Dinoprost Trometamina, ambos pela via intramuscular. A sincronização do estro ocorreu em 100,0% das ovelhas em todos os grupos GI, GII e GIII. O diagnóstico de gestação através da ultra-sonografia foi realizado aos 30 dias após a cobertura e a taxa de prenhezdos grupos GI foi de 82,0 e 91,0%, GII 91,00% para os dois tratamentos e no GIII de 82,00% não sendo observado diferenças estatísticas (P>0,05). Os resultados permitem concluir que os protocolos curtos e longo com Eazi-Breed CIDR® reutilizado é satisfatório no desempenho reprodutivo de ovelhas mestiças da raça Santa Inês.
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Controle hormonal da próstata feminina do gerbilo sob influência de múltiplas prenhezes e reposição hormonal / Hormonal control of the gerbil's female prostate : influence of multiple pregnancies and hormone replacementOliveira, Sergio Marcelino de 18 August 2018 (has links)
Orientadores: Sebastião Roberto Taboga, Patrícia Simone Leite Vilamaior / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-18T04:20:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: A próstata feminina (glândula parauretral de Skene) está localizada na parede da uretra feminina e histologicamente possui as mesmas partes da próstata masculina, apresentando um epitélio colunar pseudoestratificado e componentes celulares, enzimáticos e estromais necessários para sua função exócrina e neuroendócrina. O tecido prostático possui uma alta dependência em relação aos andrógenos, e a ação destes hormônios sobre as células prostáticas é mediada via receptor nuclear. Nem todos os tipos celulares prostáticos possuem receptor para andrógenos, sugerindo que somente certos tipos celulares podem ser considerados alvos diretos da ação de andrógenos. A próstata feminina também é alvo da testosterona, pois estudos recentemente publicados demonstram que a reposição hormonal com este hormônio promove o desenvolvimento morfofuncional da próstata feminina em gerbilos. Mesmo sendo a próstata um tecido andrógeno dependente, os estrógenos são necessários para manutenção do seu funcionamento, o que se explica devido a presença dos dois tipos de receptores de estrógeno (ER- alfa e ER-?). Dados recentes da literatura propõem que os hormônios relacionados com a gravidez e ciclo ovariano promovem certo grau de proteção para o tecido da mama contra o câncer e que a aplicação de estradiol e progesterona previne a carcinogênese de mama em ratas nulíparas, mimetizando o efeito da gravidez, e ainda, que tanto o câncer de próstata quanto o câncer de mama, além de serem os principais tumores que incidem em homens e mulheres, respectivamente, e possuírem associações epidemiológicas e etiológicas, apresentam várias anormalidades genéticas em comum. O presente trabalho teve como objetivo avaliar as modificações morfo-funcionais na próstata feminina do gerbilo da Mongólia sob a influência da prenhez e avaliar a influencia desse estágio do ciclo reprodutivo na homeostase dos compartimentos prostáticos das fêmeas velhas. Para tanto, foram utilizados 50 animais, sendo: 5 fêmeas adultas nulíparas (AN); 5 fêmeas adultas multíparas (AM); 5 fêmeas velhas nulíparas (VN); 5 fêmeas velhas multíparas (VM); 5 fêmeas velhas nulíparas (VNT) e 5 velhas multíparas (VMT), as quais receberam suplementação de 0,25ml de testosterona em dias alternados (1mg/kg/dia de cipionato de testosterona em óleo vegetal) por 21 dias; 5 fêmeas velhas nulíparas (VND) e 5 velhas multíparas (VMD) as quais receberam suplementação diária de 0,1ml DHEA (5mg/kg diluída em solução salina) por 21 dias; 5 fêmeas velhas nulíparas (VNE2) e 5 velhas multíparas (VME2), as quais receberam suplementação de 0,1ml de estradiol (10mg/ml de óleo vegetal), em dias alternados, por 21 dias. O grupo VM apresentou uma maior incidência de lesões proliferativas, o que nos leva a concluir que o tecido prostático de fêmeas que passam por sucessivas gravidezes possuem maior probabilidade de serem acometidas por tais lesões. Além disso, a reposição hormonal seja com testosterona, estrógeno ou dihidrotestosterona se mostrou mais agressivo no caso de fêmeas multíparas, pois a incidência de lesões proliferativas foi maior neste grupo / Abstract: The gerbil female prostate is located paraurethrally and has all the main histological components of the male prostate, like secretor epithelium and fibromuscular stroma. This gland, like the prostate in males, is targeted by testosterone action, which promotes morphofunctional development. Furthermore, estrogens are required to maintain the male and female prostate and this gland presents both estrogen receptors (ER-alfa and ER-?). In the present work the structural and morphometric-stereological and serological aspects, as well as the quantification of the incidence, multiplicity and percentage of acini affected by different lesions were analyzed. Fifty senile female gerbils were divided into ten groups (five animals each): Adult nulliparous gerbils (AN) and adult multiparous gerbils (AM); senile nulliparous (SN) and senile multiparous (SM) female gerbils; senile nulliparous gerbils (SND) and senile multiparous gerbils (SMD) that received daily 0,1 ml of DHEA during 21 days; senile nulliparous gerbils (SNE) and senile multiparous gerbils (SME) that received 0,1 ml of ?-estradiol on alternate days during 21 days; senile nulliparous gerbils (SNT) and senile multiparous gerbils (SMT) that received 0,2ml of T (1mg/kg/day) for 21 days. This work was performed to quantify the incidence, multiplicity and percentage of acini affected by different lesions in prostate of nulliparous and multiparous senile female gerbils under different types of hormonal replacement using morphometric, stereological and immunohistochemical techniques and to try to establish a relationship between hormonal serum levels in these groups. The proliferative ratio (PCNA/TUNEL) were higher in al multiparous groups when compared with nulliparous groups, mainly in SMT, the same group where were found higher multiplicity of proliferative lesions / Doutorado / Biologia Celular / Doutor em Biologia Celular e Estrutural
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Caracterização química de hormônios sexuais em águas de poço da região da USP via cromatografia a gás acoplada a espectrometria de massas CG/EM / Chemical characterization of sex hormones in water from wells in the region of the USP by gas chromatography coupled to mass spectrometry GC/MSGONSCHOROWSKI, GRACIELE P. da C. 09 October 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-10-09T12:41:24Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Made available in DSpace on 2014-10-09T14:03:40Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / As substâncias farmacologicamente ativas tem despertado interesse da comunidade científica nos últimos anos. Estas substâncias são usadas em medicina diagnóstica, tratamento e prevenção de doenças. Algumas destas substâncias são excretadas na forma não metabolizada e outras na forma ativa, sendo que muitas delas não são completamente removidas nas estações de tratamento de esgotos. Um desses grupos ativos de substâncias, são os estrogênios esteróides e seus conjugados, os quais tem sido identificados como grandes contribuintes para a desregulação endócrina. O presente trabalho consistiu de desenvolver um método analítico empregando extração em fase sólida (SPE), usando cartuchos Strata-X, e cromatografia a gás acoplada a espectrometria de massas (CG/EM) para a determinação dos hormônios sexuais contidos nas águas subterrâneas da regiâo da cidade universitária de São Paulo, mais especificamente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Dentre os hormônios conhecidos, foi dado destaque nesse trabalho para os estrogênios naturais estradiol, estrona e progesterona, e os estrogênios sintéticos etinilestradiol e norgestrel. A validação do método foi baseada no documento do INMETRO e da ANVISA. Os índices de recuperações estiveram entre 70-120% para todos os compostos, estando dentro da faixa recomendada pela literatura para matrizes ambientais. Os limites de detecção encontrados variaram de 0,062 a 0,498 μg:L-1, e os limites de quantificação foram de 0,942 a 1,343 μg:L-1. Todos os compostos apresentaram coeficientes de determinação superiores a 0,99. / Dissertação (Mestrado) / IPEN/D / Instituto de Pesquisas Energeticas e Nucleares - IPEN-CNEN/SP
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Influência dos mecanismos fisiopatológicos da hiperprolactinemia moderada na ovulação de mulheres inférteis / Influence of the pathophysiological mechanisms of hyperprolactinemia ovulation in infertile womenSanchez, Eliane Gouveia de Morais 29 October 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-10-29 / Infertility reflects the inability of a couple to achieve pregnancy after one year of sexual intercourse without contraception. Most common causes are related to ovulatory disorders such as hyperprolactinaemia, polycystic ovary syndrome, thyroid dysfunction, corpus luteum deficiency, among others, and can be identified mainly by ultrasound and hormonal dosage. The overall objective of this study was to evaluate the influence of prolactin ovulation in infertile women suffering from regular cycles. It is case-control study, whose sample consisted of 343 women with age range 20-40 years old, attended from 2000 to 2014 in LabRep-HC / UFG and an office of Obstetrics and Gynecology, private network in Goiânia, Goiás, Brazil. Data collection was performed by analyzing the physical records stored in Medical Records and Health Information Service (SAMIS) and electronics made available by the database (Sisfert) (© Approbato, 2013). The patients were classified according to the ovulation state measured by progestogen dosage (≥ 5.65 ng / ml and 5.65 - 9.9 ng / ml) and ovulation by monitoring the ultrasound being divided into four groups: (I ) probable ovulation, (II) likely anovulation. In Groups I and II were compared with the percentages of patients who do not ovulate with normal prolactin (3 to 20 ng / ml) versus moderately elevated prolactin (21 to 29 ng / ml). In group III were evaluated Normal progesterone levels (≥ 10 ng / mL) versus low progesterone (Group IV) (5.65 - 9.9 ng / ml) was considered as LUF (non-luteinized ruptured follicle). The groups were comparable for comparable as to age, body mass index (BMI), duration of infertility, FSH (ng / ml) TSH (mIU / l), LH (IU / l) and oestradiol (ng / dL) . SPSS Statistics 20.0 software and Bioestat (version 5.3) were used to for data analysis and chi-square test (X2) to assess differences between proportions. Where it is not for statistical analysis were calculated mean and standard deviation of the variables under study. The results demonstrated that moderate elevation of prolactin (21-29 ng / ml) caused a significant reduction (p = 0.03) in the ovulation rate of infertile patients with regular cycles considering as a criterion for ovulation progesterone levels ≥5, 65 ng / ml. When evaluated the influence of low progesterone on ovulation monitored by ultrasound was observed that these levels can significantly reduce the percentage of ovulation. It is concluded that a moderate hyperprolactinaemia and low progesterone can negatively influence the regulation of ovulation in infertile women with regular menstrual cycles. / A infertilidade reflete a incapacidade de um casal conseguir gravidez após um ano de relações sexuais sem contracepção. Causas mais comuns estão relacionadas a disfunções ovulatórias como a hiperprolactinemia, síndrome de ovário policístico, disfunções da tireóide, deficiência de corpo lúteo, entre outras, e que podem ser identificadas, principalmente, por dosagem hormonal e ultrassonografia. O objetivo geral desse estudo foi avaliar a influência dos níveis de prolactina na ovulação de mulheres inférteis portadoras de ciclos regulares. Trata-se de estudo caso-controle, cuja amostra foi composta por 343 mulheres com faixa etária compreendida de 20 a 40 anos, atendidas no período de 2000 a 2014 no LabRep-HC/UFG e em um consultório de Ginecologia e Obstetrícia da rede particular em Goiânia, Goiás, Brasil. A coleta de dados foi feita pela análise dos prontuários físicos armazenados no Serviço de Arquivo Médico e Informações em Saúde (SAMIS) e eletrônicos disponibilizados pelo banco de dados (Sisfert) (©Approbato, 2013). As pacientes foram classificadas de acordo com o estado ovulatório avaliado pela dosagem de progesterona (≥ 5,65 ng/ml e de 5,65 – 9,9 ng/ml) e monitorização da ovulação pelo ultrassom sendo divididas em quatro grupos: (I) provável ovulação, (II) provável anovulação. Nos grupos I e II foram comparadas as porcentagens de pacientes que não ovulavam com prolactina normal (3 a 20 ng/ml) versus prolactina moderadamente elevada (21 a 29 ng/ml). No grupo III foram avaliados os níveis de progesterona normal (≥ 10 ng/ml) versus progesterona baixa (Grupo IV) (5,65 – 9,9 ng/ml) considerada como LUF (Folículo Luteinizado não-roto). Os grupos foram pareados para a comparabilidade quanto a idade, índice de massa corporal (IMC), duração da infertilidade, FSH (ng/ml), TSH (mUI/l), LH (UI/l) e estradiol (ng/dl). Os programas SPSS Statistics 20.0 e Bioestat (versão 5.3) foram utilizados para para a análise dos dados e o teste Qui quadrado (X2) para avaliar as diferenças entre proporções. Onde não coube análise estatística foram calculadas média e desvio padrão das variáveis em estudo. Os resultados demonstraram que a elevação moderada da prolactina (21-29 ng/ml) provocou a redução significativa (p=0,03) na porcentagem de ovulação das pacientes inférteis portadoras de ciclos regulares considerando como critério de ovulação níveis de progesterona ≥5,65 ng/ml. Quando avaliada a influência da progesterona baixa sobre a ovulação monitorada pelo ultrassom foi observado que esses níveis podem reduzir de forma significativa a porcentagem de ovulação. Conclui-se que a hiperprolactinemia moderada e a progesterona baixa podem influenciar negativamente na regulação da ovulação de mulheres inférteis com ciclos regulares.
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A influência de contraceptivos orais combinados na condição periodontal / The influence of combined oral contraceptives on the periodontal conditionRoberta Santos Domingues 20 March 2009 (has links)
Durante as diferentes fases da vida, ocorrem alterações nos níveis dos hormônios sexuais no organismo. Estes períodos estão diretamente associados com episódios de inflamação periodontal exacerbada. Por isso, a relação entre níveis alterados dos hormônios sexuais e variações no grau de inflamação gengival tem sido estudada. Como os contraceptivos orais alteram artificialmente os níveis dos hormônios sexuais, o objetivo deste estudo é avaliar a influência de contraceptivos orais combinados atuais na condição periodontal de 25 mulheres entre 19 e 35 anos de idade que fazem uso deste medicamento pelo período mínimo de 12 meses em comparação ao grupo controle de 25 mulheres, dentro do mesmo limite de idade, que não fazem uso de contraceptivos orais. As pacientes foram avaliadas por examinador único, previamente treinado, cego em relação ao uso do contraceptivo, quanto às medidas de profundidade de sondagem, nível de inserção clínica, índice de sangramento do sulco e índice de placa. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente segundo o teste t não pareado, teste de correlação de Pearson e teste de correlação de Spearman. Os resultados obtidos indicaram que mulheres que fazem uso de contraceptivos orais há mais de um ano apresentam maior profundidade de sondagem (2,228±0,011 x 2,154±0,012; p<0.0001), perda de inserção (0,435±0,01 x 0,412±0,01; p=0.11) e índice de sangramento do sulco (0,229±0,006 x 0,148±0,005, p<0.0001) do que o grupo controle, embora o índice de placa tenha sido menor no grupo teste do que no controle (0,206±0,007 x 0,303±0,008; p<0.0001). Não houve correlação entre o tempo de uso do medicamento, idade e nenhum dos parâmetros periodontais clínicos. Esses achados sugerem que o uso de contraceptivos orais combinados disponíveis atualmente no mercado pode influenciar a condição periodontal das pacientes, independentemente da quantidade de placa presente e do tempo de uso dos contraceptivos, resultando em maior inflamação da gengiva marginal. / During the different life phases, sexual hormones levels can be altered. These periods are directly associated to episodes of increased periodontal inflammation. Because of this, the relation between altered levels of sexual hormones and degree of gingival inflammation has been studied. As oral contraceptives artificially modify sexual hormones levels, the aim of this study is to evaluate the effects of this drug in the periodontal condition of 25 women aged 19-35 years old that have been taking oral contraceptives for at least one year compared to a control group composed of 25 patients at the same age range that do not report the use of oral contraceptives. Patients were evaluated by a previously trained, single blinded examiner according to pocket probing depth, clinical attachment level, bleeding on probing and plaque index. Data was statistically evaluated by unpaired t test, Pearsons correlation test and Spearmans correlation test. The results obtained indicated that women taking oral contraceptives for at least one year show increased probing pocket depth (2.228±0.011 x 2.154±0.012; p<0.0001), attachment loss (0.435±0.01 x 0.412±0.01; p=0.11) and bleeding on probing (0.229±0.006 x 0.148±0.005, p<0.0001) than the control, although plaque index was slightly inferior in test than in control group (0.206±0.007 x 0.303±0.008; p<0.0001). No correlation between the duration of oral contraceptives intake, age and periodontal parameters was observed. These findings suggest that the use of currently available combined oral contraceptives can influence the periodontal condition of the patients, independent from plaque accumulation and the duration of use of the medication, resulting in increased gingival inflammation.
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Effect of Peri-Ovulatory Endocrine Milieu in the Oviductal Physiology of Beef Cows: Regulation of the Transcriptome, Tissue Morphology, Cell Proliferation, Extracellular Matrix Remodeling, microRNAs Abundance Profile, and Oviductal Fluid Composition / Efeito do ambiente endócrino peri-ovulatorio na fisiologia do oviduto de vacas de corte: regulação do transcriptoma, morfologia do tecido, proliferação celular, remodelamento da matriz extracelular, perfil de abundância de microRNAs e composição do fluido ovidutalAngela Maria Gonella Diaza 26 May 2017 (has links)
In cattle, the oviduct plays an important role in the reproductive process. Oviductal secretions characterize the environment where storage and sperm capacitation, fertilization, and early embryo development take place. Because molecular control of bovine oviduct receptivity is poorly understood, this Thesis proposed a model of receptivity based on the manipulation of pre-ovulatory follicle growth (POF) used to study the effects of periovulatory endocrine profile on oviductal physiology. Growth of POF in Nelore cows (Bos indicus) was manipulated to produce two groups: cows with large POF and large corpus luteum (LF-LCL; higher fertility) and cows with small POF and small CL (SF-SCL; Lower fertility). Ampulla and isthmus samples were collected on day 4 after induction of ovulation with GnRH. In the first study, the transcriptome of the ipsilateral to CL ampulla and isthmus was determined by RNAseq, the regional expression of genes was studied by qPCR, and the distribution of the PGR and ER proteins was assessed by immunohistochemistry. Greater abundance of PGR and ER was found in the oviduct of the LF-LCL animals indicating that there is a greater availability of receptors and, possibly, of signaling-mechanisms stimulated by steroids in both oviductal regions. The transcripts profile showed enriched oviductal functional characteristics that could affect its embryo receptivity. These characteristics include changes in morphology i.e. branching morphogenesis, and changes in cell functioning i.e. cell secretion, that were enriched in the LF-LCL group. In the second study, after morphological analyses, it was concluded that the ampulla of the LF-LCL animals presented more primary folds, a larger perimeter of the luminal epithelium, and a higher proportion of secretory and proliferating cells, when compared to SF-SCL group. There was no difference in isthmus morphology between groups. In the third study, the extracellular matrix remodeling was reserched. It was concluded that in the isthmus region of the LF-LCL animals, there is less type 1 collagen fibers and greater abundance of proteins involved in extracellular matrix remodeling. In the fourth study, it was determined that the periovulatory endocrine milieu affects the expression of components of the microRNAs biosynthesis pathway and the microRNAs profile, both different between groups. Finally, in the fifth study, 205 metabolites were quantified in the oviductal fluid and 37 were found to be in different concentrations when both groups were compared. It was concluded that oviduct of cows of higher fertility presents a profile of transcripts, proteins, and metabolites that is associated with morphological and functional characteristics favorable to the survival and development of the embryo. / Em fêmeas bovinas, o oviduto apresenta um importante papel no processo reprodutivo. As secreções ovidutais representam o ambiente onde ocorrem o armazenamento e a capacitação espermática, a fecundação e o desenvolvimento embrionário inicial. O controle molecular da receptividade do oviduto em bovinos é pouco conhecido. Na presente tese, empregou-se um modelo de receptividade baseado na manipulação do crescimento do folículo pré-ovulatório (FPO) para o estudo dos efeitos do perfil endócrino periovulatório na fisiologia do oviduto. O crescimento do FPO de vacas Nelore (Bos indicus) foi manipulado com o objetivo de produzir dois grupos: vacas com FPO e corpo lúteo (CL) grandes (FG-CLG; maior fertilidade) e vacas com FPO e CL pequenos (FP-CLP; menor fertilidade). Amostras da ampola e istmo foram coletadas no dia 4 após da indução da ovulação com GnRH. No primeiro estudo, o transcriptoma da ampola e istmo do lado ipsolateral ao CL foi determinado por RNAseq, à expressão gênica regional e a distribuição das proteínas PGR e ER foram analisadas por qPCR e imunohistoquímica, respectivamente. Houve maior abundância de PGR e ER no oviduto dos animais do grupo FG-CLG, o que indica uma maior disponibilidade de receptores e possivelmente, de mecanismos intracelulares de sinalização estimulados pelos esteroides em ambas as regiões. O perfil global de transcritos mostrou enriquecimento de características funcionais do oviduto que poderiam afetar sua receptividade ao embrião. Tais características incluem mudanças morfológicas, como a ramificação morfogênica, e celulares, como a secreção, que foram aumentadas no grupo FG-CLG. No segundo estudo, após analisarem-se características morfológicas dos tecidos, concluiu-se que a ampola dos animais FG-CLG apresentou maior número de pregas primárias, maior perímetro do epitélio luminal, e maior proporção de células secretoras e de células em proliferação quando comparado aos animais do grupo FP-CLP. Não houve diferença na morfologia do istmo entre os grupos. No terceiro estudo, foi analisado o processo de remodelamento de matriz extracelular. Concluiu-se que no istmo dos animais do grupo FG-CLG existe menor quantidade de fibras de colágeno tipo 1 e maior abundância de proteínas envolvidas no remodelamento de matriz. No quarto estudo, determinou-se que o perfil endócrino periovulatório afeta a expressão de componentes da via de biossíntese e o perfil de microRNAs, que são diferentes entre os grupos. Finalmente, no quinto estudo, foram quantificados 205 metabólitos no fluido ovidutal dos animais. Destes, 37 encontram-se em concentrações diferentes entre os grupos. Concluiu-se que o oviduto de vacas de maior fertilidade apresenta um perfil de transcritos, proteínas e metabólitos que está associado a características morfológicas e funcionais favoráveis à sobrevivência e desenvolvimento do embrião.
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Resposta superovulatória na primeira onda de crescimento folicular em doadoras Nelore (Bos indicus) / Superovulatory response during the first follicular wave in Nelore (Bos indicus) donorsLuiz Fernando Tonissi Nasser 31 January 2006 (has links)
Três experimentos foram realizados para testar a hipótese de que a resposta superestimulatória de doadoras Nelore (Bos indicus) com tratamentos iniciados próximo à ovulação durante a primeira onda de crescimento folicular seria maior ou comparável àquela decorrente de tratamentos convencionais. Os animais foram aleatoriamente alocados em três grupos. As doadoras dos Grupos 1 - Onda 1 s/P4 e 2 - Onda 1 c/P4 foram superestimuladas na primeira onda de crescimento folicular, e as do Grupo 3 - SincBE+P4/P4 quatro dias após a sincronização da emergência folicular com estradiol e progesterona. Os animais receberam dispositivo intravaginal de Progesterona (CIDR) associado a 50mg de Progesterona e 2,5mg de Benzoato de Estradiol (IM) no Dia 0. Os animais dos Grupos 1 e 2 receberam PGF2α no Dia 5 e 12,5mg Armour de LH (Lutropin) 24 horas após a remoção do CIDR (Dia 9), e no Dia 11 iniciou-se o tratamento superovulatório. As doadoras do Grupo 2 receberam um novo CIDR juntamente com a primeira dose de FSH (Dia 11). Todos os animais foram superestimulados com 133mg NIH-FSH-P1 de Folltropin diluídos em 10ml, em duas aplicações diárias de 1ml, por cinco dias. No último dia de tratamento, junto com o FSH foram aplicadas doses luteolíticas de PGF2α nos Grupos 2 e 3 o CIDR foi removido na ultima aplicação. Todas as doadoras receberam 25mg de LH 24 horas após a ultima dose de FSH e foram inseminadas 12 e 24 horas após o LH. Os embriões foram coletados e avaliados pelo mesmo veterinário sete dias após a inseminação. No primeiro experimento, as quantidades de embriões transferíveis não foi significativamente diferente entre os grupos 2 e 3 (8,0 ± 1,8 x 6,6 ± 2,0), e ambas foram maiores que as do 1 (0,2 ± 0,2; P<0,05). Como não houve diferença entre os Grupos 2 e 3 nos parâmetros analisados, o Grupo 3 foi excluído dos outros dois experimentos. No segundo experimento, as doadoras receberam os mesmos tratamentos dos Grupos 1 e 2, mas foram abatidas 12 horas após receberem 25mg de LH (Dia 16) e tiveram seus ovários removidos e levados para o laboratório, para classificação. Os oócitos foram aspirados e avaliados quanto à maturação pela expansão do COC. Os animais que não receberam dispositivo de P4 durante o tratamento superovulatório apresentaram maior número de oócitos não maturados (6,4 ± 2,7 x 1,2 ± 0,9; P< 0,05). O terceiro experimento foi semelhante ao segundo, com a diferença de que os animais foram inseminados 12 horas após o tratamento com 25mg de LH, e tiveram as estruturas coletadas 7 dias após a IA. Os resultados desse experimento confirmaram os do primeiro, no qual animais sem suplementação exógena de P4 durante o tratamento superovulatório apresentaram menor número de embriões transferíveis que o grupo com P4 (0,0 ± 0,0 x 3,9 ± 1,1; P<0,05). Os resultados obtidos retificam a hipótese, demonstrando que a superovulação durante a primeira onda de crescimento folicular em novilhas Nelore é eficiente somente com suplementação exógena de P4 / Three experiments were design to test the hypothesis that superovulatory (SPO) response of Nelore (Bos indicus) donors to treatments administered during the first follicular wave, initiated at the expected time of ovulation, will elicited a higher or a comparable response to traditional protocols. In the first experiment, cows were randomly allocated into 1 of 3 treatment groups. Cows in Group Wave 1 without P4 e Group Wave 1 with P4 were superstimulated during the first follicular wave and cows in the Control Group were superstimulated after synchronized follicular wave emergence using estradiol and progesterone. All cows received a CIDR device and an injection of 50mg of P4 and 2.5mg EB on Day 0. Cows in Groups Wave 1 with P4 and Wave 1 without P4 were also treated with PGF2α on Day 5 and 12,5mg Armour of pLH (Lutropin) 24 h after CIDR removal (Day 9), to synchronize ovulation. The SPO treatments were initiated on Day 11; donor cows in Group Wave 1 with P4 also received a new CIDR device at the time of the first FSH injection. All donors in three groups were superstimulated with a total dose of 133mg NIH-FSH-P1 of Folltropin-V, divided into twice daily injections of the same dosage (13,3mg diluted in 1ml) over 5 days. On the last day of FSH treatment, all animals received PGF2α after each FSH injection and cows in Group Wave 1 with P4 and Control Group had their CIDR removed at the time of the last FSH injection. All cows received 25 mg of pLH 24h after the last FSH treatment and were AI 12 and 24h later. Ova/embryo collection and evaluation was done 7d after, aIl by the same veterinarian. Results indicate that there was no difference in the numbers of transferable embryos in CIDR treated donor cows when SPO treatments were initiated at the time of emergence of either the first follicular wave Group Wave 1 with P4 (8.0 ± 1.8) or following synchronization of follicular wave emergence with BE + P4, control Group (6.6 ± 2.0), but both were greater than when SPO treatments were initiated at the first follicular wave without the use of a CIDR device, Wave 1 without P4 (0.2 ± 0.2; P<0,05). Since there were no differences between Groups Wave 1 with P4 and control on all the end points, this group was dropped from the others experiments. A second experiment was performed in order to evaluate the quality of oocyte recovered after animals were treated under the same protocol of Groups Wave 1. The SPO treatments were the same described previously, however 12h after the injection of 25mg of pLH animals were slaughtered and their ovaries were taken to an IVF lab. Follicles were aspirated and the oocyte was evaluated and those with an expanded COC were considered mature. Animals in Group Wave 1 without P4 showed a greater (P<0,05) number of immature oocyte (6.4 ± 2.7) than Group Wave 1 with P4 (1.2 ± 0.9). The third experiment was performed to confirm the results of the first experiment. The treatments were similar as the second experiment, however, animals were AI 12 and 24h after the 25mg of pLH and had ova/embryos collection and evaluation 7 d after by the same veterinarian. Results of this experiment confirmed the first experiment presenting a greater (P<0,05) number of transferable embryos in Group Wave 1 with P4 (3.9 ± 1,1) when compared to Group Wave 1 without P4 (0.0 ± 0.0). The results did not support the hypothesis, showing that exogenous P4 is necessary in order to superovulate Nelore during the first follicular wave
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Estudo do perfil sérico dos hormônios esteróides (estradiol e progesterona) e do comportamento reprodutivo de fêmeas jovens de avestruz (Struthio camelus) criadas no Brasil / Study of the steroids hormones profiles (estradiol and progesterone) and the reproductive behavior of young female ostriches (Struthio camelus) farmed in BraziGuilherme Costa de Oliveira e Silva 30 June 2008 (has links)
O objetivo deste trabalho foi estudar os níveis séricos dos hormônios esteróides (estradiol e progesterona) e analisar as possíveis relações destes com o desenvolvimento do comportamento reprodutivo em fêmeas jovens de avestruzes (Struthio camelus) durante a maturação sexual. No primeiro experimento, duas fêmeas jovens foram avaliadas, três vezes por semana, através de colheitas de sangue para dosagem de estradiol e progesterona e de observações para avaliação do comportamento reprodutivo. No segundo experimento, 20 fêmeas jovens foram selecionadas de acordo com a intensidade de comportamento reprodutivo e tiveram seu comportamento reprodutivo monitorado semanalmente. Foram realizadas colheitas de sangue semanais nos mesmos dias das observações comportamentais. No primeiro experimento, através da comparação das médias dos valores de estradiol nas fases de presença (CCOMP) ou ausência de comportamento reprodutivo (SCOMP), verificou-se uma igualdade entre as médias nas duas fêmeas estudadas e não foi verificada correlação entre os níveis séricos de estradiol e o comportamento reprodutivo. No segundo experimento, a comparação das médias de estradiol entre as amostras dos animais SCOMP e CCOMP apresentou diferença significativa. A comparação das médias entre as 4 categorias comportamentais estabelecidas - sem comportamento (SCOMP), com baixo comportamento (COMPBX), com alto comportamento sem aceitação de cópula (COMPALTSACC), com alto comportamento com aceitação de cópula (COMPALTCACC) - demonstraram haver diferença significativa entre os valores de estradiol encontrados, também sendo verificada correlação entre as 4 categorias e os níveis médios de estradiol (r = 0,64). Para a progesterona, no primeiro experimento, os valores médios foram significativamente maiores nas amostras SCOMP do que nas CCOMP, sendo que a progesterona apresentou uma correlação negativa com a intensidade do comportamento reprodutivo nas duas fêmeas (r = -0,54 e r = -0,33). No segundo experimento, os valores médios de progesterona foram significativamente maiores nas amostras CCOMP do que nas amostras SCOMP. As médias de progesterona das 4 categorias comportamentais apresentaram diferenças significativas e houve correlação positiva (r = 0,43) dos níveis de progesterona com as 4 categorias comportamentais. Os resultados sugerem que exista uma relação entre os níveis de estradiol e progesterona e a modulação da intensidade de comportamentos reprodutivos, mas não necessariamente entre estes níveis hormonais e a iniciação destes comportamentos e que os perfis séricos de estradiol e progesterona em fêmeas de avestruz na fase de maturação sexual apresentam semelhanças com outras espécies de aves. / The purpose of this work was to study the serum levels of estradiol and progesterone and analyze their relationship with the development of the reproductive behavior in young female ostriches (Struthio camelus) during sexual maturity. The first experiment studied two young females, through blood samples, three times a week, for measurement of estradiol and progesterone and was performed behavioral observations at the same time. In the second experiment, twenty young female ostriches had their reproductive behavior monitored weekly and blood samples were collected for hormone assays in the same days of the observations. The results of the first experiment showed no differences between the mean of estradiol levels in the two phases, with and without reproductive behavior. In the same way there were no correlations between estradiol levels and frequency of behaviors. In the second experiment, there were significant differences between the mean of estradiol levels with and without reproductive behavior. When it was considered four categories of behavior (without behavior, low behavior, high behavior and no copulation posture, and high behavior and copulation posture display), the mean estradiol levels showed significant differences. There was positive correlation between the categories and the estradiol levels (r = 0,64). Regarding progesterone, the first experiment, demonstrated significantly higher hormonal levels in the absence than in the presence of reproductive behavior and a negative correlation between the occurrence of behaviors and the hormonal levels for both females (r = -0,54 and r = -0,33). In the second experiment, the means of progesterone levels were significantly higher in the phase with behavioral displays than with none. For the four behavioral categories, the means of progesterone levels differed significantly and showed a positive correlation (r = 0,43) with the reproductive behavior. The results suggest that there is a relationship between estradiol and progesterone levels and the occurence of the reproductive behavior, but not necessarily between these hormone levels and the initiation of the process. The hormonal levels of estradiol and progesterone found in ostriches were similar to some domestic avian species.
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