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A formação do psicanalistaAlves, Evandro Fernandes January 2009 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T07:25:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
264731.pdf: 349579 bytes, checksum: 46e31ebaf644adb3952710d2fcbc3603 (MD5) / Quase um século após o início da institucionalização da psicanálise, a questão da formação analítica continua sendo fonte de importantes questionamentos entre os psicanalistas. Se nos primórdios, Sigmund Freud era responsável pela aceitação dos novos adeptos, autorizando-os a praticar a psicanálise, com o seu agigantamento o processo de institucionalização da formação tornou-se indispensável. A fundação da IPA, em 1910, representou uma tentativa de Freud de normatizar a formação e de autorizar os novos analistas a praticar a psicanálise. Buscando responder a essas atribuições que lhe foram confiadas pelo pai fundador, essa instituição não tardaria em endurecer as suas prescrições para a aceitação dos novos intessados em ocupar o lugar de analista. Prescrições essas que, por muitos anos, seriam adotadas e aceitas, sem questionamentos, pela comunidade psicanalítica. Porém, após a década de 60, Jacques Lacan se mostrará um crítico veemente do poder desta instituição e defenderá uma formação baseada nas descobertas freudianas do insconsciente e do desejo. Radicalizará sua posição ao afirmar que ninguém poderá dar garantias acerca formação de um psicanalista e, ao questionar-se sobre quem poderá autorizá-lo [o psicanalista] a exercer a psicanálise, afirmará que o psicanalista só se autoriza de si mesmo. Anos após, acrescentará a esse enunciado quatro palavras fundamentais: e de alguns outros. Neste enunciado, será colocada toda a problemática que envolve a questão da formação dos psicanalistas em Lacan, e é esse o eixo central que norteia a presente dissertação.
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O que faz um psicanalista?Vegas, Márcio Zanardini January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T23:31:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / A proposta desse trabalho foi operar com a questão "o que faz um psicanalista?" por meio da leitura do seminário "O ato psicanalítico", de Lacan (1967-68). O ato psicanalítico refere-se a dois momentos de uma análise, os únicos em que se pode formular um saber apriori, pois são etapas da lógica de cura: a entrada e a saída. Assim como Freud descreveu a psicanálise como um jogo de xadrez em que é possível prever a primeira e a última jogada, Lacan utiliza-se do grupo de Klein para formalizar esses momentos. Introduz o cogito cartesiano pelo seu avesso, pois considera o sujeito da psicanálise o mesmo da ciência, enunciando como ?ou eu não penso, ou eu não sou?. Uma análise tem início pelo assentimento do ato do psicanalista, que opera como causa da exposição da divisão subjetiva. Uma retificação subjetiva que dá início a tarefa analisante, em que o sujeito reconhece a presença nele de um discurso que não é o seu, o inconsciente. A tarefa é sustentada pela transferência, sob o signo do engodo da função sujeito-suposto-saber, em que se efetuam duas operações: alienação e verdade. Em uma análise, ora se trabalha pelo ?eu não penso? para liberar as identificações até se alcançar o fantasma ($<> a), ora pelo "eu não sou" em que se opera a redução aos significantes mestres para o sujeito. Das duas operações, realiza-se de um lado, a perda (o objeto a) e do outro, a falta (- f), como castração. Do sujeito realizado em sua castração surge um impasse, o de como viver com a falta-a-ser. A questão exige um salto, no sentido inverso ao da transferência, para que o sujeito conjugue o ser e o pensar por meio do ato psicanalítico, pondo fim a uma análise. Um sujeito que não é sem o objeto a. Da questão inicial se depreende que o psicanalista é um instrumento da análise e precisa agir enquanto causa do desejo analisante, fazer-se de objeto a. Para tanto, é condição que ele mesmo tenha efetuado o ato de saída para conseguir suportar-se na função, visto que a realiza enquanto des-ser. Disso, pode se concluir que o psicanalista se faz em sua própria análise, e dali provém a sua autorização.<br> / Resume : Le but de ce travail a été d'agir avec la question "qu´est-ce que fait un psychanalyste?" à partir de la lecture du séminaire "L'acte psychanalytique", de Lacan (1967 ? 68). L'acte psychanalytique se rapporte à deux moments d'une analyse, les deux seuls qui peuvent énoncer un savoir apriori, qui sont des étapes de la logique de la cure: l'entrée et la sortie. De la même façon que Freud décrit la psychanalyse comme un jeu d´échec où il est possible de prévoir la première et la dernière manoeuvre, Lacan s´utilize du groupe de Klein pour formaliser ces moments. Il introduit le cogito cartésien à l´invers, car il tiens compte que le sujet de la psychanalyse est le même de la science, en énonçant: "ou je ne pense pas, ou je ne suis pas". Une analyse débute par le consentiment de l'acte du psychanalyste, qui fonctionne comme cause de l'exposition de la division subjective. Une rectification subjective qui lance la tâche analysante, dans laquelle le sujet reconnaît en soi même la présence d'un discours qui n'est pas propre, l´inconscient. La tâche est soutenue par le transfert, sous le signe de la fonction sujet supposé savoir, où s'effectuent deux opérations: l'aliénation et la vérité. Dans une analyse nous travaillons soit, pour le "je ne pense pas" pour libérer les identifications jusqu'à la traversée du fantasme ($<> a), soit, pour le "je ne suis pas" qui travaille la reduction les signifiants maîtres du sujet. De ce deux óperations logique, il se'effectuent, de l'un côté, la perte (l´object a) et de l?autre, la manque (-f), la castration. Pour le sujet réalisé dans sa castration il surgit un impasse: comme vivre de la manque à être. La question exige un saut, à la direction contraire du transfert, où le sujet doit conjuguer l´être et le penser à travers de l´acte psychanalytique, en mettant terme à l'analyse. Un sujet qui n'est sans l'object a. De la question initiale se détache que le psychanalyste est um instrument de l´analyse et il a besoin d'opérer comme cause du désir analysant, faire semblant de l´object a. Pour cela il faut que lui même, il a effectué l´acte de sortie pour réussir à se soutenir dans la fonction, vu qu'il l'a réalisé comme des-ètre. De cela, nous pouvons conclure que le psychanalyste se fait dans sa propre analyse, d'où résulte son autorisation.
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O lugar do psicanalista nos hospitais gerais : entre os dispositivos clínicos e os dispositivos institucionaisMachado, Maíla do Val 29 August 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2011. / Submitted by Patrícia Nunes da Silva (patricia@bce.unb.br) on 2012-03-30T21:30:50Z
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2011_MailadoValMachado.pdf: 752081 bytes, checksum: d37ad232429c9869a1d3fb2108a8dc44 (MD5) / Approved for entry into archive by Leila Fernandes (leilabiblio@yahoo.com.br) on 2012-04-03T11:47:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2011_MailadoValMachado.pdf: 752081 bytes, checksum: d37ad232429c9869a1d3fb2108a8dc44 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-04-03T11:47:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2011_MailadoValMachado.pdf: 752081 bytes, checksum: d37ad232429c9869a1d3fb2108a8dc44 (MD5) / As discussões que envolvem a psicanálise e a medicina estão presentes desde o início da invenção da teoria psicanalítica. Este trabalho foi um estudo que abrangeu essas discussões, uma vez que tratou da inserção da psicanálise nos hospitais gerais, espaço médico. A presente pesquisa revelou a crescente difusão da psicanálise nos outros campos do saber. Essa extensão da psicanálise para além dos consultórios particulares nos remete a uma preocupação em relação à formação do analista e à formalização da práxis analítica. Isso porque a difusão pode fazer com que os princípios psicanalíticos corram constantemente o risco de perder seu rigor ético e específico. No caso dos hospitais gerais, um dos pontos que justificou essa observação é o fato de que eles são marcados pelos referenciais médicos que se distanciam daqueles sustentados pelo psicanalista. Em síntese, essa observação indicou que o analista precisa construir um espaço de trabalho no hospital, sem deixar que seus fundamentos se misturem com aqueles que predominam na instituição. Este é um desafio para o analista, que precisa refletir e reconstruir condições para a formalização da sua prática, considerando as especificidades da sua clínica. O principal objetivo deste trabalho foi investigar, por meio de uma articulação entre a teoria, a prática e a pesquisa, qual o lugar (função) do psicanalista nos hospitais gerais. Para isso, inicialmente pesquisou-se sobre o início da psicanálise nos hospitais gerais e foram retomados alguns momentos da obra de Freud e do ensino de Lacan que autorizaram o psicanalista a sair dos consultórios. Em seguida, investigou-se o lugar do psicanalista no contexto hospitalar a partir de duas dimensões, que devem ser articuladas: a dimensão da clínica psicanalítica e a dimensão da instituição. Em relação à primeira dimensão, discutiu-se o lugar do psicanalista a partir da vertente do discurso, da ética e das especificidades da psicanálise. Essas vias convocam o analista a ocupar um lugar particular no hospital, o que gera alguns impasses e desafios. A dimensão institucional foi discutida por meio de algumas particularidades da clínica psicanalítica nos hospitais, tais como: a criatividade do analista, sua função dentro da equipe multiprofissional, o tempo de análise, as intervenções e as demandas analíticas. Concluiu-se que o lugar do psicanalista nos hospitais gerais se encontra entre a dimensão clínica e a dimensão institucional. Em última instância, isso significa que a função do psicanalista no hospital é específica desse local, pois aí ele se depara com situações variáveis que não se encontram nos consultórios particulares. Todavia, para que o analista possa exercer sua função, é essencial que ele se oriente pela dimensão clínica, ou seja, pelos próprios fundamentos da psicanálise. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / There have been discussions involving psychoanalysis and medicine since the beginning of psychoanalysis theory’s development. These discussions are presented in this paper that describes the inclusion of psychoanalysis in general hospitals, usually medical place. This research revealed the increasing spread of psychoanalysis in other knowledge areas. The extension of psychoanalysis beyond the private practice has lead to a concern about the analyst educational background and the formalization of psychoanalytic praxis. The spreading can make the psychoanalytic principles more vulnerable to losing their ethical and specific consistency. Moreover, the fact that general hospitals are reminded by medical references distant from those sustained by psychoanalysts is one of the aspects that justify this observation. In short, this observation indicated that analysts need to build a working space in the hospitals, without letting their beliefs mingle with those that are predominant in the institutions. This is a challenge for the analysts, who should reflect upon and reconstruct conditions for the formalization of their practice, considering the specifics of their area. The main objective of this study is to investigate the place of the psychoanalysts in general hospitals through associating theory, practice and research. In order to accomplish it, the incorporation of psychoanalysis in general hospitals was first researched, and a few segments of Freud’s biography and Lacan's teaching that allowed the analyst to leave the offices were resumed. Next, the place of psychoanalysts in hospitals was investigated in two dimensions that should be articulated: the dimension of psychoanalytic practice and the size of the institution. Regarding the first dimension, the place of the psychoanalyst from the aspect of discourse, ethics and the specifics of psychoanalysis was discussed. These pathways summon the analyst to occupy a particular place in the hospital, which creates some difficulties and challenges. The institutional dimension was discussed by some peculiarities of psychoanalytic practice in hospitals, such as the analysts’ creativity, their role within the multidisciplinary staff, the time of analysis, interventions and analytical requirements. It was concluded that the place of the psychoanalysts in general hospitals is somewhere between the clinical dimension and the institutional dimension. Ultimately, this means that the role of psychoanalysts in hospitals is specific for there they face changing situations that are not common in private practice. However, in order to play their roles as analysts it is essential that the analysts guide themselves by the clinical dimension what is the very foundations of psychoanalysis.
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Recortes da psicanalise-sobre o desejo de ser analista e outras questões a partir de depoimentos de psicanalistasSouza, Carla Beatriz de 28 April 1995 (has links)
Orientador: Roosevelt M. S. Cassarola / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-22T11:56:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1995 / Resumo: O primeiro objetivo deste trabalho foi investigar fatores (ou razões) que levam alguém a tomar-se psicanalista. Além disso, questionou-se alguns temas contemporâneos, e mesmo polêmicos, da teoria e da clínica psicanalística, que foram: Posição Atual da Psicanálise no Brasil e em Outros Palses, Presença da Psicanálise na Universidade, Distinção entre Psicoterapia e Psicanálise, a Literatura do Psicanalista e Perspectivas Futuras da Psicanálise. Estes temas foram analisados tendo como base os depoimentos de dezesseis psicanalistas kleinianos e sete lacanianos, entrevistados a partir de um roteiro semi-dirigido. O interesse pela formação psicanaUtica foi suscitado, principalmente, por experiências pessoais, figuras de identificação e relações transferenciais desencadeadas pelo processo da análise pessoal, ao qual os entrevistados se submeteram. Outros fatores foram também descritos, entre os quais limitações da Psiquiatria e de outras abordagens psicológicas. Em relação aos demais temas discutidos (Psicanálise brasileira, Psicanálise em outros palses, Psicanálise na Universidade, Psicoterapia e Psicanálise, literatura do psicanalista, futuro da Psicanálise) não houve distinção significativa entre os dois grupos, sugerindo a existência de outros fatores, além da abordagem teórico-cHnica institucional, na determinação das especificidades de cada escola. A preocupação maior foi quanto à preservação dos fundamentos psicanaHticos propostos por Freud, Klein e Lacan. Não houve diferença entre os dois grupos quanto a este aspecto. Uma decorrência dessa postura constitui-se na evolução e mudança do campo de atuação da Psicanálise - passar de método de tratamento dos distúrbios mentais para ciência do auto-conhecimento. Quase um século após a sua criação, a Psicanálise pode estar tendendo a ocupar lugar entre as correntes filosóficas do pensamento / Abstract: The proposed Investlgatlon of thls work had as Its focus the course of study taken to beco me a psychoanalyst. Some polemlc contemporary subjects related to the psychoanalytlc theory and cllnlcal practlce were also discussed. These subjects were: present posltion of PsychoanaJysls in Brazil and others countries. presence of Psychoanalysis in Unlversity. difference between Psychoterapyand Psychoanalysls. the psychoanalyst Ilterature, and the future perspectlves of Psychoanalysls. These subjects were anaJysed based on statements of klelnlan and lacanlan psychoanalysts, Interviewed according to a seml-estructured script. It was found that an Indlvidual's deslre to pursue psychoanalysis was often a result of personal experiences, Identtficatlon processes and transferentlal experiences trom having been treated themselves. Other factors were also described, among 'whlch the IImltatlon of Psychlatry and other approachs. There were not signtticant difference of responses between both groups for the studled subjects (Brazilian Psychoanalysls. Psychoanalysls In others countries. Psychoanalysls In Unlversity, Psychoterapyand Psychoanalysis. the psychoanalyst Ilterature. and the future of the PsychoanaJysls). whlch suggests that there are other factors, beyond the Instltutional theoretical-clinlc approach for determlnatlon of the specificlty of each school. The most Important Issue for both groups was about the preservation of the psychoanalytlc bases proposed by Freud. Kleln and Lacan. A consequence of that Is on evolutlon and change of the actlng field of the Psychoanalysls - from a treatment method of mental perturbatlon to sclence of selfknowledge. Atmost a century after Its Inventlon. PsychoanaJysls can be comlng to occupy a posltlon between the phylosofical currents of thlnking / Doutorado / Saude Mental / Doutor em Ciências Médicas
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Formação e instituiçãoPereira, Renata Susan January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. / Made available in DSpace on 2013-07-15T23:22:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
211759.pdf: 871297 bytes, checksum: 8ed4d35c5d40e7105964859f104efa17 (MD5) / A Psicanálise atentou para aquilo que era desprezado: os sonhos, os lapsos, a fala sobre os sintomas. Destas manifestações Freud fez brotar o inconsciente e dirigiu ao sujeito suas perguntas. Sua invenção deu origem a dois lugares inéditos: o analisando e o psicanalista. Desde então não cessam os debates acerca do psicanalista, aquele que, sobretudo, viveu a experiência de uma análise e retirou saber de seu próprio sintoma. A formação, que no início do século XX era uma decorrência da análise, institucionalizou-se e provocou diversas cisões no movimento psicanalítico. As instituições multiplicaram-se e disto resultou um clima beligerante em defesa da legitimidade do que se faz sob os nomes de Freud e Lacan. A pergunta que norteou essa pesquisa dirigiu-se às instituições psicanalíticas da cidade de Florianópolis: como estas instituições concebem e estruturam a formação do psicanalista? Realizaram-se entrevistas recorrentes com os membros, bem como a pesquisa de documentos e publicações. A Maiêutica Florianópolis - Instituição Psicanalítica, fundada em 1984, é convocante da Reunião Lacanoamericana de Psicanálise, bem como membro de Convergência, Movimento Lacaniano para a Psicanálise Freudiana. Concebe o psicanalista como produto de sua análise, pois é nesta que se dá a mudança de posicionamento subjetivo. O psicanalista o é no momento do seu ato, de sua escuta e interpretação, na articulação do que aparece em sua clínica com a teoria. A submissão de seu ato a outro o confirma ou não como analista, pois sua autorização se faz também com alguns outros. A formação não é possível fora da instituição. A Delegação Santa Catarina, fundada em 1999, faz parte da Escola Brasileira de Psicanálise, a qual é membro institucional da AMP e orienta-se pelo Campo Freudiano. A formação faz-se um por um, pois cada um é impulsionado pelo seu desejo. A Escola se organiza em torno de um lugar vazio: não existe uma identificação com o ser ou com atributos definidores do lugar do analista. O saber produzido na análise orienta a Escola e a forma dos analistas congregarem-se. O cartel e o passe, pilares desta Escola, questionam o sujeito e produzem um saber particular. A história da psicanálise tem mostrado que as divergências institucionais se dão, sobretudo, pela ruptura com os psicanalistas que assumem um lugar de destaque na instituição, mais do que por divergências teóricas ou por novas invenções. O ponto de embargo institucional é a condescendência entre os membros e a exclusão da diferença. As cisões instauram o mal-estar e provocam a inquietação que faz surgir respostas, novas formas de enlaces, redes internacionais, enfim, faz a Psicanálise avançar nos interstícios. A instituição psicanalítica não existe para dar respostas ou prescrever uma formação, mas para conquistar um saber sobre a passagem a analista, em última instância, busca-se um saber sobre as formações do inconsciente e a realização de uma Psicanálise.
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Jacques Lancan e a questão da autorização dos analistasAlves, Evandro Fernandes January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:38:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
319235.pdf: 1513427 bytes, checksum: 041bbba45f782a94b28e5c067e20a994 (MD5)
Previous issue date: 2013 / Neste trabalho procura-se retomar a questão da autorização dos psicanalistas na obra de Jacques Lacan, principalmente a partir do seminário de 1973-1974 denominado Les non-dupes errent. Neste seminário, Lacan refaz sua proposição acerca da autorização dos analistas ao compará-la à autorização do ser sexuado. Segundo ele, assim como ocorre com o ser sexuado - que precisa autorizar-se por si mesmo a assumir seu lugar na sexualidade, mas não está sozinho para isso ? da mesma forma, o analista só se autoriza por si mesmo e por alguns outros. O objetivo principal desta tese é articular possíveis soluções para a questão da autorização dos psicanalistas, já que essa encontra-se em aberto na obra lacaniana. Tomando como ponto de partida o processo de institucionalização da formação dos psicanalistas em Freud, foram revisitados alguns conceitos fundamentais da obra de Lacan, a saber: as fórmulas quânticas da sexuação, a impossibilidade da relação sexual, a inexistência d?A mulher, a diferenciação entre os sexos e a autorização do ser sexuado. Após realizado esse percurso, constata-se que o analista só se autoriza por si mesmo a ocupar o lugar do analista, entretanto, ele dependerá de alguns outros que participem dessa autorização. Dessa forma, poder-se-á concluir que da mesma forma que ocorre com o ser sexuado, o posicionamento do analista na psicanálise não se dá de maneira solitária. Se a verdadeira autorização só é possível por si mesmo, isso não impede que o analista se posicione na psicanálise em um jogo de relações que se estabelece. O significante psicanalista só será significado na oposição com alguns outros significantes: o analisando, os pares, as outras profissões e a sociedade e não, simplesmente, baseado na autorização vinda dos grandes nomes e das instituições. <br>
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A metapsicologia do analista no trabalho de psicanálise : uma perspectiva ferenczianaBaldini, Mayarê Leal Ferreira 04 December 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2015. / Submitted by Tania Milca Carvalho Malheiros (tania@bce.unb.br) on 2016-02-03T14:19:31Z
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2015_2015_MayareLealFerreiraBaldini.pdf: 806158 bytes, checksum: af636ed7c40b3b7b05a7b649fd02526f (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-02-03T19:30:05Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_2015_MayareLealFerreiraBaldini.pdf: 806158 bytes, checksum: af636ed7c40b3b7b05a7b649fd02526f (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-03T19:30:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_2015_MayareLealFerreiraBaldini.pdf: 806158 bytes, checksum: af636ed7c40b3b7b05a7b649fd02526f (MD5) / Esta dissertação discute a metapsicologia do analista. Parte-se de Sándor Ferenczi e de sua preocupação com o psiquismo do analista durante o trabalho de psicanálise. É apresentado o percurso psicanalítico do autor que compôs, a partir de sua clínica com pacientes difíceis, uma psicanálise cuja técnica se põe sensível às singularidades dos analisandos, e cuja elasticidade se apresenta primeiramente nas possibilidades e disponibilidades psíquicas do analista para este trabalho. Posteriormente, este estudo costura os referenciais teóricos com o Diário Clínico de Ferenczi, particularmente em suas ponderações metapsicológicas enquanto analista e quanto à demanda por alteridade; e articula as compreensões ferenczianas sobre o psiquismo do analista com a teoria e a clínica de D. W. Winnicott. Por fim, amparada nas convergências de outros psicanalistas com Ferenczi e Winnicott, esta pesquisa sugere que a atenção do analista a seus processos internos é o fundamento para alcançar o trabalho intersubjetivo, estruturante para a psicanálise contemporânea. / This master thesis discusses the metapsychology of the analyst. It starts with Sándor Ferenczi and his concern with the psyche of the analyst during work with psychoanalysis. It presents the
psychoanalytic background of the author who composed – from his clinic with difficult
patients – a psychoanalysis, which technique is made sensitive to the singularities of the
analysands, and which elasticity is shown initially in the psychic possibilities and availabilities of the analyst. Subsequently, this study interweaves the theoretical framework with the Clinical Diary of Ferenczi – particularly his metapsychological considerations as an analyst and the demand for alterity – and articulates the Ferenczian understandings of the analyst’s psyche with the theory and clinic of D. W. Winnicott. Lastly, drawing on the convergences of other
psychoanalysts with Ferenczi and Winnicott this piece of research suggests that the analyst’s attention to his or her internal processes are fundamental to achieve the intersubjective work, which is structuring for the contemporary Psychoanalysis.
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Imagens de FreudVillari, Rafael Andres January 2002 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura / Made available in DSpace on 2012-10-20T00:40:48Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-26T01:48:03Z : No. of bitstreams: 1
182159.pdf: 6460329 bytes, checksum: 02d10243792cb903e299606a6af87497 (MD5) / O trabalho visa, em primeiro lugar, analisar como, a partir de diferentes biografias, neste caso específico, de S. Freud, surgem distintas representações de um mesmo referente histórico; para, a seguir, destacar a importância que estas representações podem ter na orientação da leitura da obra teórica do biografado.
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O trabalho do psicanalista: das dificuldades da prática aos riscos do narcisismo profissional / The labour of the psychoanalyst: from the difficulties of practice to the risks of professional narcissismSantos, Leandro Alves Rodrigues dos 30 June 2011 (has links)
Este estudo aborda o trabalho do psicanalista, tomando como vértice de investigação as dificuldades que esses profissionais atravessam na sua prática clínica cotidiana. Nesse contexto, mudanças no perfil dos pacientes, crises de demanda frente ao incremento da concorrência com psicofármacos e psicoterapias diversas, significativas exigências da formação, estabelecimento de laços com outros analistas e vicissitudes na relação com a família podem ser considerados índices do mal-estar do psicanalista frente ao ato de psicanalisar nos dias atuais. Tendo por objetivo, então, aprofundar o olhar sobre as dificuldades da profissão impossível sublinhada por Freud, toma como guia para seu percurso metodológico um conceito central intitulado narcisismo profissional, forjado a partir da concepção de narcisismo proposta por Freud e desenvolvida por Lacan. Investiga por meio de recortes específicos três autores, Freud, Ferenczi e Lacan. Em Freud, prioriza as dificuldades ligadas ao manejo da transferência e às exigências do próprio analista frente ao seu fazer. Quanto a Ferenczi, evidencia os percalços desse psicanalista nas questões do tempo e do dinheiro, especialmente no que relata por meio da correspondência trocada com Freud. No que diz respeito a Lacan, prioriza o depoimento e os testemunhos de quem com ele conviveu, apontando as múltiplas formas de identificação geradas e o advento do lacanismo, que faz surgir um novo tipo de psicanalista, que toma como missão defender a verdadeira psicanálise no mundo, a partir do retorno a Freud empreendido por Lacan. O estudo problematiza as formas de enfrentamento das dificuldades apontadas: o tratamento possível pela análise pessoal dos psicanalistas, a construção de novos laços entre os participantes do campo, o envolvimento com a leitura e o estudo diligente de autores de dentro e de fora da Psicanálise, e com a escrita, tomada como uma forma de elaboração do psicanalista em relação aos impasses da clínica. Conclui-se que cada psicanalista necessita ressignificar sua atividade, o que inclui o constante exercício de des-idealização de diversos aspectos inerentes à profissão, e o cuidado com sua oferta na Cultura, com a difusão da Psicanálise, além de uma nova tomada de posição frente à formação geral e específica / This study approaches the psychoanalysts labour, taking as its apex of investigation the difficulties these professionals are faced with in their daily practice. In this context, changes in the patients profile, the crises of demand due to the varied and expanding competition of psychofarmacotherapy and psychotherapy, relevant requirements in his/her professional formation, the establishment of bonds with other analysts, and the vicissitudes related to quality time can be considered as indicators of the uneasiness the psychoanalyst feels when he/she is involved in the process of psychoanalyzing nowadays. Thus, keeping the goal of delving into the tribulations of the impossible profession so stressed by Freud, this research takes as its methodological guideline a central concept called professional narcissism, conceived from the notion of narcissism suggested by Freud and developed by Lacan. By means of specific pieces, it investigates three authors Freud, Ferenczi and Lacan. In Freud it prioritises the problems related to handling transference and the demands of the analyst himself/herself in his professional practice. As to Ferenczi, it reveals the troubles the psychoanalyst goes through concerning issues such as time and money, especially as to what he reports by means of the correspondence exchanged with Freud. As far as Lacan is concerned, it prioritises testimonies and reports of those he lived close to, pointing at the multiple forms of identification generated and the advent of Lacanism, which has led to the emergence of a new sort of psychoanalyst, one who takes over the mission of defending the true psychoanalysis in the world, by returning to Freud via Lacan. This study problematizes the forms of confrontation of the difficulties mentioned: a possible treatment through personal analysis of the psychoanalysts themselves, the building of new bonds among the field participants, their involvement with reading and careful study of authors inside and outside Psychoanalysis, and with writing here taken as a means of elaboration by the psychoanalyst with regard to the predicaments in his/her practice. The conclusion, thus, is that each psychoanalyst needs to resignify his/her activity, which includes the constant exercise of deidealization of various aspects inherent in the profession, and caution in providing and diffusing psychoanalysis to Culture, besides taking a new stand concerning his/her general and specific formation
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O psicanalista num programa de transplante de fígado: a experiência do \"outro em si\" / The psychoanalyst in a programme of liver transplant: the experience of the \"other in oneself\"Moretto, Maria Livia Tourinho 26 May 2006 (has links)
Este trabalho tem como objetivo geral a investigação sobre a experiência do \"outro em si\", tal como nos é revelada na clínica psicanalítica e na interlocução com a equipe. Os objetivos específicos são: formalizar teoricamente o processo de inserção e a construção do lugar do psicanalista na equipe, a partir de nossa experiência na Disciplina de Transplante e Cirurgias do Fígado do HCFMUSP, dado que a forma pela qual um psicanalista responde a essas demandas é o que possibilita ou não a sustentação de sua atuação clínica na instituição; analisar situações clínico-institucionais nas quais o psicanalista está inserido, na interlocução com os outros discursos, tomando como referência as diferentes ancoragens éticas, de modo a compreender sua participação no campo das decisões e as conseqüências disso para ele, para o paciente e para a instituição; fazer a diferença do conceito de corpo na Psicanálise e na Medicina para dar subsídios teóricos ao trabalho do psicanalista; formalizar teoricamente o transplante de fígado como experiência de corporeidade e subjetividade, simultaneamente, a partir da clínica psicanalítica com os pacientes, analisando o processo de adoecimento, suas repercussões psíquicas, a incidência do transplante no corpo, a experiência do \"outro em si\" e suas conseqüências. Chamamos de vertente institucional o trabalho do psicanalista na interlocução com os outros discursos, e de vertente clínica o trabalho do psicanalista com os pacientes quesão convocados à experiência do \"outro em si\". Partimos do pressuposto fundamental de que o trabalho do psicanalista na instituição se dá na interface das duas vertentes. As situações clínico-institucionais são colocadas de modo a privilegiar a indissociabilidade das duas vertentes, que nos parece ser o que há de específico do trabalho do psicanalista na instituição de saúde. A experiência do \"outro em si\" é da ordem da estranheza, e só pode ser definida a (cotinua) (continuação)partir da relação que cada sujeito estabelece com sua subjetividade, dado que é a experiência que lhe dá acesso a esse saber. Assim como a entrada do psicanalista na equipe não corresponde à sua inserção, o enxerto do novo órgão na situação do transplante não corresponde à sua incorporação. Em ambos os casos, convém que essa estranheza seja preservada para que possa ser tratada, para que cada sujeito e cada equipe possam lidar com ela a partir de seus próprios recursos. Isso gera conseqüências no campo das decisões na instituição. O psicanalista introduz a clínica do sujeito no serviço de saúde ocupando o lugar do \"outro em si\" da equipe. Sua permanência na equipe implica o resgate da clínica médica propriamente dita, esta que se vê tão ameaçada de extinção pelo casamento da ciência com a bioeconomia tecnológica / The general aim of this thesis is to investigate the experience of the \"other in oneself\' as it is revealed through the psychoanalytic clinic and communication between team members. The specific objectives are: to formalize the insertion process and construction of the position of the psychoanalyst in the team on a theoretical basis, according to our experience in the Discipline of Transplant and Surgery of Liver of the General Hospital of the Medical University of the State of São Paulo (HCFMUSP), Brazil, once the way a psychoanalyst responds to the demands is what makes the support of the clinical work in the institution possible or not; to analyze clinical and institutional situations in which the psychoanalyst is inserted and the communication with other discourses, taking as reference the different ethical support so that it is possible to understand the participation in the area of decisions and its consequences for the analyst, for the patient and for the institution; to differentiate the concept of body in psychoanalysis and in medicine, to give theoretical support to the psychoanalyst work; to formalize the liver transplant as a physical and subjective experience on a theoretical basis and simultaneously, consider the psychoanalytic experience with the patients, analyzing the sickness process, its psychic repercussions, the incidence of the transplant on the body, the experience of the \"other in oneself\'\" and its consequences. The work of the psychoanalyst inthe interface with other discourses is named the institutional current and his work with the patients who are called to experience the \"other in oneself\" is the clinical one. We assume the fundamental presupposition that the work of the psychoanalyst in the health institution is held in both directions. The clinical institutional situations are set in order to privilege the interdependence of the two (continue) (continuation)currents, what seems to be the specific aspect of the psychoanalyst work in the health institution. The experience of the \"other in oneself\" brings a sense of weirdness and can only be defined according to the relation that each subject establishes with his subjectivity since it is the experience that gives access to this subjective knowledge. As well as the psychoanalyst insertion in the team does not mean that it will incorporate him, the insertion of a new organ in the transplant situation does not mean it will be integrated by it. In both cases it is advisable that this weirdness is preserved, so that each subject and each team can handle it with their own resources. It brings consequences to the field of decisions in the institution. The psychoanalyst introduces the clinic of the subject in the health service occupying the position of the \"other in oneself\"\' in the team. Strictly speaking, bis permanence in the team implies the rescue of the medical clinic that has been threatened with the extinction of the science partnership withtechnological bioeconomy
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