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Caracterização de Enterococcus sp. provenientes de amostras de fezes de morcegos Tadarida brasiliensis / Characterization of Enterococcus sp. of feces samples from Tadarida brasiliensis bats

Costa, Letícia da Fontoura Xavier January 2018 (has links)
Apesar da importância ambiental dos morcegos em ambientes urbanos, poucos estudos relatam a presença de enterococos nestes animais. Este estudo teve como objetivos: a) isolar, identificar as espécies e detectar a presença de genes de resistência e fatores de virulência em enterococos isolados de fezes de morcegos Tadarida brasiliensis; e b) avaliar a distribuição das espécies de enterococos por qPCR e dos genes de resistência por PCR nas amostras de fezes de morcegos T. brasiliensis. Quatro pools de fezes de morcegos foram coletados em três municípios do Estado do Rio Grande do Sul e foram analisados por metodologias utilizando técnicas de microbiologia e moleculares. A partir das análises dos enterococos isolados das fezes, foram identificadas 4 espécies, sendo Enterococcus faecalis a mais frequente (83,6%), seguida de E. casseliflavus (13,7%), E. gallinarum (1,35%) e E. mundtii (1,35%). As cepas apresentaram perfil de resistência para rifampicina, eritromicina, norfloxacina, ciprofloxacina e tetraciclina. Dentre as 32 cepas resistentes à eritromicina, 28 apresentaram o gene ermC. Das 13 cepas resistentes à ciprofloxacina e norfloxacina nenhuma foi positiva para o gene gyrA. A única cepa resistente à tetraciclina apresentou o gene tetM. Os genes vanC1 e vanC2-3 foram observados em cepas de E. faecalis Quanto à presença dos genes de virulência, maior incidência foi observada para os genes gelE (97,3%) e ace (91,8%), seguido por agg (49,3%), cylA (5,5%) e esp (2,7%). A análise por qPCR permitiu identificar as espécies E. casseliflavus, E. faecalis, E. faecium, E. gallinarum e E. hirae nas fezes dos morcegos. Os genes de resistência ermC, gyrA, vanA, vanB, vanC1 e vanC2-3 foram detectados por PCR. Em conclusão, diferentes espécies de enterococos fazem parte da microbiota do trato gastrointestinal de morcegos T.brasiliensis e a presença de elementos de resistência e virulência podem estar relacionadas a fatores antropogênicos ou ter origem no resistoma ambiental. / Despite the environmental importance of bats in urban environments, few studies have reported the presence of enterococci in these animals. This study aimed: a) isolate, to identify the species and to detect the presence of resistance genes and virulence factors in enterococci isolated from feces of Tadarida brasiliensis bats; b) to evaluate the distribution of the enterococci species by qPCR and the resistance genes by PCR in the faecal samples of T. brasiliensis bats. Four pools of bats feces were collected in three places of the Rio Grande do Sul State and analyzed using microbiology and molecular methodologies. From the analysis of enterococci isolated from feces, 4 species were identified, being Enterococcus faecalis the most frequent (83.6%), followed by E. casseliflavus (13.7%), E. gallinarum (1.35%) and E. mundtii (1.35%). The strains showed a resistance profile to rifampicin, erythromycin, norfloxacin, ciprofloxacin and tetracycline. Of the 32 strains resistant to erythromycin, 28 presented the ermC gene. Of the 13 strains resistant to ciprofloxacin and norfloxacin, none were positive for the gyrA gene. The single tetracycline resistant strain showed the tetM gene. The vanC1 and vanC2-3 genes were observed in E. faecalis strains. As regards the presence of virulence genes, higher incidence was observed for to gelE (97.3%) and ace (91.8%) genes, followed by agg (49.3%), cylA (5.5%) and esp (2.7%). The qPCR analysis allowed to identify the E. casseliflavus, E. faecalis, E. faecium, E. gallinarum and E. hirae species in the bats feces. The ermC, gyrA, vanA, vanB, vanC1 and vanC2-3 resistance genes were detected by PCR. In conclusion, different species of enterococci are part of the gastrointestinal tract microbiota of T. brasiliensis bats and the presence of resistance and virulence elements may be related to anthropogenic factors or originate from the environmental resistome.
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Sorodiagnóstico, isolamento e genotipagem de Toxoplasma gondii e investigação molecular de outros protozoários pertencentes à família Sarcocystidae em morcegos do estado de São Paulo / Serodiagnosis, isolation and genotyping of Toxoplasma gondii and molecular investigation of other protozoa belonging to the Sarcocystidae family in bats from São Paulo state

Aline Diniz Cabral 18 March 2013 (has links)
Os trabalhos existentes sobre protozoários pertencentes à família Sarcocystidae em morcegos são escassos e desatualizados. No Brasil, a ocorrência de Toxoplasma gondii é bem documentada nas espécies domésticas e no Homem, existindo relatos em diversos hospedeiros selvagens. Mundialmente, existe um grande interesse no conhecimento da variedade genética de T. gondii realizada por meio da Reação em Cadeia pela Polimerase Polimorfismo de Comprimento de Fragmentos de DNA gerados por Enzimas de Restrição (PCR-RFLP). No presente trabalho, objetivou-se pesquisar a frequência de ocorrência de anticorpos anti-T. gondii, isolar e caracterizar molecularmente T. gondii e investigar a presença de coccídios da família Sarcocystidae em morcegos de vida livre no estado de São Paulo. Um total de 1921 morcegos, provenientes de 15 municípios do estado de São Paulo, foi examinado durante o período de março de 2010 a março de 2011. Obteve-se 14,89% (28/188) de positividade para T. gondii na Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI ≥ 16) e 18,61% (35/188) no Teste de Aglutinação Modificado (MAT ≥ 25), com baixa concordância entre as técnicas utilizando o índice Kappa (K=0,046). De um total de 282 bioensaios em camundongos, foram obtidos dois isolados, sendo TgBatBr1 proveniente de Molossus molossus, insetívoro, macho e adulto, e TgBatBr2 proveniente de Desmodus rotundus, hematófago, macho e adulto, ambos causando 100% de mortalidade em camundongos. A genotipagem dos isolados e das amostras primárias de morcegos positivas para T. gondii foi feita por meio da PCR-RFLP com os marcadores SAG1, 5\'3\'SAG2, SAG3, BTUB, GRA6, alt. SAG2, c22-8, c29-2, PK1, Apico, L358 e CS3, revelando os genótipos ToxoDB-RFLP #162 e #19, respectivamente, para os isolados TgBatBr1 e TgBatBr2. Para a investigação molecular dos sarcocistídeos foram utilizados primers que amplificam a região 18S do DNA ribossomal e as amostras positivas foram sequenciadas. A análise de sequências pôde ser realizada em 48 das amostras positivas para Sarcocystidae, encontrando-se 100% de identidade com T. gondii em quatro morcegos e também 100% de identidade com Neospora caninum, Hammondia hammondi, Cystoisospora ohioensis e Frenkelia glareoli em um morcego, respectivamente. Outras 39 amostras apresentaram identidade de 94-98% com outros sarcocistídeos e, provavelmente, devem ser novas espécies. Foi possível a genotipagem de amostras primárias positivas para T. gondii de um morcego insetívoro (Eumops glaucinus), correspondendo ao genótipo #69 e de outro morcego insetívoro (E. glaucinus), apresentando o genótipo #6, que corresponde ao Tipo BrI. Há uma necessidade de se investigar a importância dos morcegos como reservatórios de doenças infecciosas, podendo-se sugerir a inclusão do diagnóstico de T. gondii como diferencial para raiva. Ressalta-se também a importância do compartilhamento dos genótipos de T. gondii dos morcegos com hospedeiros terrestres e dos estudos sobre sarcocistídeos em morcegos, a fim de compreender melhor as relações parasita-hospedeiro. / The existing studies on protozoa belonging to the Sarcocystidae family are scarce and outdated in free-living bats. In Brazil, the occurrence of Toxoplasma gondii is well documented in domestic animals and humans, with reports in several wild hosts. Worldwide, there is a great interest in understanding the genetic variation of T. gondii using differen molecular tools as the Polymerase Chain Reaction Restriction Fragment Length Polymorphism (PCR-RFLP). The present study aimed to research the frequency of occurrence of anti-T. gondii antibodies, to isolate and molecularly characterize T. gondii and to investigate the presence of coccidia from Sarcocystidae family in free-living bats from São Paulo state. A total of 1921 bats from 15 municipalities in São Paulo state were examined from March 2010 to March 2011. It was obtained 14.89% (28/188) of positivity for T. gondii by Indirect Immunofluorescence Assay (IFA ≥ 16) and 18.61% (35/188) by Modified Agglutination Test (MAT ≥ 25) with low agreement between techniques when using Kappa (K = 0.046). From a total of 282 bioassays in mice, two bat isolates were obtained, TgBatBr1 from Molossus molossus, an insectivorous, male, adult bat, and TgBatBr2 from Desmodus rotundus, a vampire, male, adult bat, both causing 100% of mouse mortality. Genotyping of isolates and T. gondii positive primary samples from bats were performed by PCR-RFLP using markers SAG1, 5\'3\'SAG2, SAG3, BTUB, GRA6, alt. SAG2, c22-8, c29-2, PK1, Apico, L358 and CS3, revealing ToxoDB-RFLP genotypes #162 and #19, respectively, for isolates TgBatBr1 and TgBatBr2. Primers that amplify the 18S ribosomal DNA region were employed for molecular investigation of Sarcocystidae in primary samples and the positive samples were sequenced. Analysis of sequence could be accomplished for 48 Sarcocystidae positive samples. A 100% identity with T. gondii was found in four bats, and with Neospora caninum, Hammondia hammondi, Cystoisospora ohioensis and Frenkelia glareoli in a bat, respectively. Thirty-nine samples showed 94-98% identity with other Sarcocystidae and, probably, these are new species. Genotyping of positive primary samples for T. gondii was complete from one insectivorous bat (Eumops glaucinus), corresponding to genotype # 69 and from other insectivorous bat (E. glaucinus), showing genotype # 6, which corresponds to the Type BrI. It is necessary to investigate the importance of bats as reservoirs of infectious diseases, and it could be suggested the inclusion of the diagnosis of T. gondii as a differential to rabies. We also emphasize the importance of T. gondii genotypes from bats being shared with terrestrial hosts and of studies on Sarcocystidae in bats in order to better understand the host-parasite relationship.
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Detecção de vírus em amostras biológicas provenientes de morcegos do Estado do Rio Grande do Sul / Detection of viruses in biological samples from Rio Grande do Sul state bats

Lima, Francisco Esmaile de Sales January 2014 (has links)
Os morcegos (Ordem Chiroptera) estão entre as espécies de mamíferos mais diversificadas e distribuídas no mundo. É reconhecido o papel fundamental que eles exercem na natureza. Por outro lado, são conhecidos como importantes reservatórios de agentes de doenças infecciosas, dentre os quais vírus, até pouco tempo desconhecidos, que nas últimas décadas se tornaram emergentes em humanos e outras espécies. Dentre os vírus RNA emergentes, destacam-se o SARS-CoV, MERS-CoV, vírus Hendra e Nipah e o último a causar importante surto na África, vírus Ebola.Mais de 100 espécies de vírus já foram detectadas em morcegos em todo o mundo, tanto vírus RNA, quanto vírus DNA, embora importância desses últimos como agentes de zoonoses ainda não tenha sido confirmada. Estudos no Brasil com relação à detecção de vírus em morcegos são praticamente inexistentes, e são focados apenas na vigilância e epidemiologia do vírus rábico. Portanto, este trabalho objetivou a detecção de vírus, tanto RNA, quanto DNA, em amostras de morcegos no estado do Rio Grande do Sul, através de técnicas moleculares e sequenciamento dos fragmentos obtidos. Identificamos a presença de vírus da família Coronaviridae, Circoviridae e Adenoviridae em amostras de fezes e tecidos de morcegos insetívoros e hematófagos. A detecção de novas espécies de vírus da família Circoviridae confirma a diversidade viral que estes vírus podem apresentar. Os resultados obtidos por investigação não podem afirmar se tais vírus apresentam potencial zoonótico, mas por serem dados inéditos no país, reforçam a importância da vigilância e de estudos adicionais para melhor compreender o papel que diferentes espécies de morcegos tem como reservatórios de vírus que possam ter impacto na saúde animal e humana. / Bats (Order Chiroptera) are among the most diverse and worldwide distributed mammal species. It is recognized the important role they play in nature, but, on the other hand, they are known as important reservoirs of infectious diseases, including viruses, until then unknown, that have become emerging in recent decades. Among RNA viruses of great importance are the SARS-CoV, MERS-CoV, Hendra and Nipah viruses and the one responsible to cause major outbreaks in Africa recently, the Ebola virus. More than 100 species of virus have been detected in bats in the world, both RNA and DNA viruses DNA, although the latter still hasn't confirmed its importance on zoonosis or the impact it would cause to the host itself.Studies in Brazil are practically nonexistent, because they are focused only on surveillance and epidemiology of rabies virus. Therefore, this work aimed to virus detection, both RNA and DNA in samples from bats in the State of Rio Grande do Sul, through molecular techniques and sequencing of the fragments obtained.We identify the presence of viruses of the family Coronaviridae, Circoviridae and Adenoviridae in stool samples and tissues. In addition, the discovery of new species of viruses of the family Circoviridae confirms viral diversity that these bats can carry. The results obtained in this investigation cannot confirm if such viruses have zoonotic potential, but as they are the first data published in the country, it underscores the importance of vigilance and additional studies to better understand the role that different species of bats have as reservoirs of viruses that may have an impact on animal and human health.
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Biologia reprodutiva de duas espécies simpátricas do gênero Artibeus Leach, 1821 (CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE) no sul do Brasil

Lima, Camila Silveira de January 2012 (has links)
A biologia reprodutiva de machos e fêmeas de Artibeus lituratus e Artibeus fimbriatus foi estudada no extremo sul do Brasil, região subtropical e limite meridional de suas distribuições. O padrão reprodutivo dessas espécies é conhecido somente nas zonas tropicas do Brasil. Para as análises foi utilizado um total de 225 indivíduos de A. lituratus (86 machos e 139 fêmea) e 129 indivíduos de A. fimbriatus (46 machos e 83 fêmeas), depositados em coleções científicas, coletados no estado de Rio Grande do Sul e sudeste Sul de Santa Catarina. O ciclo reprodutivo foi estudado a partir da análise de caracteres sexuais externos e análise de lâminas histológicas das gônadas de machos e fêmeas. Somente indivíduos adultos foram considerados para as análises. As fêmeas de A. lituratus e A. fimbriatus apresentam dois períodos reprodutivos ao ano, padrão reprodutivo poliéstrico bimodal, e os machos permanecem ativos ao longo de todo o ano. O tempo de gestação dura, aproximadamente, de três a quatro meses. Os períodos de nascimento ocorrem entre novembro e fevereiro, enquanto que os de amamentação vão de fevereiro a maio, épocas correspondentes à primavera e verão, quando as temperaturas são mais elevadas e os dias mais longos no extremo sul do Brasil.
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Relación de los ensambles de murciélagos (Mammalia: Chiroptera) y el uso de la tierra en el noreste de la región pampeana de Argentina

Lutz, María Ayelén 12 May 2014 (has links)
La transformación de los ecosistemas es preocupante ya que la existencia del hombre como especie depende de los servicios que éstos nos brindan. Existe una estrecha relación entre la biodiversidad y la provisión de servicios ecosistémicos, por lo tanto el cambio en la diversidad biológica, indicativo del grado de impacto de las actividades humanas en los ecosistemas, repercute directamente en los servicios. Las variaciones de los ensambles de murciélagos pueden ser utilizadas como indicadores de la calidad ambiental, siendo este grupo faunístico de vital importancia debido a los servicios ecosistémicos que brinda. En particular, los murciélagos insectívoros juegan un papel fundamental como reguladores de las poblaciones de insectos, pudiendo actuar como controladores biológicos de insectos plagas y vectores de enfermedades. A pesar del rol que tienen en el ambiente, el estudio de murciélagos en Argentina se circunscribe principalmente al norte del país, siendo escaso el conocimiento de los mismos en el noreste de la región pampeana. En este trabajo de tesis se estudiaron las variaciones de la diversidad de murciélagos en relación a distintos usos de la tierra en el noreste de la región pampeana de Argentina. La investigación se enfocó en dos subregiones de la mencionada área, la Pampa Ondulada y el Delta Inferior del río Paraná, donde durante años se han desarrollado diferentes actividades humanas que modificaron el ambiente, como la producción agrícola, las plantaciones forestales y el desarrollo urbano. La hipótesis planteada en esta tesis fue que la composición y estructura de los ensambles de murciélagos varían en función de los diferentes usos de la tierra en el área de estudio. Se define ensamble como una fracción de una comunidad biótica que incluye organismos relacionados taxonómicamente que pertenecen a un mismo gremio (Fauth et al., 1996). Fauth et al. (1996) y Patterson et al. (2003) utilizan el término “ensemble” para definir este sub-conjunto de una comunidad, y en esta tesis se sigue a Aguirre (2007a) quien traduce “ensemble” de los trabajos originales como “ensamble” en español. Se consideraron cuatro tipos de uso de la tierra: agrícolas, forestales, urbanos y áreas similares a las nativas; estas últimas, con un menor impacto antrópico, se utilizaron para realizar comparaciones. Los objetivos específicos planteados fueron: realizar una revisión de las especies registradas en el área de estudio; caracterizar los ensambles de murciélagos presentes en cada uso de la tierra en base a la riqueza específica y abundancia relativa de cada especie; evaluar que factores influyen en la estructura de la comunidad de murciélagos en cada tipo de uso de la tierra; describir los tipos de refugios y época en la que son utilizados por las diferentes especies en cada lugar. En Buenos Aires los sitios de estudio fueron: establecimiento “Los Tilos” (uso agrícola), Parque Ecológico Municipal y República de los Niños (uso urbano), todos en el partido de La Plata, y reserva “El Destino”, Magdalena (ambiente similar al nativo de la Pampa Ondulada). En Entre Ríos las áreas seleccionadas se ubicaron en el departamento de Islas del Ibicuy: la quinta “Arco Iris” (uso forestal) y la quinta “La Chilena” (ambiente similar al original del Bajo Delta). Para la caracterización del ensamble de murciélagos en los distintos usos de la tierra se realizaron muestreos con redes de niebla. Se eligieron dos sitios de muestreo por cada tipo de uso de la tierra considerado, los muestreos se realizaron durante dos noches consecutivas en cada sitio. Se utilizó un conjunto de ocho redes de niebla, y se trabajó en las estaciones de primavera, verano y otoño, durante dos años. El proyecto abarcó 120 noches de muestreo y un total de 45600 h*m red. Para la identificación de las especies en el campo se utilizó la clave de murciélagos de Argentina. De cada ejemplar se obtuvo el peso y la longitud del antebrazo, y se determinó la edad relativa, el sexo y condición reproductiva. Los murciélagos liberados fueron marcados mediante un tatuaje en el ala. En cada sitio de muestreo se colectaron ejemplares de referencia. Aquellos ejemplares de difícil asignación específica en campo también fueron colectados para ulteriores estudios y comparaciones con ejemplares de colecciones. El material colectado se encuentra depositado en el Museo de La Plata. Se realizó una exhaustiva revisión de los ejemplares procedentes del área de estudio que se encuentran depositados en colecciones sistemáticas nacionales: Colección Mamíferos Lillo, Museo de La Plata, Museo Argentino de Ciencias Naturales “Bernardino Rivadavia”, y Colección Elio Massoia. Además, se revisaron e identificaron ejemplares de los siguientes centros de zoonosis: Instituto de Zoonosis “Luis Pasteur”, Departamento Antirrábico del Laboratorio Central de Salud Instituto Biológico “Dr. Tomás Perón” de La Plata, y Departamento de Zoonosis Urbanas del Ministerio de Salud de la Provincia de Buenos Aires. Para evaluar la representatividad de los ensambles en cada ambiente de muestreo se utilizaron curvas de acumulación de especies y se calculó el nivel de inventario a partir de los estimadores de riqueza no paramétricos CHAO 2 y Jack–knife 1. Las estimaciones de los números de especies se realizaron con el programa EstimateS 9.1.0. Para representar la estructura de los ensambles en cada situación de uso de suelo se calculó el índice de dominancia de Simpson, el de equidad de Shannon y el estadístico no paramétrico CHAO 1, y para estimar la diversidad beta se aplicó el coeficiente de distancia de Jaccard y el índice de Whittaker, utilizando en todos los casos el programa PAST 2.17. Para analizar la relación entre la estructura de los ensambles y las diferentes situaciones del uso del suelo, así como la relación entre la sequía y la captura de murciélagos en Magdalena se implementó un análisis multivariado HJ-biplot. En el presente trabajo se registraron 14 especies de murciélagos con distribución actual en el área de estudio. Cuatro de la familia Molossidae: Eumops bonariensis, E. patagonicus, Molossus molossus, Tadarida brasiliensis; y 10 de la familia Vespertilionidae: Dasypterus ega, Eptesicus diminutus, E. furinalis, Lasiurus blossevillii, L. cinereus, Myotis albescens, M. levis, M. dinellii, M. riparius y M. ruber. Las tres últimas especies se registran por primera vez en el área de estudio, y las últimas dos para las provincias de Entre Ríos y Buenos Aires. Todas las especies se registraron durante el trabajo de campo, excepto E. patagonicus registrado a través de la revisión de los ejemplares en colecciones. Se examinaron 660 especímenes depositados en colecciones, y se colectaron 118 ejemplares en el trabajo de campo. Se revisaron y determinaron 183 murciélagos de los centros de zoonosis. En el área de muestreo se capturaron un total de 395 individuos de 13 especies, perteneciendo 283 individuos a tres especies de la familia Molossidae y 112 individuos a 10 especies de la familia Vespertilionidae. Las principales diferencias encontradas entre las regiones del Bajo Delta del Paraná y de la Pampa Ondulada se basan en la dominancia de especies de familias diferentes, en el Bajo Delta predominaron los vespertiliónidos y en la Pampa Ondulada los molósidos. En relación a la diversidad de especies de murciélagos, en el Bajo Delta se registró en el uso forestal una riqueza mayor que el monte blanco, lo que podría explicarse por el efecto del disturbio intermedio o por lo complejo que es capturar murciélagos en el monte blanco; pero es de destacar que en las plantaciones forestales dos especies no fueron registradas, E. diminutus y M. ruber, está última considerada casi amenazada. En la Pampa Ondulada la mayor diversidad se registró en el talar (10 especies) mientras que en la zona agrícola y parque urbano la diversidad desciende prácticamente a la mitad. En esta región la transformación de los ambientes para usos productivos implica la pérdida de diversidad y disminución de la abundancia, mientras que en el parque urbano se registró disminución en la riqueza de especies y dominancia de algunas especies de molósidos. Las diferencias en la composición específica entre ambientes silvestres y aquellos modificados por actividades antrópicas, así como un aumento en estos últimos de la abundancia relativa de especies que tienen mayor capacidad de utilizar las construcciones humanas como refugios, como es el caso de los molósidos, apoyarían la hipótesis postulada, es decir, en el área de la Pampa Ondulada y Delta Inferior del río Paraná, la estructura de los ensambles de murciélagos varía en función del tipo de uso de suelo. En cuanto al uso de refugios en el área de estudio sólo se encontró un refugio natural, una caverna ocupada por M. dinellii; y se encontraron varios refugios artificiales, siendo la mayoría construcciones humanas de ladrillos, chapas y maderas, ubicándose los murciélagos en zonas altas de las mismas (techos, entretechos, parte superior de paredes). Las especies registradas en los refugios fueron E. bonariensis, M. molossus, T. brasiliensis, M. dinellii y M. levis. Durante este estudio se observó que algunas especies (M. molossus, E. bonariensis y M. dinellii) mostraban fidelidad a su refugio, a pesar de ciertos disturbios. Por otro lado, se obtuvieron datos reproductivos de muchas de las especies colectadas cuyo conocimiento hasta el momento era escaso o nulo. Entre los datos obtenidos cabe destacar la información recabada de los ejemplares de M. molossus y E. furinalis capturados en Magdalena, donde se registró una disminución de la cantidad de hembras preñadas durante los años de muestreo en el área, posiblemente debido al estrés generado por la reducción de las fuentes de agua y la disponibilidad de alimento durante la sequía en el área. En un contexto de cambio climático global, se presume que podría ocurrir una declinación de las poblaciones de murciélagos en el área de la Pampa Ondulada. Ya sea porque las sequías se extiendan en el tiempo, o porque se profundicen los factores que reducen la disponibilidad de agua en la zona. Finalmente, es importante destacar que los estudios de los ensambles de murciélagos pueden contribuir a la elección de áreas prioritarias para la conservación, así como aportar datos valiosos que permitan un manejo adecuado de las reservas naturales y zonas productivas en pos de la conservación de este grupo taxonómico. En el caso de las zonas urbanas del área de estudio, sería necesario que se continúe con la identificación de todos los especímenes que reciben los centros de zoonosis, tal como se desarrolló durante el trabajo de esta tesis. Las investigaciones sobre la ecología de los murciélagos urbanos junto a campañas de información a los ciudadanos, destacando el rol de los murciélagos insectívoros en el ecosistema urbano, permitirán conciliar el interés sanitario y de conservación de los murciélagos.
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Aspectos Sistemáticos, Ecológicos e Reprodutivos de Morcegos na Mata Atlântica / Systematics, ecological and reproductive aspects of bats in the Atlantic forest

Corrêa, Silvia Fazzolari 23 March 1995 (has links)
A fauna de morcegos de uma área preservada de Mata Atlântica (Parque Estadual da Ilha do Cardoso, São Paulo) foi estudada quanto à sua composição e estrutura em dois tipos de formações vegetais distintos (mata de encosta e mata de restinga) e quanto às suas variações sazonais, identificando-se o período reprodutivo. A metodologia empregada consistiu de capturas mensais realizadas de julho de 1990 a julho de 1991, utilizando-se redes de neblina dispostas nos mesmos lugares durante todo o período. Os morcegos capturados foram identificados no campo, tendo seu sexo e estado reprodutivo observados nesse momento; a maioria dos exemplares foi sacrificada, retirando-se o conteúdo estomacal e as gônadas para análise de dieta e de estado reprodutivo. Também foram retirados os endo e ectoparasitas. Todos os animais coletados foram preservados por via seca e depositados na coleção de mamíferos do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Alguns exemplares foram marcados e soltos. Foram capturados 393 indivíduos de 27 espécies, com predominância da família Phyllostomidae, especialmente da subfamília Stenodermatinae. De um modo geral, as espécies capturadas estão dentro de suas áreas já conhecidas de distribuição, à exceção de Dermanura cinérea, que ainda não havia sido detectada na região sudeste. Também foi encontrada uma espécie nova da família Vespertilionidae, denominada Lasiurus ebenus. Apesar das espécies encontradas serem de ampla distribuição, a composição da comunidade mostra peculiaridades que refletem a fisiografia local. A maioria das espécies (19) foi considerada rara, sendo seis classificadas como comuns e duas, Artibeus obscurus e Sturnira lilium, como muito comuns. Há diferenças marcantes entre as comunidades da mata e da restinga: a primeira apresenta número muito maior de indivíduos e de espécies (310 e 22 respectivamente VS 83 e 10), sendo muito comuns S.lilium e A.obscurus; na segunda Artibeus lituratus é o morcego classsificado como muito comum. Em ambas as fitofisionomias há espécies exclusivas (17 na mata e cinco na restinga); aquelas comuns às duas formações foram capturadas com frequências muito diferentes, à exceção de Myotis nigricans. Além das diferenças entre as fitofisionomias, pode-se observar diferenças na composição das comunidades de acordo com a época do ano. Nos meses frios (maio a outubro) são mais comuns S.lilium e A.obscurus, e nos meses quentes (novembro a abril) são mais comuns A.obscurus e A.lituratus. De um modo geral, acredita-se que a comunidade de morcegos da Ilha do Cardoso, como um todo, tenha sido estruturada por pressões outras que a competição por alimentos, haja vista a existência de preferências diferenciadas quanto aos ítens das dietas e quanto ao período do ano de maior atividade, assim como a inexistência de um período realmente crítico quanto à oferta de alimentos. Detectou-se um período longo de reprodução, de agosto a maio, havendo nas espécies comuns um estro pós-parto, que possibilita o nascimento de dois filhotes em uma única estação reprodutiva. Estas espécies são classificadas como poliéstricas bimodais sazonais. Quanto aos aspectos histológicos das gônadas dos morcegos dos gêneros mais comuns, Artibeus e Sturnira, observou-se grande semelhança nas estruturas e fases do ciclo. Em Sturnira Sturnira o período de reprodução mostrou iniciar-se um mês mais cedo do que a análise da morfologia externa pode detectar. As fêmeas dos dois gêneros são monovulares, e as maiores diferenças entre elas é a presença indubitável de células paraluteínicas no corpo lúteo de Sturnira e sua não observação em Artibeus. Os machos produzem espermatozóides ao longo de todo o ano, não apresentando picos no período em que supostamente as fêmeas estão receptivas. Nos testículos dos dois gêneros, a maior diferença encontrada é a presença de células intersticiais de caráter glandular em Sturnira, que se acredita serem células de Leydig, produtoras de hormônios masculinos, e que não foram observadas em Artibeus. Tenta-se apresentar desta forma um quadro abrangente sobre a fauna de morcegos de uma área não perturbada de Mata Atlântica, também apontando problemas relacionados à estruturação de comunidades e à distribuição de espécies no sudeste brasileiro. / A chiropteran community of a well-preserved region of Atlantic Forest (Ilha do Cardoso State Park, São Paulo) was studied in its composition and structure in two different vegetation types (rain forest and \"restinga\"), aiming at identifiying seasonal changes and reproductive periods. The most common species found were Artibeus obscurus and Sturnira lilium. There are many differences between the rain forest community and the restinga one: the former is much more diverse than the latter (380 individuals of 22 species and 83 individuals of 10 species, respectively). There are also significant seasonal changes in the composition of the communities and relative abundance of the species between the cold and warm periods of the year. In the cold one, Sturnira lilium and Artibeus obscurus are considered \"very common\" and in the warm one the \"very common\" are Artibeus obscurus and Artibeus lituratus. Reproduction occurs during a long period (August to May), with a second estrus in the common species. The gonads of the species of Artibeus and Sturnira are very similar; the females mature one ovum each time and the males produce sperm all over the year.
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O processo inflamatório, a resposta imune \"in situ\" e a morte neuronal em sistema nervoso central de pacientes com raiva transmitida por morcegos / Inflammatory process, in situ immune response and neuronal death in central nervous system of patients with rabies transmitted by bats

Fernandes, Elaine Raniero 17 June 2009 (has links)
A raiva é uma doença do sistema nervoso central que é quase invariavelmente fatal. Apesar de causar cerca de 60.000 mortes/ano, a raiva ainda permanece uma doença negligenciada na maioria dos países, principalmente naqueles em desenvolvimento. O objetivo do nosso estudo foi verificar nos microambientes meningeal, perivascular e intraparenquimatoso do sistema nervoso central, o processo inflamatório, a resposta imune do hospedeiro e a morte dos neurônios frente à infecção rábica transmitida por morcegos. Verificamos que a raiva humana transmitida por morcegos é uma meningoencefalomielite. Através de reação imuno-histoquímica caracterizamos e quantificamos in situ a distribuição do antígeno viral, o fenótipo de células inflamatórias, as células expressando citocinas pró inflamatórias, citocinas representativas de padrão Th1 e Th2 e células em apoptose. O antígeno viral foi encontrado difusamente no parênquima cerebral, em maior abundância em neurônios, não diferindo sua distribuição em relação as regiões cerebrais. As células da glia, em especial os astrócitos, estavam imunomarcadas com o antígeno da raiva, assim como as células endoteliais e células mononucleadas da luz vascular. Esses achados contribuíram para a hipótese da ocorrência de uma via hematogênica alternativa de disseminação viral, através da infecção de células endoteliais pelo vírus, posterior infecção de astrócitos e finalmente infecção de neurônios. A expressão significativa de IL-12 nos pacientes rábicos provavelmente traduz imunidade de base preservada. Identificamos, outrossim, falta de resposta efetiva das células NK e comprometimento da resposta imune adaptativa seqüencial, demonstrada pela depleção de linfócitos TCD4+ no parênquima cerebral, prejuízo da atividade citotóxica dos linfócitos TCD8+ com proporcionalmente baixa expressão de granzima e expressão rarefeita de IFN-g e IL-2r. Essa situação deve ser reflexo da manipulação do vírus sobre a resposta imune inata e adaptativa do hospedeiro tendo como conseqüência uma reposta ineficaz para clareamento do vírus. A expressão aumentada de citocinas pró-inflamatórias (IL-1b, IL-6 e TNF-a) contribuiu para o dano neuronal. O padrão citocínico predominante no sistema nervoso central na raiva foi o Th2, com alta expressão de IL-4 e IL-10. O TGF-b aumentado nos casos de raiva favorece um ambiente imunossupressor para manter intacta a rede neuronal, mas também contribui para permanência local do vírus. A verificação de grau pouco acentuado de neurônios apoptóticos em contraposição a apoptose expressiva de linfócitos TCD4+ e TCD8+, indicaria a utilização pelo vírus de mecanismos ora anti-apoptóticos para preservar neurônios e favorecer a disseminação viral, ora pró-apoptóticos, destruindo linfócitos e atenuando o processo inflamatório. Em síntese, o envolvimento do sistema nervoso central em decorrência da raiva se faz às custas de processo inflamatório com predomínio local de linfócitos TCD8+, um padrão Th2 de expressão de citocinas, acometendo os microambientes meningeal, perivascular e intraparenquimatoso, sendo o bulbo a região mais afetada pelo processo. / Viral disease of central nervous system almost invariable fatal, rabies causes about 60.000 deaths yearly, and still remain a neglected disease in most countries, specially in developing ones. We study the meningeal, perivascular and parenquimal environment in central nervous system from patients who dies after bat transmitted rabies, looking for the inflammatory process, host immune response and neuronal death. We show that human rabies transmitted by bats is a meningoencephalomyelitis. Immunohistochemistry allows the in situ quantification of viral antigen distribution, inflammatory cellular phenotype, expression of cytokines representing both Th1 and Th2 profile and pro-inflammatory and cell apoptosis. Viral antigen was found disseminatted in cerebral parenquima, more abundant in neurons, without cerebral area preference. Glial cells, specially astrocytes, were immunostained with rabies antigen, as well as endothelial and vascular mononuclear cells. These findings contributed for an alternative hypothesis of the occurrence of hematogenic viral dissemination, through viral infection or passage by endothelial cells, followed by astrocyte infection, and finally reaching neurons. IL-12 significant expression in central nervous system from rabies patients probably reflect preservation of immunity. The lack of effective NK cells could compromise adaptive immune response, demonstred by TCD4+ lymphocytes depletion in cerebral parenquima, ineffective TCD8+ cytotoxic activity with low granzyme expression and low expression of IFN-g and IL-2r. This situation reflects viral effect on host innate and adaptive immune response leading to an ineffective response for viral clearance. High pro-inflammatory cytokine expression, IL- 1b, IL-6 and TNF-a, contribute for neuronal damage, with predominant Th2 cytokine profile in central nervous system in rabies patients, with high expression of IL-4 and IL-10. Increased TGF-b expression also shows an immune suppressor environment, which maintains the neuronal network intact, but also contributes for viral permanence. The low degree of apoptotic neurons opposed with expressive apoptosis of TCD4+ and TCD8+ lymphocytes, could indicate viral mechanisms anti-apoptotic for neurons preservation and favour viral dissemination, or pro-apoptotic, destroying lymphocytes and attenuating the inflammatory process. In synthesis, the involvement of central nervous system in rabies is consequence of inflammatory process with TCD8+ lymphocytes predominance, Th2 profile cytokines expression, affecting all brain compartments and areas, especially the medulla oblongata.
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O processo inflamatório, a resposta imune \"in situ\" e a morte neuronal em sistema nervoso central de pacientes com raiva transmitida por morcegos / Inflammatory process, in situ immune response and neuronal death in central nervous system of patients with rabies transmitted by bats

Elaine Raniero Fernandes 17 June 2009 (has links)
A raiva é uma doença do sistema nervoso central que é quase invariavelmente fatal. Apesar de causar cerca de 60.000 mortes/ano, a raiva ainda permanece uma doença negligenciada na maioria dos países, principalmente naqueles em desenvolvimento. O objetivo do nosso estudo foi verificar nos microambientes meningeal, perivascular e intraparenquimatoso do sistema nervoso central, o processo inflamatório, a resposta imune do hospedeiro e a morte dos neurônios frente à infecção rábica transmitida por morcegos. Verificamos que a raiva humana transmitida por morcegos é uma meningoencefalomielite. Através de reação imuno-histoquímica caracterizamos e quantificamos in situ a distribuição do antígeno viral, o fenótipo de células inflamatórias, as células expressando citocinas pró inflamatórias, citocinas representativas de padrão Th1 e Th2 e células em apoptose. O antígeno viral foi encontrado difusamente no parênquima cerebral, em maior abundância em neurônios, não diferindo sua distribuição em relação as regiões cerebrais. As células da glia, em especial os astrócitos, estavam imunomarcadas com o antígeno da raiva, assim como as células endoteliais e células mononucleadas da luz vascular. Esses achados contribuíram para a hipótese da ocorrência de uma via hematogênica alternativa de disseminação viral, através da infecção de células endoteliais pelo vírus, posterior infecção de astrócitos e finalmente infecção de neurônios. A expressão significativa de IL-12 nos pacientes rábicos provavelmente traduz imunidade de base preservada. Identificamos, outrossim, falta de resposta efetiva das células NK e comprometimento da resposta imune adaptativa seqüencial, demonstrada pela depleção de linfócitos TCD4+ no parênquima cerebral, prejuízo da atividade citotóxica dos linfócitos TCD8+ com proporcionalmente baixa expressão de granzima e expressão rarefeita de IFN-g e IL-2r. Essa situação deve ser reflexo da manipulação do vírus sobre a resposta imune inata e adaptativa do hospedeiro tendo como conseqüência uma reposta ineficaz para clareamento do vírus. A expressão aumentada de citocinas pró-inflamatórias (IL-1b, IL-6 e TNF-a) contribuiu para o dano neuronal. O padrão citocínico predominante no sistema nervoso central na raiva foi o Th2, com alta expressão de IL-4 e IL-10. O TGF-b aumentado nos casos de raiva favorece um ambiente imunossupressor para manter intacta a rede neuronal, mas também contribui para permanência local do vírus. A verificação de grau pouco acentuado de neurônios apoptóticos em contraposição a apoptose expressiva de linfócitos TCD4+ e TCD8+, indicaria a utilização pelo vírus de mecanismos ora anti-apoptóticos para preservar neurônios e favorecer a disseminação viral, ora pró-apoptóticos, destruindo linfócitos e atenuando o processo inflamatório. Em síntese, o envolvimento do sistema nervoso central em decorrência da raiva se faz às custas de processo inflamatório com predomínio local de linfócitos TCD8+, um padrão Th2 de expressão de citocinas, acometendo os microambientes meningeal, perivascular e intraparenquimatoso, sendo o bulbo a região mais afetada pelo processo. / Viral disease of central nervous system almost invariable fatal, rabies causes about 60.000 deaths yearly, and still remain a neglected disease in most countries, specially in developing ones. We study the meningeal, perivascular and parenquimal environment in central nervous system from patients who dies after bat transmitted rabies, looking for the inflammatory process, host immune response and neuronal death. We show that human rabies transmitted by bats is a meningoencephalomyelitis. Immunohistochemistry allows the in situ quantification of viral antigen distribution, inflammatory cellular phenotype, expression of cytokines representing both Th1 and Th2 profile and pro-inflammatory and cell apoptosis. Viral antigen was found disseminatted in cerebral parenquima, more abundant in neurons, without cerebral area preference. Glial cells, specially astrocytes, were immunostained with rabies antigen, as well as endothelial and vascular mononuclear cells. These findings contributed for an alternative hypothesis of the occurrence of hematogenic viral dissemination, through viral infection or passage by endothelial cells, followed by astrocyte infection, and finally reaching neurons. IL-12 significant expression in central nervous system from rabies patients probably reflect preservation of immunity. The lack of effective NK cells could compromise adaptive immune response, demonstred by TCD4+ lymphocytes depletion in cerebral parenquima, ineffective TCD8+ cytotoxic activity with low granzyme expression and low expression of IFN-g and IL-2r. This situation reflects viral effect on host innate and adaptive immune response leading to an ineffective response for viral clearance. High pro-inflammatory cytokine expression, IL- 1b, IL-6 and TNF-a, contribute for neuronal damage, with predominant Th2 cytokine profile in central nervous system in rabies patients, with high expression of IL-4 and IL-10. Increased TGF-b expression also shows an immune suppressor environment, which maintains the neuronal network intact, but also contributes for viral permanence. The low degree of apoptotic neurons opposed with expressive apoptosis of TCD4+ and TCD8+ lymphocytes, could indicate viral mechanisms anti-apoptotic for neurons preservation and favour viral dissemination, or pro-apoptotic, destroying lymphocytes and attenuating the inflammatory process. In synthesis, the involvement of central nervous system in rabies is consequence of inflammatory process with TCD8+ lymphocytes predominance, Th2 profile cytokines expression, affecting all brain compartments and areas, especially the medulla oblongata.
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Aspectos bio-ecológicos e análise da diversidade e composição de quirópteros (Mammalia, Chiroptera) em área de influência da Usina Hidrelétrica Barra Grande, SC/RS, Brasil

Reus, Carla Letícia January 2009 (has links)
Os morcegos representam quase 25% de mamíferos de qualquer região tropical, sendo o grupo determinante na diferença entre os padrões de diversidade de mamíferos em regiões tropicais e temperadas. Os objetivos do trabalho foram: verificar e comparar a diversidade, a composição, o ritmo de atividade horária e sazonal e a condição reprodutiva dos quirópteros capturados em rede de neblina. As áreas do estudo (AC3, AD2, AD6, AD8) foram afetadas pelo alagamento proveniente da construção da Usina Hidrelétrica Barra Grande, SC/RS. De maio de 2007 até abril de 2008 foram capturados 451 indivíduos distribuídos em 12 espécies e três famílias. O índice de diversidade variou entre as áreas, sendo a AD6 com maior valor (H=1,473) e maior diferença em termos de composição de espécies. A AD2 e a AD8 são as mais similares em termos de composição. Segundo a análise de rarefação, dentre as quatro áreas, a AD8 é a mais rica. As populações desta área podem estar menos abundantes devido à menor distância da barragem e ao pequeno tamanho da área, o que explicaria o menor IC, mas a maior riqueza. Sturnira lilium, a espécie com o maior número de capturas (n= 351) teve concentração de registros nos meses com a média de temperatura mais baixa (n=331), correspondendo às estações outono (abril a junho) e inverno (julho a setembro). Nenhum indivíduo de Artibeus lituratus foi capturado no período de primavera/verão (outubro a março). Espécimes de Desmodus rotundus foram registrados nas quatro estações do ano, apenas em áreas de campo (AD6). A. lituratus apresentou forte associação positiva com a primeira hora de captura, quando o registro de S. lilium ficou abaixo do esperado. Entre todos os indivíduos capturados, 261 eram fêmeas e 186 eram machos. Fêmeas grávidas de S. lilium foram encontradas nos meses de julho e dezembro de 2007 e março e abril de 2008. Julho foi o mês com o maior número de registros de fêmeas lactantes e não lactantes desta espécie. Todos os exemplares de A. lituratus capturados estavam aparentemente inativos sexualmente. No mês de setembro uma fêmea grávida e uma grávida e lactante de D. rotundus foram capturadas, fêmeas lactantes apareceram somente no mês de junho. Fatores adversos do habitat podem afetar a diversidade de morcegos. A barragem pode não interferir na presença ou ausência de espécies, mas as populações presentes nas áreas podem estar num processo gradativo de ajuste, com influência direta na abundância e na riqueza de morcegos. Os resultados obtidos indicam a existência de alto potencial adaptativo das espécies estudadas à variação de temperatura e condições ambientais. A diversidade de padrões entre as espécies evidencia a existência de estratégias reprodutivas variáveis.
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Aspectos bio-ecológicos e análise da diversidade e composição de quirópteros (Mammalia, Chiroptera) em área de influência da Usina Hidrelétrica Barra Grande, SC/RS, Brasil

Reus, Carla Letícia January 2009 (has links)
Os morcegos representam quase 25% de mamíferos de qualquer região tropical, sendo o grupo determinante na diferença entre os padrões de diversidade de mamíferos em regiões tropicais e temperadas. Os objetivos do trabalho foram: verificar e comparar a diversidade, a composição, o ritmo de atividade horária e sazonal e a condição reprodutiva dos quirópteros capturados em rede de neblina. As áreas do estudo (AC3, AD2, AD6, AD8) foram afetadas pelo alagamento proveniente da construção da Usina Hidrelétrica Barra Grande, SC/RS. De maio de 2007 até abril de 2008 foram capturados 451 indivíduos distribuídos em 12 espécies e três famílias. O índice de diversidade variou entre as áreas, sendo a AD6 com maior valor (H=1,473) e maior diferença em termos de composição de espécies. A AD2 e a AD8 são as mais similares em termos de composição. Segundo a análise de rarefação, dentre as quatro áreas, a AD8 é a mais rica. As populações desta área podem estar menos abundantes devido à menor distância da barragem e ao pequeno tamanho da área, o que explicaria o menor IC, mas a maior riqueza. Sturnira lilium, a espécie com o maior número de capturas (n= 351) teve concentração de registros nos meses com a média de temperatura mais baixa (n=331), correspondendo às estações outono (abril a junho) e inverno (julho a setembro). Nenhum indivíduo de Artibeus lituratus foi capturado no período de primavera/verão (outubro a março). Espécimes de Desmodus rotundus foram registrados nas quatro estações do ano, apenas em áreas de campo (AD6). A. lituratus apresentou forte associação positiva com a primeira hora de captura, quando o registro de S. lilium ficou abaixo do esperado. Entre todos os indivíduos capturados, 261 eram fêmeas e 186 eram machos. Fêmeas grávidas de S. lilium foram encontradas nos meses de julho e dezembro de 2007 e março e abril de 2008. Julho foi o mês com o maior número de registros de fêmeas lactantes e não lactantes desta espécie. Todos os exemplares de A. lituratus capturados estavam aparentemente inativos sexualmente. No mês de setembro uma fêmea grávida e uma grávida e lactante de D. rotundus foram capturadas, fêmeas lactantes apareceram somente no mês de junho. Fatores adversos do habitat podem afetar a diversidade de morcegos. A barragem pode não interferir na presença ou ausência de espécies, mas as populações presentes nas áreas podem estar num processo gradativo de ajuste, com influência direta na abundância e na riqueza de morcegos. Os resultados obtidos indicam a existência de alto potencial adaptativo das espécies estudadas à variação de temperatura e condições ambientais. A diversidade de padrões entre as espécies evidencia a existência de estratégias reprodutivas variáveis.

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