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Características faciais, palatinas e erupção dentária em crianças pré-termo com idades entre 12 e 24 meses que receberam assistência respiratória / Facial and palate characteristics and tooth eruption in preterm children aged 12-24 months who have received mechanical ventilation

Costa, Soraya Carvalho da 15 May 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: As crianças pré-termo, principalmente aquelas de muito baixo peso (MBP) podem apresentar alterações no seu padrão craniofacial, no desenvolvimento da cavidade bucal e no padrão eruptivo dental. Este estudo teve como objetivos descrever as características faciais, palatinas e a erupção dentária em crianças pré-termo que receberam assistência respiratória; comparar os efeitos da ventilação mecânica invasiva (VMI) e do CPAP sobre as mesmas variáveis; observar o impacto do aleitamento, uso de chupeta e presença de displasia brocopulmonar em crianças pré-termo com idades entre 12 e 24 meses. MÉTODOS: Participaram deste estudo crianças pré-termo, procedentes do Ambulatório de Seguimento de Recém- Nascidos Pré-Termo do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo e do Ambulatório de Seguimento dos Prematuros A5 RN 002 do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com peso ao nascimento inferior a 2000g. Foram constituídos dois grupos a partir dos dados sociodemográficos coletados dos prontuários de internação neonatal das crianças participantes. O Grupo 1 (G1) constituise de 34 crianças pré-termo que receberam VMI por intubação orotraqueal (IOT) por um período igual ou maior que 7 dias, e o Grupo 2 (G2) é composto por 34 crianças pré-termo que receberam CPAP por um período de tempo igual ou maior que 72 horas. Foi realizada entrevista com a mãe ou responsável pela criança, com objetivo de obter as informações relativas à duração do aleitamento, uso da chupeta, presença/ausência de displasia broncopulmonar como sequela da prematuridade. As crianças foram submetidas a um exame de inspeção da cavidade bucal para detectar a presença de alterações no rebordo ou palato, para classificar o formato do palato (quadrado, estreito e ovoide) e para visualizar a erupção dos dentes decíduos, classificada em atrasada, normal ou adiantada para a idade. Foram realizadas medidas faciais, com emprego de um paquímetro, dos pontos antropométricos como: larguras facial e mandibular, terços superior, médio e inferior da face, altura facial e índice facial. Foi realizada análise descritiva e inferencial (teste t-Student, teste F da ANOVA, teste Mann- Whitney, Kruskal-Walis, teste exato de Fisher e o coeficiente de correlação de Pearson). Os cálculos foram realizados com auxílio do software R 3.1.1 (R Core Team, 2014). Utilizou-se nível de significância de 5% para o teste de hipóteses. RESULTADOS: Os grupos G1 e G2 foram homogêneos em relação ao gênero (p=1; feminino: n=17; masculino n=17 para ambos os grupos) e em relação à raça (p= 0,627; não caucasiano: n=14 CPAP; n=17 IOT). Porém, quando se analisou a duração da assistência respiratória, as crianças do G1 permaneceram um tempo médio de dias em IOT (25,3 ± 25,8) significantemente maior (p < 0,001) quando comparado ao CPAP. Em relação à erupção dentária, os grupos G1 e G2 foram homogêneos, p=1 (atrasada: 47,1%; normal: 38,2% e adiantada:14,7%), entretanto, o grupo G1 apresentou porcentagens significantemente maiores do formato do palato estreito (p=0,005) e valores significantemente maiores para a altura do terço inferior da face (p=0,019) quando comparadas às crianças do G2. As crianças com palato ovoide apresentaram um terço inferior da face significantemente menor (p = 0,038) quando comparado aos outros tipos de formato de palato, porém para as outras medidas da face e para os outros formatos de palato não houve diferença. Os grupos G1 e G2 não diferiram em relação às alteração de palato, medidas faciais e uso da chupeta. Da mesma maneira, o aleitamento materno não influenciou as medidas faciais da população estudada. Crianças submetidas à IOT, com sequela da DBP, apresentam altura do terço inferior da face significantemente maior (p= 0,019). CONCLUSÕES: As crianças pré-termo que receberam assistência respiratóra (CPAP ou IOT) não apresentam alterações em rebordo, palato, medidas faciais e na erupção dentária. Entretanto, quando estas foram submetidas à IOT, observou-se presença de palato de formato estreito e profundo, enquanto naquelas em CPAP o palato é de formato quadrado. As crianças pré-termo com hábitos nutritivos e não nutritivos não apresentam alteração no formato palatino nem nas medidas faciais. A presença da DBP em crianças submetidas à IOT acarreta maior altura no terço inferior da face / INTRODUCTION: Preterm children, especially those of very low birth weight, (VLBW), may show changes in the craniofacial pattern in the development of the oral cavity and tooth eruption pattern. This study aimed to describe the facial and palate characteristics as well as tooth eruption in preterm infants who have receiving mechanical ventilation; compare the effects of invasive mechanical ventilation (IMV) and CPAP on the same variables; observe the impact of breastfeeding, use of pacifier and presence of bronchopulmonary dysplasia in preterm children aged 12-24 months. METHODS: The study included preterm infants, coming from the Pre-Term Newborn Follow-up Clinic of the University Hospital at University of São Paulo and from the Preterm Follow-up Clinic A5 RN 002 of the Children\'s Institute of the Medical School of the University of São Paulo, weighting less than 2000g at birth. Based on the sociodemographic data collected from newborn hospital records of participating children, two groups were divided. Group 1 (G1) consisted of 34 preterm infants who received IMV by tracheal intubation (TI) for a period equal to or greater than 7 days and Group 2 (G2) consisted of 34 preterm infants who received CPAP for a period of time equal to or greater than 72 hours. An interview was conducted with the mother or the child\'s guardian in order to obtain information on breastfeeding duration, nursing nipple use, presence/absence of bronchopulmonary dysplasia as prematurity-related sequelae. The children underwent an oral cavity inspection to detect the presence of changes in alveolar ridge or palate, so as to sort palate shape (square, narrow, oval) and to view the eruption of primary teeth, classified as delayed, average or early for the age. Facial measures were taken with the use of a caliper on anthropometric points, such as facial and mandibular width, upper, middle and lower thirds of faces, facial height and facial index. A descriptive and inferential analysis was carried out (t-Student test, ANOVA F test, Kruskal-Wallis, Mann-Whitney test, Fisher\'s exact test and Pearson\'s correlation coefficient). Calculations were performed with the aid of the R 3.1.1 software (R Core Team, 2014). A 5% significance level was used to test the hypotheses. RESULTS: Groups G1 and G2 were homogeneous with respect to gender (p=1; female: n=17; male n=17 for both groups) and to race (p=0.627; non-Caucasian: n=14 CPAP; n=17 TI). However, when analyzing the duration of the mechanical ventilation, G1\'s children remained a significantly higher average of days in TI (25.3 ± 25.8) (p < 0.001) as compared to CPAP. Concerning tooth eruption, groups G1 and G2 were homogeneous, p=1, (delayed: 47.1%; average: 38.2% and early: 14.7%), however, G1 showed significantly higher percentages of narrow palate shape (p = 0.005) and significantly higher values for the height of the lower third of faces(p = 0.019) when compared to children of the G2. Children with oval palate have shown a significantly smaller lower third of the face (p = 0.038) when compared to other types of palate shapes, nevertheless, for other facial sizes and other palate shapes, no difference has been observed. The groups G1 and G2 did not differ with regard to palate change, facial sizes and use of pacifiers. Moreover, breastfeeding has also not affected the facial sizes of the study population. The height of the lower third of the face is significantly higher (p=0.019) in children with bronchopulmonary dysplasia sequelae who have received TI. CONCLUSIONS: Preterm infants who have received mechanical ventilation (CPAP or TI) have shown no changes on the ridge, palate, facial sizes and tooth eruption. However, when submitted to TI, the presence of narrow- and deep-shaped palate was noted, while infants who have undergone CPAP showed square-shaped palates. Preterm infants with nutritive and nonnutritive sucking habits have shown no changes in palatal shape or facial sizes. The presence of BPD in children who have undergone TI entails greater height in the lower third of the face
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Estudo da interação respiração - deglutição de pacientes submetidos à intubação orotraqueal e ventilação mecânica prolongada / Study of the interaction breath - swallowing patients undergoing intubation and prolonged mechanical ventilation

Camargo, Fernanda Pereira de 05 October 2010 (has links)
Introdução: Pacientes criticamente doentes frequentemente requerem intubação endotraqueal e suporte ventilatório prolongado. Estudos encontraram e demonstraram uma correlação temporal e fisiológica da deglutição entre a respiração e os componentes envolvidos na proteção de via aérea durante a deglutição, no entanto a contribuição desta interação permanece desconhecida após um período de intubação endotraqueal e ventilação mecânica (VM). Objetivo: O propósito deste estudo prospectivo foi de avaliar a interação da respiração - deglutição em pacientes submetidos à intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Método: Avaliamos prospectivamente 10 voluntários saudáveis e 30 pacientes que foram submetidos à VM invasiva 24 horas em três momentos distinto de avaliação (48h; 5º dia e 15º dia) após a extubação. A interação da respiração deglutição foi investigada e gravada simultaneamente beira leito com o uso de eletromiografia de superficie da musculatura infra hióidea associada à acelerometria da deglutição (sensor piezoeletrico) e pletismografia de indutância da respiração durante a deglutição espontânea inicial (1min.), bolo de água com volumes de 3, 5 e 10 ml previamente randomizados e deglutição espontânea final (1min). Resultados: Voluntários saudáveis apresentaram uma deglutição por ciclo respiratório mantendo o padrão de ocorrência da deglutição nos padrões 1 e 2 de acoplamento no ciclo respiratório associado a ocorrência da pausa respiratória da deglutição. Pacientes apresentaram um maior número de deglutições e de ciclos respiratórios com os volumes de 5 e 10 ml (p<0,001) mantendo padrões de coordenação 1, 2 e 3 no ciclo respiratório. Conclusão: Pacientes submetidos à intubação orotraqueal e ventilação mecânica apresentam alterações da interação respiração deglutição / Introduction: Critically ill patients frequently require prolonged endotracheal intubation and ventilatory support. Studs findings showed a temporal and physiological correlation between the breathing and the components involved in protection of airway during swallowing; however the contribution of this interaction remains unknown after a period of the endotracheal intubation and mechanical ventilation (MV). Objectives: The purpose this prospective study was investigates the respiratory swallowing interactions in patients submitted to endotracheal intubation and mechanical ventilation 24 hours. Methods: Evaluated prospectively 10 healthy volunteers and thirty patients that were submitted to invasive MV 24 hours in three different moments of evaluation (48h; 5 º and 15 º days) after extubation. The respiratory and swallowing interaction was investigate and recorded simultaneously bedside using infrahyoid muscle surface electromyography (sEMG), swallowing accelerometry (piezoelectric sensor) and inductive respiratory plethysmograph (RIP) during initial volitional swallowing (1min), water boluses previous randomly of 3, 5 and 10 ml and final volition swallowing (1min). Results: Health volunteers showed occurrence of one cycle respiratory by swallowing with pattern of coordination 1 and 2. Patients showed more swallowing by respiratory cycle when compared to healthy for 5 and 10 ml. (p<0.001) with pattern 1, 2 e 3 of coordination in respiratory cycle. Conclusion: Patients submitted to endotracheal intubation and mechanical ventilation showed alteration in respiratory and swallowing interaction
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Detecção de pneumotórax em tempo real através da tomografia de impedância elétrica / Real-time detection of pneumothorax using electrical impedance tomography

Costa, Eduardo Leite Vieira 18 June 2008 (has links)
Introdução: Pneumotórax é uma complicação comum em pacientes sob ventilação mecânica. Se não reconhecido, tende a aumentar de volume e pode levar ao colapso cardiovascular. Os métodos utilizados para seu diagnóstico caracterizam-se por baixa sensibilidade (radiografia) ou envolvem transporte potencialmente arriscado à tomografia de raios X. A tomografia de impedância elétrica (TIE) é um método não invasivo que permite monitorização da ventilação em tempo real. O método é baseado na construção da imagem de uma seção transversal das condutividades torácicas através de eletrodos dispostos ao redor do tórax. A TIE correlaciona-se muito bem com as alterações regionais do conteúdo de ar dentro do tórax. Por ter baixo custo, não ser invasiva e ter alta sensibilidade às alterações da ventilação e aeração pulmonar, a TIE é um método promissor para a detecção de pneumotóraces em situações de alto risco. Os objetivos deste estudo foram: 1) caracterizar as alterações na TIE relacionadas ao aparecimento de pneumotórax; 2) desenvolver um algoritmo para detecção automática de pneumotóraces e 3) avaliar prospectivamente a sensibilidade e especificidade deste algoritmo. Métodos: Foram realizados experimentos em 39 porcos (peso médio 31,0 Kg ± 3,2 desvios-padrão). Os animais foram sedados e submetidos à ventilação mecânica. Os dados de TIE foram adquiridos através de um tomógrafo de impedância desenvolvido por nosso grupo (Laboratório de Pneumologia Experimental, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e Dixtal Biomédica Ltda., São Paulo, Brasil), capaz de produzir 50 imagens relativas por segundo. Um primeiro grupo de dez animais foi submetido à drenagem torácica com indução progressiva de pneumotórax através do dreno (de 0 a 500 mL). No grupo seguinte, induzimos lesão pulmonar através de lavagem com salina em oito animais e os submetemos a mudanças progressivas de PEEP. Essas duas primeiras etapas foram utilizadas para a construção de um detector automático de pneumotórax baseado na TIE que foi testado prospectivamente em outros 21 animais. Resultados: A TIE apresenta alterações bem definidas relacionadas ao surgimento de pneumotórax, caracterizadas por aumento da impedância média e diminuição da amplitude da impedância concentrados no quadrante de interesse. Por outro lado, os achados na TIE durante mudanças bruscas de PEEP se distribuíram homogeneamente nos quatro quadrantes. A TIE apresentou alterações significativas mesmo com os menores volumes de ar injetados (20 mL), enquanto as demais variáveis monitorizadas foram pouco sensíveis ao surgimento do pneumotórax. A pressão arterial teve uma pequena queda com volumes superiores a 500 mL, e a pressão parcial de oxigênio arterial diminuiu somente com volumes maiores que 100 mL. Na fase prospectiva do protocolo, a TIE mostrou sensibilidade de 100% e especificidade de 95% para a detecção de pneumotóraces. A localização do pneumotórax foi identificada corretamente em todos os casos. Conclusão: A TIE apresenta alterações reprodutíveis relacionadas ao aparecimento de ar no espaço pleural caracterizadas por aumento da impedância média e diminuição da amplitude de impedância. Foi possível criar um algoritmo baseado nessas alterações capaz de detectar precoce e precisamente pneumotóraces em situações de risco. O processo de detecção é automático e em tempo real. / Introduction: Pneumothorax is a frequent complication during mechanical ventilation. Electrical impedance tomography (EIT) is a noninvasive tool that allows real-time imaging of regional ventilation. The purpose of this study was to: 1) identify characteristic changes in the EIT signals associated with pneumothoraces; 2) develop and fine-tune an algorithm for their automatic detection; and 3) prospectively evaluate this algorithm for its sensitivity and specificity in detecting pneumothoraces in real time. Methods: prospective controlled laboratory animal investigation. Setting: Experimental Pulmonology Laboratory of the University of Sao Paulo. Subjects: 39 anesthetized mechanically ventilated supine pigs (31.0 ± 3.2Kg, mean ± standard deviation). Interventions: In a first group of 18 animals monitored by EIT, we either injected progressive amounts of air (from 20 up to 500 mL) through chest tubes, or we applied large PEEP increments to simulate extreme lung overdistension. This first data set was used to calibrate an EIT-based pneumothorax detection algorithm. Subsequently, we evaluated the real-time performance of the detection algorithm in 21 additional animals (with normal or pre-injured lungs), submitted to multiple ventilatory interventions or traumatic punctures of the lung. Results: primary EIT relative images were acquired on-line (50 images/second) and processed according to a few imaging-analysis routines running automatically and in parallel. Pneumothoraces as small as 20mL could be detected with a sensitivity of 100% and specificity 95% and easily distinguished from parenchymal overdistension induced by PEEP or recruiting maneuvers. Their location was correctly identified in all cases, with a total delay of only 3 respiratory cycles. Conclusion: We created an EIT-based algorithm capable of detecting early signs of pneumothoraces in high-risk situations, which also identifies its location. It requires that the pneumothorax occurs or enlarges at least minimally during the monitoring period. Such detection was operator-free and in quasi real-time, opening opportunities for improving patient safety during mechanical ventilation.
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Características faciais, palatinas e erupção dentária em crianças pré-termo com idades entre 12 e 24 meses que receberam assistência respiratória / Facial and palate characteristics and tooth eruption in preterm children aged 12-24 months who have received mechanical ventilation

Soraya Carvalho da Costa 15 May 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: As crianças pré-termo, principalmente aquelas de muito baixo peso (MBP) podem apresentar alterações no seu padrão craniofacial, no desenvolvimento da cavidade bucal e no padrão eruptivo dental. Este estudo teve como objetivos descrever as características faciais, palatinas e a erupção dentária em crianças pré-termo que receberam assistência respiratória; comparar os efeitos da ventilação mecânica invasiva (VMI) e do CPAP sobre as mesmas variáveis; observar o impacto do aleitamento, uso de chupeta e presença de displasia brocopulmonar em crianças pré-termo com idades entre 12 e 24 meses. MÉTODOS: Participaram deste estudo crianças pré-termo, procedentes do Ambulatório de Seguimento de Recém- Nascidos Pré-Termo do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo e do Ambulatório de Seguimento dos Prematuros A5 RN 002 do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com peso ao nascimento inferior a 2000g. Foram constituídos dois grupos a partir dos dados sociodemográficos coletados dos prontuários de internação neonatal das crianças participantes. O Grupo 1 (G1) constituise de 34 crianças pré-termo que receberam VMI por intubação orotraqueal (IOT) por um período igual ou maior que 7 dias, e o Grupo 2 (G2) é composto por 34 crianças pré-termo que receberam CPAP por um período de tempo igual ou maior que 72 horas. Foi realizada entrevista com a mãe ou responsável pela criança, com objetivo de obter as informações relativas à duração do aleitamento, uso da chupeta, presença/ausência de displasia broncopulmonar como sequela da prematuridade. As crianças foram submetidas a um exame de inspeção da cavidade bucal para detectar a presença de alterações no rebordo ou palato, para classificar o formato do palato (quadrado, estreito e ovoide) e para visualizar a erupção dos dentes decíduos, classificada em atrasada, normal ou adiantada para a idade. Foram realizadas medidas faciais, com emprego de um paquímetro, dos pontos antropométricos como: larguras facial e mandibular, terços superior, médio e inferior da face, altura facial e índice facial. Foi realizada análise descritiva e inferencial (teste t-Student, teste F da ANOVA, teste Mann- Whitney, Kruskal-Walis, teste exato de Fisher e o coeficiente de correlação de Pearson). Os cálculos foram realizados com auxílio do software R 3.1.1 (R Core Team, 2014). Utilizou-se nível de significância de 5% para o teste de hipóteses. RESULTADOS: Os grupos G1 e G2 foram homogêneos em relação ao gênero (p=1; feminino: n=17; masculino n=17 para ambos os grupos) e em relação à raça (p= 0,627; não caucasiano: n=14 CPAP; n=17 IOT). Porém, quando se analisou a duração da assistência respiratória, as crianças do G1 permaneceram um tempo médio de dias em IOT (25,3 ± 25,8) significantemente maior (p < 0,001) quando comparado ao CPAP. Em relação à erupção dentária, os grupos G1 e G2 foram homogêneos, p=1 (atrasada: 47,1%; normal: 38,2% e adiantada:14,7%), entretanto, o grupo G1 apresentou porcentagens significantemente maiores do formato do palato estreito (p=0,005) e valores significantemente maiores para a altura do terço inferior da face (p=0,019) quando comparadas às crianças do G2. As crianças com palato ovoide apresentaram um terço inferior da face significantemente menor (p = 0,038) quando comparado aos outros tipos de formato de palato, porém para as outras medidas da face e para os outros formatos de palato não houve diferença. Os grupos G1 e G2 não diferiram em relação às alteração de palato, medidas faciais e uso da chupeta. Da mesma maneira, o aleitamento materno não influenciou as medidas faciais da população estudada. Crianças submetidas à IOT, com sequela da DBP, apresentam altura do terço inferior da face significantemente maior (p= 0,019). CONCLUSÕES: As crianças pré-termo que receberam assistência respiratóra (CPAP ou IOT) não apresentam alterações em rebordo, palato, medidas faciais e na erupção dentária. Entretanto, quando estas foram submetidas à IOT, observou-se presença de palato de formato estreito e profundo, enquanto naquelas em CPAP o palato é de formato quadrado. As crianças pré-termo com hábitos nutritivos e não nutritivos não apresentam alteração no formato palatino nem nas medidas faciais. A presença da DBP em crianças submetidas à IOT acarreta maior altura no terço inferior da face / INTRODUCTION: Preterm children, especially those of very low birth weight, (VLBW), may show changes in the craniofacial pattern in the development of the oral cavity and tooth eruption pattern. This study aimed to describe the facial and palate characteristics as well as tooth eruption in preterm infants who have receiving mechanical ventilation; compare the effects of invasive mechanical ventilation (IMV) and CPAP on the same variables; observe the impact of breastfeeding, use of pacifier and presence of bronchopulmonary dysplasia in preterm children aged 12-24 months. METHODS: The study included preterm infants, coming from the Pre-Term Newborn Follow-up Clinic of the University Hospital at University of São Paulo and from the Preterm Follow-up Clinic A5 RN 002 of the Children\'s Institute of the Medical School of the University of São Paulo, weighting less than 2000g at birth. Based on the sociodemographic data collected from newborn hospital records of participating children, two groups were divided. Group 1 (G1) consisted of 34 preterm infants who received IMV by tracheal intubation (TI) for a period equal to or greater than 7 days and Group 2 (G2) consisted of 34 preterm infants who received CPAP for a period of time equal to or greater than 72 hours. An interview was conducted with the mother or the child\'s guardian in order to obtain information on breastfeeding duration, nursing nipple use, presence/absence of bronchopulmonary dysplasia as prematurity-related sequelae. The children underwent an oral cavity inspection to detect the presence of changes in alveolar ridge or palate, so as to sort palate shape (square, narrow, oval) and to view the eruption of primary teeth, classified as delayed, average or early for the age. Facial measures were taken with the use of a caliper on anthropometric points, such as facial and mandibular width, upper, middle and lower thirds of faces, facial height and facial index. A descriptive and inferential analysis was carried out (t-Student test, ANOVA F test, Kruskal-Wallis, Mann-Whitney test, Fisher\'s exact test and Pearson\'s correlation coefficient). Calculations were performed with the aid of the R 3.1.1 software (R Core Team, 2014). A 5% significance level was used to test the hypotheses. RESULTS: Groups G1 and G2 were homogeneous with respect to gender (p=1; female: n=17; male n=17 for both groups) and to race (p=0.627; non-Caucasian: n=14 CPAP; n=17 TI). However, when analyzing the duration of the mechanical ventilation, G1\'s children remained a significantly higher average of days in TI (25.3 ± 25.8) (p < 0.001) as compared to CPAP. Concerning tooth eruption, groups G1 and G2 were homogeneous, p=1, (delayed: 47.1%; average: 38.2% and early: 14.7%), however, G1 showed significantly higher percentages of narrow palate shape (p = 0.005) and significantly higher values for the height of the lower third of faces(p = 0.019) when compared to children of the G2. Children with oval palate have shown a significantly smaller lower third of the face (p = 0.038) when compared to other types of palate shapes, nevertheless, for other facial sizes and other palate shapes, no difference has been observed. The groups G1 and G2 did not differ with regard to palate change, facial sizes and use of pacifiers. Moreover, breastfeeding has also not affected the facial sizes of the study population. The height of the lower third of the face is significantly higher (p=0.019) in children with bronchopulmonary dysplasia sequelae who have received TI. CONCLUSIONS: Preterm infants who have received mechanical ventilation (CPAP or TI) have shown no changes on the ridge, palate, facial sizes and tooth eruption. However, when submitted to TI, the presence of narrow- and deep-shaped palate was noted, while infants who have undergone CPAP showed square-shaped palates. Preterm infants with nutritive and nonnutritive sucking habits have shown no changes in palatal shape or facial sizes. The presence of BPD in children who have undergone TI entails greater height in the lower third of the face
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Detecção de pneumotórax em tempo real através da tomografia de impedância elétrica / Real-time detection of pneumothorax using electrical impedance tomography

Eduardo Leite Vieira Costa 18 June 2008 (has links)
Introdução: Pneumotórax é uma complicação comum em pacientes sob ventilação mecânica. Se não reconhecido, tende a aumentar de volume e pode levar ao colapso cardiovascular. Os métodos utilizados para seu diagnóstico caracterizam-se por baixa sensibilidade (radiografia) ou envolvem transporte potencialmente arriscado à tomografia de raios X. A tomografia de impedância elétrica (TIE) é um método não invasivo que permite monitorização da ventilação em tempo real. O método é baseado na construção da imagem de uma seção transversal das condutividades torácicas através de eletrodos dispostos ao redor do tórax. A TIE correlaciona-se muito bem com as alterações regionais do conteúdo de ar dentro do tórax. Por ter baixo custo, não ser invasiva e ter alta sensibilidade às alterações da ventilação e aeração pulmonar, a TIE é um método promissor para a detecção de pneumotóraces em situações de alto risco. Os objetivos deste estudo foram: 1) caracterizar as alterações na TIE relacionadas ao aparecimento de pneumotórax; 2) desenvolver um algoritmo para detecção automática de pneumotóraces e 3) avaliar prospectivamente a sensibilidade e especificidade deste algoritmo. Métodos: Foram realizados experimentos em 39 porcos (peso médio 31,0 Kg ± 3,2 desvios-padrão). Os animais foram sedados e submetidos à ventilação mecânica. Os dados de TIE foram adquiridos através de um tomógrafo de impedância desenvolvido por nosso grupo (Laboratório de Pneumologia Experimental, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e Dixtal Biomédica Ltda., São Paulo, Brasil), capaz de produzir 50 imagens relativas por segundo. Um primeiro grupo de dez animais foi submetido à drenagem torácica com indução progressiva de pneumotórax através do dreno (de 0 a 500 mL). No grupo seguinte, induzimos lesão pulmonar através de lavagem com salina em oito animais e os submetemos a mudanças progressivas de PEEP. Essas duas primeiras etapas foram utilizadas para a construção de um detector automático de pneumotórax baseado na TIE que foi testado prospectivamente em outros 21 animais. Resultados: A TIE apresenta alterações bem definidas relacionadas ao surgimento de pneumotórax, caracterizadas por aumento da impedância média e diminuição da amplitude da impedância concentrados no quadrante de interesse. Por outro lado, os achados na TIE durante mudanças bruscas de PEEP se distribuíram homogeneamente nos quatro quadrantes. A TIE apresentou alterações significativas mesmo com os menores volumes de ar injetados (20 mL), enquanto as demais variáveis monitorizadas foram pouco sensíveis ao surgimento do pneumotórax. A pressão arterial teve uma pequena queda com volumes superiores a 500 mL, e a pressão parcial de oxigênio arterial diminuiu somente com volumes maiores que 100 mL. Na fase prospectiva do protocolo, a TIE mostrou sensibilidade de 100% e especificidade de 95% para a detecção de pneumotóraces. A localização do pneumotórax foi identificada corretamente em todos os casos. Conclusão: A TIE apresenta alterações reprodutíveis relacionadas ao aparecimento de ar no espaço pleural caracterizadas por aumento da impedância média e diminuição da amplitude de impedância. Foi possível criar um algoritmo baseado nessas alterações capaz de detectar precoce e precisamente pneumotóraces em situações de risco. O processo de detecção é automático e em tempo real. / Introduction: Pneumothorax is a frequent complication during mechanical ventilation. Electrical impedance tomography (EIT) is a noninvasive tool that allows real-time imaging of regional ventilation. The purpose of this study was to: 1) identify characteristic changes in the EIT signals associated with pneumothoraces; 2) develop and fine-tune an algorithm for their automatic detection; and 3) prospectively evaluate this algorithm for its sensitivity and specificity in detecting pneumothoraces in real time. Methods: prospective controlled laboratory animal investigation. Setting: Experimental Pulmonology Laboratory of the University of Sao Paulo. Subjects: 39 anesthetized mechanically ventilated supine pigs (31.0 ± 3.2Kg, mean ± standard deviation). Interventions: In a first group of 18 animals monitored by EIT, we either injected progressive amounts of air (from 20 up to 500 mL) through chest tubes, or we applied large PEEP increments to simulate extreme lung overdistension. This first data set was used to calibrate an EIT-based pneumothorax detection algorithm. Subsequently, we evaluated the real-time performance of the detection algorithm in 21 additional animals (with normal or pre-injured lungs), submitted to multiple ventilatory interventions or traumatic punctures of the lung. Results: primary EIT relative images were acquired on-line (50 images/second) and processed according to a few imaging-analysis routines running automatically and in parallel. Pneumothoraces as small as 20mL could be detected with a sensitivity of 100% and specificity 95% and easily distinguished from parenchymal overdistension induced by PEEP or recruiting maneuvers. Their location was correctly identified in all cases, with a total delay of only 3 respiratory cycles. Conclusion: We created an EIT-based algorithm capable of detecting early signs of pneumothoraces in high-risk situations, which also identifies its location. It requires that the pneumothorax occurs or enlarges at least minimally during the monitoring period. Such detection was operator-free and in quasi real-time, opening opportunities for improving patient safety during mechanical ventilation.
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Estudo da interação respiração - deglutição de pacientes submetidos à intubação orotraqueal e ventilação mecânica prolongada / Study of the interaction breath - swallowing patients undergoing intubation and prolonged mechanical ventilation

Fernanda Pereira de Camargo 05 October 2010 (has links)
Introdução: Pacientes criticamente doentes frequentemente requerem intubação endotraqueal e suporte ventilatório prolongado. Estudos encontraram e demonstraram uma correlação temporal e fisiológica da deglutição entre a respiração e os componentes envolvidos na proteção de via aérea durante a deglutição, no entanto a contribuição desta interação permanece desconhecida após um período de intubação endotraqueal e ventilação mecânica (VM). Objetivo: O propósito deste estudo prospectivo foi de avaliar a interação da respiração - deglutição em pacientes submetidos à intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Método: Avaliamos prospectivamente 10 voluntários saudáveis e 30 pacientes que foram submetidos à VM invasiva 24 horas em três momentos distinto de avaliação (48h; 5º dia e 15º dia) após a extubação. A interação da respiração deglutição foi investigada e gravada simultaneamente beira leito com o uso de eletromiografia de superficie da musculatura infra hióidea associada à acelerometria da deglutição (sensor piezoeletrico) e pletismografia de indutância da respiração durante a deglutição espontânea inicial (1min.), bolo de água com volumes de 3, 5 e 10 ml previamente randomizados e deglutição espontânea final (1min). Resultados: Voluntários saudáveis apresentaram uma deglutição por ciclo respiratório mantendo o padrão de ocorrência da deglutição nos padrões 1 e 2 de acoplamento no ciclo respiratório associado a ocorrência da pausa respiratória da deglutição. Pacientes apresentaram um maior número de deglutições e de ciclos respiratórios com os volumes de 5 e 10 ml (p<0,001) mantendo padrões de coordenação 1, 2 e 3 no ciclo respiratório. Conclusão: Pacientes submetidos à intubação orotraqueal e ventilação mecânica apresentam alterações da interação respiração deglutição / Introduction: Critically ill patients frequently require prolonged endotracheal intubation and ventilatory support. Studs findings showed a temporal and physiological correlation between the breathing and the components involved in protection of airway during swallowing; however the contribution of this interaction remains unknown after a period of the endotracheal intubation and mechanical ventilation (MV). Objectives: The purpose this prospective study was investigates the respiratory swallowing interactions in patients submitted to endotracheal intubation and mechanical ventilation 24 hours. Methods: Evaluated prospectively 10 healthy volunteers and thirty patients that were submitted to invasive MV 24 hours in three different moments of evaluation (48h; 5 º and 15 º days) after extubation. The respiratory and swallowing interaction was investigate and recorded simultaneously bedside using infrahyoid muscle surface electromyography (sEMG), swallowing accelerometry (piezoelectric sensor) and inductive respiratory plethysmograph (RIP) during initial volitional swallowing (1min), water boluses previous randomly of 3, 5 and 10 ml and final volition swallowing (1min). Results: Health volunteers showed occurrence of one cycle respiratory by swallowing with pattern of coordination 1 and 2. Patients showed more swallowing by respiratory cycle when compared to healthy for 5 and 10 ml. (p<0.001) with pattern 1, 2 e 3 of coordination in respiratory cycle. Conclusion: Patients submitted to endotracheal intubation and mechanical ventilation showed alteration in respiratory and swallowing interaction
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Surfactant metabolism in the newborn : the impact of ventilation strategy and lung disease /

Bohlin, Kajsa, January 2005 (has links)
Diss. (sammanfattning) Stockholm : Karolinska institutet, 2005. / Härtill 5 uppsatser.
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Comparação das estratégias de terapia nutricional enteral hipocalóricas versus normocalóricas em pacientes críticos com insuficiência respiratória aguda : revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados

Franzosi, Oellen Stuani January 2014 (has links)
Base teórica: Existem controvérsias quanto à quantidade ideal de calorias que pacientes críticos com insuficiência respiratória aguda devem receber, bem como aos efeitos das estratégias de terapia nutricional hipocalórica versus normocalórica nos desfechos clínicos e de tolerância gastrointestinal. Objetivo: Comparar o efeito de duas estratégias de terapia nutricional enteral (nutrição hipocalórica versus normocalórica) nos desfechos clínicos e na tolerância gastrointestinal de pacientes criticamente doentes em insuficiência respiratória aguda. Bases de dados pesquisadas: MEDLINE, EMBASE, SCOPUS e Cochrane Central Register of Controlled Trials até o período de agosto de 2014. Seleção dos estudos: Ensaios clínicos randomizados que compararam o efeito das estratégias de nutrição hipocalórica versus normocalórica nos desfechos clínicos principais [mortalidade na unidade de terapia intesiva (UTI), tempo de internação na UTI e tempo de ventilação mecânica] e nos sinais e sintomas gastrointestinais (regurgitação, aspiração, vômito, diarreia, constipação, distensão abdominal, elevado volume de resíduo gástrico e uso de agentes prócinéticos). Extração dos dados: Informações sobre a execução e qualidade dos estudos e características dos pacientes e dos desfechos de interesse foram extraídas. As estimativas de risco relativo (RR) e média da diferença (MD) foram sintetizadas sob o modelo de efeitos aleatórios. A heterogeneidade foi avaliada com Teste Q e I2. A análise de sensibilidade foi conduzida através de análise de subgrupos os quais foram classificados conforme a estratégia de terapia nutricional enteral utilizada (nutrição trófica versus nutrição hipocalórica moderada). A metanálise foi realizada com apoio do software RevMan v5.3. Resultados: Dentre os 798 estudos encontrados, quatro ensaios clínicos randomizados que avaliaram 1540 pacientes foram incluídos na avaliação qualitativa e quantitativa. Não houve diferença na mortalidade geral (RR, 0.92; 95% CI, 0.73 – 1,19; I2 31% p=0.23 para heterogeneidade). A análise de subgrupos verificou mortalidade geral significativamente menor no subgrupo que recebeu 59-72% das necessidades nutricionais (RR, 0.72; 95% CI, 0.53 – 0.98; I2 0% p=0.78 para heterogeneidade). Não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto à mortalidade na UTI, tempo de permanência na UTI ou hospitalar e tempo de ventilação mecânica. Quanto à avaliação da tolerância gastrointestinal, o grupo que recebeu nutrição hipocalórica foi associado a uma menor ocorrência de vômitos, diarreia e constipação quando comparado ao grupo nutrição normocalórica. Não foram verificadas diferenças entre os grupos quanto aos sintomas de aspiração e distensão abdominal. Conclusão: A estratégia de terapia nutricional enteral hipocalórica em aporte moderado (59- 72%) foi associada à menor mortalidade geral. A tolerância gastrointestinal foi superior no grupo que recebeu nutrição hipocalórica. A oferta de terapia nutricional enteral hipocalórica em aporte moderado deve ser preferida em pacientes criticamente doentes. / Context: Controversy exists regarding the optimal amount of calories that critically ill patients with acute respiratory failure should consume as far as clinical outcomes and gastrointestinal tolerability are concerned. Objective: To compare the effect of two enteral nutrition strategies (underfeeding versus fullfeeding) on clinical outcomes and gastrointestinal tolerability in critically ill patients with acute respiratory failure. Data Sources: MEDLINE, EMBASE, SCOPUS and the Cochrane Central Register of Controlled Trials up to August 2014. Study Selection: Randomized Controlled Trials that compared the effects of underfeeding with full-feeding strategies on major clinical outcomes (ICU and overall mortality, ICU and hospital length of stay and mechanical ventilation) and gastrointestinal signs and symptoms (regurgitation, aspiration, vomiting, diarrhea, constipation, abdominal distention, elevated gastric residual volume and use of prokinetic agents). Data extraction: Studies’ information, patient’s characteristics and outcomes were extracted. Risk ratio (RR) and Mean Difference (MD) estimates were synthesized under a randomeffects model. Heterogeneity was evaluated using the Q test and I2. A sensitivity analysis on overall mortality was conducted, wherein the groups were classified according to the feeding strategy used (trophic versus hypocaloric nutrition). Meta-analyses were performed using RevMan v5.3 analysis software. Data synthesis: Among the 798 studies retrieved, four studies of 1540 patients were included. Interventional studies comparing underfeeding with full-feeding were not associated with significant difference in overall mortality (RR, 0.92; 95% CI, 0.73 – 1,19; I2 31% p=0.23 for heterogeneity). Subgroup analysis of the groups according to the amount of delivered calories showed that the overall mortality was significantly lower in the subgroup that achieved 59-72% of energy intake than in the full-feeding group (RR, 0.72; 95% CI, 0.53 – 0.98; I2 0% p=0.78 for heterogeneity). No differences were found between the underfeeding versus full-feeding groups regarding in the ICU mortality, ICU and hospital length of stay and duration of mechanical ventilation. As far as gastrointestinal tolerability is concerned, the underfeeding group showed lower occurrence of vomiting, regurgitation, use of prokinetic agents, elevated gastric residual volume occurrence, diarrhea and constipation when compared with the full-feeding strategy. No differences between the two groups were found for aspiration and abdominal distention. Conclusion: The underfeeding strategy was associated with lower overall mortality in the subgroup that achieved initial moderate intake. Gastrointestinal tolerability was improved by the underfeeding strategy. Initial moderate intake should be preferred rather than trophic or full-feeding in critically ill patients.
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Comparação das estratégias de terapia nutricional enteral hipocalóricas versus normocalóricas em pacientes críticos com insuficiência respiratória aguda : revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados

Franzosi, Oellen Stuani January 2014 (has links)
Base teórica: Existem controvérsias quanto à quantidade ideal de calorias que pacientes críticos com insuficiência respiratória aguda devem receber, bem como aos efeitos das estratégias de terapia nutricional hipocalórica versus normocalórica nos desfechos clínicos e de tolerância gastrointestinal. Objetivo: Comparar o efeito de duas estratégias de terapia nutricional enteral (nutrição hipocalórica versus normocalórica) nos desfechos clínicos e na tolerância gastrointestinal de pacientes criticamente doentes em insuficiência respiratória aguda. Bases de dados pesquisadas: MEDLINE, EMBASE, SCOPUS e Cochrane Central Register of Controlled Trials até o período de agosto de 2014. Seleção dos estudos: Ensaios clínicos randomizados que compararam o efeito das estratégias de nutrição hipocalórica versus normocalórica nos desfechos clínicos principais [mortalidade na unidade de terapia intesiva (UTI), tempo de internação na UTI e tempo de ventilação mecânica] e nos sinais e sintomas gastrointestinais (regurgitação, aspiração, vômito, diarreia, constipação, distensão abdominal, elevado volume de resíduo gástrico e uso de agentes prócinéticos). Extração dos dados: Informações sobre a execução e qualidade dos estudos e características dos pacientes e dos desfechos de interesse foram extraídas. As estimativas de risco relativo (RR) e média da diferença (MD) foram sintetizadas sob o modelo de efeitos aleatórios. A heterogeneidade foi avaliada com Teste Q e I2. A análise de sensibilidade foi conduzida através de análise de subgrupos os quais foram classificados conforme a estratégia de terapia nutricional enteral utilizada (nutrição trófica versus nutrição hipocalórica moderada). A metanálise foi realizada com apoio do software RevMan v5.3. Resultados: Dentre os 798 estudos encontrados, quatro ensaios clínicos randomizados que avaliaram 1540 pacientes foram incluídos na avaliação qualitativa e quantitativa. Não houve diferença na mortalidade geral (RR, 0.92; 95% CI, 0.73 – 1,19; I2 31% p=0.23 para heterogeneidade). A análise de subgrupos verificou mortalidade geral significativamente menor no subgrupo que recebeu 59-72% das necessidades nutricionais (RR, 0.72; 95% CI, 0.53 – 0.98; I2 0% p=0.78 para heterogeneidade). Não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto à mortalidade na UTI, tempo de permanência na UTI ou hospitalar e tempo de ventilação mecânica. Quanto à avaliação da tolerância gastrointestinal, o grupo que recebeu nutrição hipocalórica foi associado a uma menor ocorrência de vômitos, diarreia e constipação quando comparado ao grupo nutrição normocalórica. Não foram verificadas diferenças entre os grupos quanto aos sintomas de aspiração e distensão abdominal. Conclusão: A estratégia de terapia nutricional enteral hipocalórica em aporte moderado (59- 72%) foi associada à menor mortalidade geral. A tolerância gastrointestinal foi superior no grupo que recebeu nutrição hipocalórica. A oferta de terapia nutricional enteral hipocalórica em aporte moderado deve ser preferida em pacientes criticamente doentes. / Context: Controversy exists regarding the optimal amount of calories that critically ill patients with acute respiratory failure should consume as far as clinical outcomes and gastrointestinal tolerability are concerned. Objective: To compare the effect of two enteral nutrition strategies (underfeeding versus fullfeeding) on clinical outcomes and gastrointestinal tolerability in critically ill patients with acute respiratory failure. Data Sources: MEDLINE, EMBASE, SCOPUS and the Cochrane Central Register of Controlled Trials up to August 2014. Study Selection: Randomized Controlled Trials that compared the effects of underfeeding with full-feeding strategies on major clinical outcomes (ICU and overall mortality, ICU and hospital length of stay and mechanical ventilation) and gastrointestinal signs and symptoms (regurgitation, aspiration, vomiting, diarrhea, constipation, abdominal distention, elevated gastric residual volume and use of prokinetic agents). Data extraction: Studies’ information, patient’s characteristics and outcomes were extracted. Risk ratio (RR) and Mean Difference (MD) estimates were synthesized under a randomeffects model. Heterogeneity was evaluated using the Q test and I2. A sensitivity analysis on overall mortality was conducted, wherein the groups were classified according to the feeding strategy used (trophic versus hypocaloric nutrition). Meta-analyses were performed using RevMan v5.3 analysis software. Data synthesis: Among the 798 studies retrieved, four studies of 1540 patients were included. Interventional studies comparing underfeeding with full-feeding were not associated with significant difference in overall mortality (RR, 0.92; 95% CI, 0.73 – 1,19; I2 31% p=0.23 for heterogeneity). Subgroup analysis of the groups according to the amount of delivered calories showed that the overall mortality was significantly lower in the subgroup that achieved 59-72% of energy intake than in the full-feeding group (RR, 0.72; 95% CI, 0.53 – 0.98; I2 0% p=0.78 for heterogeneity). No differences were found between the underfeeding versus full-feeding groups regarding in the ICU mortality, ICU and hospital length of stay and duration of mechanical ventilation. As far as gastrointestinal tolerability is concerned, the underfeeding group showed lower occurrence of vomiting, regurgitation, use of prokinetic agents, elevated gastric residual volume occurrence, diarrhea and constipation when compared with the full-feeding strategy. No differences between the two groups were found for aspiration and abdominal distention. Conclusion: The underfeeding strategy was associated with lower overall mortality in the subgroup that achieved initial moderate intake. Gastrointestinal tolerability was improved by the underfeeding strategy. Initial moderate intake should be preferred rather than trophic or full-feeding in critically ill patients.
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Comparação das estratégias de terapia nutricional enteral hipocalóricas versus normocalóricas em pacientes críticos com insuficiência respiratória aguda : revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados

Franzosi, Oellen Stuani January 2014 (has links)
Base teórica: Existem controvérsias quanto à quantidade ideal de calorias que pacientes críticos com insuficiência respiratória aguda devem receber, bem como aos efeitos das estratégias de terapia nutricional hipocalórica versus normocalórica nos desfechos clínicos e de tolerância gastrointestinal. Objetivo: Comparar o efeito de duas estratégias de terapia nutricional enteral (nutrição hipocalórica versus normocalórica) nos desfechos clínicos e na tolerância gastrointestinal de pacientes criticamente doentes em insuficiência respiratória aguda. Bases de dados pesquisadas: MEDLINE, EMBASE, SCOPUS e Cochrane Central Register of Controlled Trials até o período de agosto de 2014. Seleção dos estudos: Ensaios clínicos randomizados que compararam o efeito das estratégias de nutrição hipocalórica versus normocalórica nos desfechos clínicos principais [mortalidade na unidade de terapia intesiva (UTI), tempo de internação na UTI e tempo de ventilação mecânica] e nos sinais e sintomas gastrointestinais (regurgitação, aspiração, vômito, diarreia, constipação, distensão abdominal, elevado volume de resíduo gástrico e uso de agentes prócinéticos). Extração dos dados: Informações sobre a execução e qualidade dos estudos e características dos pacientes e dos desfechos de interesse foram extraídas. As estimativas de risco relativo (RR) e média da diferença (MD) foram sintetizadas sob o modelo de efeitos aleatórios. A heterogeneidade foi avaliada com Teste Q e I2. A análise de sensibilidade foi conduzida através de análise de subgrupos os quais foram classificados conforme a estratégia de terapia nutricional enteral utilizada (nutrição trófica versus nutrição hipocalórica moderada). A metanálise foi realizada com apoio do software RevMan v5.3. Resultados: Dentre os 798 estudos encontrados, quatro ensaios clínicos randomizados que avaliaram 1540 pacientes foram incluídos na avaliação qualitativa e quantitativa. Não houve diferença na mortalidade geral (RR, 0.92; 95% CI, 0.73 – 1,19; I2 31% p=0.23 para heterogeneidade). A análise de subgrupos verificou mortalidade geral significativamente menor no subgrupo que recebeu 59-72% das necessidades nutricionais (RR, 0.72; 95% CI, 0.53 – 0.98; I2 0% p=0.78 para heterogeneidade). Não foram encontradas diferenças entre os grupos quanto à mortalidade na UTI, tempo de permanência na UTI ou hospitalar e tempo de ventilação mecânica. Quanto à avaliação da tolerância gastrointestinal, o grupo que recebeu nutrição hipocalórica foi associado a uma menor ocorrência de vômitos, diarreia e constipação quando comparado ao grupo nutrição normocalórica. Não foram verificadas diferenças entre os grupos quanto aos sintomas de aspiração e distensão abdominal. Conclusão: A estratégia de terapia nutricional enteral hipocalórica em aporte moderado (59- 72%) foi associada à menor mortalidade geral. A tolerância gastrointestinal foi superior no grupo que recebeu nutrição hipocalórica. A oferta de terapia nutricional enteral hipocalórica em aporte moderado deve ser preferida em pacientes criticamente doentes. / Context: Controversy exists regarding the optimal amount of calories that critically ill patients with acute respiratory failure should consume as far as clinical outcomes and gastrointestinal tolerability are concerned. Objective: To compare the effect of two enteral nutrition strategies (underfeeding versus fullfeeding) on clinical outcomes and gastrointestinal tolerability in critically ill patients with acute respiratory failure. Data Sources: MEDLINE, EMBASE, SCOPUS and the Cochrane Central Register of Controlled Trials up to August 2014. Study Selection: Randomized Controlled Trials that compared the effects of underfeeding with full-feeding strategies on major clinical outcomes (ICU and overall mortality, ICU and hospital length of stay and mechanical ventilation) and gastrointestinal signs and symptoms (regurgitation, aspiration, vomiting, diarrhea, constipation, abdominal distention, elevated gastric residual volume and use of prokinetic agents). Data extraction: Studies’ information, patient’s characteristics and outcomes were extracted. Risk ratio (RR) and Mean Difference (MD) estimates were synthesized under a randomeffects model. Heterogeneity was evaluated using the Q test and I2. A sensitivity analysis on overall mortality was conducted, wherein the groups were classified according to the feeding strategy used (trophic versus hypocaloric nutrition). Meta-analyses were performed using RevMan v5.3 analysis software. Data synthesis: Among the 798 studies retrieved, four studies of 1540 patients were included. Interventional studies comparing underfeeding with full-feeding were not associated with significant difference in overall mortality (RR, 0.92; 95% CI, 0.73 – 1,19; I2 31% p=0.23 for heterogeneity). Subgroup analysis of the groups according to the amount of delivered calories showed that the overall mortality was significantly lower in the subgroup that achieved 59-72% of energy intake than in the full-feeding group (RR, 0.72; 95% CI, 0.53 – 0.98; I2 0% p=0.78 for heterogeneity). No differences were found between the underfeeding versus full-feeding groups regarding in the ICU mortality, ICU and hospital length of stay and duration of mechanical ventilation. As far as gastrointestinal tolerability is concerned, the underfeeding group showed lower occurrence of vomiting, regurgitation, use of prokinetic agents, elevated gastric residual volume occurrence, diarrhea and constipation when compared with the full-feeding strategy. No differences between the two groups were found for aspiration and abdominal distention. Conclusion: The underfeeding strategy was associated with lower overall mortality in the subgroup that achieved initial moderate intake. Gastrointestinal tolerability was improved by the underfeeding strategy. Initial moderate intake should be preferred rather than trophic or full-feeding in critically ill patients.

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