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DST e AIDS em região de fronteiras : um estudo com caminhoneiros no Estado de RondôniaRocha, Elias Marcelino da January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2008. / Submitted by Jaqueline Oliveira (jaqueoliveiram@gmail.com) on 2008-11-17T17:55:17Z
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DISSERTACAO_2008_EliasMarcelinoDaRocha.pdf: 1052568 bytes, checksum: 9eb350536fb0f9debb7f96129fe859cb (MD5) / Este estudo buscou identificar conhecimentos, atitudes e práticas de caminhoneiros relacionados às DST/Aids em região de fronteiras. Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva, sendo que a coleta de dados foi realizada através de um
questionário semi-estruturado. Foram entrevistados 240 caminhoneiros nos meses de Abril a Junho de 2007, no Estado de Rondônia. A maioria dos entrevistados reside nos estados de Rondônia, Paraná e Mato Grosso; estão incluídos na faixa etária entre 30 e 39 anos, 76% dos entrevistados relataram ser casados, 56,8%
disseram ter o ensino fundamental incompleto e 75,3% afirmaram ser católicos. Entre os participantes, 75,8% dos motoristas trabalham como prestador de serviços às empresas e somente 21,3% são proprietários dos caminhões. No que se refere à renda, 42,9% ganham entre 5 e 6 salários mínimos e 27,5% uma renda superior a 6 salários; sendo que 85% referiram ser apaixonados pelo serviço que fazem, pois é uma herança familiar. Entre as dificuldades mencionadas, aparecem os seguintes aspectos: péssimas condições da malha rodoviária (45%), ausência da família (24,6%) e fiscalização deficitária (14,6%). O período de descanso é realizado em postos de gasolina no próprio caminhão (80,6%) e 27,5% deles trabalha mais do que 20 dias consecutivos. Em relação ao comportamento sexual, 76% dos homens casados procuram por sexo quando ficam mais de 20 dias distante da família, 92,2% relataram utilizar a camisinha para prevenção de DST/Aids. Entre os entrevistados, 26,7% já tiveram algum tipo de DST, sendo que 72,5% destes relataram que a
gonorréia é a doença mais comum entre eles. No que se refere ao tipo de sexo praticado, 57,8% dos participantes disseram praticar sexo vaginal, elegendo-o como a modalidade de maior risco de infecção para as DST/Aids. Concluiu-se que a
maioria dos caminhoneiros tem relações sexuais durante as viagens e não sabem realmente quais os riscos a que estão submetidos. Sugeriram que deve haver aumento das campanhas informativas e educativas sobre o HIV e que os gestores se preocupem um pouco mais com a saúde dos caminhoneiros. __________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study intends to identify the level of STD/Aids awareness, knowledge, the attitudes, and behavior among truckers traveling frontier areas. It is an explorerdescriptive research, in which the gathering of information was done through a semistructured questionnaire. Two hundred and forty truckers were interviewed during the months of April through June of 2007 in the state of Rondonia. The majority of the interviewed truckers live in the states of Rondonia, Parana, and Mato Grosso; they fall into the age range of 30 to 39 years old, (76%) of the interviewed declared themselves as married men, 56.8% said to have not completed high school education, and (75.3%) declared themselves as Catholic practitioners. Among the same group, (75.8%) are employees of corporations, and only (21.3%) are the truck owners. In relation to their income, (42.9%) earn between 5 to 6 minimum wages, (27.5%) of them have an income superior to 6 minimum wages, yet (85%) of the interviewed affirmed to be passionate about their job, because it is usually a family legacy. Among the mentioned difficulties of the job, the following stand out: the precarious condition of the highways (45%), family distance (24.6%), and the deficient fiscal system (14.6%). The rest breaks are usually taken in gas stations or in the trucks (80.6%), and (27.5%) of the truckers work more than 20 consecutive days. In relation to their sexual behavior, 76% of the married men look for sex when they stay more than 20 days away from their families, and (92.2%) said to use condoms to prevent STD/Aids. Among the interviewed, (26.7%) affirmed to have had some kind of STD, being gonorrhea the most common between them (72.5%). In relation to what kind of sex they practice, (57.8%) of them said to practice vaginal sex, reporting modality themselves as the main source of STD/Aids infection. It is concluded that most of the truck drivers have sexual relation during their work trips, and they are not really aware of what kind of risks they are exposed to. It is suggested more
informative and instructive campaigns about HIV, and it is also suggested that their promoters dedicate a little more attention concerning truckers’ health.
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Apresentação rediológica da tuberculose em pacientes HIV+ e HIV-Picon, Pedro Dornelles January 2004 (has links)
Introdução A AIDS trouxe mudanças na apresentação clínico-radiológica da tuberculose, com o surgimento de formas incomuns. Estas alterações vêm sendo discutidas na literatura internacional. Entretanto, o quadro clínico, radiológico e epidemiológico da apresentação pulmonar da tuberculose em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em nosso meio não foi ainda completamente descrito. Pacientes e Métodos Foram estudadas as radiografias de tórax e coletados dados de prontuário de 231 pacientes com 37,7 ± 12,9 anos de idade, com tuberculose pulmonar comprovada por baciloscopia do escarro e sem história de tratamento prévio, internados no Hospital Sanatório Partenon no período de janeiro de 1997 a dezembro de 2001. Os pacientes foram divididos em grupos, de acordo com a presença ou não de infecção pelo HIV e de AIDS e de acordo com os valores de linfócitos (≤ 1500 ou > 1500 células/mm3) e de CD4 (≤ 200 ou > 200 células/mm3) no sangue periférico. Parâmetros clínicos e radiológicos foram comparados entre os grupos. Foram avaliados idade, sexo, cor da pele, estado geral, duração dos sintomas, alcoolismo, uso de drogas ilícitas, presença de diabetes melito, neoplasias ou adenomegalias superficiais e diagnóstico prévio ou atual de doenças oportunísticas associadas ao HIV. Pacientes que apresentaram adenomegalias superficiais foram considerados como tendo doença multifocal. Pacientes infectados pelo HIV (HIV +) que apresentaram doenças oportunísticas foram classificados como tendo o diagnóstico de síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). As radiografias de tórax (póstero-ânterior e perfil) foram avaliadas para definir o tipo de tuberculose e a presença de adenomegalias intratorácicas associadas a lesões pulmonares, de cavidades e de derrame pleural. A tuberculose tipo primária, forma atípica em adultos, foi caracterizada pela presença de adenomegalias hilares e/ou mediastinais associadas a focos de consolidação peri-ganglionar ou no segmento anterior do lobo superior, segmento basal do lobo inferior, lobo médio ou língula. Resultados Os pacientes HIV+ eram mais jovens (34,3 ± 9,3 vs. 41,1 ± 15,0 anos; p<0,0001), utilizavam drogas ilícitas mais freqüentemente (61,3 vs. 12,5%; p<0,0001), apresentavam maior freqüência de doença multifocal (23,9 vs. 2,5%; p<0,0001) e contagem menor de linfócitos no sangue periférico (1590 ± 1077 vs. 2130 ± 974 células/mm3; p=0,0003) do que os pacientes não infectados pelo HIV (HIV-). A freqüência dos tipos de tuberculose foi diferente entre os pacientes HIV+ e HIV- (p<0,001), pela maior prevalência de tuberculose miliar, pneumonia tuberculosa e tuberculose tipo primária nos pacientes HIV+. A tuberculose tipo primária só ocorreu nos pacientes HIV+, sendo mais freqüente nos pacientes HIV+ com AIDS, nos pacientes com valores de linfócitos ≤ 1500 células/mm3 e naqueles com valores de CD4 ≤ 200 células/mm3. Os valores de CD4 foram mais baixos nos pacientes com tuberculose tipo primária [31 (3 – 71) células/mm3] do que nos com outros tipos de tuberculose (p<0,01), sem diferenças entre os demais tipos. Os pacientes HIV+ apresentaram menor freqüência de lesões escavadas do que os pacientes HIV- (70,8 vs. 91,5%; p<0,0001). A freqüência de cavidades foi ainda menor nos pacientes HIV+ com AIDS e naqueles com CD4 ≤ 200 células/mm3. Adenomegalias intratorácicas associadas a lesões pulmonares foram observadas em 20,4% dos pacientes HIV+ e em 0,8% dos HIV- (p<0,0001). Pacientes com adenomegalias intratorácicas apresentavam freqüências maiores de doença multifocal (45,8 vs. 9,2%; p<0,0001), contagens menores de linfócitos no sangue periférico (966 ± 480 vs. 1974 ± 1057 células/mm3; p<0,0001) e de CD4 [47 (3 – 268) vs. 266 (7 – 1288); p<0,0001], do que os pacientes com lesões pulmonares exclusivas. Na regressão logística múltipla, o HIV [RC = 11,5 (1,4 – 95,1); p=0,023], a doença multifocal [RC = 6,2 (1,7 – 22,2); p=0,005] e o tempo de sintomas [RC = 0,98 (0,96 – 0,99); p=0,025] estavam independentemente relacionados à presença de adenomegalias intratorácicas associadas a lesões pulmonares. Doença multifocal foi diagnosticada em 23,9% dos pacientes HIV+ e em 2,5% dos HIV- (p<0,0001), sendo mais freqüente nos pacientes com AIDS do que nos HIV+ sem AIDS (34,2 vs. 0%; p<0,0001). Pacientes com doença multifocal apresentavam contagens menores de linfócitos no sangue periférico (1244 ± 983 vs. 1966 ± 1038 células/mm3; p=0,001) do que os pacientes sem doença multifocal. Setenta e quatro por cento dos pacientes com doença multifocal apresentava contagem de linfócitos ≤ 1500 células/mm3. Na regressão logística múltipla, o HIV+ [RC = 10,4 (3,0 – 36,0); p<0,001] e a idade [RC = 0,94 (0,90 – 0,99); p=0,014] estavam independentemente associados à presença de doença multifocal. Os pacientes HIV+ sem AIDS não diferiram dos pacientes HIV- quanto aos tipos de tuberculose, quanto as freqüências de doença multifocal (0,0 vs. 2,9%; p=1,000), adenomegalias intratorácicas associadas a lesões pulmonares (2,9% vs. 0,8%; p=0,398) e lesões escavadas (88,2 vs. 91,5%; p=0,517), bem como quanto aos valores de linfócitos (2360 ± 1198 vs. 2130 ± 974 células/mm3; p=0,283). Conclusões Os pacientes HIV+ desta série apresentavam freqüência maior de adenomegalias intratorácicas associadas a lesões pulmonares, com o surgimento de formas atípicas, principalmente nos pacientes com maior grau de imunossupressão. Apresentavam ainda maior prevalência de adenomegalias superficiais, compatíveis com disseminação extratorácica da tuberculose. Em adultos, a tuberculose se caracterizava por ser uma doença unifocal, geralmente comprometendo o pulmão e sem adenomegalias intratorácicas associadas. Somente ocorria envolvimento de mais do que um órgão nos casos de tuberculose miliar e de tuberculose de excreção, quando os bacilos se disseminavam por via canalicular. Na presente série, observou-se proporção significativa de pacientes HIV+ com adenomegalias superficiais, o que pode corresponder à tuberculose multifocal. A maior freqüência dessas alterações nos pacientes com AIDS, bem como a freqüência aumentada de tuberculose miliar, corrobora com dados da literatura que demonstraram que as formas atípicas de tuberculose pulmonar e as formas graves são mais comuns em pacientes com imunossupressão avançada. A similaridade na freqüência dos tipos de tuberculose entre os pacientes HIV+ sem AIDS e os pacientes HIV- sugere que, em locais de alta prevalência de tuberculose, adultos HIV+ com apresentação clínico-radiológica usual de tuberculose, na ausência de história prévia ou atual de outras infecções oportunísticas, não devem ser classificados como tendo AIDS. Entretanto, é importante lembrar que com a introdução da highly active antiretrovial therapy (HAART), que reduziu a morbidade e a mortalidade causada pela AIDS, tem-se observado aumento nos valores de CD4 e diminuição na incidência de tuberculose em pacientes HIV+. Com isso, é possível que a tuberculose volte a se manifestar na sua forma clássica em pacientes com AIDS sob tratamento adequado. Com base nos achados do presente estudo os autores recomendam que, havendo suspeita clínica de tuberculose, a investigação prossiga, mesmo que as lesões radiológicas não sejam típicas. Ainda sugerem que, em casos de tuberculose tipo primária ou de doença multifocal, o teste anti-HIV seja realizado e, se positivo, que os valores de CD4 e a presença de doenças oportunísticas associadas sejam avaliados. Em locais onde a contagem de linfócitos CD4 não se encontra disponível, a contagem de linfócitos totais no sangue periférico deve ser realizada, uma vez que esta pode contribuir para o atendimento de pacientes com HIV e tuberculose.
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Avaliação da qualidade de vida em pacientes com HIV/AIDSZimpel, Rogério Ricardo January 2004 (has links)
Introdução Este presente estudo tem em sua introdução uma revisão de literatura sobre temas pertinentes à infecção por HIV. Começa pela epidemiologia, transmissão, diagnóstico e estágios clínicos da doença; revisa artigos sobre qualidade de vida em pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHAs) e finaliza com uma descrição breve do desenvolvimento do instrumento WHOQOL-HIV pela Organização Mundial da Saúde. Objetivos O objetivo principal deste estudo é (1) medir a qualidade de vida em indivíduos soropositivos brasileiros usando o World Health Organization Quality of Life instrument – HIV/AIDS module (WHOQOL-HIV) - versão com 128 itens - em uma amostra brasileira e avaliar as propriedades psicométricas deste instrumento. Os objetivos secundários são: (2) avaliar a relação entre depressão, ansiedade e qualidade de vida - dados empíricos indicam que sintomas mentais podem interferir na qualidade de vida de PVHAs - e (3) avaliar o desempenho de um dos instrumentos genéricos mais usados para avaliar qualidade de vida em PVHAs, o Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36), comparando-o com outro instrumento genérico, o WHOQOL-100. Métodos Em Porto Alegre/RS, foi avaliada a qualidade de vida de pessoas que vivem com PVHIV usando o WHOQOL-HIV e o SF-36 em uma amostra selecionada por conveniência de 308 homens e mulheres infectados pelo HIV em diferentes estágios da infecção: assintomáticos (n=131), sintomáticos (n=91) e AIDS (n=86). Foram estudadas as propriedades psicométricas do WHOQOL-HIV: confiabilidade, consistência interna e as validades de construto, discriminante e concorrente. Foram medidos também os sintomas de depressão pelo Inventário de Beck para Depressão (Beck Depression Inventory, BDI) e os sintomas de ansiedade pelo Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). As características sociodemográficas da amostra também foram analisadas. Resultados e Conclusões Os resultados deste estudo são apresentados na forma de 3 artigos. No primeiro deles, observou-se desempenho satisfatório do WHOQOL-HIV em relação às propriedades psicométricas. A confiabilidade foi medida pelo alfa de Cronbach, o qual revelou valores acima de 0,70 em 27 das 31 facetas do WHOQOL-HIV, variando entre 0,32 e 0,65 nas demais; a validade discriminante foi evidenciada com o instrumento identificando piores escores de qualidade de vida para a fase AIDS em todos os domínios; a validade concorrente foi analisada através da correlação dos domínios do WHOQOLHIV com Qualidade de Vida Geral (uma faceta do próprio WHOQOL-HIV), sendo que todos os coeficientes de correlação de Pearson foram superiores a 0,50 (p<0,01). Concluise que o WHOQOL-HIV discriminou bem a qualidade de vida entre os estágios da infecção do HIV na direção esperada e demonstrou confiabilidade e validade concorrente satisfatórias nesta amostra de brasileiros HIV-positivos. Este instrumento parece ser útil para detectar aspectos subjetivos da vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS. No segundo artigo, o objeto de estudo foi a relação entre qualidade de vida em PVHIV e os sintomas de depressão e ansiedade. Não houve diferenças significativas quanto à presença de ansiedade entre as fases da infecção, entretanto, houve maiores escores de depressão no estágio AIDS quando comparado com os assintomáticos e sintomáticos. Na correlação do BDI com os domínios do WHOQOL-HIV, os valores dos coeficientes de Pearson foram superiores a 0,30 (magnitude moderada a muito grande, pela escala de Magnitude de Efeito), enquanto a sub-escala IDATE-Traço apresentou coeficientes de valores mais baixos (magnitudes pequena a moderada) quando correlacionada com os domínios do WHOQOL-HIV. Ajustando para estágios da doença, variáveis clínicas e variáveis sociodemográficas em um modelo de regressão linear múltipla, o BDI apresentou valores de coeficiente beta expressivamente maiores que todas as demais variáveis. Os dados deste trabalho indicam que a qualidade de vida de PVHAs é afetada por outras variáveis que não apenas os estágio da doença, principalmente a depressão. Finalmente, no terceiro artigo, é apresentada a comparação entre o WHOQOL-HIV e o SF-36. Tanto o WHOQOL-100 como o SF-36 discriminaram bem a qualidade de vida entre os estágios da infecção na direção esperada: na comparação com os estágios assintomático e sintomático, o estágio AIDS apresentou escores significativamente inferiores. Isto só não aconteceu em dois domínios do WHOQOL-HIV, Meio Ambiente e Espiritualidade, os quais discriminaram apenas entre os pacientes com AIDS e sintomáticos. Estes domínios provavelmente não tenham uma relação linear com a evolução da doença. Como estes domínios são os domínios que se distanciam mais em seu construto do conceito de “funcionamento” e “incapacitação” talvez explique a menor sensibilidade em captar diferenças entre os diferentes estágios da doença. Já os domínios do SF-36, uma medida que tem uma ênfase em todos os seus domínios no “status funcional” parece ter captado com mais sensibilidade estas diferenças. Nas correlações com BDI ambos apresentaram coeficientes de Pearson com valores de magnitude moderada a grande; já com a sub-escala IDATE-Traço as correlações dos dois instrumentos foram de magnitudes menores, variando de pequena a moderada. Na correlação direta dos dois instrumentos entre si os oito domínios do SF-36 correlacionaram-se mais fortemente com três domínios do WHOQOL-100 (Físico, Psicológico e Nível de Independência). Constatou-se neste estudo que o SF-36 confirma sua característica de avaliar “status funcional”, enquanto o WHOQOL-100 demonstra ser um instrumento de qualidade de vida com construtos mais abrangentes.
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Ausência de mutações no gene da diidropteroato sintetase do pneumocystis jirovecii em pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) no BrasilWissmann, Gustavo January 2006 (has links)
Resumo não disponível
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Epidemiologia da infecção pelo vírus da hepatite C em portadores do vírus da imunodeficiência humana : genótipos e fatores de riscoWolff, Fernando Herz January 2007 (has links)
Base teórica: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é responsável pela contaminação de mais de 38,6 milhões de pessoas no mundo, sendo que 4 a 5 milhões estão co-infectadas pelo vírus da hepatite C (HCV). No Brasil, estima-se que aproximadamente 0,5% da população brasileira adulta seja portadora do HIV. A prevalência de co-infecção é altamente variável, dependendo das prevalências das infecções pelo HCV, pelo HIV e de usuários de drogas nas populações estudada. O genótipo do HCV é um dos principais fatores prognósticos para a resposta viral sustentada após tratamentos com interferon e, consequentemente, determinante também da relação de custo-benefício do tratamento. Estudos realizados em diferentes partes do mundo mostraram prevalências distintas dos genótipos do HCV entre países e entre regiões de um mesmo país. Estudos envolvendo centros gaúchos têm mostrado prevalência elevada do genótipo 3 em relação à maioria dos estados brasileiros. Poucos dados sobre a genotipagem em pacientes co-infectados estão disponíveis em nosso meio. Na medida em que a sobrevida dos pacientes com AIDS aumenta, através do controle de infecções oportunistas e manutenção da imunidade, a hepatopatia crônica relacionada à infecção pelo HCV em portadores do HIV torna-se uma das importantes causas de morbimortalidade entre os portadores do HIV, exigindo, por parte dos gestores e serviços de saúde em todo mundo atenção crescente. Objetivos: Determinar a prevalência e os fatores associados à co-infecção HIV-HCV e aos genótipos do HCV em pacientes em atendimento em um centro de referência ambulatorial para tratamento do HIV/AIDS em Porto Alegre, Brasil. Verificar também a prevalência de resolução espontânea da hepatite C e características associadas. Métodos: Estudo Transversal: foram revisados todos os prontuários de pacientes registrados no serviço para determinação da prevalência de co-infecção. Estudo de Caso-Controle: foram consecutivamente incluídos como casos, os portadores de co-infecção HIV-HCV, e como controles, os pacientes com sorologia negativa para o HCV em atendimento com o mesmo médico. Pesquisa do HCV-RNA e genotipagem do HCV foi realizada em todos os casos. Resultados: Entre os 1313 pacientes em acompanhamento, foram anti-HCV positivos 357 (31,2%) dos 1143 pacientes para os quais se obteve sorologia para o HCV. Através de amostragem consecutiva foram incluídos 227 casos (63% homens; 40,3±8,7 anos) e 370 controles (44,6% homens; 38,9±9,8 anos). Após análise por regressão logística permaneceram associados à co-infecção sexo masculino, menor escolaridade, compartilhamento de objetos de higiene pessoal, uso de drogas injetáveis, uso de cocaína inalada, uso de crack, e consumo de maconha. Menor contagem de linfócitos CD4 e história de tuberculose também foi observada entre os pacientes co-infectados HIV-HCV. Entre os 207 indivíduos que realizaram pesquisa do HCV-RNA foi detectada viremia em 83,6% dos casos. Observou-se o genótipo 1 em 81,5%, genótipo 2 em 1,7% e genótipo 3 em 16,2%. Conclusão: Neste estudo identificaram-se fatores de risco para co-infecção pelo HCV em portadores do HIV. As características associadas à transmissão sexual não foram confirmadas. Acrescentou-se informação sobre um novo fator de risco - o compartilhamento de objetos de uso pessoal – ao conjunto de exposições associadas à co-infecção HIV-HCV. A alta prevalência de co-infecção encontrada e o amplo predomínio do genótipo 1 devem ter implicação direta sobre o planejamento de políticas públicas para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento dos portadores do HIV. / Introdution: It has been estimated that 38.6 million people are infected by the human immunodeficiency virus (HIV) all over the world, being 4 to 5 million coinfected with hepatitis C virus (HCV). In Brazil, it is estimated that about 0.5% of the adult population is infected with HIV. The prevalence of HIV-HCV coinfection is directly associated with the characteristics of the population under study, particularly the use of injecting drugs, the source of the participants, and the frequency of each infection. Of the risk factors shared by HIV and HCV infections, injecting drug use (IDU) has been shown to be the most important, followed by exposure to contaminated blood at transfusions. However, 25-30% of individuals infected with HCV deny exposure to parenteral risk factors. The response rate to HCV infection treatment is lower than 50%, and treatments may have clinically important adverse effects. The response to HCV treatment depends on the genotype of the virus. Beside the prognostic importance, HCV genotype is a key factor for the cost-effectiveness of treatment. Study Aims: This study investigated the prevalence of HIV-HCV coinfection, HCV RNA carriers, and HCV genotypes in patients attending to an AIDS outpatient reference center in Southern Brazil. Independent risk factors for HIV-HCV coinfection using a hierarchical conceptual approach to multivariate analysis were detected. Methods: Cross Sectional Study: all registries from 3490 patients with HIV infection were reviewed. Case-Control Study: Cases were HIV infected subjects identified among 357 patients coinfected by HCV. Controls were selected among 786 patients with HIV infection and anti-HCV negative test. Results: The registry has 3490 patients recorded. Of this total, 1313 (37.6%) were currently under follow up, and 1143 were tested for anti-HCV. The prevalence of anti-HCV was 31.2% (95%CI 28.5-33.9%). Two hundred and twenty seven cases, out of 357, and 370 controls, out of 786, were interviewed, and 207 had RNA HCV testing performed. Genotype 1 was more frequent (81.5%; 95% CI 75.7-87.3), followed by genotype 3 (16.2%; 95% CI 10.7-21.7), and few genotype 2 cases (1.7%; 95% CI 0-3.6). HCV RNA was negative in 16.4% of the study participants. Male gender, being 30 to 49 years of age, elementary school education, family income lower than one minimum wage (approximately US$160), earlier age of the first sexual intercourse, higher number of sexual partners in the previous month, sharing of personal hygiene objects, using of injecting drugs, and the use of crack cocaine were associated to HIV-HCV coinfection even after adjustment for confounding factors. The practicing of anal sex became statistically associated with HIV-HCV coinfection only after multivariate analysis. Conclusion: About a third of the patients on treatment for HIV/AIDS in Porto Alegre present coinfection by HCV. The virus with genotype 1 is the most prevalent among the infected by HIV, but beside male gender, there is no apparent reason for this distribution. Despite the presence of infection by HIV, some patients have spontaneous clearing of the HCV. A small innoculum may favor the spontaneous negativation of RNA HCV. We identified a risky profile for HCV coinfection in patients with HIV. The risk of sharing personal hygiene objects is a novel finding and may explain part of the transmission of virus C even in non-AIDS patients. The high prevalence of coinfection by HCV in patients under treatment for HIV, with the predominance of genotype 1 virus, have direct implications for the planning of public health policies for the treatment of persons infected with HIV.
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Avaliação de polimorfismos em genes envolvidos na resposta imune inata de pacientes infectados com HIV-1 e sua influência na progressão à AIDSMedeiros, Rubia Marília de January 2012 (has links)
Variações em genes de resposta imune têm sido associadas com a progressão à AIDS. Após a infecção pelo HIV a proteína sérica MBL é capaz de reconhecer N-glicanos presentes na glicoproteína viral gp120. Além disso, TLRs reconhecem diferentes moléculas antigênicas do vírus presentes no interior da célula, como o ssRNA viral reconhecido pelo TLR7 e o DNA proviral reconhecido pelo TLR9. O presente estudo investigou a influência de polimorfismos nos genes MBL2, TLR7 e TLR9 na progressão à AIDS em uma população com ancestralidade Europeia e Africana. A partir da investigação retrospectiva de 3.300 prontuários médicos de pacientes HIV+ em atendimento regular, 107 indivíduos foram classificados quanto à progressão para a AIDS (20 progressores rápidos, 29 progressores lentos e 58 outros). Através de técnicas de biologia molecular, polimorfismos na região promotora (H/L, rs11003125 e X/Y, rs7096206) e no exon-1 (R52C, rs5030737; G54D, rs1800450; G57E, rs1800451) do gene MBL2 foram determinados, assim como do gene TLR7 (Gln11Leu, rs179008) e do gene TLR9 (T-1237C, rs5743836 e G1635A, rs352140). Para avaliar a influência dos genótipos na progressão para AIDS, testes estatísticos como Análise de Sobrevivência (Kaplan-meier), regressão de Cox e regressões logísticas binárias foram realizados; além disso, a presença dos alelos CCR5del32 e HLA27/HLA57 foram utilizados como fator de correção. Foram observadas diferenças significativas na composição étnica dentro das categorias de progressão, 58,6% dos pacientes com progressão lenta eram Afrodescendentes (p<0.05). A Análise de Sobrevivência para o polimorfismo -1237T/C no TLR9 revelou uma associação significativa entre os portadores do alelo C e um tempo mediano maior (10 anos) de progressão à AIDS, quando comparado com os portadores do alelo A (6 anos). Além disso, esta associação também foi reproduzida na regressão multivariada de Cox (0,616 Hz, 95% CI 0,379-1,003, p <0,05), incluindo idade e etnia como variáveis. No entanto, ajustando o modelo para a presença dos alelos CCR5del32 e HLA-B27/57 a associação foi perdida. Já para o polimorfismo +1635G/A no TLR9, ao analisar a variação dentro dos grupos étnicos, encontramos uma associação significativa do alelo A com a progressão rápida para AIDS em Eurodescendentes. Nenhum resultado significativo foi encontrado para as variantes investigadas nos genes TLR7 e MBL2. Nossos resultados sugerem que o background genético é importante na progressão à AIDS, embora todos os genes e variantes responsáveis por este comportamento ainda não estejam identificados. Além disso, os dados indicam uma relação entre os polimorfismos -1237T/C e +1635G/A no gene TLR9 e progressão para a AIDS. / Variations in innate immune response genes have been associated with different AIDS progression. In HIV infection MBL (mannose-binding lectin) recognizes N-glycans present in the viral glicoprotein gp120, and TLRs (toll-like receptors) recognizes different HIV molecules present inside the infected cell; ie TLR7 recognizes to viral RNA and TLR9 to proviral DNA. The present study investigated the influence of MBL2, TLR7 and TLR9 polymorphisms in AIDS progression in a population with European and African ancestry in patients from Southernmost Brazil. From 3,300 medical records of HIV+ patients, 107 were classified according to AIDS progression (20 rapids, 58 chronics and 29 slows AIDS progressors). Promoter region (H/L, rs11003125 e X/Y, rs7096206) and exon-1 region (R52C, rs5030737; G54D, rs1800450; G57E, rs1800451) polymorphisms in the MBL2 gene were determined, as well as in TLR7(Gln11Leu, rs179008) and TLR9 (T-1237C, rs5743836 e G1635A, rs352140). To evaluate the influence of genotypes in the progression to AIDS, statistical tests as Survival Analysis, Cox regression and binary logistic regressions were performed. Significant differences were observed in the ethnic composition within progression categories, 58.6% of slow-AIDS progressors patients were African-derived (p<0.05). Kaplan-Meier curves applied to polymorphism -1237T/C in TLR9 revealed a significant association between C allele carriers and longer time (10 years) for AIDS progression when compared with A allele carriers (6 years). Moreover, this association was also reproduced in the multivariate Cox regression (0.616 Hz, 95% CI 0.379 to 1.003, p <0.05), including age and ethnicity as variables. However, adjusting the model to the presence of the alleles CCR5del32 and HLA-B27/57 the association was lost. For the polymorphism +1635G/A in TLR9 gene, when analyzing the variation within ethnic groups, an statistically significant association of allele A (1.966 HZ, 95% CI 1.052 3.674, p<0.05) with rapid AIDS progression was observed in European-derived patients. No significant results for MBL2 and TLR7 polymorphism and AIDS progression were shown. Our data highlights a relationship between the investigated polymorphisms in TLR9 gene and progression to AIDS. In addition, the results suggests the genetic background is important in HIV-1 infection, although several genes and variants responsible by this behavior remain to be identified.
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Anfotericina B deoxicolato em infusão contínua para o tratamento da meningoencefalite criptocócica : análise de segurança e atividade antifúngicaFalci, Diego Rodrigues January 2009 (has links)
Introdução: O aumento do número de hospedeiros imunocomprometidos tem provocado um aumento substancial na incidência de infecções fúngicas. A criptococose é uma micose sistêmica observada frequentemente em pacientes com HIV/AIDS. O pilar fundamental do tratamento ainda é a anfotericina B deoxicolato, que está associada a nefrotoxicidade e outros efeitos adversos importantes, tais como anemia. A redução na nefrotoxicidade observada com as formulações lipídicas de anfotericina B, explicada pela distribuição mais lenta da droga nos tecidos, oferece uma boa solução para os problemas de toxicidade, entretanto seus custos são proibitivos. A infusão contínua de anfotericina B foi estudada e mostrou-se segura no tratamento da neutropenia febril associada a neoplasias hematológicas. Esta estratégia de tratamento pode ser uma alternativa promissora para o tratamento de infecções fúngicas como a criptococose. Nosso objetivo neste estudo é avaliar segurança e eficácia microbiológica da infusão contínua de anfotericina B deoxicolato no tratamento da meningoencefalite criptocócica. Métodos: Ensaio clínico aberto, prospectivo, não-comparativo, incluindo pacientes com meningoencefalite criptocócica e AIDS. Os pacientes receberam infusão contínua de anfotericina B deoxicolato (0,7 mg/kg/dia) e flucitosina por via oral (25mg/kg quatro vezes ao dia), durante 14 dias. Foi mensurada a atividade antifúngica utilizando culturas quantitativas do liquido cefalorraquidiano obtido por punção lombar no pré-tratamento, e dias 3, 7 e 14 de tratamento. Resultados: O estudo incluiu 10 pacientes. A mortalidade geral após 2 semanas de tratamento foi de 10 %. A análise micológica demonstrou uma redução progressiva nas unidades formadoras de colônias(UFC) no líquido cefalorraquidiano. Foi calculada a atividade antifúngica inicial utilizando o grau de redução nas contagens das unidades formadoras de colônias. Esta atividade foi de -0,37±0,05 log UFC/mL de líquor por dia. Embora dois pacientes tenham desenvolvido hipocalemia, a função glomerular foi preservada em todos os pacientes, com níveis de creatinina abaixo de 1,5mg/dl no fim do tratamento. Anemia ocorreu em 5 pacientes, e os níveis médios de hemoglobina decresceram de 11,49 para 7,92 g/dL. Conclusões: Os dados indicam que a infusão contínua parece ser segura e bem tolerada, mesmo com o aparecimento de anemia e hipocalemia em alguns pacientes. A atividade antifúngica foi comparável ao padrão de tratamento, com redução adequada da carga fúngica da doença. Nossos resultados confirmam que a infusão contínua reduz a nefrotoxicidade, mantendo a atividade antifúngica. Estudos maiores e comparativos com as formulações lipídicas de anfotericina B e até mesmo com novos antifúngicos, são necessários para avaliação mais aprofundada deste inovador regime de tratamento.
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Histoplasmose associada à HIV/AIDS: estudo descritivo de casuística em um Centro de Pesquisa no Rio de Janeiro (1987-2002)Pedroza, Beatriz Elena Porras January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Foi feito estudo descritivo, retrospectivo de uma série de casos de histoplasmose associada à HIV/AIDS no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC) no período de Janeiro de 1987 a Setembro de 2002, mediante a revisão de prontuários. Em 2020 casos de HIV+ foram diagnosticados 35 casos da micose, dos quais 32 desenvolveram histoplasmose disseminada oportunista e 3 apresentaram infecção por Histoplasma capsulatum demonstrada laboratorialmente. A maioria dos casos de histoplasmose era procedente do estado do Rio de Janeiro (97,14%), principalmente da cidade do Rio de Janeiro (80%), sendo a maioria natural do mesmo estado (71,42%). Como perfil predominante da casuística tivemos: sexo masculino (87%), comportamento heterossexual predominante (40%), seguindo-se bissexual (17,1%); escolaridade: primeiro grau (42,9%) e profissão de diferentes categorias de nível técnico ou serviços primários. Desemprego foi observado em 17,1%, tabagismo em 45,71% e etilismo em 60%. Atividades de risco não foram relacionadas aos casos de histoplasmose, excetuando-se um caso em que se identificou viagem recente para outra área endêmica com soroconversão. A histoplasmose disseminada oportunista ocorreu em 1,58% (32/2020) dos pacientes HIV+ na série estudada. Com 1,99% (27/1352) no sexo masculino e 0,74% (5/668) no sexo feminino..
A associação de histoplasmose disseminada em AIDS nesta mesma série foi de 3,21% (32/996) sem evidente variação de freqüência ao longo do período de estudo. Houve predomínio do sexo masculino 3,92% (27/668) sobre o feminino 1,62% (5/308), na associação histoplasmose disseminada oportunista em AIDS nesta mesma série, sugerindo que homens com AIDS apresentem mais chances de adoecer por histoplasmose do que mulheres. No entanto esta possibilidade depende de futuros estudos. O principal conjunto de manifestações clínicas da histoplasmose disseminada oportunista foi de caráter sistêmico (febre, perda de peso), seguindo-se manifestações respiratórias e do sistema reticuloendotelial. No raio X de tórax predominou o padrão intersticial microondular, retículo nodular ou misto, com ou sem linfonodomegalia em 37,5% (6/16). Chamou a atenção a freqüência da menigoencefalite por H. capsulatum nas formas disseminadas da histoplasmose em AIDS 12,5% (4/32). A presentação cutâneo mucosa ocorreu em 3 casos (9,37%) 3/32. A histoplasmose disseminada oportunista ocorreu como doença definidora de AIDS em 23 casos, sendo que, como causa única definidora de AIDS em 12,5% (4/32) e como causa associada a outras infecções oportunistas em 59,37% (19/32). Nos demais (28,12%) a histoplasmose apresentou-se em pacientes que já tinham AIDS (9/32). Diferentes co-morbidades infecciosas foram observadas nos casos de histoplasmose disseminada oportunista em 84,37% (27/32) chamando a atenção à tuberculose com 12,5% (4/32)..
O diagnóstico micológico através do cultivo foi o principal meio de diagnóstico, sendo que o exame direto de espécimes clínicos para histoplasma foi de baixo rendimento. A imunodifusão dupla foi negativa em 68,5% (22/32), sendo que naqueles positivos somente a banda M foi detectada. O CD4 presentou níveis baixoa (10 cel/mm³ a 288 cel/mm³) em 12 casos de histoplasmose disseminada oportunista analisados. Dos pacientes que foram para óbito 59,37% (19/32), 4 encontravam-se em uso de monoterapia ARV e o restante era virgem de tratamento. Quando consideramos óbito segundo disponibilidade de esquema ARV no Brasil, em três períodos distintos 1897-1990, 1991-1995, 1996-2002, na série analisada no IPEC o óbito foi significativamente reduzido nos casos de histoplasmoses disseminada oportunista no período do uso de HHART. A associação da histoplasmose à AIDS não mudou significativamente sua freqüência de ocorrência na série analisada, mas é possível que esquema HAART esteja implicando melhor evolução dos casos e redução da letalidade por recuperação parcial da imunidade celular
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Educação em saúde com adolescentes em situação de rua visando à prevenção de DST/AIDS / Health education with homeless adolescents aiming the prevention of STD/AIDSLuna, Izaildo Tavares January 2011 (has links)
LUNA, Izaildo Tavares. Educação em saúde com adolescentes em situação de rua visando à prevenção de DST/AIDS. 2011. 139 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2011. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-10-26T13:13:39Z
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Previous issue date: 2011 / As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), especialmente a infecção pelo HIV, destacam-se na atualidade entre as enfermidades infecciosas, pela magnitude e extensão dos danos causados às populações. A epidemia da Aids representa um fenômeno global, dinâmico e instável, configurando-se como um dos problemas mais comuns da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes. Esta pesquisa apresenta como objetivo geral compreender como as ações de Educação em Saúde, desenvolvidas pelo enfermeiro, a partir do Círculo de Cultura, podem auxiliar os adolescentes em situação de rua na prevenção das DST/Aids. Trata-se de uma investigação que propôs realizar uma pesquisa-ação, realizada de janeiro a abril de 2011. Os sujeitos do estudo foram 19 adolescentes de 12 a 18 anos incompletos, de ambos os sexos, frequentadores do Núcleo Albergue, instituição vinculada à Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Ceará. Os instrumentos e as técnicas utilizados para a coleta das informações foram: entrevista, observação participante, registro fotográfico e anotação em diário de campo. Como método e técnica para promover a articulação com a dimensão coletiva e interativa da investigação proposta pela pesquisa-ação, utilizou-se o Círculo de Cultura. Realizaram-se neste estudo seis círculos constituídos das etapas a seguir: descoberta do universo vocabular; seleção dos temas a serem desenvolvidos; criação de situações para problematização; utilização de técnicas grupais para problematizar com fundamentação teórica; reflexão teórico-prática (desconstrução dos conceitos); (re) construção coletiva; síntese da vivência e avaliação. Neste sentido, os adolescentes discutiram sobre: o que é DST/Aids? Como posso me prevenir das DST/Aids? Na rua, como pego e como não pego as DST/Aids? O que eu aprendi sobre DST/AIDS? O que eu preciso aprender para me prevenir das DST/Aids? Os achados frutos desta discussão foram os seguintes: no interagir inicial com o grupo, os adolescentes expressaram que a necessidade primordial do grupo naquele momento não era a problemática que envolvia as DST/Aids, mas a escuta atenciosa e a valorização do que eles estavam sentindo, acerca das perdas vivenciadas. O debate do grupo suscitou discussões sobre o uso de drogas como fator condicionante para as práticas sexuais desprotegidas, a rua como lugar de sexo fácil, a prostituição como meio de disseminação das doenças etc. Os adolescentes expressaram deter de conhecimento sobre o risco de uma relação sexual desprotegida, todavia, quando estavam sob o efeito das drogas, relataram ser incapazes de assumir um comportamento sexual responsável. Evidenciou-se, ainda, que a preocupação com as DST/Aids é algo presente entre os adolescentes, porém, isto não é suficiente para motivá-los a uma efetiva proteção. Ao final deste estudo, visualizou-se a metodologia freireana como uma estratégia de Promoção da Saúde, pois possibilitou a identificação do contexto cultural dos participantes do estudo, e, a partir deste, o planejamento de métodos de intervenção que se adequasse ao cotidiano deles. O processo educativo despertou também nos adolescentes a necessidade de alertar os pares sobre a problemática que envolve as DST/Aids, confirmando que o Círculo de Cultura possibilita a reflexão para promover a transformação, não somente do sujeito, mas também do meio em que vive.
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Círculo de cultura com jovens usuários de cocaína/crack visando à prevenção do HIV/AIDS / Culture circle with adolescent cocaine/crack users aimed at prevention of HIV/AIDSPinto, Agnes Caroline Souza January 2013 (has links)
PINTO, Agnes Caroline Souza. Círculo de cultura com jovens usuários de cocaína/crack visando à prevenção do HIV/AIDS. 2013. 128 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2013. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-02-26T14:04:14Z
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Previous issue date: 2013 / Desde que a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) começou a ser reconhecida como problema de saúde pública, tem havido preocupação crescente com o papel desempenhado pelos usuários de drogas na disseminação global do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV), sendo esta, atualmente, a segunda causa de morte entre eles. O estudo apresenta como objetivo geral promover, por meio dos Círculos de Cultura, espaço crítico-reflexivo acerca da prevenção do HIV/aids junto aos jovens usuários de cocaína/crack. Trata-se de pesquisa-ação, realizada de janeiro a setembro de 2012. Os sujeitos do estudo foram dez jovens usuários de cocaína/crack, do sexo masculino, com idade entre 18 e 24 anos, acompanhados para tratamento de dependência na comunidade terapêutica Desafio Jovem do Ceará. Os instrumentos e as técnicas utilizados para coleta das informações foram: entrevista semiestruturada, observação-participante, registro fotográfico, gravação dos discursos e registro em diário de campo. Como método e técnica para articular a dimensão coletiva e interativa da investigação proposta pela pesquisa-ação, utilizou-se o Círculo de Cultura. Deste modo, foram realizados seis Círculos de Cultura construídos de acordo com as seguintes etapas: o conhecer do universo individual e coletivo, seleção dos temas, dinâmicas de sensibilização e problematização, reflexão teórico-prática, construção coletiva do conhecimento e avaliação de cada círculo. Neste sentido, os jovens discutiram e refletiram sobre: o viver dos jovens com as drogas, a vulnerabilidade do usuário de drogas ao HIV/aids, a relação da Aids com as drogas, a prevenção e a transmissão do HIV/aids e o que aprendemos sobre Aids? Os resultados dessas discussões foram os seguintes: no início dos círculos, os jovens demonstraram conhecimento sobre a aids bastante incipiente e desarticulado, com predominância de mitos; relataram nunca terem feito uso de drogas injetáveis, porém se consideravam vulneráveis às DST/aids visto que o compartilhamento de canudos e cachimbos para o uso da cocaína/crack e a perda da consciência favoreciam ao não uso do preservativo durante as relações sexuais e à multiplicidade de parceiros; os amigos desses jovens foram os principais fatores de risco para que viessem a experimentar as drogas; as festas, as “raves” eram lugares propícios para o início do uso de drogas, porém casas abandonadas, escolas, e casas dos amigos, também foram incluídas como opções para o consumo de drogas, e que a religião era muito importante para que os jovens decidissem não usar mais as drogas e iniciassem o tratamento para dependência. O processo educativo despertou nos nossos jovens o interesse e a necessidade de conversar com seus pares acerca da problemática que envolvia as DST/aids e as drogas, e além disso ensinou várias maneiras de trabalhar a questão das drogas nas escolas com crianças e adolescentes que ainda não são usuários, ratificando que o círculo possibilita a reflexão e a transformação do sujeito e do meio no qual ele está inserido. Diante do exposto, o enfermeiro pode trabalhar com metodologias dialógicas e participativas, como a de Paulo Freire, para favorecer a reflexão crítica do educador e educando em prol da prevenção de DST/aids em usuários de cocaína/crack.
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