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O papel da memória na pedagogia da morte (século XV)Almeida, Letícia Gonçalves Alfeu de [UNESP] 20 June 2013 (has links) (PDF)
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almeida_lga_me_fran.pdf: 1470367 bytes, checksum: e81b71d28bafbe07deb66d13a2621c2d (MD5) / Durante os séculos XIV e XV, foi considerável o número de textos religiosos dedicados à reflexão sobre a morte e sobretudo à preparação para o bem morrer. Textos de conteúdo didático e moral, com prescrições e orientações para o cristão saber se portar nos momentos finais, que precedem o trespasse, foram abundantes na produção escrita francesa e fizeram parte do material difundido pela pregação clerical, em renovação no período. Tendo em vista a notável recorrência das recomendações sobre a lembrança e o esquecimento em obras desse tipo, esta pesquisa pretende refletir sobre o papel do exercício de recordar e revisar o passado no aprendizado da morte, a partir do estudo de algumas das obras didáticas de maior circulação no território francês da época. Sendo assim, o intuito da pesquisa consiste em pensar a memória como instrumento moralizador e exercício moral por meio do qual os homens deveriam refletir sobre sua própria morte, visando, porém, a existência temporal. Trata-se de refletir sobre como a predicação sobre a morte – no caso específico da predicação francesa –, por meio de prescrições sobre o exercício de lembrar e esquecer, pretendeu regrar os comportamentos em relação à vida, recorrendo ao passado de cada um. Levando em conta um contexto em que a devoção como um todo, assim como a reflexão sobre a morte, torna-se mais introspectiva, com o desenvolvimento das devoções privadas e domésticas entre os laicos, a pesquisa avalia o papel da memória como prática que fundamenta a interiorização e introspecção da reflexão sobre a morte e a devoção pessoal, em que pesa a atuação clerical na construção das formas de morrer / During the fourteenth and fifteenth centuries, the number of religious texts reflecting on the theme of death and concerning the preparation for dying well was considerable. Didactic and moral texts containing rules and guidelines for the Christian to know how to behave at the moments before death, which precede the passage, are abundant among the French writings, as part of the material transmitted by the clerical preaching under renovation. Considering the remarkable attendance of recommendations about remembrance and forgetting in such texts about death, this research intends to reflect about the role of the exercise of remembering and reviewing the past in the learning of death, through the analysis of some of the most widespread didactic textbooks in the French territory of that time. Thus, the aim of this present research is to treat the memory as a moralizing instrument and as a moral exercise, from which men should think about their own death, aiming however their temporal existence. It means to reflect on how the preaching about death, in the specific case of French preaching wanted to regulate the human behavior in relation to life, by leaning on prescriptions relating to the personal exercise of remembering and forgetting, resorting to the past of each one. Taking into account a context in which the devotion as a whole, as well as the reflection about death becomes more introspective, with the development of the private and domestic devotions, this work measures the function of memory as a practice that bases the internalization and introspection of personal devotion and the reflection concerning death and the weight of clerical performance in constructing ways of dying
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As crônicas de Artur Azevedo na revista literária O álbum (1893-1895)Stopa, Rafaela [UNESP] 22 June 2010 (has links) (PDF)
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stopa_r_me_assis.pdf: 96114772 bytes, checksum: a55ded0acaa17d9218f5e5601fc115d6 (MD5) / Esta dissertação se propõe a abordar as seções de crônicas ―Crônica Fluminense‖ e ―Teatros‖, ambas de Artur Azevedo, que as publicou respectivamente com os pseudônimos A. e X.Y.Z., na revista literária O Álbum (1893-1895), cuja direção era de sua responsabilidade. Buscou-se considerar a temática e a fatura dos textos em sua relação com o contexto histórico do final do século XIX, bem como apresentar um panorama do periódico para discernir sua linha editorial e conhecer o papel de Artur Azevedo como diretor literário e responsável por outros textos da revista. Para tanto, no volume 1, a introdução traz uma revisão de literatura sobre o autor em questão, para apontar a contribuição deste trabalho frente aos estudos já publicados. No primeiro capítulo, aborda-se a revista, com o cuidado de apontar o momento, tanto social quanto literário em que circulou, assim como proporcionar uma visão geral dos colaboradores e dos textos veiculados. Ressalte-se que, mesmo nessa parte, a ênfase recai sobre a produção de Azevedo. O segundo capítulo traz, em específico, a leitura da seção ―Crônica Fluminense‖, tendo em vista que o objetivo desta dissertação é tratar do trabalho de Azevedo como cronista e diretor da revista literária, dois perfis que a leitura dessa crônica permite alcançar. No terceiro e último capítulo, aborda-se a seção ―Teatros‖, que possibilita distinguir muitos dos elementos apontados como comuns – em outros estudos – na crônica/crítica teatral azevediana e ainda, um melhor entendimento da dramaturgia no final do século XIX. Finalmente, nos volumes 2 e 3, há a reprodução fac-símile do hebdomadário devido à importância de conhecer as crônicas em seu suporte / This paper is intended for addressing ―Crônica Fluminense‖ and ―Teatros‖, two chronicles sections written by Artur Azevedo and published under the pen name A. and X.Y.Z, respectively, in O Álbum (1893 – 1895), a literature magazine directed by the writer himself. It was sought to consider the thematic and structure in relation to the history context of late 19th century, as well as to present an overview of this magazine in order to distinguish its editorial line and comprehend the role of Artur Azevedo as literature director and responsible for the texts of this magazine. In order to do so, in Volume 1, there is an introduction with a literature review about the author to indicate the contribution of the present work to the studies previously published. In the first chapter, the magazine is presented, and the social and literary moment it was published is carefully highlighted, besides providing a general view of collaborators and texts. It is emphasized that, even in this part, the emphasis is on Azevedo‘s production. The second chapter is especially about the reading of ―Crônica Fluminense‖, since the purpose of the present work is to deal with Azevedo‘s work as writer and director of the magazine, two shapes the reading of this chronicle allows to outline. In the third and last chapter, it is studied the section ―Teatros‖, which enables the discrimination of a number of elements already appointed as usual – in previous studies – in Azevedo‘s theatrical chronicle/review, and also a better understanding of the dramaturgy of late 19th century. Finally, Volumes 2 and 3 bring an integral reproduction of his original work in this weekly publication due to the importance of knowing his chronicles in their roots
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A ironia nas Terceiras estórias: TutaméiaCaixeta, Maryllu de Oliveira [UNESP] 21 May 2013 (has links) (PDF)
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caixeta_mo_dr_arafcl.pdf: 940989 bytes, checksum: dd4a2dce0e357e86615ab3d6c075cf88 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Para o estudo de Tutaméia: terceiras estórias de João Guimarães Rosa, esta tese apresenta o estudo comparado da ironia considerada em sua acepção socrática de motivação mítica, em sua retomada pelo romântico alemão Friedrich Schlegel como negação de formas-de-exposição já convencionais, e com base na elaboração do conceito de ironia pela tese de Kierkegaard que critica o modo como os românticos se apropriaram da ironia socrática. A partir da teorização de um romântico como F. Schlegel, a ironia, literária e filosófica, pode ser pensada como uma condição da forma artística, entendida como artefato produtor de sentido. Com seus quatro prefácios, Tutaméia rege um coro de ditos e não ditos ou propõe um debate irônico acerca de: anedotas de abstração; um coro que legisla sobre os neologismos; outro coro que refere o parecer dos filósofos sobre nossa condição trágica negada por chistes de bêbado; a voz autoral. O quarto prefácio são VII pequenas narrativas narradas pelo autor em primeira pessoa. Na primeira, conversa com seu alterego sobre literatura, e nas demais considera as implicações da narração de estórias, algumas atribuídas a tio Cândido e Zito, projeções da voz autoral. Os prefácios apresentam como ficção a descentralização do sujeito da escrita para proporem um debate irônico que coloca em cena e suspende as leis da representação. Para o estudo comparado da ironia literária, a ironia na forma, esta tese se dedica, especialmente, à análise do primeiro prefácio que apresenta o modo de ser da estória que, por vontade e dever, nega a (H)história para se parecer um pouco com a anedota de abstração. Como ser instável e mítico, a estória retoma e reverte os termos da comparação aristotélica de poesia e história. O princípio superior do pensamento ou dos suprassensos das... / This thesis presents a comparative study of irony in João Guimarães Rosa’s Tutaméia: terceiras estórias. The irony will be considered in its Socratic sense of mythical motivation, in its revival by the Romantic Friedrich Schlegel as the denial of conventional enunciation-forms and, finally, based in the concept of irony in Kierkegaard’s thesis which criticizes how the Romantics appropriated the Socratic irony. From the theorizations of a romantic as F. Schlegel, literary and philosophical irony can be conceived as an art form condition, understood as a meaning producer object. With its four prefaces, Tutaméia governs a chorus of spoken and unspoken or proposes an ironical debate about abstraction anecdotes, neologisms, the philosophers’ thoughts about our tragic condition denied by drunk’s jocosity and the authorial voice. The fourth preface consists in VII small stories narrated in first person by the author. At first, he talks to his alterego about literature. At the other, he considers the implications of storytelling, some attributed to tio Cândido e Zito, projections of authorial voice. The prefaces presented as fiction the decentralization of the writer to propose an ironical debate which focalizes and suspends the laws of representation. In order to study comparatively the literary irony, or the irony at the form, this thesis analyses especially the first preface of the book, which presents the aspects of a story that (by the will and duty) denies history in order to resemble the abstraction anecdote. As an unstable and mythical being, the story reverses the terms of Aristotelian comparison of poetry and history. The superior principle of thought, or stories of supersenses, is the no-sense which mechanisms, selected in communitarians narrative categories, creates witticism or conflicts approaching the transcendence or something... (Complete abstract click electronic access below)
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De corixos e de veredas: a alegada similitude entre as poéticas de Manoel de Barros e de Guimarães RosaRodrigues, Kelcilene Grácia [UNESP] 30 March 2006 (has links) (PDF)
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rodrigues_kg_dr_arafcl.pdf: 3588082 bytes, checksum: 73e7fdd4b5f9df4638237b8690ffd3ff (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A tese mostra que é um equívoco considerar a ars poetica de Manoel de Barros cópia da poética de Guimarães Rosa. A poesia de Barros constitui projeto próprio, definido anteriormente ao de Rosa – não é, portanto, pastiche da ficção rosiana. A anterioridade de Barros prevalece mesmo se considerado o livro de poemas Magma, de Guimarães Rosa, premiado pela Academia Brasileira de Letras em 1937, por coincidência o ano em que Barros lançou sua primeira coletânea, Poemas concebidos sem pecado. Através de procedimento comparativo, o trabalho aborda aspectos metalingüísticos, discursivos e estilísticos. Assim, determina as reais convergências entre os dois escritores e a radical originalidade de suas poéticas. A pesquisa expõe a recepção às obras de Barros e de Rosa, busca a ars poetica que defendem em seus livros de estréia, estuda como tal poética foi desenvolvida em suas obras posteriores, e mostra o modo como cada um constrói a metáfora. A análise conclui que os dois autores têm semelhança na reflexão sobre o processo poético, na inventividade desnorteante, na criação neológica lexical e na subversão semântica, e que são personalidades literárias díspares, com visões de mundo quase antagônicas e projetos estéticos personalíssimos com relação ao sistema literário brasileiro, no qual cada um ao seu modo representa ruptura e avanço. / The thesis demonstrates that it is a mistake to consider the ars poetica of Manoel de Barros as a copy of the Guimarães Rosa’s poetics. Barros’ poetics constitutes his own project, defined before the Rosa’s one – it is not, in this way, pastiche of the rosiana fiction. The anteriority of Barros prevails even it is considered the poem book Magma, by Guimarães Rosa, which was given a prize by the Brazilian Academy of Letters in 1937, that coincides with the year that was published the first Barros’ collection, Poemas concebidos sem pecado. Through comparative procedures, the work deals with metalinguistic, discursive and stylistic aspects. Thus, it determinates the real convergences between both writers and the originality of their poetics. The research exposes the reception to the works of Barros and Rosa, it searches the ars poetica that they defend in their first books, it studies how the poetics was developed in their following works, and shows the way that each one elaborates the metaphor. After the analyses it was concluded that both authors think about the poetic process similarly, in the inventivity out of course, the lexical neological creation and in the semantic subversion, and that they are dissimilar literary personalities, with nearly antagonistic overall view and with very personal aesthetic projects related to the Brazilian literary system, in what each one in a particular way represents rupture and advance.
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Entre beats e bytes: a poesia experimental de Robert CreeleyMiho, Sílvia Regina Gomes [UNESP] 19 January 2007 (has links) (PDF)
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miho_srg_dr_arafcl.pdf: 808150 bytes, checksum: 614db63ac6846f0a519a2e5a6dc53c89 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Este trabalho objetiva, em primeiro lugar, trazer uma contribuição para a compreensão da poesia do norte-americano Robert Creeley (1926-2005), e em segundo lugar, busca refletir sobre as principais características da poesia experimental escrita nos Estados Unidos, a partir da segunda metade do século XX, e suas relações de continuidade e ruptura tanto com a poesia do Alto Modernismo quanto com a poesia das últimas décadas do século XX e início do século XXI. / This dissertation aims, firstly, to bring some contributions to the comprehension of the North American poet Robert Creeley (1926-2005), and, secondly, to reflect upon the main characteristics of North American Experimental poetry, since the second half of the 20th Century , and its continuity and rupture relations with both, the High Modernist poetry and the poetry produced during the last decades of the 20th Century and the beginning of the 21st Century.
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Da utopia ao ceticismo: a sátira na literatura brasileira contemporâneaRocha, Rejane Cristina [UNESP] January 2006 (has links) (PDF)
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rocha_rc_dr_arafcl.pdf: 735067 bytes, checksum: e15b24532901355b60f61c640b55ff56 (MD5) / A tese de doutoramento aqui apresentada promove uma leitura de quatro romances da literatura brasileira contemporânea, publicados entre as décadas de 70 e de 90: Galvez, imperador do Acre e A resistível ascensão do Boto Tucuxi, de Márcio Souza, e Galantes memórias e admiráveis aventuras do virtuoso Conselheiro Gomes, o Chalaça, de José Roberto Torero e Terra Papaggali, de José Roberto Torero em co-autoria com Marcus Aurélius Pimenta, a fim de observar de que forma a tonalidade satírica, pautada na crítica a um estado de coisas julgado como reprovável pelo satirista e na pressuposição de uma norma que, se observada, levaria a um “melhor”, configura-se na contemporaneidade, momento marcado pela pulverização dos valores e pelo esmaecimento dos ideais utópicos. A análise das obras permite constatar que os romances de Márcio Souza, publicados em 1976 e 1982, embora já se inscrevam em um panorama de desconfiança em relação à possibilidade de um projeto de revolução social para o Brasil, ainda expressam a frustração ocasionada por essa desconfiança. O riso satírico, nesses romances, expõe o drama do posicionamento crítico que precisa lidar com a ausência de propostas, com o vazio. Os romances de Torero e Pimenta, publicados em 1994 e 1997, inserem-se em um contexto que, politicamente, garante a observância dos preceitos democráticos e, culturalmente, possibilita a profissionalização do escritor por meio de sua assimilação pela indústria cultural. O riso satírico, em tais obras, promove uma generalização da crítica cuja força corrosiva é diminuída na proporção em que ocorre a ampliação de seus alvos, configurando-se tanto como estratégia produtiva de exposição das incongruências perpetuadas na sociedade brasileira, quanto como um maneirismo que garante a diversão descompromissada do leitor.
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À glória dos vencedoresRodrigues, Michelle de Araujo Schampovski 14 December 2011 (has links)
Resumo: O domínio holandês e a Guerra do Açúcar no nordeste do Brasil (1630-1654) foram relatados contemporaneamente por escritores ligados direta ou indiretamente a estes acontecimentos. Dentre estes escritores estavam soldados e religiosos, luso-brasileiros e holandeses. Notadamente, alguns desses relatos se distinguem por constituírem objeto de encomenda e por seu teor panegírico – que visa elogiar e engrandecer ao patrono. Destacamos, aqui, relatos encomendados pelo Conde Maurício de Nassau-Siegen (1604-1679), governador, capitão e almirante-general do Brasil holandês de 1637 a 1644; e por João Fernandes Vieira (1613-1681), migrante madeirense, oriundo dos estratos inferiores da sociedade portuguesa e que se tornou personagem ativo na luta contra os holandeses. A encomenda de relatos que tratam da guerra entre luso-brasileiros e holandeses no nordeste açucareiro não constitui um caso isolado, visto que durante o Antigo Regime o patrocínio de obras literárias era prática comum. A encomenda de obras literárias de cunho panegírico era um artifício utilizado pelos patronos para que tivessem seus feitos registrados com aura gloriosa. Contudo este mecanismo era privilégio da nobreza, que possuía cabedais para incentivar a produção e impressão dessas obras. Os relatos incentivados pelo Conde Maurício de Nassau constituem exemplos clássicos deste padrão, pois ele era membro da nobreza dos Países Baixos. Por outro lado, o fato de João Fernandes Vieira encomendar relatos panegíricos constitui uma exceção a esta regra, devido a sua origem dentre estratos inferiores da sociedade portuguesa. É certo que Nassau e Vieira tinham interesses pessoais mediante a publicação desses escritos, tais como buscar enaltecimento diante de seus pares, no caso de Nassau, e obter nobilitação, no caso de Vieira. Para alcançar tais objetivos, os autores desses escritos uniram o tom panegírico ao universo religioso, construindo uma imagem gloriosa de seus respectivos patronos.
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O sertão partidoBarleta, Leonardo Brandão 29 May 2013 (has links)
Resumo: Este estudo é sobre o processo de institucionalização portuguesa dos espaços no planalto curitibano levado a cabo entre os séculos XVII e XVIII, com leves incursões pelos anos iniciais do século XIX. No início do período, a área era reconhecida como sertão de Paranaguá, atraindo a atenção de mineradores; quase dois séculos depois, era palco de uma sociedade vinculada a produção pecuária com mais de 25 mil habitantes distribuídos em três vilas, 8 freguesias e algumas capelas curadas. A formação daquela sociedade, a montagem de sua economia e o desenvolvimento de cadeias de suas redes de sociabilidades se deram, assim, no interior da institucionalização daquele torrão, sob a égide do império lusitano. O objetivo do trabalho é compreender como este espaço foi institucionalizado, relacionando-o tanto com as diretrizes políticas imperiais portuguesas como com a ação dos moradores do além-mar. Assim, observando os diversos movimentos, interesses e motivações, intenta-se apreender a historicidade contidas nas feições que o espaço do planalto curitibano assumiu durante o período de domínio português. O suporte conceitual que dá unidade ao estudo é a noção de espaço, levando em consideração não apenas sua forma, mas a natureza social das relações que o produzem. Este conceito, formulado a partir de autores da geografia humana, foi ponderado considerando os imperativos decorrentes da análise de uma sociedade de Antigo Regime. Destaca-se a relação entre espaço e poder (territorialidade), pensada a partir da multiplicidade de instituições e agentes que territorializam o espaço. É na sobreposição de feições territoriais produzidas em níveis distintos da sociedade e na dinamicidade de sua mudança que o espaço encontra sua forma. Do ponto de vista metodológico, o trabalho faz uso ativo de técnicas baseadas na produção de sistemas de informação geográfica (SIG), delineando as conformações espaciais ao longo do tempo. O texto da dissertação está organizado em três capítulos, além da introdução e considerações finais. A primeira seção aborda o conceito de espaço e as possibilidades de aplicação no contexto seiscentista e setecentista. O segundo capítulo busca identificar as feições territoriais que a porção meridional e, em especial, o planalto curitibano, tomaram ao longo do período estudado. Ressalta-se o contexto expansionista português, a efetivação da conquista dos sertões americanos e a instalação de marcos jurisdicionais português no Novo Mundo. A última parte é dedicada à análise das sesmarias concedidas na região de estudo, que concretizam a incorporação daquelas paragens ao império lusitano.
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MetamorfoseTrindade, Judite Maria Barboza, 1944- 12 April 2012 (has links)
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Usos cotidianos do parentesco espiritualChagas, Paula Roberta 27 August 2012 (has links)
Resumo: A historiografia encarregada dos estudos sobre a história da família no Brasil colônia vem apontando algumas estratégias utilizadas pela elite para a manutenção de seu local social. Dentre as mais usuais estão as alianças matrimoniais, o pertencimento ao círculo de vereança local, o acúmulo de bens materiais advindos tanto do comércio quanto da posse de escravos indígenas e africanos e a consolidação de laços de compadrio. Quando se analisa os assentos paroquiais de batismo, é possível observar que os vínculos espirituais delineados a partir do compadrio, acabam então, por reforçar ou realinhar essas teias sociais entre os indivíduos. Uma vez que, nesse período, a referência social ao indivíduo está sempre ligada ao pertencimento a um grupo maior, no caso sua família, este "parentesco espiritual" constituía uma das formas mais significativas de firmar vínculos, seja por interesses políticos e econômicos, seja para reafirmar laços de sangue já existentes. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho consiste em explorar as virtualidades desse tipo de documentação, bem como verificar a extensão, a qualidade e as possibilidades das redes de compadrio firmadas entre as primeiras famílias que se estabeleceram na região do planalto curitibano, no final do século XVII e início do XVIII, com ênfase nos arranjos do parentesco espiritual estabelecidas pelo casal Antonio Luiz Tigre e Anna Rodrigues França e suas famílias.
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