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Anatomia estrutural e ultraestrutural dos gânglios celíaco e mesentérico superior em humanos / Structural and ultrastructural anatomy of the superior celiac and mesenteric ganglions in humansLima, Regiane Freire Nogueira de 23 November 2018 (has links)
Os gânglios pertencentes ao Sistema Nervoso Autônomo (SNA) estão divididos em grupos de acordo com sua localização. Os gânglios celíaco e mesentérico superior são gânglios simpáticos pré-vertebrais. Estes se localizam anteriormente à coluna vertebral e à aorta abdominal ao nível das vértebras T12 a L1. Conectando o Sistema Nervoso Central (SNC), por meio dos nervos esplênico maior e menor, ao Sistema Nervoso Periférico (SNP), formando um emaranhado de nervos denominado plexo nervoso. Ambos participam do controle da motilidade gastrointestinal, sendo assim, estão envolvidos na fisiopatologia dos distúrbios inerentes ao seu território de inervação. Foram dissecados e fixados a solução de formol a 4%, 33 blocos anatômicos de seres humanos contendo a parte abdominal da aorta e o pâncreas, obtidos de 15 indivíduos do gênero masculino e 18 do feminino com idades variando de 20 a 90 anos, divididos em três grupos: Grupo I (jovens - 20 a 40: 3 homens e 4 mulheres); Grupo II (adulto - 45 a 60: 8 homens e 6 mulheres) e Grupo III (idosos - 70 a 90: 4 homens e 8 mulheres), onde avaliou-se aspectos estruturais e ultraestruturais dos gânglios celíacos e mesentérico superior, quanto à sua topografia e componentes microscópicos por meio das colorações de Hematoxilina e Eosina, Tricromo de Masson, Violeta Cresil, Verhoff e Picro-Sirius, observou-se respectivamente, a identificação geral dos componentes ganglionares, fibra elástica e o componente colágeno ganglionar, assim como análises por método de Microscopia Eletrônica de Varredura (MET). Quanto ao aspecto macroscópico os gânglios celíacos foram contados em número de 58, sendo 25 espécimes (86% dos casos) apresentaram-se bilateralmente de formato retangular, 7 (12%) estavam fusionados na linha mediana, e 1 (1,7%) no antímero esquerdo, ambos de aspecto irregular. Relativamente todos pertencentes a este antímero estavam em situação inferior aos do antímero direito. Já o gânglio mesentérico superior, de formato preferencialmente estrelado, ocorreu em 10 espécimes (30%) ele estava situado anteriormente à artéria mesentérica superior, e em 17 (51%), posteriormente a ela, em 3 casos foi encontrado um entrecruzamento de fibras nervosas espessas com presença de corpos celulares espaçados, e em 3 casos (9%), o gânglio não foi encontrado, apenas um emaranhado de feixes com fibras nervosas. Referente a parte qualitativa, notou-se que à medida que o ser humano envelhece há uma diminuição das fibras colágenas do tipo III, passando a predominar fibras do tipo I nos grupos: GII e GIII e quantitativamente, foram analisados 9 gânglios sendo 3 de cada grupo: GI (20-40: 2 homens e 1 mulher); GII (45-60: 3 homens) e GIII (70-90: 3 mulheres), embora não se tenha realizado uma análise estatística a média das áreas dos nervos do GIII foi maior em relação ao GI, por outro lado as áreas dos fascículos nervosos não exibiram diferenças aparentes. A área do corpo neuronal de GI, GII e GIII houve uma progressiva diminuição desse parâmetro nos grupos GII e GIII. O material foi fornecido pelo Sistema de Verificação de Óbito da Capital SP (SVOC-SP/USP) e após a sua coleta as peças foram processadas no Laboratório de Anatomia Funcional Aplicada a Clínica e à Cirurgia (LAFACC) do Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas III da Universidade de São Paulo (ICB III USP). O estudo estrutural e ultraestrutural de gânglios simpáticos em humanos abre perspectivas futuras para pesquisas correlacionadas a morfologia e sua função. Os resultados podem ter importância para a neurociência humana, dando embasamento para tratamentos de doenças relacionadas ao trato gastrointestinal (TGI), o que pressupõe grande relevância deste estudo. / The ganglia belonging to the Autonomic Nervous System (ANS) are divided into groups according to their location. The superior celiac and mesenteric ganglia are pre-vertebral sympathetic ganglia. These are located anterior to the vertebral column and to the abdominal aorta at the level of the vertebrae T12 to L1. Connecting the Central Nervous System (CNS), via the major and minor splenic nerves, to the Peripheral Nervous System (SNP), forming a tangle of nerves called the nervous plexus. Both are involved in the control of gastrointestinal motility and are therefore involved in the pathophysiology of the disorders inherent to their territory of innervation. A total of 33 human anatomical blocks containing the abdominal part of the aorta and the pancreas, obtained from 15 male and 18 female subjects with ages varying from 20 to 90 years, divided into three groups: Group I (young - 20 to 40: 3 men and 4 women); Group II (adult - 45 to 60: 8 men and 6 women) and Group III (elderly - 70 to 90: 4 men and 8 women), where structural and ultrastructural aspects of the celiac and mesenteric superior ganglia were evaluated for their topography and microscopic components through the staining of Hematoxylin and Eosin , Masson\'s trichrome, Violet Cresil, Verhoff and Picro-Sirius, the general identification of the ganglionic components, elastic fiber and the ganglionic collagen component, as well as the Scanning Electron Microscopy (MET) method were observed. As to the macroscopic aspect, the celiac ganglia were counted in 58, 25 specimens (86% of the cases) were bilaterally rectangular, 7 (12%) were fused at the median line, and 1 (1,7%) in the antimer left, both of irregular appearance. Relatively all belonging to this antimer were inferior to those of the right antimer. The superior mesenteric ganglion, with a predominantly star-shaped shape, occurred in 10 specimens (30%), located anterior to the superior mesenteric artery, and in 17 (51%), posterior to it, in 3 cases a \"cross-linking\" of and in 3 cases (9%), the ganglion was not found, only a tangle of bundles with nerve fibers. Regarding the qualitative part, it was noticed that as the human being grows older there is a decrease of type III collagen fibers, and type I fibers predominate in the groups: GII and GIII and quantitatively, 9 glands were analyzed, 3 in each group: GI (20-40: 2 men and 1 woman); GII (45-60: 3 men) and GIII (70-90: 3 women), although no statistical analysis was performed the mean of the GIII nerve areas was higher in relation to the GI; on the other hand, the areas of the nerve fascicles showed no apparent differences. The area of the neuronal body of GI, GII and GIII showed a progressive decrease of this parameter in the GII and GIII groups. The material was supplied by the São Paulo State Capital Surveillance System (SVOC-SP / USP) and after its collection the pieces were processed in the Laboratory of Functional Anatomy Applied to Clinic and Surgery (LAFACC) of the Department of Anatomy of the Institute of Biomedical Sciences III of the University of São Paulo (ICB III - USP). The structural and ultrastructural study of sympathetic ganglia in humans opens future perspectives for research correlated with morphology and its function. The results may be important for human neuroscience, giving support to treatments of diseases related to the gastrointestinal tract (GIT), which presupposes great relevance of this study.
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Alterações cardiovasculares e respiratórias em ratas submetidas à hipóxia crônica intermitente / Cardiovascular and respiratory changes in female rats submitted to chronic intermittent hypoxiaSouza, George Miguel Perbone Robuste 04 July 2013 (has links)
A hipóxia crônica intermitente (HCI) promove hipertensão arterial e aumento da atividade simpática em ratos jovens. Nestes animais, o aumento da atividade simpática ocorre durante uma fase específica da respiração e está correlacionada com o aumento da atividade expiratória. Estas evidências mostram que, após a HCI, os ratos jovens desenvolvem alterações no acoplamento simpático-respiratório, um mecanismo que pode contribuir, pelo menos em parte, para o desenvolvimento da hipertensão observada nestes animais. Em diversos modelos experimentais de hipertensão, os níveis de pressão arterial são menores nas fêmeas do que nos machos, portanto elas são resistentes ao desenvolvimento da hipertensão. Levando em conta essas informações, a hipótese do presente projeto foi a seguinte: fêmeas submetidas à HCI seriam resistentes ao desenvolvimento da hipertensão arterial. Para tanto, ratas jovens e adultas foram submetidas à HCI e seus parâmetros cardiovasculares e respiratórios foram avaliados na condição dos animais acordados e com livre movimentação. Além disso, as alterações na atividade simpática e respiratória também foram avaliadas na preparação coração tronco-cerebral isolados. Os resultados mostram que as fêmeas desenvolvem hipertensão semelhante aos machos submetidos ao mesmo protocolo, contudo as alterações no acoplamento entre a atividade simpática e respiratória são diferentes entre os sexos. Estes dados sugerem que embora os machos e fêmeas desenvolvam um nível similar de hipertensão após a HCI, os mecanismos envolvidos na geração da atividade simpática podem ser diferentes. / Chronic intermittent hypoxia (CIH) produces hypertension and sympathetic overactivity in juvenile male rats. The increase in sympathetic activity occurs during the expiratory phase of respiration, which is correlated with an augmented expiratory activity. This information indicates that after CIH, juvenile rats develop changes in the respiratory sympathetic-coupling, which could explain, at least in part, the hypertension observed in these animals. Female rats are known to be more resistant to the development of hypertension in several experimental models of this pathology. Take in consideration these facts, we hypothesized that female rats exposed to CIH were resistant to the development of hypertension. To test this hypothesis, we studied the cardiovascular and respiratory changes in female rats after the CIH in awake freely moving condition. In another group of animals, we studied the sympathetic and respiratory activity in female rats after the CIH, using for this, the working heartbrainstem preparation. The results show that juvenile female rats develop hypertension similarly to that observed in juvenile male rats submitted to the same protocol. However, juvenile female rats presented changes in the respiratory-sympathetic coupling different from that observed in juvenile male rats. Together, these results suggest that even if the level of hypertension after CIH is similar between males and females, the mechanisms underlying the generation of sympathetic overactivity are different.
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Área depressora gigantocelular (GiDA): Eferências espinaisKalassa, Fernanda 14 December 2007 (has links)
Este trabalho de pesquisa foi realizado com o objetivo de compreender o papel do trabalho na trajetória de vida dos egressos do sistema prisional, a partir do ponto de vista dos participantes. O estudo se encontra fundamentado em pressupostos teóricos baseados na Psicologia Social e da legislação penal. Participaram da pesquisa empirica, quatro egressos do sexo masculino, com idade que varia de 24 a 55 anos, oriundos do sistema prisional do Estado do Parana e beneficiarios do Programa Pré-Egresso de Maringa. Todos os sujeitos se encontravam cumprindo pena sob regime aberto, isto e, em liberdade condicional (sursis). A investigação foi realizada com base na metodologia de pesquisa qualitativa, e a coleta de dados, por meio de entrevistas individuais semi-estruturadas, conduzidas de maneira assistematica. O registro das informações de cada entrevista foi gravado em áudio e, posteriormente, convertido para a forma escrita. A trajetória da vida de cada participante foi, cronologicamente, organizada com base em sete aspectos diferentes, da infância ate a fase adulta, periodo em que eles ja estavam em liberdade. A partir dessa organização das informações foi possivel identificar a maneira como o trabalho fez e faz parte da vida de cada sujeito, nas diferentes fases de suas vidas. O estudo permitiu perceber e compreender que: quase todos os egressos sao oriundos de familias de classe socioeconomica baixa, cujos pais possuiam uma renda muito pequena; a decisao de trabalhar ainda na infância quase sempre esta relacionada com a dinamica familiar; quase todos os sujeitos deixaram de estudar ainda no ensino fundamental, e passaram somente a trabalhar, o que de certa forma lhes trouxe limitações profissionais futuras; nenhum dos entrevistados recebeu algum tipo de qualificação profissional durante o tempo em que se encontrava preso, a nao ser urn incipiente aprendizado na confeção de artesanato; após a obtenção da liberdade, a maioria passou a trabalhar na informalidade, sem nenhuma garantia trabalhista nem previdenciaria; o trabalho, em suas vidas, representou quase que somente urna estrategia de sobrevivencia; o acesso ao universo produtivo sempre foi limitado, tomando-se ainda mais dificil após o episódio da prisao. Entretanto, foi possivel identificar que o trabalho representa urn papel importantissimo, mas nao suficiente, para que essas pessoas se lancem na busca de novas conquistas, seja materiais ou socioafetivas. O trabalho, formal e/ou informal, possibilita ao egresso se manter junto da familia, na medida em que viabiliza as condições materiais minimas para a convivencia do grupo familiar, condição importantissima, segundo os depoentes, para a sua (re )integração social. Na opiniao deles, a familia aparece como sendo o principal ponto de referencia no momento em que deixaram a prisao e representa o primeiro grupo social do qual passam a fazer parte ao conquistar a liberdade. Ela se constitui tambem no primeiro apoio material e afetivo, e ainda e a familia que o estimula a traçar pIanos para o futuro, e a assumir o compromisso e a responsabilidade de se manter firme na intenção de nao reincidir. Concluo este trabalho com a compreensao de que o papel do trabalho é de grande importancia na vida do egresso, posta que ele se constitui na única altemativa ao crime; serve como base para a existencia da familia, que por sua vez representa urn papel significativo no processo de (re )integração social do egresso. Trabalho e familia desempenham papeis complementares nos dificeis caminhos da liberdade do egresso do sistema prisional. / Text not informed by the author.
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Avaliação da interação do hormônio tireoideano com o sistema nervoso simpático, na regulação do crescimento ósseo via receptor a2c adrenérgico. / Evaluation of the interaction of thyroid hormone with the sympathetic nervous system in the regulation of bone growth via alpha 2c adrenergic receptor.Rodrigues, Manuela Miranda 19 August 2014 (has links)
Dados recentes mostram que o remodelamento ósseo está sujeito ao controle do SNC, com o SNS. Para tanto, avaliamos o (CLO) e a morfologia da (LE) do fêmur de camundongos de 21 dias de idade selvagens (WT) e Knockout (KO) para a2CAR, tratados, para mimetizar o hipertiroidismo (Hiper) ou tratados para indução do hipotiroidismo (Hipo). Os animais KO eutiroideos (Eut) apresentaram uma desorganização da ZP e aumento do número de CHM da LE. Nos animais WT, o Hipo promoveu redução do CLO, desorganização da ZP e diminuição do número de CHM. O Hipo promoveu efeitos contrários na LE dos animais KO em relação aos animais WT, sendo capaz de reverter, parcialmente, a desorganização da ZP dos camundongos KO Eut, além de resultar em maior número de CHM, em relação aos animais WT Hipo. Já o Hiper levou a aumento do número de CH nos animais WT e redução nos animais KO. Os animais KO Hiper apresentaram diminuição de CHM, quando comparados aos animais WT Hiper. Esses achados reforçam as hipóteses de que o SNS regula o CLO via a2CAR e que o HT e SNS interagem para regular o CLO. / Recent data show that bone remodeling is under control of the CNS, with the SNS. Thus, we evaluated the bone growth and the morphology of the femoral EGP of 21- day old female wild-type (WT) and a2CAR-/- mice (KO), treated to mimic hyperthyroidism (Hyper), or treated for hypothyroidism (Hypo). The euthyroid KO mice had a disorganization of PZ and increase in the number of MHC of the EGP. In WT animals, Hypo promoted a significant reduction in the BLG, PZ disorganization and a decreased number of MHC. Hypo promoted opposite effects in EGP of KO compared to WT mice. Hypo was able to partially revert the PZ disorganization observed in euthyroid KO, and resulted in a greater number of MHC compared to WT Hypo. On the other hand, Hyper caused an increase in the number of HC in WT mice and a reduction in KO mice. Furthermore, Hyper KO animals showed a reduction in the number of MHC, when compared to the Hyper WT mice. These findings support the hypothesis that the SNS regulates the BLG via a2CAR and that the interaction between SNS and TH can regulate the BLG.
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Estudo da interação do Hormônio Tireoideano com o sistema α2 adrenérgico no crescimento ósseo endocondral: uma avaliação em cultura de órgão. [Tese (Doutorado em Ciências Morfofuncionais) ]. São Paulo: Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo; 2017. / Thyroid Hormone interaction with the sympathetic nervous system, via &;#945;2 adrenoceptor signaling, to regulate endochondral bone growth: and in vitro evaluation. [Ph.D. Thesis (Morphofunctional Sciences)]. São Paulo: Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo; 2017.Rodrigues, Manuela Miranda 26 February 2018 (has links)
Sabe-se que o hormônio tireoideano (HT) é essencial para o crescimento e desenvolvimento ósseos. No entanto, os mecanismos pelos quais o HT regula esses processos são pouco entendidos. Recentemente, o sistema nervoso simpático (SNS) foi identificado como um potente regulador do metabolismo ósseo. Estudos do nosso grupo mostraram que o HT interage com o SNS para regular a massa e estrutura ósseas, e que essa interação envolve a sinalização adrenoceptora α2 (α2-AR). Também identificamos a presença de todos os subtipos de adrenoceptores α2 adrenérgicos, o α2A- , α2B- e α2C-AR, na lâmina epifiseal (LE) de camundongos. Além disso, observamos que camundongos com inativação gênica isolada do α2A-AR e α2C-AR (α2A-AR -/- e α2C-AR -/- ) apresentam LEs desorganizadas, ossos longos mais curtos, e atraso na ossificação endocondral. Estudos in vivo revelaram, que as LEs de animais α2A-AR -/- e α2C-AR -/- respondem de forma diferente (do que as LEs de animais selvagens) ao excesso e deficiência de HT, o que sugere fortemente que o HT também interage com o SNS para regular o crescimento e o desenvolvimento ósseos. Através de um sistema de cultura de órgãos de ossos longos, o presente estudo teve como objetivo investigar se o HT interage com o SNS diretamente no esqueleto, para regular o crescimento linear ósseo, e se os receptores α2 adrenérgicos estão envolvidos nessa interação. Assim sendo, avaliamos, in vitro, o crescimento linear ósseo de tíbias derivadas de embriões de camundongos (com 15 dias de vida intrauterina) selvagens (WT) e α2C- AR -/- (KO) durante 6 dias. Vimos que as tíbias KO apresentam um menor crescimento longitudinal quando comparadas às tíbias WT, e que o tratamento com 10-8 M de triiodotironina (T3) diminuiu significativamente o crescimento longitudinal das tíbias WT, o que não foi visto nas tíbias KO. Vimos, ainda, que o tratamento com UK 14,304 (UK), um agonista α2 não seletivo, induziu o crescimento longitudinal somente nas tíbias KO. A expressão de genes relacionados com a diferenciação terminal de condrócitos (Col X, IGF-1, Wnt-4 e Runx2) mostrou-se aumentada nas tíbias KO (quando comparada à expressão nas tíbias WT). O tratamento com T3, como esperado, estimulou a expressão desses genes nas tíbias WT, porém diminui a expressão nas amostras KO, chamando a atenção para a importância desses receptores na modulação das ações do T3. Observamos, ainda, que a ativação local dos α2- ARs com o UK bloqueia a expressão desses genes relacionados à diferenciação dos condrócitos, além de bloquear os efeitos positivos do T3 (UK+T3) na expressão desses genes. Esses achados mostram que os receptores α2 adrenérgicos atuam diretamente no esqueleto para controlar a diferenciação terminal dos condrócitos e, portanto, o crescimento longitudinal ósseo, além de permitirem uma interação com a via de sinalização do HT para controlar esses processos. Em conclusão, este estudo mostra que HT interage com o SNS, localmente no esqueleto, via sinalização α2 adrenérgica, para modular o crescimento linear ósseo. / It is well known that thyroid hormone (TH) is essential for normal bone growth and development. However, the mechanisms by which TH regulates these processes are poorly understood. Recently, the sympathetic nervous system (SNS) was identified as a potent regulator of bone metabolism. In vivo studies by our group have shown that TH interacts with the SNS to regulate bone mass and structure, and that this interaction involves α2 adrenoceptor (α2-AR) signaling. We have also identified the presence of α2A- , α2B- e α2C-AR subtypes in the epiphyseal growth plate (EGP) of mice. In addition, we have found that mice with isolated gene deletion of α2A-AR and α2C-AR (α2A-AR -/- and α2C- AR -/- ) show a disorganized EGP, shorter long bones and a delay in endochondral ossification (EO). In vivo studies revealed that the EGP of α2A-AR -/- and α2C-AR -/- animals respond differently (than those of wild-type animals), to TH excess and deficiency, which strongly suggests that TH also interacts with the SNS to regulate bone growth and development. Through a long bone organ culture system, the present study had the goal of investigating if TH interacts with the SNS directly in the skeleton, to regulate the longitudinal bone growth and if α2-AR is involved in this process. Therefore, we evaluated the linear bone growth of tibias derived from 15.5-day-old WT and α2C-AR -/- mouse embryos (E15.5) for 6 days. We have seen that the KO tibias showed a lower longitudinal growth when compared to WT tibias, and that treatment with 10-8 M triiodothyronine (T3) significantly decreased the longitudinal growth of the WT tibias, which was not seen in the KO tibias. We found that the treatment with UK 14.304 (UK), a non-selective α2-agonist, induced the longitudinal growth only of the KO tibias. The expression of genes related to the terminal differentiation of chondrocytes (Col X, IGF-1, Wnt-4 and Runx2) was shown to be increased in the KO tibias (when compared to the expression in WT tibias). Treatment with T3, as expected, stimulated the expression of these genes in WT tibias, but decreased the expression in KO samples, highlighting the importance of these receptors in the modulation of T3 actions. We observed that the local ? 2 -AR activation by UK blocked the expression of these chondrocyte differentiation- related genes, in addition to blocking the positive effects of T3 (UK + T3) in the expression of these genes. These findings show that α2 adrenoceptors act directly in the skeleton, to control the terminal differentiation of chondrocytes and, therefore, the longitudinal bone growth, in addition to allow an interaction with the TH signaling pathway to control these processes. In conclusion, this study shows that TH interacts with the SNS, locally in the skeleton, via α2 adrenergic signaling, to modulate the longitudinal bone growth.
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Avaliação da atividade nervosa simpática periférica em mulheres jovens e em pós-menopausadas / Muscle Sympathetic Nervous Activity in young and in postmenopausal womenBernardo, Fernanda Rocchi 13 September 2005 (has links)
A presença de receptores de estrogênio no coração, músculo liso vascular e em centros cerebrais sugere a influência desse hormônio na regulação cardiovascular tanto durante o repouso quanto durante o estresse físico. O ojetivo desse estudo foi comparar as respostas hemodinâmicas e neurais ao exercício físico em 10 mulheres jovens (J) e em 10 mulheres pós-menopausa (PM). Métodos: A pressão arterial sistólica (PAS), média (PAM) e diastólica (PAD) foram analisadas pelo método oscilométrico (Dixtal), a freqüência cardíaca (FC) pelo ECG, a atividade nervosa simpática periférica (ANSP) pela microneurografia, pré, durante e pós-exercícios estáticos (E) e dinâmicos (D) a 10% e a 30% da contração voluntária máxima. Pós-exercícios a 30%, a circulação no antebraço foi ocluída (Ov) por 2 min. O fluxo sangüíneo no antebraço (FSA) foi mensurado pela pletismografia de oclusão venosa a ar e a resistência vascular periférica a partir da relação FSA / PAM. Os dados coletados durante o período de repouso, bem como os dados da Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) foram analisados através do teste t Studen. Os dados da sessão experimental (? e ?%; expressos em média mais ou menos erro padrão) foram comparados pela análise de variância ANOVA de dois caminhos para amostras dependentes sendo aceito como significante P<= 0,05. Resultados: Durante o período de repouso, as mulheres J apresentaram ANSP, PAS, PAM e PAD (registrados na perna) significantemente menores do que o grupo PM. O FSA apresentou maiores valores nas J quando comparadas às PM. Além disso, a RVP parece estar aumentada em PM, no entanto, os valores verificados não foram estatisticamente significantes. Durante o exercício J apresentaram variações relativas de ANSP significativamente maiores em resposta ao exercício E 10% e a 30% da CVM a qual é mantida durante a Ov e em resposta ao exercício D10% da CVM. As mulheres PM apresentaram variações relativas de FC significativamente maiores em resposta aos exercícios E 30% e D 30% que não se mantêm durante a Ov. Não houve diferença significante na MAPA durante o período de vigília, no entanto, durante o período de sono, os valores de PAD foram menores em J. A queda noturna foi significantemente maior em J do que em PM. Conclusões: O presente estudo demonstrou uma possível relação entre a atenuação da sensibilidade quimiorreflexa e o aumento do controle do comando central na população PM em resposta o exercício físico que pode estar relacionado ao estrogênio por si só ou à associação entre deficiência estrogênica e envelhecimento / The presence of estrogen receptors in the heart, vascular smooth muscle, autonomic brain centers suggest it\'s possible involvement in the regulation of cardiovascular system during and during physical stress.Objective: The aim of this study was to compare haemodynamic and neural responses to physical exercise in 10 young women (Y) and 10 women post menopause (PM).Methods: Systolic Blood Pressure (SBP), Mean Blood Pressure (MBP) and Diastolic Blood Pressure (DBP) were registered by the oscilometric method (Dixtal), heart rate (HR) by ECG, muscle sympathetic nerve activity (MSNA) was accessed by microneurography, before, during and after static (S) and dynamic (D) exercise at 10% and 30% of maximal voluntary contraction (MVC). Post exercise flow ischemia (PEI) was performed for 2 minutes after the exercise at 30% MVC. Muscle blood flow (MBF) was registered by venous occlusion pletismography. Vascular resistance (VR) was calculated by MBP/MBF. The data form 24h Ambulatory Blood Pressure (ABP) and rest period were compared by the t Student test. During exercise MSNA, SBP, DBP, MBP, HR (? and ?%; mean ± standard error) data were analyzed by using two-way within-subject factors repeated-measures ANOVA, values of p<=0.05 were considered to be statistically significant. Results: During the rest period, Y had MSNA, SBP,MBP and DBP (registered in the leg) significantly lower than PM. MBF was superior in Y when compared to PM. Besides that, VR seems to be greater in PM than in Y, even though these values were not statistically significant. During exercise, Y had relative variations of MSNA significantly grater than PM during S 10% and S 30% MVC exercise which is maintained during PEI, and at D 10% MVC exercise. PM women had relative variations of HR significantly grater than Y during exercise at 30% (static and dynamic) which was not maintained at PEI. There were no significant differences at 24h ABP during day time registers, but during night time, DBP is significantly lower in the Y. Night time fall was bigger in the Y when compared to PM. Conclusion: The present study showed a possible relation between the attenuation of chemioreflex sensibility and the increase in the central command control in the PM during exercise. This response might be associated to lack of estrogen its self or to the association of estrogen deficiency and aging
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Efeito do treinamento físico no controle barorreflexo da atividade nervosa simpática e freqüência cardíaca em indivíduos hipertensos / The effects of exercise training on baroreflex control of sympathetic nerve activity and heart rate in hypertensive patientsLaterza, Mateus Camaroti 05 December 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: Prévios estudos demonstraram que o treinamento físico melhora o controle barorreflexo da freqüência cardíaca em ratos geneticamente hipertensos. Contudo, o efeito do treinamento físico no controle barorreflexo da atividade nervosa simpática e da freqüência cardíaca em pacientes com hipertensão não é conhecido. Desta forma, foram objetivos deste estudo testar as hipóteses de que o treinamento físico poderia melhorar o controle barorreflexo da atividade nervosa simpática muscular (ANSM) e da freqüência cardíaca em pacientes hipertensos, e que o treinamento físico poderia reduzir os níveis de ANSM e pressão arterial nesses pacientes. MÉTODOS: Vinte pacientes hipertensos, sem uso de medicamentos, foram subdivididos em dois grupos: grupo hipertenso treinado (n=11, idade: 46±2 anos) e grupo hipertenso sedentário (n=9, idade: 42±2 anos). Um grupo de indivíduos normotensos pareados por idade (n=12, idade: 42±2 anos) também foi estudado. O controle barorreflexo da ANSM (microneurografia) e da freqüência cardíaca (ECG) foram avaliados pelo método de infusão venosa de doses crescentes de fenilefrina e nitroprussiato de sódio, e analisados pela equação de regressão linear. A pressão arterial foi medida batimento a batimento pelo método oscilométrico automático. O treinamento físico consistiu de três sessões por semana, com duração de 60 minutos cada, por um período de 4 meses. RESULTADOS: Antes das intervenções, em condições basais, os níveis de pressão arterial e ANSM foram semelhantes entre os grupos hipertensos, mas significativamente aumentados quando comparados com o grupo normotenso. O controle barorreflexo da ANSM e da freqüência cardíaca foi semelhante entre os grupos hipertensos, mas significativamente diminuídos quando comparados ao grupo normotenso. Nos pacientes hipertensos, o treinamento físico reduziu os níveis de pressão arterial (P<0,01) e ANSM (P<0,01), e significativamente aumentou o controle barorreflexo da ANSM e da freqüência cardíaca durante aumentos (P<0,01 e P<0,03, respectivamente) e diminuições (P<0,01 e P<0,03, respectivamente) na pressão arterial. Além disso, após o treinamento físico, não foi mais observada, a diferença inicial na sensibilidade barorreflexa arterial entre os pacientes hipertensos e indivíduos normotensos. Nenhuma mudança significativa foi observada no grupo hipertenso sedentário. CONCLUSÔES: O treinamento físico restaura o controle barorreflexo da ANSM e da freqüência cardíaca em pacientes hipertensos. Adicionalmente, o treinamento físico normaliza os níveis da ANSM e reduz os níveis de pressão arterial nesses pacientes. / Previous studies demonstrated that exercise training improves the baroreflex control of heart rate in spontaneously hypertensive rats. However, the effects of exercise training on baroreflex control of sympathetic nerve activity and heart rate in patients with hypertension are unknown. We hypothesized that exercise training would improve baroreflex control of muscle sympathetic nerve activity (MSNA) and heart rate in hypertensive patients and that exercise training would reduce MSNA and blood pressure in these patients. Twenty never-treated hypertensive patients were randomly divided into 2 groups: exercise-trained (n=11, age: 46±2 years) and untrained (n=9, age: 42±2 years) patients. An age-matched normotensive exercise-trained group (n=12, age: 42±2 years) was also studied. Baroreflex control of MSNA (microneurography) and heart rate (ECG) was assessed by stepwise intravenous infusions of phenylephrine and sodium nitroprusside and analyzed by linear regression. Blood pressure was monitored on a beat-to-beat basis. Exercise training consisted of three 60-minute exercise sessions per week for 4 months. Under baseline conditions (before training), blood pressure and MSNA were similar between hypertensive groups but significantly increased when compared with the normotensive group. Baroreflex control of MSNA and heart rate was similar between hypertensive groups but significantly decreased when compared with the normotensive group. In hypertensive patients, exercise training significantly reduced blood pressure (P<0.01) and MSNA (P<0.01) levels and significantly increased baroreflex control of MSNA and heart rate during increases (P<0.01 and P<0.03, respectively) and decreases (P<0.01 and P<0.03, respectively) in blood pressure. The baseline (preintervention) difference in baroreflex sensitivity between hypertensive patients and normotensive individuals was no longer observed after exercise training. No significant changes were found in untrained hypertensive patients. In conclusion, exercise training restores the baroreflex control of MSNA and heart rate in hypertensive patients. In addition, exercise training normalizes MSNA and decreases blood pressure levels in these patients.
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Ação do vinho tinto sobre o sistema nervoso simpático e função endotelial em pacientes hipertensos e hipercolesterolêmicos / Red wine ingestion action upon sympathetic nervous system and endothelial function in hypertensive and hypercholesterolemic subjectsAndrade, Ana Cristina Magalhães 22 November 2006 (has links)
INTRODUÇÃO: O consumo moderado de vinho tinto está inversamente associado ao desenvolvimento de doença cardiovascular. Efeitos do vinho tinto no sistema nervoso simpático e na reatividade vascular não estão totalmente esclarecidos. MÉTODOS: Foi avaliada a atividade simpática do nervo muscular e a dilatação mediada pelo fluxo na artéria braquial por ultrassom em 10 indivíduos hipercolesterolêmicos, 9 hipertensos e 7 controles antes e após o consumo de vinho tinto durante 15 dias. Medidas hemodinâmicas foram realizadas com Finometer: pressão arterial sistólica, diastólica, freqüência cardíaca, débito cardíaco e resistência vascular sistêmica foram calculados continuamente durante a microneurografia. Para avaliação da atividade simpática, utilizou-se punção de nervo fibular - esta foi medida como bursts/min durante período basal, teste do gelo e exercício estático com 30% da contração voluntária máxima. RESULTADOS: Após 15 dias de vinho tinto, a atividade simpática aumentou de forma significante em hipertensos e hipercolesterolêmicos (p < 0,05); porém, a dilatação mediada pelo fluxo aumentou somente em hipercolesterolêmicos (p < 0,05). As pressões arteriais sistólica e diastólica não apresentaram mudança significante. Não houve mudança na freqüência cardíaca. Houve aumento do débito cardíaco em controles, diminuição da resistência arterial sistêmica durante o gelo em controles no período basal. CONCLUSÃO: O consumo de vinho tinto aumentou a atividade simpática em hipertensos e hipercolesterolêmicos; porém, somente estes experimentaram melhoria da função endotelial, o que sugere diferentes mecanismos na regulação da função endotelial. / Introduction: Moderate red wine intake is inversely associated with development of cardiovascular disease. Red wine effects in sympathetic activity and vascular reactivity are not fully understood. Methods: Muscle sympathetic nerve activity and flow mediated dilatation of brachial artery by ultrasound were evaluated in 10 hypercholesterolemic, 9 hypertensive, and 7 controls subjects before and after red wine intake during 15 days. Hemodynamic measures were done with Finometer: arterial blood pressure, heart rate, cardiac output, and systemic vascular resistance were assessed during mycroneurography. The sympathetic activity was evaluated during baseline, cold test and isometric exercise. Results: After 15 days of red wine intake, sympathetic activity increased significantly in hypertensives and hypercholesterolemics (p < 0.05). On the other hand, flow mediated dilation increased after red wine only in hypercholesterolemics (p < 0.05). Systolic and diastolic blood pressure as well as heart rate did not change significantly. Cardiac output increased in controls and systemic vascular resistance decreased during cold test in controls. Conclusion: There were similar increases in sympathetic activity in hypertensive and hypercholesterolemic subjects; however, endothelial function was restored only in the latter group, which suggests different mechanisms regulating endothelial function.
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Associação do estresse oxidativo cardíaco com vias de sinalização intracelulares relacionadas com a hipertrofia cardíaca fisiológica e patológicaBertagnolli, Mariane January 2008 (has links)
Baseado na hipótese de que a modulação do estresse oxidativo cardíaco é diretamente associada à ativação de vias de sinalização de crescimento celular, propomos estudar o perfil oxidativo cardíaco em modelos de hipertrofia cardíaca patológica (HCP) e fisiológica (HCF). Além disso, buscamos verificar se existe associação deste perfil com a ativação de vias de sinalização de crescimento celular, bem como com a função cardíaca e se isto é influenciado pelo exercício físico e pelos sistemas reninaangiotensina (SRA) e nervoso simpático (SNS). Para isso, desenvolvemos cinco trabalhos onde avaliamos parâmetros funcionais, morfológicos, bioquímicos e moleculares que permitem avaliação dos mecanismos relacionados com o objetivo desta tese. No primeiro artigo (I), mostramos o efeito do exercício em animais SHR sobre a diminuição do estresse oxidativo e da atividade simpática cardíaca, avaliada através da concentração de noradrenalina no coração. Esses parâmetros apresentaram fortes correlações com a redução da hipertrofia cardíaca patológica hipertensiva. Este primeiro estudo mostrou que atividade do SNS sobre o coração está associada ao aumento do estresse oxidativo, podendo, então, estimular o desenvolvimento da HCP. No segundo estudo (artigo II), buscamos comparar o perfil oxidativo cardíaco em ratos normotensos e hipertensos e associar estes parâmetros com a ativação de vias de sinalização intracelulares. Verificamos que os animais SHR com hipertensão estabelecida apresentam elevado estresse oxidativo cardíaco, e isto está fortemente associado com o índice de hipertrofia cardíaca (IHC) e com a ativação da p38. Por outro lado, verificamos uma associação inversa entre o dano protéico oxidativo e a ativação da ERK1/2. Os resultados demonstram, assim, que animais SHR com hipertensão estabelecida e HCP, apresentam um quadro de estresse oxidativo cardíaco, e isso pode determinar o predomínio da ativação de vias pró-apoptóticas, em detrimento das vias de sobrevivência celular. Após, realizamos o terceiro estudo (artigo III), onde avaliamos o efeito do enalapril, um inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA) sobre os parâmetros avaliados no estudo anterior. Mostramos através do uso do enalapril, que o SRA estimula o estresse oxidativo cardíaco e a ativação da p38 nos animais SHR com hipertensão estabelecida e HCP. No entanto, este sistema não exerce influência sobre a Akt e a ERK1/2 nesta fase da hipertensão. Na seqüência, o artigo IV possibilitou a avaliação do perfil oxidativo cardíaco e das vias e fatores relacionados com o crescimento celular e o desenvolvimento da HCF induzida pelo exercício de natação. Demonstramos, através deste estudo, que o estresse oxidativo e o desequilíbrio redox não estão diretamente relacionados com o desenvolvimento da HCF, uma vez que estes estavam diminuídos nos animais treinados. No entanto, verificamos o aumento da fosforilação da Akt e da ERK1/2 na HCF, e esta ativação de vias relacionadas ao crescimento celular pode estar sendo estimulada pelo SRA, provavelmente via fatores de crescimento, como o EGF avaliado neste estudo. Assim, realizamos o último trabalho (artigo V) onde avaliamos os efeitos induzidos pelo exercício sobre a redução da HCP de animais SHR, e a participação do SRA nesses mecanismos. Verificamos que o exercício isolado diminuiu o estresse oxidativo cardíaco, como já havíamos observado no artigo I, mas também demonstramos que esse efeito parece determinar a diminuição da ativação da p38 e o aumento da Akt. Esses achados indicam que o exercício parece reduzir os fatores pró-apoptóticos cardíacos e estimular mecanismos de sobrevivência, que no final resultam na melhora da função cardíaca. A participação do SRA nesse mecanismo benéfico do exercício parece ser discreta pela sua possível redução, porém influencia a ativação da Akt na regressão da HCP. Dessa forma, concluímos que o estresse oxidativo está diretamente associado ao desenvolvimento da HCP possivelmente promovendo o desequilíbrio entre vias de sobrevivência e apoptose celulares, determinando assim, em condições patológicas, o predomínio da última. Nessas condições, o SRA e o SNS são importantes por estimular esse quadro de estresse oxidativo, e o exercício, pelo contrário, atua sobre esses sistemas melhorando o estado geral cardíaco. Em condições fisiológicas, a ativação de vias relacionadas ao crescimento celular passa a desempenhar um papel chave na determinação da HCF, e isso se deve à participação do SRA e de fatores de crescimento sobre o coração. / Considering that oxidative stress is directly associated with cell growth pathways activation, the aim of this study was to assess cardiac oxidative stress profile in rat models of physiological (HCF) and pathological (HCP) cardiac hypertrophy. In addition, we aimed to verify whether an association exists with intracellular pathways activation and cardiac function. The participation of renin-angiotensin (SRA) and sympathethic nervous (SNS) systems and exercise training effect on cardiac hypertrophy were also assessed. Therefore, we have evaluated functional, morphological, biochemical, and molecular parameters to assess hypertrophic mechanisms. The first study (I) demonstrated in spontaneously hypertensive rats (SHR) that exercise training decreased cardiac oxidative stress and sympathetic activity, assessed through cardiac norepinephrine concentration. The data were strongly correlated with the reduction of pathological cardiac hypertrophy. The first study therefore has shown that cardiac SNS activity is associated with the increase of oxidative stress, which could determine HCP. In the second study (II), we aimed to compare the cardiac oxidative status between normotensive and hypertensive rats, and to establish an association with intracellular pathways activation. We have observed that SHR with established hypertension have increased cardiac oxidative stress, and it was directly associated the cardiac hypertrophy index (CHI) and with p38 activation. On the other hand, it was verified negative correlation between protein oxidative damage and ERK1/2 activation. Thus, the results indicate that SHR with established hypertension and HCP have high oxidative stress, which could determine the predominance of proapoptotic mechanisms. Next, the third study (III) has evaluated an angiotensin-converting enzyme (ECA) inhibitor, enalapril, effect on the same parameters assessed in article II. We have shown in SHR with established hypertension that SRA stimulates cardiac oxidative stress and p38 activation, whereas enalapril has not modified Akt and ERK1/2 activation. The fourth study (IV) investigated cardiac oxidative profile and cell grouth related pathways on swimming training-induced HCF. We have demonstrated that the decrease of oxidative stress and the enhanced redox status were not directly associated with IHC. However, we verified increased Akt and ERK1/2 phosphorilation on HCF. This pathways response may be stimulated by SRA through increasing growth factors such as EGF. Thus, the fifth study (V) associated exercise training and enalapril to assess the exercise effect and SRA participation on hypertrophic mechanisms. It was demonstrated that only exercise decreased cardiac oxidative stress, as previously observed in article I, but it has also decreased p38 activation while increased Akt. The findings indicate that, in SHR, exercise may decreases cardiac proapoptotic factors and stimulates survival mechanisms, improving the cardiac function. Moreover, in SHR it is possible that exercise induces the decrease of angiotensin II or inhibits its action whereas it was also observed a small SRA participation in trained SHR by enalapril-induced decrease of Akt phosphorilation. Therefore, the overall results indicate that oxidative stress is directly associated with HCP and might promote the imbalance between cell survival and proapoptotic pathways. Moreover, SRA and SNS stimulate cardiac oxidative stress while exercise improves the overall cardiac function. On the other hand, in physiologic conditions, the activation of cell growth-related pathways exerts a key role on HCF development, and it depends on SRA participation.
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Avaliação da modulação simpática e parassimpática na hipertensão arterial pulmonar acompanhada de hipertrofia ou dilatação cardíacasRoncato, Gabriela January 2013 (has links)
Introdução: Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) é uma doença fatal e com prognóstico reservado, que afeta negativamente a qualidade de vida dos pacientes. O remodelamento progressivo da vasculatura pulmonar leva a um aumento da resistência vascular e da pressão arterial pulmonar, que geralmente culmina em falência ventricular direita. A função do ventrículo direito e a função simpática e parassimpática são grandes determinantes da capacidade funcional e do prognóstico desta doença. Sendo assim, a avaliação da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) pode fornecer informações relevantes sobre o controle autonômico, pois expressa quantitativamente o resultado das ações dos sistemas nervosos simpático e parassimpático sobre o sistema cardiovascular. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar o balanço simpatovagal na HAP em situações de hipertrofia (grupo HAP-H) e de dilatação (grupo HAP-D) ventricular direita. Hipótese: Na hipertrofia, o balanço autonômico está menos comprometido do que na dilatação do ventrículo. Materiais e métodos: Foi realizado um exame de eletrocardiograma (ECG) em pacientes com HAP e hipertrofia ventricular direita (n=6), com HAP e dilatação ventricular direita (n=9) e em pacientes sem doença diagnosticada (n=5), para avaliação do sistema simpático e parassimpático pela análise espectral. Além disso, foi elaborado um banco de dados com informações dos exames previamente realizados pelos pacientes com HAP para avaliação dos parâmetros hemodinâmicos. Resultados e discussão: Os principais achados desse estudo foram que o balanço simpatovagal, visto pela relação entre as componentes de baixa frequência (LF) e alta frequência (HF) e pela VFC, tiveram uma piora significativa nos grupos HAP-H (LF/HF=0,54±0,38; VFC=1006,8±403 m/s2) e HAP-D (LF/HF=2,05±1,2; VFC=381±100 m/s2), quando comparados com o grupo controle (LF/HF=0,44±0,39; VFC=1916,6±656m/s2). Além disso, a VFC foi significativamente menor no grupo HAP-D do que no HAP-H. Em conjunto, esses resultados demonstram que a dilatação do ventrículo foi acompanhada de maior prejuízo no controle reflexo da frequência cardíaca. Conclusão: Nossos resultados indicam que, na HAP, a cardiomiopatia dilatada está associada com um maior comprometimento no balanço simpático versus parassimpático quando comparada à cardiomiopatia hipertrófica.
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