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Vitamina C e vitamina E atenuam a nocicepção e modificam parâmetros oxidativos e proteínas de sinalização em medula espinal de ratos com dor neuropática

Riffel, Ana Paula Konzen January 2017 (has links)
A dor neuropática (dor devido à lesão no tecido nervoso) é uma condição debilitante, com alta incidência na população mundial. O tratamento dessa condição dolorosa ainda é um grande desafio na clínica devido às ações limitadas dos fármacos atualmente disponíveis e seus consequentes efeitos colaterais. O uso de substâncias com potencial antioxidante no tratamento da dor neuropática vem sendo amplamente discutido devido à participação das espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio nessa condição dolorosa. O ácido ascórbico (vitamina C) e o !-tocoferol (vitamina E) representam potentes antioxidantes, os quais são adquiridos por custo relativamente baixo, são bem aceitos pela população, muito utilizados como suplemento alimentar, e parecem possuir algum efeito analgésico, embora esse último efeito tenha ainda muitas questões especulativas e que necessita esclarecimentos. Por estes motivos, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito das vitaminas C e E, administradas isoladas ou juntas, sobre parâmetros nociceptivos, oxidativos e nitrosativos, e proteínas de sinalização intracelular em ratos com constrição no nervo isquiático (CCI, do inglês chronic constriction injury), um modelo de dor neuropática. Após aprovação pelo comitê de ética no uso de animal da UFRGS (#23352), ratos Wistar machos, com idade de 60 dias, foram divididos em 3 grupos experimentais: controle (ratos que não sofreram intervenção cirúrgica), sham (ratos que tiveram o nervo isquiático direito apenas exposto) e CCI (ratos que tiveram o nervo isquiático exposto e esse recebeu 4 amarraduras em seu tronco comum). Cada grupo experimental foi dividido em subgrupos que receberam administração de veículo (salina ou água de beber acrescidas de Tween 80 a 1%), vitamina C (30 mg/kg/dia), vitamina E (15 mg/kg/dia) ou coadministração de vitaminas C+E nas mesmas doses. As administrações foram intraperitoneal ou por via oral, por período de 3 e 10 dias. Os parâmetros nociceptivos utilizados para avaliar sensibilidade mecânica, sensibilidade térmica e recuperação funcional do nervo foram os testes de von Frey eletrônico, teste da placa quente e do índice funcional do isquiático (IFI), respectivamente. Para avaliar o efeito antinociceptivo da administração i.p. dos tratamentos, os parâmetros nociceptivos foram mensurados antes do procedimento cirúrgico, e aos 3, 5, 7 e 10 dias após a lesão nervosa. Ao final dos períodos de 3 e 10 dias, os animais foram mortos por decapitação, e foi coletado plasma, para determinação de indicadores de função hepática e renal (alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, gama GT, bilirrubina e creatinina); fígado, para determinação da morfologia dos hepatócitos e parâmetros oxidativos (hidroperóxidos lipídicos, Glutationa-s-transferase - GST, e capacidade antioxidante total - TAC); nervo isquiático lesionado, para determinação de parâmetros oxidativos (hidroperóxidos lipídicos e TAC); e o segmento lombossacral da medula espinal, para determinação de parâmetros oxidativos (formação de ânion superóxido - SAG, e valores de peróxido de hidrogênio, hidroperóxidos lipídicos, tióis totais, ácido ascórbico e TAC) e nitrosativos (metabólitos do óxido nítrico - NO). O segmento da medula espinal foi usado ainda para determinar a expressão das proteínas de sinalização p38 fosforilada (p-p38), Akt e Akt fosforilada (p-Akt) e do transportador de vitamina C dependente de sódio do tipo 2 (SVCT-2). Foi avaliada ainda, mediante determinação de parâmetros nociceptivos, a duração do efeito antinociceptivo da vitamina C, vitamina E ou vitaminas C+E após o tratamento, o efeito antinociceptivo das vitaminas C+E administradas por via oral, e a coadministração de vitaminas C+E (via oral) concomitante à gabapentina (i.p.), fármaco normalmente utilizado no tratamento de dor neuropática. Os dados de sensibilidade térmica e mecânica foram analisados por ANOVA de medidas repetidas, seguida pelo pós-teste de Tukey. Os demais parâmetros foram avaliados por ANOVA de duas vias (fatores: lesão e tratamento), seguida do pós-teste de Tukey. Os resultados mostraram que vitamina C, vitamina E e vitaminas C+E atenuaram a nocicepção e provocou melhora no IFI tanto aos 3 como aos 10 dias, e que a coadministração das vitaminas induziu efeito antinociceptivo maior do que as mesmas administradas isoladamente em ratos com CCI. O efeito antinociceptivo das vitaminas C+E foi similar, tanto após administração i.p. quanto oral. Também foi observado que o efeito antinociceptivo das vitaminas C, E e C+E durou por várias horas após o término do período de administração de 3 e 10 dias. O uso de vitaminas C+E+gabapentina provocou efeito antinociceptivo maior do que o uso de gabapentina isoladamente. Não foram observadas alterações nos indicadores de função hepática e renal, na morfologia dos hepatócitos e nos parâmetros oxidativos avaliados no tecido hepático. No nervo isquiático lesionado, embora não houve alterações significativas, observou-se acréscimo de 38% na TAC e diminuição de 45% nos hidroperóxidos lipídicos nos animais que receberam vitaminas, comparado aos valores obtidos nos ratos tratados com veículo. Na medula espinal, a administração das vitaminas preveniu a redução nos valores de tióis totais e o aumento na SAG, comparado ao grupo CCI tratado com veículo. Ainda comparado ao grupo veículo, as vitaminas preveniram o aumento nos metabólitos do NO e nos hidroperóxidos lipídicos. A administração de vitaminas C+E também preveniu a redução significativa na expressão do transportador SVCT-2, o aumento nas expressões das proteínas p-p38, p-Akt e Akt, e o aumento no valor do ácido ascórbico, comparado aos ratos CCI que receberam veículo. A administração das vitaminas e a CCI não provocaram alterações significativas na TAC e nos valores de peróxido de hidrogênio na medula espinal. Assim, os resultados mostram que vitamina C, vitamina E e vitaminas C+E, nas doses aqui estudadas, atenuam a dor neuropática e modificam parâmetros oxidativo e nitrosativo, e de sinalização celular, alterados pela CCI. A administração dessas vitaminas não parece provocar toxicidade ao organismo, e poderiam ser uma alternativa como coadjuvante a medicações clássicas usadas no tratamento de condições de dor neuropática. Porém, é necessária a realização de estudos complementares em humanos, dada às diferenças nas respostas à dor em ratos e humanos. / Neuropathic pain (pain due to nerve tissue injury) is a debilitating condition, with a high incidence in the world population. The treatment of this painful condition is still a great challenge in the clinic due to the limited actions of the currently available drugs and their consequent side effects. The use of substances with antioxidant potential in the treatment of neuropathic pain has been widely discussed due to the participation of reactive oxygen and nitrogen species in this painful condition. Ascorbic acid (vitamin C) and !-tocopherol (vitamin E) are potent antioxidants, which are obtained by relatively low cost, are well accepted by patients, are widely used as a food supplement, and appear to have some analgesic effect, although this last effect still has many speculative issues and needs clarification. For these reasons, the aim of this study was to evaluate the effect of vitamins C and E, administered alone or together, on nociceptive, oxidative and nitrosative parameters and intracellular signaling proteins in rats with chronic constriction injury (CCI), a model of neuropathic pain. After approval by the ethics committee on animal use of UFRGS (#23352), male Wistar rats, aged 60 days, were divided into 3 groups: control (rats that did not undergo surgery), sham (rats whose right sciatic nerve was only exposed) and CCI (rats whose sciatic nerve was exposed and received 4 ligations in their common trunk). Each experimental group was divided into subgroups that received vehicle injection (saline or drinking water plus Tween 80, 1%), vitamin C (30 mg/kg/day), vitamin E (15 mg/kg/day) or co-administration of vitamins C+E in the same doses. The administrations were by intraperitoneal or oral route, for a period of 3 and 10 days. The nociceptive parameters used to evaluate mechanical sensitivity, thermal sensitivity and nerve functional recovery were the electronic von Frey test, the hot plate test and the sciatic functional index (SFI), respectively. To evaluate the antinociceptive effect of ip administration of vitamin C, vitamin E or vitamins C+E, nociceptive parameters were measured before the surgical procedure and at 3, 5, 7 and 10 days following nerve injury. At the end of the 3 and 10 day periods, the animals were killed by decapitation, and plasma was collected for determination of hepatic and renal function indicators (aspartate aminotransferase, alanine aminotransferase, gamma-GT , bilirubin and creatinine); liver, for determination of hepatocyte morphology and oxidative parameters (lipid hydroperoxides, Glutathione-s-transferase - GST, and total antioxidant capacity - TAC); injured sciatic nerve for determination of oxidative parameters (lipid hydroperoxides and TAC); and the lumbosacral segment of the spinal cord for determination of oxidative (superoxide anion formation - SAG, and values of hydrogen peroxide, lipid hydroperoxides, total thiols, ascorbic acid and TAC) and nitrosative (nitric oxide metabolites - NO) parameters. The spinal cord segment was also used to determine the expression of signaling proteins phosphorylated p38 (p-p38), Akt and phosphorylated Akt (p-Akt), and sodium-dependent vitamin C transporter type 2 (SVCT-2). In addition, it was assessed the duration of the antinociceptive effect of vitamin C, vitamin E or vitamins C+E after end of the treatment, the antinociceptive effect of vitamins C+E by oral route, and the antinociceptive effect of co-administration of vitamins C+E (oral route) concomitant with gabapentin (ip), a drug normally used in the treatment of neuropathic pain. Thermal and mechanical sensitivity data were analyzed by repeated measures ANOVA, followed by Tukey’s post-test. The other parameters were evaluated by two-way ANOVA (factors: injury and treatment), followed by Tukey's post-test. The results showed that vitamin C, vitamin E and C+E vitamins attenuated nociception and improved SFI at both 3 and 10 days, and that a greater antinociceptive effect was induced when vitamins were co-administered than when they were given alone in CCI rats. The antinociceptive effect of vitamins C+E was similar after ip and oral administration. It was also observed that the antinociceptive effect of vitamins C, E and C+E lasted for several hours after the end of the administration period of 3 and 10 days. The use of C+E vitamins+gabapentin caused greater antinociceptive effect than the use of gabapentin alone. . No changes were observed in hepatic and renal function indicators, hepatocyte morphology, and oxidative parameters evaluated in the hepatic tissue. Despite no significant, the injured sciatic nerve showed increase (38%) in TAC and reduction (45%) in lipid hydroperoxides in vitamins-treated CCI rats, compared to rats that received vehicle. In spinal cord, the vitamin administration prevented the reduction in total thiol values and the increase in SAG in CCI animals, compared to vehicle-treated CCI rats. Also compared to vehicletreated CCI rats, the vitamins prevented the increase in NO metabolites and lipid hydroperoxides. The use of vitamins C+E also prevented the significant reduction in SVCT-2 transporter expression, the increase in p-p38, p-Akt, and Akt expressions, and the increase in ascorbic acid levels, compared to CCI rats that received vehicle. Vitamins and CCI did not induce significant changes in TAC and hydrogen peroxide values in the spinal cord. Thus, the results show that vitamins C, E and C+E, in doses used, attenuated neuropathic pain and changed oxidative, nitrosative and cellular signaling parameters modified by CCI. In addition, the use of vitamins does not appear to induce toxicity to the body and could be an alternative as adjuvant to classical medications used in the treatment of neuropathic pain conditions. However, further studies in humans are needed, given the differences in pain responses in rats and humans.
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Compostos bioativos em óleos e resíduos de sementes de uvas orgânicas e convencionais

Assumpção, Carolina Fagundes January 2014 (has links)
A indústria de alimentos é responsável pela produção de grandes quantidades de resíduos que podem representar altos custos quando não utilizados. Entre estes resíduos estão as sementes oriundas do processamento de uva, uma das frutas mais consumidas no mundo. Além do aproveitamento de resíduos e consequentemente novas formas de consumo, este material tem sido relatado como fonte natural rica em compostos bioativos. Neste contexto, o consumo de alimentos mais saudáveis também tem impulsionado a busca e a preferência por alimentos orgânicos. Assim, para investigar o potencial de utilização de resíduo da indústria de processamento de suco de uva (Vitis labrusca, cv. “Bordô” e “Isabel”) foi analisado o resíduo da obtenção do óleo de sementes de uvas orgânicas e convencionais quanto ao teor de carotenoides e atividade antioxidante em comparação à semente integral. Os resíduos orgânicos e convencionais apresentaram os maiores teores de carotenoides totais, pró-vitamina A e atividade antioxidante por DPPH em relação a semente integral. O resíduo convencional destacou-se pela maior atividade antioxidante por TRAP e pelos teores mais significativos de carotenoides presentes no extrato antioxidante. também foram determinados O conteúdo de compostos bioativos e a estabilidade oxidativa dos óleos obtidos da prensagem das sementes orgânicas e convencionais Bordô e Isabel. Não foi observada diferença significativa entre as amostras quanto à atividade antioxidante por TRAP, porém os óleos Bordôs apresentaram-se mais estáveis ao aquecimento, com teores mais significativos de luteína, α e β-caroteno e α-tocoferol. A fim de investigar a qualidade, estabilidade oxidativa e conteúdo de compostos bioativos nestes óleos, foi realizado o refino do óleo Bordô orgânico. Não foi observada presença de β-caroteno e zeaxantina no óleo refinado e o óleo virgem de mesmo cultivar apresentou maior estabilidade ao aquecimento. Neste contexto, os resultados sugerem o consumo de óleos virgens devido a presença e maior quantidade de compostos bioativos. Não foi observada diferença significativa entre os diferentes modos de cultivo, sugerindo que a preferência por alimentos orgânicos pode restringir-se à motivos como ausência de agrotóxicos e apelo socioambiental. Os resíduos obtidos do processamento de uva, inclusive da obtenção do óleo destacaram-se pela alta atividade antioxidante e quantidade significativa de carotenoides, o que sugere sua inserção na alimentação como fonte natural rica em compostos bioativos. / The food industry is responsible for producing large quantities of waste that may represent high costs when not used. Some of these residues are the seeds derived from the processing of grapes, one of the most consumed fruits worldwide. In addition to the reuse of waste and consequently new forms of consumption, this material has been reported to be rich natural source of bioactive compounds. In this context, the consumption of healthier foods has also driven the search and preference for organic foods. Therefore, to investigate the potential use of grape processing waste (Vitis labrusca, variety “Bordô” and “Isabel”), the residues obtained from the extraction of oil from organic and conventional grape seeds were examined to determine their content of carotenoids and antioxidant activity compared with those found in the whole seed. The organic and conventional residues exhibited higher levels of total carotenoids, provitamin A, and antioxidant activity by DPPH compared with the corresponding whole seeds. The conventional residue presented the highest antioxidant activity by TRAP and the highest levels of carotenoids in the antioxidant extract. The content of bioactive compounds and the oxidative stability of the oils obtained from the pressing of organic and conventional seeds “Bordô” and “Isabel” were also determined. No significant difference in the antioxidant activity by TRAP was observed between the samples, but the “Bordô” oils were more stable when heated and exhibited higher levels of lutein, α and β-carotene, and α-tocopherol. To investigate the quality, oxidative stability, and content of bioactive compounds in these oils, the organic “Bordô” oil was refined. The refined oil did not contain β-carotene and zeaxanthin, and the virgin oil of the same variety showed greater stability to heating. Thus, the results recommend the consumption of virgin oils due to their larger content of bioactive compounds. No significant difference was observed between the different modes of cultivation, suggesting that the preference for organic foods can be restricted to reasons such as the absence of pesticides and environmental appeal. The residues obtained from grape processing, including the residues obtained from the extraction of oil, exhibited high antioxidant activity and a high amount of carotenoids, suggesting their inclusion in foods as a natural source rich in bioactive compounds.
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A intensificação do comportamento tipo ansiedade induzido por cafeína em Daniorerio(zebrafish) é prevenida pelo tratamento com α-Tocoferol e L-NAME

CARVALHO, Tayana Silva de 23 January 2015 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2015-02-09T17:43:43Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_IntensificacaoComportamentoAnsiedade.pdf: 965220 bytes, checksum: a80564a45b42482d8611ce52d7e7f125 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva (arosa@ufpa.br) on 2015-02-10T12:19:50Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_IntensificacaoComportamentoAnsiedade.pdf: 965220 bytes, checksum: a80564a45b42482d8611ce52d7e7f125 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-10T12:19:50Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_IntensificacaoComportamentoAnsiedade.pdf: 965220 bytes, checksum: a80564a45b42482d8611ce52d7e7f125 (MD5) Previous issue date: 2014 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O crescente consumo de bebidas com elevado teor de cafeína pode resultar no aparecimento de sintomas provenientes do transtorno de ansiedade induzida por essa droga. Atualmente, tem-se utilizado a cafeína como um indutor farmacológico do comportamento tipo ansiedade e essa indução pode facilitar a melhor compreensão da relação entre alterações comportamentais e os mecanismos de ação envolvidos nesse efeito, portanto o presente trabalho propôs que a via nitrérgica poderia ser um mecanismo chave para explicar os efeitos comportamentais produzidos pela cafeína e que esses efeitos poderiam ser revertidos por um antioxidante, logo, no presente trabalho nós tivemos como objetivo avaliar o possível efeito do L-NAME e do α-tocoferol no comportamento tipo ansiedade ampliado pela cafeína nos testes de preferência claro/escuro (PCE) e distribuição vertical eliciada pela novidade (DVN) em Daniorerio. Foram utilizados peixes da espécie Daniorerio(n=178) subdivididos nos seguintes grupos experimentais: SAL – salina 0,9%; CAF – cafeína 100 mg/kg; DMSO – dimetilsulfóxido 0,1%; L-NAME - (N -Nitro-L-arginina-metil éster hidrocloreto) 10 mg/kg; TF – α-tocoferol 1 mg/kg (receberam apenas uma injeção por i.p); SAL + SAL; DMSO + SAL; SAL + CAF; L-NAME + SAL; L-NAME +CAF; TF + CAF (receberam duas injeções seguidas, uma injeção de cada substância na forma de cotratamento, por i.p). Os animais foram submetidos ao teste de preferência claro/escuro e de distribuição vertical eliciada pela novidade. Todos os testes foram filmados e os vídeos foram avaliados utilizando o X-PLO-RAT. Os dados foram expressos em média ± erro padrão. Foi aplicado o teste de normalidade utilizando o teste Shapiro-Wilk e o teste paramétrico ANOVA de uma via com pós-teste Tukey, considerando significativos valores com p<0,05. Nós demonstramos que o α-tocoferol na dose de 1 mg/kg reverteu todos os parâmetros do comportamento tipo ansiedade ampliado pela cafeína nos testes de PCE e do DVN e esse efeito foi semelhante ao observado quando administrado um inibidor da enzima óxido nítrico sintase (NOS), L-NAME. Portanto, o presente trabalho demonstrou pela primeira vez que o efeito comportamental ampliado pela cafeína no teste escotáxico e no DVN pode ser modulado pelo sistema nitrérgico e que o α-tocoferol reverte esse efeito comportamental induzido pela cafeína de forma total. / The growing consumption of beverages with high caffeine content can result in the appearance of symptoms from anxiety disorder induced by this drug. Currently, it has been used as a pharmacological caffeine inductor anxiety-like behavior and this induction may help facilitate better understanding of the relationship between behavioral changes and the mechanisms involved in this effect. Therefore, this study proposed that the nitrergic pathway could be a key mechanism to explain the behavioral effects produced by caffeine and that these effects could be reversed by an antioxidant, hence, the present work we had to evaluate the possible effect of L –NAME and - tocopherol expanded in anxiety-like behavior by caffeine in light/dark preference (LDP) test and novel tank dividing (NTD) test in Daniorerio. Zebrafish fish species (N=178) used were divided into the following experimental groups: SAL - 0.9% saline; CAF - Caffeine 100 mg/kg; DMSO - dimethylsulfoxide 0.1% ; L-NAME - (N -nitro -L - arginine methyl ester hydrochloride) 10 mg/kg; TF - -tocopherol 1 mg/kg (received only one injection by i.p.); SAL + SAL; DMSO + SAL; SAL + CAF , L-NAME + SALT , L-NAME + CAF ; TF + CAF, received two followed injections, one injection of each substance in the form of co-treatment, by i.p. The animals were submitted to the light/dark preference test and novel tank dividing test. All tests were filmed and the videos were evaluated using X-PLO-RAT. Data were expressed as mean ± SEM. The normality test was applied using the Shapiro-Wilk test and the ANOVA parametric test one-way with Tukey post-hoc, with the significance level set at p<0.05. The - tocopherol at a dose of 1 mg/kg, reversed all anxiety-like behavior parameters expanded by caffeine in LDP and NTD tests and this effect was similar to that observed when given one inhibitor of the enzyme nitric oxide synthase (NOS), L- NAME. Therefore, this study first demonstrated that the behavioral effect magnified by caffeine in scotaxis test and DVN test can be modulated by the nitrergic pathway and that the -tocopherol reverses completely this anxiety-like behavioral effect induced by caffeine.
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Impacto da administração das vitaminas D e E na sensibilidade insulínica, metabolismo oxidativo e aspectos da imunidade em ovelhas no período periparto / Impact of Vitamins D and E administration on insulin sensitivity, oxidative stress and immunity aspects of ewes in the peripartum period

Nascimento, Priscilla Marques do 14 March 2018 (has links)
Trinta ovelhas, mestiças (Santa Inês X Dorper), adultas e hígidas foram selecionadas para avaliar o efeito da suplementação intramuscular com as vitaminas D e E no perfil bioquímico, metabolismo energético, metabolismo oxidativo, sensibilidade insulínica e imunidade no periparto. Após confirmação da gestação essas fêmeas foram distribuídas em três grupos de dez animais e no 108&deg; dia de gestação receberam veículo oleoso (grupo controle-GC); ou 70.000 UI/kg de P.V. de vitamina D3 (colecalciferol) (grupo tratado-GD); ou 60UI/kg de P.V. de vitamina E (-tocoferol) (grupo tratado-GE). As amostras de sangue foram coletadas previamente à aplicação da vitamina (-45), quatro (-30); e duas semanas (-15) antes do parto; até duas horas do parto (0), uma (7); duas (15); e quatro semanas após o parto (30). Foram analisadas as concentrações plasmáticas de glicose, beta hidroxibutirato (BHB), ácidos graxos não esterificados (AGNEs) e as concentrações séricas de colesterol, triglicérides, ureia, creatinina, cálcio total, cálcio iônico, proteína total, ácido úrico, aspartato amino transferase (AST), gamaglutamil transferase (GGT), e ainda a creatina quinase (CK). Foram também analisadas as concentrações de insulina e cortisol. Do metabolismo oxidativo foram determinadas as atividades da superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px), a habilidade de redução férrica plasmática (HRFP), substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), bem como o status antioxidante total (TAS). Para avaliar aspectos relacionados à imunidade de monócitos e neutrófilos, por método in vitro, em 24 ovelhas (seis de cada tratamento). As amostras de sangue foram coletadas nos momentos 30; 0; e 30 e avaliadas sem estímulo (burst basal) e com estímulo por DCFH-DA, SaPI e PMA. A imunofenotipagem com anticorpos monoclonais CD8, CD4, CD14, CD16, CD45R, WC1, CD206, foi realizada aos dias -30, -15,0,7 e 30. Foram determinadas as concentrações das vitaminas D e E, nos momentos pré-determinados das coletas e no dia do teste de tolerância à glicose (TTG), realizado para avaliar a sensibilidade insulínica, e foi calculado RQUICKI e RQUICKI BHB. Todas as variáveis estudadas apresentaram efeito de tempo. Houve interação tempo*tratamento em TBARS (P=0,0217) e tendência para vitamina E (0,0811), SOD (0,0886) e GSH-Px (P=0,0643). Houve efeito de tratamento no colesterol (P=0,0088) e vitamina D (P<0,0001) e tendência para TAS (P=0,0830). No TTG, com resultados de AUC de BHB e AGNE apresentaram efeito de número de fetos gestados (P=0,0006 e 0,0005 respectivamente) e o RQUICKIBHB mostrou-se melhor indicador de sensibilidade insulínica do que o RQUICKI em ovelhas. A suplementação com vitamina D influenciou os teores plasmáticos de alfa tocoferol e a resposta imune das ovelhas. A suplementação com vitamina E reduziu a peroxidação lipídica no parto e relacionou-se positivamente com a melhora oxidativa dos monócitos sem estímulo e estimulados por PMA. / Thirty healthy adult ewes were selected to evaluate the effect of supplementation with intramuscular vitamins D and E in peripartum period on the biochemical profile, energetic metabolism, oxidative metabolism, insulin sensitivity and immunity. After pregnancy confirmation these females were distributed into three groups of ten animals treated with intramuscular injection containing oily vehicle (control-to-control group) on the 108th day of pregnancy, (CG); or 70,000 IU / kg of body weight of vitamin D3 (cholecalciferol) (treated group-GD); or 60 IU / kg of body weight of vitamin E (-tocopherol) (treated group-GE). Blood samples were collected before the application of the vitamins and vehicle (-45), four (-30); and two weeks (-15) before lambing; until 2 hours of lambing (0); one (7), two (15) and four weeks postpartum (30). Plasma concentrations of glucose, beta hydroxybutyrate (BHB), non-esterified fatty acids (NEFA) and serum concentrations of cholesterol, triglycerides, urea, creatinine, total calcium, ionic calcium, total protein, uric acid, aspartate amino transferase (AST), gammaglutamyl transferase (GGT), and creatine kinase (CK) were measured. The concentrations of insulin and cortisol, the activities of superoxide dismutase (SOD) and glutathione peroxidase (GSH-Px), plasma ferric reduction ability (FRAP), thiobarbituric acid reactive substances (TBARS), as well as total antioxidant status (TAS) were determinate. Monocytes and neutrophils were assessed by in vitro method to identify aspects related to immunity in 24 ewes (six from each treatment) at -30, 0 and 30. Blood samples were evaluated without stimulus (basal burst), with DCFH-DA, SaPI and PMA stimulus. Immunophenotyping with monoclonal antibodies CD8, CD4, CD14, CD16, CD45R, WC1, CD206 were performed at -30, -15, 0, 7 and 30. The concentrations of vitamins D and E were determinate at the predetermined collection times and on the day of the Intravenous Glucose Tolerance Test (IVGTT), realized to evaluate the insulin sensitivity, as well as RQUICKI and RQUICKI BHB. All variables studied showed time effects. There were interaction time * treatment in TBARS (P = 0.0217) and tendency for vitamin E (0.0811), SOD (0.0886) and GSH-Px 16 (P = 0.0643). Treatment effect on cholesterol (P = 0.0088) and vitamin D (P &lt;0.0001) and tendency for TAS (P = 0.0830) were observed. About of IVGTT, AUC results of BHB and AGNE showed number of fetuses effect (P = 0.0006 and 0.0005 respectively). RQUICKIBHB was a better indicator of insulin sensitivity than RQUICKI in ewes. Vitamin D supplementation influenced the plasma levels of alpha tocopherol and the immune response of ewes. Vitamin E supplementation reduced lipid peroxidation at parturition and was positively related to the oxidative improvement of the monocytes without stimulation and stimulated by PMA. High doses of vitamins D or E administered 45 days before parturition on healthy ewes can be beneficial; however more studies are needed about this topic.
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Vitamina C e vitamina E atenuam a nocicepção e modificam parâmetros oxidativos e proteínas de sinalização em medula espinal de ratos com dor neuropática

Riffel, Ana Paula Konzen January 2017 (has links)
A dor neuropática (dor devido à lesão no tecido nervoso) é uma condição debilitante, com alta incidência na população mundial. O tratamento dessa condição dolorosa ainda é um grande desafio na clínica devido às ações limitadas dos fármacos atualmente disponíveis e seus consequentes efeitos colaterais. O uso de substâncias com potencial antioxidante no tratamento da dor neuropática vem sendo amplamente discutido devido à participação das espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio nessa condição dolorosa. O ácido ascórbico (vitamina C) e o !-tocoferol (vitamina E) representam potentes antioxidantes, os quais são adquiridos por custo relativamente baixo, são bem aceitos pela população, muito utilizados como suplemento alimentar, e parecem possuir algum efeito analgésico, embora esse último efeito tenha ainda muitas questões especulativas e que necessita esclarecimentos. Por estes motivos, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito das vitaminas C e E, administradas isoladas ou juntas, sobre parâmetros nociceptivos, oxidativos e nitrosativos, e proteínas de sinalização intracelular em ratos com constrição no nervo isquiático (CCI, do inglês chronic constriction injury), um modelo de dor neuropática. Após aprovação pelo comitê de ética no uso de animal da UFRGS (#23352), ratos Wistar machos, com idade de 60 dias, foram divididos em 3 grupos experimentais: controle (ratos que não sofreram intervenção cirúrgica), sham (ratos que tiveram o nervo isquiático direito apenas exposto) e CCI (ratos que tiveram o nervo isquiático exposto e esse recebeu 4 amarraduras em seu tronco comum). Cada grupo experimental foi dividido em subgrupos que receberam administração de veículo (salina ou água de beber acrescidas de Tween 80 a 1%), vitamina C (30 mg/kg/dia), vitamina E (15 mg/kg/dia) ou coadministração de vitaminas C+E nas mesmas doses. As administrações foram intraperitoneal ou por via oral, por período de 3 e 10 dias. Os parâmetros nociceptivos utilizados para avaliar sensibilidade mecânica, sensibilidade térmica e recuperação funcional do nervo foram os testes de von Frey eletrônico, teste da placa quente e do índice funcional do isquiático (IFI), respectivamente. Para avaliar o efeito antinociceptivo da administração i.p. dos tratamentos, os parâmetros nociceptivos foram mensurados antes do procedimento cirúrgico, e aos 3, 5, 7 e 10 dias após a lesão nervosa. Ao final dos períodos de 3 e 10 dias, os animais foram mortos por decapitação, e foi coletado plasma, para determinação de indicadores de função hepática e renal (alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, gama GT, bilirrubina e creatinina); fígado, para determinação da morfologia dos hepatócitos e parâmetros oxidativos (hidroperóxidos lipídicos, Glutationa-s-transferase - GST, e capacidade antioxidante total - TAC); nervo isquiático lesionado, para determinação de parâmetros oxidativos (hidroperóxidos lipídicos e TAC); e o segmento lombossacral da medula espinal, para determinação de parâmetros oxidativos (formação de ânion superóxido - SAG, e valores de peróxido de hidrogênio, hidroperóxidos lipídicos, tióis totais, ácido ascórbico e TAC) e nitrosativos (metabólitos do óxido nítrico - NO). O segmento da medula espinal foi usado ainda para determinar a expressão das proteínas de sinalização p38 fosforilada (p-p38), Akt e Akt fosforilada (p-Akt) e do transportador de vitamina C dependente de sódio do tipo 2 (SVCT-2). Foi avaliada ainda, mediante determinação de parâmetros nociceptivos, a duração do efeito antinociceptivo da vitamina C, vitamina E ou vitaminas C+E após o tratamento, o efeito antinociceptivo das vitaminas C+E administradas por via oral, e a coadministração de vitaminas C+E (via oral) concomitante à gabapentina (i.p.), fármaco normalmente utilizado no tratamento de dor neuropática. Os dados de sensibilidade térmica e mecânica foram analisados por ANOVA de medidas repetidas, seguida pelo pós-teste de Tukey. Os demais parâmetros foram avaliados por ANOVA de duas vias (fatores: lesão e tratamento), seguida do pós-teste de Tukey. Os resultados mostraram que vitamina C, vitamina E e vitaminas C+E atenuaram a nocicepção e provocou melhora no IFI tanto aos 3 como aos 10 dias, e que a coadministração das vitaminas induziu efeito antinociceptivo maior do que as mesmas administradas isoladamente em ratos com CCI. O efeito antinociceptivo das vitaminas C+E foi similar, tanto após administração i.p. quanto oral. Também foi observado que o efeito antinociceptivo das vitaminas C, E e C+E durou por várias horas após o término do período de administração de 3 e 10 dias. O uso de vitaminas C+E+gabapentina provocou efeito antinociceptivo maior do que o uso de gabapentina isoladamente. Não foram observadas alterações nos indicadores de função hepática e renal, na morfologia dos hepatócitos e nos parâmetros oxidativos avaliados no tecido hepático. No nervo isquiático lesionado, embora não houve alterações significativas, observou-se acréscimo de 38% na TAC e diminuição de 45% nos hidroperóxidos lipídicos nos animais que receberam vitaminas, comparado aos valores obtidos nos ratos tratados com veículo. Na medula espinal, a administração das vitaminas preveniu a redução nos valores de tióis totais e o aumento na SAG, comparado ao grupo CCI tratado com veículo. Ainda comparado ao grupo veículo, as vitaminas preveniram o aumento nos metabólitos do NO e nos hidroperóxidos lipídicos. A administração de vitaminas C+E também preveniu a redução significativa na expressão do transportador SVCT-2, o aumento nas expressões das proteínas p-p38, p-Akt e Akt, e o aumento no valor do ácido ascórbico, comparado aos ratos CCI que receberam veículo. A administração das vitaminas e a CCI não provocaram alterações significativas na TAC e nos valores de peróxido de hidrogênio na medula espinal. Assim, os resultados mostram que vitamina C, vitamina E e vitaminas C+E, nas doses aqui estudadas, atenuam a dor neuropática e modificam parâmetros oxidativo e nitrosativo, e de sinalização celular, alterados pela CCI. A administração dessas vitaminas não parece provocar toxicidade ao organismo, e poderiam ser uma alternativa como coadjuvante a medicações clássicas usadas no tratamento de condições de dor neuropática. Porém, é necessária a realização de estudos complementares em humanos, dada às diferenças nas respostas à dor em ratos e humanos. / Neuropathic pain (pain due to nerve tissue injury) is a debilitating condition, with a high incidence in the world population. The treatment of this painful condition is still a great challenge in the clinic due to the limited actions of the currently available drugs and their consequent side effects. The use of substances with antioxidant potential in the treatment of neuropathic pain has been widely discussed due to the participation of reactive oxygen and nitrogen species in this painful condition. Ascorbic acid (vitamin C) and !-tocopherol (vitamin E) are potent antioxidants, which are obtained by relatively low cost, are well accepted by patients, are widely used as a food supplement, and appear to have some analgesic effect, although this last effect still has many speculative issues and needs clarification. For these reasons, the aim of this study was to evaluate the effect of vitamins C and E, administered alone or together, on nociceptive, oxidative and nitrosative parameters and intracellular signaling proteins in rats with chronic constriction injury (CCI), a model of neuropathic pain. After approval by the ethics committee on animal use of UFRGS (#23352), male Wistar rats, aged 60 days, were divided into 3 groups: control (rats that did not undergo surgery), sham (rats whose right sciatic nerve was only exposed) and CCI (rats whose sciatic nerve was exposed and received 4 ligations in their common trunk). Each experimental group was divided into subgroups that received vehicle injection (saline or drinking water plus Tween 80, 1%), vitamin C (30 mg/kg/day), vitamin E (15 mg/kg/day) or co-administration of vitamins C+E in the same doses. The administrations were by intraperitoneal or oral route, for a period of 3 and 10 days. The nociceptive parameters used to evaluate mechanical sensitivity, thermal sensitivity and nerve functional recovery were the electronic von Frey test, the hot plate test and the sciatic functional index (SFI), respectively. To evaluate the antinociceptive effect of ip administration of vitamin C, vitamin E or vitamins C+E, nociceptive parameters were measured before the surgical procedure and at 3, 5, 7 and 10 days following nerve injury. At the end of the 3 and 10 day periods, the animals were killed by decapitation, and plasma was collected for determination of hepatic and renal function indicators (aspartate aminotransferase, alanine aminotransferase, gamma-GT , bilirubin and creatinine); liver, for determination of hepatocyte morphology and oxidative parameters (lipid hydroperoxides, Glutathione-s-transferase - GST, and total antioxidant capacity - TAC); injured sciatic nerve for determination of oxidative parameters (lipid hydroperoxides and TAC); and the lumbosacral segment of the spinal cord for determination of oxidative (superoxide anion formation - SAG, and values of hydrogen peroxide, lipid hydroperoxides, total thiols, ascorbic acid and TAC) and nitrosative (nitric oxide metabolites - NO) parameters. The spinal cord segment was also used to determine the expression of signaling proteins phosphorylated p38 (p-p38), Akt and phosphorylated Akt (p-Akt), and sodium-dependent vitamin C transporter type 2 (SVCT-2). In addition, it was assessed the duration of the antinociceptive effect of vitamin C, vitamin E or vitamins C+E after end of the treatment, the antinociceptive effect of vitamins C+E by oral route, and the antinociceptive effect of co-administration of vitamins C+E (oral route) concomitant with gabapentin (ip), a drug normally used in the treatment of neuropathic pain. Thermal and mechanical sensitivity data were analyzed by repeated measures ANOVA, followed by Tukey’s post-test. The other parameters were evaluated by two-way ANOVA (factors: injury and treatment), followed by Tukey's post-test. The results showed that vitamin C, vitamin E and C+E vitamins attenuated nociception and improved SFI at both 3 and 10 days, and that a greater antinociceptive effect was induced when vitamins were co-administered than when they were given alone in CCI rats. The antinociceptive effect of vitamins C+E was similar after ip and oral administration. It was also observed that the antinociceptive effect of vitamins C, E and C+E lasted for several hours after the end of the administration period of 3 and 10 days. The use of C+E vitamins+gabapentin caused greater antinociceptive effect than the use of gabapentin alone. . No changes were observed in hepatic and renal function indicators, hepatocyte morphology, and oxidative parameters evaluated in the hepatic tissue. Despite no significant, the injured sciatic nerve showed increase (38%) in TAC and reduction (45%) in lipid hydroperoxides in vitamins-treated CCI rats, compared to rats that received vehicle. In spinal cord, the vitamin administration prevented the reduction in total thiol values and the increase in SAG in CCI animals, compared to vehicle-treated CCI rats. Also compared to vehicletreated CCI rats, the vitamins prevented the increase in NO metabolites and lipid hydroperoxides. The use of vitamins C+E also prevented the significant reduction in SVCT-2 transporter expression, the increase in p-p38, p-Akt, and Akt expressions, and the increase in ascorbic acid levels, compared to CCI rats that received vehicle. Vitamins and CCI did not induce significant changes in TAC and hydrogen peroxide values in the spinal cord. Thus, the results show that vitamins C, E and C+E, in doses used, attenuated neuropathic pain and changed oxidative, nitrosative and cellular signaling parameters modified by CCI. In addition, the use of vitamins does not appear to induce toxicity to the body and could be an alternative as adjuvant to classical medications used in the treatment of neuropathic pain conditions. However, further studies in humans are needed, given the differences in pain responses in rats and humans.
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Produção de cordeiros em pastagens tropicais e seus reflexos nos atributos qualitativos da carne / Production of lambs in tropical pastures abd its reflections on the qualitative attributes of meat

Hampel, Viviane da Silva January 2018 (has links)
A qualidade da carne produzida pelos ruminantes é um reflexo do alimento consumido pelos mesmos. Primeiramente realizamos uma abordagem metanalitica e verificamos que o tipo de sistema alimentar e o nível de tocoferol na dieta dos cordeiros enfluinciaram na qualidade da carne de cordeiro produzida. Assim, o objetivo foi avaliar a produção de forragem e composição química da dieta dos cordeiros alimentados com pastagens tropicais e seus reflexos sobre a qualidade da carne. Foram utilizamos 54 cordeiros, machos castrados, com idade e peso inicial de 3-4 meses e 20,4±3,97 kg, distribuídos aleatoriamente em três sistemas de terminação baseados em pastagens tropicais: 1) Capim aruana (Panicum maximum cv. IZ-5); 2) Feijão guandu (Cajanus cajan) e 3) Consórcio (Panicum máximo cv. IZ-5 e Cajanus cajan, sendo cada espécie semeada em metade da superfície do piquete. Para testar o efeito tanino, metade dos cordeiros de cada tratamento recebeu polietilenoglicol (PEG) duas vezes ao dia. A amostragem da pastagem foi realizada a cada 21 dias, totalizando 4 coletas. Foi reaizada simulação de pastejo para as amostragens para composição química da pastagem. Avaliou-se a produção de forragem, composição química, perfil de ácidos graxos e antioxidantes (tocoferol e taninos). Os cordeiros foram abatidos após 92 dias de experimento, com peso médio de 25,7±4,36 kg O perfil de ácidos graxos, concentração de tocoferóis, a coloração e a oxidação lipídica do músculo longissimus dos cordeiros foram avaliados. As pastagem apresentaram variação de masa de forragem, produção de colmos, produção de lâminas foliares e altura ao longo do tempo da avaliação. A inserção de leguminosas na dieta de cordeiros não altera a concentração de tocoferol, mas, ao longo dos períodos de avaliação, os níveis de tanino condensado e tanino total aumentam na dieta contendo leguminosas. A maioria dos acidos graxos estavam relacionados com o conteúdo de fibra em detergente neutro da dieta. A participação da leguminosa na dieta dos cordeiros aumenta o teor de omegas 3 e 6 disponíveis na dieta de cordeiros. A inclusão de PEG nas dietas dos cordeiros aumentou o valor do ângulo da tonalidade e diminuiu a intensidade de vermelho da gordura subcutânea. O sistema de pastagem exclusivamente de feijão guandu resultou em menor concentração de ácidos graxos saturados no musculo do que o sistema exclusivo de capim aruana. A carne de cordeiros terminados exclusivamente em Capim Aruana apresentou menor relação n-6: n-3 e menor oxidação lipídica após 6 dias de armazenamento do que animias mantidos em feijão guandu ou em pastagem consorciada. / The quality of the meat produced by ruminants is a reflection of the food consumed by those offered to them. First, we performed a meta-analytic approach and found that the type of food system and the level of tocopherol in the diet of lambs influenced the quality of the lamb meat produced. We used 54 male lambs with age and initial weight of 3-4 months and 20.4 ± 3.97 kg randomly distributed in three finishing systems based on tropical pastures: 1) Aruana grass (Panicum maximum cv. IZ-5); 2) Pigeon pea (Cajanus cajan) and 3) Consortium (Panicum maximum cv. IZ-5 and Cajanus cajan, each species being sown on half of the surface of the picket. To test the tannin effect, half of the lambs from each treatment received polyethylene glycol (PEG) twice daily. Pasture sampling was performed every 21 days, totaling 4 collections. Grazing simulation was performed for the chemical composition of the pasture. The forage production, chemical composition, profile of fatty acids and antioxidants (tocopherol and tannins) were evaluated.The lambs were slaughtered after 92 days of experiment, with weight of 25.7 ± 4.36 kg . The fatty acid profile, concentration of tocopherols, coloration and lipid oxidation of lamb longissimus muscle were evaluated The present variation pasture forage mass, stalk production, production of leaf blades and height throughout the evaluation time The insertion of legumes in the diet of lambs does not alter the concentration of tocopherol, but during the evaluation periods, , the levels of condensed tannin and total tannin increase in the diet containing legumes. Most of the fatty acids studied were related to the neutral detergent fiber content of the diet. The participation of the legume in the diet of lambs increases the content of omegas 3 and 6 available in the diet of lambs. The inclusion of PEG in lamb diets increased the value of the hue angle and decreased the red intensity of the subcutaneous fat. The grazing system exclusively of pigeon pea resulted in a lower concentration of saturated fatty acids in the muscle than the exclusive system of Aruana grass. Meat from lambs exclusively in Aruana grass presented lower n-6: n-3 ratio and lower lipid oxidation after 6 days of storage than those maintained on Pigeon pea or Mixed pasture.
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Efeito de dois protocolos de suplementa??o materna com alfa-tocoferol sobre o soro e o leite de lactantes at? 60 dias p?s-parto

Lira, Larissa Queiroz de 08 December 2017 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2018-02-21T21:54:37Z No. of bitstreams: 1 LarissaQueirozDeLira_TESE.pdf: 2753423 bytes, checksum: 0d2922e91eba1bbfdabb194dfe775185 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2018-02-23T21:12:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 LarissaQueirozDeLira_TESE.pdf: 2753423 bytes, checksum: 0d2922e91eba1bbfdabb194dfe775185 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-23T21:12:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LarissaQueirozDeLira_TESE.pdf: 2753423 bytes, checksum: 0d2922e91eba1bbfdabb194dfe775185 (MD5) Previous issue date: 2017-12-08 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior (CAPES) / A defici?ncia de vitamina E (DVE) est? relacionada a graves complica??es para a sa?de e o desenvolvimento de rec?m-nascidos e crian?as, produzindo efeitos subsequentes em sua vida adulta. Dentre as estrat?gias de combate a esta defici?ncia, a suplementa??o materna durante a lacta??o apresenta-se como conduta vi?vel, embora n?o haja defini??o de um protocolo ideal, principalmente devido a escassez de pesquisas em humanos. Desta forma, pela primeira vez em humanos, este estudo teve como objetivo principal analisar o efeito de dois protocolos de suplementa??o com alfa-tocoferol sobre o estado nutricional bioqu?mico materno at? 60 dias ap?s o parto. Para tanto, oitenta lactantes saud?veis foram recrutadas em duas maternidades p?blicas de Natal - RN entre 2013 e 2016. As participantes eleg?veis foram randomicamente alocadas nos grupos controle, suplementado 1 ou suplementado 2, na raz?o de 1:1:1. As informa??es diet?ticas foram coletadas no 7?, 20?, 30? e 60? dias p?s-parto. As amostras de soro e leite foram colhidas no 1? (0h), 20?, 30? e 60? dias, havendo uma coleta adicional de leite no 7? dia. Imediatamente ap?s a coleta do 1? dia, os grupos suplementado 1 e 2 receberam uma (01) dose de 400 UI de RRR-alfa-tocoferol e, ap?s a coleta do 20? dia, o grupo suplementado 2 recebeu a segunda dose da suplementa??o. Ao grupo controle n?o foi administrada suplementa??o alguma. O alfa-tocoferol foi quantificado por cromatografia l?quida de alta efici?ncia. O consumo habitual de vitamina E e o seu fornecimento atrav?s do leite foram avaliados segundo recomenda??es espec?ficas (16 mg e 4 mg ao dia, respectivamente). Com base nos resultados, tem-se que nenhuma participante apresentou adequa??o do consumo de vitamina E ao longo da lacta??o. Esta caracter?stica foi semelhante entre os grupos (~ 5,0 mg/dia; p = 0,603), garantindo, assim, a n?o influ?ncia da dieta materna sobre os resultados das suplementa??es. Para os tr?s grupos, as concentra??es s?ricas de alfa-tocoferol correspondentes aos quatro momentos p?s-parto foram indicativas de adequado estado nutricional, n?o havendo diferen?a entre eles para o soro 0h (p > 0,05). Os valores no leite 0h tamb?m n?o foram diferentes entre os grupos (p > 0,05). Com a progress?o da lacta??o, devido ao decl?nio fisiol?gico do alfa-tocoferol no soro (p < 0,01) e no leite (p < 0,01), houve aumento do percentual de DVE materna e de inadequa??o no fornecimento de vitamina E pelo leite, nos tr?s grupos, embora com menor intensidade no grupo suplementado 2 em fun??o da dupla dose de alfa-tocoferol. Este protocolo se mostrou eficaz at? o 30? dia p?s-parto, momento no qual possibilitou aumento na vitamina E do soro (36%) e do leite (160%), em rela??o ao controle, garantindo o requerimento total de vitamina E do lactente (5,2 mg/dia). E, ao 60? dia, forneceu pelo leite somente 84% da vitamina E recomendada (3,2 mg/dia), apesar desse valor ter sido 31% superior ao do grupo n?o tratado. J? a suplementa??o de dose ?nica n?o mostrou efeito no soro materno e proporcionou incremento da vitamina E no leite somente at? o 20? dia (35%), n?o sendo capaz de manter a adequa??o do fornecimento ao lactente ao final do estudo (2,5 mg/dia). Deste modo, ambos os protocolos de suplementa??o materna apresentaram efeitos restritos sobre a vitamina E do soro e do leite, embora as duas doses de 400 UI de RRR-alfa-tocoferol tenham alcan?ado resultados mais prolongados quanto a otimiza??o do estado nutricional materno e do fornecimento de vitamina E pelo leite em detrimento da dose ?nica. / Vitamin E deficiency (VED) is associated with serious complications to the health and development of newborns and children, generating subsequent effects in their adult life. Among the strategies to combat this deficiency, maternal supplementation during lactation presents itself as a viable conduct, even though there is no definition of an ideal protocol, mainly due to a lack of human studies. Thus, for the first time in humans, this study had as main objective analyzing the effect of two maternal supplementation protocols with alpha-tocopherol on the maternal biochemical nutritional status up to 60 days postpartum. For this purpose, eighty healthy lactating women were recruited at two public maternity hospitals in Natal ? RN between 2013 and 2016. Eligible participants were randomly assigned to control, supplemented 1 or supplemented 2 groups, in a 1:1:1 ratio. Dietary information was collected on the 7th, 20th, 30th and 60th days postpartum. Serum and milk samples were collected at the 1st (0h), 20th, 30th and 60th days, with an additional milk collection on the 7th day. Immediately after the collection at day 1, the supplemented groups 1 and 2 received a (01) dose of 400 IU of RRR-alpha-tocopherol, and after the collection at day 20, the supplemented group 2 received the second supplemental dose. No supplementation was given to the control group. Alpha-tocopherol was quantified by high performance liquid chromatography. The usual vitamin E intake and its supply through milk were assessed according to specific recommendations (16 mg and 4 mg daily, respectively). Based on the results, none of the participants had adequate vitamin E intake throughout lactation. This characteristic was similar between the groups (~ 5.0 mg/day, p = 0.603), thus assuring the non-influence of maternal diet on the results of the supplementation schemes. For the three groups, serum alpha-tocopherol concentrations corresponding to the four postpartum periods were indicative of adequate nutritional status, with no differences between them regarding serum 0h (p > 0.05). Values in milk 0h were also not different between the groups (p > 0.05). As lactation progressed, due to the physiological decline of alpha-tocopherol in serum (p <0.01) and breast milk (p <0.01), there was an increase in the percentage of maternal VED and inadequate supply of vitamin E through milk in all three groups. However, such increases were less intense in the supplemented group 2 as result of the double alpha-tocopherol dose. This protocol was effective until the 30th day postpartum, at which time vitamin E (36%) and milk (160%) increased, compared to control, ensuring the total vitamin E requirement of the infant (5.2 mg/day). At the 60th day, milk provided only 84% of the recommended vitamin E (3.2 mg/day), although this value was 31% higher than that of the untreated group. On the other hand, the single-dose supplementation showed no effect on maternal serum during lactation and promoted an increase in milk vitamin E only up to the 20th day (35%), not being able to maintain the adequacy of vitamin supply to the infant at the end of the study (2.5 mg/day). Thus, both maternal supplementation protocols had restricted effects on serum and milk, although the two 400 IU doses of RRR-alpha-tocopherol have achieved lasting results in optimizing maternal nutritional status and milk supply of vitamin E over single dose.
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Vitamina C e vitamina E atenuam a nocicepção e modificam parâmetros oxidativos e proteínas de sinalização em medula espinal de ratos com dor neuropática

Riffel, Ana Paula Konzen January 2017 (has links)
A dor neuropática (dor devido à lesão no tecido nervoso) é uma condição debilitante, com alta incidência na população mundial. O tratamento dessa condição dolorosa ainda é um grande desafio na clínica devido às ações limitadas dos fármacos atualmente disponíveis e seus consequentes efeitos colaterais. O uso de substâncias com potencial antioxidante no tratamento da dor neuropática vem sendo amplamente discutido devido à participação das espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio nessa condição dolorosa. O ácido ascórbico (vitamina C) e o !-tocoferol (vitamina E) representam potentes antioxidantes, os quais são adquiridos por custo relativamente baixo, são bem aceitos pela população, muito utilizados como suplemento alimentar, e parecem possuir algum efeito analgésico, embora esse último efeito tenha ainda muitas questões especulativas e que necessita esclarecimentos. Por estes motivos, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito das vitaminas C e E, administradas isoladas ou juntas, sobre parâmetros nociceptivos, oxidativos e nitrosativos, e proteínas de sinalização intracelular em ratos com constrição no nervo isquiático (CCI, do inglês chronic constriction injury), um modelo de dor neuropática. Após aprovação pelo comitê de ética no uso de animal da UFRGS (#23352), ratos Wistar machos, com idade de 60 dias, foram divididos em 3 grupos experimentais: controle (ratos que não sofreram intervenção cirúrgica), sham (ratos que tiveram o nervo isquiático direito apenas exposto) e CCI (ratos que tiveram o nervo isquiático exposto e esse recebeu 4 amarraduras em seu tronco comum). Cada grupo experimental foi dividido em subgrupos que receberam administração de veículo (salina ou água de beber acrescidas de Tween 80 a 1%), vitamina C (30 mg/kg/dia), vitamina E (15 mg/kg/dia) ou coadministração de vitaminas C+E nas mesmas doses. As administrações foram intraperitoneal ou por via oral, por período de 3 e 10 dias. Os parâmetros nociceptivos utilizados para avaliar sensibilidade mecânica, sensibilidade térmica e recuperação funcional do nervo foram os testes de von Frey eletrônico, teste da placa quente e do índice funcional do isquiático (IFI), respectivamente. Para avaliar o efeito antinociceptivo da administração i.p. dos tratamentos, os parâmetros nociceptivos foram mensurados antes do procedimento cirúrgico, e aos 3, 5, 7 e 10 dias após a lesão nervosa. Ao final dos períodos de 3 e 10 dias, os animais foram mortos por decapitação, e foi coletado plasma, para determinação de indicadores de função hepática e renal (alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, gama GT, bilirrubina e creatinina); fígado, para determinação da morfologia dos hepatócitos e parâmetros oxidativos (hidroperóxidos lipídicos, Glutationa-s-transferase - GST, e capacidade antioxidante total - TAC); nervo isquiático lesionado, para determinação de parâmetros oxidativos (hidroperóxidos lipídicos e TAC); e o segmento lombossacral da medula espinal, para determinação de parâmetros oxidativos (formação de ânion superóxido - SAG, e valores de peróxido de hidrogênio, hidroperóxidos lipídicos, tióis totais, ácido ascórbico e TAC) e nitrosativos (metabólitos do óxido nítrico - NO). O segmento da medula espinal foi usado ainda para determinar a expressão das proteínas de sinalização p38 fosforilada (p-p38), Akt e Akt fosforilada (p-Akt) e do transportador de vitamina C dependente de sódio do tipo 2 (SVCT-2). Foi avaliada ainda, mediante determinação de parâmetros nociceptivos, a duração do efeito antinociceptivo da vitamina C, vitamina E ou vitaminas C+E após o tratamento, o efeito antinociceptivo das vitaminas C+E administradas por via oral, e a coadministração de vitaminas C+E (via oral) concomitante à gabapentina (i.p.), fármaco normalmente utilizado no tratamento de dor neuropática. Os dados de sensibilidade térmica e mecânica foram analisados por ANOVA de medidas repetidas, seguida pelo pós-teste de Tukey. Os demais parâmetros foram avaliados por ANOVA de duas vias (fatores: lesão e tratamento), seguida do pós-teste de Tukey. Os resultados mostraram que vitamina C, vitamina E e vitaminas C+E atenuaram a nocicepção e provocou melhora no IFI tanto aos 3 como aos 10 dias, e que a coadministração das vitaminas induziu efeito antinociceptivo maior do que as mesmas administradas isoladamente em ratos com CCI. O efeito antinociceptivo das vitaminas C+E foi similar, tanto após administração i.p. quanto oral. Também foi observado que o efeito antinociceptivo das vitaminas C, E e C+E durou por várias horas após o término do período de administração de 3 e 10 dias. O uso de vitaminas C+E+gabapentina provocou efeito antinociceptivo maior do que o uso de gabapentina isoladamente. Não foram observadas alterações nos indicadores de função hepática e renal, na morfologia dos hepatócitos e nos parâmetros oxidativos avaliados no tecido hepático. No nervo isquiático lesionado, embora não houve alterações significativas, observou-se acréscimo de 38% na TAC e diminuição de 45% nos hidroperóxidos lipídicos nos animais que receberam vitaminas, comparado aos valores obtidos nos ratos tratados com veículo. Na medula espinal, a administração das vitaminas preveniu a redução nos valores de tióis totais e o aumento na SAG, comparado ao grupo CCI tratado com veículo. Ainda comparado ao grupo veículo, as vitaminas preveniram o aumento nos metabólitos do NO e nos hidroperóxidos lipídicos. A administração de vitaminas C+E também preveniu a redução significativa na expressão do transportador SVCT-2, o aumento nas expressões das proteínas p-p38, p-Akt e Akt, e o aumento no valor do ácido ascórbico, comparado aos ratos CCI que receberam veículo. A administração das vitaminas e a CCI não provocaram alterações significativas na TAC e nos valores de peróxido de hidrogênio na medula espinal. Assim, os resultados mostram que vitamina C, vitamina E e vitaminas C+E, nas doses aqui estudadas, atenuam a dor neuropática e modificam parâmetros oxidativo e nitrosativo, e de sinalização celular, alterados pela CCI. A administração dessas vitaminas não parece provocar toxicidade ao organismo, e poderiam ser uma alternativa como coadjuvante a medicações clássicas usadas no tratamento de condições de dor neuropática. Porém, é necessária a realização de estudos complementares em humanos, dada às diferenças nas respostas à dor em ratos e humanos. / Neuropathic pain (pain due to nerve tissue injury) is a debilitating condition, with a high incidence in the world population. The treatment of this painful condition is still a great challenge in the clinic due to the limited actions of the currently available drugs and their consequent side effects. The use of substances with antioxidant potential in the treatment of neuropathic pain has been widely discussed due to the participation of reactive oxygen and nitrogen species in this painful condition. Ascorbic acid (vitamin C) and !-tocopherol (vitamin E) are potent antioxidants, which are obtained by relatively low cost, are well accepted by patients, are widely used as a food supplement, and appear to have some analgesic effect, although this last effect still has many speculative issues and needs clarification. For these reasons, the aim of this study was to evaluate the effect of vitamins C and E, administered alone or together, on nociceptive, oxidative and nitrosative parameters and intracellular signaling proteins in rats with chronic constriction injury (CCI), a model of neuropathic pain. After approval by the ethics committee on animal use of UFRGS (#23352), male Wistar rats, aged 60 days, were divided into 3 groups: control (rats that did not undergo surgery), sham (rats whose right sciatic nerve was only exposed) and CCI (rats whose sciatic nerve was exposed and received 4 ligations in their common trunk). Each experimental group was divided into subgroups that received vehicle injection (saline or drinking water plus Tween 80, 1%), vitamin C (30 mg/kg/day), vitamin E (15 mg/kg/day) or co-administration of vitamins C+E in the same doses. The administrations were by intraperitoneal or oral route, for a period of 3 and 10 days. The nociceptive parameters used to evaluate mechanical sensitivity, thermal sensitivity and nerve functional recovery were the electronic von Frey test, the hot plate test and the sciatic functional index (SFI), respectively. To evaluate the antinociceptive effect of ip administration of vitamin C, vitamin E or vitamins C+E, nociceptive parameters were measured before the surgical procedure and at 3, 5, 7 and 10 days following nerve injury. At the end of the 3 and 10 day periods, the animals were killed by decapitation, and plasma was collected for determination of hepatic and renal function indicators (aspartate aminotransferase, alanine aminotransferase, gamma-GT , bilirubin and creatinine); liver, for determination of hepatocyte morphology and oxidative parameters (lipid hydroperoxides, Glutathione-s-transferase - GST, and total antioxidant capacity - TAC); injured sciatic nerve for determination of oxidative parameters (lipid hydroperoxides and TAC); and the lumbosacral segment of the spinal cord for determination of oxidative (superoxide anion formation - SAG, and values of hydrogen peroxide, lipid hydroperoxides, total thiols, ascorbic acid and TAC) and nitrosative (nitric oxide metabolites - NO) parameters. The spinal cord segment was also used to determine the expression of signaling proteins phosphorylated p38 (p-p38), Akt and phosphorylated Akt (p-Akt), and sodium-dependent vitamin C transporter type 2 (SVCT-2). In addition, it was assessed the duration of the antinociceptive effect of vitamin C, vitamin E or vitamins C+E after end of the treatment, the antinociceptive effect of vitamins C+E by oral route, and the antinociceptive effect of co-administration of vitamins C+E (oral route) concomitant with gabapentin (ip), a drug normally used in the treatment of neuropathic pain. Thermal and mechanical sensitivity data were analyzed by repeated measures ANOVA, followed by Tukey’s post-test. The other parameters were evaluated by two-way ANOVA (factors: injury and treatment), followed by Tukey's post-test. The results showed that vitamin C, vitamin E and C+E vitamins attenuated nociception and improved SFI at both 3 and 10 days, and that a greater antinociceptive effect was induced when vitamins were co-administered than when they were given alone in CCI rats. The antinociceptive effect of vitamins C+E was similar after ip and oral administration. It was also observed that the antinociceptive effect of vitamins C, E and C+E lasted for several hours after the end of the administration period of 3 and 10 days. The use of C+E vitamins+gabapentin caused greater antinociceptive effect than the use of gabapentin alone. . No changes were observed in hepatic and renal function indicators, hepatocyte morphology, and oxidative parameters evaluated in the hepatic tissue. Despite no significant, the injured sciatic nerve showed increase (38%) in TAC and reduction (45%) in lipid hydroperoxides in vitamins-treated CCI rats, compared to rats that received vehicle. In spinal cord, the vitamin administration prevented the reduction in total thiol values and the increase in SAG in CCI animals, compared to vehicle-treated CCI rats. Also compared to vehicletreated CCI rats, the vitamins prevented the increase in NO metabolites and lipid hydroperoxides. The use of vitamins C+E also prevented the significant reduction in SVCT-2 transporter expression, the increase in p-p38, p-Akt, and Akt expressions, and the increase in ascorbic acid levels, compared to CCI rats that received vehicle. Vitamins and CCI did not induce significant changes in TAC and hydrogen peroxide values in the spinal cord. Thus, the results show that vitamins C, E and C+E, in doses used, attenuated neuropathic pain and changed oxidative, nitrosative and cellular signaling parameters modified by CCI. In addition, the use of vitamins does not appear to induce toxicity to the body and could be an alternative as adjuvant to classical medications used in the treatment of neuropathic pain conditions. However, further studies in humans are needed, given the differences in pain responses in rats and humans.
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Produção de cordeiros em pastagens tropicais e seus reflexos nos atributos qualitativos da carne / Production of lambs in tropical pastures abd its reflections on the qualitative attributes of meat

Hampel, Viviane da Silva January 2018 (has links)
A qualidade da carne produzida pelos ruminantes é um reflexo do alimento consumido pelos mesmos. Primeiramente realizamos uma abordagem metanalitica e verificamos que o tipo de sistema alimentar e o nível de tocoferol na dieta dos cordeiros enfluinciaram na qualidade da carne de cordeiro produzida. Assim, o objetivo foi avaliar a produção de forragem e composição química da dieta dos cordeiros alimentados com pastagens tropicais e seus reflexos sobre a qualidade da carne. Foram utilizamos 54 cordeiros, machos castrados, com idade e peso inicial de 3-4 meses e 20,4±3,97 kg, distribuídos aleatoriamente em três sistemas de terminação baseados em pastagens tropicais: 1) Capim aruana (Panicum maximum cv. IZ-5); 2) Feijão guandu (Cajanus cajan) e 3) Consórcio (Panicum máximo cv. IZ-5 e Cajanus cajan, sendo cada espécie semeada em metade da superfície do piquete. Para testar o efeito tanino, metade dos cordeiros de cada tratamento recebeu polietilenoglicol (PEG) duas vezes ao dia. A amostragem da pastagem foi realizada a cada 21 dias, totalizando 4 coletas. Foi reaizada simulação de pastejo para as amostragens para composição química da pastagem. Avaliou-se a produção de forragem, composição química, perfil de ácidos graxos e antioxidantes (tocoferol e taninos). Os cordeiros foram abatidos após 92 dias de experimento, com peso médio de 25,7±4,36 kg O perfil de ácidos graxos, concentração de tocoferóis, a coloração e a oxidação lipídica do músculo longissimus dos cordeiros foram avaliados. As pastagem apresentaram variação de masa de forragem, produção de colmos, produção de lâminas foliares e altura ao longo do tempo da avaliação. A inserção de leguminosas na dieta de cordeiros não altera a concentração de tocoferol, mas, ao longo dos períodos de avaliação, os níveis de tanino condensado e tanino total aumentam na dieta contendo leguminosas. A maioria dos acidos graxos estavam relacionados com o conteúdo de fibra em detergente neutro da dieta. A participação da leguminosa na dieta dos cordeiros aumenta o teor de omegas 3 e 6 disponíveis na dieta de cordeiros. A inclusão de PEG nas dietas dos cordeiros aumentou o valor do ângulo da tonalidade e diminuiu a intensidade de vermelho da gordura subcutânea. O sistema de pastagem exclusivamente de feijão guandu resultou em menor concentração de ácidos graxos saturados no musculo do que o sistema exclusivo de capim aruana. A carne de cordeiros terminados exclusivamente em Capim Aruana apresentou menor relação n-6: n-3 e menor oxidação lipídica após 6 dias de armazenamento do que animias mantidos em feijão guandu ou em pastagem consorciada. / The quality of the meat produced by ruminants is a reflection of the food consumed by those offered to them. First, we performed a meta-analytic approach and found that the type of food system and the level of tocopherol in the diet of lambs influenced the quality of the lamb meat produced. We used 54 male lambs with age and initial weight of 3-4 months and 20.4 ± 3.97 kg randomly distributed in three finishing systems based on tropical pastures: 1) Aruana grass (Panicum maximum cv. IZ-5); 2) Pigeon pea (Cajanus cajan) and 3) Consortium (Panicum maximum cv. IZ-5 and Cajanus cajan, each species being sown on half of the surface of the picket. To test the tannin effect, half of the lambs from each treatment received polyethylene glycol (PEG) twice daily. Pasture sampling was performed every 21 days, totaling 4 collections. Grazing simulation was performed for the chemical composition of the pasture. The forage production, chemical composition, profile of fatty acids and antioxidants (tocopherol and tannins) were evaluated.The lambs were slaughtered after 92 days of experiment, with weight of 25.7 ± 4.36 kg . The fatty acid profile, concentration of tocopherols, coloration and lipid oxidation of lamb longissimus muscle were evaluated The present variation pasture forage mass, stalk production, production of leaf blades and height throughout the evaluation time The insertion of legumes in the diet of lambs does not alter the concentration of tocopherol, but during the evaluation periods, , the levels of condensed tannin and total tannin increase in the diet containing legumes. Most of the fatty acids studied were related to the neutral detergent fiber content of the diet. The participation of the legume in the diet of lambs increases the content of omegas 3 and 6 available in the diet of lambs. The inclusion of PEG in lamb diets increased the value of the hue angle and decreased the red intensity of the subcutaneous fat. The grazing system exclusively of pigeon pea resulted in a lower concentration of saturated fatty acids in the muscle than the exclusive system of Aruana grass. Meat from lambs exclusively in Aruana grass presented lower n-6: n-3 ratio and lower lipid oxidation after 6 days of storage than those maintained on Pigeon pea or Mixed pasture.
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Compostos bioativos em óleos e resíduos de sementes de uvas orgânicas e convencionais

Assumpção, Carolina Fagundes January 2014 (has links)
A indústria de alimentos é responsável pela produção de grandes quantidades de resíduos que podem representar altos custos quando não utilizados. Entre estes resíduos estão as sementes oriundas do processamento de uva, uma das frutas mais consumidas no mundo. Além do aproveitamento de resíduos e consequentemente novas formas de consumo, este material tem sido relatado como fonte natural rica em compostos bioativos. Neste contexto, o consumo de alimentos mais saudáveis também tem impulsionado a busca e a preferência por alimentos orgânicos. Assim, para investigar o potencial de utilização de resíduo da indústria de processamento de suco de uva (Vitis labrusca, cv. “Bordô” e “Isabel”) foi analisado o resíduo da obtenção do óleo de sementes de uvas orgânicas e convencionais quanto ao teor de carotenoides e atividade antioxidante em comparação à semente integral. Os resíduos orgânicos e convencionais apresentaram os maiores teores de carotenoides totais, pró-vitamina A e atividade antioxidante por DPPH em relação a semente integral. O resíduo convencional destacou-se pela maior atividade antioxidante por TRAP e pelos teores mais significativos de carotenoides presentes no extrato antioxidante. também foram determinados O conteúdo de compostos bioativos e a estabilidade oxidativa dos óleos obtidos da prensagem das sementes orgânicas e convencionais Bordô e Isabel. Não foi observada diferença significativa entre as amostras quanto à atividade antioxidante por TRAP, porém os óleos Bordôs apresentaram-se mais estáveis ao aquecimento, com teores mais significativos de luteína, α e β-caroteno e α-tocoferol. A fim de investigar a qualidade, estabilidade oxidativa e conteúdo de compostos bioativos nestes óleos, foi realizado o refino do óleo Bordô orgânico. Não foi observada presença de β-caroteno e zeaxantina no óleo refinado e o óleo virgem de mesmo cultivar apresentou maior estabilidade ao aquecimento. Neste contexto, os resultados sugerem o consumo de óleos virgens devido a presença e maior quantidade de compostos bioativos. Não foi observada diferença significativa entre os diferentes modos de cultivo, sugerindo que a preferência por alimentos orgânicos pode restringir-se à motivos como ausência de agrotóxicos e apelo socioambiental. Os resíduos obtidos do processamento de uva, inclusive da obtenção do óleo destacaram-se pela alta atividade antioxidante e quantidade significativa de carotenoides, o que sugere sua inserção na alimentação como fonte natural rica em compostos bioativos. / The food industry is responsible for producing large quantities of waste that may represent high costs when not used. Some of these residues are the seeds derived from the processing of grapes, one of the most consumed fruits worldwide. In addition to the reuse of waste and consequently new forms of consumption, this material has been reported to be rich natural source of bioactive compounds. In this context, the consumption of healthier foods has also driven the search and preference for organic foods. Therefore, to investigate the potential use of grape processing waste (Vitis labrusca, variety “Bordô” and “Isabel”), the residues obtained from the extraction of oil from organic and conventional grape seeds were examined to determine their content of carotenoids and antioxidant activity compared with those found in the whole seed. The organic and conventional residues exhibited higher levels of total carotenoids, provitamin A, and antioxidant activity by DPPH compared with the corresponding whole seeds. The conventional residue presented the highest antioxidant activity by TRAP and the highest levels of carotenoids in the antioxidant extract. The content of bioactive compounds and the oxidative stability of the oils obtained from the pressing of organic and conventional seeds “Bordô” and “Isabel” were also determined. No significant difference in the antioxidant activity by TRAP was observed between the samples, but the “Bordô” oils were more stable when heated and exhibited higher levels of lutein, α and β-carotene, and α-tocopherol. To investigate the quality, oxidative stability, and content of bioactive compounds in these oils, the organic “Bordô” oil was refined. The refined oil did not contain β-carotene and zeaxanthin, and the virgin oil of the same variety showed greater stability to heating. Thus, the results recommend the consumption of virgin oils due to their larger content of bioactive compounds. No significant difference was observed between the different modes of cultivation, suggesting that the preference for organic foods can be restricted to reasons such as the absence of pesticides and environmental appeal. The residues obtained from grape processing, including the residues obtained from the extraction of oil, exhibited high antioxidant activity and a high amount of carotenoids, suggesting their inclusion in foods as a natural source rich in bioactive compounds.

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