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Perfil neuropsicológico de adolescentes com transtornos de ansiedadeJarros, Rafaela Behs January 2011 (has links)
Objetivo: Os transtornos de ansiedade estão entre os mais prevalentes na infância e adolescência, estão associados a um prejuízo no desempenho social e a possíveis déficits cognitivos que levariam a um baixo rendimento escolar. Porém ainda são inconsistentes os achados nesta área, tornando-se necessários estudos que investiguem o perfil neuropsicológico desses pacientes. O presente estudo tem como objetivo avaliar o perfil neuropsicológico de adolescentes com diagnóstico de transtornos de ansiedade (transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade de separação, transtorno de ansiedade social e transtorno do pânico) e compará-los com controles. Métodos: Nossa amostra origina-se de um estudo transversal com uma amostra comunitária de adolescentes, de idade entre 10 a 17 anos, provenientes de seis escolas públicas pertencentes à área de captação da Unidade Básica de Saúde do HCPA. Dentre os 68 participantes, 41 tinham diagnóstico de transtorno de ansiedade e 27 controles sem ansiedade, avaliados segundo os critérios do DSM-IV, através da “Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children-Present and Lifetime Version” (K-SADS-PL). Todos os adolescentes participaram de 3 sessões de avaliação neuropsicológica em suas escolas, com uma extensa bateria referente às seguintes funções cognitivas: atenção, memória de trabalho, memória verbal semântico-episódica, praxia visuoconstrutiva, funções executivas, processamento emocional e inteligência. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas nos testes neuropsicológicos que avaliavam as seguintes funções: atenção, memória verbal semântico-episódica, praxia visuoconstrutiva, funções executivas e inteligência. Entretanto, os adolescentes com ansiedade leve apresentaram um melhor desempenho no teste Span Verbal de Dígitos ordem inversa, utilizado na avaliação de memória de trabalho, em comparação aos sujeitos com ansiedade grave e aos controles, que não diferiram entre si (EMM = 2,3 [0,10 EP] vs. EMM = 2,1 [0,16 EP] vs. EMM = 1,9 [0,11 EP], respectivamente; p = 0,032). Foi encontrada associação entre os adolescentes com transtorno de ansiedade e um prejuízo no reconhecimento de faces de raiva (M= 3,1 + 1,13 DP vs. M= 2,5 + 1,12 DP; RC= 1,72; IC95% [1,02; 2,89]; p= 0,040). Por outro lado, os adolescentes com ansiedade apresentaram uma maior habilidade em nomear as faces neutras em comparação aos controles, 85% dos casos vs. 62,9% dos controles não cometeram nenhum erro ao nomear as faces neutras (RC= 3,46; IC95% [1,02; 11,74]; p=0,047). Não foram encontradas diferenças significativas nas outras emoções (felicidade, tristeza, nojo, surpresa, medo) da tarefa de reconhecimento facial. Conclusão: Embora os transtornos de ansiedade pareçam não prejudicar as principais funções cognitivas na adolescência, a ansiedade quando leve pode influenciar alguns processos na memória de trabalho. Nosso estudo econtrou diferenças significativas no reconhecimento facial entre adolescentes ansiosos e não ansiosos, apoiando modelos cognitivos atuais que demonstram a influência da ansiedade na detecção e/ou processamento de emoções. Nossos achados contribuem para a escassa literatura na área de ansiedade e neuropsicologia, realizado em uma amostra de origem comunitária, com uma avaliação diagnóstica psiquiátrica completa e extensa bateria de testes, possibilitando a avaliação de várias funções neuropsicológicas. / Objective: Anxiety disorders are amongst the most frequent psychiatric diagnosis in adolescence, they are associated with social impairment and possible cognitive deficits that could result in a poor academic performance. Since findings are inconsistent in this area, studies with the aim to investigate the neuropsychological profile of this patients are necessary. The aim of the present study is to evaluate the neuropsychological profile of adolescents with anxiety disorders (generalize anxiety disorder, separation anxiety disorder, social anxiety disorder and panic disorder), to non-anxious controls. Methods: Our sample was selected from a larger cross sectional community sample of adolescents, aged 10 to17 years from six different public schools in Porto Alegre. From the 68 participants, 41 had a current anxiety diagnosis and 27 were controls without any current anxiety diagnosis. Adolescents diagnostic status was assessed through a DSM-IV based semi-structured diagnostic interview (K-SADS-PL – Schedule for Affective Disorder and Schizophrenia for School-Age Children – Present and Lifetime Version. All adolescents underwent 3 sessions of a neuropsychological assessment, in their school, with a battery assessing attention, verbal episodic and working memory, visuoconstructive skills, executive functions, emotional processing and cognitive global functioning. Results: No differences were found in any neuropsychological tests regarding attention, verbal episodic memory, visuoconstructive skills, executive functions and cognitive global functioning. However, our data demonstrated that adolescents with mild anxiety had a better performance in the Digit Span backward (used to accesses working memory) than the others two groups (severe anxiety and controls), which did not differ among themselves (EMM = 2.3 [0.10 SE] vs. EMM = 2.1 [0.16 SE] vs. EMM = 1.9 [0.11 SE], respectively; p = 0.032). Anxious adolescents had a higher mean number of errors (M= 3.1 + 1.13 SD for cases vs. M= 2.5 + 1.12 SD for controls) in angry faces as compared to controls (OR=1.72; CI95% [1.02; 2.89]; p=0.040). However, they named neutral faces more correctly than control adolescents, 85% of cases vs. 62.9% of controls with no errors in neutral faces (OR=3.46; CI95% [1.02; 11.74]; p= 0.047). No differences were found in the other human emotions (sadness, disgust, happy, surprise and fear). Conclusion: Although anxiety disorders seem not to impair principal cognitive functions at adolescence, mild anxiety might enhance certain processes in working memory. Our study has demonstrated significant differences in facial recognition between anxious and non-anxious adolescents. Our study supports an anxiety-mediated influence in emotion detection and/or processing, consistent with some current cognitive models of anxiety. Our study was able to evaluate adolescents from a community sample with anxiety disorder diagnoses assessed by a well conducted clinical interview and a comprehensive battery of tests, enabling the evaluation of several neuropsychological functions adding important data to the sparse literature in this field.
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Melasma extra-facial : avaliação clínica, histopatológica e imuno-histoquímica em estudo caso-controleRitter, Clarice Gabardo January 2011 (has links)
Fundamentos: O melasma extra-facial é dermatose freqüente na prática clínica dermatológica. Apresenta características especiais em relação tanto aos aspectos clínicos como aos prováveis fatores etiopatogênicos. Existem poucos estudos direcionados a esta alteração da pigmentação, que têm se tornado um desafio no consultório dermatológico. Objetivo: Avaliar as características clínicas associadas melasma extra-facial. Comparar através de exame histopatológico e imuno-histoquímico as características morfofuncionais de biópsias de pele de melasma extra-facial com biópsias de pele não acometida. Métodos: Estudo de casos e controles com 45 pacientes em cada grupo, avaliando suas características clínicas. Dentro do grupo com melasma extra-facial 36 pacientes realizaram biópsia da lesão e da pele normal perilesional. Foram realizadas as colorações de HE e Fontana-Masson, e imuno-histoquímica para melanócitos e receptores de estrogênio nas amostras biopsiadas. A densidade de melanina na epiderme foi avaliada através da análise de fotomicrografias digitais por um programa computadorizado de análise de imagens. Resultados: No grupo com melasma a maioria das pacientes eram mulheres (88,9%) com idade média ± DP de 56,78 ± 8,5 anos, estando 84,4% delas em menopausa. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à presença de comorbidades, uso de medicações para tratamento destas ou uso de terapias hormonais. Nos pacientes com melasma extra-facial o histórico familiar desta dermatose bem como a presença atual ou prévia de melasma facial foi significativamente maior do que no grupo controle (p<0,001). A coloração pelo HE mostrou aumento da retificação e hiperpigmentação basal, da elastose solar e degeneração de colágeno na área de melasma (p<0,001). A coloração de Fontana-Masson identificou aumento significativo da densidade de melanina nas biópsias de melasma. A imuno-histoquímica com Melan-A não mostrou diferença entre os grupos e o marcador para receptor de estrogênio foi negativo nas biópsias estudadas. Conclusão: O melasma extra-facial parece estar relacionado à menopausa, história familiar e histórico pessoal de melasma facial. A hiperpigmentação evidenciada nas amostras é justificada pelo aumento da melanina. Contudo, a avaliação histopatológica revelou semelhante número de melanócitos entre os dois grupos, sugerindo que a hiperpigmentação seja, mais provavelmente, resultado de uma alteração na produção ou na característica bioquímica e distribuição da melanina produzida.
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Da dissociação à resiliência: a influência das experiências infantis no estilo de defesa em adultosGoi, Júlia Domingues January 2012 (has links)
Introdução: Muitos estudos têm confirmado a intrínseca relação das experiências na infância com o desenvolvimento do indivíduo, tanto em seus aspectos psicológicos, quanto em seus aspectos biológicos, estruturais e genéticos. Os mecanismos de defesa, a dissociação (como uma defesa primitiva) e a resiliência são medidas indiretas do desenvolvimento psicobiológico do ser humano. Entretanto, ainda existem resultados contraditórios e a forma como ocorre essa relação ainda não é completamente conhecida. Além disso, o estudo dessas interações pode ajudar a direcionar intervenções no sentido de minimizar os efeitos de traumas precoces bem como potencializar as defesas mais adaptadas, promovendo a resiliência e favorecendo um bom desenvolvimento da personalidade e do ego do indivíduo Método: Este trabalho refere-se aos resultados de um estudo transversal, em que 73 pacientes com indicação de psicoterapia psicodinâmica foram avaliados antes do início do tratamento, bem como 25 indivíduos saudáveis e resilientes, que estiveram expostos a um trauma maior segundo a definição do DSM-IV, mas não desenvolveram sintomatologia psiquiátrica. Os instrumentos aplicados a todos os participantes foram o CTQ (Childhood Trauma Questionnaire), o DSQ (Defensive Style Questionnaire) e a DES (Dissociative Experiences Scale). Ainda foram coletados 4mL de sangue de cada participante para a posterior dosagem de BDNF. Resultados: Os pacientes com indicação de PP apresentaram mais traumas na infância, uso maior de defesas imaturas, uso menor de defesas maduras, mais experiências dissociativas e maiores níveis de BDNF séricos. Além disso, foi encontrada correlação positiva entre o escore total da CTQ, abuso emocional, abuso físico, negligência emocional e negligência física com o fator imaturo do DSQ. Os escores da DES também tiveram correlação positiva com o fator imaturo, principalmente a fantasia autística, e com o abuso emocional. Houve correlação negativa do escore total da CTQ, do abuso emocional, abuso sexual e negligência emocional com o fator maduro. A única correlação do fator neurótico foi com a negligência física, positivamente. O BDNF correlacionou-se negativamente com o fator maduro e as defesas de supressão e antecipação. Discussão: Esses resultados estão, em sua maioria, de acordo com estudos prévios e contribuem para confirmar a importante influência das experiências de vida precoce na determinação do funcionamento mental e psicobiológico do indivíduo, o que pode acontecer através de alterações epigenéticas ou em estruturas cerebrais ou ainda na neurobiologia cerebral gerando maior ou menor adaptação aos eventos estressores da vida adulta, isto é, através da reação ao estresse e resiliência. / Introduction: Many studies have confirmed the close relationship of childhood experiences with the individual development in its psychological, genetic, structural and biological aspects. The defense mechanisms of the dissociation (as a primitive defense) and resiliency are indirect measures of psychobiological development of the human being. However, there are contradictory results and this relationship is still not fully known. Furthermore, the study of these interactions can help direct interventions to minimize the effects of early trauma and enhance the defenses, promoting resilience and fostering healthy development of individual personality and ego. Method: This study concerns to the results of a cross-sectional study in which 73 patients referred to psychodynamic psychotherapy were evaluated before treatment. Twenty-five healthy and resilient, who were exposed to a major trauma as defined by DSM-IV, but has not developed psychiatric symptoms, were also evaluated. The instruments applied to all the participants were the CTQ (Childhood Trauma Questionnaire), the DSQ (Defensive Style Questionnaire) and the DES (Dissociative Experiences Scale). In addition, it has been collected 4mL of blood from each participant for subsequent measurement of BDNF. Results: Patients referred to PP presented more childhood trauma, greater use of immature defenses, minor use of mature defenses, more dissociative experiences and higher levels of serum BDNF. Moreover, positive correlation was found between the total CTQ scores, emotional abuse, physical abuse, emotional neglect and physical neglect with the DSQ immature factor. The DES scores were also correlated with the immature factor, especially autistic fantasy, and emotional abuse. It has been demonstrated also negative correlation between the total CTQ scores, emotional abuse, sexual abuse and emotional neglect with the DSQ mature factor. Neurotic factor was only correlated with physical neglect, positively. BDNF was negatively correlated with the mature factor and the defenses of suppression and anticipation. Discussion: These results are mostly in agreement with previous studies and contribute to confirm the important influence of early life experiences in determining the individual psychobiological and mental functioning, which may occur through epigenetic changes in brain structures or even in brain neurobiology. These processes probably generate more or less adaptation to stressful events in adulthood, by mechanisms of reaction to stress and resilience.
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Alterações comportamentais de ansiedade e o papel dos receptores 5-HT4 da concha do núcleo accúmbens durante episódio compulsivo/compensatório de ingestão de alimentos em ratosBorges, Aline Caron 01 April 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Processos Psicológicos Básicos, 2011. / Submitted by Raquel Viana (tempestade_b@hotmail.com) on 2011-05-26T20:20:09Z
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2011_AlineCaronBorges.pdf: 578130 bytes, checksum: 0ed5b55621e5036feda5636c9fb9193f (MD5) / Made available in DSpace on 2011-05-26T23:36:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2011_AlineCaronBorges.pdf: 578130 bytes, checksum: 0ed5b55621e5036feda5636c9fb9193f (MD5) / Modelos animais de compulsão alimentar têm contribuído para o entendimento da etiologia desses distúrbios em humanos. Sabe-se que indivíduos com transtornos alimentares também apresentam elevados níveis de ansiedade e depressão. O modelo animal de intermitência é um modelo válido de compulsão, no entanto, pode gerar comportamentos de medo/ansiedade elevados nos animais, como mostrou nosso estudo piloto. O presente trabalho adaptou o modelo de compulsão gerado pela intermitência do acesso à gordura vegetal, retirando a variável isolamento social, e testou o efeito farmacológico da microinjeção bilateral de um agonista dos receptores 5-HT4, BIMU-8, em duas doses 0.1 e 5μg/02μL do núcleo accúmbens de ratos machos sobre esse comportamento. Verificou-se que ambas as doses reduzem o consumo de ração e que somente a maior dose diminui o consumo de gordura. Os animais submetidos ao protocolo apresentam significativamente mais comportamentos de avaliações de risco (imersão da cabeça) no labirinto em cruz elevado. Animais que receberam chocolate como alimento-teste não diferiram no consumo, mas ingeriram aproximadamente o dobro da quantidade se comparados aos que receberam gordura com açúcar. Sugere-se que os receptores 5-HT4 no núcleo accúmbens tem papel tanto na ingestão alimentar no seu componente homeostático como no comportamento compulsivo relacionado a ela. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Animal models for binge-eating behavior have contributed to understand the etiology of these disorders. Individuals with compulsion tend to have high levels of anxiety and depression. The intermittent-access animal model is a valid means to study compulsion, however, it can generate high fear/anxiety behaviors, as shown in the pilot study. The present study adapted the compulsion model generated by the intermittent access to vegetable shortening by removing the social isolation variable and tested the pharmacological effects of a bilateral microinjection of BIMU-8, a 5-HT4 agonist, in two doses (0.1 and 5μg/02μL), in the nucleus accumbens of male wistar rats submitted to this protocol. There was a reduced chow intake for both doses and shortening intake for the larger dose. The animals submitted to the protocol had significantly more risk assessment behaviors (head immersions) in the elevated plus maze. Animals that received chocolate instead of vegetable shortening did not differ in intake, but ate approximately twice as much as those that received sweetened shortening. The present study suggests that 5-HT4 receptors in the nucleus accumbens play a role both in food consumption and in the compulsive behavior related to it.
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Perfil neuropsicológico de adolescentes com transtornos de ansiedadeJarros, Rafaela Behs January 2011 (has links)
Objetivo: Os transtornos de ansiedade estão entre os mais prevalentes na infância e adolescência, estão associados a um prejuízo no desempenho social e a possíveis déficits cognitivos que levariam a um baixo rendimento escolar. Porém ainda são inconsistentes os achados nesta área, tornando-se necessários estudos que investiguem o perfil neuropsicológico desses pacientes. O presente estudo tem como objetivo avaliar o perfil neuropsicológico de adolescentes com diagnóstico de transtornos de ansiedade (transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade de separação, transtorno de ansiedade social e transtorno do pânico) e compará-los com controles. Métodos: Nossa amostra origina-se de um estudo transversal com uma amostra comunitária de adolescentes, de idade entre 10 a 17 anos, provenientes de seis escolas públicas pertencentes à área de captação da Unidade Básica de Saúde do HCPA. Dentre os 68 participantes, 41 tinham diagnóstico de transtorno de ansiedade e 27 controles sem ansiedade, avaliados segundo os critérios do DSM-IV, através da “Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children-Present and Lifetime Version” (K-SADS-PL). Todos os adolescentes participaram de 3 sessões de avaliação neuropsicológica em suas escolas, com uma extensa bateria referente às seguintes funções cognitivas: atenção, memória de trabalho, memória verbal semântico-episódica, praxia visuoconstrutiva, funções executivas, processamento emocional e inteligência. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas nos testes neuropsicológicos que avaliavam as seguintes funções: atenção, memória verbal semântico-episódica, praxia visuoconstrutiva, funções executivas e inteligência. Entretanto, os adolescentes com ansiedade leve apresentaram um melhor desempenho no teste Span Verbal de Dígitos ordem inversa, utilizado na avaliação de memória de trabalho, em comparação aos sujeitos com ansiedade grave e aos controles, que não diferiram entre si (EMM = 2,3 [0,10 EP] vs. EMM = 2,1 [0,16 EP] vs. EMM = 1,9 [0,11 EP], respectivamente; p = 0,032). Foi encontrada associação entre os adolescentes com transtorno de ansiedade e um prejuízo no reconhecimento de faces de raiva (M= 3,1 + 1,13 DP vs. M= 2,5 + 1,12 DP; RC= 1,72; IC95% [1,02; 2,89]; p= 0,040). Por outro lado, os adolescentes com ansiedade apresentaram uma maior habilidade em nomear as faces neutras em comparação aos controles, 85% dos casos vs. 62,9% dos controles não cometeram nenhum erro ao nomear as faces neutras (RC= 3,46; IC95% [1,02; 11,74]; p=0,047). Não foram encontradas diferenças significativas nas outras emoções (felicidade, tristeza, nojo, surpresa, medo) da tarefa de reconhecimento facial. Conclusão: Embora os transtornos de ansiedade pareçam não prejudicar as principais funções cognitivas na adolescência, a ansiedade quando leve pode influenciar alguns processos na memória de trabalho. Nosso estudo econtrou diferenças significativas no reconhecimento facial entre adolescentes ansiosos e não ansiosos, apoiando modelos cognitivos atuais que demonstram a influência da ansiedade na detecção e/ou processamento de emoções. Nossos achados contribuem para a escassa literatura na área de ansiedade e neuropsicologia, realizado em uma amostra de origem comunitária, com uma avaliação diagnóstica psiquiátrica completa e extensa bateria de testes, possibilitando a avaliação de várias funções neuropsicológicas. / Objective: Anxiety disorders are amongst the most frequent psychiatric diagnosis in adolescence, they are associated with social impairment and possible cognitive deficits that could result in a poor academic performance. Since findings are inconsistent in this area, studies with the aim to investigate the neuropsychological profile of this patients are necessary. The aim of the present study is to evaluate the neuropsychological profile of adolescents with anxiety disorders (generalize anxiety disorder, separation anxiety disorder, social anxiety disorder and panic disorder), to non-anxious controls. Methods: Our sample was selected from a larger cross sectional community sample of adolescents, aged 10 to17 years from six different public schools in Porto Alegre. From the 68 participants, 41 had a current anxiety diagnosis and 27 were controls without any current anxiety diagnosis. Adolescents diagnostic status was assessed through a DSM-IV based semi-structured diagnostic interview (K-SADS-PL – Schedule for Affective Disorder and Schizophrenia for School-Age Children – Present and Lifetime Version. All adolescents underwent 3 sessions of a neuropsychological assessment, in their school, with a battery assessing attention, verbal episodic and working memory, visuoconstructive skills, executive functions, emotional processing and cognitive global functioning. Results: No differences were found in any neuropsychological tests regarding attention, verbal episodic memory, visuoconstructive skills, executive functions and cognitive global functioning. However, our data demonstrated that adolescents with mild anxiety had a better performance in the Digit Span backward (used to accesses working memory) than the others two groups (severe anxiety and controls), which did not differ among themselves (EMM = 2.3 [0.10 SE] vs. EMM = 2.1 [0.16 SE] vs. EMM = 1.9 [0.11 SE], respectively; p = 0.032). Anxious adolescents had a higher mean number of errors (M= 3.1 + 1.13 SD for cases vs. M= 2.5 + 1.12 SD for controls) in angry faces as compared to controls (OR=1.72; CI95% [1.02; 2.89]; p=0.040). However, they named neutral faces more correctly than control adolescents, 85% of cases vs. 62.9% of controls with no errors in neutral faces (OR=3.46; CI95% [1.02; 11.74]; p= 0.047). No differences were found in the other human emotions (sadness, disgust, happy, surprise and fear). Conclusion: Although anxiety disorders seem not to impair principal cognitive functions at adolescence, mild anxiety might enhance certain processes in working memory. Our study has demonstrated significant differences in facial recognition between anxious and non-anxious adolescents. Our study supports an anxiety-mediated influence in emotion detection and/or processing, consistent with some current cognitive models of anxiety. Our study was able to evaluate adolescents from a community sample with anxiety disorder diagnoses assessed by a well conducted clinical interview and a comprehensive battery of tests, enabling the evaluation of several neuropsychological functions adding important data to the sparse literature in this field.
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Da dissociação à resiliência: a influência das experiências infantis no estilo de defesa em adultosGoi, Júlia Domingues January 2012 (has links)
Introdução: Muitos estudos têm confirmado a intrínseca relação das experiências na infância com o desenvolvimento do indivíduo, tanto em seus aspectos psicológicos, quanto em seus aspectos biológicos, estruturais e genéticos. Os mecanismos de defesa, a dissociação (como uma defesa primitiva) e a resiliência são medidas indiretas do desenvolvimento psicobiológico do ser humano. Entretanto, ainda existem resultados contraditórios e a forma como ocorre essa relação ainda não é completamente conhecida. Além disso, o estudo dessas interações pode ajudar a direcionar intervenções no sentido de minimizar os efeitos de traumas precoces bem como potencializar as defesas mais adaptadas, promovendo a resiliência e favorecendo um bom desenvolvimento da personalidade e do ego do indivíduo Método: Este trabalho refere-se aos resultados de um estudo transversal, em que 73 pacientes com indicação de psicoterapia psicodinâmica foram avaliados antes do início do tratamento, bem como 25 indivíduos saudáveis e resilientes, que estiveram expostos a um trauma maior segundo a definição do DSM-IV, mas não desenvolveram sintomatologia psiquiátrica. Os instrumentos aplicados a todos os participantes foram o CTQ (Childhood Trauma Questionnaire), o DSQ (Defensive Style Questionnaire) e a DES (Dissociative Experiences Scale). Ainda foram coletados 4mL de sangue de cada participante para a posterior dosagem de BDNF. Resultados: Os pacientes com indicação de PP apresentaram mais traumas na infância, uso maior de defesas imaturas, uso menor de defesas maduras, mais experiências dissociativas e maiores níveis de BDNF séricos. Além disso, foi encontrada correlação positiva entre o escore total da CTQ, abuso emocional, abuso físico, negligência emocional e negligência física com o fator imaturo do DSQ. Os escores da DES também tiveram correlação positiva com o fator imaturo, principalmente a fantasia autística, e com o abuso emocional. Houve correlação negativa do escore total da CTQ, do abuso emocional, abuso sexual e negligência emocional com o fator maduro. A única correlação do fator neurótico foi com a negligência física, positivamente. O BDNF correlacionou-se negativamente com o fator maduro e as defesas de supressão e antecipação. Discussão: Esses resultados estão, em sua maioria, de acordo com estudos prévios e contribuem para confirmar a importante influência das experiências de vida precoce na determinação do funcionamento mental e psicobiológico do indivíduo, o que pode acontecer através de alterações epigenéticas ou em estruturas cerebrais ou ainda na neurobiologia cerebral gerando maior ou menor adaptação aos eventos estressores da vida adulta, isto é, através da reação ao estresse e resiliência. / Introduction: Many studies have confirmed the close relationship of childhood experiences with the individual development in its psychological, genetic, structural and biological aspects. The defense mechanisms of the dissociation (as a primitive defense) and resiliency are indirect measures of psychobiological development of the human being. However, there are contradictory results and this relationship is still not fully known. Furthermore, the study of these interactions can help direct interventions to minimize the effects of early trauma and enhance the defenses, promoting resilience and fostering healthy development of individual personality and ego. Method: This study concerns to the results of a cross-sectional study in which 73 patients referred to psychodynamic psychotherapy were evaluated before treatment. Twenty-five healthy and resilient, who were exposed to a major trauma as defined by DSM-IV, but has not developed psychiatric symptoms, were also evaluated. The instruments applied to all the participants were the CTQ (Childhood Trauma Questionnaire), the DSQ (Defensive Style Questionnaire) and the DES (Dissociative Experiences Scale). In addition, it has been collected 4mL of blood from each participant for subsequent measurement of BDNF. Results: Patients referred to PP presented more childhood trauma, greater use of immature defenses, minor use of mature defenses, more dissociative experiences and higher levels of serum BDNF. Moreover, positive correlation was found between the total CTQ scores, emotional abuse, physical abuse, emotional neglect and physical neglect with the DSQ immature factor. The DES scores were also correlated with the immature factor, especially autistic fantasy, and emotional abuse. It has been demonstrated also negative correlation between the total CTQ scores, emotional abuse, sexual abuse and emotional neglect with the DSQ mature factor. Neurotic factor was only correlated with physical neglect, positively. BDNF was negatively correlated with the mature factor and the defenses of suppression and anticipation. Discussion: These results are mostly in agreement with previous studies and contribute to confirm the important influence of early life experiences in determining the individual psychobiological and mental functioning, which may occur through epigenetic changes in brain structures or even in brain neurobiology. These processes probably generate more or less adaptation to stressful events in adulthood, by mechanisms of reaction to stress and resilience.
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Comorbidade entre transtorno de humor bipolar e transtornos alimentaresFranco, Matilde Birmann Dorfman January 2006 (has links)
Esta dissertação está desenvolvida de forma a serem apresentados dois artigos científicos. Inicialmente, é apresentada uma revisão bibliográfica a respeito do assunto. Após a revisão bibliográfica, são expostas as justificativas para que fosse realizada a presente dissertação e, a seguir, os objetivos do trabalho. Na seqüência, apresentam-se os dois artigos. O primeiro artigo apresenta achados referentes ao diagnóstico da comorbidade em questão. Neste artigo, discute-se a prevalência da comorbidade nesta amostra e os dois instrumentos utilizados para o diagnóstico de transtornos alimentares, avaliando-se a concordância entre ambos. Este artigo mostrou que a prevalência de transtornos alimentares em amostra de pacientes com transtorno de humor bipolar é superior à prevalência encontrada na população geral, especialmente quando se incluem formas mais brandas e atípicas de transtornos alimentares. Também verificou-se que a concordância entre os dois instrumentos utilizados no diagnóstico dos transtornos alimentares é moderada, tendo-se obtido o índice kappa de 0,42. A seguir, o segundo artigo compara a Qualidade de Vida entre os dois grupos - Transtorno de Humor Bipolar sem comorbidade ou com comorbidade com os Transtornos Alimentares - e aborda a questão dos transtornos alimentares subsindrômicos e sua interferência na Qualidade de Vida. Este trabalho mostrou que existe um prejuízo na Qualidade de Vida daqueles pacientes que apresentam a comorbidade em relação aos que não apresentam, mesmo quando os transtornos alimentares são incompletos ou atípicos. Finalizando a dissertação, conclui-se pela importância do tema e da investigação de quadros de transtornos alimentares em pacientes com transtorno de humor bipolar, já que a prevalência desta comorbidade não é pequena. Além disso, o tema assume relevância em função da possibilidade de melhora na Qualidade de Vida dos pacientes com transtorno de humor bipolar ao serem investigados e tratados, quando presentes, também os transtornos alimentares. Também se conclui pela necessidade da utilização de métodos diagnósticos sensíveis e específicos aos transtornos alimentares, sejam eles entrevistas estruturadas ou avaliações clínicas, e que incluam também o diagnóstico de transtornos alimentares parciais e atípicos. Além disso, enfatiza-se a importância de que mais pesquisas a respeito do tema sigam sendo desenvolvidas.
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Características clínicas da associação entre depressão e dependência de álcoolPereira, Reginete Cavalcanti 07 December 2012 (has links)
Submitted by João Arthur Martins (joao.arthur@ufpe.br) on 2015-04-08T18:44:59Z
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Previous issue date: 2012-12-07 / Objetivos: Determinar prevalência, características clínicas e sociodemográficas da associação
entre depressão e dependência de álcool em uma população da área metropolitana do Recife.
Sujeitos e Métodos: O corpus da pesquisa foi delimitado por revisão integrativa adotando o
método de Torraco e Whittemore, questionando a relação entre alcoolismo e depressão e as
evidências para afirmar a existência de um subtipo sindrômico de depressão relacionada ao
alcoolismo. Foram admitidos como critérios de inclusão: artigos publicados em português,
inglês, espanhol ou francês, com resumos disponíveis em quatro bases de dados, publicados
entre 1981 e 2012, com metodologia possibilitando obter evidências fortes (níveis I, II e III),
A partir de quadro demonstrativo das evidências de 765 resumos, foram selecionados 42
artigos completos que compuseram a revisão. Adicionalmente, foi realizado estudo descritivo,
tipo inquérito de base populacional-territorial, de corte transversal, na comunidade Córrego da
Fortuna, situada no bairro de Dois Irmãos em Recife, adscrita à Unidade de Saúde da Família,
- Distrito Sanitário III, a partir de amostragem aleatória, admitindo como critérios de inclusão:
residir na comunidade, faixa etária de 18 a 59 anos, boa compreensão do idioma português
falado no Brasil, e aceitar participar do estudo assinando o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. A pesquisa foi realizada em duas etapas. Na primeira, foram colhidos dados
sociodemográficos de 332 residentes, em protocolo desta pesquisa, assim como as
informações relativas ao consumo de álcool (pelo Alcohol Use Disorder Identification Test -
AUDIT) e aos transtornos mentais comuns (com o Self Reporting Questionnaire - SRQ-20),
com o objetivo de determinar a frequência da associação entre transtornos mentais comuns e
dependência de álcool. Na segunda etapa, foram incluídos os 84 residentes classificados nas
categorias II, III ou IV do AUDIT, com o objetivo de descrever as características clínicas da
dependência do álcool e da depressão, empregando o Inventário de Depressão de Beck e o
questionário Genacis, para caracterização do consumo de álcool. Resultados: Na revisão
integrativa, ficou evidenciada a necessidade de pesquisas detalhando a ingestão de álcool, para
que essa caracterização possa auxiliar o diagnóstico da associação entre alcoolismo e
depressão, já que essas morbidades se inter-relacionam, uma agravando a outra. No primeiro
artigo, constatou-se que 88,0% faziam uso de álcool e haviam iniciado a ingestão em média na
idade de 16,7 ± 3,9 anos. Foi identificado problema com alcoolismo na família de 135 (40,7%)
sujeitos predominantemente em ascendentes (pai, mãe, tios, tias ou avós) e contemporâneos
(irmãos, primos e cunhados). Classificados pelo AUDIT, os percentuais de zonas de risco
foram 43,8%, 31,7%, 24,5%, respectivamente para as zonas I, II e III ou IV, havendo
predomínio de sintomas depressivos, avaliados pelo SRQ-20. Na segunda etapa, constatou-se
que dentre os 84 moradores alcoolistas nas zonas de risco II a IV do AUDIT, o percentual de
depressão igualou-se a 40,48% e se caracterizou por sintomas e sinais que permitiram enunciar
a hipótese de uma associação entre depressão e alcoolismo. Conclusões: Considerando a
metodologia empregada neste estudo, parece plausível admitir uma associação entre depressão
e alcoolismo com características clínicas comuns.
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Cetose e hipocalcemia em vacas leiteiras e a correlação com a mastite.SPADETTO, R. M. 25 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-25 / A pecuária leiteira é importante atividade no agronegócio brasileiro, gera
alimento e renda para a população, seu crescimento ocorre por meio da
intensificação dos sistemas de produção e do melhoramento genético, objetivando maiores lucros e menores custos, no entanto esse aumento produtivo elevou também o risco de transtornos metabólicos. O objetivo do trabalho foi correlacionar quadros subclínicos de hipocalcemia e de cetose com a mastite em vacas leiteiras mestiças na região do Caparaó, estado do Espírito Santo. Foram utilizadas vacas mestiças (Holandês x Zebu) em diferentes fases produtivas procedentes de 34 propriedades localizadas em sete municípios da região do Caparaó Capixaba. Foi realizado o diagnóstico de mastite clínica e subclínica por meio dos testes de caneca de fundo preto e California Mastitis Test respectivamente. A amostra de sangue foicoletada por meio de punção da veia ou artéria coccígea em tubos de coleta a vácuosem anticoagulante, a dosagem de glicose foi realizada com o sangue total em glicosímetro portátil Optium Xceed®. As concentrações séricas de β-hidroxibutirato, ácidos graxos não esterificados, triglicerídeos, colesterol e cálcio foram realizadas em analisador bioquímico automático. As análises estatísticas foram realizadas no programa Statistical Analysis System (SAS) versão 8.0 e no programa OpenEpi. Foi encontrado elevada ocorrência de mastite clínica (4,85 %), mastite subclínica (44,50%), cetose subclínica (34,20 %) e hipocalcemia subclinica (29,89 %) na microrregiãodo Caparaó Capixaba. Não foi encontrado correlação entre cetose bovina e a mastite, no entanto a hipocalcemia elevou em 2,72 vezes a probabilidade de vacassofrerem com quadros de mastite.
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Estudo cefalometrico em pacientes com disturbios ventilatorios obstrutivos do sonoFaria, Ana Celia 15 February 2002 (has links)
Orientador : Jorge Rizzato Paschoal / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-01T12:41:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2002 / Resumo: O objetivo deste trabalho foi estudar aspectos cefalométricos de pacientes com diagnóstico de distúrbios ventilatórios obstrutivos do sono, identificar as características craniofaciais potencialmente predisponentes aos mesmos, e estabelecer correlação com a severidade desses distúrbios. Participaram 46 pacientes do sexo masculino, previamente submetidos a exame de polissonografia para diagnóstico do distúrbio do sono. Foram tomadas telerradiografias de perfil de todos os pacientes, sobre as quais procedeu-se análise cefalométrica que permitiu avaliar as posições de partes ósseas (maxila, mandíbula e osso hióide) e tecidos moles (palato mole, raiz da língua e parede posterior da faringe). Os traçados cefalométricos foram estudados quanto a medidas lineares e angulares significativas para avaliação das vias aéreas superiores. Para correlação entre os resultados cefalométricos e polissonográficos, de forma a permitir análise estatística, os pacientes foram divididos em três grupos: Saos acentuada (Grupo 1), Saos leve e moderada (Grupo 2) e roncopatia (Grupo 3). As variações anatômicas mais observadas relacionaram-se a aumento no comprimento do palato mole, posicionamento rebaixado do osso hióide e tendência a crescimento vertical excessivo. Essas alterações cefalométricas reforçam a utilidade da cefalometria na rotina do planejamento terapêutico de pacientes com distúrbios ventilatórios obstrutivos do sono. Não foi possível demonstrar uma correlação entre parâmetros cefalométricos e severidade destes distúrbios / Abstract: The objectives of this work were to study cephalometric abnormalities in patients with sleep-disorderd breathing and to establishpossible correlations between these abnormalities and the severity of the sleep disorders. Forty-six male adult patients were enrolIed in the study. Lateral cephalometric roentgenograms were obtained for alI patients. A cephalometric analysis was carried out to assess position of the skeletal elements (maxilla, mandible and hyoid bone) and soft tissues (soft palate, base of tongue and posterior pharyngeal walI). Cephalometric tracings were performed as for linear measurements and significant angles for evaluation of the upper airway. Patients were divided into three groups of severity of the sleep disorders based on the polysomnographic results: severe OSAS (Group 1), mild and moderate OSAS (Group 2) and snoring (Group 3). This was done in order to obtain correlation between cephalometric results and clinical symptoms and to carry out statistical analysis.The anatomic changes more frequently found were the increased length of the soft palate, the inferiorly positioned hyoid bone and a tendency toward excessive vertical facial growth. The cephalometric changes observed support the usefulness of cephalometry in therapeutic planning of these patients. A definite correlation between cephalometric parameters and the severity of the sleep disorders could not be demonstrated. / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
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