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Amamentação em mulheres que trabalham: o não trabalho no trabalho / Breast feeding and workMedeiros, Ivany Yara de 16 August 2006 (has links)
Versa sobre as relações da mulher que trabalha com a amamentação culminando com uma pesquisa de campo que procura ouvir as muilheres em sua realidade objetiva, à parte da lógica sanitária e da lógica laboral. Objetivo- Avaliar as dificuldades e disponibilidade para amamentação em mulheres que trabalham através de suas representações sociais. Método- Foram pesquisados dois grupos de mulheres que trabalham com filhos entre 4 e 24 meses de idade, através de um questionário semi-estruturado gravado em fita-magnética. A partir das respostas, foram selecionadas as representações sociais das mães referentes aos diferentes tópicos das perguntas utilizando-se o método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Em seqüência foram elaborados os Discursos do Sujeito Coletivo globais que, em seguida, foram divididos formando dois novos DSCs de acordo com os dois gurpo em questão. Resultados- foram entrevistadas 54 mulheres divididas entre menor e maior renda, sendo comparados os DSCs relativos a esses extratos. Os dados quantitativos mais significativos foram os que demonstraram que, quanto maior o nível profisional da mulher (executivas e profissionais liberais) mais cedo retorna ao trablaho (uma média de 3,3 e 3,5 meses após o parto). As semi-graduadas - que têm, normalmente, proteção legal (CLT) e cobertura das empresas, retornam após 5,4 meses. Já as não graduadas (trabalhadoras mais simples) retornam após 4,4meses em média. Com relação aos dados qualitativos os DSCs mais representativos foram: a) os que demonstraram a importância do trablaho na vida dessas mulheres. "trabalha por satisfação pessoal" 34,62%; "Não consegue imaginar a vida sem trabalho": 32,3% e b)como enxergam a amamentação: "Toda mulher tem que amamentar porque é bom para a saúde do bebê : 38,82%; "É complicado amamentar por causa dos horários das mamadas e distância do serviço": 25,29%; "Acha errado, um absurdo as mulheres que não amamentam seus filhos": 22,58%. Conclusões As mulheres entrevistadas têm uma boa noção sobre os valores da amamentação e são, em seus discursos, favoráveis a sua prática. Quanto ao trabalho, é encarado de forma intensa e satisfatória. Existe um reconhecimento das dificuldades em conciliar os dois papéis e, no caso de optar, acabam abrindo mão de uma amamentação mais plena ou prolongada. / Introduction - This paper studies the relationship between the working woman and the act of breast feeding, leading to a field research that endeavours to really listen to that woman in her own words, apart from the sanitary and the labor rationales. Objective - It reckons the difficulties and the availability of working women for breast feeding through their social representations. Method - Two groups of working women were researched. They all had children from 4 to 24 month old. This was done through taped answers to a semi-structured questionnaire. The method of the Collective Subject Discourse (CSD) was used to extract from the mothers' answers their social representations on the different items on the questionnaire. Then, global CSDs were constructed for every question. Those CSDs were later split in two, one for each group of women. Results - Fifty four women were interviewed being split in two groups according to family income. Out of those, 27 were higher income and 27 were lower income. The group discourses were then compared. The quantitative findings of most significance have shown that the higher the woman's professional level (executives and liberal professionals) the sooner she went back to work (3.3 and 3.5 months after delivery). Those in middle range positions took the longest to return to work (5.4 months). They usually have full protection of the labor laws and statutory corporate practices. The unskilled workers return to the workplace in 4.4 months in average. As to the qualitative findings, the most meaningful discourses were: a) those emphasizing the importance of work in the women lives: I work for personal satisfaction: 34.62%; I can't imagine life without work: 32.35%; and b) how they view breast feeding: Every woman has to breast feed because it is good for the baby's health: 38.82% ; Breast feeding is tough because the baby's meals schedule is incompatible with the distances between home and work:25.29%; I think it is wrong, an absurd for women not to breast feed their children: 22.58%. Conclusions - The researched women are well aware of breast feeding values and are, in their discourses, wholly favorable to the practice. Work is also viewed in an intense and satisfactory way. But they perceive the difficulties in conciliating the two roles and, if forced to choose, the will opt for relinquishing an extended period of breast feeding.
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Amamentação em mulheres que trabalham: o não trabalho no trabalho / Breast feeding and workIvany Yara de Medeiros 16 August 2006 (has links)
Versa sobre as relações da mulher que trabalha com a amamentação culminando com uma pesquisa de campo que procura ouvir as muilheres em sua realidade objetiva, à parte da lógica sanitária e da lógica laboral. Objetivo- Avaliar as dificuldades e disponibilidade para amamentação em mulheres que trabalham através de suas representações sociais. Método- Foram pesquisados dois grupos de mulheres que trabalham com filhos entre 4 e 24 meses de idade, através de um questionário semi-estruturado gravado em fita-magnética. A partir das respostas, foram selecionadas as representações sociais das mães referentes aos diferentes tópicos das perguntas utilizando-se o método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Em seqüência foram elaborados os Discursos do Sujeito Coletivo globais que, em seguida, foram divididos formando dois novos DSCs de acordo com os dois gurpo em questão. Resultados- foram entrevistadas 54 mulheres divididas entre menor e maior renda, sendo comparados os DSCs relativos a esses extratos. Os dados quantitativos mais significativos foram os que demonstraram que, quanto maior o nível profisional da mulher (executivas e profissionais liberais) mais cedo retorna ao trablaho (uma média de 3,3 e 3,5 meses após o parto). As semi-graduadas - que têm, normalmente, proteção legal (CLT) e cobertura das empresas, retornam após 5,4 meses. Já as não graduadas (trabalhadoras mais simples) retornam após 4,4meses em média. Com relação aos dados qualitativos os DSCs mais representativos foram: a) os que demonstraram a importância do trablaho na vida dessas mulheres. "trabalha por satisfação pessoal" 34,62%; "Não consegue imaginar a vida sem trabalho": 32,3% e b)como enxergam a amamentação: "Toda mulher tem que amamentar porque é bom para a saúde do bebê : 38,82%; "É complicado amamentar por causa dos horários das mamadas e distância do serviço": 25,29%; "Acha errado, um absurdo as mulheres que não amamentam seus filhos": 22,58%. Conclusões As mulheres entrevistadas têm uma boa noção sobre os valores da amamentação e são, em seus discursos, favoráveis a sua prática. Quanto ao trabalho, é encarado de forma intensa e satisfatória. Existe um reconhecimento das dificuldades em conciliar os dois papéis e, no caso de optar, acabam abrindo mão de uma amamentação mais plena ou prolongada. / Introduction - This paper studies the relationship between the working woman and the act of breast feeding, leading to a field research that endeavours to really listen to that woman in her own words, apart from the sanitary and the labor rationales. Objective - It reckons the difficulties and the availability of working women for breast feeding through their social representations. Method - Two groups of working women were researched. They all had children from 4 to 24 month old. This was done through taped answers to a semi-structured questionnaire. The method of the Collective Subject Discourse (CSD) was used to extract from the mothers' answers their social representations on the different items on the questionnaire. Then, global CSDs were constructed for every question. Those CSDs were later split in two, one for each group of women. Results - Fifty four women were interviewed being split in two groups according to family income. Out of those, 27 were higher income and 27 were lower income. The group discourses were then compared. The quantitative findings of most significance have shown that the higher the woman's professional level (executives and liberal professionals) the sooner she went back to work (3.3 and 3.5 months after delivery). Those in middle range positions took the longest to return to work (5.4 months). They usually have full protection of the labor laws and statutory corporate practices. The unskilled workers return to the workplace in 4.4 months in average. As to the qualitative findings, the most meaningful discourses were: a) those emphasizing the importance of work in the women lives: I work for personal satisfaction: 34.62%; I can't imagine life without work: 32.35%; and b) how they view breast feeding: Every woman has to breast feed because it is good for the baby's health: 38.82% ; Breast feeding is tough because the baby's meals schedule is incompatible with the distances between home and work:25.29%; I think it is wrong, an absurd for women not to breast feed their children: 22.58%. Conclusions - The researched women are well aware of breast feeding values and are, in their discourses, wholly favorable to the practice. Work is also viewed in an intense and satisfactory way. But they perceive the difficulties in conciliating the two roles and, if forced to choose, the will opt for relinquishing an extended period of breast feeding.
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En ny kvinna eller en dubbel slavinna : En studie om arbetarkvinnan under mellankrigstiden ur ett kommunistiskt perspektiv / A new woman or a double female slave : A studie of the working woman during the interwar years from a Communist perpectiveBerntsson, Susanne January 2010 (has links)
<p>This essay is about the Swedish working woman in the early 1930s. The empirical data consists mainly of Arbetarkvinnornas Tidning (AKT), a Swedish Communist magazine which was launched in December 1929. A qualitative discourse method has been used. Texts, articles, letters to the editor and reports about social conditions in Sweden and Soviet during the years 1929-1932 has been examined. Soviet women models and ideal types are compared with the image of the Swedish working woman. How was the Swedish working woman and her everyday life presented out of a Communist perspective? How was the Soviet woman ideal imaged? Was the Soviet ideal determinative for the Swedish communism?</p> / <p>Denna uppsats handlar om den svenska arbetarkvinnan under det tidiga 1930-talet. Empiriska materialet består huvudsakligen av Arbetarkvinnornas Tidning (AKT), en svensk kommunistisk tidskrift som startades i december 1929. En kvalitativ diskursiv metod har använts. Texter, artiklar, insändare och reportage som handlar om svenska och sovjetiska förhållanden under åren 1929-1932 har undersökts. Kvinnliga sovjetiska förebilder och idealtyper jämförs med bilden av den svenska arbetarkvinnan. Hur framställdes den svenska arbetarkvinnan och hur såg hennes vardagsliv ut ur ett kommunistiskt perspektiv? Hur såg den kvinnliga sovjetiska idealbilden ut? Var de sovjetiska idealen styrande för den svenska kommunismen?</p>
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En ny kvinna eller en dubbel slavinna : En studie om arbetarkvinnan under mellankrigstiden ur ett kommunistiskt perspektiv / A new woman or a double female slave : A studie of the working woman during the interwar years from a Communist perpectiveBerntsson, Susanne January 2010 (has links)
This essay is about the Swedish working woman in the early 1930s. The empirical data consists mainly of Arbetarkvinnornas Tidning (AKT), a Swedish Communist magazine which was launched in December 1929. A qualitative discourse method has been used. Texts, articles, letters to the editor and reports about social conditions in Sweden and Soviet during the years 1929-1932 has been examined. Soviet women models and ideal types are compared with the image of the Swedish working woman. How was the Swedish working woman and her everyday life presented out of a Communist perspective? How was the Soviet woman ideal imaged? Was the Soviet ideal determinative for the Swedish communism? / Denna uppsats handlar om den svenska arbetarkvinnan under det tidiga 1930-talet. Empiriska materialet består huvudsakligen av Arbetarkvinnornas Tidning (AKT), en svensk kommunistisk tidskrift som startades i december 1929. En kvalitativ diskursiv metod har använts. Texter, artiklar, insändare och reportage som handlar om svenska och sovjetiska förhållanden under åren 1929-1932 har undersökts. Kvinnliga sovjetiska förebilder och idealtyper jämförs med bilden av den svenska arbetarkvinnan. Hur framställdes den svenska arbetarkvinnan och hur såg hennes vardagsliv ut ur ett kommunistiskt perspektiv? Hur såg den kvinnliga sovjetiska idealbilden ut? Var de sovjetiska idealen styrande för den svenska kommunismen?
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重塑勞動女性:詹姆斯、艾倫與理察森小說中的身體與公共空間 / Refiguring the working woman: body and public space in Henry James, Grant Allen, and Dorothy Richardson葉雅茹, Yeh,Ya Ju Unknown Date (has links)
本論文以女性主義學者葛洛茲的身體理論為主軸,旨在探索詹姆斯、艾倫及理察森三位作家作品中的勞動女性,如何挪用新興的都市公共空間,形塑及展現個人獨特的身體能動性。十九世紀晚期的倫敦市景最顯著的改變莫過於如雨後春筍般四處林立的公共空間,例如藝廊、俱樂部、餐廳、茶室、百貨公司等等,因此女性進入各種公共空間的機會或頻率皆日趨增加。除了以消費活動為主的中上階級女性之外,愈來愈多的女性進入都市公共空間的原因是來自於工作謀生,以期在都市中獨立生活。這些勞動女性,相異於中上階級女性,並無經濟優勢亦無階級優勢,他們的身體往往面對性別與階級雙重社會論述的宰制與規範,然而在此雙重論述力量之下,經由勞動女性的舉動表現,反而愈見身體原有的抵抗、挪用、操演等種種潛力,使我們得以觀察省思身體如何運作與適應外在空間。以葛洛茲的身體概念為中心,本論文嘗試提問如下:首先,探究當代社會論述力量如何介入女性身體的形成?其次,都市公共空間的特質如何與此身體相互作用?而這些女性身體又如何在此空間中發展其能動性?本論文分為三章:第一章分析詹姆斯《卡薩瑪斯瑪公主》中女店員的展示身體;第二章發掘艾倫《打字機女孩》中女職員的勞動身體;第三章討論理察森《歷程》中勞動女性的進食身體經驗。經由檢視這些勞動女性身體和都市公共空間的積極互動關係,本論文認為,縱使勞動女性的身體,雖然總是受到性別與階級等社會意識型態所銘刻或支配,她們的身體仍舊存在著「既有」的主體性,在流動變幻的都市公共空間特質中,展現了與眾不同的能動性。 / This dissertation aims to explore how working women take advantage of urban public space and develop specific bodily experiences in Henry James, Grant Allen, and Dorothy Richardson’s novels. The booming public spaces of fin-de-siècle London, including galleries, clubs, restaurants, teashops, and department stores—all served as new spaces which gave urban women to access a public life. Working women, who entered those public places for employment, directly encountered the conventional masculine codes and discourses with regard to the real difficulties of independent lives in the city. However, their social and economic disadvantage, at a more profound level, reflects the complex social reality and bodily experiences as well as reinforces volatile urban space where working women are involved and perceived. This complicity and volatility is, in fact, characteristic of the late Victorian working heroine’s new participation in the labor market. Centering Grosz’s concept, this study is structured into three chapters: the first chapter analyzes the displaying body and the department store in Henry James’s The Princess Casamassima; the second chapter deals with the laboring body and the office in Grant Allen’ The Type-Writer Girl; the third chapter discusses the consuming body and the dining places in Dorothy Richardson’s Pilgrimage. By asserting a positive relationship between the body and the public space from the feminist perspective, this study proposes that, while social discourses, mostly permeated with dominant oppressive powers and ideologies, give strict constraints to the working women, their bodies still acquire certain agencies to transform public places into a place for their ways of experience and appropriation.
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A escrita da mulher trabalhadora na imprensa operária brasileira da República Velha : a luta contra o enclausuramento e o preconceito linguísticoBoenavides, Débora Luciene Porto January 2018 (has links)
Questa tesi, che ha come base teorica la sociolinguistica storica, analizza il modo come la scrittura delle donne lavoratrici nella stampa operaia brasiliana della Prima Repubblica – República Velha (1889-1930) ha costituito un prodotto della realtà del tempo come pure ha inciso su quella realtà. A tale fine, si osservano le basi materiali nelle quali le lavoratrici di quel periodo storico operavano, cercando di descrivere il modo di produzione, i rapporti di produzione, i rapporti sociali nonché i vari ruoli sociali che quelle donne occupavano. Per primo è analizzato il confinamento di voci e idee come forma di politica linguistica imposta al proletariato dalla classe dominante nel Brasile della Prima Repubblica. Si difende l'idea che questa politica linguistica sia avvenuta attraverso pratiche che limitavano le possibili sfere discorsive accessibili alla classe lavoratrice, tra cui vanno citati la censura subita dalla stampa operaia in quel contesto storico, la disciplina imposta alla classe operaia e la colonizzazione delle donne lavoratrici, tramite molteplici discorsi dominanti sulla cosiddetta "questione femminile" e attraverso la presunta difesa del loro onore, realizzata mediante l'internamento delle giovani donne nei "conventi". Si esamina la politica di discriminazione linguistica, considerando due stereotipi sulla classe operaia, costruiti dal ceto dominante: quello di una classe di analfabeti e quello della donna “facile”. Infine, il rapporto tra le donne lavoratrici e la stampa operaia, la nuova possibile sfera discorsiva per quelle donne, viene analizzata mediante l'osservazione di questa sfera discorsiva, dei generi di discorsi che vi erano prodotti e degli enunciati delle donne lavoratrici in questa sfera. Tra le conclusioni dell'analisi, tre vanno evidenziate. La prima è che la stampa operaia in quanto sfera discorsiva non era egualitaria, nel senso che in essa, non vi era un'uguaglianza tra le voci maschili e femminili. La seconda è che i generi discorsivi prodotti dalle donne in questo campo erano costituiti perlopiù di lettere aperte, articoli e inviti e presentavano stili rivendicatori e/o argomentativi, al contrario di quelli prodotti dagli uomini, che di solito erano espositivi. L'ultima conclusione che possiamo trarre dall'analisi realizzata è che, da un punto di vista linguistico, gli enunciati prodotti dalle donne si contraddistinguevano da quelli degli uomini per l'uso della prima persona plurale, ancorché tale caratteristica non sempre significasse che le donne che l'usavano si considerassero parte del próprio discorso, ma piuttosto che erano consapevole di appartenere a quella classe e sapevano che solo con l'unione sarebbero potute emergere vittoriose dalle loro lotte. / Prenant comme base théorique la sociolinguistique historique, ce travail se propose de montrer que les écrits des ouvrières dans la presse brésilienne de la Première République – República Velha (1889-1930) ont constitué un reflet de la réalité de l'époque, de même qu'ils ont influencé cette réalité. Pour cela, nous observons les bases matérielles dans lesquelles les femmes ouvrières de cette période opéraient et tentons de décrire le mode de production, les rapports de production, les relations sociales de même que les divers rôles sociaux qu'elles ont occupés. Nous discutons d’abord la claustration des voix et des idées en tant que politique linguistique imposée au prolétariat par la classe dominante brésilienne de la Première République. Nous défendons l'idée que cette politique linguistique s’est réalisée au travers de pratiques qui limitaient les sphères discursives accessibles à la classe ouvrière, parmi lesquelles on compte la censure qu'a souffert la presse ouvrière dans ce contexte historique, la discipline imposée à la classe ouvrière et la colonisation des femmes travailleuses, par le moyen des différents discours de la classe dominante sur la soi-disant «question des femmes» et à travers la prétendue défense de leur honneur, faite par l'internement des jeunes femmes dans les «couvents». Nous discutons ensuite la politique de discrimination linguistique à travers la présentation critique de deux stéréotypes sur la classe ouvrière construits par la classe dominante: celui d'une classe composée d'analphabètes et celui de la femme “de mauvaise vie”. Finalement, la relation entre les travailleuses et la presse ouvrière, cette nouvelle sphère discursive possible pour ces femmes, est analysée par le biais de l'observation des aspects de cette sphère discursive, des genres de discours qui y étaient s produits et des déclarations des travailleuses dans ce domaine langagier. Trois des conclusions de cette analyse peuvent être mises en évidence. La première de ces conclusions est que la presse ouvrière, en tant que sphère discursive, n'était pas une sphère égalitaire, dans laquelle il y aurait eu un équilibre entre les voix masculines et féminines. La seconde déduction que l'on peut faire est que les genres discursifs produits par les femmes dans ce domaine consistaient systématiquement en lettres ouvertes, articles d'opinion et invitations et présentaient surtout des traits stylistiques argumentatifs et/ou revendicatifs, contrairement à ceux des hommes qui étaient habituellement expositifs. Finalement, on peut dire que les énoncés produits par des femmes étaient linguistiquement marqués par l'utilisation de la première personne du pluriel, sans que ce trait ne signifie nécessairement que les femmes qui l'utilisaient se considèrent parties prenantes de leurs discours, mais voulant dire qu'elles étaient conscientes d'appartenir à cette classe et qu'elles ne pourraient sortir victorieuses de leurs luttes qu'en restant unies. / Esta dissertação de mestrado, que tem como base teórica a sociolinguística histórica, tem como objetivo principal analisar como a escrita da mulher trabalhadora na imprensa operária brasileira da República Velha (1889-1930) refletiu e influenciou a realidade da época. Para isso, observa-se em que base as mulheres trabalhadoras deste período estavam inseridas, tentando-se, assim, descrever o modo de produção, as relações de produção, as relações sociais e, também, os diversos papeis sociais vivenciados por elas. Discute-se, primeiramente, o enclausuramento de vozes e de ideias enquanto política linguística imposta ao proletariado pela classe dominante no Brasil durante a República Velha. Defende-se a ideia que esta política linguística ocorreu através de práticas que limitavam as esferas discursivas possíveis à classe trabalhadora, entre elas, a censura que sofreu a imprensa operária nesse contexto histórico, o disciplinamento da classe trabalhadora e a colonização da mulher trabalhadora, através dos múltiplos discursos da classe dominante sobre a chamada “questão da mulher” e através da suposta defesa de sua honra, feita pelo internamento das moças nos “conventos”. Após, discorre-se sobre a política do preconceito linguístico, através da discussão sobre dois estereótipos da classe trabalhadora construídos pela classe dominante: o estereótipo de uma classe formada por analfabetos e o estereótipo da mulher prostituída. Por fim, analisa-se a relação entre mulher trabalhadora e imprensa operária, uma nova esfera discursiva possível a estas mulheres. São estudados os aspectos dessa esfera discursiva, os gêneros discursivos que nela são produzidos e os enunciados das mulheres trabalhadoras nessa esfera. Podem-se destacar três das conclusões a respeito da análise realizada. A primeira, que a imprensa operária enquanto esfera discursiva não foi uma esfera igualitária, em que houvesse equipolência entre as vozes masculinas e femininas. A segunda, que os gêneros discursivos produzidos por mulheres nesta esfera constantemente constituíam cartas abertas, artigos de opinião e convites com estilos reivindicatórios e/ou argumentativos, em oposição aos dos homens, que normalmente eram expositivos. A última, que os enunciados produzidos por mulheres eram linguisticamente marcados pelo uso da primeira pessoa do plural, mas que esta marca nem sempre significava que as mulheres que a usavam se incluíam em seus discursos, e sim que elas possuíam consciência de sua classe e sabiam que apenas com união poderiam sair vitoriosas de suas lutas. / This Masters dissertation, which has Historical Sociolinguistics as theoretical basis, analyses how the writing of the working woman in the Brazilian working press in the Old Republic (1889-1930) reflected and influenced the reality of the time. Therefore, it is observed in which base the working women were in this period, trying, this way, to describe the mode of production, the relations of production, the social relations and the different social roles lived by them. It is discussed, at first, the enclosure of the voices and the ideas whilst language policy imposed to the proletariat by the ruling class in Brazil during the Old Republic. It is defended the idea that this language policy occurred through the practices that limited the possible spheres of discourse to the working class, including the censorship that the working press suffered in this historic context, the disciplining of the working class and the colonization of the working woman, through the multiple discourses of the ruling class on the so-called “women question” and through the suppose defence of their honour, done through the confinement of the ladies in the “convent”. After that, it is expatiated about the policy of the linguistic discrimination, through the discussion about two stereotypes of the working class built by the ruling class: the stereotype of a class formed by illiterate people and the stereotype of the prostituted woman. At last, it is analysed the relation between the working woman and the working press, a new sphere of discourse possible to these women. It is studied the aspects of this sphere of discourse, the discursive gender produced on it and the utterance of the working women in this sphere. It is possible to highlight three of the conclusions about this analysis. The first, the working press whilst sphere of discourse was not an egalitarian sphere, in which there was equivalence between male and female voices. The second, the discursive gender produced by women in this sphere constantly built open letters, opinion articles and invitations with a claim or argumentative style, opposite the discourse produced by men, which normally were expositive. The last, the utterances produced by women were linguistically marked by the use of the first person of plural, although this mark did not always mean the women that used it included themselves in their discourses, instead, they were aware of their class and they knew only with union they could emerge victorious from their struggles.
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A escrita da mulher trabalhadora na imprensa operária brasileira da República Velha : a luta contra o enclausuramento e o preconceito linguísticoBoenavides, Débora Luciene Porto January 2018 (has links)
Questa tesi, che ha come base teorica la sociolinguistica storica, analizza il modo come la scrittura delle donne lavoratrici nella stampa operaia brasiliana della Prima Repubblica – República Velha (1889-1930) ha costituito un prodotto della realtà del tempo come pure ha inciso su quella realtà. A tale fine, si osservano le basi materiali nelle quali le lavoratrici di quel periodo storico operavano, cercando di descrivere il modo di produzione, i rapporti di produzione, i rapporti sociali nonché i vari ruoli sociali che quelle donne occupavano. Per primo è analizzato il confinamento di voci e idee come forma di politica linguistica imposta al proletariato dalla classe dominante nel Brasile della Prima Repubblica. Si difende l'idea che questa politica linguistica sia avvenuta attraverso pratiche che limitavano le possibili sfere discorsive accessibili alla classe lavoratrice, tra cui vanno citati la censura subita dalla stampa operaia in quel contesto storico, la disciplina imposta alla classe operaia e la colonizzazione delle donne lavoratrici, tramite molteplici discorsi dominanti sulla cosiddetta "questione femminile" e attraverso la presunta difesa del loro onore, realizzata mediante l'internamento delle giovani donne nei "conventi". Si esamina la politica di discriminazione linguistica, considerando due stereotipi sulla classe operaia, costruiti dal ceto dominante: quello di una classe di analfabeti e quello della donna “facile”. Infine, il rapporto tra le donne lavoratrici e la stampa operaia, la nuova possibile sfera discorsiva per quelle donne, viene analizzata mediante l'osservazione di questa sfera discorsiva, dei generi di discorsi che vi erano prodotti e degli enunciati delle donne lavoratrici in questa sfera. Tra le conclusioni dell'analisi, tre vanno evidenziate. La prima è che la stampa operaia in quanto sfera discorsiva non era egualitaria, nel senso che in essa, non vi era un'uguaglianza tra le voci maschili e femminili. La seconda è che i generi discorsivi prodotti dalle donne in questo campo erano costituiti perlopiù di lettere aperte, articoli e inviti e presentavano stili rivendicatori e/o argomentativi, al contrario di quelli prodotti dagli uomini, che di solito erano espositivi. L'ultima conclusione che possiamo trarre dall'analisi realizzata è che, da un punto di vista linguistico, gli enunciati prodotti dalle donne si contraddistinguevano da quelli degli uomini per l'uso della prima persona plurale, ancorché tale caratteristica non sempre significasse che le donne che l'usavano si considerassero parte del próprio discorso, ma piuttosto che erano consapevole di appartenere a quella classe e sapevano che solo con l'unione sarebbero potute emergere vittoriose dalle loro lotte. / Prenant comme base théorique la sociolinguistique historique, ce travail se propose de montrer que les écrits des ouvrières dans la presse brésilienne de la Première République – República Velha (1889-1930) ont constitué un reflet de la réalité de l'époque, de même qu'ils ont influencé cette réalité. Pour cela, nous observons les bases matérielles dans lesquelles les femmes ouvrières de cette période opéraient et tentons de décrire le mode de production, les rapports de production, les relations sociales de même que les divers rôles sociaux qu'elles ont occupés. Nous discutons d’abord la claustration des voix et des idées en tant que politique linguistique imposée au prolétariat par la classe dominante brésilienne de la Première République. Nous défendons l'idée que cette politique linguistique s’est réalisée au travers de pratiques qui limitaient les sphères discursives accessibles à la classe ouvrière, parmi lesquelles on compte la censure qu'a souffert la presse ouvrière dans ce contexte historique, la discipline imposée à la classe ouvrière et la colonisation des femmes travailleuses, par le moyen des différents discours de la classe dominante sur la soi-disant «question des femmes» et à travers la prétendue défense de leur honneur, faite par l'internement des jeunes femmes dans les «couvents». Nous discutons ensuite la politique de discrimination linguistique à travers la présentation critique de deux stéréotypes sur la classe ouvrière construits par la classe dominante: celui d'une classe composée d'analphabètes et celui de la femme “de mauvaise vie”. Finalement, la relation entre les travailleuses et la presse ouvrière, cette nouvelle sphère discursive possible pour ces femmes, est analysée par le biais de l'observation des aspects de cette sphère discursive, des genres de discours qui y étaient s produits et des déclarations des travailleuses dans ce domaine langagier. Trois des conclusions de cette analyse peuvent être mises en évidence. La première de ces conclusions est que la presse ouvrière, en tant que sphère discursive, n'était pas une sphère égalitaire, dans laquelle il y aurait eu un équilibre entre les voix masculines et féminines. La seconde déduction que l'on peut faire est que les genres discursifs produits par les femmes dans ce domaine consistaient systématiquement en lettres ouvertes, articles d'opinion et invitations et présentaient surtout des traits stylistiques argumentatifs et/ou revendicatifs, contrairement à ceux des hommes qui étaient habituellement expositifs. Finalement, on peut dire que les énoncés produits par des femmes étaient linguistiquement marqués par l'utilisation de la première personne du pluriel, sans que ce trait ne signifie nécessairement que les femmes qui l'utilisaient se considèrent parties prenantes de leurs discours, mais voulant dire qu'elles étaient conscientes d'appartenir à cette classe et qu'elles ne pourraient sortir victorieuses de leurs luttes qu'en restant unies. / Esta dissertação de mestrado, que tem como base teórica a sociolinguística histórica, tem como objetivo principal analisar como a escrita da mulher trabalhadora na imprensa operária brasileira da República Velha (1889-1930) refletiu e influenciou a realidade da época. Para isso, observa-se em que base as mulheres trabalhadoras deste período estavam inseridas, tentando-se, assim, descrever o modo de produção, as relações de produção, as relações sociais e, também, os diversos papeis sociais vivenciados por elas. Discute-se, primeiramente, o enclausuramento de vozes e de ideias enquanto política linguística imposta ao proletariado pela classe dominante no Brasil durante a República Velha. Defende-se a ideia que esta política linguística ocorreu através de práticas que limitavam as esferas discursivas possíveis à classe trabalhadora, entre elas, a censura que sofreu a imprensa operária nesse contexto histórico, o disciplinamento da classe trabalhadora e a colonização da mulher trabalhadora, através dos múltiplos discursos da classe dominante sobre a chamada “questão da mulher” e através da suposta defesa de sua honra, feita pelo internamento das moças nos “conventos”. Após, discorre-se sobre a política do preconceito linguístico, através da discussão sobre dois estereótipos da classe trabalhadora construídos pela classe dominante: o estereótipo de uma classe formada por analfabetos e o estereótipo da mulher prostituída. Por fim, analisa-se a relação entre mulher trabalhadora e imprensa operária, uma nova esfera discursiva possível a estas mulheres. São estudados os aspectos dessa esfera discursiva, os gêneros discursivos que nela são produzidos e os enunciados das mulheres trabalhadoras nessa esfera. Podem-se destacar três das conclusões a respeito da análise realizada. A primeira, que a imprensa operária enquanto esfera discursiva não foi uma esfera igualitária, em que houvesse equipolência entre as vozes masculinas e femininas. A segunda, que os gêneros discursivos produzidos por mulheres nesta esfera constantemente constituíam cartas abertas, artigos de opinião e convites com estilos reivindicatórios e/ou argumentativos, em oposição aos dos homens, que normalmente eram expositivos. A última, que os enunciados produzidos por mulheres eram linguisticamente marcados pelo uso da primeira pessoa do plural, mas que esta marca nem sempre significava que as mulheres que a usavam se incluíam em seus discursos, e sim que elas possuíam consciência de sua classe e sabiam que apenas com união poderiam sair vitoriosas de suas lutas. / This Masters dissertation, which has Historical Sociolinguistics as theoretical basis, analyses how the writing of the working woman in the Brazilian working press in the Old Republic (1889-1930) reflected and influenced the reality of the time. Therefore, it is observed in which base the working women were in this period, trying, this way, to describe the mode of production, the relations of production, the social relations and the different social roles lived by them. It is discussed, at first, the enclosure of the voices and the ideas whilst language policy imposed to the proletariat by the ruling class in Brazil during the Old Republic. It is defended the idea that this language policy occurred through the practices that limited the possible spheres of discourse to the working class, including the censorship that the working press suffered in this historic context, the disciplining of the working class and the colonization of the working woman, through the multiple discourses of the ruling class on the so-called “women question” and through the suppose defence of their honour, done through the confinement of the ladies in the “convent”. After that, it is expatiated about the policy of the linguistic discrimination, through the discussion about two stereotypes of the working class built by the ruling class: the stereotype of a class formed by illiterate people and the stereotype of the prostituted woman. At last, it is analysed the relation between the working woman and the working press, a new sphere of discourse possible to these women. It is studied the aspects of this sphere of discourse, the discursive gender produced on it and the utterance of the working women in this sphere. It is possible to highlight three of the conclusions about this analysis. The first, the working press whilst sphere of discourse was not an egalitarian sphere, in which there was equivalence between male and female voices. The second, the discursive gender produced by women in this sphere constantly built open letters, opinion articles and invitations with a claim or argumentative style, opposite the discourse produced by men, which normally were expositive. The last, the utterances produced by women were linguistically marked by the use of the first person of plural, although this mark did not always mean the women that used it included themselves in their discourses, instead, they were aware of their class and they knew only with union they could emerge victorious from their struggles.
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A escrita da mulher trabalhadora na imprensa operária brasileira da República Velha : a luta contra o enclausuramento e o preconceito linguísticoBoenavides, Débora Luciene Porto January 2018 (has links)
Questa tesi, che ha come base teorica la sociolinguistica storica, analizza il modo come la scrittura delle donne lavoratrici nella stampa operaia brasiliana della Prima Repubblica – República Velha (1889-1930) ha costituito un prodotto della realtà del tempo come pure ha inciso su quella realtà. A tale fine, si osservano le basi materiali nelle quali le lavoratrici di quel periodo storico operavano, cercando di descrivere il modo di produzione, i rapporti di produzione, i rapporti sociali nonché i vari ruoli sociali che quelle donne occupavano. Per primo è analizzato il confinamento di voci e idee come forma di politica linguistica imposta al proletariato dalla classe dominante nel Brasile della Prima Repubblica. Si difende l'idea che questa politica linguistica sia avvenuta attraverso pratiche che limitavano le possibili sfere discorsive accessibili alla classe lavoratrice, tra cui vanno citati la censura subita dalla stampa operaia in quel contesto storico, la disciplina imposta alla classe operaia e la colonizzazione delle donne lavoratrici, tramite molteplici discorsi dominanti sulla cosiddetta "questione femminile" e attraverso la presunta difesa del loro onore, realizzata mediante l'internamento delle giovani donne nei "conventi". Si esamina la politica di discriminazione linguistica, considerando due stereotipi sulla classe operaia, costruiti dal ceto dominante: quello di una classe di analfabeti e quello della donna “facile”. Infine, il rapporto tra le donne lavoratrici e la stampa operaia, la nuova possibile sfera discorsiva per quelle donne, viene analizzata mediante l'osservazione di questa sfera discorsiva, dei generi di discorsi che vi erano prodotti e degli enunciati delle donne lavoratrici in questa sfera. Tra le conclusioni dell'analisi, tre vanno evidenziate. La prima è che la stampa operaia in quanto sfera discorsiva non era egualitaria, nel senso che in essa, non vi era un'uguaglianza tra le voci maschili e femminili. La seconda è che i generi discorsivi prodotti dalle donne in questo campo erano costituiti perlopiù di lettere aperte, articoli e inviti e presentavano stili rivendicatori e/o argomentativi, al contrario di quelli prodotti dagli uomini, che di solito erano espositivi. L'ultima conclusione che possiamo trarre dall'analisi realizzata è che, da un punto di vista linguistico, gli enunciati prodotti dalle donne si contraddistinguevano da quelli degli uomini per l'uso della prima persona plurale, ancorché tale caratteristica non sempre significasse che le donne che l'usavano si considerassero parte del próprio discorso, ma piuttosto che erano consapevole di appartenere a quella classe e sapevano che solo con l'unione sarebbero potute emergere vittoriose dalle loro lotte. / Prenant comme base théorique la sociolinguistique historique, ce travail se propose de montrer que les écrits des ouvrières dans la presse brésilienne de la Première République – República Velha (1889-1930) ont constitué un reflet de la réalité de l'époque, de même qu'ils ont influencé cette réalité. Pour cela, nous observons les bases matérielles dans lesquelles les femmes ouvrières de cette période opéraient et tentons de décrire le mode de production, les rapports de production, les relations sociales de même que les divers rôles sociaux qu'elles ont occupés. Nous discutons d’abord la claustration des voix et des idées en tant que politique linguistique imposée au prolétariat par la classe dominante brésilienne de la Première République. Nous défendons l'idée que cette politique linguistique s’est réalisée au travers de pratiques qui limitaient les sphères discursives accessibles à la classe ouvrière, parmi lesquelles on compte la censure qu'a souffert la presse ouvrière dans ce contexte historique, la discipline imposée à la classe ouvrière et la colonisation des femmes travailleuses, par le moyen des différents discours de la classe dominante sur la soi-disant «question des femmes» et à travers la prétendue défense de leur honneur, faite par l'internement des jeunes femmes dans les «couvents». Nous discutons ensuite la politique de discrimination linguistique à travers la présentation critique de deux stéréotypes sur la classe ouvrière construits par la classe dominante: celui d'une classe composée d'analphabètes et celui de la femme “de mauvaise vie”. Finalement, la relation entre les travailleuses et la presse ouvrière, cette nouvelle sphère discursive possible pour ces femmes, est analysée par le biais de l'observation des aspects de cette sphère discursive, des genres de discours qui y étaient s produits et des déclarations des travailleuses dans ce domaine langagier. Trois des conclusions de cette analyse peuvent être mises en évidence. La première de ces conclusions est que la presse ouvrière, en tant que sphère discursive, n'était pas une sphère égalitaire, dans laquelle il y aurait eu un équilibre entre les voix masculines et féminines. La seconde déduction que l'on peut faire est que les genres discursifs produits par les femmes dans ce domaine consistaient systématiquement en lettres ouvertes, articles d'opinion et invitations et présentaient surtout des traits stylistiques argumentatifs et/ou revendicatifs, contrairement à ceux des hommes qui étaient habituellement expositifs. Finalement, on peut dire que les énoncés produits par des femmes étaient linguistiquement marqués par l'utilisation de la première personne du pluriel, sans que ce trait ne signifie nécessairement que les femmes qui l'utilisaient se considèrent parties prenantes de leurs discours, mais voulant dire qu'elles étaient conscientes d'appartenir à cette classe et qu'elles ne pourraient sortir victorieuses de leurs luttes qu'en restant unies. / Esta dissertação de mestrado, que tem como base teórica a sociolinguística histórica, tem como objetivo principal analisar como a escrita da mulher trabalhadora na imprensa operária brasileira da República Velha (1889-1930) refletiu e influenciou a realidade da época. Para isso, observa-se em que base as mulheres trabalhadoras deste período estavam inseridas, tentando-se, assim, descrever o modo de produção, as relações de produção, as relações sociais e, também, os diversos papeis sociais vivenciados por elas. Discute-se, primeiramente, o enclausuramento de vozes e de ideias enquanto política linguística imposta ao proletariado pela classe dominante no Brasil durante a República Velha. Defende-se a ideia que esta política linguística ocorreu através de práticas que limitavam as esferas discursivas possíveis à classe trabalhadora, entre elas, a censura que sofreu a imprensa operária nesse contexto histórico, o disciplinamento da classe trabalhadora e a colonização da mulher trabalhadora, através dos múltiplos discursos da classe dominante sobre a chamada “questão da mulher” e através da suposta defesa de sua honra, feita pelo internamento das moças nos “conventos”. Após, discorre-se sobre a política do preconceito linguístico, através da discussão sobre dois estereótipos da classe trabalhadora construídos pela classe dominante: o estereótipo de uma classe formada por analfabetos e o estereótipo da mulher prostituída. Por fim, analisa-se a relação entre mulher trabalhadora e imprensa operária, uma nova esfera discursiva possível a estas mulheres. São estudados os aspectos dessa esfera discursiva, os gêneros discursivos que nela são produzidos e os enunciados das mulheres trabalhadoras nessa esfera. Podem-se destacar três das conclusões a respeito da análise realizada. A primeira, que a imprensa operária enquanto esfera discursiva não foi uma esfera igualitária, em que houvesse equipolência entre as vozes masculinas e femininas. A segunda, que os gêneros discursivos produzidos por mulheres nesta esfera constantemente constituíam cartas abertas, artigos de opinião e convites com estilos reivindicatórios e/ou argumentativos, em oposição aos dos homens, que normalmente eram expositivos. A última, que os enunciados produzidos por mulheres eram linguisticamente marcados pelo uso da primeira pessoa do plural, mas que esta marca nem sempre significava que as mulheres que a usavam se incluíam em seus discursos, e sim que elas possuíam consciência de sua classe e sabiam que apenas com união poderiam sair vitoriosas de suas lutas. / This Masters dissertation, which has Historical Sociolinguistics as theoretical basis, analyses how the writing of the working woman in the Brazilian working press in the Old Republic (1889-1930) reflected and influenced the reality of the time. Therefore, it is observed in which base the working women were in this period, trying, this way, to describe the mode of production, the relations of production, the social relations and the different social roles lived by them. It is discussed, at first, the enclosure of the voices and the ideas whilst language policy imposed to the proletariat by the ruling class in Brazil during the Old Republic. It is defended the idea that this language policy occurred through the practices that limited the possible spheres of discourse to the working class, including the censorship that the working press suffered in this historic context, the disciplining of the working class and the colonization of the working woman, through the multiple discourses of the ruling class on the so-called “women question” and through the suppose defence of their honour, done through the confinement of the ladies in the “convent”. After that, it is expatiated about the policy of the linguistic discrimination, through the discussion about two stereotypes of the working class built by the ruling class: the stereotype of a class formed by illiterate people and the stereotype of the prostituted woman. At last, it is analysed the relation between the working woman and the working press, a new sphere of discourse possible to these women. It is studied the aspects of this sphere of discourse, the discursive gender produced on it and the utterance of the working women in this sphere. It is possible to highlight three of the conclusions about this analysis. The first, the working press whilst sphere of discourse was not an egalitarian sphere, in which there was equivalence between male and female voices. The second, the discursive gender produced by women in this sphere constantly built open letters, opinion articles and invitations with a claim or argumentative style, opposite the discourse produced by men, which normally were expositive. The last, the utterances produced by women were linguistically marked by the use of the first person of plural, although this mark did not always mean the women that used it included themselves in their discourses, instead, they were aware of their class and they knew only with union they could emerge victorious from their struggles.
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Rolkonflik by die werkende moeder : 'n geestesgesondheidsperspektief / Role conflict experienced by the working mother : a mental health perspectiveVosloo, Salome Erna 11 1900 (has links)
Text in Afrikaans / Die doel met hierdie navorsing is om vanuit 'n geestesgesondheidsperspektief ondersoek in te stel na die rolkonflik van die werkende moeder. Die literatuurdoelstellings behels dat rolgedrag verduidelik word. Veranderlikes binne die organisasie- en werksfeer asook farniliesfeer wat tot rolkonflik by die werkende moeder aanleiding gee is beskryf. Die groeisielkunde is vanuit die analitiese, humanistiese en eksistensiele paradigmas aangebied, ten einde 'n geestesgesonde persoonlikheidsprofiel te ontwikkel. Wat die operasionele doelstellings betref, is die veranderlikes wat tot rolkonflik aanleiding gee en die persoonlikheidsfunksionering van tien werkende moeders met hulle eerste kind, deur middel van 'n ongestruktureerde onderhoud, ondersoek. Die verband tussen rolkonflik en 'n geestesgesonde persoonlikheid is vasgestel, om te bepaal hoe geestesgesondheid die hantering van
rolkonflik beinvloed. Die resultate dui daarop dat die werkende moeder, met die ervaring van haar rol as moeder, groei in haar persoonlikheidsfunksionering getoon het. Uit die resultate blyk dit dat dit 'n positiewe gesindheid teenoor loopbaan, min werksekuriteit vir die moeder wat in haar eie praktyk werksaam is, onbuigsame werksomstandighede, ondersteuning deur betekenisvolle ander, rolbeperking en hoë deurdringbaarheid tussen die moeder se moeder- en werkrol, temas is wat die rolkonflik wat die werkende moeder ervaar, en gevolglik haar geestesgesondheid, bei:nvloed. Die resultate dui daarop dat die werkende moeder konflik tussen haar moeder- en werkrol, rol as eggenote en eie tyd ervaar. Unieke veranderlikes wat tot rolkonflik lei in die Suid-Afrikaanse konteks, wat in die navorsing geidentifiseer is, is rolbeperking en gebrek aan werksekuriteit vir die moeder wat haar eie praktyk bedryf. Die geestesgesonde persoonlikheidsfunksionering van die werkende moeder is met die ontwikkelde persoonlikheidsprofiel vergelyk. Dit blyk dat akkurate en realistiese waarnemings van ervarings,
vryheid om emosies te beleef, geloof, toekomsgerigtheid en innige interpersoonlike verhoudings
die werkende moeder se geestesgesondheid positief kan beinvloed, en tot makliker hantering van
rolkonflik lei. Hierteenoor blyk dit dat gebrek aan seltkennis, gebrek aan vryheid van keuse, min
emosionele beheer asook onaanvaarbaarheid en onverdraagsaamheid teenoor ander, eienskappe is waar
sy heelwat in haar persoonlikheidsfunksionering kan groei. Aanbevelings vir die hantering van rolkonflik deur die werkende moeder is vir die bedryfsielkundige praktyk en die werkende moeder self geformuleer, asook aanbevelings vir verdere navorsingsgeleenthede. / The aim of this research was to study the role conflict experienced by the working mother from the mental health perspective. The literature study includes a description of role behaviour as well as variables within the organisational, work and family spheres that influence role conflict. Growth psychology is presented from analytical, humanistic and existential perspectives, culminating in a profile of the mentally healthy personality. The operational aims involved an investigation of variables that influence role conflict and the personality functioning of ten working mothers who are bringing up their first child. This was conducted through unstructured interviews. This involved determining the relationship between role conflict and a mentally healthy personality, to determine how mental health facilitates coping with role conflict. The results indicate that the working mother showed growth in her personality functioning as a result of the experience of her role as mother. However, the results also indicate that a positive orientation to career, minimal job security for the mother working in her own business, inflexible working conditions, support from significant others, role restriction and high penetrability between the roles of mother and worker, are themes that influence the conflict that the working mother experiences which, in turn, influences her mental health. The working mother experiences conflict between her roles as mother, worker, spouse and individuaL Unique variables that influence role conflict in the South African context were identified, namely, role restriction and minimal job security for the mother who operates her own business. The mental personality functioning of the working mother was compared with the developed personality profile. It seems that accurate and realistic observation of experiences, freedom to express feelings, religion, future orientation and close interpersonal relationships, influence the working mother's mental health positively and lead to better coping with role conflict. In contrast she could grow in terms of the following characteristics: lack of self-knowledge, little freedom of choice, little control over emotions as well as unacceptance and intolerance of others. Recommendations were made to the industrial psychology practice and the working mother herself,
on how to handle role conflict, and also regarding future research possibilities. / Industrial and Organisational Psychology / D. Comm. (Bedryfsielkunde)
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Rolkonflik by die werkende moeder : 'n geestesgesondheidsperspektief / Role conflict experienced by the working mother : a mental health perspectiveVosloo, Salome Erna 11 1900 (has links)
Text in Afrikaans / Die doel met hierdie navorsing is om vanuit 'n geestesgesondheidsperspektief ondersoek in te stel na die rolkonflik van die werkende moeder. Die literatuurdoelstellings behels dat rolgedrag verduidelik word. Veranderlikes binne die organisasie- en werksfeer asook farniliesfeer wat tot rolkonflik by die werkende moeder aanleiding gee is beskryf. Die groeisielkunde is vanuit die analitiese, humanistiese en eksistensiele paradigmas aangebied, ten einde 'n geestesgesonde persoonlikheidsprofiel te ontwikkel. Wat die operasionele doelstellings betref, is die veranderlikes wat tot rolkonflik aanleiding gee en die persoonlikheidsfunksionering van tien werkende moeders met hulle eerste kind, deur middel van 'n ongestruktureerde onderhoud, ondersoek. Die verband tussen rolkonflik en 'n geestesgesonde persoonlikheid is vasgestel, om te bepaal hoe geestesgesondheid die hantering van
rolkonflik beinvloed. Die resultate dui daarop dat die werkende moeder, met die ervaring van haar rol as moeder, groei in haar persoonlikheidsfunksionering getoon het. Uit die resultate blyk dit dat dit 'n positiewe gesindheid teenoor loopbaan, min werksekuriteit vir die moeder wat in haar eie praktyk werksaam is, onbuigsame werksomstandighede, ondersteuning deur betekenisvolle ander, rolbeperking en hoë deurdringbaarheid tussen die moeder se moeder- en werkrol, temas is wat die rolkonflik wat die werkende moeder ervaar, en gevolglik haar geestesgesondheid, bei:nvloed. Die resultate dui daarop dat die werkende moeder konflik tussen haar moeder- en werkrol, rol as eggenote en eie tyd ervaar. Unieke veranderlikes wat tot rolkonflik lei in die Suid-Afrikaanse konteks, wat in die navorsing geidentifiseer is, is rolbeperking en gebrek aan werksekuriteit vir die moeder wat haar eie praktyk bedryf. Die geestesgesonde persoonlikheidsfunksionering van die werkende moeder is met die ontwikkelde persoonlikheidsprofiel vergelyk. Dit blyk dat akkurate en realistiese waarnemings van ervarings,
vryheid om emosies te beleef, geloof, toekomsgerigtheid en innige interpersoonlike verhoudings
die werkende moeder se geestesgesondheid positief kan beinvloed, en tot makliker hantering van
rolkonflik lei. Hierteenoor blyk dit dat gebrek aan seltkennis, gebrek aan vryheid van keuse, min
emosionele beheer asook onaanvaarbaarheid en onverdraagsaamheid teenoor ander, eienskappe is waar
sy heelwat in haar persoonlikheidsfunksionering kan groei. Aanbevelings vir die hantering van rolkonflik deur die werkende moeder is vir die bedryfsielkundige praktyk en die werkende moeder self geformuleer, asook aanbevelings vir verdere navorsingsgeleenthede. / The aim of this research was to study the role conflict experienced by the working mother from the mental health perspective. The literature study includes a description of role behaviour as well as variables within the organisational, work and family spheres that influence role conflict. Growth psychology is presented from analytical, humanistic and existential perspectives, culminating in a profile of the mentally healthy personality. The operational aims involved an investigation of variables that influence role conflict and the personality functioning of ten working mothers who are bringing up their first child. This was conducted through unstructured interviews. This involved determining the relationship between role conflict and a mentally healthy personality, to determine how mental health facilitates coping with role conflict. The results indicate that the working mother showed growth in her personality functioning as a result of the experience of her role as mother. However, the results also indicate that a positive orientation to career, minimal job security for the mother working in her own business, inflexible working conditions, support from significant others, role restriction and high penetrability between the roles of mother and worker, are themes that influence the conflict that the working mother experiences which, in turn, influences her mental health. The working mother experiences conflict between her roles as mother, worker, spouse and individuaL Unique variables that influence role conflict in the South African context were identified, namely, role restriction and minimal job security for the mother who operates her own business. The mental personality functioning of the working mother was compared with the developed personality profile. It seems that accurate and realistic observation of experiences, freedom to express feelings, religion, future orientation and close interpersonal relationships, influence the working mother's mental health positively and lead to better coping with role conflict. In contrast she could grow in terms of the following characteristics: lack of self-knowledge, little freedom of choice, little control over emotions as well as unacceptance and intolerance of others. Recommendations were made to the industrial psychology practice and the working mother herself,
on how to handle role conflict, and also regarding future research possibilities. / Industrial and Organisational Psychology / D. Comm. (Bedryfsielkunde)
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