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Formando leitores no ensino de outra língua : uma análise de representações de leitura compartilhadas por professores de língua espanhola

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Previous issue date: 2017-02-21 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Learning another language and knowing how to read in a foreign language has become a demand and a need for individuals and societies nowadays. Therefore, in this work, we have studied some aspects of the work around reading skills in Spanish classes of Brazilian schools. By interviewing Spanish teachers from public and private schools, language studies centers (CEL, in Portuguese), and vocational education schools, we sought to identify the professionals‟ representations of what reading means as a social practice, as well as a specific skill in foreign languages classes. In order to do so, we have elaborated a written questionnaire with 30 discursive and multiple-choice questions, answered by 24 teachers. After that, we have selected 5 of those people and performed a face to face, individual interview, having as guide a semi-structured script, made of 14 discursive questions. From the data collected on both the questionnaire and the interviews, we have analyzed certain discourses about the book and the reading practices that circle in our society, and are shared, legitimated and assumed by Spanish language teachers, who are always individuals coexisting socially, economically and culturally. We understand the manifested discourses as guides of the teaching activities developed in Spanish classes, and those discourses may determine the conceptions the teachers and theirs pupils have about being readers of a foreign language. The theoretical background for this research comes from the French Discourse Analysis, more specifically from certain ideas conceived by Michel Foucault, about enunciation, discourse, discursive formation and archive, as well as studies about literacy in languages teaching and learning. We have also relied on studies from the cultural history of the book and the practice of reading, working with the concepts of representation, appropriation, and circulation. That way, we could analyze the representations those teachers claim to have about what is reading, how they enunciate themselves and their students as being readers, how they promote that practice during classes, and what are their expectations concerning teaching. We have concluded that, although the teachers have a good formation and great self-critical sense, there is a series of historical, cultural, social, and discursive coercions that limit and control their practices. It may lead, sometimes, to the reproduction teaching manners that are far from being liberator, and it reinforces the current social conditions around reading practices, which are, as we know, discriminatory. / En el actual contexto mundial, en que el acceso y el cambio de informaciones en las más diversas lenguas y culturas, por razones políticas, técnicas y culturales, se tornaron más frecuentes, aprender otra lengua y/o saber leer textos en lengua extranjera se hicieron una exigencia y necesidad. Frente a esto, nos propusimos a investigar cómo se viene haciendo el trabajo con la destreza lectora en la enseñanza de lengua española en escuelas brasileñas. En ese sentido, hemos buscado identificar junto a profesores de español, que actúan en escuelas públicas y privadas regulares, en Centros de Estudio de Lenguas y en la enseñanza Técnica/Profesional, las representaciones que eses profesionales comparten acerca de la lectura como práctica social, de modo general, o de la lectura como destreza específica a ser explorada en las clases de lengua extranjera. Para tanto, elaboramos una encuesta compuesta por 30 cuestiones discursivas y de múltiple elección, contestada por 24 profesores de español. Posteriormente, seleccionamos 5 entre ellos y realizamos entrevistas individuales con cada uno, basadas en un guión semiestructurado, compuesto por 14 preguntas discursivas, también elaborado por nosotros. A partir del desarrollo de los datos generados desde la encuesta y de las entrevistas, analizamos ciertos discursos sobre el libro y la lectura que circulan en nuestra sociedad, y que son compartidos, convalidados, asumidos por los profesores de español como sujetos sociales, económica y culturalmente coexistentes. Por ese camino, hemos reflexionado sobre el funcionamiento de eses discursos como norte de las actividades de enseñanza desarrolladas en las clases de lengua española, bien como determinantes en la conformación de sus conceptos sobre la lectura y de si y de sus alumnos como lectores en lengua española. Para tanto, nos fundamentamos teóricamente en el Análisis de Discurso de línea francesa, más específicamente en ciertos principios de las reflexiones sobre el discurso propuestas por Michel Foucault y sus conceptos de enunciado, discurso, formación discursiva y archivo, bien como en estudios acerca de la Literacidad en el área de enseñanza y aprendizaje de lenguas. También nos apoyamos en algunos estudios del dominio de la Historia Cultural del libro y de la lectura, valiéndonos más específicamente de los conceptos de representación, apropiación y circulación, de modo que pudimos analizar las representaciones de lo que dicen eses profesores participantes de la investigación sobre la lectura, como enuncian a si y a sus alumnos como lectores, como fomentan esa práctica en sus clases, que expectativas revelan cuanto al aprendizaje que visan proporcionar. Pudimos concluir, aunque son profesores con una buena formación y críticos de sus prácticas, existe una serie de coerciones históricas, culturales, sociales y discursivas, responsables por limitar y controlar sus prácticas, llevándolos, por veces, a que reproduzcan una enseñanza que lejos de ser libertadora, refuerza las actuales condiciones sociales en lo que enlaza la lectura, que bien sabemos son desiguales. / No atual contexto mundial, em que o acesso e a troca de informações nas mais diversas línguas e culturas, por razões políticas, técnicas e culturais, tornaram-se mais frequentes, aprender uma outra língua e/ou saber ler textos em língua estrangeira tem se apresentado como uma exigência e necessidade para os indivíduos e para as sociedades. Sendo assim, nos propusemos a pesquisar como se tem dado o trabalho com a habilidade de leitura no ensino de língua espanhola em escolas brasileiras. Nesse sentido, buscamos identificar junto a professores de espanhol, atuantes em escolas públicas e privadas regulares, em Centros de Estudo de Línguas e no Ensino Técnico/Profissionalizante, as representações que esses profissionais compartilham acerca da leitura como prática social, de modo geral, ou da leitura como habilidade específica a ser explorada nas aulas de língua estrangeira. Para tanto, elaboramos um questionário composto por 30 questões discursivas e de múltipla escolha, respondido por 24 professores de espanhol. Posteriormente, selecionamos 5 entre eles e realizamos entrevistas individuais com cada um, com base em um roteiro semiestruturado, composto por 14 perguntas discursivas, também elaborado por nós. A partir do desenvolvimento dos dados gerados pelo questionário e pelas entrevistas, analisamos certos discursos sobre o livro e a leitura que circulam em nossa sociedade, e que são compartilhados, validados, assumidos pelos professores de espanhol como sujeitos sociais, econômica e culturalmente coexistentes. Por esse caminho, refletimos sobre o funcionamento desses discursos como norteadores das atividades de ensino desenvolvidas nas aulas de língua espanhola, bem como determinantes na conformação de suas concepções da leitura e de si e de seus alunos como leitores em língua espanhola. Para tanto, nos fundamentamos teoricamente na Análise do Discurso de linha francesa, mais especificamente em certos princípios das reflexões sobre o discurso propostas por Michel Foucault e seus conceitos de enunciado, discurso, formação discursiva e arquivo, bem como em estudos acerca do Letramento na área de ensino e aprendizagem de línguas. Também nos apoiamos em alguns estudos do domínio da História Cultural do livro e da leitura, valendo-nos mais especificamente dos conceitos de representação, apropriação e circulação, de modo que pudemos analisar as representações que dizem esses professores participantes da pesquisa sobre a leitura, como enunciam a si e a seus alunos como leitores, como fomentam essa prática em suas aulas, que expectativas revelam quanto ao aprendizado que visam proporcionar. Pudemos concluir que apesar de serem professores com uma boa formação e críticos de suas práticas, existe uma série de coerções históricas, culturais, sociais e discursivas, responsáveis por limitar e controlar suas práticas, levando-os, por vezes, a reproduzirem um ensino que longe de ser libertador, reforça as atuais condições sociais no que envolve a leitura, que bem sabemos, são desiguais. / FAPESP: 2015/02786-7

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/9056
Date21 February 2017
CreatorsSantos, Rafael Borges Ribeiro dos
ContributorsFerreira, Luzmara Curcino
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Câmpus São Carlos, Programa de Pós-graduação em Linguística, UFSCar
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageSpanish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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