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Prisioneiras de uma mesma história : o amor materno atrás das grades / Prisioners from the same history : maternal love behind the jail

Lopes, Rosalice 23 September 2004 (has links)
O estudo enfoca o amor materno em mães presas da Penitenciária Feminina do Tatuapé - São Paulo, no período de 2001 a 2003. A partir dos relatos de 30 mães entrevistadas e com referência nas áreas de Psicologia, Direito, Sociologia, História e Filosofia, identificou-se que o discurso sobre o amor materno é uma construção social de gênero com matizes de inteligibilidade específicos. O amor materno descrito por essas mães evidencia, de um lado, valores de caráter mais arcaico e universal na cultura humana, os quais conferem à experiência amorosa qualidades sobre-humanas de onipotência, imortalidade e indivisibilidade. De outro lado, exprime valores tipicamente burgueses - o sonho da maternidade, o amor romântico, o ideal de família, filho como dom e a mãe modelar - presentes na cultura ocidental a partir dos séculos XVIII e XIX. A manifestação do amor dessas mães por seus filhos sofre a influência de suas experiências concretas enquanto filhas e da relação que puderam - ou não - construir com seus filhos antes do encarceramento. Mães presas que viveram pouco tempo com suas próprias mães ou com seus filhos tendem a manifestar um maior grau de idealização das qualidades amorosas da mãe e do amor materno. Mães que puderam experimentar o amor materno de forma consistente deixam evidente que ele é construído na relação presencial com o filho. As prisões não foram pensadas para abrigar mulheres e refletem, em suas práticas, valores androcêntricos. A forma atual como essa instituição media os contatos entre as mães presas e seus filhos indica a presença de estereótipos e preconceitos e pode ser considerada como um obstáculo à manutenção da relação amorosa. O estudo aponta que se faz necessário adotar medidas corretivas no sistema prisional, de modo a garantir o direito às mães de exercerem sua maternidade, e sugere alternativas para essa situação, tendo em vista, sobretudo, que a proximidade com os filhos é fator de saúde mental e estímulo no processo de reinserção social. / This study emphasizes the maternal love in women which are prisioned in a Feminine Jail in Tatuapé - São Paulo, in the period from 2001 to 2003. From 30 interviewed mothers\' tellings and with reference to the areas of Psychology, Laws, Sociology, History and Philosophy, it is identified that the speech about the maternal love is a social construction of genre with peculiarities of specific inteligibility. The maternal love which is described by these mothers evidences, by one side, values of archaic and universal character in the human culture, which confer to loving experience over human qualities of onipotency, immortality and indivisibility. By other side, it expresses values tipically belonged to middle-class - dream of the maternity, the romantic love, the ideal of the family, the son as a gift and the model mother - presented in the ocidental culture from the 18th century and the 19th centuries. The manifestation of these mothers\' love for their children suffers influence from their concrete experiences as daughters and the relationship which have lost - or not - with their sons before the prision. Jailed mothers who have lived little time with their own mothers or sons and have a tendency to show a greater grade of idealization of the tender qualities of the mother and the mother love. Mothers who can try the maternal love in a consistent way, they leave evident that this love is built in a presence relation with the child. The prisons aren\'t projected to sheld women and they reflect, in their practices, masculine values. The current way as this institution mediates the contacts between the prisioned mothers and their children indicates the presence of stereotypes and prejudices and this may be considered as an obstacle to the mantennance of the love relation. So, this research indicates that it is necessary to adopt corretive measures in the prision system, so as to garantee the rights to these mothers in order to exert their maternity , and it suggests alternatives to this situation emphasizing, overalls, that the proximity with the children is a factor of mental health and stimulation in the process of social reintegration.
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[en] WHERE ARE YOU NOW THAN HERE, INSIDE ME?: THE GRIEF OF THE MOTHERS OF MISSING CHILDREN / [pt] ONDE ESTÁ VOCÊ AGORA ALÉM DE AQUI, DENTRO DE MIM?: O LUTO DAS MÃES DE CRIANÇAS DESAPARECIDAS

SANDRA RODRIGUES DE OLIVEIRA 08 August 2008 (has links)
[pt] O desaparecimento de pessoas é um fenômeno complexo que suscita sentimentos ambíguos, tais como esperança/desesperança, tristeza, culpa, raiva e impotência. O presente estudo teve como objetivo investigar o impacto do desaparecimento de um filho, sob circunstâncias desconhecidas, a partir da ótica das mães. Participaram da pesquisa 11 mães com filhos desaparecidos misteriosamente, no estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 2002 e 2005. As crianças tinham entre 11 meses e 11 anos na ocasião do desaparecimento. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e, a partir da técnica de análise de conteúdo, os dados foram agrupados em 4 categorias, assim nomeadas: 1)impacto do desaparecimento; 2) relacionamento com marido/companheiro/namorado/pai da criança; 3) relacionamento com outros filhos; 4) enfrentando o desaparecimento: facilitadores e complicadores. Constatou-se que, diante do desaparecimento súbito e misterioso de seus filhos, todas as participantes apresentaram inicialmente reações de negação, choque, entorpecimento, desespero e medo. Após o choque inicial, foram citadas reações de ansiedade e sentimentos de culpa, impotência, descrença, tristeza e raiva, em contraposição a sentimentos de esperança, fé, determinação e certeza do reencontro com o filho desaparecido. As entrevistadas também se sentiram desamparadas por seus maridos/companheiros atuais, pois esperavam que estes expressassem seu luto da mesma forma que elas, considerando-os inadequados e negligentes por não o fazerem. Na relação com os outros filhos, nota-se que, se por um lado algumas mães tornaram-se superprotetoras, há casos nos quais estas passaram a negligenciá-los. Conclui-se, por fim, que, para estas mães, fatores como a falta de certezas sobre como e onde está o filho, a inexistência de rituais, o prolongamento indefinido da situação e o julgamento de outras pessoas (especialmente de outras mães) podem contribuir negativamente para o processo de elaboração da perda. Por outro lado, a formação de grupos com mães de crianças desaparecidas e a possibilidade de compartilhar sentimentos apresenta-se como um importante recurso para a reestruturação e reorganização destas mulheres. / [en] The disappearance of people is a complex phenomenon that raises ambiguous feelings such as hope/despair, sadness, guilt, anger and helplessness. This study aimed to investigate the impact of the disappearance of a child, under unknown circumstances, from the mothers` perspectives. Eleven mothers with children disappeared mysteriously participated in the survey, in the state of Rio de Janeiro, between 2002 and 2005. The children were between 11 months and 11 years old at the time of the disappearance. Semi-structured interviews were performed and, from the technical analysis of content, the data were grouped into 4 categories, named: 1) impact of the disappearance, 2) relationship with husband / partner / boyfriend / father of the child, 3) relationships with other children, 4) facing the disappearance: facilitators and complications. It was found that, before the sudden and mysterious disappearance of their children, all participants initially had reactions of denial, shock, numbness, despair and fear. After the initial shock, reactions of anxiety and feelings of guilt, helplessness, disbelief, sadness and anger were said, as opposed to feelings of hope, faith, determination and certainty of meeting again the disappeared child. The interviewees also felt helplessness by their husbands / partners, because they hoped to express their mourning in the same way as them, considering them unsuitable and negligent for not acting equally. Regarding to the other children, note that, if on the one hand, some mothers have become overprotective, there are cases where they neglected them. It is concluded, finally, that for these mothers, factors such as the lack of certainty about how and where the child is, the lack of rituals, the indefinite extension of the situation and the judgment of other people (especially by other mothers) can contribute negatively to the process of coping. Furthermore, the formation of groups with mothers of missing children and the possibility of sharing feelings presents itself an important resource for the restructuring and reorganization of these women.
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Prisioneiras de uma mesma história : o amor materno atrás das grades / Prisioners from the same history : maternal love behind the jail

Rosalice Lopes 23 September 2004 (has links)
O estudo enfoca o amor materno em mães presas da Penitenciária Feminina do Tatuapé - São Paulo, no período de 2001 a 2003. A partir dos relatos de 30 mães entrevistadas e com referência nas áreas de Psicologia, Direito, Sociologia, História e Filosofia, identificou-se que o discurso sobre o amor materno é uma construção social de gênero com matizes de inteligibilidade específicos. O amor materno descrito por essas mães evidencia, de um lado, valores de caráter mais arcaico e universal na cultura humana, os quais conferem à experiência amorosa qualidades sobre-humanas de onipotência, imortalidade e indivisibilidade. De outro lado, exprime valores tipicamente burgueses - o sonho da maternidade, o amor romântico, o ideal de família, filho como dom e a mãe modelar - presentes na cultura ocidental a partir dos séculos XVIII e XIX. A manifestação do amor dessas mães por seus filhos sofre a influência de suas experiências concretas enquanto filhas e da relação que puderam - ou não - construir com seus filhos antes do encarceramento. Mães presas que viveram pouco tempo com suas próprias mães ou com seus filhos tendem a manifestar um maior grau de idealização das qualidades amorosas da mãe e do amor materno. Mães que puderam experimentar o amor materno de forma consistente deixam evidente que ele é construído na relação presencial com o filho. As prisões não foram pensadas para abrigar mulheres e refletem, em suas práticas, valores androcêntricos. A forma atual como essa instituição media os contatos entre as mães presas e seus filhos indica a presença de estereótipos e preconceitos e pode ser considerada como um obstáculo à manutenção da relação amorosa. O estudo aponta que se faz necessário adotar medidas corretivas no sistema prisional, de modo a garantir o direito às mães de exercerem sua maternidade, e sugere alternativas para essa situação, tendo em vista, sobretudo, que a proximidade com os filhos é fator de saúde mental e estímulo no processo de reinserção social. / This study emphasizes the maternal love in women which are prisioned in a Feminine Jail in Tatuapé - São Paulo, in the period from 2001 to 2003. From 30 interviewed mothers\' tellings and with reference to the areas of Psychology, Laws, Sociology, History and Philosophy, it is identified that the speech about the maternal love is a social construction of genre with peculiarities of specific inteligibility. The maternal love which is described by these mothers evidences, by one side, values of archaic and universal character in the human culture, which confer to loving experience over human qualities of onipotency, immortality and indivisibility. By other side, it expresses values tipically belonged to middle-class - dream of the maternity, the romantic love, the ideal of the family, the son as a gift and the model mother - presented in the ocidental culture from the 18th century and the 19th centuries. The manifestation of these mothers\' love for their children suffers influence from their concrete experiences as daughters and the relationship which have lost - or not - with their sons before the prision. Jailed mothers who have lived little time with their own mothers or sons and have a tendency to show a greater grade of idealization of the tender qualities of the mother and the mother love. Mothers who can try the maternal love in a consistent way, they leave evident that this love is built in a presence relation with the child. The prisons aren\'t projected to sheld women and they reflect, in their practices, masculine values. The current way as this institution mediates the contacts between the prisioned mothers and their children indicates the presence of stereotypes and prejudices and this may be considered as an obstacle to the mantennance of the love relation. So, this research indicates that it is necessary to adopt corretive measures in the prision system, so as to garantee the rights to these mothers in order to exert their maternity , and it suggests alternatives to this situation emphasizing, overalls, that the proximity with the children is a factor of mental health and stimulation in the process of social reintegration.
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The Complexity of Motherhood in Dystopian Novels : A comparative study of Margaret Atwood’s The Handmaid’s Tale and Lois Lowry’s The Giver / The Complexity of Motherhood in Dystopian Novels : A comparative study of Margaret Atwood’s The Handmaid’s Tale and Lois Lowry’s The Giver

Brandstedt, Nathalie January 2020 (has links)
This study explores how motherhood is depicted in Margaret Atwood’s and Louis Lowry’s dystopian novels The Handmaid’s Tale and The Giver. It examines the negative social and psychological consequences of forced surrogacy in the novels’ state-constructed nuclear families, looking closely at a lack of maternal love and care. Using feminist and psychoanalytic criticism, this essay examines the link between the broken connection of mother and child and the protagonists’ search for maternal love in other relationships. It contrasts the protagonists’ rebellion to the social backlash effect and shows how motherhood emerges as a form of resistance against the social engineering of the dystopian societies.
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Por trás da janela : alguns determinantes sociais do abandono de recém-nascidos

Chrispi, Leticia Lofiego Sanchez 05 December 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T14:17:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Leticia Lofiego Sanchez Chrispi.pdf: 249606 bytes, checksum: 5a8880db24d7977933709e4c0c21001b (MD5) Previous issue date: 2007-12-05 / This research on the social determinants that lead mothers to abandon newborns putting them at risk of life, reflects a concern about the situation experienced nowadays by many women and newborn babies in our country. For a better approach of the reality experienced by these women and understanding of what permeates their act, has been used as a feature testimonials of the individuals -these mothers- and as methodology the oral story. Even with all problems involving this research because it is a field characterized by silence, where the desire for non-identification is firmly present in the reality of mothers who have abandoned their children at risk, the attainment of this reality only became possible when the focus was on these women. The identity given to the woman, socially and historically, in terms of peer pressure related to motherhood / maternal and the fear and shame of challenging the myth of innate maternal love, establish essential determinants to the reality here searched. The discrimination that mothers who give away their children bear, the lack of a support network (family/community) and the social policies restricting family and the woman are also important resolutions which, sometimes, imbricate with each other. / A presente pesquisa sobre determinantes sociais que levam mães a abandonarem seus filhos recém-nascidos, colocando-os em situação de risco de vida, traduz uma preocupação acerca da realidade vivenciada atualmente por inúmeras mulheres e recém-nascidos em nosso país. Para melhor aproximação da realidade concreta vivenciada por estas mulheres e entendimento do que permeia seu ato, foram utilizados depoimentos dos sujeitos - essas mães - tendo como metodologia a história oral. Mesmo com toda dificuldade que envolve esta pesquisa por se tratar de uma área caracterizada pelo silêncio, já que o desejo de não identificação se faz fortemente presente na vida dessas mães que abandonaram seu filho em situação de risco, a apreensão desta realidade só se tornou possível ao ser direcionado o olhar a essas mulheres. A identidade atribuída à mulher, social e historicamente, no que se refere à pressão social relacionada à maternidade / maternagem e o medo e a vergonha de desafiar o mito do amor materno inato, constituem determinantes fundamentais para a realidade aqui pesquisada. O preconceito sofrido pelas mães que entregam seus filhos, a falta da rede de apoio (familiar / comunitária) e as políticas sociais restritivas à família e à mulher também são importantes determinações, que se imbricam em alguns momentos
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[en] ON THE OBLIGATION OF MATERNAL LOVE: A STUDY ON WOMEN WHO OPTED OUT OF HAVING CHILDREN / [pt] SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO AMOR MATERNO: UM ESTUDO COM MULHERES QUE OPTARAM POR NÃO TER FILHOS

MARIANA MOURA MAGALHAES 26 July 2012 (has links)
[pt] A dissertação Sobre a Obrigatoriedade do Amor Materno: um estudo com mulheres que optaram por não ter filhos é resultado de questionamentos da autora quanto à formação dos vínculos afetivos na relação da mãe com seu rebento. Nos últimos dois séculos, o amor materno foi atribuído à mulher como uma resposta intrínseca – própria do gênero feminino – e significado com base em comportamentos que toda boa mãe deveria apresentar. Contudo, até o século XVIII, a relação entre mãe e filhos não se assemelhava com a que concebemos hoje, desconstruindo a ideia de um modelo padronizado de amor. Realizar uma pesquisa com mulheres que optaram por não ter filhos teve por objetivo investigar os sentimentos e as razões que fizeram com que tomassem essa decisão. Com base no Método de Explicitação do Discurso Subjacente (MEDS), de natureza qualitativa, foi realizada uma pesquisa com dez mulheres de classe média, sem filhos, na faixa etária de 34 a 56 anos, moradoras da cidade do Rio de Janeiro. De acordo com os resultados, pudemos perceber que a escolha pela não maternidade não foi tão simples para as entrevistadas, sendo permeada por pressões sociais e pela ambivalência, causando dúvidas e, em alguns casos, sofrimento. Ao final, concluímos que os projetos de vida e a busca por realização e satisfação pessoal foram determinantes para que as entrevistadas escolhessem não serem mães. / [en] The dissertation On the Obligation of Maternal Love: a study on women who opted out of having children is the result of the author’s research on the formation of emotional bonds in the mother s relationship with their offspring. For the last two centuries, maternal love has been assigned to women as an intrinsic response - specific to female gender - and has been conceived as behaviors that every good mother should have. However, until the eighteenth century, the relationship between mother and children did not resemble what we now understand it, deconstructing the idea of a standardized model of love. Conducting a survey on women who chose not to have children sought to investigate the feelings and the reasons that made them take that decision. Based on the Underlying Discourse Unveiling Method (UDUM), of qualitative nature, a survey was conducted with ten middle-class women, without children, between the ages of 34 and 56 years old, living in the city of Rio de Janeiro. The results indicated that the choice for nonmaternity was not so simple for the respondents, influenced by social pressures and ambivalence, creating doubts and, in some cases, causing pain. At the end, we concluded that life projects and the search for fulfillment and personal satisfaction were crucial for the respondents to opt not to be mothers.
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Carnal transcendence as difference the poetics of Luce Irigaray /

Bosanquet, Agnes Mary. January 2009 (has links)
Thesis (PhD)--Macquarie University, Faculty of Arts, Department of Media, Music, and Cultural Studies, 2009. / Bibliography: p. 303-332.
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Zur Entmystifizierung der gewaltlosen Mutter: Eine Systematisierung wissenschaftlicher und fachlicher Debatten

Güntzschel, Julia 16 April 2019 (has links)
Bei Betrachtung des Gewaltdiskurses im Familienkontext fällt auf, dass in Bezug auf elterliche Gewalt gegen Kinder die Gewaltausübung überwiegend mit Männern in Verbindung gebracht oder gänzlich auf sie beschränkt wird. Gegenstand der Abschlussarbeit stellt dabei nicht die überwiegende Verknüpfung von Gewalt mit dem Bild von Männlichkeit dar, sondern legt den Fokus auf den bisher in wissenschaftlichen und fachlichen Debatten marginalisierten Bereich der weiblichen Gewaltausübung. Es soll geklärt werden, warum die von Frauen ausgeübte Gewalt an Kindern entweder gar nicht oder nur in einem sehr geringen Umfang wahrgenommen wird. Die Arbeit setzt sich somit zum Ziel, einen Überblick über das Forschungsfeld mit Zusammenfassungen und Kurzbewertungen zu einzelnen Publikationen herzustellen, der durch die Aufarbeitung und Systematisierung aktueller, aber auch älterer Debatten ermöglicht wird. Dabei ist von Bedeutung, wie umfangreich sich bisher in den Debatten über Gewalt gegen Kinder durch Frauen auseinandergesetzt wurde und wo der jeweilige Schwerpunkt liegt. Anhand eines Untersuchungszeitraums über die vergangenen 35 Jahre soll deutlich gemacht werden, wie sich diese Thematik in den Debatten herausgebildet hat und ob spezifische Entwicklungstendenzen ersichtlich werden. Aufgrund der Interdisziplinarität des Gewaltdiskurses und der noch jungen Forschungslandschaft wird sich auf deutsche sowie internationale Wissenschafts- und Fachliteratur bezogen und beschränkt sich auf Veröffentlichungen im Bereich soziologischer, pädagogischer und psychologischer Disziplinen. Zusammenfassend bietet diese Abschlussarbeit über misshandelnde Mütter mit der Methode des systematischen Literaturüberblicks einerseits eine Einführung in die Thematik von Mutterschaft und Mütterlichkeit sowie eine Einführung in psychische und sexualisierte Gewalt gegen Kinder durch Frauen. Andererseits kann sie als Überblickswerk zu weiblichen Gewaltstrukturen in der Mutter-Kind-Beziehung verstanden werden, da ein breites Spektrum an deutsch- und englischsprachiger Literatur verarbeitet wurde, die systematisch wesentliche Schwerpunkte der Debatten in einem Zeitraum von 1980 bis 2015 in den Fokus der Betrachtung rückt.

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