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[en] THE POLITIC UNDER THE PRINCIPLE OF AMOR MUNDI: DIALOGUE WITH HANNAH ARENDT / [pt] A POLÍTICA SOB O PRINCÍPIO DO AMOR MUNDI: DIÁLOGO COM HANNAH ARENDTBRUNO PERES FREITAS 24 May 2012 (has links)
[pt] O pensamento político de Hannah Arendt vem emergindo, nos diversos
campos do saber, como importante leitura e reflexão acerca das possibilidades da
Política enquanto ação em concerto na realização do interesse comum. O amplo
horizonte da teoria arendtiana indica também, pelo resgate e valorização da
dimensão interpessoal da aparência, a constituição de uma ética cuja perspectiva
se funda no cuidado e responsabilidade para com o mundo público, no
reconhecimento de que a cidadania se realiza na presença inexorável da
pluralidade humana. No conjunto da obra arendtiana sobressai a orientação de
amor pelo mundo, noção esta, no entanto, ainda pouco esclarecida em seu
pensamento. Neste sentido, este estudo se propõe a compreender o significado do
que Arendt denomina por amor mundi. Nesta perspectiva, a investigação
percorre a compreensão da Política segundo esta pensadora, na tentativa de
encontrar pistas que possam levar ao sentido original deste termo. Com este
objetivo, visita-se sua trajetória intelectual, aborda-se os principais temas com os
quais ela opera o sentido da liberdade política e seu autêntico esforço para
compreender a problemática da relação entre Filosofia e Política na tradição do
pensamento. Neste itinerário, vamos descobrindo o sentido do amor enquanto um
princípio inspirador que, unificando reflexão e ação, é capaz de atualizar as
condições da liberdade política e, assim, do próprio mundo enquanto comunidade
plural dos homens. / [en] Hannah Arendt´s political thought arises in a several fields of knowledge,
as a important reading and reflexion about the possibilities of political as action in
repair at realization of the mutual interest. The wide horizon of the Arendt´s
theory also indicates, by the rescue and recovery of the interpersonal dimension of
appearance, the establishment of a ethics whose perspective is based on the care
and responsability to the public world, the recognition that citizenship takes place
in the inexorable presence of human plurality. In Arendt´s oeuvre stands the
guidance of love for the world, a concept, however, still not very clear in their
thinking. Thus, this study aims to understand the meaning of what Arendt called
the amor mundi. In this perspective, the investigation covers the understanding
of politic under this thinker, trying to find clues that could lead to the original
meanig of this term. To this end, a visit of her intellectual trajectory, addresses the
main issues with witch it operates the meaning of political freedom and her
genuine effort to understand the issue of the relationship between philosophy and
politics in the tradition of thought. On this journey, we discover the meaning of
love as a fundamental principle tha unifies thought and action, is able to update
the conditions of political freedom, and thus the world itself as a plural
community of people.
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[en] ACTION AND STORYTELLING IN HANNAH ARENDT´S THOUGHT / [pt] A AÇÃO E O CONTAR HISTÓRIAS NO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDTBEATRIZ ANDREIUOLO 14 October 2005 (has links)
[pt] Esta dissertação tem como objetivo esclarecer o conceito
arendtiano de ação
dentro da vita activa a partir do livro A Condição Humana
e considerar a maneira
como tal conceito está relacionado com os temas do
desvelamento do agente e do
contar histórias. Portanto pretendemos mostrar como a
consolidação da
tradicional hierarquia em que parâmetros metafísicos
regram e orientam o mundo
sensível acarretou o enfraquecimento da autonomia da ação.
Nesse sentido
optamos por abordar os ensaios do livro Homens em Tempos
Sombrios em que a
autora constrói narrativas biográficas, lançando luz sobre
quem foram aqueles
homens e mulheres, sem subjugar sua maneira de aparecer no
mundo a leis
superiores, preservando, assim, as características
essenciais da ação. / [en] This dissertation aims to clarify Hannah Arendt´s concept
of action in the vita
activa throughout the book The Human Condition, and to
consider the way such
concept relates to the themes of the agenst´s disclousure
and storytelling. Hence
we pretend to show how the consolidation of traditional
hierarchy in which
metaphysical parameters ruled and oriented the sensible
world brought about the
weakening of the action´s autonomy. In this way we have
opted to approach the
essays in the book Men in Dark Times where the author
builds up biografical
narratives shedding light on who those men and women were
without subjugating
their appearance in the world to superior laws, so
preserving the essential features of action.
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[en] HANNAH ARENDT, THE POLITICS AND THE HISTORY / [pt] HANNAH ARENDT, A POLÍTICA E A HISTÓRIARENATA TORRES SCHITTINO 01 September 2009 (has links)
[pt] O trabalho busca refletir sobre o significado da história na obra de Hannah
Arendt, tendo como horizonte a revisão que a autora empreende acerca da
tradicional separação entre teoria e política. Nesse sentido, supomos que a
valorização da ação e a indicação da dignidade da política abrangem também a
consideração da especificidade da história. Observando a discussão sobre o caráter
nostálgico de seu pensamento e as avaliações que sugerem o viés hermenêutico da
sua abordagem do passado, analisamos a narrativa arendtiana da história
ocidental, questionando a possibilidade de se tratar de algum tipo de filosofia da
história. Buscamos compreender a noção de esquecimento do político que
sustenta essa narrativa, por um lado, examinando seus pressupostos acerca da
responsabilidade e da novidade que estão envolvidas na ação humana e, por outro,
pensando suas colocações sobre a historiografia, onde a história surge como uma
história de muitos começos e nenhum final. / [en] The work searchs to reflect on the meaning of history in the work of
Hannah Arendt, having as horizon the revision that the author undertakes
concerning the traditional separation between theory and politics. In this direction,
we supose that the valuation of the action and the indication of the dignity of the
politics also enclose the consideration of the especificidade of history. Observing
the quarrel on the nostalgic character of its thought and the evaluations that
suggest the bias hermeneutic of its boarding of the past, we analyze the arendtian
narrative of history occidental, questioning the possibility of if dealing with some
type of philosophy of history. We search to understand the notion of forgetfulness
of the politics who supports this narrative, on the other hand, examining estimated
its concerning the responsibility and of the newness that are involved in the action
human being and, for another one, thinking its ranks on the historiography, where
history appears as a history of many starts and no end.
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[en] THE RUPTURE IN TIME: THE SUPPORTLESS THOUGHT, THE JUDGEMENT AND THE FRAGMENTS OF THE PAST IN HANNAH ARENDT / [pt] A FRATURA NO TEMPO: O PENSAMENTO SEM AMPAROS, O JUÍZO E OS FRAGMENTOS DO PASSADO EM HANNAH ARENDTJAQUELINE ALVES PAZ 05 August 2003 (has links)
[pt] Esse trabalho refere-se ao pensamento de Arendt e suas
considerações acerca do pensar e do julgar, tendo como eixo
norteador: a compreensão do conceito de história. A relação
entre o julgar como uma atividade do espírito voltada para
o passado, a preocupação com a memória, impedindo que os
acontecimentos se percam no fluir do próprio tempo, e a
necessidade portanto desse pensar como momento
cristalizador das idéias, permitindo que o mundo
sobreviva com seu passado e garanta a sobrevivência da
novidade daqueles que ainda chegarão. Partindo das
considerações arendtianas sobre a temporalidade,
presenciamos com a modernidade um novo momento, a partir da
ruptura com a tradição e um espécie de lacuna aberta no
tempo, tornando necessário portanto, segundo Arendt que re-
pensemos conceitos como história, política e filosofia. / [en] This paper refers to Arendts thoughts and considerations on
thinking and judging, its guiding line being the
understanding of the concept of history. The relation
between judging as a spiritual activity facing the past,
the concern about memory - preventing events to get lost
into the time flow - and the consecutive necessity of
thinking as a crystallizing moment of the ideas allowing
the world to survive its past and avowing the survival of
novelty in those still to come. From Arendts considerations
on temporality, we witness a new moment within modernity,
departing from the rupture with tradition and a hiatus open
in time, making it necessary to rethink concepts such as
history, politcs and philosophy.
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[en] WORLD AND ACOSMISM IN HANNAH ARENDT´S WORK / [pt] MUNDO E ACOSMISMO NA OBRA DE HANNAH ARENDTRODRIGO RIBEIRO ALVES NETO 07 December 2007 (has links)
[pt] Este estudo apresenta uma interpretação da reflexão de
Hannah Arendt
acerca do homem com um ser do mundo e sobre as mais gerais
condições
mundanas da existência humana: a natalidade, a
mortalidade, o planeta Terra, a
vida orgânica, a mundanidade e a pluralidade. Nele é
analisado de que modo,
através do exame da inédita desmundanização totalitária,
Arendt reconsiderou
criticamente o acosmismo pré-moderno e moderno expressos
de formas
distintas tanto no quadro conceitual da filosofia política
tradicional quanto na
histórica ordenação hierárquica dos mais básicos
engajamentos ativos (trabalho,
fabricação e ação) e não-ativos (pensamento) do homem com
o mundo. O termo
acosmismo significa literalmente uma negação do cosmo
(mundus, em latim),
uma degradação de tudo que vincula o homem ao mundo humano
e comum, ou
ainda, um desequilíbrio na plena instituição e preservação
do mundo, sobretudo
do lado público do mundo. Trata-se de reconstruir o que,
segundo Arendt,
foram os fatores cruciais para o colapso do mundo que, no
século XX, formou a
massa supérflua dominada pelo terror e doutrinada pela
ideologia no totalitarismo.
Este estudo almeja elucidar, portanto, em que medida os
regimes totalitários
desataram o fio da história ocidental, indicando o
surgimento de novas
experiências que, opacas à luz do legado filosófico
tradicional, iluminam o
passado e os transes do nosso tempo, ainda tão vigentes no
trânsito das
sociedades modernas para o século XXI. / [en] This study presents an interpretation of Hannah Arendt's
reflection on man
as a being of the world as well as the most general
worldly conditions of human
existence: natality, mortality, planet Earth, organic
life, worldliness and plurality.
By examining the untold totalitarian deworldlization, it
aims at analyzing as to
what extent Arendt critically reconsidered the pre-modern
and modern
acosmism, distinctly expressed both in the conceptual
scenario of traditional
political philosophy and in the history of hierarchical
assortment of man's most
active and basic engagements (labor, work and action) and
not active (thinking) in
the world. The term acosmism literally means a denial of
the cosmos (mundus,
in Latin), a degradation of everything which connects the
human existence to the
world common, or yet, a lack of balance in the full
foundation and preservation of
the world, and above all, of the public side of the world.
Therefore, this study
rebuilds what according to Arendt were the crucial factors
that led to the world
collapse which resulted in this shallow crowd dominated by
terror and
indoctrination in the ideology of totalitarianism in the
20th century. The
totalitarian regimes broke the line of Occidental History,
pointing out the coming
of a dim era in relation to the traditional philosophic
legacy and brightening up the
trances of our times still so much current in modern
societies' passage to the 21st
century.
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[pt] A CRISE DO MUNDO MODERNO E O DESCONFORTO CONTEMPORÂNEO: UMA LEITURA DOS CONCEITOS DE HISTÓRIA, TRABALHO, AÇÃO E ALIENAÇÃO EM HANNAH ARENDT / [en] CRISIS OF THE MODERN WORLD AND THE CONTEMPORARY DISCONFORT: A DISCUSSION OF HANNAH ARENDT S CONCEPTS OF HISTORY, WORK, ACTION AND ALIENATIONREBECCA COSCARELLI CARDOSO BASTOS 09 April 2012 (has links)
[pt] Sem perder de vista a questão reflexiva a respeito da história e da historiografia que está disponível aos homens de maneira geral e aos historiadores particularmente, o trabalho visa uma compreensão a respeito do desconforto contemporâneo a partir do trabalho de Hannah Arendt e da descrição da crise do mundo moderno diagnosticada pela autora. Para tal, o trabalho passará pela reflexão a respeito da vita activa e de suas atividades próprias que implicarão maneiras determinadas de agir no mundo e de encarar o que é a história. / [en] The scope of this study resides on the contemporary discomfort in the Hannah Arendt’s analysis and the description of the crisis of the modern world diagnosed by this author. Therefore, the work will reflect about the vita activa and their characteristics that lead to certain ways of acting in the world and concepts of history.
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[en] POLITICAL ART OR ART AND POLITICS: AN ANALYSIS OF THIS DISJUNCTION IN RANCIÈRE / [pt] ARTE POLÍTICA OU ARTE E POLÍTICA: UMA ANÁLISE DESTA DISJUNÇÃO EM RANCIÈREDANIEL CARDOSO DE OLIVEIRA 06 May 2013 (has links)
[pt] Nesta dissertação é apresentada uma alternativa para pensar a eficácia política da arte que se distingue do seu uso instrumental. Para isso, postula-se que a conexão entre os campos da arte e da política se estabelece sobre uma experiência dissensual. Ambas as atividades embaralham a trama da experiência sensível na qual um mundo em comum se estabelece; é fixado, designado e repartido. A argumentação se divide em duas partes. Primeiramente, busca recompor uma estética da política – o modo pelo qual se configura um espaço de visibilidade para a ação e a argumentação políticas a partir do dissenso. Trata-se de uma experiência imprevisível e contingente que desfaz as conexões usuais entre causas e efeitos, ações e consequências. Ainda na primeira parte, se discute qual é efetivamente a perspectiva de emancipação por meio desta compreensão do fenômeno político frente à pretensão totalizante que caracterizou a tradição da filosofia política. Na segunda parte, será delimitado o escopo das preocupações da estética, contrapondo-a enquanto disciplina filosófica com a compreensão de Rancière de um regime estético da arte. Isto implica apresentar os diversos regimes com que a arte foi compreendida na tradição em analogia com os regimes de regulação do campo da política. Por fim, será discutida uma alternativa crítica para se pensar a efetividade política intrínseca ao regime estético que não recaia na simples atribuição de culpas e responsabilidades que caracteriza a instrumentalização tanto da política quanto da arte. / [en] This dissertation presents an alternative to think about the political efficacy of art that is distinct from its instrumental use. For this, it is postulated that the connection between the fields of art and politics settles on the experience of the dissensus. Both activities shuffle the plot of sensory experience in which a common world is established, fixed, designed and distributed. The argument is divided into two parts. First, it seeks to recompose an aesthetics of politics – the way is established a space of visibility for the political action and argumentation from political dissent. This is an unpredictable and contingent experience that undoes the usual connections between causes and effects, actions and consequences. Even in the first part, we discuss what is effectively the prospect of emancipation through this understanding of the political phenomenon front totalizing pretensions that characterized the tradition of political philosophy. In the second part, shall be limited the escope of the concerns of aesthetic discipline set in contrast with the conception proposed by Rancière of an aesthetic regime of art. This involves presenting the various regimes that art has been understood in the tradition in analogy with the regulatory regimes of the field of politics. Finally, we discuss an alternative to think about the political effectiveness intrinsic to the aesthetic regime of art that does not lie in the simple attribution of guilt and responsibility that characterizes both the instrumentalization of politics and art.
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[en] THE PUBLIC AND THE PLURAL: ABOUT THE IMPORTANCE OF JUDGMENT MAKE ITSELF PUBLIC IN ART / [pt] O PÚBLICO E O PLURAL: SOBRE A IMPORTÂNCIA DO JUÍZO SE FAZER PÚBLICO NA ARTEALEXANDRA DE ALMEIDA 19 July 2018 (has links)
[pt] problema que orienta o desenvolvimento desta pesquisa pergunta pelo lugar do espectador na arte contemporânea levando em consideração os seus limites e as suas possibilidades críticas. Marcel Duchamp ilustra a questão declarando, na sentença de abertura do seu texto O ato criador, Consideremos dois importantes fatores, os dois polos da criação artística: de um lado o artista, do outro o público, que mais tarde se transforma na posteridade. É desta dupla polaridade que se ocupa esta tese. Mais especificamente, ocupa-se, como princípio, da possibilidade de reconhecer no público ajuizador dos fenômenos estéticos, um lugar efetivo como salvaguarda de obras de arte. Neste sentido, caberia ao público-espectador proteger, preservar e garantir a integridade e a perenidade de obras artísticas. Do ponto de vista desta pesquisa é mediante a capacidade humana de julgar que se efetuaria a salvaguarda. Com efeito, o exercício do juízo é condição primeira fundamental para a efetuação da salvaguarda, porém, seguido de uma segunda condição: que o juízo se faça público ou, em outros termos, que se faça compartilhar. Ainda que incluso em uma malha de relações na qual figuram o artista, a obra artística e o local de exposição da obra, dentre outros componentes, o espectador, tradicionalmente, tem assumido papel acessório ou de permanente subordinação em suas relações com o mundo da arte. Um tanto alijado do plano das artes, parecem caber ao espectador (de fato, porém, não de direito) intervenções tímidas, periféricas, algo guiadas, impregnadas por uma suspeita de inoperância estética e de um despreparo como tradutor ou contratradutor dos fenômenos artísticos. Na tese, proponho que a relação entre o espectador e a obra seja tratada a partir de moldes kantianos. Naturalmente, dado o domínio dessas relações, o domínio artístico, refiro-me ao julgar, ou ao juízo, entendido em sua função reflexiva. Põe-se em causa, aqui, questões ligadas à contemplação, à produção de ideias, à comunicabilidade e à sociabilidade, bem como à ação do sujeito no mundo e à diversidade característica do discurso e do juízo. E, não tanto como um desdobramento, mas como algo intrínseco, quiçá anterior a todas estas questões, põe-se em causa, também, o lugar ocupado pelo sujeito do juízo de um ponto de vista político. Como nos lembra Hannah Arendt, sempre que a relevância do discurso (do juízo, neste caso) entra em jogo, a questão torna-se política por definição, pois é o discurso que faz do homem um ser político. Na tese, o espectador é proposto como sujeito do juízo, o juízo como lugar da salvaguarda e a salvaguarda se efetivando na condição da promulgação pública e compartida do juízo. Neste contexto, o espectador, em sua singularidade, é sempre plural, diverso, não necessariamente conforme e cultor de relações intersubjetivas. Por sua vez, o juízo é público, manifesto, partilhável, disponível a qualquer outro e portador de uma dimensão criativa que reconstrói o sentido da obra artística por meio do seu testemunho. Por extensão, a condição pública e plural de enunciação do juízo, revela a importância política do julgamento estético. / [en] The problem which guides the development of this research inquires about the spectator s place in contemporary art considering his or her limits and critical possibilities. Marcel Duchamp illustrates the question by declaring in the opening sentence of his text The Creative Act, Let us consider two important factors, the two poles of the creation of art: the artist on one hand, and on the other the spectator who later becomes the posterity. It is with this double polarity that this thesis occupies itself. More specifically, it occupies itself, as a principle, with the possibility of recognizing in the judging public of aesthetic phenomena an effective place as a safeguard of works of art. In that sense, it would fall to the public-spectator to protect, preserve and assure the integrity and perenniality of works of art. From this research s standpoint it is through the human power of judgment that this safeguarding would be accomplished. In fact, the exercise of judgment is a first fundamental condition for the fulfillment of the safeguarding, followed, however, by a second condition: that the judgment be made public or, in other words, that it be made shareable. Although inserted in a web of relations which includes the artist, the work of art and its place of exhibition, among other components, the spectator has traditionally played an accessory role or one of permanent subordination in his relations with the world of art. Somewhat excluded from the plane of arts, it seems to fall to the spectator (de facto but not de jure) to make timid, peripheral, somewhat guided interventions, impregnated with a suspicion of aesthetic inoperability and ill-preparedness as translator or counter-translator of artistic phenomena. In the thesis, I propose that the relation between spectator and work be treated with Kantian patterns. Naturally, given the dominion of these relations, the artistic dominion, I refer to judging or judgment when understood in their reflective function. Questions linked to contemplation, production of ideas, communicability and sociability, as well as to the subject s action in the world and to the characteristic diversity of discourse and judgment are called into question here. And not exactly as an unfolding, but as something intrinsic, perhaps prior to all these questions, the place occupied by the judgment s subject from a political standpoint is also called into question. As we are reminded by Hannah Arendt, whenever the relevance of the discourse (of judgment, in this case) comes into play, the question becomes political by definition, because discourse turns man into a political being. In the thesis, the spectator is proposed as the judgment s subject and judgment as the place of safeguard, this safeguarding being accomplished on condition of the public and shared promulgation of judgment. In this context, the spectator is always, in his singularity, plural, diverse, not necessarily conformist and adherent to intersubjective relations. In its turn, judgment is public, manifest, shareable, available to any other and carries a creative dimension which reconstructs the meaning of a work of art through its testimony. By extension, the public and plural condition of judgment s enunciation reveals the political importance of the aesthetic judgment.
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