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[en] FORMATION OF CHARACTER AND REFLEXIVE JUDGEMENT IN KANT S PHILOSOPHY / [pt] FORMAÇÃO DO CARÁTER E JUÍZO REFLEXIVO NA FILOSOFIA DE KANT

DOUGLAS LUIZ PEREIRA 05 May 2015 (has links)
[pt] É no contexto da proposta kantiana para a prática da moralidade que a tese está centrada. Dentro desse contexto, o foco principal é o problema da educação, pois a educação para a moralidade tem pressupostos e requer determinadas práticas, que são melhor compreendidas se levamos em conta o âmbito do sistema kantiano. De acordo com Kant, a razão humana cumpre não só uma função teórica, voltada para o conhecimento da natureza, mas também uma função prática, voltada para ideia de liberdade. Isso faz com que a questão da moralidade e da educação tenham seu cerne na ideia de liberdade. Em função dessa ideia, segundo Kant, a razão é capaz de determinar a vontade e o agir do ser humano, possibilitando um agir autônomo. É com vistas à constituição de sujeitos autônomos que a tarefa da educação moral se faz necessária, tarefa que requer um longo caminho de formação do caráter e do aprendizado pela liberdade, aprendizado cujos pressupostos residem nos princípios da razão pura, os únicos que possibilitam a moralidade. / [en] This thesis is centered on Kant s proposal for the practice of morality. In this context, the main focus is the problem of education, since education for morality has principles and requires certain practices that make better sense if we take into consideration the realm of Kant s system. According to Kant, the human reason fulfills not only a theoretical function, aimed at the knowledge of nature, but also a practical function, aimed at the idea of freedom. Therefore, the question of morality and education has its roots in the idea of freedom. Reason is capable of determining the will and the actions of human beings, making an autonomous action possible. Aiming at the constitution of autonomous subjects, the task of moral education is necessary, and it requires a long path of formation of character and learning through freedom. The foundations of this learning reside in the principles of pure reason, the only ones to make morality possible.
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[pt] QUAL É O DRESS CODE ? MORAL E JUÍZO ESTÉTICO NO VESTIR FEMININO EVANGÉLICO / [en] WHICH IS THE DRESS CODE? MORAL AND AESTHETIC JUDGEMENT IN THE EVANGELICAL WOMEN S DRESS

RITA DE CÁSSIA GONÇALO ALVES 01 September 2016 (has links)
[pt] A presente dissertação traz uma pesquisa acerca da moral evangélica que contempla o vestuário feminino como um importante elemento de distinção social. A partir da etnografia realizada em igrejas evangélicas na região metropolitana do Rio de Janeiro, procurei observar de que forma as subjetividades se manifestam nos discursos e como experiências religiosas e culturais operam nos distintos modos de vestir-se, performar-se e julgar o belo. Disso resulta que, entre o juízo de gosto e as práticas do vestir, há operações de agenciamento em que as mulheres investem na construção de uma identidade visual personalizada sem contrapor a moral evangélica, mas também evidenciando as múltiplas formas sobre como essas normas são incorporadas. Neste sentido, o diálogo entre os mecanismos de distinção e as relações entre performatividade e materialidade constroem uma ética corporal e comunal, contribuindo para o entendimento da regulação e inscrição desses corpos femininos, portadores de significados sociais. / [en] The present work brings a research about the gospel morality, which includes women s clothing as an important element of social distinction. From the ethnography in evangelical churches in the metropolitan region of Rio de Janeiro, I tried watching how the subjectivities are manifested in speeches and how religious and cultural experiences operating in distinct ways of dress up perform and judge the beautiful. It follows that between the judgement of taste and practices of dressing there are agency operations where women invest in constructing a personalized visual identity without opposing the evangelical morality, but also showing the multiple ways on how these norms are incorporated. In this sense, the dialogue between distinction mechanisms and the relations between performativity and materiality build a corporal and communal ethics, contributing to the understanding of the regulation and registration of these female bodies carrying social meanings.
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[en] ARENDT ON KANT: POSSIBILITIES OF JUDGMENT IN A TIME DEVOID OF WORLD / [pt] ARENDT LEITORA DE KANT: POSSIBILIDADES DO JUÍZO EM UMA ÉPOCA POBRE DE MUNDO

CLAUDIA CRISTINA XAVIER SILVEIRA 21 December 2017 (has links)
[pt] Nosso trabalho buscou apresentar a concepção de juízo na obra de Hannah Arendt, cuja compreensão se apoia em uma livre interpretação do juízo reflexionante estético de Kant. As razões pelas quais Arendt teria se voltado para o tema refletem sua preocupação com o obscurecimento do mundo, cuja pluralidade esteve visivelmente ameaçada com o advento do totalitarismo. Para a pensadora, os acontecimentos sem precedentes decorrentes do totalitarismo fazem parte de um contexto em que a ausência de reflexão e uma consequente inabilidade para julgar o que se passava fizeram do século XX um dos mais sombrios períodos da história da humanidade. A faculdade do juízo reflexionante estético, capaz de refletir sobre o particular sem que exista um universal dado, foi pensada por Arendt em um contexto político, e suas características apontam para a necessidade de compreender sem corrimãos os assuntos mundanos que se apresentam na contemporaneidade. Poderíamos considerar uma teoria do juízo arendtiana apenas de um modo fragmentado, uma vez que esse foi um projeto de uma pesquisa teórica que não foi realizado integralmente por ela, e do qual temos um quebra-cabeça a ser montado. Suas peças podem ser resgatadas desde os seus primeiros ensaios, quando a ação política era o seu leit motif intelectual. Posteriormente, a partir do julgamento de Eichmann, quando ao cunhar a expressão banalidade do mal ela própria se tornou exemplar em seu juízo reflexionante. Julgar prospectivamente com uma mentalidade alargada ou retrospectivamente com desinteresse são, pois, lados possíveis da mesma moeda: o juízo de gosto, cujo resgate Arendt se esforçou em trazer à luz. Tal juízo possui as características da comunicabilidade e intersubjetividade que possibilitam a existência do mundo, entendido como o espaço entre homens e espaço de visibilidade do pensamento reflexivo. Por essa razão, a atividade de julgar assim compreendida é a única faculdade espiritual do homem capaz de estabelecer o horizonte da pluralidade. / [en] Our work intended to present the notion of judgment in the writings of Hannah Arendt, whose comprehension supports itself on a free interpretation of Kantian aesthetic reflective judgment. The reasons why Arendt would have turned herself to the theme reflect her concern about the darkening of the world, whose plurality had been visibly threatened by the advent of totalitarianism. For philosopher, the unprecedented events that came from totalitarianism are part of a context in which the lack of deliberation and a subsequent inability to judge what was happening made the 20th century one of the darkest periods of human history. Arendt studied the faculty of aesthetic reflective judgment, capable of deliberating about the particular without a given universal, in a political context, and its characteristics point to the necessity of comprehending without handrails the mundane topics that present themselves on contemporaneity. We are able to consider only a fragmented Arendtian theory of judgment, since this was a research project not done solely by herself, and of which we have a whole puzzle to assemble. The pieces of this puzzle can be found beginning on her first essays, when the political action was her intellectual leit motif. Later, from Eichmann s judgment on, when she became an example on her own reflective judgment after coining the expression banality of evil. Judging prospectively with an enlarged mentality or retrospectively with disinterest are, then, two possible sides of the same coin: the judgment of taste, something Arendt tried to rescue and bring to light. This judgment holds the same characteristics of communicability and intersubjectivity that make possible the existence of the world, understood as the space between men and space of visibility of reflective judgment. For this reason, the activity of judging, comprehended this way, is the only spiritual faculty of men capable of establishing the horizon of plurality.
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[en] THE PUBLIC AND THE PLURAL: ABOUT THE IMPORTANCE OF JUDGMENT MAKE ITSELF PUBLIC IN ART / [pt] O PÚBLICO E O PLURAL: SOBRE A IMPORTÂNCIA DO JUÍZO SE FAZER PÚBLICO NA ARTE

ALEXANDRA DE ALMEIDA 19 July 2018 (has links)
[pt] problema que orienta o desenvolvimento desta pesquisa pergunta pelo lugar do espectador na arte contemporânea levando em consideração os seus limites e as suas possibilidades críticas. Marcel Duchamp ilustra a questão declarando, na sentença de abertura do seu texto O ato criador, Consideremos dois importantes fatores, os dois polos da criação artística: de um lado o artista, do outro o público, que mais tarde se transforma na posteridade. É desta dupla polaridade que se ocupa esta tese. Mais especificamente, ocupa-se, como princípio, da possibilidade de reconhecer no público ajuizador dos fenômenos estéticos, um lugar efetivo como salvaguarda de obras de arte. Neste sentido, caberia ao público-espectador proteger, preservar e garantir a integridade e a perenidade de obras artísticas. Do ponto de vista desta pesquisa é mediante a capacidade humana de julgar que se efetuaria a salvaguarda. Com efeito, o exercício do juízo é condição primeira fundamental para a efetuação da salvaguarda, porém, seguido de uma segunda condição: que o juízo se faça público ou, em outros termos, que se faça compartilhar. Ainda que incluso em uma malha de relações na qual figuram o artista, a obra artística e o local de exposição da obra, dentre outros componentes, o espectador, tradicionalmente, tem assumido papel acessório ou de permanente subordinação em suas relações com o mundo da arte. Um tanto alijado do plano das artes, parecem caber ao espectador (de fato, porém, não de direito) intervenções tímidas, periféricas, algo guiadas, impregnadas por uma suspeita de inoperância estética e de um despreparo como tradutor ou contratradutor dos fenômenos artísticos. Na tese, proponho que a relação entre o espectador e a obra seja tratada a partir de moldes kantianos. Naturalmente, dado o domínio dessas relações, o domínio artístico, refiro-me ao julgar, ou ao juízo, entendido em sua função reflexiva. Põe-se em causa, aqui, questões ligadas à contemplação, à produção de ideias, à comunicabilidade e à sociabilidade, bem como à ação do sujeito no mundo e à diversidade característica do discurso e do juízo. E, não tanto como um desdobramento, mas como algo intrínseco, quiçá anterior a todas estas questões, põe-se em causa, também, o lugar ocupado pelo sujeito do juízo de um ponto de vista político. Como nos lembra Hannah Arendt, sempre que a relevância do discurso (do juízo, neste caso) entra em jogo, a questão torna-se política por definição, pois é o discurso que faz do homem um ser político. Na tese, o espectador é proposto como sujeito do juízo, o juízo como lugar da salvaguarda e a salvaguarda se efetivando na condição da promulgação pública e compartida do juízo. Neste contexto, o espectador, em sua singularidade, é sempre plural, diverso, não necessariamente conforme e cultor de relações intersubjetivas. Por sua vez, o juízo é público, manifesto, partilhável, disponível a qualquer outro e portador de uma dimensão criativa que reconstrói o sentido da obra artística por meio do seu testemunho. Por extensão, a condição pública e plural de enunciação do juízo, revela a importância política do julgamento estético. / [en] The problem which guides the development of this research inquires about the spectator s place in contemporary art considering his or her limits and critical possibilities. Marcel Duchamp illustrates the question by declaring in the opening sentence of his text The Creative Act, Let us consider two important factors, the two poles of the creation of art: the artist on one hand, and on the other the spectator who later becomes the posterity. It is with this double polarity that this thesis occupies itself. More specifically, it occupies itself, as a principle, with the possibility of recognizing in the judging public of aesthetic phenomena an effective place as a safeguard of works of art. In that sense, it would fall to the public-spectator to protect, preserve and assure the integrity and perenniality of works of art. From this research s standpoint it is through the human power of judgment that this safeguarding would be accomplished. In fact, the exercise of judgment is a first fundamental condition for the fulfillment of the safeguarding, followed, however, by a second condition: that the judgment be made public or, in other words, that it be made shareable. Although inserted in a web of relations which includes the artist, the work of art and its place of exhibition, among other components, the spectator has traditionally played an accessory role or one of permanent subordination in his relations with the world of art. Somewhat excluded from the plane of arts, it seems to fall to the spectator (de facto but not de jure) to make timid, peripheral, somewhat guided interventions, impregnated with a suspicion of aesthetic inoperability and ill-preparedness as translator or counter-translator of artistic phenomena. In the thesis, I propose that the relation between spectator and work be treated with Kantian patterns. Naturally, given the dominion of these relations, the artistic dominion, I refer to judging or judgment when understood in their reflective function. Questions linked to contemplation, production of ideas, communicability and sociability, as well as to the subject s action in the world and to the characteristic diversity of discourse and judgment are called into question here. And not exactly as an unfolding, but as something intrinsic, perhaps prior to all these questions, the place occupied by the judgment s subject from a political standpoint is also called into question. As we are reminded by Hannah Arendt, whenever the relevance of the discourse (of judgment, in this case) comes into play, the question becomes political by definition, because discourse turns man into a political being. In the thesis, the spectator is proposed as the judgment s subject and judgment as the place of safeguard, this safeguarding being accomplished on condition of the public and shared promulgation of judgment. In this context, the spectator is always, in his singularity, plural, diverse, not necessarily conformist and adherent to intersubjective relations. In its turn, judgment is public, manifest, shareable, available to any other and carries a creative dimension which reconstructs the meaning of a work of art through its testimony. By extension, the public and plural condition of judgment s enunciation reveals the political importance of the aesthetic judgment.
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[en] I AM NOT SURE IT IS BEAUTIFUL, BUT IT IS UNDENIABLY ALIVE: DISGUST AS LIFE FORCE IN THE WRITING OF CLARICE LISPECTOR / [pt] NÃO GARANTO QUE É BONITO, MAS É INCONTESTAVELMENTE VIVO: O NOJO COMO FORÇA DE VIDA NA ESCRITA DE CLARICE LISPECTOR

CLARA LOPES PEREIRA 17 October 2024 (has links)
[pt] Não garanto que é bonito, mas é incontestavelmente vivo reflete sobre o exercício, na escrita literária de Clarice Lispector, do imperativo de perder o medo do feio, anunciado pela protagonista de A paixão segundo G.H. (1964). Propõe-se uma aproximação entre este romance e A via crucis do corpo (1974), com ênfase nos diferentes modos como ambos os escritos mobilizam um mesmo sentimento feio: o nojo. A dissertação investiga como as diferentes maneiras de avivar o nojo empregadas por Clarice Lispector são capazes de conferir a um texto um lugar de prestígio e relegar o outro ao estatuto de obra menor, mobilizando aspectos como a recepção e as circunstâncias que envolvem a publicação dos dois livros, o uso da linguagem e os aspectos sociais neles abordados, e os jogos que se encenam entre texto e leitor. Por fim, a dissertação se volta para aquilo que os dois livros têm em comum – o fio que os conecta, não como obras que se pretendem finais, mas como exercícios de aproximação do que é vivo – e, consequentemente, orgânico, inacabado, imperfeito, feio. / [en] I am not sure it is beautiful, but it is undeniably alive reflects on the exercise, in Clarice Lispector s literary writing, of the imperative of overcoming the fear of the ugly, as announced by the protagonist of The passion according to G.H. (1964). It proposes an approach between this novel and The via crucis of the body (1974), emphasizing the different ways in which both writings mobilize the same ugly feeling: disgust. The dissertation investigates how the different ways of arousing disgust employed by Clarice Lispector are capable of conferring a place of prestige to one text and relegating the other to the status of a minor work, mobilizing aspects such as reception and the circumstances surrounding the publication of the two books, the use of language and the social aspects addressed in them, and the games enacted between text and reader. Finally, the dissertation turns to what the two books have in common – the thread that connects them, not as works that claim to be final, but as exercises in approaching what is alive – and, consequently, organic, unfinished, imperfect, ugly.
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[pt] DIFERENTE MAS NÃO INDIFERENTE: JUÍZO E COMPAIXÃO EM OS 11,8-9; 13,12-14,1 / [en] DIFFERENT BUT NOT INDIFFERENT: JUDGMENT AND COMPASSION IN HOS 11,8-9; 13,12-14,1

23 January 2019 (has links)
[pt] O presente trabalho estuda os textos de Os 11,8-9; 13,12-14,1. As perícopes foram selecionadas a partir do paradoxo instaurado entre elas. Os 11,8-9 apresenta uma reflexão de Deus diante da questão se Israel deve ou não ser destruído e que suspende o aniquilamento do povo. Dois capítulos depois, no último texto antes da promessa final do livro, Os 13,12-14,1, o mesmo Deus decreta a execução do castigo que levará à extinção do Reino do Norte. Com o intuito de tentarmos indicar como se coadunam as duas perspectivas, que implicam suspensão do juízo e sua afirmação, estabeleceremos elementos de aproximação e oposição entre os textos. Para tanto, serão considerados também os dados redacionais, a fim de elucidar a concatenação entre as duas perspectivas aparentemente contraditórias. / [en] The present work studies the texts of Hos.11,8-9; 13,12-14,1. The pericopes were selected from the paradox established between them. While Hos.11: 8-9 presents a reflection of God on the question of whether or not Israel should be destroyed as to suspend the annihilation of the people, two chapters further, in the last text before the final promise of the book, in Hos.13,12-14,1, the same God decrees the execution of the punishment that will lead to the extinction of the Northern Kingdom. In order to try to indicate how the two perspectives converge, which imply suspension of the judgment and its affirmation, we will establish elements of approximation and opposition between the texts, taking into consideration the writing data, in order to elucidate the concatenation between the two apparently contradictory perspectives.
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[pt] O ESPÍRITO SANTO-PARÁCLÊTOS NO QUARTO EVANGELHO: ANÁLISE EXEGÉTICA DE JO 16,4B-15 / [en] THE HOLY SPIRIT PARACLETE IN FOURTH GOSPEL: EXEGETICAL ANALYSIS OF JN 16,4B-1

VILSON JOSÉ DA SILVA 05 April 2021 (has links)
[pt] A presente dissertação tem como objetivo o estudo sobre o Espírito Santo Paráclêtos e as suas funções, delimitado na perícope Jo 16,4b-15, situada dentro do quadro dos capítulos Jo 13–17 intitulado de discurso de despedida. Nesta perícope são descritas as funções exercidas pelo Paráclêtos, as quais são específicas, inconfundíveis e não mencionadas nos outros logions sobre o Paráclêtos delimitados em Jo 14,15-17; Jo 14,25-26 e Jo 15,26-27. No entanto, para o aprofundamento desse tema, foi necessário o aprofundamento das questões que envolvem o Quarto Evangelho, no que concerne: à formação do Evangelho, às vertentes teológicas, à relação entre o Discípulo Amado e o autor, ao lugar de origem, as hipóteses da composição, bem como aos contextos que influenciaram o pensamento joanino, assuntos estes denominados questão joanina. Sendo assim, a partir deste aporte desenvolveu-se a exegese da perícope, tendo como pergunta norteadora: como entender a necessidade da partida de Jesus para que o Paráclêtos seja enviado (cf. Jo 16,7)? Sobre essa questão é estabelecida a inter-relação entre a missão do Filho e a missão do Paráclêtos, bem como o fato de que nas narrativas sobre o envio do Paráclêtos, ora é o Pai, que envia mediante a intercessão de Jesus (cf. Jo 14,16.26), ora é o Filho, que envia de junto do Pai (cf. Jo 15,26; Jo 16,7). Para o alcance à resposta desse questionamento, realizou-se a aplicação do método histórico-crítico e a investigação de obras de autores modernos, chegando à conclusão, por meio desses instrumentos, de que há uma inter-relação entre a missão do Filho e a Missão do Paráclêtos, isto é, o Espírito dá continuidade à obra do Filho por meio do testemunho dos discípulos. / [en] This dissertation aims to study about the Holy Spirit-Paraclete and its functions, as described in Jn 16,4b-15, situated within the framework of the chapters 13–17 titled farewell speech . This pericope describes the duties performed by the Paraclete, which are specific, unmistakable, and are not mentioned in the other logions about the Paraclete in Jn 14,15-17; Jn 14,25-26; Jn 15,26-27. However, for the further development of this subject, the deepening of the issues surrounding the Fourth Gospel was necessary, regarding: the formation of the Gospel, the theological aspects, the relationship between the Beloved and the author, place of origin, the hypotheses of the composition, as well as the context that influenced the Johannine thought, all of which called Ioannina Issue . Thus, from this contribution we developed the exegesis of the pericope, with the guiding question: How can one understand that the departure of Jesus was necessary for the Paraclete to be sent (cf. Jn 16,7)? This is a question upon which the interrelationship between the Son s mission and the mission of the Paraclete is established, as well as the fact that the narratives about the sending of the Paraclete, oftentimes it is the Father who sends through the intercession of Jesus (cf. Jn 14,16.26), oftentimes it is the Son who sends the Paraclete from the nearness of the Father (cf. Jn 15,26; Jn 16,7). To reach the answer of this question, there was the application of the historical-critical method and the research works of modern authors, which led to the conclusion that that there is an interrelationship between the Son s mission and the mission of the Paraclete, that is, the Spirit continues the Son s work through the witness of the disciples.

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