Spelling suggestions: "subject:"ácaros"" "subject:"acaros""
121 |
Controle microbiano de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) com Hirsutella thompsonii Fisher / Microbial control of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) with Hirsutella thompsonii FisherRossi-Zalaf, Luciana Savoi 29 March 2007 (has links)
Avaliou-se o efeito de Hirsutella thompsonii ao ácaro da leprose dos citros (Brevipalpus phoenicis). Em laboratório, adultos foram mantidos em arenas sobre folhas de citros em placas contendo ágar-água solidificado. Foram avaliadas a patogenicidade e virulência do fungo ao ácaro, bem como sua persistência e compatibilidade com acaricidas. No campo, os ácaros foram confinados em arenas sobre frutos de laranja pré-infestados com adultos, sendo estes mantidos em plantas de citros. O isolado Esalq-1269 de H. thompsonii foi inoculado em populações do ácaro provenientes de diversas regiões do Estado de São Paulo. Para se verificar o efeito combinado da temperatura e umidade relativa do ar, o patógeno foi aplicado e os ácaros mantidos em condições controladas. A eficiência de Esalq-1269 foi comparada com isolados do banco de patógenos do Cenargen/Embrapa, os quais foram identificados. Além destes testes, determinou-se o efeito de Esalq-1269 em ovos de B. phoenicis. As avaliações da virulência e persistência foram realizadas a partir do patógeno produzido em meio de cultura completo e sólido (MC-S); meio completo e líquido (MC-L); arroz pré-cozido (APC) e arroz pré-cozido seco e moído (APC-SM). Nos bioensaios com os acaricidas, determinou-se a compatibilidade com agrotóxicos registrados para B. phoenicis phoenicis em citros. O efeito de sub-concentrações de H. thompsonii e de Propargite (Omite 720 SC) foram avaliadas, isoladamente e em mistura, para o ácaro. Em todos os bioensaios, as suspensões contendo propágulos do fungo foram preparadas em diferentes concentrações e após a pulverização avaliou-se a mortalidade durante quatro dias. No experimento de campo o patógeno foi aplicado em diferentes concentrações. O primeiro experimento constou da testemunha e H. thompsonii produzida em APC (6kg/ha). O segundo experimento constou: testemunha, H. thompsonii produzida em APC (20kg/ha e 10kg/ha) e H. thompsonii produzida em MC-L (5L/ha). As avaliações foram realizadas após 10 e 20 dias das aplicações, verificando a sobrevivência de adultos e o número de ovos e ninfas. Esalq-1269 foi patogênico a adultos de B. phoenicis provenientes de todas as regiões do Estado avaliadas, porém com diferenças quanto suscetibilidade. Todos os isolados testados foram patogênicos a B. phoenicis, sendo Esalq-1269 o mais virulento. Nos testes de temperatura x umidade, observou-se que Esalq-1269 apresentou alta atividade a 30°C, independentemente da umidade relativa. Porém, baixas temperaturas prejudicaram o desenvolvimento da doença. O patógeno não apresentou efeito em ovos do ácaro. Nos testes de virulência, a menor CL25 obtida foi para o fungo produzido em MC-S (1,9x105con/mL), já as CL25 para o patógeno produzido em APC e APCSM foram semelhantes. O fungo produzido em MC-L foi o que apresentou maior persistência em relação aos demais, sendo capaz de causar mortalidade devido ao efeito indireto. Quanto à toxicidade, a exceção de Dicofol e Cihexatina, todos os acaricidas foram compatíveis com o fungo. Observou-se efeito sinérgico entre a mistura patógeno x propargite, com alta mortalidade de B. phoenicis em sub-concentrações. Em campo, houve diferenças dos tratamentos com o fungo em relação à testemunha, havendo redução no número de adultos e de ovos. / This study aimed to evaluate the effect of Hirsutella thompsonii on the false spider mite (Brevipalpus phoenicis). In laboratory bioassays, adults were confined to arenas prepared with citrus leaves in acrylic dishes containing water-agar. The pathogenicity and virulence of the fungus against B. phoenicis adults, the persistence in citrus leaves and the compatibility with acaricides were studied. Adults were maintained in arenas prepared with fruits which were placed in plants in the field. The H. thompsonii isolate Esalq-1269 was inoculated on mite populations from different regions of São Paulo state. Also, the combined effect of temperature and humidity was measured on the fungus performance when mites were maintained in controlled conditions. The efficiency of Esalq-1269 was compared to isolates from Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Besides these bioassays, the effect of Esalq-1269 isolate in eggs of B. phoenicis was determined. The virulence and persistence tests were conducted using the fungi produced on complete solid culture medium (MC-S); complete liquid culture medium (MC-L); rice (APC) and rice powder (APC-SM). Compatibility of acaricides registered for B. phoenicis control with Esalq-1269 was evaluated and the combined effect of Propagite (Omite 720 SC) with sub-doses of H. thompsonii was determined. Mortality of mites was observed during four days after application of conidial suspensions. In field tests, the pathogen was applied in different concentrations. In the first assay, fungi were produced in APC (6kg/ha). In the second test, three treatments were applied: H. thompsonii cultured on rice (APC) at two concentrations (20Kg/ha and 10 Kg/ha) and H. thompsonii produced by liquid fermentation (MC-L) (5L/ha). Observations were performed after 10 and 20 days after application and adult survival, number of eggs and nymphs per fruit were observed. The isolate Esalq-1269 caused high mortality in all populations of B. phoenicis tested. Also, this strain was the most virulent against the mite and it was negatively affected by low temperatures. At 30°C, high mortality of adults was observed regardless of humidity levels. B. phoenicis was not pathogenic to eggs of B. phoencis . The lowest LC25 value calculated was from pathogen produced in MC-S (1,9x105 conidia/mL). The LC25 values calculated to APC and ACP-SM did not differ statistically. The pathogen produced by liquid fermentation was the most persistent in citrus leaves, causing higher levels of adult mortality. The acaricides Dicofol and Cyhexatin were toxic to Esalq-1269. Synergism between Propargite and H. thompsonii was observed resulting in high adult mortality under low concentrations. In field, results showed differences on concentration and time to death between treatments and control. Field applications resulted in reduction of adult and eggs.
|
122 |
Estudos bioecológicos de Neozygites floridana (Entomophthorales: Neozygitaceae) fungo patogênico de Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae) / Bioecological studies of Neozygites floridana (Entomophthorales: Neozygiteceae), the fungal pathogen of Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae)Duarte, Vanessa da Silveira 03 February 2009 (has links)
O ácaro vermelho do tomateiro Tetranychus evansi Baker e Pritchard é uma importante praga exótica de solanáceas na Europa e na África. Sugere-se que este ácaro tenha originado na América do Sul, região onde este não é considerado uma praga importante. Um importante inimigo natural de T. evansi no Brasil é o fungo Neozygites floridana Weiser e Muma que tem como principais características: alta virulência, restrita gama de hospedeiros e difícil crescimento in vitro. A taxonomia das espécies de Neozygites ainda é incerta, sendo que algumas espécies não podem ser separadas por caracteres morfológicos. Estudos moleculares são necessários para separar espécies e isolados de Neozygites patogênicos a ácaros tetraniquídeos. Isolados de N. floridana provenientes de T. urticae apresentam baixa virulência a T. evansi, e isolados de T. evansi apresentam baixa virulência a T. urticae. Através do seqüenciamento parcial da região 18S do DNA ribossômico de N. floridana verificou-se que o isolado de T. evansi (LQ2) apresenta 98% de similaridade ao isolado de T. urticae (LQ3), mas estes dois isolados apresentam alta divergência com outros isolados patogênicos a outros ácaros tetraniquídeos. Por exemplo, a similaridade entre dois isolados coletados em T. urticae, LQ3 e ARSEF662, é de somente 90%, indicando que os fungos identificados como N. floridana possam pertencer a diferentes espécies. Embora N. floridana seja o principal inimigo natural associado a T. evansi na maioria das regiões brasileiras monitoradas até o momento, o papel deste patógeno na regulação populacional da praga ainda não havia sido determinado. Neste estudo, monitorou-se o impacto das epizootias do patógeno nas populações de T. evansi em experimentos de campo e ambiente protegido em quatro ciclos de cultivo em mariapreta e em tomateiro com e sem aplicação de pesticidas químicos. A densidade de T. evansi foi correlacionada com a incidência do fungo e às condições ambientais. O único inimigo natural encontrados nas folhas foi N. floridana e as observações feitas demonstraram que este é um importante fator de regulação das populações de T. evansi em tomateiro, especialmente em ambiente protegido. A sua introdução nos continentes onde esta praga foi recentemente introduzida pode contribuir para a redução do seu impacto nestes locais. / The tomato red spider mite, Tetranychus evansi Baker and Pritchard is an important exotic pest of Solanaceae in Europe and Africa. It is suggested that this mite could have originated from South America, a region where it is not considered as an important pest. An important natural enemy of T. evansi in Brazil is the fungus Neozygites floridana Weiser and Muma that is characterized by high virulence, restricted host range and fastidious in vitro growth. The taxonomy of Neozygites species is still uncertain given that some species cannot be distinguished by morphological characteristics. Molecular studies are usually necessary for discrimination of species and isolates of Neozygites pathogenic to tetranychid mites. Isolates of N. floridana from T. urticae have low virulence towards T. evansi and vice versa. Through partial sequencing of the 18S ribosomal DNA region of N. floridana, it was verified that the isolate of T. evansi (LQ2) had 98% similarity to the isolate of T. urticae (LQ3), but these two isolates had high divergence from other isolates pathogenic to tetranychid mites. For example, the similarity between two isolates collected on T. urticae, LQ3 and ARSEF662, was only 90%, indicating that the fungi identified as N. floridana may be a species complex. Although N. floridana is the principal natural enemy associated with T. evansi in most regions surveyed in Brazil up to date, the role of this pathogen in regulation of T. evansi population has not been determined. This study monitored the impact of the epizootics of the pathogen on populations of T. evansi in experiments both in the field and protected environments in four planting dates on nightshade and tomato with and without pesticide applications. The density of T. evansi was correlated with the prevalence of the fungus and the environmental conditions. The only natural enemy observed was N. floridana and the data revealed that is the fungus is an important factor in the regulation of T. evansi populations in tomato, especially in protected environment. Its introduction to continents where this pest was recently introduced may contribute to the reduction of its impact in these regions.
|
123 |
Resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) a acaricidas inibidores da respiração celular na cultura dos citros / Resistance of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) to acaricides that inhibit cellular respiration in citrus grovesFranco, Cláudio Roberto 11 April 2007 (has links)
Acaricidas que interferem na respiração celular, especialmente na produção de energia (ATP), tem sido um importante componente em programas de manejo da resistência a acaricidas. Basicamente esses acaricidas interferem na fosforilação oxidativa ou no transporte de elétrons na mitocôndria pela inibição ou disrupção de algum processo específico. Esse grupo de acaricidas tem sido um dos mais utilizados para o controle de Brevipalpus phoenicis (Geijskes) na cultura dos citros no Brasil. No entanto, há poucos estudos sobre a suscetibilidade e possíveis relações de resistência cruzada para os acaricidas inibidores da respiração celular em B. phoenicis. Sendo assim, o objetivo principal do presente trabalho foi entender a situação da resistência de B. phoenicis a esses acaricidas para o estabelecimento de estratégias de manejo da resistência. Foram conduzidos estudo para avaliar (a) a variabilidade na suscetibilidade de populações de B. phoenicis coletadas em pomares de citros aos acaricidas cyhexatin, azocyclotin, propargite e enxofre; (b) as relações de resistência cruzada entre propargite e os acaricidas azocyclotin, cyhexatin, dinocap, pyridaben e enxofre; e (c) o custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite em condições de laboratório. O método de bioensaio adotado foi o de contato residual para a caracterização da suscetibilidade de B. phoenicis a esses acaricidas. O monitoramento da suscetibilidade a esses acaricidas em diferentes populações de B. phoenicis B. phoenicis foi realizado com concentrações diagnósticas baseadas na concentração letal 95 (CL95) de cada acaricida. Para verificar a presença de resistência cruzada entre propargite e demais acaricidas, as respostas de concentração-mortalidade das linhagens suscetível (S) e resistente ao propargite (Propargite-R) foram caracterizadas para cyhexatin, azocyclotin, dinocap, pyridaben e enxofre. O custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite foi avaliado mediante comparação de parâmetros biológicos das linhagens S e Propargite-R mantidas em frutos de laranja a 25 ± 1 °C e fotofase de 14 h. Foram verificadas diferenças significativas na sobrevivência de populações de B. phoenicis nas concentrações diagnósticas testadas para cyhexatin (de 16,3 a 80,5%), azocyclotin (de 3,0 a 15,0%), propargite (de 1,0 a 71,6%) e enxofre (de 9,0 a 82,6%). Uma baixa intensidade de resistência cruzada foi verificada entre propargite e os acaricidas azocyclotin (1,8 vezes), cyhexatin (4,6 vezes), dinocap (3,5 vezes) e pyridaben (3,5 vezes). Por outro lado, a intensidade de resistência cruzada a enxofre (> 111 vezes) foi bastante alta. Não foi verificada presença de custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite, baseado nos parâmetros biológicos avaliados. Portanto, o uso desses acaricidas também deve ser feito de maneira criteriosa em programas de manejo da resistência de B. phoenicis a acaricidas. / Acaricides that affect the cellular respiration process, specifically in the energy production (ATP), have been an important component in acaricide resistance management programs. Basically, these acaricides interfere in the oxidative phosphorilation or electron transportation in the mitochondria, by inhibiting or disrupting some specific process. This group of acaricide plays an important role in the control of Brevipalpus phoenicis (Geijskes) in citrus groves in Brazil. However, there are only few studies on the susceptibility and possible crossresistance to the acaricides that are inhibitors of cellular respiration in B. phoenicis . Then, the major objective of this work was to collect data to implement strategies to manage the resistance of B. phoenicis to these acaricides. Studies were conducted to evaluate (a) the variability in the susceptibility among B. phoenicis populations collected from citrus groves to the acaricides cyhexatin, azocyclotin, propargite and sulphur; (b) cross-resistance relationships between propargite and the acaricides azocyclotin, cyhexatin, dinocap, pyridaben and sulphur; and (c) the fitness cost associated with propargite resistance in B. phoenicis under laboratory conditions. A residual-type contact bioassay was used to characterize the susceptibility of B. phoenicis to these acaricides. The monitoring of the susceptibility to these acaricides in different B. phoenicis populations was conducted with diagnostic concentrations based on lethal concentration 95 (LC95) of each acaricide. The cross-resistance between propargite and other acaricides was evaluated by characterizing the concentration-mortality responses of susceptible (S) and propargite-resistant (Propargite-R) strains to cyhexatin, azocyclotin, dinocap, pyridaben and sulphur. The fitness cost associated with B. phoenicis resistance to propargite was evaluated by measuring the biological parameters of S and Propargite-R strains on citrus fruits at 25 ± 1 °C and fotophase of 14 h. Significant differences in the susceptibility of B. phoenicis were detected at diagnostic concentration of cyhexatin (survivorship from 16.3 to 80.5%), azocyclotin (from 3.0 to 15.0%), propargite (from 1.0 a 71.6%) and sulphur (from 9.0 to 82.6%). A low intensity of crossresistance was detected between propargite and the acaricides azocyclotin (1.8-fold), cyhexatin (4.6-fold), dinocap (3.5-fold) and pyridaben (3.5-fold). On the other hand, the intensity of crossresistance to sulphur (> 111-fold) was very high. There was no fitness cost associated with B. phoenicis resistance to propargite, based on biological parameters evaluated. Therefore, the use of these acaricides should also be done very carefully in resistance management of B. phoenicis to acaricides.
|
124 |
Resposta de genótipos de citros à leprose e variabilidade genética da ORF p29 do vírus da leprose dos citros C (CiLV-C) / Response of citrus genotypes to leprosis and genetic variability of ORF p29 from Citrus leprosis virus C (CiLV-C)Pereira, Juliana Aparecida 16 May 2012 (has links)
Os vírus possuem potencial de variabilidade genética muito alto, isso porque necessitam divergir seu material genético suficientemente para se adaptar às inúmeras mudanças às quais são submetidos. Portanto, a variabilidade genética é essencial para a sobrevivência desses organismos; é o primeiro passo para a adaptação em um novo hospedeiro, quebra de resistência, alterações nos sintomas e virulência, o que justifica o interesse em estudos nessa área. Os estudos de variabilidade consistem numa excelente ferramenta para a compreensão da evolução dos vírus e busca pelo manejo adequado de doenças virais. Por isso objetivou-se estudar a variabilidade genética da ORF p29 do CiLV-C, a fim de gerar informações relevantes acerca do patossistema e da preponderância de isolados, com possíveis implicações na epidemiologia da doença e seu manejo no campo, além de uma melhor compreensão sobre a evolução desse vírus, que até então nunca havia sido explorada. Neste trabalho foram avaliadas plantas de citros e outras hospedeiras potenciais do CiLV-C. Os resultados sugerem que as plantas de tangerina Cravo, Tardia da Sicília, Cleópatra, Vermelha, tangor Ortanique, laranja Azeda e trapoeraba são suscetíveis à doença e também podem servir como fontes de inóculo do vírus para citros. Já as plantas de limão Siciliano e Cravo, e limas ácidas Tahiti e Galego e Mimosa caesalpiniaefolia mostraram-se resistentes à doença, mas não à colonização do ácaro vetor. As plantas de Malvaviscus arboreus e Solanum violaefolium não apresentaram sintomas, mas mostraram-se possíveis fontes de inóculo do vírus para plantas de citros. Além disso, foram avaliadas as respostas de 62 genótipos de tangerinas e seus híbridos à doença, sendo que 15 mostraram-se resistentes e podem, posteriormente, ser utilizados em programas de melhoramento genético, que é uma das alternativas para reduzir o uso de pesticidas para o controle do vetor. Foi identificada baixa variabilidade genética entre os isolados do CiLV-C, independentemente do hospedeiro ou localidade, entretanto, o isolado de São José do Rio Preto pareceu ser o mais divergente e capaz de passar suas alterações durante sua transmissão a outros hospedeiros. Mais estudos devem ser feitos para que conclusões inquestionáveis sejam tiradas desse assunto, mas os resultados obtidos abriram um novo leque de possibilidades para futuros estudos nessa área até então pouco explorada. / Viruses have, potentially, broad genetic variability because of their need to adapt to several changes that they are exposed to. Therefore, genetic variability is essential for their survival; it is the first step to adapt to a new host, to break resistance down, to change symptoms and virulence, which justifies the interest in studies in this area. These studies consist in a great tool for a better understanding on the virus evolution and the search for a proper management of viral diseases. Hence, it was aimed to study the genetic variability of ORF p29 from CiLV-C in order to generate relevant information about the pathosystem and the predominance of isolates with possible implications on the epidemiology of the disease and its management in the field, besides a better understanding on the evolution of this virus, which has never been explored before. In this work, we evaluated citrus plants and potential hosts for CiLV-C. The results suggest that the plants of Cravo, Tardia da Sicília, Cleopatra, and Vermelha mandarin, Ortanique tangor, Sour orange and spiderwort are susceptible to the disease and can also serve as sources of inoculum of the virus to citrus. Siciliano lemon, Rangpur, Tahiti, and Mexican limes, and Mimosa caesalpiniaefolia were resistant to the disease, but not to the colonization of the mite vector. Malvaviscus arboreus and Solanum violaefolium plants did not present symptoms, but can be considered possible sources of CiLV-C inoculum to citrus plants. In addition, we evaluated the response of 62 mandarin genotypes and their hybrids to the disease. Fifteen of them were considered resistant and could be used in breeding programs with the objective to reduce the use of pesticides to control the vector. Low genetic variability was found amongst CiLV-C isolates, regardless of the host or geographic region; however, the São José do Rio Preto isolate was the most divergent and the changes in nucleotides were transmitted to the other hosts. Further studies should be conducted before unquestionable conclusions can be drawn from this issue, but the results obtained here have opened a new range of possibilities for future studies in this area so far almost unexplored.
|
125 |
Toxicidade de bioprotetores da cafeicultura orgânica sobre o ácaro-vermelho do cafeeiro Oligonychus ilicis e o ácaro predador Iphiseiodes zuluagai / Toxicity of bioprotectors of organic coffee production on the southern red mite Oligonychus ilicis and on its predatory mite Iphiseiodes zuluagaiTuelher, Edmar de Souza 28 April 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-26T13:30:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
texto completo.pdf: 436016 bytes, checksum: 72156ad33ca23312aa5140289d5a3713 (MD5)
Previous issue date: 2006-04-28 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The organic coffee production system needs techniques for handling herbivore populations and that cause low negative effects on the natural enemies. The use of alternative bioprotectors like enriched biofertilizer and phytoprotectors mixtures to replace pesticides in an herbivore management program has been frequent in organic system of coffee production. The aim of this study was to investigate the effects of three alternative bioprotectors, the biofertilizer Supermagro, lime sulphur and Viçosa mixture (Viça Café Plus®) on the southern red mite Oligonychus ilicis (McGregor) (Acari: Tetranychidae) and on its predatory mite Iphiseiodes zuluagai (Denmark & Muma) (Acari: Phytoseiidae). It was studied the toxicity and the sublethal effects of the bioprotectors on the instantaneous growth rate (ri) of these mites. The bioprotectors showed larger acute toxicity to O. ilicis than to I. zuluagai. Only lime sulphur had estimated lethal concentration (CL95) with possibility to use in the field to control O. ilicis. The three alternative bioprotectors decreased ri for both species, but I. zuluagai was more affected than O. ilicis. The effectiveness of the alternative bioprotectors was verified for control of O. ilicis in a greenhouse experiment with two concentrations of each product. Lime sulphur treatment (0.104% of calcium polysulfide) and Viça Café Plus® (2%) had higher and lower effectiveness, respectively, while the other treatments had intermediate effectiveness. Therefore, lime sulphur would be suitable to control the southern red mite O. ilicis. The biofertilizer Supermagro and Viçosa mixture (Viça Café Plus®) could be used to supply mineral nutrition of plants. The use of lime sulphur to control O. ilicis must be in a criteriously manner because higher concentrations would be harmful to the predatory mite I. zuluagai. Environmental and biological factors could influence the behavior of herbivores and natural enemies under the use of alternative bioprotectors and could also affect their effectiveness to keep biological control on organic coffee agroecosystem. So, supplementary trials should be done aiming to confirm these results in field conditions. / O sistema de produção orgânica de café requer técnicas para o manejo da população de herbívoros que tenham menor impacto sobre os inimigos naturais. A utilização de biofertilizantes enriquecidos e de caldas fitoprotetoras, como alternativa ao manejo convencional de herbívoros, tem sido freqüente em condições de cultivo orgânico do cafeeiro. Seu uso se deve à manutenção de condições nutricionais adequadas às plantas e ao suposto baixo impacto sobre inimigos naturais de herbívoros. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos de três bioprotetores alternativos, o biofertilizante Supermagro, a calda sulfocálcica e calda Viçosa comercial (Viça Café Plus®), sobre o ácaro herbívoro Oligonychus ilicis (McGregor) (Acari: Tetranychidae) e o ácaro predador Iphiseiodes zuluagai (Denmark & Muma) (Acari: Phytoseiidae). Testes de toxicidade aguda e latente foram realizados para verificar os efeitos letais e subletais dos bioprotetores alternativos sobre essas duas espécies de ácaros. Os bioprotetores apresentaram toxicidade aguda maior para O. ilicis, e somente a concentração letal (CL95) estimada para a calda sulfocálcica apresentou viabilidade de ser utilizada no campo. Os três bioprotetores, utilizados em concentrações subletais, afetaram a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) de ambas as espécies, sendo que I. zuluagai teve a ri menor que O. ilicis. A eficiência dos três bioprotetores para o controle de O. ilicis em casa de vegetação foi também verificada, sendo testadas duas concentrações de cada produto. O tratamento com maior eficiência foi a calda sulfocálcica na concentração de 0,104% de polissulfetos de cálcio, enquanto a Viça Café Plus® a 2% foi o de menor eficiência. Os demais tratamentos apresentaram eficiência de controle intermediária. Portanto, dentre os três bioprotetores alternativos, a calda sulfocálcica seria o mais indicado para a finalidade de controlar o ácaro- vermelho do cafeeiro O. ilicis. O biofertilizante Supermagro e a calda Viçosa comercial, ao serem utilizados para o fornecimento de nutrientes às plantas, poderão ter função complementar e auxiliar no controle do ácaro. No entanto, o uso da calda sulfocálcica para o controle populacional de O. ilicis deverá ser de forma criteriosa, de maneira a ter menor impacto sobre o ácaro predador I. zuluagai. Como fatores ambientais e biológicos poderão influenciar a resposta dos herbívoros e dos seus inimigos naturais à aplicação dos bioprotetores alternativos e a sua eficiência, a condução de experimentos em condições de campo poderão ser complementares aos resultados obtidos.
|
126 |
Interactions of Ricoseius loxocheles (Acari: Phytoseiidae) and coffee leaf rust / Interação entre Ricoseius loxocheles (Acari: Phytoseiidae) e ferrugem-do-cafeeiroOliveira, Cleber Macedo de 12 July 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-26T13:30:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
texto completo.pdf: 1742267 bytes, checksum: ae0589b45125685c7e5b788f9a1372ad (MD5)
Previous issue date: 2012-07-12 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O cafeeiro apresenta perdas econômicas devido a pragas e doenças. Entre as pragas, os ácaros fitófagos merecem atenção devido à redução da área fotossintética. Além dos danos dos ácaros, alguns patógenos também atacam plantas de café como a ferrugem-do-cafeeiro, Hemileia vastatrix (Uredinales). Este patógeno causa perdas de produtividade de 30% em algumas variedades de Coffea arabica. Ácaros da família Phytoseiidae normalmente controlam populações de ácaros fitófagos e podem desenvolver-se e reproduzirem usando diversas fontes alimentares, além dos ácaros presa. Dentro da família Phytoseiidae, que é composto por ácaros carnívoros e os que se alimentam de pólen, em levantamentos foi encontrado a espécie Ricoseius loxocheles (De Leon) (Acari: Phytoseiidae) sobre áreas de necrose causada pela ferrugem do cafeeiro, durante sua fase reprodutiva. Existem poucas informações sobre o seu desenvolvimento, parâmetros biológicos e hábitos alimentares. Avaliou-se a taxonomia, desenvolvimento, parâmetros de sobrevivência e reprodução de R. loxocheles alimentando-se de urediosporos da ferrugem do cafeeiro e sua capacidade predatória e sucesso reprodutivo sobre Oligonychus ilicis (McGregor, 1971). Uredosporos da ferrugem-do-cafeeiro apoiaram a sobrevivência, desenvolvimento e reprodução do ácaro fitoseídeo estudado e este não foi capaz de predar O. ilicis. A sobrevivência e oviposição de R. loxocheles só foi observada quando este ácaro alimentou-se de ferrugem. Em arenas sem o fungo esses parâmetros foram iguais as arenas sem alimento. A reprodução tem a exigência nutricional mais elevada do que o desenvolvimento. R. loxocheles alimentados com ferrugem obteve parâmetros reprodutivos mais elevados do que outros fitoseídeos alimentados em outros fungos, alguns ácaros ou pólen. Conclui-se que este ácaro é um fitoseídeo generalista e são necessários mais estudos para medir a capacidade de alimentarem-se em outras fontes alimentares, tais como ácaros fitófagos pragas do cafeeiro. É possível que R. loxocheles tenha um papel no controle da ferrugem do cafeeiro, uma vez que se alimenta de uma grande quantidade de uredosporos da ferrugem. / Coffee crops have economic losses due pests and diseases. Among them, the phytophagous mites deserve attention due to the reducing photosynthetic area caused on the leaves. Besides of mite damages, some pathogens also attack coffee plants, as the coffee rust fungus, Hemileia vastatrix (Uredinales). This pathogen cause yield losses around 30% in some varieties of Coffea arabica. Predatory mites from the Phytoseiidae family normally control phytophagous mites and can develop and reproduce using various alternative food sources than their primary prey, tetranychid mites. Within the Phytoseiidae family that is composed by carnivorous and pollen-feeding mites, we surveyed in the field the species Ricoseius loxocheles (De Leon) (Acari: Phytoseiidae) on the necrosis area caused by coffee rust during its reproductive phase. Searching in the literature showed that there is little information related to this mite development, biological parameters and feeding habits. So, this study was carried out to assess the taxonomy, development, survivorship and reproduction parameters of R. loxocheles feeding on coffee rust fungus, its predation capacity on Oligonychus ilicis (McGregor, 1971) and its reproductive success. Coffee rust supported the survival, development and reproduction of the phytoseiid mite and that it was not able to feed on different stages of O. ilicis. Survival and oviposition of R. loxocheles was only observed when this mite was in arenas with fungi. In arenas without fungi these parameters were equal as arenas without food. It is known that reproduction has a higher nutritional requirement than development. The fertility of R. loxocheles fed on coffee rust is highest that the other phytoseiid fed in others fungi or some mites or pollen. We suggest that this mite is a phytoseiid generalist and it is necessary more studies to measure the ability of this mite specie to feed on other food sources, such as herbivore mites pests of coffee crops. It is possible that R. loxocheles has a role in the control of coffee rust since it feeds on a large amount of rust uredospore.
|
127 |
Comportamento de clones de seringueira quanto ao ataque de Tenuipalpus heveae Baker (Acari: Tenuipalpidae) e potencial de Euseius citrifolius Denmark & Muma (Acari: Phytoseiidae) como seu predador /Monteverde, Maria de Souza. January 2006 (has links)
Orientador: Marineide Rosa Vieira / Banca: Alcebiades Ribeiro Campos / Banca: Mário Eidi Sato / Resumo: O cultivo da seringueira [Hevea brasiliensis (Willd. ex Adr. de Juss.) Müell. Arg.] em sistema de monocultura tem favorecido o desenvolvimento de várias espécies de insetos e ácaros, entre eles, o ácaro-vermelho, Tenuipalpus heveae Baker que pode provocar intenso desfolhamento. Entre os ácaros predadores que têm sido coletados nos seringais paulistas, Euseius citrifolius Denmark & Muma tem sido registrado com freqüência e abundância. Para os produtores, o conhecimento sobre a resistência dos clones ao ataque de insetos e ácaros pode ser muito importante para o estabelecimento de estratégias de controle. O presente trabalho teve por objetivos: 1 - comparar o comportamento de clones de interesse econômico para o Estado de São Paulo, quanto ao desenvolvimento populacional de T. heveae e à reação ao seu ataque; 2 - avaliar a atividade predatória de E. citrifolius sobre as fases de desenvolvimento do ácaro-vermelho. Para o experimento de clones foram utilizadas mudas ensacadas, de RRIM 600, PB 235, PR 255, RRIM 937, RRIM 938 e PB 350, infestadas artificialmente com fêmeas de T. heveae. As avaliações foram feitas no período de dez a sessenta dias após a infestação, a cada dez dias, para contagem do número de ovos, larvas, ninfas e adultos. A intensidade dos sintomas observados nos folíolos e nas mudas foi avaliada através de uma escala de notas. Para a atividade predatória os testes foram realizados em placas de Petri contendo uma camada de algodão umedecido e sobre ela um disco de folha de seringueira de 2,5 cm de diâmetro. Três testes foram conduzidos, um para cada fase de desenvolvimento biológico de E. citrifolius a saber: larvas, ninfas e fêmeas adultas, alimentando-se de cada fase do ciclo biológico de T. heveae. As avaliações foram realizadas após 24 horas da exposição do predador com a presa, para larvas e ninfas e após 24, 48 e 72...(Resumo completo, clicar no acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Rubber tree crops [Heveae brasiliensis (Willd. Ex Adr. de Juss.) Müell. Arg.] under monoculture practice has contributed to the development of many insect and mite species, amongst which, the red mite, Tenuipalpus heveae Baker, which can cause intense defoliation. Concerning the predator mites which have been collected in the rubber tree crops in São Paulo state, Euseius citrifolius Denmark & Muma has often been recorded in great numbers. The knowledge of the clones' resistance to the insects and mites attacks can be of great importance to the use of control strategies. This study has the following objectives: 1 - to compare the development of T. heveae on the likely clones for São Paulo state and their response to this mite attack; 2 - to evaluate the predatory activity of E. citrifolius concerning the red mite life stages. For the clones experiment, seedlings of RRIM 600, PB 235, PR 255, RRIM 937, RRIM 938 and PB 350, artificially infested with T. heveae females have been used. The evaluations were done within the period of ten to sixty days after infestation, every ten days, for eggs, larvae, nymphs and adults count. The severity of the observed symptoms on leaflets and seedlings was evaluated according to a rating scale. The predatory activity tests were conducted in Petri dishes with a piece of wet cotton inside on which laid a circular piece of rubber tree leaf with a 2.5-cm diameter. Three tests were carried out, one for each of the E. citrifolius life stages to be studied: larvae, nymphs and adult females, feeding on the different life stages of T. heveae. The evaluations were performed after 24 hours of prey exposure to the predator larvae and nymphs, and after 24, 48 and 72 hours when observing the predator adult females. The PB 235 clone has been proved to be the most susceptible to T. heveae and the PR 255, RRIM...(Complete abstract, click eletronic address below) / Mestre
|
128 |
Controle microbiano de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) com Hirsutella thompsonii Fisher / Microbial control of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) with Hirsutella thompsonii FisherLuciana Savoi Rossi-Zalaf 29 March 2007 (has links)
Avaliou-se o efeito de Hirsutella thompsonii ao ácaro da leprose dos citros (Brevipalpus phoenicis). Em laboratório, adultos foram mantidos em arenas sobre folhas de citros em placas contendo ágar-água solidificado. Foram avaliadas a patogenicidade e virulência do fungo ao ácaro, bem como sua persistência e compatibilidade com acaricidas. No campo, os ácaros foram confinados em arenas sobre frutos de laranja pré-infestados com adultos, sendo estes mantidos em plantas de citros. O isolado Esalq-1269 de H. thompsonii foi inoculado em populações do ácaro provenientes de diversas regiões do Estado de São Paulo. Para se verificar o efeito combinado da temperatura e umidade relativa do ar, o patógeno foi aplicado e os ácaros mantidos em condições controladas. A eficiência de Esalq-1269 foi comparada com isolados do banco de patógenos do Cenargen/Embrapa, os quais foram identificados. Além destes testes, determinou-se o efeito de Esalq-1269 em ovos de B. phoenicis. As avaliações da virulência e persistência foram realizadas a partir do patógeno produzido em meio de cultura completo e sólido (MC-S); meio completo e líquido (MC-L); arroz pré-cozido (APC) e arroz pré-cozido seco e moído (APC-SM). Nos bioensaios com os acaricidas, determinou-se a compatibilidade com agrotóxicos registrados para B. phoenicis phoenicis em citros. O efeito de sub-concentrações de H. thompsonii e de Propargite (Omite 720 SC) foram avaliadas, isoladamente e em mistura, para o ácaro. Em todos os bioensaios, as suspensões contendo propágulos do fungo foram preparadas em diferentes concentrações e após a pulverização avaliou-se a mortalidade durante quatro dias. No experimento de campo o patógeno foi aplicado em diferentes concentrações. O primeiro experimento constou da testemunha e H. thompsonii produzida em APC (6kg/ha). O segundo experimento constou: testemunha, H. thompsonii produzida em APC (20kg/ha e 10kg/ha) e H. thompsonii produzida em MC-L (5L/ha). As avaliações foram realizadas após 10 e 20 dias das aplicações, verificando a sobrevivência de adultos e o número de ovos e ninfas. Esalq-1269 foi patogênico a adultos de B. phoenicis provenientes de todas as regiões do Estado avaliadas, porém com diferenças quanto suscetibilidade. Todos os isolados testados foram patogênicos a B. phoenicis, sendo Esalq-1269 o mais virulento. Nos testes de temperatura x umidade, observou-se que Esalq-1269 apresentou alta atividade a 30°C, independentemente da umidade relativa. Porém, baixas temperaturas prejudicaram o desenvolvimento da doença. O patógeno não apresentou efeito em ovos do ácaro. Nos testes de virulência, a menor CL25 obtida foi para o fungo produzido em MC-S (1,9x105con/mL), já as CL25 para o patógeno produzido em APC e APCSM foram semelhantes. O fungo produzido em MC-L foi o que apresentou maior persistência em relação aos demais, sendo capaz de causar mortalidade devido ao efeito indireto. Quanto à toxicidade, a exceção de Dicofol e Cihexatina, todos os acaricidas foram compatíveis com o fungo. Observou-se efeito sinérgico entre a mistura patógeno x propargite, com alta mortalidade de B. phoenicis em sub-concentrações. Em campo, houve diferenças dos tratamentos com o fungo em relação à testemunha, havendo redução no número de adultos e de ovos. / This study aimed to evaluate the effect of Hirsutella thompsonii on the false spider mite (Brevipalpus phoenicis). In laboratory bioassays, adults were confined to arenas prepared with citrus leaves in acrylic dishes containing water-agar. The pathogenicity and virulence of the fungus against B. phoenicis adults, the persistence in citrus leaves and the compatibility with acaricides were studied. Adults were maintained in arenas prepared with fruits which were placed in plants in the field. The H. thompsonii isolate Esalq-1269 was inoculated on mite populations from different regions of São Paulo state. Also, the combined effect of temperature and humidity was measured on the fungus performance when mites were maintained in controlled conditions. The efficiency of Esalq-1269 was compared to isolates from Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Besides these bioassays, the effect of Esalq-1269 isolate in eggs of B. phoenicis was determined. The virulence and persistence tests were conducted using the fungi produced on complete solid culture medium (MC-S); complete liquid culture medium (MC-L); rice (APC) and rice powder (APC-SM). Compatibility of acaricides registered for B. phoenicis control with Esalq-1269 was evaluated and the combined effect of Propagite (Omite 720 SC) with sub-doses of H. thompsonii was determined. Mortality of mites was observed during four days after application of conidial suspensions. In field tests, the pathogen was applied in different concentrations. In the first assay, fungi were produced in APC (6kg/ha). In the second test, three treatments were applied: H. thompsonii cultured on rice (APC) at two concentrations (20Kg/ha and 10 Kg/ha) and H. thompsonii produced by liquid fermentation (MC-L) (5L/ha). Observations were performed after 10 and 20 days after application and adult survival, number of eggs and nymphs per fruit were observed. The isolate Esalq-1269 caused high mortality in all populations of B. phoenicis tested. Also, this strain was the most virulent against the mite and it was negatively affected by low temperatures. At 30°C, high mortality of adults was observed regardless of humidity levels. B. phoenicis was not pathogenic to eggs of B. phoencis . The lowest LC25 value calculated was from pathogen produced in MC-S (1,9x105 conidia/mL). The LC25 values calculated to APC and ACP-SM did not differ statistically. The pathogen produced by liquid fermentation was the most persistent in citrus leaves, causing higher levels of adult mortality. The acaricides Dicofol and Cyhexatin were toxic to Esalq-1269. Synergism between Propargite and H. thompsonii was observed resulting in high adult mortality under low concentrations. In field, results showed differences on concentration and time to death between treatments and control. Field applications resulted in reduction of adult and eggs.
|
129 |
Estudos bioecológicos de Neozygites floridana (Entomophthorales: Neozygitaceae) fungo patogênico de Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae) / Bioecological studies of Neozygites floridana (Entomophthorales: Neozygiteceae), the fungal pathogen of Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae)Vanessa da Silveira Duarte 03 February 2009 (has links)
O ácaro vermelho do tomateiro Tetranychus evansi Baker e Pritchard é uma importante praga exótica de solanáceas na Europa e na África. Sugere-se que este ácaro tenha originado na América do Sul, região onde este não é considerado uma praga importante. Um importante inimigo natural de T. evansi no Brasil é o fungo Neozygites floridana Weiser e Muma que tem como principais características: alta virulência, restrita gama de hospedeiros e difícil crescimento in vitro. A taxonomia das espécies de Neozygites ainda é incerta, sendo que algumas espécies não podem ser separadas por caracteres morfológicos. Estudos moleculares são necessários para separar espécies e isolados de Neozygites patogênicos a ácaros tetraniquídeos. Isolados de N. floridana provenientes de T. urticae apresentam baixa virulência a T. evansi, e isolados de T. evansi apresentam baixa virulência a T. urticae. Através do seqüenciamento parcial da região 18S do DNA ribossômico de N. floridana verificou-se que o isolado de T. evansi (LQ2) apresenta 98% de similaridade ao isolado de T. urticae (LQ3), mas estes dois isolados apresentam alta divergência com outros isolados patogênicos a outros ácaros tetraniquídeos. Por exemplo, a similaridade entre dois isolados coletados em T. urticae, LQ3 e ARSEF662, é de somente 90%, indicando que os fungos identificados como N. floridana possam pertencer a diferentes espécies. Embora N. floridana seja o principal inimigo natural associado a T. evansi na maioria das regiões brasileiras monitoradas até o momento, o papel deste patógeno na regulação populacional da praga ainda não havia sido determinado. Neste estudo, monitorou-se o impacto das epizootias do patógeno nas populações de T. evansi em experimentos de campo e ambiente protegido em quatro ciclos de cultivo em mariapreta e em tomateiro com e sem aplicação de pesticidas químicos. A densidade de T. evansi foi correlacionada com a incidência do fungo e às condições ambientais. O único inimigo natural encontrados nas folhas foi N. floridana e as observações feitas demonstraram que este é um importante fator de regulação das populações de T. evansi em tomateiro, especialmente em ambiente protegido. A sua introdução nos continentes onde esta praga foi recentemente introduzida pode contribuir para a redução do seu impacto nestes locais. / The tomato red spider mite, Tetranychus evansi Baker and Pritchard is an important exotic pest of Solanaceae in Europe and Africa. It is suggested that this mite could have originated from South America, a region where it is not considered as an important pest. An important natural enemy of T. evansi in Brazil is the fungus Neozygites floridana Weiser and Muma that is characterized by high virulence, restricted host range and fastidious in vitro growth. The taxonomy of Neozygites species is still uncertain given that some species cannot be distinguished by morphological characteristics. Molecular studies are usually necessary for discrimination of species and isolates of Neozygites pathogenic to tetranychid mites. Isolates of N. floridana from T. urticae have low virulence towards T. evansi and vice versa. Through partial sequencing of the 18S ribosomal DNA region of N. floridana, it was verified that the isolate of T. evansi (LQ2) had 98% similarity to the isolate of T. urticae (LQ3), but these two isolates had high divergence from other isolates pathogenic to tetranychid mites. For example, the similarity between two isolates collected on T. urticae, LQ3 and ARSEF662, was only 90%, indicating that the fungi identified as N. floridana may be a species complex. Although N. floridana is the principal natural enemy associated with T. evansi in most regions surveyed in Brazil up to date, the role of this pathogen in regulation of T. evansi population has not been determined. This study monitored the impact of the epizootics of the pathogen on populations of T. evansi in experiments both in the field and protected environments in four planting dates on nightshade and tomato with and without pesticide applications. The density of T. evansi was correlated with the prevalence of the fungus and the environmental conditions. The only natural enemy observed was N. floridana and the data revealed that is the fungus is an important factor in the regulation of T. evansi populations in tomato, especially in protected environment. Its introduction to continents where this pest was recently introduced may contribute to the reduction of its impact in these regions.
|
130 |
Resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) a acaricidas inibidores da respiração celular na cultura dos citros / Resistance of Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) to acaricides that inhibit cellular respiration in citrus grovesCláudio Roberto Franco 11 April 2007 (has links)
Acaricidas que interferem na respiração celular, especialmente na produção de energia (ATP), tem sido um importante componente em programas de manejo da resistência a acaricidas. Basicamente esses acaricidas interferem na fosforilação oxidativa ou no transporte de elétrons na mitocôndria pela inibição ou disrupção de algum processo específico. Esse grupo de acaricidas tem sido um dos mais utilizados para o controle de Brevipalpus phoenicis (Geijskes) na cultura dos citros no Brasil. No entanto, há poucos estudos sobre a suscetibilidade e possíveis relações de resistência cruzada para os acaricidas inibidores da respiração celular em B. phoenicis. Sendo assim, o objetivo principal do presente trabalho foi entender a situação da resistência de B. phoenicis a esses acaricidas para o estabelecimento de estratégias de manejo da resistência. Foram conduzidos estudo para avaliar (a) a variabilidade na suscetibilidade de populações de B. phoenicis coletadas em pomares de citros aos acaricidas cyhexatin, azocyclotin, propargite e enxofre; (b) as relações de resistência cruzada entre propargite e os acaricidas azocyclotin, cyhexatin, dinocap, pyridaben e enxofre; e (c) o custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite em condições de laboratório. O método de bioensaio adotado foi o de contato residual para a caracterização da suscetibilidade de B. phoenicis a esses acaricidas. O monitoramento da suscetibilidade a esses acaricidas em diferentes populações de B. phoenicis B. phoenicis foi realizado com concentrações diagnósticas baseadas na concentração letal 95 (CL95) de cada acaricida. Para verificar a presença de resistência cruzada entre propargite e demais acaricidas, as respostas de concentração-mortalidade das linhagens suscetível (S) e resistente ao propargite (Propargite-R) foram caracterizadas para cyhexatin, azocyclotin, dinocap, pyridaben e enxofre. O custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite foi avaliado mediante comparação de parâmetros biológicos das linhagens S e Propargite-R mantidas em frutos de laranja a 25 ± 1 °C e fotofase de 14 h. Foram verificadas diferenças significativas na sobrevivência de populações de B. phoenicis nas concentrações diagnósticas testadas para cyhexatin (de 16,3 a 80,5%), azocyclotin (de 3,0 a 15,0%), propargite (de 1,0 a 71,6%) e enxofre (de 9,0 a 82,6%). Uma baixa intensidade de resistência cruzada foi verificada entre propargite e os acaricidas azocyclotin (1,8 vezes), cyhexatin (4,6 vezes), dinocap (3,5 vezes) e pyridaben (3,5 vezes). Por outro lado, a intensidade de resistência cruzada a enxofre (> 111 vezes) foi bastante alta. Não foi verificada presença de custo adaptativo associado à resistência de B. phoenicis a propargite, baseado nos parâmetros biológicos avaliados. Portanto, o uso desses acaricidas também deve ser feito de maneira criteriosa em programas de manejo da resistência de B. phoenicis a acaricidas. / Acaricides that affect the cellular respiration process, specifically in the energy production (ATP), have been an important component in acaricide resistance management programs. Basically, these acaricides interfere in the oxidative phosphorilation or electron transportation in the mitochondria, by inhibiting or disrupting some specific process. This group of acaricide plays an important role in the control of Brevipalpus phoenicis (Geijskes) in citrus groves in Brazil. However, there are only few studies on the susceptibility and possible crossresistance to the acaricides that are inhibitors of cellular respiration in B. phoenicis . Then, the major objective of this work was to collect data to implement strategies to manage the resistance of B. phoenicis to these acaricides. Studies were conducted to evaluate (a) the variability in the susceptibility among B. phoenicis populations collected from citrus groves to the acaricides cyhexatin, azocyclotin, propargite and sulphur; (b) cross-resistance relationships between propargite and the acaricides azocyclotin, cyhexatin, dinocap, pyridaben and sulphur; and (c) the fitness cost associated with propargite resistance in B. phoenicis under laboratory conditions. A residual-type contact bioassay was used to characterize the susceptibility of B. phoenicis to these acaricides. The monitoring of the susceptibility to these acaricides in different B. phoenicis populations was conducted with diagnostic concentrations based on lethal concentration 95 (LC95) of each acaricide. The cross-resistance between propargite and other acaricides was evaluated by characterizing the concentration-mortality responses of susceptible (S) and propargite-resistant (Propargite-R) strains to cyhexatin, azocyclotin, dinocap, pyridaben and sulphur. The fitness cost associated with B. phoenicis resistance to propargite was evaluated by measuring the biological parameters of S and Propargite-R strains on citrus fruits at 25 ± 1 °C and fotophase of 14 h. Significant differences in the susceptibility of B. phoenicis were detected at diagnostic concentration of cyhexatin (survivorship from 16.3 to 80.5%), azocyclotin (from 3.0 to 15.0%), propargite (from 1.0 a 71.6%) and sulphur (from 9.0 to 82.6%). A low intensity of crossresistance was detected between propargite and the acaricides azocyclotin (1.8-fold), cyhexatin (4.6-fold), dinocap (3.5-fold) and pyridaben (3.5-fold). On the other hand, the intensity of crossresistance to sulphur (> 111-fold) was very high. There was no fitness cost associated with B. phoenicis resistance to propargite, based on biological parameters evaluated. Therefore, the use of these acaricides should also be done very carefully in resistance management of B. phoenicis to acaricides.
|
Page generated in 0.0492 seconds