Spelling suggestions: "subject:"A calcification""
71 |
Avaliação da relação entre metabolismo mineral e doença arterial coronariana em pacientes com função renal preservada / Evaluation of the relationship between mineral metabolism and coronary artery disease in patients with preserved renal functionAna Ludimila Espada Cancela 02 September 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Os níveis séricos de fósforo (P) têm sido associados a doenças cardiovasculares e mortalidade em pacientes com doença renal crônica e na população geral. Estudos in vitro demonstram que altas concentrações de fósforo extracellular são capazes de induzir calcificação vascular e disfunção endotelial. O Fibroblast Growth Factor 23 (FGF-23) é um hormônio fosfatúrico e foi relacionado à presença de aterosclerose em pacientes idosos. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar as relações entre P, FGF-23 e outros atores do metabolismo mineral e a ocorrência de doença arterial coronariana em pacientes com função renal preservada. MÉTODOS: Duzentos e noventa pacientes clinicamente estáveis com indicação de cineangiocoronariografia eletiva e clearance de creatinina superior a 60 ml/min/1.73 m2 foram submetidos à Tomografia Computadorizada Multislice para avaliação da calcificação coronariana e coleta de sangue para dosagens bioquímicas. A calcificação coronariana foi quantificada através do Escore de Agatston (EA) e os Escores de Friesinger e Gensini foram calculados para quantificar a obstrução coronariana. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes foi 58,1± 9,3 anos, 81% eram hipertensos e 35,5% diabéticos. Os pacientes foram divididos em grupos de acordo com o EA utilizando-se como ponto de corte o valor de 10 Unidades Hounsfield (HU). O P sérico foi maior no grupo de pacientes com EA > 10 HU (3,63 0,55 vs 3,49 0,52mg/dL; p=0,019). Cada 1 mg/dL de elevação no P sérico associou-se a um aumento de 92% no risco de apresentar o EA > 10HU [Odds Ratio (OR) =1,92, CI 1,56-3,19; p=0,01]. Quando os pacientes foram divididos de acordo com a mediana do Escore de Friesinger (4 pontos), o grupo com valores superiores à mediana apresentou P sérico maior (3,6 0,5 vs. 3,5 0,6 mg/dl; p=0,04) e FGF-23 menor (mediana 40,3 pg/mL intervalo interquartil 24,1-62,2 vs. 45,7 pg/mL intervalo interquartil 31,7-76,1; p=0,01) quando comparado àquele com valores menores ou iguais a 4. Pacientes no tercil mais alto do escore de Gensini também apresentaram P sérico mais elevado que os demais (p<0,05). Nas análises de regressão logística uni e multivariadas, cada 1 mg/dL de elevação no P sérico implicou em um aumento de 74% no risco de apresentar o Escore de Friesinger superior à mediana (OR 1,74, CI 1,06- 2,88; p=0,03) e o FGF-23 sérico foi preditor negativo do Escore de Friesinger (OR 0,26, CI 0,11-0,63; p=0,002) Os níveis séricos de cálcio e paratormônio não mostraram associação com a presença de doença coronariana. CONCLUSÃO: Em pacientes com suspeita de doença arterial coronariana e função renal preservada, o fósforo sérico foi preditor da presença de calcificação e obstrução coronariana e houve uma associação negativa entre o FGF-23 sérico e a presença de obstrução coronariana. / INTRODUCTION: Serum phosphorus (P) has been associated with cardiovascular diseases and mortality in chronic kidney disease patients and in the general population. In vitro studies suggest that excessive phosphorus induces vascular calcification and endothelial dysfunction. Fibroblast growth factor 23 (FGF-23) is a phosphaturic hormone and has been correlated to atherosclerosis in the community. AIM: This study intended to investigate the associations between P, FGF-23 and other mineral metabolism players and coronary artery disease in patients with preserved renal function. METHODS: Two-hundred ninety patients with a creatinine clearance higher than 60ml/min/1,73m2 undergoing elective coronary angiography were submitted to Multislice Computed Tomography in order to evaluate coronary calcification and blood was collected for biochemical analyses. Coronary artery calcification was quantified using the Agatston Score (AS). Friesinger (FS) and Gensini Scores (GS) were calcutalet to quantify coronary obstruction. RESULTS: Considering the whole population, mean age was 58.1±9.3 anos, 81% were hypertensive and 35.5% were diabetics. Patients were divided according to AS using the value of 10 Hounsfield Units (HU) as the cutoff.point. Serum phosphorus was higher in patients with an AS > 10HU when compared to the group with an AS 10 HU (3.63 0.55 vs 3.49 0.52mg/dL, p=0.019). Each 1 mg/dL of elevation in the serum phosphorus implied a 92% additional risk of presenting an AS > 10 HU [Odds Ratio (OR) =1.92, CI 1.56-3.19; p=0.01]. Patients were also divided using the median Friesinger score (4 points) as the cutoff value. Serum phosphorus was higher (3.6 0.5 vs. 3.5 0.6 mg/dl, p=0.04) and intact FGF-23 was lower (median 40.3 interquartile range 24.1-62.2 pg/mL vs. 45.7 interquartile range 31.7- 76.1 pg/mL, p=0.01) in the FS > 4 group. Patientis in the higher Gensini Score tertile presented elevated serum phosphorus when compared to the other groups (p<0,05). In the uni and multivariate logistic regression analyses, a rise of 1 mg/dL of serum phosphorus carried a 74% increase in the risk of having a FS higher than 4 (OR 1.74, CI 1.06-2.88; p=0.03) and FGF-23 was a negative predictor of FS (OR 0.26, CI 0.11-0.63; p=0.002). Serum calcium and parathormone were not associated with the presence of coronary artery disease. CONCLUSIONS: In patients with suspected coronary artery disease and preserved renal function, phosphorus was predictive of both coronary artery calcification and obstruction. There was a negative association between FGF-23 and coronary obstruction
|
72 |
Tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo secundário: fatores que influenciam o funcionamento do autoimplante / Surgical treatment of secondary hyperparathyroidism: factors influencing the functioning of auto transplantRoxana de Fátima Camelo de Albuquerque 12 February 2015 (has links)
O hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica (HPS) acomete inúmeros pacientes. Não existe consenso sobre qual tipo de paratireoidectomia (PTx) se associa com melhores resultados. Na PTx total com autoimplante (PTx-AI) especula-se se o número de fragmentos implantados melhora desfechos clínicos. Trinta e seis (36) pacientes com HPS foram randomizados para PTx-AI com 45 ou 90 fragmentos de paratireoide. Prospectivamente, avaliamos os fatores clínicos, bioquímicos e anatomopatológicos que influenciaram a função do AI. No início do estudo (t0), o Grupo-45 (N = 28) e Grupo-90 (N = 8) eram semelhantes, com exceção dos níveis séricos de fosfato. Após 12 meses (t12), os níveis séricos de PTH do enxerto e sistêmico correlacionaram-se com o cálcio iônico (Cai)-t0 (r2 = 0,442, p = 0,016; r2= 0,450, p = 0,008, respectivamente). A duração da fome óssea correlacionou-se com fosfatase alcalina (FA)-t0 (r2 = 0,593, p = 0,001). Nas células paratireoideanas, a expressão de PCNA correlacionou-se com o tempo em hemodiálise (r2 = 0,437, p = 0,016); a expressão do receptor-1 do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR1) com FA-t0 (r2 = -0,758; p = 0,0001); o receptor de vitamina-D (VDR) com Cai-t0 (r2 = -0,464, p = 0,007) e carga cumulativa de Ca elemento (r2 = - 0,359, p = 0,04); o receptor sensível ao Ca (CaSR) com menor uso de calcitriol (r2 = -0,445, p = 0,049); e o Klotho com a dose de vitamina D pré- PTx (r2 = 0,811, p = 0,027) e com fosfato-t0 (r2= -0,528, p = 0,017). Houve progressão do escore de calcificação vascular [0,53 (0 - 4) vs. 1,1 (0 - 8); p = 0,04], que se correlacionou com a carga cumulativa de Ca elemento (r2 = 0,605, p = 0,006) e com o fosfato-t0 (r2 = 0,503; p = 0,028). Em conclusão, a PTx independentemente do número de AI controlou o HPS; porém parece piorar a calcificação vascular. Os níveis séricos de PTH pós-PTx ou evolução para hipo- ou normoparatireoidismo não foram influenciados pelo número de AI, nem por outros parâmetros bioquímicos e tão pouco pela densidade de expressão de PCNA, CaSR, VDR, FGFR1 ou Klotho nas células paratireoideanas / Hyperparathyroidism secondary to chronic kidney disease (SHP) affects many patients. There is no consensus about what kind of parathyroidectomy (PTx) is associated with better results. In total PTx with auto transplant (PTx- AT) it is speculated that the number of implanted fragments improves clinical outcomes. Third six (36) patients with refractory SHP were randomized to PTx-AT with 45 or 90 parathyroid fragments. We prospectively evaluated the clinical, biochemical and pathological factors influencing AT function. At baseline (t0) Group-45 (N = 28) and Group-90 (N = 8) were similar, except for serum phosphate levels. After 12 months (t12), PTH levels of graft and systemic correlated with ionic calcium (Cai) t0 (r2 = 0.442, p = 0.016; r2 = 0.450, p = 0.008, respectively). The duration of hungry bone syndrome correlated with alkaline phosphatase (AP) -t0 (r2 = 0.593, p = 0.001). In parathyroid cells, PCNA expression correlated with time on hemodialysis (r2 = 0.437, p = 0.016), expression of receptor-1 of fibroblast growth factor (FGFR1) with AP-t0 (r2 = -0.758; p = 0.0001), vitamin D receptor (VDR) with Cai t0 (r2 = -0.464, p = 0.007) and cumulative elemental Ca load (r2 = -0.359, p = 0.04), Ca sensing receptor (CaSR) with less use of calcitriol (r2 = -0.445, p = 0.049), and Klotho with the dose of vitamin D pre-PTx (r2 = 0.811, p = 0.027) and phophate-t0 (r2 = -0.528, p = 0.017). There was progression of vascular calcification score [0.53 (0 to 4) vs. 1.1 (0 to 8); p = 0.04] which correlated with cumulative elemental Ca load (r2 = 0.605, p = 0.006) and with phosphate-t0 (r2 = 0.503; p = 0.028). In conclusion, PTx controlled refractory SHP regardless of the number of AT; however, it seems to worsening vascular calcification. Serum levels of PTH or post-PTx evolution of hypo- or normoparathyroidism were not influenced by the number of AT or other biochemical parameters, nor by the density of PCNA expression, CaSR, VDR, FGFR1 or Klotho in parathyroid cells
|
73 |
Fatores dietéticos associados à calcificação vascular em pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador / Dietary factors associated with vascular calcification in non-dialysis chronic kidney disease patientsAlisson Diego Machado 12 December 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A calcificação vascular (CV) é uma condição comum na doença renal crônica (DRC) e está associada a um maior risco de mortalidade, eventos cardiovasculares e outras comorbidades. A dieta pode ser importante na fisiopatologia da CV e um alvo em potencial para medidas terapêuticas, mas o seu papel ainda não é claro. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o consumo de energia, macro e micronutrientes e CV em pacientes com DRC em tratamento conservador. MÉTODOS: Foram analisados os dados da linha de base de 454 participantes do estudo PROGREDIR. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um questionário de frequência alimentar e a ingestão de nutrientes foi ajustada pela energia pelo método dos resíduos. A calcificação arterial coronária (CAC) foi mensurada por tomografia computadorizada sem contraste e apresentada pelo escore de cálcio de Agatston. Após a exclusão dos participantes que utilizavam stent coronário, as análises foram realizadas em 373 pacientes. Inicialmente, considerando-se a distribuição assimétrica da CAC e a não independência entre a ingestão de nutrientes, a associação entre a CAC e o consumo alimentar foi avaliada modelos lineares generalizados mistos. Devido à colinearidade entre os nutrientes, em seguida foi utilizada a regressão de LASSO para identificar os nutrientes mais relacionados à variabilidade da CAC. RESULTADOS: A mediana da idade e da CAC foi de 68 (60, 76) anos e 165 (8, 785), respectivamente. O maior tercil de CAC se associou diretamente à ingestão de fósforo, cálcio e magnésio. Houve um maior consumo de vitamina A, ácido pantotênico e potássio no segundo tercil. Após ajustes para variáveis de confusão (idade, sexo, diabetes mellitus e tabagismo como efeitos fixos e o indivíduo como efeito aleatório), a ingestão de ácido pantotênico (? = 0,48; IC95% 0,22, 0,75; p < 0,001), fósforo (beta = 0,38; IC95% 0,10, 0,65; p = 0,01), cálcio (beta = 0,0008; IC95% 0,0001, 0,0017; p = 0,04) e potássio (beta = 0,0005; IC95% 0,0001, 0,009; p = 0,02) permaneceram associadas à CAC nos modelos lineares generalizados mistos. Devido à colinearidade entre esses nutrientes, foi utilizada a regressão de LASSO para avaliar os nutrientes mais associados à variabilidade da CAC. Nessa abordagem, os nutrientes que mais explicaram a variância da CAC foram o fósforo (beta = 0,25), o cálcio (beta = 0,09) e o potássio (beta = 0,06). CONCLUSÕES: Houve associação entre a CAC e o consumo de fósforo, cálcio e potássio em uma população com DRC. Estudos futuros são necessários para confirmar esses resultados e avaliar o papel de intervenções sobre a prevenção e progressão da CAC baseadas nesses micronutrientes / BACKGROUND: Vascular calcification (VC) is a widespread condition in chronic kidney disease (CKD) and is associated with a higher risk of mortality, cardiovascular events, and other comorbidities. Diet may play an important role in VC and is a potential target for therapeutic measures, but this role is not clear. Thus, the aim of this study was to evaluate the association between energy, macro-and micronutrient intakes and VC in non-dialysis CKD patients. METHODS: We analyzed the baseline data from 454 participants of PROGREDIR study. Dietary intake was evaluated by a validated food frequency questionnaire and nutrient intakes were adjusted for energy by residual method. Coronary artery calcification (CAC) was measured by non-contrast computed tomography and was presented by Agatston calcium score. After exclusion of participants with coronary stent, 373 people remained for the analyses. Initially, taking into account the asymmetrical distribution of CAC and the non-independence between nutrient intakes, we evaluated the association between CAC and dietary intake by generalized linear models and generalized linear mixed models. To address the collinearity between nutrients, we next evaluated the nutrients mostly related to CAC variability by LASSO regression. RESULTS: Median age and CAC were 68 (60, 76) years old and 165 (8, 785), respectively. The highest tertile of CAC was directly associated with the intake of phosphorus, calcium and magnesium. There was a higher intake of vitamin A, pantothenic acid and potassium in the second tertile. After adjustment for confounding variables (age, gender, diabetes mellitus and tobacco use as fixed effects and individual as random effect), the intake of pantothenic acid (? = 0.48; CI95% 0.22, 0.75; p < 0.001), phosphorus (beta = 0.38; CI95% 0.10, 0.65; p = 0.01), calcium (beta = 0.0008; CI95% 0.0001, 0.0017; p = 0.04) and potassium (beta = 0.0005; CI95% 0.0001, 0.009; p = 0.02) remained associated with CAC in the generalized linear mixed models. In order to handle the collinearity between these nutrients, we used the LASSO regression to evaluate the nutrients associated with CAC variability. In this approach, the nutrients that most explained the variance of CAC were phosphorus (beta = 0.25), calcium (beta = 0.09) and potassium (beta = 0.06). CONCLUSIONS: We found an association between CAC and the intake of phosphorus, calcium and potassium in a CKD population. Future studies are needed to confirm these findings and assess the role of interventions on these micronutrients on CAC prevention and progression
|
74 |
Dieta com sobrecarga de cálcio e fósforo leva à diminuição do volume ósseo de ratos urêmicos / Dietary overload of calcium and phosphorus is associated with low trabecular volume in uremic ratsDaniella Guimarães Batista 17 January 2011 (has links)
As alterações do metabolismo mineral ocorrem precocemente nos pacientes com doença renal e podem interferir na formação, reabsorção e mineralização óssea comprometendo a integridade do esqueleto. Recentemente demonstramos que animais com sobrecarga de fósforo desenvolvem lesões ósseas semelhantes à osteoporose. O controle da hiperfosfatemia se faz com restrição de fósforo na dieta, e com o uso de quelantes. Um dos quelantes mais utilizados são os sais de cálcio. Estudos demonstraram que o uso desses quelantes favorece a progressão de calcificações arteriais nos pacientes com doença renal crônica. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito isolado do cálcio e do cálcio/fósforo no tecido ósseo e cardiovascular de ratos urêmicos submetidos a nefrectomia 5/6 (Nx) e paratireoidectomia (PTX),variando o conteúdo de cálcio e de cálcio/fósforo na dieta desses animais. Os níveis de paratormônio (PTH) foram restaurados com implante de mini-bombas osmóticas para infusão do 1-34 PTH de rato na dose de 0.022 g/100 g/h (fisiológica), ou de veículo (2% cisteina). Imediatamente após a Nefrectomia ou Sham Nx, os animais foram divididos em grupos de acordo com a dieta que continha Ca/P: 0,7%(Grupo Sham), Ca 1,2% (Grupo Nx RCa) e Ca/P: 1,2%/ 1,2% (Grupo Nx RCa/P). Após 2 meses, os animais foram sacrificados e foram realizadas as análises bioquímicas e histomorfométricas. Os animais nefrectomizados desenvolveram doença renal moderada, elevação da pressão arterial, assim como hiperfosfatemia, enquanto que apenas os animais Nx RCa/P cursaram com hipocalcemia. A infusão de 1-34 PTH foi efetiva, e os animais Nx RCa/P cursaram com elevação do FGF 23 e diminuição do calcitriol. Os animais que ingeriram dieta RCa e RCa/P apresentaram diminuição do volume trabecular (BV/TV), com diminuição dos parâmetros de formação(OS/BS e Ob.S/BS). Os animais que ingeriram dieta rica em cálcio e em cálcio/fósforo apresentaram maior apoptose de osteoblastos. A expressão gênica da TRAP foi maior nos animais Nx. Não detectamos calcificação vascular no tecido cardíaco e aorta dos animais. Em conclusão a sobrecarga de cálcio e de cálcio/fósforo associada à infusão fisiológica de PTH levam a diminuição do volume ósseo de animais urêmicos, conseqüente ao aumento da apoptose dos osteoblastos levando menor formação óssea; assim como maior atividade dos osteoclastos avaliada pela TRAP e não promoveu calcificação vascular nestes animais. O modelo animal que utilizamos reflete condições clínicas encontradas em pacientes com DRC / Bone and mineral metabolism disturbances occur early in patients with chronic kidney disease (CKD) and may interfere in bone formation, resorption or mineralization, compromising skeletal integrity. We previously have shown that phosphate (P) overload in uremic rats leads to decreased bone volume. In the clinical setting, the therapy for hyperphosphatemia includes dietary P restriction, as well as P binders, including calcium (Ca) salts. Previous studies have shown that Ca-based P binders favor the progression of vascular calcification in CKD patients. The current study evaluated the isolated effect of Ca or Ca and P overload on bone and cardiovascular tissues from uremic rats that were submitted to 5/6 nephrectomy (Nx) and parathyroidectomy (PTx), manipulating the Ca and P content in their diets. Parathormone (PTH) serum levels were kept in a normal range using miniosmotic pumps delivering rat 1-34 PTH or using vehicle. After Nx, animals were divided into three groups according to the diet: 0.7% Ca, 0.7% P (Sham Group); 1.2% Ca, 0.7% P (Nx HCa Group) and 1.2% Ca, 1.2% P (Nx HCa/P Group). After two months, animals were killed and biochemical and histomorphometric analyses were performed. Nx animals developed moderate CKD, arterial hypertension, as well as hyperphosphatemia, whereas only Nx HCa/P animals showed hypocalcemia. Osmotic infusion of PTH was effective, as confirmed by serum PTH levels. Nx HCa/P animals showed elevated serum FGF 23, as well as decreased serum calcitriol. Animals that were submitted to Ca or Ca/P overload showed decrease trabecular volume and a reduction in bone formation parameters, such as osteoid and osteoblastic surfaces. A significant increase in osteoblast apoptosis was seen in Nx HCa and Nx HCa/P Groups. The TRAP expression was higher in Nx animals. We could not observe vascular calcification in these animals. In conclusion, Ca or Ca/P overload associated with physiologic PTH infusion was associated with lower bone volume in uremic animals, explained by a increased osteoblastic apoptosis leads to decreased bone formation, and increased osteoclastic activity assessed by TRAP. This model resembles clinical conditions that are commonly observed in CKD patients
|
75 |
Efeito da Quitosana-Fe(III) reticulada sobre a calcificação vascular em um modelo de uremia / Effect of Cross-linked Iron(III) Chitosan on vascular calcification in a model of uremiaCastro, Bárbara Bruna Abreu de 13 August 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-02-26T18:21:33Z
No. of bitstreams: 1
barbarabrunaabreudecastro.pdf: 2415695 bytes, checksum: 47789bf55f4ba51557e83055236dab2f (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-03-03T14:09:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1
barbarabrunaabreudecastro.pdf: 2415695 bytes, checksum: 47789bf55f4ba51557e83055236dab2f (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-03T14:09:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
barbarabrunaabreudecastro.pdf: 2415695 bytes, checksum: 47789bf55f4ba51557e83055236dab2f (MD5)
Previous issue date: 2015-08-13 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) provoca alterações nas concentrações
de fósforo, cálcio, vitamina D e paratormônio. A Quitosana Fe(III) reticulada (QSTFe(
III)R) é um quelante de fósforo capaz de reduzir a hiperfosfatemia, principal
indutora da calcificação vascular (CV) na DRC. Este polímero derivado da quitina
mostrou ação quelante sobre o fósforo in vitro e in vivo em animais não urêmicos.
Objetivo: Avaliar a ação quelante de fósforo da QST-Fe(III)R e seu efeito sobre a
calcificação vascular em ratos com uremia induzida por adenina. Métodos: Ratos
normais e urêmicos induzidos por dieta rica em fósforo (1%) e suplementada com
adenina (0,75% - 4 semanas e 0,10% - 3 semanas) foram divididos em 4 grupos e
tratados diariamente com água destilada (10ml/Kg/dia); 30mg/Kg/dia de QTSFe(
III)R; 500mg/Kg/dia de CaCO3 e 500mg/Kg/dia de Cloridrato de sevelamer (Cl-
Sev) durante 4 semanas. Foram mensurados creatinina (Cr), fósforo (P) e cálcio
sérico (Ca), fosfatase alcalina (FA), PTH e FGF23, ao final da 4ª e 7ª semanas de
experimento. O conteúdo de Ca foi quantificado em fragmentos da aorta abdominal
e expresso em mg/g de aorta. Alterações da morfologia vascular foram avaliadas de
forma semi-quantitativa no arco da aorta pela coloração de von Kossa. Utilizamos
anticorpos específicos para identificação da expressão da angiotensina II (AngioII) e
alfa-actina do músculo liso (α-actina) pela técnica de imuno-histoquímica, em
fragmentos do arco da aorta. A avaliação morfológica foi realizada apenas na 7ª
semana. Resultados: Nos grupos urêmicos observamos redução da função renal
com pico de creatinina na quarta semana. Os tratamentos não alteraram a
progressão da doença. O grupo DRC apresentou nível de fósforo 35% mais elevado
comparado ao grupo controle. Todos os tratamentos reduziram aproximadamente
20% do fósforo sérico, além de reduzirem a fração excretada de fósforo (redução de
20% a 30%). Os tratamentos com QTS-Fe(III)R e CaCO3 foram eficientes em reduzir
o PTH e a FA dos animais urêmicos. Acredita-se que o tratamento com Cl-Sev não
tenha sido eficiente devido à intercorrências metodológicas de dificuldade de
administração da droga. O grupo DRC apresentou conteúdo de cálcio na aorta 80%
maior do que o grupo controle e a QTS-Fe(III)R reduziu o conteúdo de cálcio na
aorta, apresentando uma média mais baixa que todos os outros tratamentos. Em
comparação com o grupo controle, a QTS-Fe(III)R reduziu a expressão de AngioII
na camada íntima da aorta. A utilização dos tratamentos não apresentou benefícios
sobre a integridade da camada média quando avaliamos a expressão de α-actina.
Conclusões: O modelo experimental promoveu perda importante e sustentada de
função renal. A QTS-Fe(III)r apresentou eficiência quelante semelhante aos demais
já utilizados na prática clínica e reduziu o conteúdo de cálcio na aorta. / Introduction: Chronic Kidney Disease (CKD) causes changes in the concentrations
of phosphorus, calcium, vitamin D and parathyroid hormone. Cross-linked Iron(III)
Chitosan (QST-Fe(III)R) is a phosphorus binder, with properties of reducing the
hyperphosphatemia, the main inducer of vascular calcification (VC) in CKD. This
polymer derived from chitin showed chelating action on phosphorus in vitro and in
vivo. Objective: To evaluate the phosphorus chelating action of QST-Fe(III)R and its
effect on VC in adenine-induced uremic rats. Methods: Normal and uremic rats,
induced by adenine feeding (0.75% - 4 weeks and 0.10% - 3 weeks) and
phosphorous 1%, were divided into 4 groups and treated daily with distilled water
(10ml/kg/day); QST-Fe(III)R 30mg/kg/day; CaCO3 500mg/kg/day and sevelamer
hydrochloride (Cl-Sev) 500mg/kg/day, for 4 weeks. Biochemical parameters were
measured at the fourth and seventh week: creatinine (Cr), phosphorus (P) and serum
calcium (Ca), alkaline phosphatase (FA), PTH and FGF23. The Ca content of the
abdominal aortic fragments was quantified and expressed as mg/g of aortic tissue.
We evaluated vascular changes in the aortic arch and calcium deposition. Specific
antibodies used to identify the expression of angiotensin II (AngioII) and alphasmooth
muscle actin (α-actin) by immunohistochemical technique, in fragments of
abdominal aorta at seventh week. Results: In uremic groups, we observed reduced
kidney function and a maximum creatinine in the fourth week. The treatments did not
alter CKD progression. The CKD group showed 35% higher phosphorus, compared
to the control group. All treatments reduced approximately in 20% the serum
phosphorus, and reduced the FeP (reduction of 20% to 30%). Treatments with QTSFe(
III)R and CaCO3 were effective in reducing PTH and FA of uremic rats. We
believe that treatment with Cl-Sev has not been effective due to methodological
problems during drug administration. The CKD group presented aortic calcium
content 80% higher than the control group and the QTS-Fe(III)R reduced the calcium
content in the aorta, more than all other treatments. Compared to the control group,
the QTS-Fe(III)R promotes the reduction expression of AngioII in aortic intima. The
treatments did not show benefits over the media layer integrity when evaluating the
α-actin expression. Conclusions: The experimental model showed important and
sustained loss of renal function. The QTS-Fe(III)R showed efficiency similar to others
phosporus binders already used in clinical practice and reduced the calcium content
in the aorta.
|
76 |
Avaliação da associação da gordura pericárdica medida pela tomografia computadorizada com o escore de cálcio coronário em pacientes renais crônicos não dialíticos / Assessment of the association of pericardial fat measured by computed tomography and the coronary artery calcium score in not on dialysis chronic renal disease patientsPaulo Henrique Nascimento Harada 15 September 2015 (has links)
A gordura pericárdica (GP), um componente do tecido adiposo visceral, tem sido consistentemente relacionada com aterosclerose coronária na população geral. Este estudo avaliou a associação entre GP e a calcificação arterial coronária (CAC) em pacientes com doença renal crônica (DRC) não dialítica. Este é um estudo transversal post-hoc da linha de base de coorte prospectiva de 117 pacientes com DRC em seguimento ambulatorial sem doença coronária manifesta (idade, 56,8 ± 11 anos; 64% do sexo masculino; 95,1% hipertensos; 25,2% diabéticos; 15,5% com história prévia de tabagismo; e estágios 2 a 5 da DRC e ritmo de filtração glomerular estimado de 36,8 ± 18,1 ml/min). O escore de CAC, volume de GP e gordura visceral abdominal (GVA) foram medidos por tomografia computadorizada. A associação da GP, como variável contínua, com a presença de CAC foi analisada por regressão logística multivariada. CAC (escore de cálcio>0) esteve presente em 59,2% dos pacientes. Na comparação com os pacientes sem CAC, aqueles com CAC eram 10 anos mais velhos, apresentaram maior proporção de homens (78,7% versus 42,9%, p < 0.001), tiveram maior circunferência de abdominal (95,9 ± 10,7 versus 90,2 ± 13,2 centímetros, p=0,02), maior volume de GP (224,8 ± 107,6 versus 139,1 ± 85,0 cm³, p < 0,01), e maior área de GVA (109,2 ± 81,5 versus 70,2 ± 62,9 cm², p=0,01). Em análise multivariada ajustada para idade, sexo, diabetes, história de tabagismo, história de tabagismo, e hipertrofia ventricular concêntrica; GP esteve significantemente associada com a presença de CAC (OR: 1,88 95% IC: 1,03-3,43 por desvio padrão, p=0,04). GP permaneceu associada com CAC mesmo após ajuste adicional para ritmo de filtração glomerular e fósforo sérico (OR: 1,85 95% IC: 1,00 - 3,42, p=0,05). A GP está independentemente associada com CAC em pacientes com DRC não dialítica. / Pericardial fat (PF), a component of visceral adipose tissue has been consistently related to coronary atherosclerosis in the general population. This study evaluated the association between PF and coronary artery calcification (CAC) in non-dialysis dependent chronic kidney disease (CKD) patients. This is a post-hoc cross sectional analysis of the baseline of a prospective cohort of 117 outward CKD patients without manifest coronary artery disease (age, 56.9 ± 11.0 years, 64,1% males, 95.1% hypertensive, 25.2% diabetics, 15.5% ever smokers, CKD stage 2 to 5 with estimated glomerular filtration rate 36.8 ± 18.1 ml/min). CAC scores, PF volume and abdominal visceral fat (AVF) areas were measured by computed tomography. The association of PF as a continuous variable with the presence of CAC was analyzed by multivariate logistic regression. CAC (calcium score >0) was present in 59.2% patients. On the comparison with patients with no CAC, those with CAC were 10 years older on average, had a higher proportion of male gender (78.7% vs. 42.9%, p < 0.001), and had higher values of waist circumference (95.9 ± 10.7 versus 90.2 ± 13.2 cm, p=0.02), PF volumes (224.8±107.6 versus 139.1±85.0 cm³, p < 0.01) and AVF areas (109.2 ± 81.5 versus 70.2 ± 62.9 cm², p=0.01). In the multivariate analysis, adjusting for age, gender, diabetes, smoking and, left ventricular concentric hypertrophy, PF was significantly associated with the presence of CAC (OR: 1.88 95% CI: 1.03-3.43 per standard deviation, p=0.04). PF remained associated with CAC even after additional adjustments for estimated glomerular filtration rate or serum phosphorus (OR: 1.85 95% CI: 1.00-3.42, p=0.05). PF is independently associated with CAC in non-dialysis dependent CKD patients
|
77 |
Dieta com sobrecarga de cálcio e fósforo leva à diminuição do volume ósseo de ratos urêmicos / Dietary overload of calcium and phosphorus is associated with low trabecular volume in uremic ratsBatista, Daniella Guimarães 17 January 2011 (has links)
As alterações do metabolismo mineral ocorrem precocemente nos pacientes com doença renal e podem interferir na formação, reabsorção e mineralização óssea comprometendo a integridade do esqueleto. Recentemente demonstramos que animais com sobrecarga de fósforo desenvolvem lesões ósseas semelhantes à osteoporose. O controle da hiperfosfatemia se faz com restrição de fósforo na dieta, e com o uso de quelantes. Um dos quelantes mais utilizados são os sais de cálcio. Estudos demonstraram que o uso desses quelantes favorece a progressão de calcificações arteriais nos pacientes com doença renal crônica. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito isolado do cálcio e do cálcio/fósforo no tecido ósseo e cardiovascular de ratos urêmicos submetidos a nefrectomia 5/6 (Nx) e paratireoidectomia (PTX),variando o conteúdo de cálcio e de cálcio/fósforo na dieta desses animais. Os níveis de paratormônio (PTH) foram restaurados com implante de mini-bombas osmóticas para infusão do 1-34 PTH de rato na dose de 0.022 g/100 g/h (fisiológica), ou de veículo (2% cisteina). Imediatamente após a Nefrectomia ou Sham Nx, os animais foram divididos em grupos de acordo com a dieta que continha Ca/P: 0,7%(Grupo Sham), Ca 1,2% (Grupo Nx RCa) e Ca/P: 1,2%/ 1,2% (Grupo Nx RCa/P). Após 2 meses, os animais foram sacrificados e foram realizadas as análises bioquímicas e histomorfométricas. Os animais nefrectomizados desenvolveram doença renal moderada, elevação da pressão arterial, assim como hiperfosfatemia, enquanto que apenas os animais Nx RCa/P cursaram com hipocalcemia. A infusão de 1-34 PTH foi efetiva, e os animais Nx RCa/P cursaram com elevação do FGF 23 e diminuição do calcitriol. Os animais que ingeriram dieta RCa e RCa/P apresentaram diminuição do volume trabecular (BV/TV), com diminuição dos parâmetros de formação(OS/BS e Ob.S/BS). Os animais que ingeriram dieta rica em cálcio e em cálcio/fósforo apresentaram maior apoptose de osteoblastos. A expressão gênica da TRAP foi maior nos animais Nx. Não detectamos calcificação vascular no tecido cardíaco e aorta dos animais. Em conclusão a sobrecarga de cálcio e de cálcio/fósforo associada à infusão fisiológica de PTH levam a diminuição do volume ósseo de animais urêmicos, conseqüente ao aumento da apoptose dos osteoblastos levando menor formação óssea; assim como maior atividade dos osteoclastos avaliada pela TRAP e não promoveu calcificação vascular nestes animais. O modelo animal que utilizamos reflete condições clínicas encontradas em pacientes com DRC / Bone and mineral metabolism disturbances occur early in patients with chronic kidney disease (CKD) and may interfere in bone formation, resorption or mineralization, compromising skeletal integrity. We previously have shown that phosphate (P) overload in uremic rats leads to decreased bone volume. In the clinical setting, the therapy for hyperphosphatemia includes dietary P restriction, as well as P binders, including calcium (Ca) salts. Previous studies have shown that Ca-based P binders favor the progression of vascular calcification in CKD patients. The current study evaluated the isolated effect of Ca or Ca and P overload on bone and cardiovascular tissues from uremic rats that were submitted to 5/6 nephrectomy (Nx) and parathyroidectomy (PTx), manipulating the Ca and P content in their diets. Parathormone (PTH) serum levels were kept in a normal range using miniosmotic pumps delivering rat 1-34 PTH or using vehicle. After Nx, animals were divided into three groups according to the diet: 0.7% Ca, 0.7% P (Sham Group); 1.2% Ca, 0.7% P (Nx HCa Group) and 1.2% Ca, 1.2% P (Nx HCa/P Group). After two months, animals were killed and biochemical and histomorphometric analyses were performed. Nx animals developed moderate CKD, arterial hypertension, as well as hyperphosphatemia, whereas only Nx HCa/P animals showed hypocalcemia. Osmotic infusion of PTH was effective, as confirmed by serum PTH levels. Nx HCa/P animals showed elevated serum FGF 23, as well as decreased serum calcitriol. Animals that were submitted to Ca or Ca/P overload showed decrease trabecular volume and a reduction in bone formation parameters, such as osteoid and osteoblastic surfaces. A significant increase in osteoblast apoptosis was seen in Nx HCa and Nx HCa/P Groups. The TRAP expression was higher in Nx animals. We could not observe vascular calcification in these animals. In conclusion, Ca or Ca/P overload associated with physiologic PTH infusion was associated with lower bone volume in uremic animals, explained by a increased osteoblastic apoptosis leads to decreased bone formation, and increased osteoclastic activity assessed by TRAP. This model resembles clinical conditions that are commonly observed in CKD patients
|
78 |
Core-top calibration of paleotemperature geochemical proxies: a case study in the Southeast Brazilian continental margin / Calibração de proxies geoquímicos de paleotemperatura: estudo de caso na margem continental sudeste do BrasilRodrigues, Felipe 27 May 2019 (has links)
Reconstructing past sea surface temperature conditions is valuable to observe and evaluate the climate of the past. In the SW Atlantic, so far, few studies have exanimated the applicability of paleotemperature equations, which may reflect in fewer reliable SST estimates. This study aimed to evaluate two marine proxies for SST reconstructions: the alkenones unsaturation index (UK\'37) and the ratio Mg/Ca in different planktonic foraminifera species and size fractions (G. ruber pink; G. ruber white senso stricto and senso lato; between 250 - 300 µm and 300 - 355 μm; G. truncatulinoides (d) crusted and non-crusted forms, between 380 - 620 μm; and G. inflata 300 - 425 μm). The samples were collected in the shelf break of South Brazilian Bight (SBB, 22 °S to 27 °S). The proxies were converted into SSTs and then compared to modern SSTs from the World Ocean Atlas and satellite images. The first chapter describes the UK\'37 signals and the applicability of three different paleotemperature equations, and the second chapter describes the Mg/Ca a proxy for past SSTs and water mass conditions after applying the most used paleotemperature equations for the ratio Mg/Ca. The UK\'37 seems to record mostly autumn conditions at 0m, and the most recent Bayspline equation results into more similar temperature averages when compared to modern annual SSTs (p-value of 0.81, n = 47, ΔSST of -0.03°C ± 0.27), while the most used linear equations result into SSTs similar to autumn conditions. In subtropical regions with low-temperature variations (∼4°C), the function UK\'37 versus SSTs works in an exponential relation, and they are related to seasonal temperatures. For the Mg/Ca in planktonic foraminifera species, the Mg/Ca-inferred temperatures agree well with modern ocean temperatures. Our data suggest that in different size fractions the tested species respond differently to the most used species-specific and general species paleotemperature equations. All the upper water column species agree well with temperatures at 0-meter depth. The G. ruber (p) responds well to the SS equation, where the smallest and the largest size results into annual and autumn estimates, respectively (p-value of 0.81 and 0.71, n = 23); the smallest size of G. ruber (w) s.s. provides summer estimates applying the GE equation (p-value of 0.21, n = 7), while the largest size provides annual estimates (p-value of 0.86, n = 13). The G. ruber (w) s.l. has significant averages when compared the largest size with autumn and summer conditions (p-value of 0.21 for both, n = 16); the deep-dwelling species G. inflata and the G. truncatulinoides (d) crusted form reflect the uplift of the SACW, calcifying at 10 and 20 m depth (p-value of 0.89, n = 10 and p-value of 0.06, n = 14, respectively), while the G. truncatulinoides (d) non-crusted form records annual temperature in deep water layers conditions (p-value of 0.06, n = 16). This is the first study to report Mg/Ca ratios in surface-dwelling and deep-dwelling planktonic foraminifera tests obtained in core-top samples at the SBB. This validation will inform the reconstruction of past environmental conditions of SW Atlantic, especially in the SBB. / As reconstruções das condições da temperatura superficial do mar são importantes para avaliar o clima do passado da Terra. No Atlântico SE, no entanto, poucos estudos avaliaram a aplicabilidade das equações de conversão dos indicadores geoquímicos para temperatura, o que pode resultar em estimativas de paleotemperatura de menor acurácia. Este estudo avaliou dois indicadores marinhos de paleotemperatura: o índice de insaturação de alquenonas (UK\'37), e a razão Mg/Ca em testas de foraminíferos planctônicos de diferentes espécies e frações de tamanho (G. ruber pink; G. ruber white senso stricto e senso lato; entre 250 - 300 μm e 300 - 355 μm; G. truncatulinoides (d) encrustadas e não-encrustadas, entre 380 - 620 μm; e G. inflata 300 - 425 μm). As amostras são provenientes da plataforma externa e quebra da plataforma do Embaiamento de São Paulo (22°S a 27°S). Os indicadores foram transformados em TSM e então comparados com as temperaturas obtidas por meio do World Ocean Atlas e de imagens de satélite. O primeiro capítulo apresenta os dados de UK\'37 e a aplicabilidade de três equações de paleotemperatura. O segundo capítulo apresenta dados da razão Mg/Ca como indicador de TSM e condições de massa d\'água após a aplicação das equações de conversão. O UK\'37 apresenta influência do outono em 0 m de profundidade em seus registros, e a mais recente equação Bayspline resulta em médias de TSM mais similares com as condições atuais, principalmente quando comparado com a média anual de TSM (p-valor de 0.81, n = 47, ΔSST de -0.03°C ± 0.27), já as equações lineares mais conhecidas resultam em TSM mais parecidas com condições de outono. No geral, em regiões com pouca variação de TSM (∼1.5 °C), o UK\'37 responde em uma relação exponencial com a temperatura. A razão Mg/Ca em testas de foraminíferos planctônicos, quando convertidas em TSM, resultam em médias similares com as condições atuais de temperatura. Os nossos dados sugerem que as equações específicas para cada espécie (SS) e as equações gerais (GE) resultam em diferentes médias de TSM para cada espécie/fração de tamanho. Todas as espécies de superfície respondem bem com as temperaturas em 0 metros de profundidade. A G. ruber (p) responde bem à equação SS, onde a menor e a maior fração de tamanho resulta em médias similares às TSM anuais e de outono, respectivamente (p-valor de 0.81 e 0.71, n = 23); a menor fração de tamanho da espécie G. ruber (w) s.s. resulta em médias similares às TSM de verão com a equação GE (p-valor de 0.21, n = 7), enquanto a maior fração de tamanho resulta em TSM anual (p-valor de 0.86, n = 13). A maior fração de tamanho da espécie G. ruber (w) s.l. resulta em médias significativas quando comparadas com TSM de outono e de verão (p-valor de 0.21 para ambas, n = 16). Os registros geoquímicos das espécies de subsuperfície, como a G. inflata e a G. truncatulinoides (d) encrustada registram a subida da ACAS para a superfície na área de estudo, calcificando em 10 e 20 metros de profundidade, respectivamente (p-valor de 0.89, n = 10 e de 0.06, n = 14, respectivamente), enquanto a G. truncatulinoides (d) não-encrustada aparenta registrar as condições anuais de temperatura em profundidades mais próximas da ACAS, com médias um pouco mais elevadas que as duas espécies de subsuperfície (p-valor de 0.06, n = 16). Este é o primeiro estudo que relata as razões Mg/Ca em diferentes espécies de foraminíferos planctônicos no ESP. Esta validação auxiliará a aprimorar futuras estimações de TSM com este indicador.
|
79 |
Mecanismos fisiopatológicos do remodelamento vascular associado à calcificação em camundongos com obesidade e resistência à insulina / Mechanisms of vascular remodeling associated with calcification in obesity and insulin resistanceCarmo, Luciana Simão do 12 December 2017 (has links)
O remodelamento vascular é uma resposta adaptativa a estímulos específicos, participando da fisiopatologia de diversas doenças cardiovasculares. Devido à intersecção de fatores de risco cardiovasculares relacionados tanto ao remodelamento vascular como à calcificação vascular (CV), propomos a investigação de mecanismos que inter-relacionam tais condições. Postulamos que camundongos ob/ob com obesidade e resistência à insulina têm resposta exacerbada de remodelamento vascular associado à CV quando comparado aos camundongos controles C57BL/6 (C57) após estímulo com vitamina D3 (VD) in vivo. Camundongos C57 e ob/ob (OB) machos foram injetados com 8x103 UI/kg de vitamina D3 intraperitoneal (IP) ou solução fisiológica (CT) durante 14 dias (n=6). Houve aumento da circunferência da lâmina elástica externa da aorta, determinando aumento da área circunferencial do vaso em camundongos OBVD. A hipervitaminose D aumentou o comprimento da lâmina elástica interna da aorta, aumentando o lúmen vascular em camundongos OBVD. Ocorreu também diminuição da espessura da parede do vaso em camundongos OBVD, caracterizando remodelamento vascular positivo hipotrófico. Observamos ainda maior deposição de colágeno na parede do vaso e elastólise em camundongos OBVD. O remodelamento vascular positivo em camundongos OBVD se correlacionou diretamente com o aumento da calcificação na aorta (R2=0,8; p < 0,003). Aortas de camundongos OBVD apresentaram aumento na expressão de espécies reativas de oxigênio (ERO), que foi associado a aumento da atividade de metaloproteinases de matriz (MMP). Estes resultados fornecem evidências que camundongos obesos, insulino-resistentes, e com diabetes tipo 2 desenvolveram remodelamento vascular positivo hipotrófico correlacionado diretamente com calcificação vascular em camundongos OBVD após estímulo com vitamina D3. O desenvolvimento de remodelamento vascular positivo hipotrófico neste modelo murino é possivelmente mediado pela ativação de MMP na parede da aorta e a geração de ERO pode ter contribuído para a ativação de MMP no nosso modelo / Vascular remodeling is a vessel response to mechanical and hemodynamic stimuli, which is a major determinant of changes in vessel lumen caliber. The mechanisms that influence arterial remodeling include calcification. We hypothesized that ob/ob mice develop positive vascular remodeling associated with calcification. We quantify and assess mechanisms of vascular remodeling and vascular calcification in ob/ob mice (OB) after vitamin D3 stimulation (VD) or phosphate buffered saline (CT), compared with (C57BL/6) mice. Both ob/ob (OBVD) and C57BL/6 (C57VD) mice received 8x103 IU/day of (IP) vitamin D3 for 14 days. Control ob/ob (OBCT) and C57BL/6 (C57CT) mice received IP phosphate buffered saline (PBS) for 14 days (n=6). Hypervitaminosis D increased the external and internal elastic length in aortas from OB mice, resulting in increased total vascular area and lumen vascular area respectively, which characterizes positive vascular remodeling. OBVD mice decreased the aortic wall thickness, resulting in hypotrophic vascular remodeling. We demonstrated increases in collagen deposition, elastolysis and calcification in the aortas of OBVD mice. These results showed a positive correlation between expansive vascular remodeling and vascular calcification in OBVD mice (R2=0,8; p < 0,003). Furthermore, aorta from OBVD increased oxidative stress, coincidently with augmented metalloproteinase activity. Our data provide evidence that obese type 2 diabetes mellitus and insulin-resistant mice (ob/ob) developed positive hypotrophic vascular remodeling correlated directly with increased vascular calcification in OBVD mice after chronic vitamin D3 stimulation. The development of positive hypotrophic vascular remodeling in this mouse model is possibly mediated by the activation in the aortic wall of MMP and ROS may have contributed to the activation of MMP in our model
|
80 |
Calcificação prematura de artérias coronárias no lúpus eritematoso sistêmico: associação com duração de doença e densidade mineral óssea / Premature coronary artery calcification is associated with disease duration and bone mineral density in young female systemic lupus erythematosusRibeiro, Giovana Gomes 13 March 2009 (has links)
Objetivo: Avaliar a relevância de fatores de risco tradicionais para doença cardiovascular (FRC), fatores relacionados ao lúpus e densidade mineral óssea (DMO) na calcificação prematura de artérias coronárias (CAC) em mulheres jovens com lúpus eritematoso sistêmico (LES). Métodos: Noventa e quatro pacientes lúpicas do sexo feminino com duração de doença 5 anos e idade menor que 45 anos foram selecionadas consecutivamente para este estudo. Os fatores de risco cardiovascular analisados foram: diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, dislipoproteinemia, fumo, índice de massa corpórea (IMC), insuficiência ovariana e renal. Fatores de risco relacionados ao LES estudados foram: duração de doença, critérios ACR, SLICC/ACR modificado (excluindo escores relacionados à aterosclerose), SLEDAI, tratamento com glicocorticóide e ciclofosfamida. A densidade mineral óssea de corpo inteiro, coluna lombar e colo do fêmur foram realizadas por densitometria de dupla emissão de fontes de raios-X (DXA). Calcificação de artérias coronárias foi determinada usando tomografia computadorizada com 16 multidetectores. Resultados: Calcificação prematura de artérias coronárias foi identificada em 12 (12,7%) dos pacientes, havendo associação com maior freqüência de pacientes com FRC (p=0,008), maior número de FCR (p=0,003), idade (p=0,025), duração de doença (p=0,011) e SLICC (p=0,011). A análise individual dos FRC demonstrou que a presença de menopausa (p=0,036), dislipidemia (p=0,003) e hipertensão (p=0,006) foram significativamente associados com calcificação coronariana. Análise de regressão logística múltipla usando FRC, idade, duração de doença, SLICC e DMO de corpo inteiro revelou que apenas duração de doença (p=0,042) e DMO de corpo inteiro (p=0,023) permaneceram fatores significantes para calcificação coronariana. Conclusão: Identificamos que duração de doença e DMO reduzida são preditores independentes para calcificação coronariana prematura em mulheres jovens com LES, sugerindo um mecanismo subjacente comum / Objective: To evaluate the relevance of traditional cardiovascular risk factors (CVR), disease-related risk factors and bone mineral density (BMD) for premature coronary artery calcification (CAC) in young female systemic lupus erythematosus (SLE). Methods: Ninety-four female SLE patients 5 years disease duration and age <45 years were consecutively selected for this study. Cardiovascular risks (CVR) analyzed were: diabetes mellitus, arterial hypertension, dyslipoproteinemia, smoking, body mass index (BMI), ovarian and renal insufficiency. SLE-related risk factors evaluated were: disease duration, ACR criteria, modified SLICC/ACR (excluding atherosclerosis-related scores), SLEDAI, glucocorticoid and cyclophosphamide treatment. Bone mineral density (BMD) in whole body, lumbar spine and femoral neck was assessed by dual X ray absorptiometry (DXA). Coronary artery calcification was determined using the 16-slice multidetector computed tomography. Results: Premature coronary artery calcification was identified in 12 (12.7%) patients and was associated with a higher frequency of patients with CVR (p=0.008), a higher mean number of CVR (p=0.003), mean age (p= 0.025), mean disease duration (p=0.011) and mean SLICC (p=0.011). Individual analysis of CVR demonstrated that the presence of menopause (p= 0.036), dyslipidemia (p= 0.003) and hypertension (p=0.006) were significantly associated with coronary calcification. Additionally, premature calcification was associated with a lower whole body BMD (p=0.013). Multiple logistic regression analysis using CVR, age, disease duration, SLICC and whole body BMD revealed that only disease duration (p=0.042) and whole body BMD (p=0.023) remained significant factors for coronary calcification. Conclusion: We have identified that disease duration and decreased BMD are independent predictors for premature coronary calcification in young women with SLE, suggesting a common underlying mechanism
|
Page generated in 0.0621 seconds