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Nutrição da gestante portadora de anemia falciforme, complicações maternas e resultados perinatais / Nutrition of pregnant women with sickle cell anemia, maternal complications and perinatal outcomesLetícia Vieira de Paiva 16 March 2016 (has links)
O prognóstico da gestação é influenciado pelo estado nutricional materno. Sabe-se que, desde a infância, as pessoas portadoras da doença falciforme apresentam crescimento deficiente. Pouco se conhece sobre a evolução do estado nutricional materno na anemia falciforme. O objetivo foi analisar o estado nutricional de gestantes portadoras de anemia falciforme, avaliando o ganho de peso, o consumo dietético materno e os resultados adversos maternos e perinatais. Métodos: Foram avaliadas 26 gestantes portadoras de anemia falciforme SS e 23 SC, a partir do início do pré-natal especializado até o puerpério. Como grupo controle foram utilizadas 63 gestantes, sem comorbidades. O estado nutricional das gestantes foi avaliado de acordo com índice de massa corporal, pré-gestacional e ao final da gravidez, bem como analisado o ganho de peso materno. O consumo dietético foi analisado utilizando-se questionário de frequência alimentar, em cada trimestre, caracterizando-se o valor energético total e a ingestão de macronutrientes e micronutrientes. As complicações maternas e perinatais foram investigadas. O nível de significância foi 0,05 (alfa=5%). Resultados: O IMC pré-gestacional foi significativamente menor no grupo SS (mediana 20,3 kg/m2) quando comparado com os grupos SC (22,7 kg/m2, p < 0,05) e controle (23,2 kg/m2, p < 0,05). O baixo peso pré-gestacional (IMC < 18,5 kg/m2) foi significativamente mais frequente no grupo SS (15,4%) quando comparado aos grupos SC (4,4%) e controle (1,6%, p=0,009). Ao final da gestação, o grupo SS apresentou menor IMC (mediana 23,1 kg/m2) quando comparado com o grupo SC (26,1 kg/m2, p < 0,05) e controle (28,5 kg/m2, p < 0,05). O ganho ponderal na gestação foi menor no grupo SS (mediana 8,0 kg) quando comparado com o grupo SC (11,9 kg, p < 0,05) e Controle (13,7 kg, p < 0,05). Na análise do consumo dietético no 2º trimestre, constatou-se que os grupos SS e SC apresentaram menor consumo de proteínas (medianas, 73 g/d e 69 g/d) quando comparados aos controles (96 g/d, p < 0,05); e o consumo de cálcio foi menor no grupo SS comparado ao controle (mediana, 410 vs. 748 g/d, p<0,05). No 3º trimestre, houve menor consumo de proteínas pelo grupo SS quando comparado com os controles (mediana, 68 g/d vs. 93 g/d, p < 0,05); o consumo de vitamina A foi menor no grupo SS quando comparado aos controles (mediana, 447 vs. 940 mcg/d, p < 0,05); o consumo de vitamina E foi menor no grupo SS (mediana, 6 mg/d) quando comparado aos grupos SC (10 mg/d) e controle (7 mg/d, p < 0,05). As complicações maternas mais frequentes foram: crise álgica, 58% no grupo SS e 44% no SC (p=NS); infecção urinária, 31% no SS e 17% no SC (p=NS); e infecção pulmonar, 35% no SS e 9% no SC (p=NS). Houve diferença significativa no diagnóstico de sofrimento fetal: SS (36%), SC (14%) e controle (13%, p=0,032). Resultados perinatais adversos foram mais frequentes nos grupos SS e SC quando comparados aos controles. Conclusões: O estado nutricional das gestantes portadoras de doença falciforme SS caracterizou-se pela desnutrição materna, com baixo ganho ponderal na gestação. O consumo dietético de macronutrientes demonstrou ingestão inadequada de proteínas nos 2º e 3º trimestres. As complicações maternas e resultados perinatais adversos foram eventos frequentes nas gestantes portadoras de doença falciforme / The prognosis of pregnancy is influenced by the mother\'s nutritional status. It is known that, from childhood, people with sickle cell disease have deficient growth. Little is known about the evolution of maternal nutritional status in sickle cell anemia. The objective was to analyze the nutritional status of pregnant women with sickle cell anemia, assessing their weight gain, maternal dietary intake, and adverse maternal and perinatal outcomes. Methods: A total of 26 pregnant women with sickle cell anemia SS and 23 SC, from the start of pre-natal to the postpartum period. It was used as a control group 63 pregnant women without comorbidities. The nutritional status of pregnant women was evaluated according to body mass index, prepregnancy and late pregnancy and maternal weight gain. Dietary intake was assessed by food frequency questionnaire in each quarter, characterizing the total energy, macronutrients and micronutrients intake. Maternal and perinatal complications were investigated. The significance level was 0.05 (alpha=5%). Results: The pre-pregnancy BMI was significantly lower in the SS group (median 20.3 kg/m2) compared to the SC group (22.7 kg/m2, p < 0.05) and control (23.2 kg/m2, p < 0.05). The low pre-pregnancy weight (BMI < 18.5 kg/m2) was significantly more frequent in the SS group (15.4%) when compared with the SC group (4.4%) and control (1.6%, p=0.009). At the end of pregnancy, the SS group had lower BMI (median 23.1 kg/m2) compared to the SC group (26.1 kg/m2, p < 0.05) and control (28.5 kg/m2, p < 0.05). Weight gain during pregnancy was lower in the SS group (median 8.0 kg) compared with the SC group (11.9 kg, p < 0.05) and control (13.7 kg, p < 0.05). The dietary intake analysis in the 2nd quarter showed that the SS and SC groups have a lower protein intake (median, 73 g/d and 69 g/d) compared to controls (96 g/d, p < 0.05); and calcium intake is lower in the SS group compared with controls (median, 410 vs. 748 g/d, p < 0.05). In the 3rd quarter, the protein intake was lower in the SS group compared with controls (median, 68 g/d vs. 93 g/d, p < 0.05); the vitamin A intake was lower in the SS group compared to controls (median, 447 vs. 940 mcg/d, p<0.05); the consumption of vitamin E was lower in the SS group (median, 6 mg/d) groups when compared to SC (10 mg/d) and control (7 mg/d, p < 0.05). The most frequent maternal complications were: a pain crisis, 58% in the SS group and 44% in SC (p=NS); urinary tract infection in 31% of SS and 17% of SC (p=NS); and pulmonary infection, 35% in the SS and 9% in the SC group (p = NS). There were significant differences in the diagnosis of fetal distress: SS (36%), SC (14%) and control (13%, p=0.032). Adverse perinatal outcomes were more common in SS and SC groups when compared to controls. Conclusions: The nutritional status of pregnant women with sickle cell disease SS is characterized by maternal malnutrition with low weight gain during pregnancy. Dietary intake of macronutrients demonstrates inadequate protein intake in the second and third quarters. Maternal complications and adverse perinatal outcomes are frequent events in pregnant women with sickle cell disease
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Investigação das alterações do sistema renina-angiotensina em indivíduos portadores de anemia falciforme e efeitos da terapia com hidroxiureia / Investigation of alterations of the renin-angiotensin system in sickle cell disease individuals and the effects of hydroxyureaSantos, Alisson Fernandes dos, 1977- 08 August 2014 (has links)
Orientadores: Nicola Amanda Conran Zorzetto, Fernando Ferreira Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-25T23:15:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: A anemia falciforme (AF) é uma doença genética causada pela substituição de um ácido glutâmico por uma valina na posição 6 da cadeia globina 'beta'. A mutação de ponto origina a hemoglobina S (HbS), que sob condições de deoxigenação se polimeriza tornando os eritrócitos mais propensos à falcização. A fisiopatologia da AF resulta em processos recorrentes de vaso-oclusão e hemólise, causando numerosas complicações clínicas, incluindo a danificação dos rins e problemas cardiovasculares. A angiotensina II (Ang II), um peptídeo vasoconstritor derivado do sistema renina-angiotensina (SRA), controla a pressão arterial e o equilíbrio dos fluidos. A Ang II também participa na geração de espécies reativas de oxigênio, diminuindo a biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), um gás vasodilatador, podendo contribuir para alterações no endotélio. A hidroxiureia (HU), agente quimioterápico importante no tratamento dos indivíduos portadores de AF, exerce seu efeito benéfico por meio do aumento de hemoglobina fetal (HbF), reduzindo a falcização dos eritrócitos, diminuindo o número de leucócitos, além de possuir a capacidade de gerar NO. O objetivo deste estudo foi verificar se a produção e expressão das proteínas do SRA estão alteradas na AF e os efeitos da terapia com HU nestes parâmetros. Para analisar a atividade do SRA na AF e um possível papel para a Ang II no processo inflamatório, foram quantificadas as concentrações plasmáticas de Ang II, enzima conversora de angiotensina (ACE), molécula de adesão vascular-1, molécula de adesão intercelular-1, endotelina-1 (ET-1), metabólitos de NO, guanosina monofosfato cíclico (GMPc), interleucina-6, interleucina-8, fator de necrose tumoral-'alfa' e inibidor do ativador do plasminogênio-1 nas amostras de sangue dos indivíduos portadores de AF e indivíduos sadios controles. A produção de Ang II e expressão de algumas proteínas do SRA também foram estudadas em um modelo animal de AF. Adicionalmente, camundongos com AF foram tratados com a HU (50 e 75 mg/kg/dia) por 4 semanas. Não foram encontradas diferenças significativas nos níveis plasmáticos de Ang II nos indivíduos portadores de AF e indivíduos controles, porém a Ang II mostrou correlação positiva com níveis plasmáticos de HbF e ET-1. Uma correlação negativa entre níveis da Ang II e GMPc também foi encontrada no plasma. As concentrações plasmáticas de ACE foram encontradas significantemente menores em indivíduos portadores de AF em comparação aos indivíduos controle. Em camundongos com AF, as concentrações plasmáticas de Ang II estão significativamente diminuídas quando comparadas aos camundongos controles. O tratamento de camundongos AF com HU (75 mg/kg/dia) aumentou significativamente os níveis de Ang II. Diferenças significativas nas expressões dos genes AT1R e ACE1 (que codificam o receptor de angiotensina II tipo 1 e a enzima ACE, respectivamente) foram detectadas em camundongos com AF sem tratamento de HU quando comparados aos camundongos controles, sendo que as expressões dos genes foram menores nos rins e maiores no fígado. Os dados obtidos no estudo sugerem que pode haver alterações no SRA em indivíduos portadores de AF, apesar de não encontrar associações entre alterações em Ang II com parâmetros inflamatórios. Futuros estudos poderiam indicar se alterações na expressão das proteínas do SRA contribuem para algumas manifestações da AF ou refletem danos teciduais nestes indivíduos / Abstract: Sickle cell disease (SCD) is caused by a point mutation that results in the substitution of glutamic acid for valine at the sixth position of the 'beta'-globin chain, leading to the production of hemoglobin S (HbS). HbS polymerizes under conditions of low oxygen concentration, causing the erythrocyte to adopt a sickled shape. The pathophysiology of SCD results in recurrent vaso-oclusion and hemolysis, causing clinicals complications, including kidney damage and cardiovascular problems. Angiotensin II (Ang II), a peptide and vasoconstrictor derived from the action of the renin-angiotensin system (RAS), controls blood pressure and fluid balance. Ang II also participates in the generation of reactive oxygen species, decreasing the bioavailability of the vasodilatory gas nitric oxide (NO), and potentially causing endothelial alterations. Hydroxyurea (HU), an important chemotherapeutic drug employed in the treatment of SCD, has numerous benefits that include augmentation of fetal hemoglobin, reduction of erythrocyte sickling and decreased leukocyte numbers; furthermore, HU also generates NO in vivo. The aim of this study was to investigate whether the production and expression of proteins of the RAS are altered in SCD and the effects of HU therapy on these parameters. To analyse alterations in Ang II and possible associations with inflamatory processes in sickle cell anemia (SCA), the following were quantified in the plasma of SCA patients on and off HU and in healthy control individuals; Ang II, angiotensin converting enzyme (ACE), vascular adhesion molecule-1, intercellular adhesion molecule-1 and endothelin-1 (ET-1), NO metabolites, cyclic guanylate monophosphate (cGMP), interleucin-6, interleucin-8, tumor necrosis factor-'alfa' and plasminogen activator inhibitor-1. The production of Ang II and the expressions of some RAS proteins were also studied in an animal model of SCD. In addition, SCD mice were treated, or not, with hydroxyurea (50 and 75 mg/kg/day) for 4 weeks. Plasma levels of Ang II of SCA patients did not differ from those of controls; however, Ang II demonstrated positive correlations with fetal hemoglobin and ET-1; and a negative correlation with plasma cGMP. Plasma levels of ACE were significantly lower in SCA individuals compared with control individuals. In SCD mice, plasma levels of Ang II were significantly decreased when compared to control mice. Treatment with HU (75 mg/kg/day) in the SCD mice increased levels of Ang II significantly. Significant differences in the gene expressions of AT1R and ACE1 (encoding the angiotensin II receptor type 1 and ACE) were detected in SCD mice not treated with HU, when compared to control mice, where these gene expressions were lower in the kidneys and higher in the liver. These results suggest that some alterations in the RAS may occur in SCD individuals. Although we found no association between plasma Ang II levels with inflammatory parameters in patients, further studies should indicate whether alterations in the RAS may contribute to some of the manifestations of SCD or reflect tissue damage in these individuals / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica
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Interações de plaquetas de pacientes com anemia falciforme e células endoteliais de veia umbilical humana (HUVEC) / Interactions between platelets from sickle cell anemia patients and human umbilical vein endothelial cellsProença-Ferreira, Renata, 1980- 23 August 2018 (has links)
Orientadores: Nicola Amanda Conran Zorzetto, Fernando Ferreira Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T06:18:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: A anemia falciforme (AF) é uma doença causada por uma mutação de ponto (troca do aminoácido glutâmico pela valina), que resulta na síntese de uma hemoglobina anômala, a hemoglobina S (HbS). A principal causa de morbidade para portadores de AF é a vaso-oclusão, que resulta da adesão anormal de células vermelhas e brancas ao endotélio, e consequêntemente diminui o fluxo sanguíneo. As plaquetas de pacientes AF apresentam um aumento das suas propriedades adesivas, e por isso, sugere-se a sua participação no processo de vaso-oclusão. Nossos dados mostraram que essas plaquetas são capazes de ativarem células endoteliais, in vitro, em ensaios de co-culturas com células endoteliais de veia umbilical humana (HUVEC) com plaquetas. A expressão da molécula de adesão intercelular 1 (ICAM-1) e a da E-selectina das células HUVEC aumentou significativamente na sua superfície, após a sua co-incubação com plaquetas de pacientes AF. A ativação das moléculas de adesão depende do contato físico entre plaquetas e células HUVEC, pois a utilização de insertos de transwell inibiu significativamente a expressão de ICAM-1 e E-selectina na superfície das HUVEC. A co-incubação de plaquetas de pacientes AF com as células HUVEC resultou em uma maior produção e liberação de mediadores inflamatórios (citocinas); a interleucina 8 (IL-8) e da interleucina 1 beta (IL-1?) quantificadas do sobrenadante das co-culturas com essas células. As plaquetas desses pacientes possuem propriedades inflamatórias, pois liberaram mais fator plaquetário 4 (PF4), uma quimiocina pró-agregante, quantificada do sobrenadante de cultura dessas plaquetas, em relação às plaquetas de indivíduos saudáveis. O aumento na expressão das moléculas de adesão, integrina ?IIb?3 e P-selectina, na superfície das plaquetas de pacientes AF, podem indicar que há um aumento na sua ativação plaquetária, favorecendo a sua adesão ao endotélio inflamado. O fator nuclear-?B (NF-?B) é um fator de transcrição nuclear muito importante envolvido na ativação de genes, como genes que codificam de moléculas de adesão endotelial, e os nossos resultados de expressão gênica mostraram que há um aumento na expressão do gene NF?BIA (subunidade p50 do NF-?B), em associação com o aumento na expressão do gene ICAM1 (que codifica a molécula de adesão ICAM-1) em HUVEC, após co-cultura dessas células com plaquetas de pacientes AF. A presença do inibidor BAY 11-7082 (inibe a via de sinalização NF-?B), diminuiu a expressão das moléculas de adesão ICAM-1 e E-selectina na superfície das células HUVEC, quando co-incubadas com plaquetas de pacientes AF. Os nossos dados são importantes e corroboram com a nossa hipótese de que as plaquetas participam no processo de vaso-oclusão na anemia falciforme, pois apresentam a capacidade de ativar células endoteliais (in vitro) tornando-as inflamatórias e mais adesivas. Portanto, sugerimos que as plaquetas representam um importante alvo para novas abordagens terapêuticas na anemia falciforme / Abstract: Sickle cell anemia (SCA) is a disease caused by a point mutation (causing the exchange of glutamic acid for valine), which results in the synthesis of an abnormal hemoglobin, hemoglobin S (HbS). The principal cause of morbidity in patients with SCA is vaso-occlusion, which results from the abnormal adhesion of red blood cells and white cells to blood vessel walls, leading to decreases in blood flow. Platelets from SCA patients present an increase in their adhesive properties and, therefore, we have previously suggested that they may participate in the vaso-occlusive process. Our current data show that platelets from SCA patients are able to activate endothelial cells, in vitro, in co-culture assays using Human Umbilical Vein Endothelial Cells (HUVEC) that were co-incubated with platelets from SCA patients. The expression of intercellular adhesion molecule 1 (ICAM-1) and E-selectin was significantly increased on the surface of HUVEC cells after their co-incubation with platelets from SCA patients (SCA platelets). The activation of adhesion molecule expression observed depended on the physical contact between platelets and HUVEC cells, as transwell inserts were able to significantly inhibit the expression of ICAM-1 and E-selectin on HUVEC following their culture in the presence of SCA platelets. The co-incubation of SCA platelets with HUVEC cells also resulted in a higher production and release of inflammatory mediators (cytokines), such as interleukin 8 (IL-8) and interleukin 1 beta (IL-1?) in the supernatant of these co-cultures. Platelets from SCA patients have inflammatory properties, releasing more platelet factor 4 (PF4), a pro-aggregating chemokine, than platelets from healthy subjects. The increased expression of the adhesion molecules, integrin ?IIb?3 and P-selectin, on the surface of platelets from SCA patients, may also indicate an increased platelet activation, favoring their adhesion to the inflamed endothelium. Nuclear factor-?B (NF-?B) is an important nuclear transcription factor involved in the activation of genes, including endothelial adhesion molecules genes. We found an increased gene expression of NF?BIA (encoding the p50 subunit of NF-kB), in association with increased gene expression of ICAM1 (encodes ICAM-1) in HUVEC, following the co-culture of these cells with platelets from SCA patients. The presence of the BAY 11-7082 inhibitor (inhibits the NF-?B signaling pathway) decreased the expressions of the ICAM-1 and E-selectin adhesion molecules on the surface of HUVEC cells when co-incubated with platelets from SCA patients. Our data corroborate our hypothesis that platelets probably participate in the process of vaso-occlusion in sickle cell anemia, since they have the ability to activate endothelial cells (in vitro), in turn, making them more inflammatory and adhesive. As such, we suggest that platelets represent an important target for new therapeutic approaches in sickle cell anemia / Doutorado / Clinica Medica / Doutora em Clínica Médica
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Avaliação das propriedades adesivas e inflamatórias das células endoteliais progenitoras circulantes de pacientes com anemia falciforme / Evaluation of adhesive and inflammatory properties in blood outgrowth endothelial cells from patients with sickle cell anemiaSakamoto, Tatiana Mary, 1979- 02 July 2013 (has links)
Orientadores: Fernando Ferreira Costa, Nicola Amanda Conran Zorzetto / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-21T23:11:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: O resumo poderá ser visualizado no texto completo da tese digital / Abstract: The abstract is available with the full electronic document / Doutorado / Fisiopatologia Médica / Doutora em Ciências
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Função esplênica e eventos de adesão celular em Anemia Falciforme e em Esferocitose Hereditária / Splenic function and cellular adhesion events in Sickle Cell Anemia and in Hereditary SpherocytosisPriscilla Carnavale Gomes Ferreira 02 March 2018 (has links)
As Anemias Hemolíticas compreendem um grupo de doenças em que há redução acentuada na sobrevivência dos glóbulos vermelhos circulantes e a medula óssea não é capaz de compensação, mesmo aumentando sua produção, o que causa anemia desde os primeiros anos da vida da pessoa. Dentre as doenças deste grupo, a Anemia Falciforme (SCA) e a Esferocitose Hereditária (HS) destacam-se por se tratarem de enfermidades com defeitos genéticos intrínsecos das células vermelhas (RBCs) que geram complicações multissistêmicas agudas e crônicas em seus portadores. Por vias patofisiológicas distintas, reticulócitos e respectivas hemácias defeituosas de tais doenças, falciformes e esferócitos, são continuamente aprisionados e fagocitados no baço, importante órgão de destruição de células velhas e/ou defeituosas via hemólise extravascular, o que leva progressivamente à disfunção e eventual perda da função esplênica. O objetivo desse trabalho é avaliar o papel do baço em relação à habilidade e ao fenótipo adesivos de reticulócitos (ret) e eritrócitos (erit) em pacientes com SCA e HS, com e sem função esplênica preservada. Amostras de sangue de 37 pacientes (22 SCA and 15 HS) com função esplênica e 19 pacientes (13 SCA e 6 HS) sem ela foram avaliadas. Ainda, sangue de 22 crianças com SCA foi coletado em estudo longitudinal dos 6 e 29 meses de vida. Todas as amostras de sangue foram analisadas quanto à função esplênica (Contagem de células PIT e de corpúsculos de Howell-Jolly - HJB), quanto ao perfil imunofenotípico celular (em % e em média de intensidade de fluorescência - MFI) e quanto à habilidade de adesão das células vermelhas à laminina e à linhagem celular endotelial HMEC-1. A análise da transição da perda de função esplênica demonstrou que a mesma se intensificou a partir dos 3 anos de idade (PIT: r=0,8; p<0,0001; HJB: r=0,7; p<0.0001). Quanto à imunofenotipagem celular, a contagem PIT se correlacionou positivamente, principalmente com os marcadores CD147 (%ret: r=0,6; p<0,0001; MFIret: r=0,6; p<0,0001; %erit: r=0,7; p<0,0001; MFIerit: r=0,6; p<0,0001), LuBCAM (%ret: r=0,5; p=0,004; MFIret: r=0,6; p<0,0001; %erit: r=0,6; p<0,0003; MFIerit: r=0,4; p<0,004) and CD58 (%ret: r=0,4; p=0,006; MFIret: r=0,5; p<0,0013; %erit: r=0,4; p<0,009; MFIerit: r=0,6; p<0,0001). Na comparação entre ausência ou presença do baço, a perda de sua função exerceu influência no aumento da expressão de adesão de RBCs em SCA, principalmente CD147 (%ret: p=0,002; MFIret: p=0,003; %erit: p<0,0001; MFIerit: p=0,005), LuBCAM (%ret: p=0,0001; MFIret: p<0,0001; %erit: p<0,0001; MFIerit: p<0,0001) e CD58 (%ret: p=0,007; MFIret: p=0,006; %erit: p=0,003; MFIerit: p=0,0004), embora a adesão celular tenha diminuído em pacientes HS esplenectomizados. Na comparação entre as doenças, pacientes HS com o baço apresentaram maior freqüência de adesão celular em relação aos SCA, notavelmente em relação ao LuBCAM (%ret: p=0,0008; MFIret: p=0,03; %erit: p<0,0001; MFIerit: p=0,0002), CD58 (%ret: p=0,0009; %erit: p=0,003) e CD44 (%ret: p=0,009; %erit: p<0,003). No entanto, as amostras SCA sem função esplênica tiveram maior expressão de adesão celular para CD147 (%ret: p=0,006; MFIret: p=0,02; %erit: p=0,02), LuBCAM (%ret: p=0,004; MFIret: p<0,0001), CD36 (%ret: p=0,0002; MFIret: p=0,01), CD242 (%ret: p=0,0008; %erit: p=0,05) e CD49d (%ret: p=0,04). Em relação ao Ensaio de Adesão in vitro, na ausência de baço, os RBCs SCA apresentaram maior adesividade à laminina do que os RBCs SCA com função esplênica preservadaem todas as taxas de fluxo de tensão de cisalhamento empregadas (0,5 dyne/cm2: p=0,01; 1 dyne/cm2: p=0,02; 2 dynes/cm2: p=0,03; 3 dynes/cm2: p=0,03; 5 dynes/cm2: p=0,04 e 7 dynes/cm2: p=0,03). Especialmente, reticulócitos de pacientes sem baço apresentaram maior adesividade à HMEC-1 em baixas tensões de cisalhamento (1 dyne/cm2) em ambas as doenças (SCA: p=0,03; HS: p=0,03). Por fim, reticulócitos apresentaram maior habilidade adesiva à células endoteliais em indivíduos SCA do que em pacientes HS, com (0,5 dyne/cm2: p=0,04; 1 dyne/cm2: p=0,03) ou sem baço (0,5 dyne/cm2: p=0,02; 2 dynes/cm2: p=0,01; 3 dynes/cm2: p=0,03; 5 dynes/cm2: p=0,02 e 7 dynes/cm2: p=0,03). Nossos resultados indicam que embora pertençam ao grupo de Anemias Hemolíticas, as patofisiologias e evoluções clínicas distintas de SCA e de HS levam a padrões imunofenotípicos diferentes de expressão da adesão celular. Na SCA, a ausência de função esplênica teria direta relação com o aumento do fenótipo pró-adesivo e com a adesividade de RBCs SCA, o que traz sérias consequências clínicas aos pacientes, enquanto na HS sem baço, de maneira geral, os eventos de adesão celular são minimizados, embora ainda apresentem reticulócitos e eritrócitos adesivos circulantes após a esplenectomia. / Hemolytic Anemias comprise a group of diseases in which there is marked reduction in the survival of circulating erythrocytes and the bone marrow is not capable of compensation, even by increasing its production, which causes anemia from the first years of the person\'s life on. Among the diseases of this group, Sickle Cell Anemia (SCA) and Hereditary Spherocytosis (HS) stand out for being diseases with intrinsic genetic defects of red blood cells (RBCs) that generate acute and chronic multisystemic complications in their patients. By distinct pathophysiological pathways, reticulocytes and these disease\'s respective defective erythrocytes, sickle and spheroid ones, are continuously trapped and phagocytosed in the spleen, important organ of destruction of old and/or defective cells via extravascular hemolysis, which progressively leads to dysfunction and eventual loss of splenic function. The objective of this study was to evaluate the role of the spleen in relation to the reticulocyte (ret) and erythrocyte (eryt) adhesive ability and adhesion phenotype in patients with SCA and HS, with and without preserved splenic function. Blood samples from 37 patients (22 SCA and 15 HS) with splenic function and 19 patients (13 SCA and 6 HS) without it were evaluated. Still, blood from 22 children with SCA was collected in a longitudinal study from 6 to 29 months of age. All blood samples were analyzed for splenic function [pitted cells (PIT) and Howell-Jolly bodies (HJB) counting], for the cellular immunophenotypic profile (in % and in mean fluorescence intensity - MFI) and for the adhesive ability of RBCs to laminin and to endothelial cell line HMEC-1. Analysis of the splenic function loss transition showed that it intensified from 3 years of age on (PIT: r=0.8, p<0.0001; HJB: r=0.7, p<0.0001). Regarding the cellular immunophenotyping, PIT count correlated positively, mainly with CD147 markers (%ret: r=0.6, p<0.0001; MFIret: r=0.6, p<0.0001; %eryt: r=0.7, p<0.0001; MFIeryt: r=0.6, p<0.0001), LuBCAM (%ret: r=0.5, p=0.004; MFIret: r=0.6, p<0.0001; %eryt: r=0.6, p<0.0003; MFIeryt: r=0.4, p<0.004) and CD58 (%ret: r=0.4, p=0.006; MFIret: r=0.5, p<0.0013; %eryt: r=0.4, p<0.009; MFIeryt: r=0.6, p<0.0001). In the comparison between spleen absence or presence, the loss of its function exerted influence on the increase of RBCs adhesion expression in SCA, mainly on CD147 (%ret: p=0.002; MFIret: p=0.003; %eryt: p<0.0001; MFIeryt: p=0.005), LuBCAM (%ret: p=0.0001; MFIret: p<0.0001; %eryt: p<0.0001; MFIeryt: p<0.0001) e CD58 (%ret: p=0.007; MFIret: p=0.006; %eryt: p=0.003; MFIeryt: p=0.0004), although cell adhesion has been decreased in splenectomized HS patients. In the comparison between diseases, HS patients with spleen showed higher cell adhesion frequency compared to SCA, notably in relation to LuBCAM (%ret: p=0.0008; MFIret: p=0.03; %eryt: p<0.0001; MFIeryt: p=0.0002), CD58 (%ret: p=0.0009; %eryt: p=0.003) and CD44 (%ret: p=0.009; %eryt: p<0.003). However, SCA samples without splenic function had higher cell adhesion expression for CD147 (%ret: p=0.006; MFIret: p=0.02; %eryt: p=0.02), LuBCAM (%ret: p=0.004; MFIret: p<0.0001), CD36 (%ret: p=0.0002; MFIret: p=0.01), CD242 (%ret: p=0.0008; %eryt: p=0.05) and CD49d (%ret: p=0.04). Concerning the in vitro Adhesion Assay, in the spleen absence, SCA RBCs showed greater adhesiveness to laminin than SCA RBCs with preserved splenic function did at all shear stress flow rates applied (0.5 dyne/cm2: p=0.01, 1 dyne/cm2: p=0.02, 2 dynes/cm2: p=0.03, 3 dynes/cm2: p=0.03, 5 dynes/cm2: p=0.04 and 7 dynes/cm2:p=0.03). Especially, reticulocytes from patients without spleen showed higher adhesiveness to HMEC-1 at low shear stresses (1 dyne/cm2) in both diseases (SCA: p=0.03; HS: p=0.03). Finally, reticulocytes showed greater adhesion ability to endothelial cells in SCA subjects than in HS patients, with (0.5 dyne/cm2: p=0.04 and 1 dyne/cm2: p=0.03) or without spleen (0.5 dyne/cm2: p=0.02, 2 dynes/cm2: p=0.01, 3 dynes/cm2: p=0.03, 5 dynes/cm2: p=0.02 and 7 dynes/cm2: p=0.03). Our results indicate that although both diseases belong to the Hemolytic Anemias group, SCA and HS distinct pathophysiologies and clinical evolution lead to different immunophenotypic patterns of cell adhesion expression. In SCA, the absence of splenic function may have a direct relation with the increase of SCA RBCs proadhesive phenotype and adhesiveness, which brings serious clinical consequences to the patients, whereas in HS without spleen, in general, cellular adhesion events are minimized, although they still present adhesive circulating reticulocytes and erythrocytes after splenectomy.
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Modulação autonômica cardíaca em crianças e adolescentes com anemia falciforme / Cardiac autonomic modulation in children and adolescents with sickle cell anemia- doctoral thesisRibera, Melissa Chaves Vieira 18 April 2017 (has links)
Introdução - Alterações cardíacas na anemia falciforme (AF) são frequentes e iniciam-se precocemente. Há evidências de que exista também disfunção na regulação do sistema nervoso autônomo o que pode contribuir com eventos de morbidade. Objetivos Avaliar a modulação autonômica cardíaca por meio da variabilidade da frequência cardíaca em crianças e adolescentes com anemia falciforme. Método - Estudo analítico no qual foi realizada uma comparação da variabilidade da frequência cardíaca em 45 crianças e adolescentes, menores de 20 anos, com anemia falciforme, com um grupo controle pareado um a um por idade e sexo. A frequência cardíaca foi obtida pelo frequencímetro de pulso e analisada, batimento a batimento. Estes pacientes são usuários do ambulatório de hematologia pediátrica do Sistema Único de Saúde. Esta pesquisa está em consonância com a resolução 466/2012 do Ministério da Saúde. Resultados - Observamos diferença significativa nos índices do domínio da frequência (VLF, LF, HF e LF/HF). Estas diferenças não foram observadas nos pacientes em uso de hidroxiureia. Conclusão - Existe uma disfunção autonômica na AF que ocorre desde a infância, podendo estar relacionada a uma menor modulação do simpático e uma maior modulação do parassimpático. Esta diferença não foi observada em pacientes em uso de hidroxiureia / Introduction - Cardiac changes in sickle cell disease (AF) are frequent and begin early. There is evidence that there is also dysfunction in the regulation of the autonomic nervous system, which may contribute to morbidity events. Objectives - To evaluate the autonomic cardiac modulation by heart rate variability in children and adolescents with sickle cell anemia. Method - An analytical study comparing the heart rate variability of 45 children and adolescents, younger than 20 years, with sickle cell anemia, with a control group matched one by one by age and sex. The heart rate was obtained by pulse frequency and analyzed, beat by beat. These patients are attending the pediatric hematology outpatient of the National Health System. Results - We observed a significant difference in the frequency domain indexes (VLF, LF, HF and LF / HF). The results of this study are in agreement with resolution 466/2012 of the Ministry of Health of Brazil. These differences were not observed in patients taking hydroxyurea. Conclusion - There is an autonomic dysfunction in AF that occurs from childhood, and may be related to a lower modulation of the sympathetic and greater modulation of the parasympathetic. This difference was not observed in patients taking hydroxyurea
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Estudo da influência de fatores ambientais sobre o desencadeamento de crise álgica em crianças e adolescentes portadores de anemia falciforme na cidade de São Paulo / Study of the influence of environmental factors in the development of pain crisis in children and adolescents with sickle cell disease in the city of São PauloBarbosa, Silvia Maria de Macedo 21 November 2006 (has links)
Medicina da Universidade de São Paulo. Objetivo: Esse estudo foi desenvolvido para avaliar o impacto dos poluentes do ar na morbidade nas crianças e adolescentes portadoras de anemia falciforme. Métodos: Foram utilizadas as associações entre as concentrações diárias entre as concentrações dos poluentes do ar (PM10, SO2, NO2, CO, e O3) e os atendimentos no Pronto Socorro de anemia falciforme (CID 10 - D57) no período de setembro de 1999 até dezembro de 2004. Foi utilizado o desenho de case - crossover com dias de exposição de referencia escolhidos utilizando-se uma abordagem estratificada por tempo onde as exposições no dia índice foram comparadas a exposições com dias do mesmo mês com o mesmo valor de temperatura como o caso índice, controlando-se para o dia da semana. Estação do ano, clima e covariantes variáveis lentas foram controladas por pareamento. Também foram adotados modelos onde as exposições do caso índice foram comparadas às exposições para o mesmo dia da semana ou a cada três dias. Os efeitos estimados também foram estratificados para as duas causas principais de atendimento no pronto socorro de pacientes falciformes, dor e infecção respiratória. Resultados: As variações de interquartile aumentaram nas médias móveis de PM10 (25.9 mg/m3), NO2 (64.8 mg/m3), SO2 (8.1 mg/m3), CO (1.2 ppm), e O3 (57.23 mg/m3) foram associadas com aumento de 19.2% (95% CI: 11.2 - 27.8), 15.6% (95% CI: 6.3 - 25.8), 14.5% (95% CI: 6.6 - 23.0), 15,1% (95% CI: 7.7 -23.1), e 10% (95% CI: 1,3 - 18,6) nos atendimentos totais dos pacientes falciformes no pronto socorro, respectivamente. Na análise estratificada para dor, que é a manifestação cardinal dos processos de vaso-oclusão, os aumentos nos atendimentos dos pacientes falciformes com dor (23.1%, 95%CI: 11.0 - 36.5) devido a um aumento na variação interquartile da média móvel de 3 dias do PM10 foi 43% maior que nos pacientes falciformes sem dor. Conclusão: esse estudo mostra que o efeito da poluição do ar na saúde da população pediátrica não se restringe às doenças respiratórias. Também , entre os pacientes falciformes a manifestação principal dos efeitos adversos foi associada com o processo inflamatório dos vasos, reproduzindo resultados já observados entre pacientes adultos e idosos saudáveis e não saudáveis. Finalmente, esse estudo mostrou que os efeitos da poluição do ar na saúde ainda não esta definitivamente estimados e outros resultados serão observados em mais investigações. / Objective: This study was developed to assess the impact of air pollutants on sickle cell morbidity in children and adolescents. Methods we examined the associations between daily air pollutants concentrations (PM10, SO2, NO2, CO, and O3) and sickle cell (ICD10th revision: D57) emergency room visits, from September 1999 to December 2004. We applied a case-crossover design with referent exposure days chosen using the time-stratified approach such that exposures on the case day were compared to exposures on days of the same month with the same value of temperature as the case day, controlling for day of the week. Season, weather, and slowly varying covariates were controlled for by matching. We also adopted models where exposures on the case day were compared to exposures on the same day of the week or on every third day. Effects estimates were also stratified by the two main causes of sickle cell emergency room visits, pain and respiratory infections. Results: interquartile range increases of the 3-day moving averages of PM10 (25.9 mg/m3), NO2 (64.8 mg/m3), SO2 (8.1 mg/m3), CO (1.2 ppm), and O3 (57.23 mg/m3) were associated with increases of 19.2% (95% CI: 11.2 - 27.8), 15.6% (95% CI: 6.3 - 25.8), 14.5% (95% CI: 6.6 - 23.0), 15,1% (95% CI: 7.7 - 23.1), and 10% (95% CI: 1,3 - 18,6) in total sickle cell emergency room visits, respectively. When the analyses were stratified by pain, the main clinical manifestation of vase-occlusion process, increases in visits of sickle cell patients with pain (23.1%, 95%CI:11.0 -36.5) due to an interquartile range increase of the 3-day moving averages of PM10 were 43% higher than in sickle cell patients without pain. Conclusions: this study found that the effects of air pollutants on children\'s health are not limited to respiratory diseases. Also, among sickle cell patients, the main manifestation of adverse effect was associated with inflammatory process of vases, reproducing results already observed among healthy and non-healthy adults and elderly people. Finally, this study showed that the burden of air pollution on health has not been definitively estimated and other outcomes deserve further investigation.
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Avaliação da função sistólica biventricular pelo speckle tracking em pacientes com anemia falciforme / Evaluation of biventricular systolic function by speckle tracking in patients with homozygous sickle cell anemiaBraga, João Carlos Moron Saes 28 July 2014 (has links)
Introdução: A doença falciforme (DF) é a afecção hematológica hereditária de maior prevalência no mundo, sendo que a anemia falciforme (AF) é a forma mais grave com elevada morbidade e mortalidade. Alterações cardíacas são reconhecidamente associadas à AF, como aumento cavitário, hipertensão arterial pulmonar e disfunção diastólica do ventrículo esquerdo. No entanto, ainda não existe consenso quanto à função sistólica ventricular nesses pacientes. O objetivo deste estudo foi o de investigar a função ventricular de pacientes com anemia falciforme utilizando o strain e o twist ventricular obtidos pelo speckle tracking bidimensional, e reconhecer os indivíduos sob maior risco cardiovascular, em que a instituição precoce de tratamento específico poderá beneficiar essa população. Métodos: Foram recrutados 40 pacientes com anemia falciforme (23,5 ± 9,3 anos; 24 homens) e 40 controles saudáveis pareados por sexo e idade, submetidos à entrevista estruturada, ecocardiograma transtorácico, cintilografia pulmonar ventilação perfusão e coleta de amostras de sangue. Todos os indivíduos foram submetidos à avaliação ecocardiográfica convencional padrão e subsequente avaliação offline do strain sistólico biventricular e estudo rotacional do ventrículo esquerdo utilizando speckle-tracking ecocardiográfico. Resultados: Os pacientes com AF apresentaram volume do VE indexado, massa do VE indexado, pressão arterial pulmonar e E/E\' médio superiores aos controles. As medidas de FE do VE, excursão sistólica do plano da tricúspide (TAPSE), Strain Global do VE (longitudinal, circunferencial, radial) e Strain Global do VD (longitudinal) não evidenciaram diferenças entre os grupos. Twist VE se mostrou reduzido em comparação aos controles (7,4 ± 1,2? vs 10,7 ± 1,8? , P <0,0001 ) e Tempo de pico de rotação apical prolongado (366,7 ± 26,1ms vs 344,6 ± 11,7ms , P <0,0001 ). Algumas variáveis se mostraram fortemente relacionadas ao twist VE, como índice de gravidade clínico (Rho= - 0,97, Z value= - 6,05, P < 0,0001), relação E/E\' médio (r = 0,94, F valor= 156.9, p<0,0001), IVDFVE (índice do volume diastólico final do ventrículo esquerdo)(r = 0,81 e p<0,0001) e pressão sistólica arterial pulmonar (r = 0,72 e p<0,0001). Conclusões: Os resultados deste trabalho indicam que o twist ventricular esquerdo derivado do speckle tracking bidimensional encontra-se alterado em pacientes com anemia falciforme e função sistólica ventricular preservada, avaliada pela metodologia convencional, e existe forte correlação entre o twist ventricular esquerdo e o índice clínico de gravidade, relação E/E\', índice do volume diastólico final do ventrículo esquerdo e pressão sistólica arterial pulmonar. / Background: Sickle cell disease (SCD) is the most prevalent hematological condition in the world, with sickle cell anemia (SCA) being its most serious form, displaying a high level of morbidity and mortality. Cardiac changes are known to be associated with SCA, including an increase in cardiac chamber size, pulmonary hypertension and left ventricle diastolic dysfunction. However, there is still no consensus regarding the ventricular systolic function in these patients. The purpose of this study is to investigate the ventricular function of patients with sickle cell anemia utilizing the strain and ventricular twist, obtained by two-dimensional speckle tracking, as well as to identify individuals with higher cardiovascular risk, in which early application of specific treatment could benefit this group of people. Methods: 40 patients were recruited with sickle cell anemia (ages 23.5 ± 9.3 years; 24 males) and 40 healthy control individuals paired by gender and age, submitted to structured interviews, transthoracic echocardiogram, pulmonary scintigraphy and collection of blood samples. All individuals were submitted to a standard echocardiographic evaluation and subsequent off line evaluation of the biventricular systolic strain and rotational study of the left ventricle using echocardiographic speckle-tracking. Results: Patients with SCA presented LV volume indices, LV mass Indices, pulmonary arterial pressure and E/ E\' ratios statistically higher than the control individuals. Measurements of Ejection Fraction (EF) of the left ventricle, tricuspid annular plane systolic excursion (TAPSE), Overall LV Strain (Longitudinal, Circumferential, and Radial) and Overall RV Strain (Longitudinal) did not present differences between the groups. LV twist was significantly lower in relation to the control group (7,4 ± 1,2? vs 10,7 ± 1,8? , P <0,0001 ) and prolonged time to peak apical rotation (366.7 ± 26.1ms vs 344.6 ± 11.7ms , P <0.0001 ). In addition, some variables showed themselves to be strongly related to LV twist such as the clinical severity index ( Rho= - 0.97, Z value= - 6.05, P < 0.0001), E/E\' Ratio (r = 0.94, F value=156.9 e p<0.0001) ), left ventricle end diastolic volume index (LVEDV index) (r = 0,81, p<0,0001) and pulmonary systolic arterial pressure (r = 0.72 e p<0.0001). Conclusions: The results of this study indicate that the left ventricular twist derived from two-dimensional speckle tracking is altered in patients with sickle cell anemia and a preserved ventricular systolic function, evaluated using conventional methodology and that there is a strong correlation between left ventricular twist and the clinical severity index, E/E\' ratio, left ventricle end diastolic volume index and the pulmonary systolic arterial pressure.
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Estudo da influência de fatores ambientais sobre o desencadeamento de crise álgica em crianças e adolescentes portadores de anemia falciforme na cidade de São Paulo / Study of the influence of environmental factors in the development of pain crisis in children and adolescents with sickle cell disease in the city of São PauloSilvia Maria de Macedo Barbosa 21 November 2006 (has links)
Medicina da Universidade de São Paulo. Objetivo: Esse estudo foi desenvolvido para avaliar o impacto dos poluentes do ar na morbidade nas crianças e adolescentes portadoras de anemia falciforme. Métodos: Foram utilizadas as associações entre as concentrações diárias entre as concentrações dos poluentes do ar (PM10, SO2, NO2, CO, e O3) e os atendimentos no Pronto Socorro de anemia falciforme (CID 10 - D57) no período de setembro de 1999 até dezembro de 2004. Foi utilizado o desenho de case - crossover com dias de exposição de referencia escolhidos utilizando-se uma abordagem estratificada por tempo onde as exposições no dia índice foram comparadas a exposições com dias do mesmo mês com o mesmo valor de temperatura como o caso índice, controlando-se para o dia da semana. Estação do ano, clima e covariantes variáveis lentas foram controladas por pareamento. Também foram adotados modelos onde as exposições do caso índice foram comparadas às exposições para o mesmo dia da semana ou a cada três dias. Os efeitos estimados também foram estratificados para as duas causas principais de atendimento no pronto socorro de pacientes falciformes, dor e infecção respiratória. Resultados: As variações de interquartile aumentaram nas médias móveis de PM10 (25.9 mg/m3), NO2 (64.8 mg/m3), SO2 (8.1 mg/m3), CO (1.2 ppm), e O3 (57.23 mg/m3) foram associadas com aumento de 19.2% (95% CI: 11.2 - 27.8), 15.6% (95% CI: 6.3 - 25.8), 14.5% (95% CI: 6.6 - 23.0), 15,1% (95% CI: 7.7 -23.1), e 10% (95% CI: 1,3 - 18,6) nos atendimentos totais dos pacientes falciformes no pronto socorro, respectivamente. Na análise estratificada para dor, que é a manifestação cardinal dos processos de vaso-oclusão, os aumentos nos atendimentos dos pacientes falciformes com dor (23.1%, 95%CI: 11.0 - 36.5) devido a um aumento na variação interquartile da média móvel de 3 dias do PM10 foi 43% maior que nos pacientes falciformes sem dor. Conclusão: esse estudo mostra que o efeito da poluição do ar na saúde da população pediátrica não se restringe às doenças respiratórias. Também , entre os pacientes falciformes a manifestação principal dos efeitos adversos foi associada com o processo inflamatório dos vasos, reproduzindo resultados já observados entre pacientes adultos e idosos saudáveis e não saudáveis. Finalmente, esse estudo mostrou que os efeitos da poluição do ar na saúde ainda não esta definitivamente estimados e outros resultados serão observados em mais investigações. / Objective: This study was developed to assess the impact of air pollutants on sickle cell morbidity in children and adolescents. Methods we examined the associations between daily air pollutants concentrations (PM10, SO2, NO2, CO, and O3) and sickle cell (ICD10th revision: D57) emergency room visits, from September 1999 to December 2004. We applied a case-crossover design with referent exposure days chosen using the time-stratified approach such that exposures on the case day were compared to exposures on days of the same month with the same value of temperature as the case day, controlling for day of the week. Season, weather, and slowly varying covariates were controlled for by matching. We also adopted models where exposures on the case day were compared to exposures on the same day of the week or on every third day. Effects estimates were also stratified by the two main causes of sickle cell emergency room visits, pain and respiratory infections. Results: interquartile range increases of the 3-day moving averages of PM10 (25.9 mg/m3), NO2 (64.8 mg/m3), SO2 (8.1 mg/m3), CO (1.2 ppm), and O3 (57.23 mg/m3) were associated with increases of 19.2% (95% CI: 11.2 - 27.8), 15.6% (95% CI: 6.3 - 25.8), 14.5% (95% CI: 6.6 - 23.0), 15,1% (95% CI: 7.7 - 23.1), and 10% (95% CI: 1,3 - 18,6) in total sickle cell emergency room visits, respectively. When the analyses were stratified by pain, the main clinical manifestation of vase-occlusion process, increases in visits of sickle cell patients with pain (23.1%, 95%CI:11.0 -36.5) due to an interquartile range increase of the 3-day moving averages of PM10 were 43% higher than in sickle cell patients without pain. Conclusions: this study found that the effects of air pollutants on children\'s health are not limited to respiratory diseases. Also, among sickle cell patients, the main manifestation of adverse effect was associated with inflammatory process of vases, reproducing results already observed among healthy and non-healthy adults and elderly people. Finally, this study showed that the burden of air pollution on health has not been definitively estimated and other outcomes deserve further investigation.
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Modulação autonômica cardíaca em crianças e adolescentes com anemia falciforme / Cardiac autonomic modulation in children and adolescents with sickle cell anemia- doctoral thesisMelissa Chaves Vieira Ribera 18 April 2017 (has links)
Introdução - Alterações cardíacas na anemia falciforme (AF) são frequentes e iniciam-se precocemente. Há evidências de que exista também disfunção na regulação do sistema nervoso autônomo o que pode contribuir com eventos de morbidade. Objetivos Avaliar a modulação autonômica cardíaca por meio da variabilidade da frequência cardíaca em crianças e adolescentes com anemia falciforme. Método - Estudo analítico no qual foi realizada uma comparação da variabilidade da frequência cardíaca em 45 crianças e adolescentes, menores de 20 anos, com anemia falciforme, com um grupo controle pareado um a um por idade e sexo. A frequência cardíaca foi obtida pelo frequencímetro de pulso e analisada, batimento a batimento. Estes pacientes são usuários do ambulatório de hematologia pediátrica do Sistema Único de Saúde. Esta pesquisa está em consonância com a resolução 466/2012 do Ministério da Saúde. Resultados - Observamos diferença significativa nos índices do domínio da frequência (VLF, LF, HF e LF/HF). Estas diferenças não foram observadas nos pacientes em uso de hidroxiureia. Conclusão - Existe uma disfunção autonômica na AF que ocorre desde a infância, podendo estar relacionada a uma menor modulação do simpático e uma maior modulação do parassimpático. Esta diferença não foi observada em pacientes em uso de hidroxiureia / Introduction - Cardiac changes in sickle cell disease (AF) are frequent and begin early. There is evidence that there is also dysfunction in the regulation of the autonomic nervous system, which may contribute to morbidity events. Objectives - To evaluate the autonomic cardiac modulation by heart rate variability in children and adolescents with sickle cell anemia. Method - An analytical study comparing the heart rate variability of 45 children and adolescents, younger than 20 years, with sickle cell anemia, with a control group matched one by one by age and sex. The heart rate was obtained by pulse frequency and analyzed, beat by beat. These patients are attending the pediatric hematology outpatient of the National Health System. Results - We observed a significant difference in the frequency domain indexes (VLF, LF, HF and LF / HF). The results of this study are in agreement with resolution 466/2012 of the Ministry of Health of Brazil. These differences were not observed in patients taking hydroxyurea. Conclusion - There is an autonomic dysfunction in AF that occurs from childhood, and may be related to a lower modulation of the sympathetic and greater modulation of the parasympathetic. This difference was not observed in patients taking hydroxyurea
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