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Ver, pensar e escrever com(o) um animal: devires do inumano na arte/literaturaLoth, Raquel Wandelli January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2014-08-06T18:08:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Ver, pensar e escrever (com) o outro inumano é postular um pensamento em crise, no qual o homem não é mais a origem nem o fim. A literatura que evidencia essa crise e o seu diálogo com perspectivas antropológicas, estéticas e filosóficas não-antropocêntricas compõem o campo de análise provocado pela questão: pode a máquina literária (Deleuze) deter a máquina antropocêntrica (Agamben)? O percurso por uma rede de narradores de diferentes épocas busca um traço de animalidade no olhar e na escrita flâneur, desde que Restif de La Bretonne propôs, no século XVIII, a associação entre o repórter/narrador e o modo de uma ave noturna de enxergar as zonas de sombra das cidades. A constituição da categoria do narrador-coruja orienta uma cartografia denominada narrativas do escuro, que percorre diversas textualidades com a tarefa de testemunhar o desaparecimento dos povos humanos/inumanos diante dos olhos do contemporâneo (Didi-Huberman). A análise da relação privilegiada entre a escritura e o devir-animal e vegetal (Deleuze) sustenta a postulação do desaparecimento do autor (Barthes, Foucault) e do "sem-sujeito" derridiano como um lugar profícuo para a abertura ao outro inumano (Lyotard). Essa experiência é observada em uma rede de escrituras que salientam o inumano, sobretudo em Clarice Lispector, onde a instauração do it como uma pronominalidade neutra se conecta ao sentido de humanidade-todos dos povos ameríndios. O animal aparece não só como temática, mas principalmente como método, linguagem, perspectiva e plano de composição. Além dos romances clássicos da autora, a análise busca narrativas menos visitadas pela crítica literária, a exemplo do conto "A menor mulher do mundo" e das lendas indígenas brasileiras reunidas e recontadas no livro/calendário "Como nasceram as estrelas". A pesquisa aprecia o desencadeamento dos devires involutivos e minoritários e o modo fabular de narrativa, que reenvia para o mito da indiscernibilidade entre homens e animais. Também estabelece pontos de contato entre perspectivismo nietzschiano e perspectivismo ameríndio, xamanismo, antropofagia e etnologia da arte africana na análise do impacto entre corpos humanos e animais no corpo da escritura. Finalmente, postula, com Lyotard, a construção de uma sintaxe do inumano que opera no esgarçamento dos limites da linguagem e a liberta do modo frásico em que o sujeito é, desde sempre, dono do enunciado. Buscando transpor o mutismo inumano que se contrapõe como silêncio eloquente ao surdismo humano, essas narrativas remontam ao mito da indiscernibilidade entre homens e animais. Participam, dessa forma, da postulação de uma literatura do constrangimento que afirma, com Benjamin e Lévi-Strauss, um inconformismo político e estético em relação à incomunicabilidade entre os seres humanos, a natureza e as coisas.<br> / Résumé : Voir, penser et écrire lautre inhumain, c'est postuler une pensée en crise, dans laquelle l'homme n'est plus l'origine ni la fin. La littérature qui témoigne de cette crise, et le dialogue entre les perspectives anthropologiques, esthétiques et philosophiques non-anthropocentriques composent le champ d'analyse induit par cette interrogation: la machine littéraire (Deleuze) peut-elle "détraquer" la machine anthopocentrique (Agamben)? Le parcours effectué à travers un réseau de narrateurs de différentes époques cherche à mettre en évidence une dimension d'animalité dans le regard et dans l'écriture, à commencer par Restif de la Bretonne qui propose, au 18ème siècle, d'associer le reporter/narrateur à l'oiseau de nuit capable de voir l'invisible dans les zones d'ombre des villes. En constituant la catégorie du narrateur-hibou on dresse une cartographie des récits de l'obscur, qui parcourt différentes textualités en tentant de témoigner de la disparition des peuples humains/inhumains sous les yeux du contemporain (Didi-Huberman). L'analyse de la relation privilégiée entre écriture et devenir-animal et végétal (Deleuze) soutient le postulat de la disparition de l'auteur (Barthes, Foucault) et du «sans-sujet» (Derrida) comme lieu propice à l'ouverture à l'autre inhumain (Lyotard). Cette expérience est observée dans un réseau d'écritures qui mettent en relief l'inhumain, notamment chez Clarice Lispector, chez qui l'instauration du it comme pronominalité neutre est connectée à l'idée d'humanité interespèces des peuples amérindiens. Le thème de l'animal est abordé non seulement comme thématique, mais surtout comme méthode, langage, perspective et point de vue. Au-delà des romans classiques de cette auteure, l'analyse vise des récits moins visités par la critique littéraire, tel que la nouvelle «La plus petite femme au monde» et des légendes amérindiennes brésiliennes relues et racontées dans le livre-calendrier «Comment sont nées les étoiles». La recherche évalue l'enchainement des devenirs involutifs et minoritaires ainsi que le mode de la fable dans le récit qui renvoie au mythe de l'indiscernabilité des hommes et des animaux . Dans ce sens, la recherche établit également des points de contact entre le perspectivisme nietzschéen et le perspectivisme amérindien, chamanique, l'anthropophagie et l'ethnologie de l'art africain pour analyser l'impact de la rencontre des corps humains et animaux dans le corps de l'écriture. On évalue finalement la construction d'une syntaxe de l'inhumain, qui opère dans le déchirement des limites du langage et dans la libération par rapport au mode phrastique qui installe le sujet comme centre de la parole et maître du signifié. La surdité humaine en comparaison avec le mutisme animal, en tant que silence éloquent que ces récits et légendes visent à transposer, participe, avec Benjamin et Lévi-Strauss, au postulat d'une littérature de la gêne, qui affirme un non-conformisme politique et esthétique en relation avec l'incommunicabilité entre l'homme, la nature et les choses.
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As representações socioculturais dos animais no jornalismo da Folha de S. PauloSibonis, Danielle Ferreira January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Jornalismo, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-12-29T03:02:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Este estudo parte do pressuposto de que o jornalismo é um fenômeno social produtor e reprodutor de representações socioculturais que influenciam no entendimento que a sociedade tem sobre o mundo. O objetivo da pesquisa é caracterizar e discutir os modos como os animais são representados socioculturalmente pelo jornalismo impresso de referência na atualidade. Para isso tem como objeto empírico os materiais informativos e opinativos publicados no jornal Folha de S. Paulo. Utiliza-se a análise de conteúdo para a coleta dos textos e imagens e o aporte teórico dos estudos culturais para sua interpretação. Parte-se da discussão sobre a representação e o processo de partilha de conhecimentos para abordar a participação do jornalismo na formação do imaginário social do contexto em que circula. Em seguida, realiza-se um resgate sobre como se desenvolveu o paradigma antropocêntrico-cartesiano que rege o pensamento hegemônico em relação aos animais e que permeia a maior parte das representações socioculturais produzidas pelo jornal analisado.<br> / Abstract : This study assumes that journalism is a social phenomenon producer and player of socio-cultural representations that influence the understanding that society has on the world. The objective of the research is to describe and discuss the ways in which animals are represented by sociocultural print journalism reference today. For it has the empirical object informative and opinionated material published in the newspaper Folha de S. Paulo. It uses content analysis to the collection of texts and images and the theoretical framework of cultural studies for their interpretation. It starts with the discussion of the representation and the process of sharing knowledge to address the participation of journalism in shaping the social imaginary of the context in which it circulates. Then there will be a rescue on the evolution of the anthropocentric-Cartesian paradigm that governs the hegemonic thinking towards animals and that permeates most of the socio-cultural representations produced by the newspaper analyzed.
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Animais e homens de um oriente distante (Séculos XII - XIV) /Gonçalves, Rafael Afonso. January 2016 (has links)
Orientador: Susani Silveira Lemos França / Banca: Marcia Regina Capelari Naxara / Banca: Maria Eurydice de Barros Ribeiro / Banca: Paulo Esmeraldo Catarino Lopes / Banca: Ana Paula Tavares Magalhães / Resumo: A partir de meados do século XII, um número significativo de letrados cristãos passou a reunir descrições de diversos animais - quadrúpedes, aves, peixes e serpentes - em livros que ficaram conhecidos sob a designação "bestiários". Entre a coleção de bichos ajuntados por eles, encontravam-se espécies relativamente comuns na Europa, mas sobretudo aquelas "estranhas" e desconhecidas, que acreditavam habitar em lugares como a Pérsia, a Arábia, a Índia, enfim, em um oriente que costumavam ver apenas por meio de escritos legados pelos sábios antigos ou pelas autoridades cristãs. No século XIII, entretanto, o novo tabuleiro político-militar, que veio a dar lugar ao avanço dos domínios mongóis, tornou possível aos latinos aliar condições e esforços para se aplicarem no envio frequente de homens para as terras orientais, nomeadamente a Mongólia e a China. Os animais dessas plagas, cujo retrato havia sido em parte difundido pelos bestiários, mas em parte eram ainda desconhecidos nas terras ocidentais, passaram a ser alvo da atenção desses viajantes, atentos, também, ao poder dos soberanos orientais e às possibilidades de converter os povos encontrados à fé cristã. A proposta central deste estudo é examinar o lugar reservado aos animais tanto nos bestiários quanto nesses relatos, em um período circunscrito entre meados do século XII e meados do XIV, quando as viagens para o oriente acabaram por ser dificultadas dada a fragmentação dos territórios anteriormente controlados pelo Grande C... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: From the mid-twelfth century, a significant number of cultivated Christian began to gather descriptions of various animals - quadrupeds, birds, fishes and snakes - in books known as "bestiary". Among these collections of beasts, there were species relatively common in Europe, but especially some "strange" and unknown ones, which were believed to dwell in places like Persia, Arabia, India; in an East they used to see only through the written legacy by the ancient or the Christian authorities. In the thirteenth century, however, the new political-military board, with the significant expansion of the Mongols areas, made possible for Latins to ally conditions and efforts to apply the frequent deployment of men to the eastern lands, including Mongolia and China. Animals of those sites, whose portrait was partly spread by the bestiary, but partly were still unknown in Western lands, became to draw the travellers' attention, who were aware, too, to the power of Oriental sovereigns and the possibilities of converting Eastern people to the Christian faith. The central purpose of this study is to examine the place reserved for animals, both in the bestiary as in these reports, in a period from the mid-twelfth century to the middle fourteenth century. Then, traveling to the East eventually became tougher, given to the fragmentation of previously controlled territories by the Great Khan. Leaning over these nearly two centuries, these pages are devoted to scrutinizing the various referenc... (Complete abstract click electronic access below) / Résumé: À partir du milieu du XIIe siècle, un grand nombre de savants chrétiens ont commencé à recueillir des descriptions sur divers animaux - quadrupèdes, oiseaux, poissons et serpents - dans des livres devenus connus sous le nom de "bestiaires". Parmi la collection des bêtes réuni pour ces savants, il y avait des espèces relativement communes en Europe, mais surtout celles "étrange" et inconnu, qu'ils croyaient habiter dans des endroits comme la Perse, l'Arabie, l'Inde, enfin, dans un orient qu'ils étaient habitué à voir par les écris hérités des anciens sages ou des autorités chrétiennes. Au XIIIe siècle, cependant, le nouvel échiquier politique-militaire, ce qui a donné lieu à l'avance des domaines mongols, a permis l'existence des conditions et des efforts pour l'envoi fréquent d'hommes aux pays d'orient, y compris la Mongolie et la Chine. Les animaux de ces régions, dont le portrait a été en parti diffusé par le bestiaire, mais en partie était inconnus dans les pays occidentaux, est devenu cible d'attention de ces voyageurs, attentifs, aussi, au pouvoir des souverains orientaux et aux possibilités de convertir les gens à la foi chrétienne. L'objectif central de cette étude est d'examiner la place réservée aux animaux, tant chez les bestiaires que chez les récits de voyage, dans une période limitée entre le milieu du XIIe siècle et le milieu du XIVe, lorsque les voyages à l'orient ont été entravés, étant donné la fragmentation des territoires contrôlés précédemment par le Grand... (Résumé complet accès életronique ci-dessous) / Doutor
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Águias, cisnes e vermes: o imaginário animal na literatura simbolista e decadentista / Eagles, swans and worms: animals in symbolist and decadent literaturesMatangrano, Bruno Anselmi 01 February 2019 (has links)
As poéticas simbolista e decadentista surgiram no último quarto do século XIX, em Paris, como reação ao movimento naturalista e ao pensamento positivista e cientificista de então; logo se espalharam para outros países, dentre os quais se destacam Bélgica, Portugal e Brasil, cujos autores continuaram a manter intenso diálogo com a produção da capital francesa. As obras escritas nesse contexto costumavam apresentar preocupações quanto ao aspecto metafísico da existência, buscando correspondências entre mundo natural e mundo espiritual, ao mesmo tempo em que propunham uma série de inovações estético-formais, como o verso livre e a prosa poética. No plano temático, voltavam-se a mitos e lendas difundidos no imaginário ocidental, resgatando símbolos antigos para instaurar novas significações e atualizar imagens já desgastadas. Tendo em vista esse contexto e os recentes estudos sobre a representação dos animais na literatura, a presente tese procurou verificar em que medida os animais se fazem presentes e se revelam importantes no imaginário finissecular e de que maneira houve inovação na forma como foram retratados. Paralelamente, pretendeu-se confirmar a existência de um imaginário animal comum aos poetas e prosadores simbolistas e decadentistas, independentemente de seu país de origem, e apesar das particularidades próprias de cada autor ou obra. Para tanto, partindo das imagens da águia, do cisne e do verme, três dos animais mais recorrentes e significativos para o contexto finissecular, em autores de língua francesa e portuguesa, buscou-se interpretá-las em seu próprio contexto e comparálas com as simbologias atribuídas pela tradição de modo a averiguar as inovações propostas pelos simbolistas e decadentistas e as particularidades de seu imaginário animal. / Symbolist and Decadent poetics emerged in the last quarter of the 19th century, in Paris, as a reply to Naturalism and its contemporary positivist and scientistic philosophies. Symbolism and Decadentism soon spread to other countries, among which Belgium, Portugal and Brazil, whose authors much dialogued with its fellow French writers. Works written in such a context used to feature anxieties as to existences metaphysical aspect, seek similarities between natural and spiritual world, as well as propose a series of aesthetical and form innovations, such as the free verse and the poetic prose. When it came to themes, they sought myths and legends that were widespread in the Western imaginary, making use of long-lost ancient symbols so as to bring forth new meanings and modernise outworn imagery. Given this background and recent studies concerning the representation of animals in literature, the present thesis sought to ascertain how present and important animals are to the late 19th-century imaginary and how innovative their portrayal is. Furthermore, it was our intent to establish the existence of a shared imaginary about animals among symbolists and decadents, regardless of their birthplace and despite the particularities of each author and work. In order to reach this goal, eagle, swan and worm images were our starting point, since they proved to be among the most meaningful and recurrent animals, both in French and Portuguese speaking authors. Then, I analysed them in their own context and proceeded to compare them to their traditionally assigned symbology, so as to learn the innovations proposed by symbolists and decadents, as well as the particularities of animals within these movements imaginary.
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O eu íntimo e o eu social na poesia de Bueno de RiveraSouza, Anderson Ibsen Lopes de January 2009 (has links)
SOUZA, Anderson Ibsen Lopes, O eu íntimo e o eu social na poesia de Bueno de Rivera. 2009. 197 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-06-21T12:34:49Z
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Previous issue date: 2009 / Bueno de Rivera’s poems present, on the compound of their characters, a high concern about the ontological factor, always searching for the human being’s description, as by the lyrical view, through intimate and subjective poetry, as on his everyday, exposing him as a being-with-the-others, immersed in society, besides presenting his anguish and piety with the human race’ suffering. This poetry combine with the postulates of Martin Heidegger’s ontological-existencialist philosophy, once it analyses the human being’s life from the point of view of the anguish from the conscience of the death and the quarrel about man, investigating the being-there – term that indicates the human’s existence, as well as with the being-with-the-others –, helping our understanding about the analyzed poet’s thoughts. Trying to comprehend the subjectivity on Rivera’s poems, we will analyze some of the Leitmotive chosen by him to develop his poetry, investigating the symbols and inquiring carefully the ideas. We believe that Bueno de Rivera’s poetry is a permanent searching for the unveiling of the human being from his own and the place in which he is inserted, in an inquisitor looking for everything that transforms him in man, that is, in a being single and social, at once. / A poesia de Bueno de Rivera apresenta, no conjunto de suas características, uma acentuada preocupação com o fator ontológico, buscando sempre retratar o ser humano tanto de forma lírica, através da poesia subjetiva, quanto em seu cotidiano, expondo-o como um ser-com-os-outros, imerso no meio social, além de apresentar as angústias desse homem e o seu compadecimento com o sofrimento da raça humana. Tal poesia coaduna-se com os postulados da filosofia existencial-ontológica de Martin Heidegger, pelo que esta tem de analista da vida humana do ponto de vista da angústia oriunda da consciência da morte e do questionamento sobre o homem, investigando o ser-aí – termo que serve para indicar a existência humana, juntamente com o ser-com-os-outros –, colaborando com a nossa visão acerca do pensamento do poeta mineiro. No intuito de compreender a subjetividade encontrada nos poemas de Rivera, procuramos analisar alguns dos Leitmotive por ele escolhidos para desenvolver o seu fazer poético, perscrutando assim os símbolos e perquirindo as suas idéias. Entendemos ser a poesia de Bueno de Rivera uma constante procura em desvelar o ser humano, a partir de si próprio e do meio em que este está inserido, em uma busca inquisidora de tudo o que o transforma em homem, ou melhor, em um ser, ao mesmo tempo, uno e social.
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A Saga do Burro e do Boi: Um Estudo de o Burrinho Pedrês e Conversa de Bois, de João Guimarães Rosa / The History of a Donkey and an Ox: A Study of "O Burrinho Pedrês" e "Conversa de Bois", de João Guimarães RosaFerreira, Kelly Cristina Medeiros January 2009 (has links)
FERREIRA, Kelly Cristina Medeiros. A saga do burro e do boi: um estudo de O burrinho pedrês e Conversa de bois, de João Guimarães Rosa. 2009. 116f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-07-02T14:08:27Z
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Previous issue date: 2009 / João Guimarães Rosa definia-se como um homem do sertão e mostrava-se fortemente ligado à terra. Ao longo de sua monumental obra encontramos densos registros sobre essa ligação. Em 1965, revela em entrevista a Gunter W. Lorenz seu peculiar interesse por animais, diplomacia, religiões e idiomas. A biografia do escritor não se dissocia da obra. Dessa forma, evidencia-se em O burrinho pedrês e Conversa de bois - o tratamento conspícuo dispensado aos bichos. Assim sendo, procederemos a um exame das referidas novelas de Sagarana tendo como escopo a estreita relação do homem com a natureza e, mais detidamente, com os animais. Para tanto, utilizaremos textos teóricos que versem acerca da inserção humana em ambiente natural - entre eles os de Leonardo Boff e Nancy Mangabeira Unger - e literários - mitos gregos e latinos e lendas indígenas. Veremos ainda que as novelas selecionadas para análise apresentam crianças e animais. Esses seres interligam-se e vivenciam a atuação de forças sobre-humanas em suas vidas. Ao longo do trabalho relacionaremos ao tema de nossa pesquisa os desdobramentos da autodefinição de Rosa supramencionada em sua existência (infância em Cordisburgo, vida doméstica no Rio de Janeiro, viagens ao exterior e ao interior de Minas Gerais, passeios) e obra (novelas de Sagarana, sobretudo).
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A presença do animal na produção contística e cinematográfica de Gabriel García Márquez (saberes animais e bestiários)Pacheco, Raysa Barbosa Corrêa Lima 12 July 2016 (has links)
No contexto das pesquisas sobre a obra do colombiano Gabriel García Márquez, a presença
do animal é pouco valorizada, ainda que seja perceptível sua importância no desenvolvimento
de diversas narrativas do escritor. Por isso, a partir da apropriação da perspectiva indiciária de
Carlo Ginzburg e da desconstrução de Jacques Derrida como referenciais teóricometodológicos,
esta dissertação tem como objetivo analisar a presença do animal em três
textos literários de Márquez: os contos “Eva está dentro de su gato” (1947) e “Un señor muy
viejo con unas alas enormes” (1968) e o projeto cinematográfico La tigra (1978). Para tanto,
buscou-se analisar os animais e seres híbridos que compõem a fauna marqueziana, cuja carga
simbólica é indiciada pelo imaginário ocidental e pelos bestiários medievais e
contemporâneos, juntamente aos fenômenos do hibridismo, do antropomorfismo e da
metamorfose, presentes nas narrativas. Assim, torna-se possível refletir acerca das relações
mantidas entre os personagens dos textos literários e os animais e sobre os limites e fronteiras
estabelecidos. Para realizar esta pesquisa, foram utilizadas as contribuições de filósofos e
teóricos que se debruçaram sobre a questão da animalidade, como Jacques Derrida, J.M.
Coetzee, Maria Esther Maciel, Gilles Deleuze e Félix Guattari, entre outros. / En el contexto de las investigaciones sobre la obra del colombiano Gabriel García Márquez,
la presencia del animal es poco valorada, aunque sea perceptible su importancia en el
desarrollo de diversas narrativas del escritor. Por ello, a partir de la apropiación de la
perspectiva indiciaria de Carlo Ginzburg y de la deconstrucción de Jacques Derrida como
referencias teórico-metodológicas, esta disertación tiene por objetivo analizar la presencia del
animal en tres textos literarios de Márquez: los cuentos “Eva está dentro de su gato” (1947) y
“Un señor muy viejo con unas alas enormes” (1968), y el proyecto cinematográfico La tigra
(1978). Para ello, se procuró analizar los animales y seres híbridos que componen la fauna
marqueziana, cuya carga simbólica está señalada por el imaginario occidental y por los
bestiarios medievales y contemporáneos, juntamente a los fenómenos del hibridismo, del
antropomorfismo y de la metamorfosis, presentes en las narrativas. Por consiguiente, se hace
posible reflexionar sobre las relaciones mantenidas entre los personajes de los textos literarios
y los animales y sobre los límites y fronteras establecidos. Para realizar esta investigación, se
han utilizado las contribuciones de filósofos y teóricos que se dedicaron al estudio de la
cuestión de la animalidad, como Jacques Derrida, J.M. Coetzee, Maria Esther Maciel, Gilles
Deleuze y Félix Guattari, entre otros. / Dissertação (Mestrado)
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