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Ecologia trófica de Astyanax paranae (Osteichthyes, Characidae) em córregos da bacia do rio Passa-Cinco, estado de São Paulo. / Trophic ecology of Astyanax paranae (Osteichthyes, Characidae) in streams of the Passa-Cinco river basin, state of São Paulo.Ferreira, Anderson 21 June 2004 (has links)
Frente aos distúrbios que os ambientes aquáticos sofreram nas últimas décadas e os conseqüentes impactos causados sobre a ictiofauna, é cada vez mais relevante o entendimento da biologia e ecologia dos peixes nestes ecossistemas. O presente trabalho teve como objetivo relacionar a dieta do lambari Astyanax paranae em córregos de substrato e composição do corredor ripário distintos na bacia do rio Passa-Cinco (SP), verificando as diferenças existentes na alimentação da espécie, a origem dos itens alimentares, a disponibilidade de invertebrados e suas relações com a dieta da espécie. As coletas foram realizadas no período vespertino de fevereiro a abril de 2003. Para a captura dos peixes foram utilizados métodos combinados de pesca elétrica, rede de arrasto manual e peneiras. Para as amostragens dos invertebrados utilizou-se um amostrador tipo Surber, bandejas de retenção, redes de mão e deriva. Os conteúdos gástricos foram analisados através dos métodos de frequência de ocorrência e volumétrico. A espécie apresentou um amplo espectro alimentar. A categoria alimentar dominante foi representada por insetos terrestres, com maiores ocorrências para Formicidae (recursos alóctones). No Córrego Cantagalo, que apresenta a zona ripária constituída por pastagens, os insetos aquáticos foram a categoria alimentar mais representativa (recursos autóctones). Para medir a amplitude de nicho alimentar aplicou-se a medida de Levins e os maiores valores foram registrados nos córregos Paredão e Jibóia, indicando que A. paranae utilizou mais amplamente os recursos disponíveis nestes ambientes de mata ripária melhor preservada. A atividade alimentar deste lambari foi avaliada através do grau de repleção estomacal (GR). Os indivíduos analisados apresentaram conteúdos alimentares na maioria dos estômagos, confirmando seu período alimentar diurno. Para agrupar os locais de coleta com base na dieta de A. paranae, utilizou-se uma análise de correspondência e de agrupamento, que segregou os córregos onde a espécie consumiu mais insetos terrestres (córregos Paredão, Areião e Vereador), uma maior variedade de itens (Córrego Jibóia), algas (Córrego do Anzol) e insetos aquáticos (Córrego Cantagalo). A grande maioria dos invertebrados disponíveis nos riachos foram compostos por insetos em estágios imaturos e adultos, tanto de origem aquática quanto terrestre. Em todos os córregos amostrados, os invertebrados alóctones apresentaram maior diversidade e menor abundância em relação aos invertebrados autóctones, exceto no Córrego Vereador (zona ripária com mata alterada) onde a abundância foi maior. Para avaliar a seleção dos recursos por A. paranae utilizou-se o Índice de Eletividade de Ivlev. O recurso alóctone foi selecionado positivamente em todos os córregos pela espécie e apenas no Córrego Cantagalo houve consumo de itens autóctones na mesma proporção que a encontrada no ambiente. A espécie apresentou um hábito alimentar onívoro com tendência à insetivoria, sendo que a dieta foi influenciada pelas características geomórficas dos córregos e do corredor ripário. A presença da vegetação ripária foi importante para alimentação da espécie, demonstrada pelo maior consumo de recursos alóctones e também para a diversidade dos invertebrados. As condições de assoreamento não influenciaram na dieta devido a entrada dos recursos externos e, apesar da grande disponibilidade de recursos autóctones nos diversos córregos, A. paranae demonstrou preferência pelos itens alóctones. / Environmental disturbances of the last decades had major impact in fish fauna, turning the understanding of fish biology and ecology in aquatic ecosystems each time more relevant. This study analyses the diet of lambari Astyanax paranae in streams with different substrates and composition of the riparian corridor in the Passa-Cinco river basin (SP), regarding the relationship of local differences in species diet, origin of food items, and availability of invertebrates to the species diet. Fish were collected in the afternoon from February to April 2003, by either electrofishing or seining net. Surber sampler, forest litter trays half-filled with a soap solution, dip nets and drift nets were used for sampling invertebrates. Fish stomach contents were analyzed by the frequency of occurrence and volumetric methods. The species prsented a wide feeding spectrum. Terrestrial insects (mostly Formicidae) represented the most dominant feeding category. Aquatic insects were the most representative feeding category in the Cantagalo stream, which presented a riparian corridor covered with pasture. The Levinss measure was used to evaluate niche breadth. The higher values were obtained in the Paredão and Jibóia streams, ecosystems characterized by pristine forest in the riparian corridor, eliciting better use of available resources by A. paranae. The feeding activity of the lambari was evaluated by the degree of stomach repletion (GR). Most individuals presented alimentary items in their stomachs, confirming a diurnal feeding habit. The analysis of cluster and correspondence were used to group study sites based on A. paranae feeding. These analysis segregated streams where the species consumed more terrestrial insects (Paredão, Jibóia, and Vereador streams), larger variety of items (Jibóia streams), algae (Anzol stream) and aquatic insects (Cantagalo stream). Immature and adult insects were the most available invertebrates in the streams. Allochthonous invertebrates presented higher diversity and lower abundance in relation to the autochthonous invertebrates in all systems, except in the Vereador stream, which presented a riparian corridor covered by anthropogenic forest. The resource selection by A. paranae was evaluated by Ivlevs Electivity Index. Allochthonous resources were positively selected by the species in all streams but Cantagalo, where consumption of autochtonous and allochthonous resources were equal. The species presented an omnivorous feeding habit, tending to insectivorous. Feeding habits could be related both to geomorphic stream features and riparian corridor vegetation cover. The riparian vegetation was an important food source for the species, as demonstrated by the higher allochthonous resources consumption, and also by the invertebrates diversity. Streambed sand filling did not influenced species persistence, as it could rely on external resources input. A. paranae demonstrated preference by allochthonous food items besides the high availability of autochthonous resources.
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Effets d'une restriction alimentaire pendant le dernier tiers de la gestation des chèvres sur le développement du comportement alimentaire de leur progénitureLaporte-Broux, Bérengère 14 December 2010 (has links) (PDF)
Un déficit énergétique en fin de gestation peut avoir des conséquences pathologiques pour la mère. De plus, la croissance et le métabolisme fœtaux peuvent être altérés, entraînant des adaptations physiologiques irréversibles chez la descendance. On parle alors de programmation fœtale. Chez des chèvres, une restriction alimentaire pendant le dernier tiers de gestation a entraîné une diminution de leur prise de poids et une augmentation de la mobilisation de leurs réserves corporelles et du temps passé à chercher leur nourriture. Entre la naissance et 10 semaines, le métabolisme des chevreaux issus des chèvres restreintes a été peu modifié. Ces chevreaux, plus petits et plus légers à la naissance, ont rattrapé leur retard de croissance dès la semaine suivante mais étaient moins gras que les témoins. Aucune modification de leur comportement alimentaire et de leur réactivité émotionnelle n'a été observée. Une interaction entre le sexe de la progéniture et la restriction maternelle n'a pas été systématiquement démontrée. Sur une période de deux ans, les femelles issues des chèvres restreintes sont restées plus légères et avaient un état corporel réduit par rapport aux témoins. La réactivité de leur axe corticotrope était augmentée, sans modification de leur réactivité émotionnelle. A 12 et 21 mois, leur ingestion spontanée était plus élevée que celle des animaux témoins. Les effets d'une restriction maternelle pendant la gestation observés à la naissance chez les jeunes chevreaux disparaissent rapidement. Des modifications du comportement alimentaire apparaissent cependant à l'âge adulte.
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Effets de l'ingestion de plombs de chasse sur le comportement alimentaire et la condition corporelle du canard colvert (Anas platyrhynchos)Duranel, Arnaud 29 October 1999 (has links) (PDF)
Après avoir fait la synthèse des connaissances sur le saturnisme chez les Anatidés et rappelé l'importance de la compétitivité, notamment en terme de recherche alimentaire et de condition corporelle, pour la survie et le succès reproducteur d'un individu en milieu naturel, l'auteur décrit les effets de l'ingestion d'un faible nombre de plombs de chasse chez le Canard colvert. Il montre que la vitesse d'ingestion de l'aliment est corrélée de façon négative à la plombémie jusqu'à quatre semaines au minimum après ingestion des plombs. A ce stade, la condition corporelle, estimée par un index d'adiposité et un index musculaire, est inversement proportionnelle à plusieurs paramètres toxicologiques témoins de l'intoxication par le plomb (protoporphyrinémie, hématocrite, concentration en plomb dans les tissus). De même, il existe une corrélation entre plusieurs de ces paramètres et la perte de poids maximum relevée au cours de l'évolution de l'intoxication. On peut donc penser que l'ingestion d'un faible nombre de plombs de chasse, à l'origine d'une intoxication sublétale, voire subclinique, a un effet négatif sur l'acquisition et le stockage des réserves énergétiques chez les Anatidés. D'autre part, une régression logistique montre que la protoporphyrinémie deux semaines après l'ingestion des plombs décrit très bien la probabilité de survie des canards. Ainsi, la comparaison des corrélations entre symptômes et indicateurs toxicologiques propose que, dans les conditions de l'expérimentation, la protoporphyrinémie serait mieux adaptée que la plombémie pour dépister le saturnisme.
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Activité antihelminthique de la poudre d'écorce de racine de Vitex thomasii De Wild (Verbenaceae) sur Haemonchus contortus chez la chèvreOkombe Embeya, Victor 28 January 2011 (has links) (PDF)
L'étude (i) identifie les usages thérapeutiques et les techniques traditionnelles de préparation de remèdes antihelminthiques par les utilisateurs de la phytothérapie vétérinaire, (ii) caractérise les groupes chimiques présents dans la poudre d‟écorce de racine de Vitex thomasii De Wild, (iii) évalue in vitro et in vivo leurs effets sur Haemonchus contortus chez la chèvre élevée sur pâturage. Des enquêtes menées auprès de 44 utilisateurs de plantes médicinales chez les chèvres d'élevage, ont montré que 9 plantes locales (dont Vitex thomasii la plus citée) sont utilisées pour combattre les pathologies qu'ils identifient comme parasitoses gastro-intestinales. Les recettes, généralement monospécifiques, sont administrées per os, suivant divers modes de préparation selon divers modes de préparation. Le criblage phytochimique réalisé sur les extraits de la poudre d'écorce de racine de Vitex thomasii De Wild a révélé la présence de terpènes, des flavonoïdes, de tanins, de saponines, de quinones et d'iridoïdes. L'activité antihelminthique des extraits aqueux et éthanoliques de Vitex thomasii a été évaluée in vitro sur les oeufs et les larves L3 d'Haemonchus contortus, en utilisant l'albendazole comme témoin positif (62,5 à 2000 μg/ml d'extraits et d'albendazole), l'eau distillée, le surnageant de la suspension d'oeufs et l'éthanol, respectivement comme placebo, témoin négatif et témoin éthanol. Les extraits éthanoliques et aqueux se sont révélés actifs sur les larves L3 d'Haemonchus contortus (CE50 = 56.44 μg/ml et 106.7 μg/ml respectivement) et ont inhibé l'éclosion des oeufs (CE50 = 53.09 μg/ml et 88.62 μg/ml respectivement). L'efficacité antiparasitaire de la poudre d'écorce de racine de Vitex thomasii a été testée sur les strongles gastro-intestinaux. 32 caprins ont été répartis en quatre lots de 8 animaux : témoin neutre, témoin positif traité avec l'albendazole à la dose 5 mg/kg de poids vif et deux lots ayant reçu 1g/kg et 2g/kg de poids vif de la poudre d'écorce de racine de Vitex thomasii. Le nombre d'oeufs par gramme de fèces et de leucocytes totaux ont baissé significativement dans les lots traités à l'albendazole (- 90 %; p < 0.05) et à la poudre d'écorce de racine de Vitex thomasii (- 85 % pour 1 g/kg et Ŕ 86 % pour 2 g/kg; p < 0.05). La créatinine, les transaminases ainsi que le poids sont restés stables dans les trois lots tandis que les protéines totales, l'albumine et l'hématocrite ont augmenté significativement. Les taux d'efficacité des deux posologies de Vitex thomasii De Wild restent comparables. Ces résultats sont un référentiel de base pour les recherches ultérieures à mener dans le but de contribuer au développement d'une approche thérapeutique chez les animaux d'élevage notamment en identifiant le groupe chimique actif et, plus loin, la molécule active.
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Effets de Nosema ceranae (Microsporidia) sur la santé de l'abeille domestique Apis mellifera L. : changements physiologiques et comportementauxDussaubat-Arriagada, Claudia Marcela 13 December 2012 (has links) (PDF)
Nosema ceranae est un parasite émergeant d'Apis mellifera décrit dans certaines régions comme la cause majeure de la mortalité des abeilles. Dans d'autres cas, il est soupçonné d'affaiblir les colonies par l'interaction avec d'autres facteurs de pression de l'environnement. Dans le cadre du phénomène global de la mortalité des abeilles, nous avons orienté nos recherches vers l'étude des effets N. ceranae, en faisant l'hypothèse que ce parasite est capable d'induire des changements comportementaux chez A. mellifera dus à des altérations physiologiques, ce qui pourrait éventuellement perturber l'organisation sociale et aboutir à la mort de la colonie. Etant donné cette hypothèse, trois domaines d'étude ont été inclus dans notre recherche, (i) les effets de N. ceranae sur l'organisation sociale de la colonie, (ii) les mécanismes moléculaires à la base des effets chez les abeilles parasitées, et (iii) les différences en virulence d'isolats de N. ceranae ce qui pourrait expliquer la variation des effets du parasite chez l'abeille. Nous avons obtenu trois résultats majeurs. D'abord, nous avons constaté des modifications dans la structure sociale des abeilles après l'infection. Ces changements sembleraient contribuer à la survie de la colonie constituant probablement un mécanisme d'immunité sociale. Ce mécanisme géré par un signal phéromonal, permettrait de diminuer la transmission du parasite au sein de la colonie et prolonger la survie des abeilles saines. Ensuite, nous avons mis en évidence des effets sur la physiologie de l'intestin de l'abeille qui pourraient causer sa mort : l'induction du stress oxydatif et l'inhibition du renouvellement cellulaire de l'épithélium. Finalement, nos résultats suggèrent que certaines caractéristiques de l'hôte et conditions environnementales augmenteraient la probabilité de N. ceranae d'induire la mort. En conclusion, N. ceranae a le potentiel de causer la mort des abeilles, cependant, la colonie pourrait contrer l'infection, par exemple, par de mécanismes d'immunité sociale, or, la réponse générale à l'infection dépendrait des caractéristiques de l'hôte en combinaison avec les conditions de l'environnement. Le phénomène d'effondrement de colonies à l'échelle mondiale a mis en évidence la fragilité du système colonie d'abeilles - environnement. L'étude de chaque facteur participant au système, en autres, parasites, pesticides, changements dans l'environnement, pratiques apicoles, est essentielle pour une meilleure compréhension de toutes les interactions qui maintiennent l'équilibre écologique des colonies
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Caractérisation du rôle du stade non-infectieux du parasite acanthocéphale Pomphorhynchus laevis dans la manipulation comportementale de son hôte intermédiaire amphipodeDianne, Lucile 06 December 2012 (has links) (PDF)
Chez les parasites à cycle complexe et à transmission trophique, des stratégies d'exploitation de l'hôte intermédiaire ont été sélectionnées. Notamment, de nombreux parasites sont capables d'altérer le comportement de leur hôte intermédiaire (manipulation comportementale). Cette manipulation n'intervient que lorsque le stade larvaire du parasite est infectieux pour l'hôte définitif. Avant d'atteindre cette infectivité, le développement du stade larvaire n'est pas suffisamment avancé pour lui permettre de s'établir dans l'hôte définitif (il est dit non-infectieux). La transmission prématurée d'un stade non-infectieux implique alors la mort du parasite. Les parasites capables de renforcer les défenses anti-prédateurs de leur hôte intermédiaire au stade non-infectieux (i.e. de le protéger vis-à-vis de la prédation), avant de manipuler leur comportement au stade infectieux (i.e. de les exposer à la prédation par l'hôte définitif) devraient avoir été sélectionnés. Dans ces travaux de thèse, j'ai pu montrer qu'au stade larvaire non-infectieux, le parasite acanthocéphale Pomphorhynchus laevis renforce les défenses anti-prédateurs de son hôte intermédiaire amphipode, ce qui a pour effet de diminuer ses risques de prédation. Cet effet protecteur de l'hôte intermédiaire affecte négativement l'approvisionnement de l'amphipode, bien que cela n'ait aucune incidence sur l'état des réserves énergétiques de l'hôte. De même, le comportement reproducteur de l'hôte mâle n'est pas affecté par l'infection par ce stade protecteur. Les origines de cette stratégie parasitaire sont discutées, et des perspectives écologiques à ce changement comportemental de l'hôte sont suggérées
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Les complexes d'hybridation chez les grenouilles vertes : identification génétique, exigences écologiques, et capacités d'acclimatationPatrelle, Cécile 24 September 2010 (has links) (PDF)
Les organismes asexués constituent un cas particulier en écologie évolutive spécialement intéressant pour étudier les processus d'adaptation. La reproduction sexuée est avantageuse puisqu'elle maintient un polymorphisme et une diversité génétique importants, mais elle l'est moins si on prend en compte ses coûts. La persistance de plusieurs lignées hybrides asexués au sein de taxa indépendants, parfois anciennes, amène à s'interroger sur ce mode de reproduction : avantages, risques d'extinction des complexes d'hybridation. Nous avons étudié le cas des grenouilles vertes européennes présentes en France, où l'on retrouve le complexe P. esculentus, très commun, ainsi que le complexe P. grafi, localisé dans le Sud du pays. Ces lignées hybrides sont particulières car elles ont un mode de reproduction unisexué appelé hybridogénèse. Les différents taxa de grenouilles vertes se ressemblent tant que leur distinction est difficile, et nécessite des analyses génétiques. Ainsi, une nouvelle méthode PCR-RFLP basée sur la région ITS2 a été mise au point, permettant une affiliation fiable des taxa du complexe P. esculentus. Puis, les marqueurs microsatellites ont été testés comme outils d'identification taxonomique, sans succès, à cause d'un manque de spécificité, ainsi qu'à la situation complexe des peuplements français. Le fardeau génétique porté par les génomes clonaux ridibundus a été évalué lors d'un élevage expérimental, où des têtards de P. rididundus possédant soit 50% de leur génome clonal ou 0% n'ont montré aucune différence de performances larvaires. Dans cette même expérimentation, la fitness de l'hybride P. kl. grafi a été comparée à ces deux espèces parentales. Les hybrides ont montré des performances intermédiaires, meilleures que P. perezi, mais inférieures à P. ridibundus. Lors de l'étude de l'utilisation de l'habitat, nous avons pu mettre en évidence une répartition différentielle des grenouilles vertes du complexe P. esculentus en fonction du type d'habitat, et observer de nouveaux facteurs influençant leur abondance tels l'altitude, la distance à la rivière, le taux de nitrates, l'alcalinité, les duretés. Nous avons observé la relation entre le type d'habitat et la capacité d'acclimatation chez les hybrides P. esculentus au stade larvaire, et les performances révèlent que les têtards forestiers semblent généralistes en s'accommodant du changement de milieu, tandis que ceux originaires de prairie semblent localement adaptés à leur milieu. Ces résultats nous amènent à discuter du devenir évolutif des grenouilles vertes et a proposer des perspectives, afin d'affiner nos connaissances de ces complexes et d'aider à la prise de décision quant aux habitats à prioriser en termes de gestion conservatoire.
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Contribution à l'amélioration de la lutte contre le miride du cacaoyer Sahlbergella singularis Hagl. (Hemiptera : Miridae). Influence des facteurs agro-écologiques sur la dynamique des populations du ravageurBabin, Régis 05 November 2009 (has links) (PDF)
L'objectif de ce travail est d'améliorer notre compréhension des mécanismes et d'évaluer les facteurs agro-écologiques impliqués dans la dynamique spatio-temporelle des populations naturelles de Sahlbergella singularis. Le calcul des tables de vie sur une population d'élevage a révélé que S. singularis est une espèce à croissance lente. Ceci expliquerait le fait que le ravageur est généralement présent à de faibles densités dans les plantations. L'étude des paramètres démographiques de la population d'élevage a montré que la fécondité est un paramètre-clé des fluctuations saisonnières des populations naturelles. Leur croissance serait liée à la présence de jeunes cabosses sur les cacaoyers fournissant aux femelles une ressource alimentaire favorable à la reproduction. L'étude de l'influence des facteurs agro-écologiques sur les densités de populations de S. singularis en plantation a révélé que les densités dépendent des conditions parcellaires de culture du cacaoyer. Parmi les pratiques culturales, les traitements insecticides, l'ombrage et le recours aux variétés hybrides sont des facteurs déterminants. En outre, les populations du ravageur sont fortement agrégées dans les zones des plantations bénéficiant d'un ensoleillement maximal. Enfin, l'ombrage fourni par les arbres forestiers s'est avéré plus homogène que l'ombrage d'arbres fruitiers et par conséquent moins propice au développement des poches à mirides. Les recommandations de lutte préconisées par la recherche agronomique sont rarement appliquées par les planteurs. Aussi, nos résultats ont-ils été discutés dans l'optique d'adapter ces recommandations au contexte de culture du cacaoyer qui prévaut actuellement au Cameroun
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Suivi des peuplements ichtyologiques en milieu estuarien par approche acoustique : application à l'estuaire de la GirondeSamedy, Valérie 28 June 2013 (has links) (PDF)
Depuis de nombreuses années, les évaluations de la faune circulante au sein de l'estuaire de la Gironde s'appuient sur plusieurs dispositifs de suivis ichtyologiques, chroniques de pêches scientifiques et professionnelles. Cependant, ces approches conventionnelles nécessitent souvent un échantillonnage conséquent, restent ponctuelles dans le temps, spatialement limitées et destructrices. Tester la mise en œuvre d'un suivi acoustique prend ainsi toute son sens et son intérêt. Plus largement appliqué en milieux marin et lacustre, cette approche reste encore rarement utilisée en estuaires. En raison de l'extrême variabilité intrinsèque de ce type d'écosystème, la mise en œuvre de cet outil est un réel défi. En s'appuyant sur la connaissance préalablement acquise, une réflexion méthodologique approfondie a été menée pour définir des stratégies d'échantillonnage acoustiques afin d'optimiser la récolte de ce type de données. Plusieurs stratégies acoustiques ont d'abord été testées en tenant compte de la complexité et de la taille importante de l'écosystème étudié. La pertinence de ces données recueillies a ensuite été confrontée aux données des pêches scientifiques. Enfin, l'hydroacoustique a été mis à profit pour répondre à des questions sur la dynamique ichtyologique à des échelles spatiales et temporelles plus fines notamment pour étudier les influences tidales et nycthémérales. Ce travail démontre qu'il est possible de mettre en place un suivi acoustique des peuplements ichtyologiques pour un estuaire comme la Gironde. Comme outil complémentaire aux approches traditionnelles, l'hydroacoustique ouvre un large champ de possibilités pour appréhender la biocénose piscicole pour les milieux estuariens.
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Facteurs environnementaux de variation de l'abondance des tiques Ixodes ricinus dans des zones d'étude modèles en AuvergneBoyard, Chloé 18 December 2007 (has links) (PDF)
La connaissance et le contrôle des risques liés à la vectorisation d'agents pathogènes par les tiques, en particulier par Ixodes ricinus, font partie des priorités de santé publique en France. Les maladies transmises par les tiques sont, en outre, d'actualité en médecine vétérinaire, en particulier chez les bovins. Dans le cadre des recherches de l'INRA (Unité de Recherche d'Epidémiologie Animale / EPI-A, Centre de recherches de Clermont-Ferrand - Theix), et avec l'appui du Conseil Régional d'Auvergne, des études éco-épidémiologiques ont été conduites en Auvergne, pour préciser les facteurs environnementaux qui influencent l'abondance des nymphes I. ricinus, en tant que stase la plus impliquée dans la transmission d'agents pathogènes à l'Homme. En 2003, dans la région des Combrailles (département du Puy-de-Dôme), les nymphes I. ricinus à l'affût sur la végétation ont été collectées par la méthode du drapeau sur le périmètre intérieur de 61 pâtures (prairies permanentes pâturées par les bovins). Leur abondance a été analysée selon une approche probabiliste basée sur la loi binomiale négative. La reproductibilité des facteurs significatifs, révélés par cette première analyse, a été évaluée sur des données d'abondance de nymphes I. ricinus collectées à différents moments (2004 et 2006) et dans une zone différente, mais de caractéristiques écologiques semblables, l'Ouest Cantal (département du Cantal). Les principaux facteurs favorisant l'abondance des nymphes I. ricinus, constants à travers les différents jeux de données, étaient la présence d'une haie d'arbres ou d'arbustes, la présence de bois, et le nombre de nymphes dans le bois le plus proche des pâtures. Nous avons alors émis l'hypothèse qu'une migration des tiques des bois vers les pâtures est cruciale pour le maintien d'une population de tiques I. ricinus sur les pâtures. La variation de l'abondance des larves I. ricinus transportées par les micromammifères à l'écotone bois-pâture a pu être analysée à partir des sessions de piégeages réalisées en 2005. Le mulot sylvestre (Apodemus sylvaticus) a été identifié comme l'espèce de micromammifères capable de transporter les larves I. ricinus entre les bois et les pâtures, et par conséquent apte à jouer le rôle de " pont épidémiologique ". En conclusion, les conditions du risque de morsure par I. ricinus en Auvergne ont été précisées, en tant qu'étape initiale d'évaluation du risque de transmission d'agents pathogènes via cette tique. Les étapes suivantes concerneront l'étude des facteurs de variation du portage bactériens par I. ricinus pour Borrelia burgdorferi s.l. (agent de la maladie de Lyme), Anaplasma phagocytophilum (agent de l'anaplasmose granulocytaire humaine et animale), et des Rickettsia spp. du groupe des fièvres boutonneuses, ainsi que l'étude des conditions d'apparition des cas des maladies dépendant de ces agents. Les travaux qui ont été conduits ont permis de proposer à la discussion un ensemble de réflexions méthodologiques et stratégiques, de nature biologique ou biostatistique.
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