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'Os bebês estão por todos os espaços!' : um estudo sobre a educação de bebês nos diferentes contextos de vida coletiva da escola infantilGobbato, Carolina January 2011 (has links)
Esta dissertação apresenta um estudo que tem como tema a educação dos bebês nos espaços da escola infantil. A pesquisa parte da problematização da invisibilidade e do não-lugar que caracteriza os berçários brasileiros atualmente, conforme constatado em pesquisas nacionais que revelaram que os bebês saem muito pouco da sala e que quase não participam das propostas da instituição, diferentemente das outras turmas. Desse modo, o objetivo central da pesquisa foi investigar as vivências dos bebês nos diferentes espaços da escola infantil, analisando como sua presença nesses contextos de vida coletiva pode implicar em possíveis redimensionamentos do fazer pedagógico com bebês. Trata-se de uma pesquisa realizada em uma escola de educação infantil da rede municipal de Porto Alegre; num grupo de 15 bebês, com idade entre 4 e 18 meses no início do estudo, e suas educadoras. Na perspectiva de um estudo qualitativo, os dados foram construídos na observação das atividades cotidianas do grupo na escola e pelas entrevistas-conversas realizadas com os profissionais; foram documentados por imagens fotográficas e por registros escritos. Numa interlocução disciplinar, utilizaram-se como principais referenciais teóricos as contribuições da Psicologia Social-Cultural de Barbara Rogoff e da Sociologia da Infância em diálogo com autores da educação infantil. As análises revelaram que os bebês constroem novos significados para a escola através das ações e relações sociais que estabelecem quando estão nos diferentes espaços da instituição, reconfigurando-os pela sua participação. A escola, com proposições pedagógicas planejadas para além da sala do berçário, propicia novas possibilidades de vivências aos bebês a partir da criação conjunta dos contextos de vida coletiva, através da inserção desses sujeitos nas práticas sociais e culturais que ali acontecem. O estudo sugere uma revisão da sala como local único e privilegiado para as aprendizagens dos bebês na creche, uma vez que os dados da pesquisa mostraram que as mesmas são ampliadas e potencializadas nos seus diferentes espaços; o que implica na necessidade de qualificá-los, na medida em que são concebidos como contextos que educam. A pesquisa evidenciou que é possível que se garanta uma maior presença das turmas de berçário nas propostas e nas práticas de vida coletiva das instituições de educação infantil, bem como nos múltiplos espaços que as compõem; contudo, a inclusão dos bebês como frequentadores dos espaços de uso coletivo exige planejamento, trabalho em equipe e adequações. Depreende-se que essa prática pode construir um lugar de respeito e participação do grupo do berçário no coletivo da escola infantil e, assim, redimensionar o que vem prevalecendo como fazer pedagógico nas instituições que atendem a faixa etária de 0 aos 3 anos. / Esa disertación presenta un estudio que tiene como tema la educación de los bebés en los espacios de la escuela infantil. La investigación parte de la problematización de la invisibilidad y del no-lugar que caracteriza las guarderías infantiles brasileñas actualmente, conforme constatado en pesquisas nacionales que revelaron que los bebés salen muy poco de la sala y casi no participan de las propuestas de la institución, diferentemente de los otros grupos. De ese modo, el objetivo céntrico de la pesquisa fue investigar las vivencias de los bebés en los diferentes contextos de vida colectiva de la escuela infantil y analisar como su presencia en esos lugares implica en un redimensionamiento del hacer pedagógico con bebés. Se trata de una investigación realizada en una escuela de la Red Municipal de Porto Alegre; teniendo como sujetos los bebés de 4 meses a 1 año y 6 meses de edad y sus educadoras. En la perspectiva de un estudio cualitativo, los datos fueron construidos en la observación de las actividades cotidianas del grupo en la escuela y por las entrevistas-conversaciones realizadas con los profesionales; fueron documentados por imágenes fotográficas y por registros escritos. En una perspectiva interdisciplinar, se utilizaron como principales referencias teóricas las contribuciones de la Psicología Social-Cultural de Barbara Rogoff e de la Sociología de la Infancia en diálogo con autores de la educación infantil. Los análisis revelaron que a través de las acciones y relaciones que los bebés establecen cuando están en los diferentes espacios de la institución, ellos construyen nuevos significados para las proposiciones pedagógicas de la escuela, reconfigurando los espacios por su participación. La escuela, con foco en las vivencias de los bebés en esos espacios más allá de la sala de la guardería infantil, significa nuevas posibilidades a los bebés a partir de la creación conjunta de los contextos de vida colectiva a través de la inserción de los mismos en las prácticas sociales y culturales que allí suceden. El estudio sugiere una revisión de la sala como lugar único y privilegiado para los aprendizajes de los bebés en la escuela. Los datos de la pesquisa revelan que las mismas son ampliadas y potencializadas en los diferentes espacios de la institución y eso implica en la necesidad de calificarlos, ya que son concebidos como contextos que educan. La investigación mostró que es posible que se garantice una mayor presencia de los grupos de guardería infantil en las propuestas y en las prácticas de vida colectiva de las instituciones de educación infantil, así como en los múltiples espacios que la componen; sin embargo, la inclusión de los bebés como frecuentadores de los espacios de uso colectivo exige planificación, trabajo en equipo y adecuaciones. Se concluye que esta práctica puede construir un lugar de respeto y participación del grupo de la guardería infantil en el colectivo de la guardería y, así, redimensionar lo que viene prevaleciendo cómo hacer pedagógico en las instituciones que atienden la franja etaria de 0 a los 3 años.
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Diário de um bebê : governo da subjetividade infantilUberti, Luciane January 2002 (has links)
Nesta Dissertação, problematizo a política de subjetividade da infância na atualidade, a partir da análise do discurso especializado ratificado no programa Diário de um bebê – veiculado pela Rede Brasil Sul de Telecomunicações, entre janeiro de 1999 e janeiro de 2000. Para tal empreendimento, fiz uso de ferramentas analíticas da produção de Michel Foucault, as quais possibilitaram que eu procedesse à analítica do discurso especializado como prática que produz, corporifica, significa, objetiva e subjetiva os sujeitos de que fala. Descrevi a maneira pela qual a materialidade discursiva do programa monta um determinado tipo de subjetividade infantil através de objetivações específicas e normalizadoras. Tais objetivações procedem ao governo da infância, mas não apontam para uma subjetividade infantil reprimida, verdadeira, natural ou definitiva. Demonstrei como os mais diversos sujeitos adultos são instados a garantirem a sobrevivência, a conservação e a evolução dos infantis por meio de atividades cotidianas, num convívio pontual e condutor. Essas prescrições conduzem as ações adultas na relação com os infantis, embora em meio a formas de saber e forças de poder instáveis e não ditatoriais. Indiquei, assim, um campo de possibilidades que o mecanismo de governo Diário de um bebê articula na constituição da subjetividade infantil no tempo presente. Os procedimentos analíticos possibilitaram-me finalizar este investimento de forma a apontar que o governo da infância está imerso em relações de liberdade e resistência. Tais relações instigam possibilidades de deslocamento das formas de ser sujeito infantil, abrindo perspectivas para a incitação de novas formas de subjetividade.
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Por uma clínica infinitamente minúscula : senti(n)do por entre corpos no hospitalBarone, Luciana Rodríguez January 2011 (has links)
Nesta pesquisa, temos o objetivo de problematizar a clínica e o corpo no hospital, especificamente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. A partir da experiência clínica como psicóloga em um hospital da mulher, fomos percorrendo as instituições e afetos presentes nesse espaço. Primeiramente, resgatamos a história do hospital, e da clínica, em sua configuração moderna e contemporânea enquanto tecnologia de cura, guiada pela medicina e permeada pela organização disciplinar. Neste espaço, vemos emergir um corpo orgânico e individualizado, a ser olhado e manipulado. Também retomamos as constituições da infância e da família neste período, no qual o bebê se torna alvo de cuidados e a família, instrumento de aperfeiçoamento do biopoder. Surgem, neste contexto, os sentimentos de infância e familiais, assim como a maternidade como forma de cuidado primeira e única, reafirmando as subjetividades privatizadas e intimistas. A partir da interface entre essas duas instituições, hospital e família, vamos percebendo esses aperfeiçoamentos da biopolítica nos modos de cuidar e curar na UTI Neonatal. No encontro com as tecnologias avançadas e as políticas de humanização, evidenciamos o paradoxo que se coloca no ato de produzir padrões de saúde e, concomitantemente, acolher as singularidades dos encontros cotidianos num espaço que se dedica a salvar vidas recém-chegadas e já atravessadas pelo risco de dissolução, prematuras. Assim, o que nos interroga nesta pesquisa é como se dão as linhas de fuga, rupturas desses modos homogeneizantes e generalizantes de produzir saúde no hospital. A pergunta é sobre a potência do corpo e da clínica diante das institucionalizações e significações estabelecidas. Apesar do apacientamento e das modelizações, constroem-se estratégias microscópicas singulares de escapar, de questionar e de produzir outros modos de vida, a partir das inquietações sentidas no corpo. Para tanto, afirmamos uma metodologia que toma o corpo e seus afetos como impulsionadores da produção de conhecimento. Corpo e pensamento se juntam para construir uma cartografia dos processos clínicos na UTI Neonatal, resgatando a sensibilidade higienizada pela racionalidade e o plano da expressão, da produção de sentidos. Através de fragmentos de diários de campo, colocamos em análise o modo como se dão os encontros neste espaço, tentando acompanhar e criar linhas de fuga e diferenciação. Neste trajeto, fomos percebendo que os encontros com o bebê prematuro, fragilizado e miniaturizado despertava em nós profissionais e familiares um sentimento de infância, resgate do plano de sensibilidade apacientado na forma adulto-homem. Assim, abriam-se brechas para o inesperado, não calculado, mesmo que muitos investimentos de salvar e expectativas de formar um adulto promissor se voltassem para esse bebê. A partir, então, destes afetos, nos conectávamos com nossas próprias fragilidades enquanto clínicos não sabedores, pais insuficientes ou bebês não funcionais, adentrando um plano comum de composição múltiplo e impessoal, e resgatando nossa própria infinitude e coletividade constitutivas. Deixando passar tais intensidades advindas desses encontros fissurados, fomos acompanhando algumas possibilidades minúsculas de reinvenção e composição de uma clínica que não busca se afirmar como uma nova identidade e se quer minúscula em contraposição às grandezas do hospital, da ciência e das políticas. Logo, afirmamos uma ética que se faz a cada novo encontro, singular e imanente. Tal ética da vida e da clínica abre espaço para valorização de uma vida intensiva, e não somente orgânica, a ser preservada, potencializada e expandida. / In this research, we aim to discuss the clinic and the body in the hospital, specifically in the Neonatal Intensive Care Unit. Based on the clinical experience as a psychologist in a women's hospital, we walked down the institutions and affection in this space. Firstly, we brought back the history of the hospital, and clinic, in its modern and contemporary settings while curing technology, guided by medicine and permeated by disciplinary organization. In this space, we see emerging an organic and individualized body, to be viewed and manipulated. Also we returned the childhood and family constitutions in this period, in which the baby becomes a target of cares and the family, an instrument for improvement of biopower. Arise, in this context, the childhood and familial feelings, as well as motherhood as a form of first and only care, confirming the privatized and intimate subjectivities. From the interface between these two institutions, hospital and family, we realize these biopolitics improvements in the modes of caring and healing in the Neonatal ICU. At the meeting with the advanced technologies and policies of humanization, we noted the paradox that arises in the act of producing standards of health and concomitantly welcome the singularities of daily encounters in a space that is dedicated to saving newcomers lives and already crossed the danger of dissolution, premature. So what questions to us in this research is how to happen the lines of escape, breaks of these homogenizing and generalizing modes of producing health in the hospital. The question is about the body and clinic potency in front of the institutionalization and meanings established. Although the resignation and modeling, build up singular and microscopic strategies to escape, to question and to produce other ways of life, from of the concerns felt in the body. For this purpose, we affirm a methodology that takes the body and its affections as drivers of knowledge production. Body and mind come together to build a cartography of clinical processes in the Neonatal ICU, recovering the sensitivity cleaned by rationality and the plane of expression, of the production of senses. Through fragments of field diaries, put in analysis the way the meetings take place in this space, trying to follow and create lines of escape and differentiation. During this course, we realized that the meetings with the premature baby, fragile and miniaturized aroused in us work and family a sense of childhood, rescue of the sensitivity plan suppressed in adult-man way. Thus, opened up gaps for the unexpected, not calculated, even though many of saving investments and expectations to form a promising adult have returned for this baby. Since then, these affections, we connected us with our own fragilities while not knowing clinicians, insufficient parents or non-functional babies, into a common plan of multiple composition and impersonal, and rescuing our infinity and collectivity constitutive. Passing up such intensities that come from these meetings fissured, we were following some tiny possibility of reinvention and composition of a clinic that does not seek to assert themselves as a new identity and want to be tiny in contrast to the grandeur of the hospital, science and policy. Therefore, we affirm an ethic that builds up with each new encounter, singular and immanent. This ethic of life and clinical open space for recovery of an intensive life, not just organic, to be preserved, potentialized and expanded.
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Proposta de aprendizagem de bebês em atividades aquáticasVinagre, Nelson Alexandre Campos January 2002 (has links)
Este estudo teve como propósito refletir acerca dos efeitos motores e comportamentais que as Vivências Aquáticas para Bebês poderiam provocar em seus participantes. As publicações sobre a primeira infância apresentam uma tendência a tratar o desenvolvimento infantil predominantemente sobre aspectos biológicos, desconsiderando a relevância das relações intra e interpessoais e com o meio. Pouco se tem publicado sobre os processos pedagógicos lúdicos na água, onde se intenciona trazer a tona os prazeres e desprazeres dos participantes. O propósito inicial era saber dos efeitos motivacionais que poderiam ser trabalhados no meio aquático, através de estratégias de intervenção pedagógica. Foi um desafio encontrar um caminho para organizar as informações que o estudo se propunha, por entender-se que o tema é polêmico e requer investigação científica na construção deste conhecimento, já que há um aumento na prática de atividades aquáticas com bebês que gera em alguns casos expectativa de se iniciar cada vez mais cedo. A metodologia utilizada configurou-se como qualitativa, optando-se pela pesquisa descritiva, considerada como o método que melhor se ajustava ao estudo em questão. Contou com seis participantes, formados pelo bebê e seu(s) cuidador(es), que em todos os casos tratava-se do pai ou da mãe (pais-bebê). Os instrumentos utilizados na coleta de informações foram: a observação; registro fotográfico; registro em video-tape; a análise de documentários gravados em vídeo; e a entrevista. A análise e interpretação das informações foram realizadas a partir de cinco categorias que surgiram das entrevistas e depoimentos cedidos pelos pais. São elas: “A motivação de buscar as Vivências Aquáticas para Bebês”; “O Meio e as Atividades Aquáticas”; “Reações Comportamentais e Motoras”; “Processo de Aprendizagem”; “Relações de Dependência e Autonomia”. O estudo põe em evidência que esta estratégia pedagógica de intervenção pela via corporal no meio aquático, que utilizou como âncora pedagógica atividades lúdicas e de sensibilização, serviu de alavanca para desencadear o processo de maturação biológica e comportamental dos participantes do estudo, demonstrando que a idade cronológica não é fator limitador no processo de desenvolvimento dos bebês no meio aquático. / This study aimed at evaluating the motor and behavioral effects of aquatic experiences over its participants. The available literature about early infancy tends to focus on biological aspects and neglects the relevance of personal interaction among group members as well as the interaction between the group and the water environment. Very little material has been published on ludic, pedagogic procedures in the water which analyzes likes and dislikes of participants. The basic purpose was to investigate the motivational effects that could be used in the water environment by means of pedagogic intervenience strategies. Finding a way to organize all the information collected was a challenging task since this is an issue which raises controversy and requires scientific investigation in order to build such know-how, not to mention the increased demand in aquatic activities with babies which sometimes leads to the expectation of getting started earlier and earlier. A qualitative methodology and descriptive approach were judged to be the most appropriate for this study. Six babies with their respective keepers took part in the experiment. For each baby the keeper was always a parent. In order to collect information the following were used: observation; photographic record; video-tape recording; analysis of video-taped documentaries; and an interview. The analysis and interpretation of information were performed with basis on five categories defined by the interview and parents’ statements. Namely: “Motivation to pursue aquatic experiences for babies”; “The environment and aquatic activities”; “Behavioral and motor reactions”; “Learning process”; “Dependence and autonomy relations”. The study makes evident the fact that this pedagogical strategy, based on physical activity in the water environment which used ludic and sensitivity development activities as a pedagogical approach, triggers the process of biological and behavioral maturation of participants and demonstrates that chronological age is not a limiting factor in the process of development of babies in the water environment.
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O desenvolvimento motor de bebês em creches: um olhar sobre diferentes contextosSchobert, Lucila January 2008 (has links)
O objetivo deste estudo desenvolvimental, de delineamento transversal, foi investigar a relação entre o desenvolvimento motor de bebês, que freqüentam creches, entre seis a dezoito meses, e as características ambientais das famílias e das creches de Erechim/RS. Verificou, também, o desenvolvimento motor dos bebês, o contexto familiar, as oportunidades de estimulação do comportamento motor no lar e as características do contexto e cuidados oferecidos nas creches. Os participantes foram 52 bebês, de 9 creches (4 públicas e 5 particulares). Os instrumentos avaliativos foram: a $OEHUWD ,QIDQW 0RWRU VFDOH $,06 para o desenvolvimento motor, o $IIRUGDQFHV LQ WKH +RPH (QYLURQPHQW IRU 0RWRU 'HYHORSPHQW $+(0' para o contexto familiar - geral e oportunidades de estimulação, e ficha de observação da rotina da creche para contexto e os cuidados oferecidos. A análise dos dados quantitativos utilizou a estatística descritiva e o teste de Kolmogorov-Srminov para a distribuição das variáveis, teste de correlação intraclasse para teste-reteste, correlação de Pearson para objetividade e associações. Na comparação entre grupos independentes o teste t- Student (normalidade da distribuição) e Mann Whitney (não paramétricos). Na comparação de três grupos Kruskal-Walls (grupos pequenos). Para análises bivariadas, o teste Qui quadrado de Pearson.Os dados sobre o contexto e cuidados nas creches foram agrupados e analisados descritivamente. A análise do desenvolvimento motor revelou que 50% (n=26) dos bebês participantes apresentaram desempenho motor suspeito de atraso ou atrasado. A investigação de fatores correlacionados mostrou que a renda familiar e o gênero não influenciaram o desempenho dos bebês. A escolaridade paterna indicou correlação com o desempenho motor dos bebês. As oportunidades de estimulação do comportamento motor no lar, foram suficientes em 80,8% (n=42) das casas. A relação entre contexto familiar e desempenho motor indicou que bebês cujas famílias possuíam oportunidades de estimulação suficientes apresentavam melhor desempenho motor. Quanto às creches detectou-se que bebês das particulares tenderam a apresentar melhor desempenho motor que os das creches públicas. E que a proporção de bebês com desempenho suspeito ou atraso detectado é superior nas creches públicas. O tempo que o bebê freqüenta a creche não influenciou o desempenho motor. O contexto e os cuidados incluem profissionais com formação em educação.A proporção cuidador/bebê não é adequada e gera sobrecarga de trabalho e pouca atenção individualizada. A oferta, disponibilidade de brinquedos, oportunidades de brincar e as instalações podem ser melhoradas. A ênfase dos cuidados inclui aspectos pedagógicos parcialmente. As necessidades essenciais são atendidas, mas sugere-se que sejam oportunizadas experiências, interações e práticas para o desenvolvimento dos bebês. / The aim of this developing study, of transversal sketch, was investigate the relation between development of babies that attend to nurseries, between six and eighteen months, and the environmental characteristic of the families and the nurseries in the city of Erechim/RS. It was also verified, the babies’ motor development, the familiar structure, the opportunities of stimulation of motor behavior at home and the characteristics of the structure and the cares offered at the nurseries. The participants were 52 babies, from 9 nurseries (4 public and 5 private). The testing instruments were: the $OEHUWD ,QIDQW PRWRU VFDOH $,06 to motor development, $IIRUGDQFHV LQ WKH KRPH (QYLURQPHQW IRU PRWRU GHYHORSPHQW $+(0' to familiar structure – general opportunities of stimulation, and a daily observation form of the nursery to the context and offered cares. The analysis of quantitative data used the descriptive statistics and the test of Kolmogorov-Srminov to the distribution of the variables, test of intraclass correlation to test-retest, correlation of Pearson to objectivity and associations. At the comparison between independent groups the t-Student test (normality of distribution) and Mann Whitney (non-parametric). At the comparison of three Kruskall-Walls groups (small groups). To bivariable the qui square test of Pearson. The data about the context and cares of nurseries of gathered in groups and analyzed in a descriptive way. The analysis of motor development exposed that 50% (n=26) of the participant babies showed suspitions of delay or delay. The investigations of the factors correlated showed that the familiar income and the genre didn’t influence the babies’ performance. The paternal scholar level indicated correlation to the babies’ motor performance. The opportunity of motor behavior at home, were enough in 80,8% (n=42) of homes. The relation between the familiar context and motor development indicated that babies whose families had opportunities of enough stimulations showed better motor performance. Referring to the nurseries it was detected that the babies of private ones tended to show batter modern performance than those of public ones. The rate with suspect or backward detected performance is higher of the public nurseries. The time that the baby attends to the nursery didn’t influence the motor performance. The context end the cares include professional with graduation in education. The proportion caretaker-baby isn’t adequate and generate overload of work and little individualized attention. The offer, disponibility of toys, opportunities of playing and the installments can be improved. The emphasis of cares include pedagogical aspects in a biased way. The essential needs are considered, but it is recommended that be opportunized experiences, interactions and practice to the development of the baby.
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Transição para a parentalidade no contexto de cardiopatia congênita do bebêKruel, Cristina Saling January 2008 (has links)
O presente estudo teve como objetivo investigar o processo de transição para a parentalidade no contexto de cardiopatia congênita do bebê. Participaram do estudo quatro casais, pais de crianças que nasceram com malformação cardíaca, que estavam acompanhando seus filhos durante a internação em Unidade de Tratamento Intensivo. Foi utilizado delineamento de estudo de casos coletivo e a coleta de dados foi feita através de uma entrevista individual com a mãe e com o pai sobre os primeiros momentos após o nascimento do bebê com malformação e a experiência da maternidade e da paternidade, respectivamente. Os dados foram analisados segundo os pressupostos da análise de conteúdo qualitativa. Os resultados do estudo indicaram que a notícia da malformação cardíaca do bebê interfere no processo de parentalização de maneira profunda. Destacou-se a intensa preocupação das mães com a sobrevivência dos bebês, evidenciada através de uma dedicação exclusiva a eles. Já os pais demonstram-se muito envolvidos com seus filhos, assumindo também a tarefa de proteger as mães. / The present study aimed to investigate the transition process to parenthood in the context of congenital heart disease. Four couples, whose children were born with heart malformation, took part in the study. They all stayed with their children when they were in an Intensive Care Unit. A collective-case study design was used and data were collected through an individual interview with mothers and fathers on the first moments after giving birth to a child with malformation, and the experience of motherhood and fatherhood, respectively, in the context of heart malformation. Data were analyzed through qualitative content analysis. The results indicated that the diagnosis of heart malformation interferes in the parentalization process in a very intense way. Mothers were extremely concerned about the infant's survival and very dedicated to him/her. Besides being very involved, fathers also assumed the task of protecting mothers.
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“Mas os bebês fazem o quê no berçário, heim?” : documentando ações de comunicação, autonomia e saber-fazer de crianças de 6 a 14 meses em contextos de vida coletivaFochi, Paulo Sergio January 2013 (has links)
Este estudo se ocupou em investigar sobre quais ações dos bebês com idade entre 06 e 14 meses emergiam de suas experiências com o mundo em contextos de vida coletiva. A partir desta pergunta, também se procurou discutir sobre como as ações dos bebês problematizam o professor desta faixa etária e de que forma se pode pensar no conhecimento pedagógico diante deste cenário. A Pedagogia nesta pesquisa é o campo de conhecimento escolhido e, em virtude disso, utilizou-se como metodologia a abordagem da documentação pedagógica de Loris Malaguzzi e de seus interlocutores. Além destes, Emmi Pikler, suas companheiras de trabalho e também Jerome Bruner compõem o quadro teórico deste estudo. Ações de comunicar, ações autônomas e ações de saber-fazer foram aquelas reveladas ao longo do trabalho através de histórias narradas e mini-histórias. / Este estudio se ocupó de investigar cuales las acciones de los bebes con edad entre los 06 y 14 meses emergían de sus experiencias con el mundo en contextos de vida colectiva. A partir de esa pregunta, también se buscó discutir cómo las acciones de los bebes problematizan el profesor de ese grupo de edad y de qué forma se puede pensar en el conocimiento pedagógico ante este escenario. La Pedagogía en esta pesquisa es el campo del conocimiento escogido y, por eso, se utilizó como metodología el enfoque de la documentación pedagógica de Loris Malaguzzi y de sus interlocutores. Además de esos, Emmi Pikler, sus compañeras de trabajo y también Jerome Bruner constituyen el marco teórico de este estudio. Acciones de comunicar, acciones autónomas y acciones de saber-hacer fueron aquellas reveladas a lo largo del trabajo a través de las historias narradas y mini-historias.
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Materiais potencializadores e os bebês-potência : possibilidades de experiências sensoriais e sensíveis no contexto de um berçárioMallmann, Elisete January 2015 (has links)
A presente Dissertação de Mestrado investiga os modos como um grupo de bebês de sete a vinte e seis meses de idade, de um berçário de uma escola Pública de Educação Infantil no interior do Rio Grande do Sul, se relaciona com diferentes materiais, denominados nesta pesquisa como Materiais Potencializadores. Tais materiais foram organizados à base de produtos naturais e/ou de alimentos, bem como daquilo que é descartado. Em virtude da diversidade de formatos, texturas, cores, cheiros e sabores, nesta investigação eles são compreendidos como ferramentas que prolongam, medeiam, integram e ampliam as interações estabelecidas pelos bebês que, ao se relacionarem com essas múltiplas possibilidades, elaboram suas percepções e sensações acerca do mundo que os rodeia. A pesquisa buscou compreender os modos como os bebês exploram os Materiais Potencializadores, como o tempo e os espaços interferem nas relações estabelecidas a partir desse contato e como essas relações contribuem para o estabelecimento das interações entre os bebês. Num primeiro momento, a investigação se deteve na observação do contexto investigado para, dessa forma organizar e desenvolver experiências de aprendizagens pensadas para e com os bebês. Esta pesquisa se aproxima da abordagem da pesquisa-intervenção, na medida em que crianças e pesquisadora caminharam juntas. As ferramentas que contribuíram para a coleta e análise dos dados se sustentaram na observação participante, no diário de bordo, nos registros fotográficos e de vídeos. Os pressupostos teórico-metodológicos se apoiaram nos estudos da Sociologia da Infância, inspirando-se nas ideias de Corsaro (1997); Sarmento (2004); Barbosa (2014); Hoyelos (2006); Goldshmiedt e Jackson (2006); Holm (2007); Duarte Jr. (2010); Pillotto (2007); Zordan (2014); Dornelles (2005), entre outros. As análises realizadas nesta investigação auxiliam na compreensão da potência dos bebês no que diz respeito às suas possibilidades e pré-disposição em se relacionarem tanto com os Materiais Potencializadores planejados e oferecidos quanto com os que despertavam seus interesses. Dessa forma, demonstram que os modos como os bebês compreendem o tempo e espaço para agirem sobre o mundo que os circundam difere — muitas vezes, consideravelmente — das expectativas dos adultos, as quais estão intimamente ligadas a regras e normatizações do cotidiano dos berçários. Observei ainda que as relações estabelecidas no contato com os Materiais Potencializadores possibilitaram a ampliação das experiências sensoriais e sensíveis nos bebês, na medida em que foram construídas a partir de uma atenção para o sensorial, o sensível. Esse fato possibilitou constituírem seus conhecimentos, passando a compartilhá-los entre eles e com os adultos, ampliando decisivamente suas interações. As reflexões apresentadas nesta Dissertação de Mestrado, desenvolvida a partir do Programa de Pós-Graduação em Educação, pela Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, apoiada na linha de pesquisa dos Estudos Sobre Infâncias, auxiliam na compreensão do Bebê-Potência, diante das múltiplas relações e percepções que estabelecem ao interagirem com a diversidade oferecida pelos Materiais Potencializadores que passaram a constituir os espaços do berçário investigado. / This Master’s Degree thesis investigates how a group of babies, age ranging from seven to twenty-six months, from a nursery school in the Public Children Education System, in the countryside of Rio Grande do Sul – Brazil, relates to various materials, here designated as Potentializing Materials. These materials were made from natural products and/or foods, as well as from discarded materials. Due to their variety of shapes, textures, colors, odors and flavors, in this investigation they were seen as tools that extend, mediate, integrate and broaden the interactions established by the babies, who perceive and feel the world that surrounds them by relating to these multiple possibilities. This study attempts to understand the ways these babies explore the Potentializing Materials, and how time and spaces interfere in the relationships established with this contact, and how these relationships contribute to establishing an interaction among the babies. Firstly, the investigation focused on observing the setting studied, and subsequently on organizing and developing learning experiments, thought for and with the babies. This research presents the intervention-research approach, as children and researcher followed a path together. The tools for data collection and analyses were based on participating observation, journals, photographic records and videos. The theoretical-methodological assumptions were supported by the studies of the Sociology of Childhood, based on the ideas of Corsaro (1997); Sarmento (2004); Barbosa (2014); Hoyelos (2006); Goldshmiedt and Jackson (2006); Holm (2007); Duarte Jr. (2010); Pillotto (2007); Zordan (2014); Dornelles (2005), among others. The analyses carried out help to understand the babies’ potential concerning their possibilities and predisposition to relate with both the Potentializing Materials designed and offered, and with those that aroused their interest. Thus, they showed that the ways babies comprehend time and space to act towards the world surrounding them differs – quite often and considerably – from the expectations of the adults, which are closely connected to rules and standardization of daily life in nursery schools. Furthermore, it was observed that relationships established upon contact with the Potentializing Materials enable the broadening of sensory experiences, once they were designed with a focus on the senses. This allowed them to build knowledge, which they shared with one another and with the adults, thus decisively broadening their interactions. The reflections presented in this Master’s thesis, developed in the Graduate Program of Education at the School of Education in Universidade Federal do Rio Grande do Sul, based on researches of Studies on Childhood, contribute to the babies’ “artist” actions, as well as to helping in understanding the Potentiality-Baby before multiple relationships and perceptions established when interacting with the diversity provided by the Potentializing Materials, that came to constitute the spaces of the nursery school investigated.
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Do cuidado com o bebê ao cuidado com o educador : enlaces com o corpo e com a educaçãoWiles, Jamille Mateus January 2017 (has links)
Este trabalho se situa nas fronteiras entre psicanálise e educação. A pesquisa foi construída a partir da experiência de acompanhamento de educadoras e bebês em instituições de educação infantil e do trabalho com psicologia escolar. Nessa experiência, o olhar sobre o cuidado, inicialmente dirigido ao bebê, foi apontando para dois outros cuidados: o cuidado/sustentação ao cuidado que o educador presta ao bebê e, especialmente, o cuidado dirigido ao educador. A Metodologia IRDI constituiu-se como um importante disparador que possibilitou expandir o olhar do desenvolvimento e constituição psíquica dos bebês, no laço com suas educadoras, para um olhar dirigido também ao cuidado daquelas que deles cuidavam. Além da Metodologia IRDI, foi base metodológica a proposta da psicanálise implicada. Nessa experiência, para além do cuidado, duas outras dimensões se destacaram: a do corpo e a da educação. Na interlocução do cuidado ao corpo, refletiu-se sobre o processo constitutivo do bebê na relação com seus pais e educadores. Buscou-se, ainda, refletir sobre os impasses do educador no trabalho com o bebê, trabalho que implica em um encontro direto com o corpo da criança. Já no enlace do cuidado à educação, a partir de um histórico que perpassou por concepções assistencialistas ou pedagógico-tecnicistas sobre a função da educação infantil, apostou-se em uma articulação entre as funções cuidar e educar. Cuidado e educação, nesse sentido, transmitem marcas simbólicas que inserem o sujeito na cultura e na linguagem. Sobre um possível trabalho de sustentação do cuidado que o educador presta ao bebê, surgiu o ajudar o educador a olhar para o bebê em suas particularidades, especialmente em situações de entraves ao desenvolvimento e constituição psíquica de bebês acompanhados. Já como proposta de cuidado com o cuidador-educador, destacaram-se como possibilidades o cuidado como presença implicada-reservada, o cuidado da experiência e o cuidado de si. / This work is situated on the frontiers between psychoanalysis and education. The research was built from the experience with attendance of educators and infants in early childhood education institutions and from the work with school psychology. In this experience, the gaze on care, initially addressed to the baby, was pointed to two additional cares: the care / support to the care that the educator gives the baby and, especially, the care directed to the educator. The IRDI Methodology was an important trigger that allowed to expand the look directed the development and psychic constitution of the babies, in the tie with their educators, for a look directed also to the e own professionals‟ care. The proposal of implicated psychoanalysis was also basis. In this experience, in addition to care, two other dimensions stood out: the body and the education. In the interlocution of the care to the body, it was reflected in the baby‟s constitutive process in the relation with his parents and educators. It was also sought to reflect on the impasses of the educator in the work with the baby, work that implies a direct encounter with the child‟s body. Already in the educational and care link, with a history that went through assistance or pedagogical-technical conceptions about the function of early childhood education, a focus was placed on an articulation between to care and educate. Care and education, therefore, convey symbolic marks that insert the subject in culture and language. On a possible work of support of the care that the educator provides to the baby, appeared the help the educator to look at the baby in his particularities, especially in situations of obstacles to the development and psychic constitution of accompanied babies. Already as a proposal of care with the caregiver-educator, were highlighted the possibilities the care of the implied-reserved presence, the care of the experience and the care of themselves .
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Bebês em suas experiências primeiras : perspectivas para uma escola da infânciaVargas, Gardia Maria Santos de January 2014 (has links)
A presente tese aborda a educação desde uma perspectiva que remete à responsabili - dade que assumimos por esse mundo em que vivemos, tendo em vista os novos seres que a ele chegam. O estudo aborda questões ligadas aos bebês de zero a dois anos de idade, centrando a investigação nas experiências primeiras deles em espaços de vida coletiva. Como questão norteadora do trabalho tenho que a educação é relação humana, é viver e estar com o outro. Nessa perspectiva, o estudo interroga quais aspectos envolvem uma educação para a formação humana, que se preocupe com o viver coletivo dos seres humanos na contemporaneidade, além de indagar sobre o que compõe a experiência educativa dos bebês na relação com o outro e nas suas ações significantes na escola de Educação Infantil. As reflexões e interpretações deste trabalho estão subsidiadas por um aporte filosófico, em um diálogo entre Merleau-Ponty, Hannah Arendt, Humberto Maturana, Francisco Varela e Walter Kohan, além de contribuições advindas da Sociologia da Infância. Os conceitos que sustentam a discussão estão baseados numa visão fenomenológica de ciência e humanidade, observando-se os fenômenos a partir de uma experiência em primeira pessoa. Nesse sentido, o estudo se desenvolveu pela interpretação das experiências que emergiram entre os bebês, suas educadoras e a pesquisadora, numa pesquisa de cunho etnográfico/interventivo e foi realizada na escola de educação infantil Baby House em Porto Alegre. Pelos conceitos de experiência, corporeidade, espaço-temporalidade, acolhida e hospitalidade, o trabalho indica perspectivas para a Escola da Infância, apontando a necessidade do campo da Educação em pensar uma pedagogia voltada ao acolhimento hospitaleiro desse novo Ser recém-chegado, uma prática interessada nos sujeitos, responsável pela unicidade de cada ser humano. Com o nascimento, o Ser que chega ao mundo toma uma inciativa e rompe com uma continuidade do tempo. Educar a infância necessita fugir do óbvio, do comum, do estabelecido. É necessário pensar na complexidade que envolve a ação dos seres no mundo, com base no princípio de que a condição humana se encontra na formulação explícita das ideias de início, começo e novidade. Desta forma, a infância, muito além de uma etapa da vida é, na realidade, condição da experiência humana. A educação que se proponha a receber e acolher os novos seres que chegam ao mundo precisa de uma abertura, precisa ser vista como uma radical novidade, como formação humana. / This thesis covers education from a perspective that highlights our social responsibility for the world we live in, taking into account each newcomer individual. The study addresses issues related to babies aged zero to two years of age and focuses on their earliest experiences in collective spaces. My work's guiding force establishes education as human relationship; it is living and being with each other. Therefore, the study not only questions which aspects involve education specifically tailored to human development and those concerning social collective life in contemporary times, but it also investigates what surrounds the educational experience of infants in relation to others and to their significant actions in Early Childhood Education. The reflections and interpretations herein discussed are sustained by philosophical contributions, such as Merleau-Ponty, Arendt, Humberto Maturana, Francisco Varela, and Walter Kohan dialogues; as well as those arising from Sociology of Childhood. The concepts that underpin the discussion and observation are based on a phenomenological view of science and humanity, and consists of a first-person experience. In this sense, the study was developed by interpreting experiences observed among babies, their teachers, and the researcher during an ethnographic/interventional research, conducted at Baby House, an early childhood school located in Porto Alegre. Based on experience, corporeality, temporalityspace, welcome and hospitality, the work proposes a new perspective on early childhood education, stressing how significant Education is when geared towards pedagogy potentially responsible for the uniqueness of each human being and that welcomes such newcomer Individuals. Upon birth, those who come into the world take the initiative to break away from time continuity. Early childhood education requires breaking away from truism, ordinariness, and pre-established concepts. It is necessary to consider the complexity involved in human action throughout the world, based on the principle that human status is the explicit formulation of concepts concerning commencement, novelty, and new beginnings. Thus, childhood truly is, far beyond a stage of life, a condition of human experience. Education that proposes to receive and welcome new beings must be accepted; it must be seen as a radical novelty and contributor to human formation. / La presente tesis trata la educación desde una perspectiva que nos conduce a la responsabilidad por este mundo en que vivimos, teniendo en cuenta los nuevos seres que a él llegan. El estudio toca cuestiones relativas a los bebés de cero a dos años de edad, enfocando la investigación en sus primeras experiencias en espacios de vida colectiva. Como cuestión guía del trabajo, tengo que la educación es relación humana, es vivir y estar con el otro. En esta perspectiva el estudio interroga cuales aspectos son parte de una educación para formación humana, que se preocupe con el vivir colectivo de los seres humanos en la contemporaneidad. Además, se pregunta qué es parte integrante de la experiencia educativa de los bebés en la relación con el otro y en sus acciones significativas en la Escuela de Educación Infantil. Las reflexiones e interpretaciones de este trabajo están basadas en un aporte filosófico, en un diálogo entre Merleau-Ponty, Hannah Arendt, Humberto Maturana, Francisco Varela y Walter Kohan, y también por contribuciones traídas de las Sociología de la Infancia. Los conceptos que sostienen la discusión están basados en una visión fenomenológica de ciencia y humanidad, donde los fenómenos se observan desde una experiencia en primera persona. En ese sentido, el estudio se ha desarrollado a través de la interpretación de las experiencias que emergieron entre los bebés, sus educadoras y la investigadora, en una investigación de tipo etnográfico/ interventor y fue realizada en la escuela de educación infantil Baby House, en Porto Alegre. A través de los conceptos de experiencia, corporeidad, espacio temporalidad, acogida y hospitalidad, el trabajo muestra perspectivas para la escuela de la infancia, señalando la necesidad para el área de la Educación de pensar en una pedagogía volcada hacia el acogimiento hospitalero de ese nuevo Ser apenas llegado, una práctica interesada en los sujetos, responsable por la unicidad de cada ser humano. Con el nacimiento, el Ser que llega al mundo asume una actitud que rompe con una continuidad del tiempo. Educar la infancia necesita huir de la obviedad, de lo común, de lo establecido. Es necesario pensar en la complejidad de la acción de los seres en el mundo, basado en el principio de que la condición humana está en la formulación explícita de las ideas de inicio, comienzo y novedad. Así la infancia, más allá de ser una etapa de la vida, es, en realidad, condición de la experiencia humana. La educación que se proponga a recibir y acoger los nuevos seres que llegan al mundo necesita apertura, necesita que la miren como una radical novedad, como formación humana.
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