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Expressão da P-gp, MPR1 e LRP em células-tronco mesenquimais humanas derivadas do líquido amniótico e medula óssea / P-gp, MRP1 and LRP expression in human amniotic fluid and bone marrow derived mesenchymal stem cells

Romão, Carolina Martinez 28 June 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: O fenótipo de resistência a drogas é caracterizado pela superexpressão das proteínas da família ABC (ATP-Binding Cassette). A Pglicoproteína (P-gp), codificada pelo gene ABCB1, é uma das bombas de efluxo mais estudadas, como agente interferente no tratamento de diversos tipos de câncer, seguida pela proteína MRP1 (Multidrug Resistance-related Protein 1), transcrita pelo gene ABCC1. Estudos recentes relacionaram a atuação da proteína LRP (Lung Resistance Protein) a estas bombas, devido sua alta expressão em tumores com fenótipo resistente. Em contrapartida, estes transportadores também exercem funções fisiológicas contra metabólitos, compostos citotóxicos e teratogênicos, em diversos tecidos normais como rins, fígado, intestino e célulastronco. As proteínas ABC são consideradas marcadores específicos das célulastronco hematopoiéticas, porém, ainda são pouco descritas nas células-tronco mesenquimais (CTM). A medula óssea (MO) é a fonte mais bem descrita de CTM adultas, cujas propriedades são conhecidas e utilizadas na aplicação clínica. Entretanto, recentemente células-tronco de origem fetal têm criado expectativas e o líquido amniótico (LA) apontado como fonte promissora deste tipo celular, que por sua vez, é pouco estudada acerca da atuação das bombas ABC. Sendo assim, o presente estudo visou caracterizar a expressão da P-gp, MRP1 e LRP em célulastronco mesenquimais humanas do líquido amniótico e medula óssea. MÉTODOS: Foram isoladas CTM de amostras do LA e MO, caracterizadas através de citometria de fluxo, ensaios de diferenciação em tecidos mesenquimais in vitro e expressão dos genes de indiferenciação Oct-4 e Nanog por RT-PCR. Verificou-se também a presença da P-gp através da técnica de imunocitoquímica e a sua resistência frente a diferentes concentrações de doxorrubicina (DOX) através do ensaio de MTT, foram utilizadas como controles as células MES-SA e MES-DX (sarcoma uterino respectivamente sensível e sua variante resistente à DOX). Para avaliar o funcionamento da P-gp, foi feito ensaio de exclusão do corante Rhodamina 123 (Rh 123) por meio de citometria de fluxo, com ou sem bloqueio da P-gp utilizando verapamil. E por fim, foi verificada a expressão dos genes ABCB1/ABCC1/LRP por meio de PCR em tempo real, nas amostras pré e pós-diferenciações adipogênica, osteogênica e condrogênica. RESULTADOS: As CTM, tanto da MO quanto do LA, exibiram respostas semelhantes às células resistentes MES-DX e expressam a Pgp de forma homogênea nas suas populações. O ensaio de exclusão da Rh 123 demonstrou dinâmicas de efluxo do corante semelhantes entre as células-tronco do LA e as MES-DX, com e sem a presença de verapamil. No entanto, as células da MO apresentaram efluxo crescente e não responderam ao bloqueador verapamil como as outras linhagens. A distribuição da expressão gênica, o ABCB1 se mostrou menor que a do LRP nas amostras de LA indiferenciadas. No entanto a expressão do ABCB1 nas amostras de LA foi maior em comparação às amostras de MO indiferenciadas. Não houve seignificância estatística na comparação da expressão gênica antes e depois das diferenciações adipogênica e osteogênica. CONCLUSÃO: As CTM são resistentes ao quimioterápico doxorrubicina, mas, possuem baixa expressão do ABCB1. Portanto, as CTM podem possuir outro mecanismo, como a MRP1 e LRP, atuando no mecanismo de resistência à DOX, além da P-gp / BACKGROUND: The drug resistance phenotype is characterized by ABC (ATPBinding Cassette) family proteins overexpression. The P-glycoprotein (P-gp) codified by ABCB1 gene is one of the most studied efflux pumps such as interfering agent in cancer treatment followed by MRP1 (Multidrug Resistance-related protein 1) transcribed by ABCC1 gene. Recent studies have linked the LRP (Lung Resistance Protein) to these pumps activities because of its high expression in resistant cancers. Though these transporters also have physiological functions against metabolites, cytotoxic and teratogenic compounds in normal tissues as kidneys, liver, intestine and stem cells. ABC proteins are considered hematopoietic stem cells specific markers but are poorly described in mesenchymal stem cells (MSC). Bone marrow (BM) is the best characterized adult MSC source its properties are well known and used in clinical application. However recently fetal stem cells has raised expectations and amniotic fluid (AF) is a promising source of this cell type which in turn is scarce regarding about presence and activity of the ABC pumps. The aim of this study was characterize the P-gp, MRP1 and LRP expression in human mesenchymal stem cells from amniotic fluid and bone marrow. METHODS: Mesenchymal stem cells were isolated from AF and BM and characterized by flow cytometry, in vitro mesenchymal differentiation assays, Oct-4 and Nanog genes expression by RT-PCR. The P-gp presence were found over immunocytochemical technique and its activity against different concentrations of doxorubicin (DOX) by MTT assay which were used as control cells MES-DX and MES-SA (uterine sarcoma respectively resistant and susceptible to DOX). The P-gp was evaluated in Rhodamine 123 (Rh 123) dye exclusion through flow cytometry with or without blocking P-gp from verapamil. Finally was observed ABCB1/ABCC1/LRP genes expression by real time PCR after and before adipogenic, osteogenic and chondrogenic differentiation. RESULTS: BM and AF MSC showed the same response of the DOX resistant cells MES-DX and express P-gp homogeneously though their populations. The Rh 123 dye exclusion assay demonstrated that the AF stem cells efflux dynamics are similar to the MES-DX with and without the presence of verapamil. However BM MSC showed crescent efflux and no response to verapamil as the other cells. The ABCB1 gene was less expressed than LRP in undifferentiated AF MSC. No difference was found in gene expression before osteogenic and adipogenic differentiation. CONCLUSION: MSC have low expression of ABCB1 although are resistant to doxorubicin so other mechanisms such as MRP1 or LRP may be acting to these cells defense in addition to P-gp
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Estudo morfológico e por citogenética da medula óssea de portadores de síndrome mielodisplásica secundária no Serviço de Hematologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo / Morphological and cytogenetic bone marrow studies in patients with secondary myelodysplastic syndrome diagnosed at Department of Hematology of Clinical Hospital of São Paulo Medical School

Tanizawa, Roberta Sandra da Silva 09 September 2010 (has links)
As Síndromes mielodisplásicas (SMD) são doenças clonais da célula progenitora hematopoética, cursando com citopenias, medula óssea displástica e tendência à evolução para leucemia. As SMD secundárias estão associadas a fatores de risco como doenças congênitas (Anemia de Fanconi), doenças hematológicas adquiridas (aplasia medular, HPN), exposição à quimioterápicos (alquilantes, inibidores de topoisomerase II) e radioterapia e substâncias químicas (benzeno, petróleo). Agentes imunossupressores associados ou não a fatores hemopoéticos particularmente utilizados para tratamento da Aplasia medular também se associam à SMD secundária. A OMS recentemente adotou o termo síndrome mielodisplásica/neoplasia mielóde (SMD/NM) relacionada à terapêutica para englobar casos de neoplasias mielóides que preencham critérios morfológicos não somente de SMD, mas também de leucemia mielóide aguda (LMA) ou neoplasias mieloproliferativas. O objetivo do trabalho foi analisar dados clínicos, morfológicos e citogenéticos de 42 portadores de SMD/NM secundária em uma coorte de pacientes diagnosticados no SH-HCFMUSP no período de 1987 a 2008. Vinte e três pacientes (54,8%) eram homens, com mediana de idade de 53,5 (4-88) anos. 45,2% eram portadores de doenças onco-hematológicas, 26,2% de anemia aplástica, 14,3% de tumores sólidos e 14,3% de outras doenças (auto-imunes e transplante de órgãos sólidos). 33% dos pacientes utilizaram exclusivamente QT, 26% combinação QT e RT, 2% RT isolada e 28% agentes imunossupressores. Cinco (11,9%) pacientes haviam sido submetidos a TCTH autólogo para tratamento de doença oncohematológica prévia. A mediana da latência entre a doença primária e a SMD secundária foi de 85 meses (23- 221 meses). Oito pacientes foram submetidos ao TCTH alogênico aparentado para tratamento da SMD secundária. Anemia, neutropenia, plaquetopenia e blastos circulantes foram observados em 64,3%, 54,8%, 78,6% e 26,2% dos casos respectivamente. Cerca de 1/3 dos aspirados medulares apresentavam hemodiluição, 29,7% apresentavam hipocelularidade global, 62,2% apresentavam contagem de blastos superior a 5% e 14,3% sideroblastos em anel acima de 15%. Displasia da série eritróide, granulocítica e megacariocítica foi observada em 79,4%, 77,1% e 68,2% dos casos respectivamente. A histologia medular realizada em 22 casos revelou hipocelularidade global, ALIPs e nódulos linfóides em 9,1%, 23,8% e 40,9% dos casos. A detecção por imunoistoquímica de células CD34>1%, CD117>1%, agrupamento de células CD34+ e de CD117+ e da proteína p53+ foi observada respectivamente em 77,2%, 82,3%, 59%, 29,4% e 33,3% dos casos. Anormalidades clonais foram observadas em 84,3% dos casos, com grande predomínio das não balanceadas (96%), sendo 37% com monossomia 7, 44,4% cariótipos complexos e 18% com outras anormalidades . A mediana de sobrevida de sobrevida global foi de 5,7 meses, pacientes submetidos ao TCTH alogênico para tratamento da SMD/NM secundária tiveram mediana de 40 meses (p=0,007). Fatores associados à pior sobrevida incluíram: doença oncohematológica prévia, baixa contagem plaquetária, elevação de DHL e ferritina, presença de células CD117+ agrupadas, imunoexpressão positiva da p53, citogenética anormal, IPSS intermediário II ou alto risco. Nenhum parâmetro estudado do aspirado medular se associou à sobrevida. Houve tendência à associação da imunoexpressão positiva de p53 a cariótipo anormal e IPSS de maior risco. Não se observou associação entre a presença de ALIP, porcentagem de blastos na morfologia medular e células CD34+ e CD117+. Estes dados reforçam a importância da análise citogenética e da imunoistoquímica da biópsia de medula óssea para diagnóstico e prognóstico das SMD secundárias e do TCTH alogênico no seu tratamento. Mais estudos com maior número de casos devem ser realizados para confirmar a importância do escore IPSS na SMD secundárias, provavelmente substituindo a porcentagem de blastos ao aspirado medular, pela presença de células precursoras detectadas por imunoistoquímica / Myelodysplastic syndromes (MDS) are clonal hematopoietic stem cell disorders, characterized by cytopenias, dysplastic bone marrow (BM) and propensity to progress to acute myeloid leukemia. Secondary MDS are associated with risk factors such as congenital disorders (Fanconis anemia), acquired bone marrow failures, exposure to chemotherapy (alkylating agents, topoisomerase II inhibitors) agents and radiation and chemicals (benzene, petroleum). Immunosuppressive agents associated with hematopoietic growth factors are also associated with secondary MDS. The WHO classification has recently adopted the term therapy-related myeloid neoplasms for cases of myeloid malignancies that fulfill morphological criteria not only for MDS but also for AML or myeloproliferative neoplasms.The aim of the study was to analyze clinical, morphological and cytogenetic features of 42 patients with secondary MDS/MN in a cohort of patients diagnosed at our institution from 1987 to 2008. 23 patients (54.8%) were male, median age 53.5 (4-88) years. 45.2% had primary hematologic malignancies, 26.2% aplastic anemia, 14.3% solid tumors and 14.3% other diseases (autoimmune diseases and solid organ transplantation). 33% had undergone chemotherapy alone, 2% RT alone, 26% both modalities and 28% immunosuppressive agents. Five (11.9%) patients had undergone autologous HSCT for treatment of previous malignancies. The median latency between the primary disease and secondary MDS/MN was 85 (23-221) months. Eight patients underwent allogeneic HSCT (allo- HSCT) for treatment of related secondary MDS. Anemia, neutropenia, thrombocytopenia and peripheral blasts were observed in 64.3%, 54.8%, 78.6% and 26.2%, respectively. BM aspirates was poorly representative in 1/3 of cases, 29.7% global hypocellularity, 62.2% more than 5% of blast counts and 14.3% more than 15% of ring sideroblasts. Dysplasia in erythroid, granulocytic and megakaryocytic series was observed in 79.4%, 77.1% and 68.2%, respectively. Twenty two BM biopsies were performed. Global hypocellularity, ALIP and lymphoid nodules were shown in 9.1%, 23.8% and 40.9%. The immunohistochemistry showed more than 1% of CD34+ and CD117+ cells, clusters of CD34+ and CD117+ and immunoexpression of p53 protein in 77.2%, 82.3%, 59%, 29.4% and 33.3%, respectively. Clonal abnormalities were observed in 84.3% of cases with high prevalence of unbalanced (96%) rearrangements. 37% showed monosomy 7 and 44.4% complex karyotypes. The median overall survival was 5.7 for all patients and 40 months for patients treated with allo-HSCT (P=0.007). Hematologic malignancies, low platelet count, serum high LDH and ferritin, detection of CD117+ clusters, positive immunoexpression of p53, abnormal cytogenetics, intermediate-II or high-risk IPSS groups were associated with poor survival. No parameter studied from bone marrow aspirate had impact in survival. p53 expression was associated to abnormal karyotype (P=0.092) and IPSS risk (P=0.054). There was no association between the presence of ALIP, BM blast counts and immunoexpression of CD34+ and CD117+. Our study shows that cytogenetic analysis and BM immunohistochemistry are very important in diagnosis and prognosis, and that allo-HSCT could improve the survival of secondary MDS/MN. More studies with larger numbers of cases should be conducted to confirm the importance of the IPSS for secondary MDS, probably replacing the bone marrow aspirate blast counts by the immunohistochemistry detection of precursor cells
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Reparo de defeito osteocondral no joelho de coelhos utilizando centrifugado de medula óssea autóloga / Repair of osteochodral defect in the knee of rabbits using autologous bone marrow centrifuged

Reiff, Rodrigo Bezerra de Menezes 08 September 2010 (has links)
A cartilagem articular, por sua natureza avascular, apresenta uma capacidade limitada de regeneração. Uma abordagem terapêutica para o tratamento de defeitos da cartilagem consiste na utilização de células ou tecidos aplicados ao local da lesão. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação de centrifugado de medula óssea autóloga em lesões osteocondrais no joelho de coelhos, em comparação com um grupo controle de lesões osteocondrais sem preenchimento, analisando o comportamento histológico destes grupos em função do tempo. Foram utilizados doze coelhos da raça Nova Zelândia, albinos, machos, adultos, submetidos a uma lesão osteocondral, de 4 mm de diâmetro e 3 mm de profundidade, em ambos os joelhos, na região da tróclea femoral. Nos joelhos direitos, que constituíram o Grupo Estudo, o defeito osteocondral foi preenchido por um coágulo de células mesenquimais, obtidas por centrifugação de um aspirado da medula óssea e selado com cola de fibrina. Nos joelhos esquerdos, que constituíram o Grupo Controle, o defeito osteocondral não recebeu qualquer preenchimento. Os animais foram divididos em três grupos de quatro coelhos, estudados após oito, 16 e 24 semanas. Os resultados foram descritos com base em uma escala de pontuação histológica que avaliou a morfologia celular, a reconstrução do osso subcondral, o aspecto da matriz, o preenchimento do defeito, a regularidade da superfície e a conexão das margens. A análise estatística foi realizada pelo Teste t-student para dados pareados na comparação entre Grupo Estudo e Grupo Controle. Para as comparações através do fator temporal, utilizou-se o Teste ANOVA one way. Com 5% de confiança, rejeitou-se a hipótese de igualdade entre os Grupos Estudo e Controle. Notou-se uma distância decrescente entre os escores dos Grupos Estudo e Controle com o aumento do tempo, bem como uma tendência crescente do valor da escala para o Grupo Controle. Concluiu-se que a aplicação de centrifugado de medula óssea em defeitos osteocondrais no joelho de coelhos mostrou melhor resultado na avaliação histológica, em comparação ao Grupo Controle. Analisando a evolução dos grupos através do tempo, houve uma aproximação de seus escores histológicos, sobretudo pelo aumento observado no Grupo Controle / The articular cartilage, due to its avascular nature, presents a limited regeneration capacity. A therapeutical approach to the treatment of cartilage defects consists of the utilization of cells or tissues applied to the lesion site. The aim of this study was to evaluate the effect of applying autologous bone marrow centrifuged in osteochondral lesions in the knees of rabbits, compared to a control group of osteochondral lesions without any filling, analyzing the behavior of these groups in terms of time. Twelve adult albino male New Zealand rabbits were used being submitted to an osteochondral lesion of 4 mm in diameter and 3 mm deep in both knees, at the femoral trochlea area. On the right knees, which comprised the Study Group, the osteochondral defect was filled by a clot of mesenchymal cells, obtained by centrifugation of an aspirate from bone marrow and sealed with fibrin glue. On the left knees, which comprised the Control Group, the osteochondral defect did not get any filling. The animals were divided into 3 groups of 4 rabbits, and studied after eight, 16 and 24 weeks. The results were described based on a histological grading scale which took into account the cell morphology, the subchondral bone reconstruction, the matrix staining, the filling of the defect, the surface regularity and the bonding of the edges. The statistical analysis was made by the t-student Test for paired data in the comparison between the Study Group and the Control Group. For the comparisons made by the time factor, it was used the ANOVA Test one way. With 5% level of confidence, the hypothesis of equality between the Study and Control Groups was rejected. It was observed a decreasing distance between scores of the Study and Control Groups as time increased, as well as an increasing tendency of the scale value for the Control Group. It was concluded that the application of autologous bone marrow centrifuged in osteochondral defects in the knees of rabbits showed better result in histological evaluation, in comparison to the Control Group. By analyzing the evolution of the groups through time, there was an approach of their histological scores, especially by the increase observed in the Control Group
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Uso intravítreo de fração mononuclear da medula óssea (FMMO) contendo células CD34+ em pacientes portadores de degeneração hereditária da retina - retinose pigmentar (RP) / Intravitreal use of bone marrow mononuclear fraction (BMMF) containing CD34+ cells in patients with hereditary retinal degeneration - retinitis pigmentosa (RP)

Arcieri, Rafael Saran 25 May 2018 (has links)
Introdução: A Retinose Pigmentar (RP) é uma doença hereditária da retina, caracterizada por perda da função visual, principalmente devido à degeneração dos fotorreceptores (bastonetes e cones). Objetivo: Avaliar os efeitos de uma única injeção intravítrea de fração mononuclear de células da medula óssea (FMMO) CD34+ em pacientes portadores de RP. Métodos: Ensaio clínico aberto, não randomizado, prospectivo, observador mascarado, no qual 20 pacientes, portadores de RP, com boa fixação ao exame de campo visual, foram incluídos. Única injeção intravítrea (IIV) de FMMO foi aplicada em apenas um dos olhos de cada paciente, enquanto que os olhos contralaterais serviram como controle e foram submetidos à injeção simulada. As avaliações incluíram: melhor acuidade visual corrigida (MAVC); campo visual estático - estratégia 30-2 (Octopus 900); microperimetria (MAIA - Center Vue) para avaliar estabilidade de fixação e sensibilidade macular; eletrorretinografia de campo total (ERG) e multifocal (mfERG) - padrão da ISCEV usando aparelho Espion E2 (Diagnosys LLC) e tomografia de coerência óptica (OCT). Os exames foram realizados antes da injeção e 4, 16, 32 e 48 semanas após. Resultados: Não houve diferença significativa na MAVC durante o seguimento. A diferença entre MAVC medida após 48 semanas e a basal foi de -0,04 ? 0,02 logMAR nos olhos tratados frente a -0,03 ? 0,01 logMAR nos controles (p=0,3898). A melhora da sensibilidade macular foi discretamente maior nos olhos com FMMO: 1,0 ? 0,5 dB do que nos olhos contralaterais: 0,2 ? 0,5 dB, mas sem significância estatística (p=0,0569). Não se observou mudança na estabilidade de fixação. A perda de desvio médio (MD) do campo visual dos olhos tratados (0,33 ? 0,70 dB) foi discretamente menor do que nos olhos controle (1,12 ? 0,58 dB) (p=0,0761). Nenhuma diferença significativa foi observada nas amplitudes e latências das respostas eletrorretinográficas durante o período avaliado. Não se verificou nenhuma complicação e nem efeito colateral após a injeção. Conclusão: A aplicação intravítrea de FMMO contendo células CD34+ mostrou-se segura em pacientes com RP. Observou-se, ainda, discreta melhora na sensibilidade macular, mas esta não foi significativa estatisticamente. Estudos futuros são necessários para esclarecer o potencial uso dessas células em distrofias retinianas. / Introduction: Retinitis pigmentosa (RP) is a hereditary disease of the retina, characterized by loss of visual function, mainly due to degeneration of the photoreceptors (rods and cones). Objective: To evaluate the effects of a single intravitreal injection of bone marrow mononuclear fraction (BMMF) containing CD34+ cells in patients with RP. Methods: Open trial, non-randomized, prospective, masked observer, in which 20 patients with RP with good fixation in visual field examination were included. Single intravitreal injection of BMMF was performed in only one eye of each patient, while the contralateral eyes served as control and underwent shaw injection. Evaluations included: best corrected visual acuity (BCVA); static visual field - strategy 30-2 (Octopus 900); microperimetry (MAIA - Center Vue) to evaluate fixation stability and macular sensitivity; full-field (ERG) and multifocal (mfERG) electroretinograms according to the ISCEV using Espion E2 (Diagnosys LLC) and optical coherence tomography (OCT). The exams were performed before the injection and 4, 16, 32 and 48 weeks after. Results: There was no significant difference in BCVA during follow-up. The difference measured in BCVA between 48 weeks and baseline was 0.04 ? 0.02 logMAR in treated eyes versus -0.03 ? 0.01 logMAR in controls (p=0.3898). The improvement in macular sensitivity was slightly higher in BMMF eyes: 1.0 ? 0.5 dB than in contralateral eyes: 0.2 ? 0.5 dB, but without statistical significance (p=0.0569). No change in fixation stability was observed. The mean deviation loss (MD) of the visual field in treated eyes (0.33 ? 0.70 dB) was slightly lower than in the control eyes (1.12 ? 0.58 dB) (p=0.0761). No significant difference was observed evaluating amplitudes and latencies of ERG and mfERG responses during the follow-up. No complications or side effects were observed after the injection. Conclusion: The intravitreal injection of BMMF containing CD34 + cells was shown to be safe in patients with RP. There was still a slight improvement in macular sensitivity, but this was not statistically significant. Future studies are needed to clarify the potential use of these cells in retinal dystrophies.
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Estudo da imunogenicidade de esquemas alternativos de vacinação contra influenza em receptores de transplante de células tronco hematopoiéticas / Study of the immunogenicity of alternative schedules of influenza vaccination in hematopoietic stem cell transplant recipients

Oliveira, Jacqueline das Graças Ferreira de 08 November 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Influenza é uma doença potencialmente grave após o transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH). A vacinação é a principal estratégia profilática, mas a resposta imune é menor do que em indivíduos saudáveis. Em geral os pacientes não respondem a vacinação nos primeiros seis meses após transplante, o que torna o período de maior vulnerabilidade. OBJETIVOS: Neste estudo avaliaram-se diferentes esquemas de vacinação contra influenza em TCTH alogênico relacionado, com imunização do doador e/ou do receptor no pré transplante. Determinou-se a resposta a vacina comparando-se as taxas de soroconversão entre os grupos de intervenção. Foram avaliados também os níveis de anticorpos considerados soroprotetores alcançados. MÉTODOS: Realizou-se ensaio clinico randomizado não cego, em população de candidatos ao TCTH e seus doadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais/BH-MG e Hospital Amaral Carvalho/Jaú-SP. Quatro grupos de pares receptor-doador receberam diferentes esquemas de imunização de influenza no pré transplante: 1- sem vacinação, 2 - vacinação do doador; 3 - vacinação do receptor e 4 - vacinação de doador e receptor. Todos os pacientes receberam vacina a partir do 6º mês após transplante. Acompanhamento sorológico do par foi realizado no pré e no dia do transplante, e nos dias 30, 60, 100, 180 e após vacina apenas para os receptores. Títulos dos anticorpos sorotipo - específicos foram determinados pela reação de inibição de hemaglutinação. Níveis 1:40 foram considerados protetores e < 1:10 negativos. Soroconversão foi definida como aumento de quatro vezes ou mais dos títulos ou aumento de <1:10 para 1:40. RESULTADOS: De 08/2007 a 02/2010 131 pares receptor-doador foram incluídos e randomizados: 38 no grupo 1, 44 no grupo 2, 40 no grupo 3 e 9 no grupo 4. Não houve diferença estatística entre os grupos com relação às características clínicas. As taxas de soroproteção basal dos receptores foram de 18%, 32,8% e 63,3% para influenza A/H1N1, A/H3N2 e B, respectivamente. A condição sorológica pré transplante dos doadores foi semelhante. As taxas de soroconversão dos doadores foram de 30,1%, 41,5% e 30,9%, respectivamente para os A/H1N1, A/H3N2 e B. Nos receptores soroconversão até o dia 30 após transplante ocorreu em 16,3% dos pacientes para o A/H1N, 14,7% para A/H3N2 e 28,7%. As médias geométricas dos títulos de anticorpos neutralizantes foram calculadas para todos os subtipos virais ao longo do tempo. Para o A/H1N1 não houve diferença dos títulos até o D180 para nenhum dos grupos. Para o A/H3N2 houve diferença nos títulos no momento do transplante (p=0,019), com maiores títulos nos grupos 2 e 3 em relação ao grupo 1 e no dia 30 (p=0,018) com menores títulos para o grupo 4 que os demais. Para o subtipo B, as diferenças entre os grupos ocorreram no dia do transplante (p=0,020) e nos dias 30 (p= 0,018) e 60 (p=0,026) com menores títulos do grupo 4 em relação aos demais. As taxas de soroconversão após a vacina do dia 180 foram de 19,7% para o A/H1N1, 18% para o A/H3N2 e 8,2% para o B. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos. CONCLUSÃO: A imunogenicidade da vacina de influenza em receptores de TCTH foi baixa. A estratégia de vacinação do doador e do receptor no pré transplante aumentou a média geométrica dos títulos protetores apenas para o subtipo A/H3N2 até o 30º pós transplante, em relação ao grupo sem vacinação / INTRODUCTION: Influenza is a potentially severe illness after hematopoietic stem cell transplantation (HSCT). Vaccination is the main prophylactic strategy, but the immune response is limited in the compromised host. Existing data support the recommendation of influenza vaccination after the 6th month of HSCT. OBJECTIVES: The study evaluated different schedules of influenza vaccination in HSCT. Recipient and/or their donors were randomized to receive influenza vaccine before transplant. The primary outcome was the comparison of serotype response between groups at baseline, 30 days and 6 months after transplantation. METHODS: A randomized, non-blind trial was conducted in patients undergoing HSCT and respective donors at Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais /BH-MG and at Hospital Amaral Carvalho/Jaú-SP. Four groups of donor and recipient pairs received different influenza immunization at least 7 days before HSCT: group 1 no vaccination, group 2 donor received a single dose of influenza vaccine; group 3 recipients received a single dose of influenza vaccine and group 4 recipients and donor received influenza vaccine. Following transplantation, all study patients were immunized with influenza vaccine at 6 months. Donor serum samples were collected at baseline (pre transplantation) and in the day of transplantation. Recipients serum samples were taken at baseline, 30, 60, 100, 180 days after transplantation, and at least 2 weeks after 6-month vaccination. The hemagglutination inhibition assay (HIA) was performed to evaluate immune response. HI antibodies titers 1:40 were considered protective. Titers < 1:10 were considered negative. Antibody response (seroresponse) was defined as the appearance or 4-fold rise in HI antibody titers after vaccination. RESULTS: From August 2007 to February 2010 131 donor and recipient pairs were included in the study: 38 pairs in group 1, 44 in the group 2 , 40 in 3 group and 9 in group 4.There were no statistically difference between the 4 groups regarding to the clinical characteristics. At baseline 18% of recipients had protective antibody levels to A/H1N1, 32.8% to A/H3N2 and 63.3% to B. Donor serological condition was similar to recipients. Seroresponse occurred in 30,1% of donors to A/H1N1, 41,5% to A/H3N2 and 30,9% to B. Seroresponse until day 30 after transplant were detected in only 16,3% of the patients for the A/H1N, 14.7% for A/H3N2 and 28.7% for B. Comparisons of geometric mean antibody concentrations was performed at baseline and day of transplantation, and also at 30, 60, 100, 180 days after HSCT e after 6 months influenza vaccine. For the A/H1N1 there was no statistically difference between groups until 180 days after HSCT. For the A/H3N2 a significant increase in geometric mean titers in the day of transplantation (p=0,019) was observed in groups 2 and 3 in relation to group 1 and lower geometric mean titers (p=0,018) at day 30 for patients in group 4. For subtype B, the differences between groups occurred in the day of the transplantation (p=0,020) and at 30 (p= 0,018) and 60 (p=0,026) day. The geometric mean titers were lower in group 4 in relation to the others. Seroresponse after 6-month vaccination occurred in 19,7% to A/H1N1, 18% to A/H3N2 and 8.2% to B. There was no significant difference between the groups. CONCLUSION: Immunogenicity to influenza vaccine was poor in HSCT recipients. Donor or recipient vaccination strategy prior to transplantation increased the geometric mean titers only for subtype A/H3N2 at day 30 after transplant. No impact was observed in seroresponse rates after 6-month vaccination
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Nível sérico de ciclosporina no transplante de células-tronco hematopoéticas: influência do intervalo de tempo entre a interrupção da infusão e a obtenção das amostras de sangue considerando a via de coleta e o volume de descarte -ensaio clínico randomizado / Cyclosporine serum level in hematopoietic stem cell transplantation: influence of time interval between discontinuation of the infusion and collection of blood samples considering collection line and volume of discard - a randomized clinical trial

Garbin, Livia Maria 18 March 2014 (has links)
Há evidências de que a ciclosporina, imunossupressor utilizado nos transplantes de células- tronco hematopoéticas, impregna nos cateteres de silicone quando os mesmos são utilizados para a sua infusão; podendo a coleta de amostras para dosagem sérica do medicamento por essa via resultar em níveis falsamente elevados. Apesar de já existirem dados comprovando a possibilidade de se coletar as amostras da via do cateter venoso central não utilizada para a infusão, há escassez de estudos e também controvérsias quanto ao melhor momento para realizar o procedimento, assim como divergências quanto ao volume de sangue ideal a ser descartado. Esse ensaio clínico controlado randomizado teve como objetivo verificar o efeito do tempo transcorrido entre a interrupção da infusão de ciclosporina e a coleta das amostras na dosagem sérica do medicamento, em relação à via utilizada para a coleta e ao volume de descarte. Os sujeitos foram aleatorizados em dois grupos. No grupo A, a coleta das amostras em acesso venoso periférico, via do cateter utilizada para a infusão da ciclosporina e via não utilizada para infusão foi realizada imediatamente após a interrupção da infusão do medicamento, sendo que na última a coleta foi realizada após descarte de 5 mL e de 10 mL de sangue. No grupo B os mesmos procedimentos foram realizados, porém cinco minutos depois da interrupção. Participaram 32 sujeitos adultos, a maioria do sexo masculino (68,75%), portadores de leucemia (59,37%), com doadores aparentados (84,37%) e histocompatibilidade total (90,62%). A coleta realizada previamente ao início da infusão da ciclosporina atestou ausência desta no sangue e impregnada nos cateteres. As demais foram realizadas nos 32 sujeitos depois de 24 horas do início da infusão; em 12 do grupo A e 16 do grupo B sete dias depois; e em nove do grupo A e 13 do B 14 dias após iniciado o uso do medicamento. O principal motivo que levou à interrupção da coleta foi a transição da ciclosporina para via oral (71,87%). Inicialmente, nas análises intra sujeitos, a diferença entre a dosagem sérica obtida na via do cateter utilizada para a infusão da ciclosporina e as outras vias foi significativa (p < 0,001), enquanto entre o acesso venoso periférico e via não utilizada para a infusão, independente do volume de descarte, não houve diferença (p > 0,05). Quando realizadas as comparações entre os grupos, não foram observadas diferenças (p > 0,05) quanto à influência do tempo transcorrido entre a interrupção da infusão e a coleta das amostras de sangue, independente da via de coleta utilizada e do volume descartado. Conclui-se que a via do cateter não utilizada para infusão da ciclosporina é segura para ser utilizada na coleta das amostras para dosagem sérica desse medicamento; e o procedimento pode ser realizado imediatamente após a interrupção da infusão, desde que empregada a técnica adequada com descarte de 5 mL de sangue. Assim evita-se que o sujeito, já fragilizado e submetido a um tratamento complexo, seja exposto a mais um procedimento doloroso e associado ao estresse que é punção venosa periférica / There is evidence that cyclosporine, an immunosuppressant used in hematopoietic stem cell transplantation, impregnate in silicone catheters when they are used for its infusion; and the sample collection for serum levels of medication through this line may result in falsely elevated levels. Although there are data demonstrating the possibility to collect samples through the line of the central venous catheter not used for the infusion, there are few studies and also controversies regarding the best time to perform the procedure, as well as disagreement about the optimal volume of blood to be discarded. This randomized controlled trial aimed to verify the effect of time elapsed between discontinuation of the infusion and serum sample collection in relation to the line used for collection and volume of discard. The subjects were randomized into two groups. In group A, samples collected from a peripheral venous access, through catheter line used for cyclosporine infusion and catheter line not used for cyclosporine infusion was performed immediately after discontinuation of the drug infusion, and the last collection was performed after discarding 5ml and 10ml of blood. In group B, the same procedures were done, but five minutes after the interruption. The participants were 32 adults, most males (68,75%), with leukemia (59,37%), with related donors (84,37%), and total histocompatibility (90,62%). The collection performed prior to the start of cyclosporine infusion attested absence of cyclosporine in blood and presence of it in catheters. The others were performed in 32 subjects after 24 hours prior the start of infusion; in 12 of group A and 16 of group B after seven days; and in 9 of group A and 13 of B fourteen days after starting the medication. The main reason that led to discontinuation of the collection was the switch of cyclosporine to oral administration (71,87%). Initially, in the intra-subject analysis, the difference between the serum levels obtained in the line used for cyclosporine infusion of and other lines was significant (p < 0,001), while there was no difference between the peripheral venous access and the line not used for infusion, independently of the volume of discard (p > 0,05). When performed comparisons between groups, no differences were observed (p > 0,05) in the influence of time elapsed between discontinuation of the infusion and collection of blood samples, regardless the line used for collection and volume of discard. It is concluded that the catheter line not used for infusion of cyclosporine seems to be safe for use in serum samples collection of this medication; and the procedure can be performed immediately after discontinuation of the infusion, since used the technique with adequate discard of 5ml of blood. This avoids that the subject, already weakened and subordinated to a complex treatment, be exposed to a painful and stressful procedure such as peripheral venipuncture
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Expressão do vetor retroviral pCLPG medido em receptores de transplante de medula óssea. / Assessment of pCLpG retroviral vector expression in vivo utilizing serial transplantation of transduced bone marrow cells.

Fratini, Paula 05 March 2009 (has links)
O vetor retroviral é uma ferramenta de transferência gênica largamente utilizada em ensaios de laboratório e em protocolos clínicos. Nosso laboratório desenvolveu um novo vetor, chamado pCLPG, com expressão viral sob comando de p53, um supressor de tumor e um ativador indutível de transcrição, com alvo de estabelecer um vetor com alta expressão. O sistema pCLPG demonstrou um nível de expressão superior ao vetor não modificado em ensaios em cultura de células. Neste projeto, nosso objetivo foi caracterizar a expressão do vetor pCLPG in vivo, utilizando um modelo animal de transdução de células da medula óssea (CMO) do camundongo C57BL/6 seguido por transplante em animais recipientes previamente irradiados para abolir o sistema hematopoiético. Visando observar a expressão sustentada do transgene in vivo, padronizamos o transplante de CMO seriado, transdução do vetor retroviral, realizamos análise do gene repórter eGFP por citometria de fluxo e análise por real time PCR, além da observação de outros tecidos como baço, timo, sangue periférico. Realizamos também analises hematológicas nos animais transplantados para observação de possíveis efeitos adversos relacioanados com a presença do retrovírus. Com estes ensaios não foi observado uma diferença significante entre o desempenho do vetor parental pCLeGFP e o pCLPGeGFP. Tanto o número de células eGFP positivas quanto a expressão do gene repórter diminuíram ao longo do processo de transplante seriado. Expressão foi observada em 3-4%, 2-3% ou 2-3% das celulas recuperadas da medula ossea dos recipientes primários, secundários ou terciários de CMO transduzida com o vetor pCLeGFP, mas não no sangue periférico, timo ou baço. Semelhantemente, células eGFP-positivas (6-7%, 4-4,5% ou 3-3,5%) foram observadas após transplante seriado somente na medula óssea de animais recipientes de CMO transduzida com o vetor pCLPGeGFP. Entretanto, sangue periférico foi recuperado dos recipientes e tratado com 5-asacitidina, proporcionando a indução de expressão de eGFP a partir de ambos os vetores em aproximadamente 4% das células, implicando que o silenciamento viral poderia estar relacionado com processos de metilação. Este estudo demonstrou que as modificações no promotor do vetor pCLPG não foram suficientes para evitar silenciamento de expressão viral no modelo utilizado. / The retroviral vector is a widely used gene transfer tool in both laboratory assays and clinical trials. Our laboratory developed a new vector, called pCLPG, with viral expression under the command of p53, a tumor suppressor and inducible activator of transcription, with the aim of establishing a vector with high level expression. The level of expression offered by the pCLPG system was superior to the non-modified vector in cell culture assays. In this project, our objective was to characterize the expression of the pCLPG vector in vivo utilizing an animal model where bone marrow cells (BMC) from C57BL/6 mice are transduced and then transplanted in recipient animals that have been previously irradiated in order to abolish the hematopoietic system. With the aim of observing sustained transgene expression in vivo, we standardized serial BMC transplantation, transduction with retroviral vectors and analyzed the eGFP reporter gene by flow cytometry and real time PCR, and also studied other tissues, such as spleen, thymus and peripheral blood. We also performed hematologic analyses in the transplanted animals in to observe possible adverse events related to the presence of the retrovirus.These assays did not reveal a significant difference between the performances of the parental pCLeGFP vector and pCLPGeGFP. Both the number of eGFP-positive cells and the intensity of reporter gene expression diminished during the serial transplant process. Expression was observed in 3-4%, 2-3% or 2-3% of cells recovered from bone marrow of the primary, secondary or terciary recipients of BMC transduced with the pCLeGFP vector, but not in peripheral blood, thymus or spleen. Similarly, eGFP-positive cells (6-7%, 4-4.5% or 3-3.5%) were observed after serial transplantation only in the bone marrow of animals that received BMC transduced with the pCLPGeGFP vector. However, peripheral blood was recovered from recipients and treated with 5-azacytidine, inducing the expression of eGFP from both vectors in approximately 4% of these cells, implying that viral silencing may have been related with methylation. This study demonstrated that the modifications in the promoter of the pCLPG vector were not sufficient to avoid silencing of viral expression in this model.
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Terapia com células-tronco na nefropatia crônica experimental: é possível bloquear a progressão da doença renal? / Stem celll therapy in experimental chronic nephropathy: is it possible to block the progression of renal disease?

Cavaglieri, Rita de Cássia 08 February 2010 (has links)
Células-tronco (CT) apresentam potencial terapêutico para a doença renal pela possibilidade de regeneração tecidual e recuperação funcional, possivelmente por efeitos parácrinos. Diversos trabalhos mostraram seu efeito renoprotetor em modelo de insuficiência renal aguda. No entanto, existem poucos trabalhos que avaliaram o efeito da CT em doença renal crônica. Neste contexto, a via de inoculação e o número das CT na região da lesão podem desempenhar um papel crucial. Assim, o transplante de CT pela via EV não parece ser o mais apropriado para prover CT em número expressivo no órgão alvo. Uma técnica alternativa consiste em inocular as CT localmente, na região subcapsular renal. O objetivo do presente estudo foi analisar, em modelo experimental de doença renal crônica por nefrectomia 5/6 (Nx), a migração, a distribuição e o possível efeito renoprotetor da inoculação via subcapsular renal de 2 tipos de CT: derivadas da medula óssea (CTdmo) e mesenquimais (CTm). As CT foram coletadas de fêmur e tíbia de ratos doadores através da técnica de flushing. As CTdmo foram isoladas por gradiente de concentração e as CTm pela sua capacidade de aderência ao plástico e ambas marcadas com DAPI para a visualização no tecido. A caracterização das CT foi feita por citometria de fluxo e pela diferenciação celular in vitro. Foram realizados 2 protocolos experimentais. No protocolo I, CTdmo (1x106) foram inoculadas em ratos fêmeas e, no protocolo II, CTm (2x105) foram inoculadas em ratos machos. A região inoculada foi a subcapsula renal e os animais foram acompanhados por 15 e 30 dias. Os animais foram subdivididos nos grupos: Sham, ratos submetidos à cirurgia fictícia; Sham+CT, ratos submetidos à cirurgia fictícia que receberam CT (CTdmo ou CTm); Nx, ratos submetidos a nefrectomia 5/6; Nx+CT, Nx ratos que receberam CT (CTdmo ou CTm). Para avaliar a localização das CTdmo no tecido renal, utilizou-se a coloração de tricrômio de Masson e foi realizada uma análise semiquantitativa para avaliar o grau de infiltração. Foram analisadas a pressão arterial (PA), a albuminúria e a creatinina sérica. Para os animais que receberam CTm foi realizada a análise de parâmetros histológicos e a análise de marcadores inflamatórios, de células em atividade proliferativa, de miofibroblastos e de podócitos. Os resultados do Protocolo I avaliando a análise da infiltração no tecido renal das CTdmo marcadas com DAPI mostrou, em 5 dias, evidente infiltração das células da região subcapsular em sentido ao córtex e medula, inclusive presente em glomérulos. Ratos fêmeas Nx que receberam a inoculação das CTdmo na região da subcapsular renal não apresentaram melhora nos parâmetros que avaliaram a função renal. Protocolo II: as CTm cultivadas mostraram grande capacidade de aderência, crescimento em colônia e de diferenciação em células osteogênicas. A análise por citometria mostrou-se positiva para CD44 e CD90, com uma pequena população de células de CD34, CD45 e CD31, confirmando a presença preponderante de CTm. A inoculação de CTm em ratos Nx proporcionou um bloqueio da progressão da doença renal. Enquanto ratos Nx machos apresentaram elevada PA com 15 e 30 dias (149,6±9,1 e 191,7±2,8 mmHg) a inoculação de CTm promoveu significante redução após 30 dias (145,2±6,8 mmHg; p<0,05 vs Nx). Em ratos Nx foi observado um aumento na creatinina aos 15 e 30 dias (1,13±0,08 e 1,16±0,26 mg/dL) e a inoculação de CTm promoveu uma marcante redução aos 15 dias (0,58±0,03 mg/dL; p<0,05 vs Nx). A albuminúria foi elevada nos ratos Nx aos 15 e 30 dias (41,7±10,8 mg/24h e 138,7±33,6 mg/24h) enquanto os animais do grupo Nx+CTm aos 15 e 30 dias apresentaram diminuição significativa (4,6±1,5 mg/24h e 23,4±7,7 mg/24h; p<0,0001 vs Nx). A glomeruloesclerose do grupo Nx+CTm apresentou aos 30 dias uma redução significativa em relação ao grupo Nx (5,4±2,5% vs 22,0±6,1%, respectivamente; p<0,0001). A análise da fibrose intersticial não revelou diferença após 15 dias e 30 dias no grupo Nx+CTm em relação ao grupo Nx. Com relação ao número de macrófagos, linfócitos e de células em atividade proliferativa, os animais que receberam CTm apresentaram uma discreta diminuição de sua expressão no tecido renal. A expressão de -actina se reduziu significativamente no grupo Nx+CTm. Quanto à expressão de WT-1, específico para podócitos, os animais Nx+CTm tiveram aumento significativo da marcação em relação ao grupo Nx. Em resumo, após a inoculação de CT na região da subcapsula renal, houve marcante migração e distribuição das mesmas em direção à cortical e à medular. A inoculação de CTm proporcionou um efeito renoprotetor no modelo de nefrectomia 5/6. Sendo assim, a inoculação subcapsular renal pode representar uma importante via de inoculação, permitindo assim que um número maior de células atue na proteção da progressão da doença. / Stem cells (SCs) offer therapeutic potential for the treatment of renal diseases, due to the possibility of tissue regeneration and functional recovery. Various studies have shown renoprotection by SCs in experimental models of acute kidney disease. However, only a few studies have studied their effect in chronic kidney disease. The beneficial effect of SCs seems related to their capacity to differentiate or to secrete paracrine/endocrine factors. In this context, the inoculation route or the number of SCs homing in the injured region can play a crucial role. Therefore, transplantation of MSC through the intravenous route does not seem to be best suited for delivery of an important number of cells to the target organ. An alternative technique consists in local delivery of SCs in the subcapsular region of the kidney. The objective of the present study is to analyze the migration, distribution and potential renoprotective effect of the subcapsular inoculation of two types of SC - BSMC and mesenchymal stem cell (MSC) - in an experimental model of chronic kidney disease, the 5/6 nephrectomy (Nx). SCs were collected from the femur and tibia of donor rats by flushing. BSMC were isolated by centrifugation on a concentration gradient and MSCs were isolated by their capacity to adhere to plastic. Both types of SC were stained with DAPI to allow visualization in tissues. SC characterization was carried out by flow cytometry and differentiation in culture. Two experimental procedures were performed. In protocol I, BSMC (106 cells) were injected in female rats and in protocol II, MSCs (2x105 cells) were injected in male rats. Animals were divided into 4 groups: SHAM, sham-operated rats; SHAM+SC, sham-operated rats receiving BSMC or MSCs; Nx, rats undergoing 5/6 nephrectomy; Nx+SC, 5/6 Nx rats receiving BSMC or MSCs. We used Massons Trichrome staining and a semiquantitative analysis according to the degree of infiltration to follow the localization of BSMC in the renal tissue and to quantify their infiltration, respectively. The following parameters were studied: arterial blood pressure (AP), proteinuria (Uprot), albuminuria (Ualb) and serum creatinine (Screat). For the animals receiving SCs, analysis of histology, of inflammatory markers, of proliferating cells and of podocytes was performed. Results from Protocol I assessing DAPI-stained BSMC showed marked infiltration in 5 days from the subcapsular region to the cortex and the medulla, including presence in the glomeruli, over a period of 15 days. Female rats that received subcapsular injection of BSMC did not show improvement of the parameters used to assess kidney function. Protocol II: cultured MSCs demonstrated an ability to adhere to plastic, to grow in colonies and to differentiate in osteogenic cells. Quantitative analysis of cell markers by flow cytometry showed that isolated cells were positive for CD44 and CD90, with a small population of cells positive for CD31, CD34 and CD45, confirming a preponderant presence of MSCs. Inoculation of MSCs in Nx rats blocked the progression of the renal disease. Elevated AP in Nx rats at 15 and 30 days (149.6 ± 9.1 and 191.7 ± 2.8 mm Hg, respectively) was significantly reduced by inoculation of MSCs at 30 days (145.2 ± 6.8 mm Hg, p<0.05 vs Nx). Nx rats showed increased creatinine at 15 and 30 days (1.13 ± 0.08 and 1.16 ± 0.26 mg/dL, respectively) that was significantly reduced by injection of MSCs at 15 days (0.58 ± 0.03 mg/dL, p<0.05 vs Nx). Albuminuria was increased in Nx rats at 15 and 30 days (41.7 ± 10.8 and 138.7 ± 33.6 mg/24h, respectively) and was reduced in the Nx+MSC group at both time points (4.6 ± 1.5, and 23.4 ± 7.7 mg/24h, respectively; p<0.0001 vs Nx). Histologic analysis showed that glomerulosclerosis at 30 days in the Nx+MSC group was significantly reduced as compared to the Nx group (5.4 ± 2.5 % vs 22.0 ± 6.1 %, p<0.0001). Analysis of interstitial fibrosis did not show difference after 15 and 30 days in the Nx+MSC group compared to Nx group. Nx rats receiving MSCs showed slightly decreased inflammation markers, macrophages and lymphocytes, and proliferating cells in the renal tissue when compared to Nx rats. Analysis of myofibroblasts showed a significant decrease in expression of -smooth muscle actin in Nx+MSC rats compared to Nx rats. Podocyte number was analyzed by detection of WT-1, a specific marker. Nx rats receiving MSC had a significantly higher number of podocytes than Nx rats. In conclusion, our results show that after inoculation in the subcapsular region, SCs migrate throughout the cortex in direction of the medulla. Subcapsular inoculation of MSC provides a renoprotective effect in the model of 5/6 nephrectomy. Therefore, subcapsular inoculation could represent an important route of delivery of SCs to the kidney that allows a higher number of cells to act in the protection from progression of the disease.
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Obstrução trombótica do cateter venoso central no transplante de células-tronco hematopoéticas / Thrombotic obstruction of central venous catheter in hematopoietic stem cell transplantation

Arone, Katia Michelli Bertoldi 11 February 2011 (has links)
Os pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) necessitam da inserção do cateter venoso central (CVC) de longa permanência e semi-implantado. No entanto, a obstrução trombótica do CVC é uma complicação que pode ocasionar o funcionamento inadequado do dispositivo intravascular e levar sua remoção precoce. Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de sintetizar as medidas relacionadas à prevenção e tratamento da obstrução trombótica relacionada ao CVC de longa permanência e semi-implantado, nos pacientes submetidos ao TCTH. A amostra constituiu-se de sete estudos primários, sendo dois ensaios clínicos randomizados, três estudos de coorte e duas séries de casos. Quanto as categorias temáticas, quatro estudos abordaram medidas de prevenção da obstrução trombótica relacionada ao CVC, dois estudos abordaram as medidas de tratamento e um abordou as medidas de prevenção e tratamento. Dentre os estudos que abordaram medidas de prevenção, obteve-se um único que se mostrou efetivo na prevenção da obstrução, trata-se de um coorte sobre o uso da varfarina oral, iniciado no dia da inserção do dispositivo venoso central. Os demais estudos não evidenciaram diferenças estatisticamente significantes entre o tratamento padrão e a intervenção testada. Quanto às medidas de tratamento, três estudos evidenciaram sucesso, sendo que um apontou a eficácia do uso de estreptoquinase ou uroquinase, outro estudo mostrou benefício no uso de heparina de baixo peso molecular e outro tratou a obstrução com heparina e uroquinase com sucesso. Nota-se que a evolução da pesquisa referente a perviedade do CVC foi restrita, não acompanhando a evolução da terapia com CTH, principalmente, no que tange os cuidados de enfermagem, visto que todos tratam de intervenções medicamentosas, sem abordar os aspectos não medicamentosos, como, por exemplo, volume e freqüência do flush com solução fisiológica, descrição da técnica com pressão positiva, tamanho ideal da seringa, pressão exercida durante a infusão de medicamentos e dispositivos para vedação dos lumens do cateter com pressão positiva. Tais resultados mostram a necessidade da realização de novos estudos controlados, para testar as intervenções de enfermagem na prevenção da obstrução trombótica relacionada ao cateter. / Patients submitted to hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) need indwelling and semi-implanted central venous catheterization. Thrombotic obstruction of CVC, however, is a complication that can lead to the inadequate functioning of the intravascular device and its early removal. This integrative literature review aimed to summarize measures for the prevention and treatment of thrombotic obstruction related to indwelling and semi-implanted CVC, in patients submitted to HSCT. The sample included seven primary studies, with two randomized clinical trials, three cohorts and two case series. As for the theme categories, four studies discussed CVC-related thrombotic obstruction prevention measures, two addressed treatment measures and one prevention and treatment measures. Among the studies that discussed prevention measures, one single research showed effective obstruction prevention, which was a cohort on the use of oral warfarin, started on the day the central venous device was inserted. The other studies showed no statistically significant differences between standard treatment and the tested intervention. Regarding treatment measures, three studies showed to be successful: one appointed the efficacy of streptokinase or urokinase use, another showed the benefits of using low molecular weight heparin and the third successfully treated the obstruction with heparin and urokinase. The restricted evolution of research regarding CVC patency was observed, which did not accompany the evolution of HSC therapy, mainly regarding nursing care, as all addressed discuss medication interventions, without discussing non-medication aspects, such as the flush volume and frequency with physiological salt solution, description of positive pressure technique, ideal syringe size, pressure exerted during medication infusion and catheter lumen sealing devices with positive pressure. These results show the need for further controlled studies to test nursing interventions in the prevention of catheter-related thrombotic obstruction.
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Estudo do efeito da injeção de PRP e concentrado de medula óssea sobre o reparo de defeitos condrais experimentalmente induzidos e tratados com microfraturas e ácido hialurônico / Study of the effect of injection of PRP and the bone marrow concentrate relative to the repair of condral defects experimentally induced and treated with microfracture and hialuronic acid

Carvalho, Pedro Henrique de 24 February 2015 (has links)
Defeitos de cartilagem e a mais comum doença articular, a osteoartrite, são caracterizadas pela destruição da cartilagem articular, e consequentemente na perda da função articular em humanos e animais. As estratégias atuais de tratamento, conservativas e cirúrgicas, são insuficientes: não resultam em restauração total da cartilagem hialina, e, portanto trazem um prognóstico reservado a longo prazo. O presente estudo tem por objetivo avaliar os efeitos do administração conjunta de concentrado de medula óssea, plasma rico em plaqueta sobre lesões condrais experimentalmente induzidas e tratadas com microfraturas e ácido hialuronico. Foram utilizadas as articulações metacarpofalangeana de 6 éguas, as quais foram divididas em 2 grupos aleatoriamente e cego. Foram feitos defeitos condrais totais através de artroscopia e, todos foram tratados com microfraturas e ácido hialurônico no transoperatório (M 0) sendo, esse repetido após 15 dias (M 15) e 30 dias (M 30). Grupo C (controle) e grupo T (tratado). O grupo T foi tratado com aspirado concentrado de células tronco de medula óssea adicionada ao plasma rico em plaquetas (PRP), os quais foram injetados na articulação no final da cirurgia (M0). O grupo T recebeu ainda 2 aplicações articulares adicionais de PRP em 15 dias (M 15) e 30 dias (M 30). As seguintes avaliações foram realizadas: exame clínico de claudicação, ultrassonografia, estudo radiográfico, avaliações de líquido sinovial (físico, bioquímico e citológico). As avaliações foram realizadas antes da cirurgia (M 0), com 3, 5 e 7 dias. Posteriormente a cada 15 dias (M 15, M 30, M 45 e M 60) e os 3 últimos momentos foram aos 90 (M90), 120 (M120) e 210 (M210) dias. Ao final do experimento os animais foram enviados para abate comercial. Foram verificadas diferenças estatísticas (p<0,05) entre o grupo tratado e controle para avaliação de proteínas no líquido sinovial corrigido por uréia em 3, 5 e 7 dias; para PGE2 no líquido sinovial em 3 e 5 dias onde para ambas as variáveis com maiores valores para o grupo tratado. Já a concentração de ácido hialurônico apresentou maiores valores (p<0,05) em 3, 45 e 90 dias no grupo controle. Para as demais variáveis não houve diferença estatística entre o grupo tratado e controle. Porém, notou-se medianas maiores para condroitin sulfato em 3 e 5 dias no grupo controle. Notavelmente, o grupo tratado apresentou melhor escore macroscópico na avaliação do tecido de reparo. Contudo, a administração intra-articular de concentrado de medula óssea e plasma rico em plaquetas sobre lesões condrais induzidas e tratadas com microfraturas e ácido hialurônico produziu uma reação articular transitória, principalmente nos primeiros 60 dias, e foi evidenciado pelo aumento de PGE2 e proteínas no líquido sinovial, bem como, claudicação, dor a flexão passiva, diminuição da mobilidade articular e aumento de volume articular. No entanto, o tratamento produziu um efeito condroprotetor e anabólico sobre tecido de reparo formado, uma vez que o grupo tratado apresentou menor concentração de ácido hialurônico 3, 45 e 90 dias e melhor escore macroscópico ICRS aos 210 dias / Cartilage defects and the most common joint disease, osteoarthritis, are characterized by destruction of articular cartilage, and consequently in loss of joint function in humans and animals. Current strategies of conservative and surgical treatment are insufficient: they don&rsquo;t result in complete restoration of hyaline cartilage, and bring a poor prognosis on the long term. This study aims to evaluate the effects of co-administration of bone marrow concentrate, platelet rich plasma on experimentally induced chondral lesions and treated with microfractures and hyaluronic acid. The metacarpophalangeal joints of 6 mares were used, which were divided into 2 groups at random and blind. Total chondral defects were made using arthroscopy, and all were treated with microfractures and hyaluronic acid during surgery (M 0) and the hyaluronic acid was repeated after 15 days (M 15) and 30 days (M 30). Group C (control) and T group (treated). Group T was treated with concentrated aspirated bone marrow stem cells added to the platelet rich plasma (PRP), which were injected into the joint at surgery (M0). The T group had another 2 additional joint PRP applications in 15 days (M 15) and 30 days (M 30). The following evaluations were performed: clinical examination of lameness, ultrasound, radiographic studies and synovial fluid analysis (physical, biochemical and cytological). The evaluations were performed before surgery (M 0), 3, 5 and 7 days. Then, every 15 days (M 15, M 30, M 45 and M 60) and the last 3 evaluation were at 90 (M90), 120 (M120) and 210 (M210) days. At the end of the experiment the animals were sent to commercial slaughter. Statistical differences were found (p <0.05) between the treated and control group for evaluation of protein in synovial fluid corrected by urea at 3, 5 and 7 days; for PGE2 in the synovial fluid in 3 to 5 days where both variables had higher values for the treated group. The hyaluronic acid concentration was higher (p <0.05) at 3, 45 and 90 days in the control group. For the other variables there were no statistical difference between the treated and control groups. However, greater medians were noticed for chondroitin sulfate in 3 to 5 days in the control group. Notably, the treated group showed better macroscopic score in the evaluation of the repair tissue. In conclusion, intra-articular administration of bone marrow concentrate and platelet-rich plasma on induced chondral lesions and treated with microfractures and hyaluronic acid produced a transient response joint, especially during the first 60 days, and it was evidenced by the increase in PGE2 and proteins of the synovial fluid, as well as lameness, pain passive flexion, decreased joint mobility and joint swelling. Besides that, the treatment produced an anabolic chondroprotective effect on repair tissue formed once the treated group showed lower concentration of hyaluronic acid 3, 45 and 90 days, and better ICRS macroscopic scoring at 210 days

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