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Terapia de ressincronização cardíaca nas cardiomiopatias chagásica e não chagásicas / Cardiac resynchronization therapy in chagasic and nonchagasic cardiomyopathies

Adilson Scorzoni Filho 11 May 2018 (has links)
Os efeitos da utilização da terapia de ressincronização cardíaca (TRC) em pacientes com cardiopatia chagásica (CCC) são pouco conhecidos. O objetivo desse trabalho foi comparar o efeito dessa terapia em pacientes com CCC e não-chagásica. Foram estudados, retrospectivamente, todos os pacientes submetidos à ressincronização cardíaca, associados ou não ao cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo no período de julho de 2007 a dezembro de 2017. Para comparar a mesma variável em dois momentos diferentes foi utilizado Teste de Wilcoxon. Para a comparação de proporções foi utilizado o teste exato de Fisher. A análise de sobrevida foi feita utilizando-se o método de Kaplan-Meier com o \"Long rank test\" para comparar a sobrevida entre os grupos. Para a análise das variáveis associadas à mortalidade pós-implante utilizou-se a análise de regressão de Cox. Noventa e oito pacientes foram incluídos e divididos em três grupos de cardiopatia: chagásica (CCC) com 42 pacientes (42,9%); isquêmicos (ISQ) com 13 (13,3%) e nãoisquêmico não-chagásico (NINC) com 43 (43,9%). Os pacientes que receberam implante de TRC foram 71,4% e TRC associado ao CDI foram 28,5%. Não havia diferença estatisticamente significativa entre os grupos na avaliação das características clínicas, exceto pela predominância de pacientes do gênero masculino no grupo ISQ. Em relação aos bloqueios de condução intraventriculares, havia menor quantidade de bloqueio de ramo esquerdo (BRE) espontâneo e maior quantidade de BRE induzido no grupo CCC. As demais características eletrocardiográficas e ecocardiográficas eram semelhantes entre os grupos. A sobrevida de pacientes que recebem a TRC foi baixa após 48 meses de implante, independentemente do tipo de miocardiopatia e a despeito da melhora significativa da classe funcional e estreitamento do QRS dos pacientes. Todavia, a sobrevida em pacientes chagásicos foi significativamente menor quando comparada as demais miocardiopatias. Ademais, a melhora da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e a redução do diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (DDFVE) ocorreram significativamente apenas no grupo NINC. O aumento da idade, FEVEreduzida, presença de atraso da condução intraventricular não especificada (ACINE) e de bloqueio de ramo direito (BRD) e baixa classe funcional estão associadas a maior risco de morte após implante. As taxas de complicações cirúrgicas foram baixas em todos os grupos. A taxa de óbito cirúrgico é compatível com a gravidade desses pacientes. Conclui-se que a CCC apresenta resposta clínica à TRC, mas a mortalidade após 48 meses é maior que em outras cardiopatias. / The effects of using cardiac resynchronization therapy (CRT) in patients with Chagas\' heart disease (CCC) are poorly understood. The objective of this study was to compare the effect of this therapy in patients with CCC and non-Chagas\' disease. We retrospectively studied all patients submitted to cardiac resynchronization associated or not with the implantable cardioverter defibrillator (ICD) at the Clinical Hospital of Ribeirão Preto Medical School at the São Paulo University from July 2007 to December 2017. We use Wilcoxon\'s test to compare the same variable in two different times. Fisher\'s exact test was used to compare proportions. Survival analysis was done using the Kaplan-Meier method with the Long rank test to compare survival between groups. Cox regression analysis was used to analyze the variables associated with post-implantation mortality. Ninety-eight patients were included and divided into three groups: cardiopathy: chagasic (CCC) with 42 patients (42.9%); ischemic (ISQ) with 13 patients (13.3%) and non-ischemic non-chagasic (NINC) with 43 (43.9%). The patients who received CRT implantation were 71.4% and CRI associated CRT were 28.5%. There was no statistically significant difference between the groups in the assessment of clinical characteristics, except for the predominance of male patients in the ISQ group. In relation to intraventricular conduction blockades, there was a lower amount of spontaneous left bundle branch block (LBBB) and greater amount of LBBB induced in the CCC group. The other electrocardiographic and echocardiographic characteristics were similar between groups. The survival of patients receiving CRT was low after 48 months of implantation, regardless of the type of cardiomyopathy and despite significant improvement in functional class and QRS narrowing of patients. However, survival in chagasic patients was significantly lower when compared to other cardiomyopathies. In addition, the improvement of left ventricular ejection fraction (LVEF) and the reduction of the left ventricular end-diastolic dimension (LVEDF) occurred significantly only in the NINC group. Increased age, reduced LVEF, presence of unspecified intraventricular conduction delay and left bundle branch block, and low functional class are associated with a higher risk of death after implantation. Therates of surgical complications were low in all groups. The surgical death rate is compatible with the severity of these patients. It is concluded that CCC presents a clinical response to CRT, but mortality after 48 months is higher than in the other cardiopathies.
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Ação do resveratrol sobre proteoglicanos de membrana presentes no músculo cardíaco em modelo animal de cardiomiopatia diabética / The role of Resveratrol on membrane proteoglycans present in heart muscle in a model of diabetic cardiomyopathy

Cruz, Paula Lazara 17 November 2016 (has links)
Introdução: Ratos com diabetes induzido por estreptozotocina (STZ) apresentam alterações nos proteoglicanos Sindecan-4 e Glipican-1 no tecido cardíaco concomitantes à instalação da disfunção diastólica, evento precoce que culmina na cardiomiopatia diabética. O uso de resveratrol (RSV) em modelos animais foi capaz de melhorar a função cardíaca e o controle autonômico. Espera-se que o tratamento com esse flavonoide atue nos níveis alterados dos proteoglicanos em animais diabéticos. Objetivo: Avaliar o efeito do RSV nos parâmetros cardiovasculares e na expressão dos proteoglicanos no músculo cardíaco. Materiais e Métodos: Foram avaliados ratos Wistar machos, com doze semanas de vida, divididos em 4 grupos: controle (C, N=8); controle + RSV (CR, N=8); diabetes STZ + nicotinamida (D, N=8) e diabetes STZ + nicotinamida + RSV (DR, N=8). Foram dosados os níveis séricos de glicose, de triglicérides e foi feito o teste de resistência à insulina. Registros diretos das curvas de pressão arterial foram realizados para a análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e variabilidade da pressão arterial sistólica (VPAS) no domínio do tempo e da frequência. A sensibilidade barorreflexa foi avaliada por meio de drogas vasoativas e a função cardíaca foi avaliada por ecocardiografia de alta resolução. A localização das proteínas no tecido cardíaco foi feita por imunohistoquímica. Análise estatística utilizada: ANOVA post test Student Newman-Keuls. p < 0,05. Resultados: O peso corporal dos grupos C e CR aumentou significativamente do inicio ao final do protocolo, enquanto os grupos D e DR mantiveram seu peso inicial. A concentração de glicose sérica e dos triglicerídeos, os grupos C e CR não demonstraram diferença ao longo do protocolo, enquanto os grupos D e DR demonstraram significante aumento ao final do protocolo. Os valores de concentração de insulina, do teste de tolerância à insulina e do índice de Lee foram menores nos grupos D e DR quando comparados aos grupos C e CR. A pressão arterial sistólica foi menor nos grupos diabéticos quando comparado aos grupos controles (C e CR) o mesmo acontecendo para os valores da frequência cardíaca. A pressão arterial diastólica apresentou valores semelhantes entre os grupos C e CR e o grupo DR, somente o grupo D apresentou queda quando comparado aos outros três grupos, a pressão arterial media apresentou esse mesmo comportamento. Não foram observadas diferenças para a sensibilidade barorreflexa tanto para a resposta bradicárdica como para a resposta taquicárdica entre os grupos. Nas avaliações da VFC foi observado o aumento do Intervalo de Pulso (IP) nos grupos D e DR quando comparados aos grupos C e CR, mas foram semelhantes entre os grupos controles e diabéticos (C vs. CR e D vs. DR, respectivamente). Na VPAS os grupos D e DR apresentaram diminuição tanto no desvio padrão (DP PAS) quanto na variância (VAR PAS) quando comparados aos grupos C e CR, não houve diferença entre os grupos controles e diabéticos (C vs. CR e D vs. DR, respectivamente). A disfunção diastólica foi detectada no grupo D. A expressão das proteínas Glypican-1 e Syndecan- 4, foram significantemente maiores no grupo D quando comparada aos demais grupos e menos expressas no grupo DR quando comparada aos demais grupos. Conclusões: A administração de RSV reverteu tanto alterações morfológias como a função cardíaca global que voltou a apresentar valores muito próximos aos valores de normalidade, sem alterar as condições hemodinâmicas e autonômicas / Introduction: Streptozotocin-induced rats model show changes in proteoglycans sindecan-4 and glipican-1 in cardiac tissue concomitantly with installation of diastolic dysfunction, which is an early event that culminates in diabetic cardiomyopathy. The use of resveratrol (RSV) in animal models showed the improvement of cardiac function and autonomic control. It is expected that the treatment with this flavonoid act on altered levels of proteoglycans in diabetic rats. Objective: To evaluate the effects of resveratrol in cardiovascular parameters and the expression of proteoglycans in cardiac muscle. Material and Methods: Male Wistar rats (12 weeks old) were allocated into 4 groups: control (C, N=8), controle+RSV (CR, N=8), Diabetes STZ + nicotinamide (D, N=8) and diabetes STZ+ nicotinamide + RSV (DR, N=8). Serum levels of glucose, insulin resistance test and triglycerides were measured in order to evaluate diabetes. Arterial blood pressure records were measured in order to analyze the heart rate variability (HRV) and systolic blood pressure variabilities in frequency and time domain. The baroreflex sensivity was evaluated by vasoactive drugs infusion and the evaluation of cardiac function by high resolution echocardiography. The location of the proteins in the heart tissue was performed by immunohistochemistry. Statistics and performed analysis used: ANOVA post test Student Newman-Keuls. p < 0,05. Results: Our results showed that the body weight of groups C and CR increased significantly from the beginning to the end of the protocol, while the groups D and DR continued to have the initial weight. Regarding serum glucose concentration and triglycerides, there were no statistically significant differences between group C and CR while the group D and DR increased significantly at the end of the protocol. The values of insulin concentration, insulin tolerance test and the Lee index were lower in groups D and DR when compared to groups C and CR. The hemodynamic parameters demonstrated that systolic blood pressure was lower in diabetic groups when compared to control groups (C and CR) as well as the heart rate values. Interestingly, diastolic blood pressure showed similar values between groups C, CR and group DR. The group D decreased its diastolic blood pressure when compared to the other groups, as well as the blood pressure mean. There were no significant differences either to baroreflex sensivity, bradicardiac response and tachycardia between both groups. The evaluation of heart rate variability (HRV) showed an increase of pulse interval (PI) in groups D and DR when compared to groups C and CR. The evaluation of systolic blood pressure variability of the groups D an DR showed a decrease in both the standard deviation (SD PAS) and variance when compared to groups C and CR and there were no differences between the diabete groups and the control (C vs CR and D vs DR respectively). The diastolic disfunction was detected in group D. The Glypican-1 and Syndecan-4 protein expression were significantly higher in group D when compared to the other groups and less expressed in group DR when compared to the other groups. Conclusion: The administration of RSV reversed both morphological changes and the global cardiac function, which showed very close values to the normal range values, without changing the hemodynamic and autonomic conditions
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Perfil de expressão de microRNAS no miocárdio na infecção aguda pelo Trypanosoma cruzi em camundongos / Expression profile of microRNAs in myocardium during acute infection with Trypanosoma cruzi in mice

Navarro, Isabela Cunha 17 September 2014 (has links)
A doença de Chagas é uma doença crônica causada pela infecção pelo protozoário Trypanosoma cruzi (T.cruzi). A sua principal consequência clínica é o desenvolvimento da cardiomiopatia chagásica crônica (CCC), que acomete 30% dos pacientes. Não foi determinado um indicador de evolução para a CCC ou permanência na forma indeterminada assintomática da doença de Chagas. Diversos trabalhos têm mostrado alterações no perfil de expressão gênica e proteômica ocorridas na fase aguda e crônica da doença de Chagas experimental e humana. Tais alterações advêm da regulação estabelecida em diversos estágios da expressão gênica e podem ser fatores relevantes no prognóstico da doença. Neste contexto, os microRNAs (miRs), podem exercer uma importante função reguladora. Sua ação se dá pela associação a um RNA mensageiro (RNAm) alvo, inibindo sua tradução ou degradando este transcrito. Assim, a hipótese deste trabalho é a de que a infecção aguda por T. cruzi modula a expressão de miRs no miocárdio de camundongos. Foi avaliado por qRT-PCR o perfil de expressão de miRs 15, 30 e 45 dias após a infecção. O perfil de expressão de miRs resultante foi suficiente para segregar os grupos de acordo com o tempo da infecção. O número de miRs diferencialmente expressos aumentou com a progressão da infecção. Além disso, seis miRs tiveram sua expressão correlacionada à piora na parasitemia e intervalo QTc dos animais: miR-142-3p miR-142-5p, miR-145, miR-146b, miR-149 e miR-21. Análises de correlação realizadas com todos os miRs avaliados ressaltaram este mesmo grupo de miRs entre os mais significativamente correlacionados, além de outros 73 correlacionados com a parasitemia, 67 com o intervalo QTc e 16 com ambos os parâmetros simultaneamente. Nas análises in silico, TNF-alfa e ciclina-D1 foram moléculas nodais recorrentes nas redes criadas com alvos dos miRs diferencialmente expressos em todos os tempos avaliados. Na única rede criada com os miRs correlacionados às alterações na parasitemia e intervalo QTc, TNF-alfa, TGF-beta, Rac1 e Src foram as moléculas nodais. Este trabalho apresenta de maneira inédita o envolvimento dos miRs durante a infecção aguda por T. cruzi, proporcionando novas perspectivas em relação a potenciais ferramentas terapêuticas e prognósticas / Chagas disease is a chronic illness caused by infection with the protozoan Trypanosoma cruzi (T. cruzi). Its main clinical outcome is the development of chronic Chagas cardiomyopathy (CCC), which affects 30% of the patients. The factors that define the progression to CCC or maintenance in the asymptomatic indeterminate form of the disease are still poorly understood. Several studies have presented changes occurred in the gene and proteomic expression profiles in both acute and chronic phases of experimental and human Chagas disease. Such changes result from regulation established at different stages of gene expression and may be relevant for the disease prognosis. In this context, microRNAs (miRs) may play an important regulatory function. miRs act by association to a target messenger RNA (mRNA), inhibiting translation or degrading the transcript. Thus, our hypothesis is that acute infection by T. cruzi modulates the expression of microRNAs in the myocardium of mice. The miR expression profile was evaluated by qRT-PCR 15, 30 or 45 days after the infection. This profile was sufficient to segregate the samples according to the time of infection. The number of differentially expressed miRs was higher as the infection progressed. Moreover, six miRs had their expression correlated with worsening of parasitaemia and QTc interval: miR-142-3p miR-142- 5p, miR-145, miR-146b, miR-149 and miR-21. Secondary unbiased correlation analyses showed this cluster of miRs among the most significant and other 73 miRs correlated with parasitaemia, 67 with QTc and 16 with both parameters simultaneously. In silico target prediction analyses showed TNF-alfa and cyclin-D1 as recurrent nodal molecules of the networks created with miRs targets from all time points. The network generated with miRs correlated to changes in parasitaemia and QTc interval showed TNF-alfa, TGF-beta, Rac1 and Src as nodal molecules. This work points out for the first time the involvement of miRs in the acute infection by T. cruzi, providing new insights about potential diagnostic and prognostic tools
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Estudo da dinâmica de contração do ventrículo esquerdo pela técnica de speckle tracking em doença de Chagas / Study of left ventricular contraction dynamics by speckle tracking technique in Chagas disease

Lima, Márcio Silva Miguel 13 December 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A doença de Chagas tem uma alta prevalência no Brasil e América Latina. Dentre as miocardiopatias (MCP), é a que evolui com pior prognóstico. A identificação precoce de disfunção sistólica de uma MCP é fundamental para o início do tratamento, assim como sua definição etiológica, sendo o ecocardiograma um dos métodos diagnósticos mais importantes na prática clínica. No entanto, mesmo que a análise da função sistólica global do ventrículo esquerdo (VE) demonstre fração de ejeção preservada, é possível já estar ocorrendo alguma anormalidade contrátil, não detectada pelos exames de rotina. A nova ferramenta ecocardiográfica denominada speckle tracking permite a análise de múltiplos parâmetros que compõem a dinâmica de contração do VE (deslocamento, velocidade de deslocamento, strain, strain rate, rotação e torção), caracterizando de forma integral a função sistólica. Trata-se de um método sensível com potencial para se detectar lesão miocárdica incipiente e auxiliar na definição etiológica de uma MCP dilatada. Um estudo detalhado da mecânica de contração do VE em doença de Chagas, ao longo de toda sua evolução, nunca foi realizado antes. OBJETIVO: Comparar os múltiplos parâmetros obtidos por speckle tracking da dinâmica de contração do VE com controles, desde a forma indeterminada da doença de Chagas até as fases mais avançadas da disfunção sistólica. MÉTODO: No período de janeiro de 2010 a agosto de 2013 estudamos pacientes chagásicos divididos em 04 grupos: Ch1A, forma indeterminada; Ch1B, fração de ejeção normal (FE >= 0,55), mas com alteração no eletrocardiograma; Ch2, MCP chagásica com disfunção sistólica discreta a moderada (FEVE 0,55- 0,30) e Ch3, MCP com disfunção importante (FEVE < 0,30). Indivíduos normais e pacientes com MCP de outras etiologias também foram estudados para compor o grupo controle, sendo pareados pela FEVE. Todos os pacientes foram submetidos ao ecocardiograma convencional com aquisição de imagens para speckle tracking. As imagens foram avaliadas para determinação de parâmetros da dinâmica ventricular por observador experiente usando software específico. RESULTADOS: Um total de 131 pacientes foram incluídos, 47 (36%) deles alocados em grupos de chagásicos. Dezesseis indivíduos chagásicos eram homens (34%). A média de idade variou de 54 a 56 anos para os grupos chagásicos e 37 a 50 anos para os controles. A exequibilidade global para análise por técnica de speckle tracking foi de 97%. Foi encontrada diferença significativa na análise de velocidade longitudinal global com menores valores no grupo Ch1A em relação aos controles normais, C1 (Ch1A, 3,33 ± 0,44 cm/s vs C1, 4,44 ± 0,78 cm/s; p < 0,001). Foram observadas reduções de todos os parâmetros da mecânica de contração do VE em paralelo ao comprometimento sistólico, tanto para as análises globais, quanto para segmento-a-segmento, em pacientes chagásicos e com MCP de outras etiologias. Foi observado um aumento paradoxal do deslocamento longitudinal global no grupo com disfunção sistólica importante (Ch3, 6,48 ± 1,57 mm vs C3, 4,63 ± 1,60 mm; p = 0,01). Essa tendência foi acompanhada pelas observações de maiores valores de deslocamento radial global apical (Ch3, 2,49 ± 0,83 mm vs C3, 1,54 ± 1,18 mm; p = 0,04). Na análise segmentar, foram evidenciados piores valores de deslocamento radial, strain e strain rate radiais em segmentos classicamente acometidos pela doença de Chagas (paredes inferior e inferolateral) e paradoxal aumento de valores destes parâmetros em outros segmentos, como nas paredes septal e anterior. CONCLUSÃO: A técnica de ecocardiografia com speckle tracking demonstrou redução dos parâmetros da dinâmica ventricular de pacientes chagásicos e não chagásicos em paralelo com a redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo. Em comparação com pacientes com MCP não chagásica, os pacientes com doença de Chagas apresentaram redução de deslocamento longitudinal e radial, strain e strain rate radiais em segmentos das paredes inferior e inferolateral com aumento paradoxal de outros (septal e anterior), caracterizando uma dinâmica de contração vicariante peculiar a esta MCP. Por fim, pacientes chagásicos na forma indeterminada apresentaram menor velocidade de contração longitudinal em comparação aos controles normais, o que pode ser indício de uma lesão miocárdica incipiente / INTRODUCTION: Chagas disease has a high prevalence in Brazil and Latin America. Among the cardiomyopathies (CMP), it evolves with the worst prognosis. Early identification of a CMP systolic impairment is critical to treatment initiation as well as its etiologic definition, and echocardiogram is one of the most important diagnostic methods in clinical practice. However, even if global analysis of left ventricle (LV) systolic function discloses a preserved ejection fraction, an ongoing contractile abnormality is already possible, not detected by routine tests. A new echocardiographic tool called speckle tracking allows an analysis of multiple parameters that comprise LV contraction dynamics (displacement, displacement velocity, strain and strain rate, rotation and twist), fully characterizing LV systolic function. It is a sensitive method with the potential to detect incipient myocardial injury and help to define the etiology of a dilated CMP. A detailed study of LV contraction mechanics in Chagas disease, throughout its evolution, has never been done before. OBJECTIVE: To compare multiple parameters of LV dynamics contraction obtained by speckle tracking with controls, since the indeterminate form of Chagas disease until later stages of systolic dysfunction. METHODS: From January 2010 to August 2013, we studied patients with Chagas disease divided into 04 groups: Ch1A, indeterminate form; Ch1B, normal ejection fraction (EF >= 0.55), but with electrocardiogram abnormalities; Ch2, chagasic CMP with mild to moderate systolic dysfunction (LVEF 0.55-0.30) and Ch3, CMP with severe dysfunction (LVEF < 0.30). Normal individuals and patients with other etiologies of CMP were also studied to compose the control group, and were matched by LVEF. All patients underwent echocardiography with conventional imaging added with speckle tracking imaging acquisition. Images were assessed to determine the parameters of dynamic ventricular by an experienced observer using specific software. RESULTS: A total of 131 patients were included, 47 (36 %) of them allocated in groups of Chagas disease. Sixteen chagasic individuals were men (34 %). The mean age ranged from 54 to 56 years for chagasic groups and 37 to 50 years for controls. The overall feasibility for analysis by speckle tracking technique was 97%. Significant difference was found in the analysis of global longitudinal velocity with lower values in group Ch1A compared with normal controls, C1 (Ch1A, 3.33 ± 0.44 cm/s vs C1, 4.44 ± 0.78 cm/s; p < 0.001). We observed a reduction of all parameters of LV contraction mechanics parallel to systolic impairment, both for global as for segment-to-segment analyses, in chagasic patients and in CMP with other etiologies. We also observed a paradoxical increase in global longitudinal displacement in the group with severe systolic dysfunction (Ch3, 6.48 ± 1.57 mm vs C3, 4.63 ± 1.60 mm; p = 0.01). This trend was followed by observations of higher values of apical global radial displacement (Ch3, 2.49 ± 0.83 mm vs C3, 1.54 ± 1.18 mm; p = 0.04). In segmental analysis, we observed worse values of radial displacement as well as radial strain and strain rate in segments classically affected by Chagas disease (inferior and inferolateral walls) and paradoxical increase of values of these parameters in other segments, such as in septal and anterior wall. CONCLUSION: The technique of echocardiography with speckle tracking disclosed a decrease in ventricular chagasic and non-chagasic dynamic parameters in parallel with the reduction in the ejection fraction of the left ventricle. Compared with patients with non-chagasic CMP, patients with Chagas disease had reduced longitudinal and radial displacement, radial strain and strain rate of segments into inferior and inferolateral walls with paradoxical increase in others (septal and anterior), comprising a dynamic vicarious contraction peculiar to this CMP. Finally, chagasic patients in the indeterminate form had a lower longitudinal velocity compared with normal controls, which may indicate an incipient myocardial injury
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Avaliação da função autonômica em portadores de cardiomiopatia hipertrófica com e sem síncope / Assessment of autonomic nervous function in patients with hypertrophic cardiomyopathy with and without syncope

Costa, Milena Frota Macatrão 05 March 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: Síncope inexplicada é considerada um fator de risco de morte súbita na cardiomiopatia hipertrófica (CMH). Em sua patogênese estão envolvidos meca-nismos diversos, incluindo a dificuldade de adaptação da resistência vascular sistêmica ao exercício e ao estresse ortostático, que pode ser influenciada por uma disfunção do sistema nervoso autônomo. Os objetivos deste estudo foram comparar a função nervosa autonômica em portadores de CMH com e sem síncope, bem como avaliar o valor diagnóstico do teste de inclinação (TI) na investigação de síncope nessa população. MÉTODOS: Foram incluídos 37 pacientes, 16 com síncope inexplicada à avaliação rotineira e 21 sem síncope. A função nervosa autonômica foi medida pela sensibilidade do barorreflexo (BR) espontâneo e do induzido por fenilefrina e pela variabilidade da freqüência cardíaca (VFC). As variáveis da VFC consideradas no domínio do tempo foram: desvio-padrão de todos os intervalos RR normais (SDNN); raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes (RMSSD); e percentagem de intervalos RR adjacentes com diferença superior a 50 ms (pNN50), durante o eletrocardiograma de 24 horas. No domínio da freqüência, foram considerados os componentes de alta, baixa e muito baixa freqüência e a densidade total do espectro, tanto em valores absolutos como em unidades normalizadas, em repouso e aos 60 graus de inclinação. As medidas da pressão arterial sistólica e diastólica, batimento a batimento, e as medidas do índice sistólico, do índice cardíaco e da resistência vascular sistêmica, obtidas pela cardiografia por impedância, foram comparadas, entre os grupos, a 0, 30 e 60 graus de inclinação. O TI consistiu na exposição dos pacientes a 60º de inclinação por 40 minutos, ou até uma resposta positiva. RESULTADOS: A sensibilidade do BR, tanto espontâneo (16,46±12,99 vs 18,31±9,88 ms/mmHg, p=0,464) como induzido por fenilefrina (18,33±9,31 vs 15,83±15,48 ms/mmHg, p=0,521) foi semelhante nos grupos síncope e sem síncope. Não foram observadas diferenças nos valores de SDNN (137,69±36,62 vs 145,95±38,07 ms, p=0,389). O grupo síncope apresentou menores valores de RMSSD (24,88±10,03 vs 35,58±16,43 ms, p=0,042) e tendência a menor pNN50 (4,51±3,78 vs 8,83±7,98 %, p=0,085) e a menores valores do componente de alta freqüência da análise espectral, em repouso (637,59±1295,53 vs 782,65±1264,14 ms2, p=0,075). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos nos demais parâmetros analisados no domínio da freqüência. A adaptação das variáveis hemodinâmicas aos diferentes graus de inclinação foi semelhante entre os grupos nas várias posições estudadas. A positividade ao TI foi semelhante nos dois grupos (6% no grupo síncope e 33% no sem síncope, p=0,053). A sensibilidade, a especificidade e a acurácia do TI em identificar a causa da síncope na amostra foram, respectivamente, 6%, 66% e 40%. CONCLUSÃO: Uma menor atividade parassimpática, medida pela VFC, foi observada nos portadores de CMH com síncope. Não foram encontradas diferenças na reserva vagal e na adaptação hemodinâmica ao estresse ortostático entre os grupos. O TI revelou-se com baixa sensibilidade, especificidade e acurácia para o diagnóstico de síncope inexplicada nessa população. / BACKGROUND: Unexplained syncope is considered a risk factor for sudden death in hypertrophic cardiomyopathy (HCM). Several mechanisms are involved in its pathogenesis, including the difficulty in adaptation of the systemic vascular resistance to exertion and to orthostatic stress, which may be influenced by a dysfunction of the autonomic nervous system. The purposes of this study were to compare the autonomic nervous function in patients with HCM with and without syncope and to assess diagnostic value of the head-up tilting test (HUT) in this population. METHODS: Thirty seven patients were included: 16 with unexplained syncope at routine evaluation and 21 without syncope. The autonomic nervous function was assessed by spontaneous and phenylephrine-induced baroreflex sensitivity (BRS) and by heart rate variability (HRV). Considered HRV variables in time domain were: standard deviation of normal RR intervals (SDNN), root mean square of successive differences (RMSSD), and percentage of adjacent normal RR intervals which differ by at least 50 ms (pNN50), during 24 hours electrocardiogram recording. In frequency domain, high, low and very low frequency bands and the spectrum total power density were considered, both in absolute values and in normalized units, at rest and at 60-degree tilting. Measures of systolic and diastolic blood pressure, beat to beat, and measures of stroke index, cardiac index, and systemic vascular resistance, obtained by impedance cardiography, were compared between the groups, at 0-, 30- and 60-degree tilting. The HUT consisted in exposure to 60º for 40 minutes, or until a positive response. RESULTS: Spontaneous BRS measures were similar between the syncope and non-syncope groups (16.46±12.99 vs 18.31±9.88 ms/mmHg, p=0.464), as well as phenylephrine induced BRS (18.33±9.31 vs 15.83±15.48 ms/mmHg, p=0.521). No differences were found between SDNN values (137.69±36.62 vs 145.95±38.07 ms, p=0.389). The syncope group presented lower values of RMSSD (24.88±10.03 vs 35.58±16.43 ms, p=0.042) and a trend to lower pNN50 (4.51±3.78 vs 8.83±7.98 %, p=0.085) and to lower high frequency component of spectral analyses at rest (637.59±1295.53 vs 782.65±1264.14 ms2, p= 0.075). No differences were observed between the groups in the others parameters analyzed in the frequency domain. Adaptation of hemodynamic variables at different tilting degrees was similar between the groups at the various positions studied. Positive responses to HUT were similar in the two groups (6% in syncope group and 33% in no-syncope group; p=0.053). HUT sensitivity, specificity and accuracy in identifying the cause of syncope in this population were, respectively, 6%, 66% and 40%. CONCLUSION: A lower parasympathetic activity, measured by HRV, was observed in HCM patients with syncope. No differences were found in vagal reserve and in adaptation to orthostatic stress between the groups. HUT showed poor sensitivity, specificity and accuracy in diagnosing unexplained syncope in this population.
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Estudo do envolvimento da molécula MyD88 na infecção de cardiomiócitos pelo Trypanosoma cruzi. / Study of the involvement of MyD88 molecule in infected cardiomyocytes Trypanosoma cruzi.

Rosero, Danni Yohani Santana 07 November 2016 (has links)
A cardiomiopatia chagásica crônica é a consequência mais grave da Doença de Chagas, quadro infeccioso humano causado pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Uma vez que os cardiomiocitos podem ser invadidos pelo T. cruzi, é nosso interesse averiguar se esta população estrutural reconhece o parasita in vivo através dos TLRs (Toll Like receptors). Visto que a maioria dos TLRs sinaliza através da molécula adaptadora MyD88, no presente trabalho temos estudado a participação deste elemento transdutor. Para isto fomos examinar a infecção pelo T. cruzi em camundongos F2 (Mer / MyD88flox+/+), modelo animal no qual o tratamento com a droga Tamoxifeno deve eliminar a molécula MyD88 exclusivamente nos cardiomiócitos. Resultados: em um estudo prévio, constatamos que cardiomiócitos tumorais murinos HL-1, em repouso ou após infecção pelo T. cruzi, transcrevem a molécula MyD88. A seguir, validamos o modelo experimental in vivo, ao mostrar que o tratamento com tamoxifeno dos animais F2 resulta na diminuição de MyD88 no coração, mas não no baço. Ainda, constatamos que a transcrição de MyD88 é mais intensa na aurícula do que no ventrículo, sendo igualmente abolida dos animais F2 pelo tratamento com tamoxifeno. Por outro lado, verificamos que o tamoxifeno determina um aumento da parasitemia em ambos os animais F2 e controle (MerCreMer+/+), não se observando diferenças significativamente entre estes. Finalmente, estudos preliminares mostraram que a eliminação de MyD88 nos cardiomiócitos dos animais F2 não altera significativamente o quadro de patologia (parasitismo e infiltração leucocitária) aos 10 ou 28 dias de infecção pelo T. cruzi, quando comparado ao de animais controle (MerCreMer+/+) igualmente tratados com tamoxifeno e infectados. / Chronic Chagas cardiomyopathy is the most serious consequence of Chagas Disease, caused by Trypanosoma cruzi. Cardiomyocytes are invaded by T. cruzi, it is our interest to see if this structural population in vivo recognizes the parasite through TLRs. Since most TLRs signal through MyD88, we studied in vivo participation of Myd88 in cardiomyocyte response. Treatment with tamoxifen (Tam) eliminate the MyD88 molecule exclusively from cardiomyocytes in F2 mice, which we used to understand its role on T. cruzi infection. Results: HL-1 cells, a murine cardiomyocyte tumor line, in infection with T. cruzi, transcribe the MyD88 molecule. Transcription of MyD88 is more intense in the atria than in ventricle. Tam treatment of F2 mice eliminates the MyD88 at the heart completely, but not at spleen. Tam caused increased parasitaemia, no differences were observed in the parasitaemia curve of infected F2 and MerCreMer+/+ (control) mice. Finally, MyD88 elimination in cardiomyocytes of F2 mice does not alters the pathology frame at days 10 and 28 post infection.
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Prevalência e importância cardiovascular dos distúrbios respiratórios do sono na miocardiopatia hipertrófica / Prevalence and cardiovascular importance of sleep disordered breathing in patients with hypertrophic cardiomyopathy

Rodrigo Pinto Pedrosa 25 October 2010 (has links)
Introdução: A miocardiopatia hipertrófica é a mais frequente doença cardiovascular de origem genética e está associada a arritmias e morte cardiovascular. O aumento do átrio esquerdo e a fibrilação atrial são considerados marcadores de morte por insuficiência cardíaca em pacientes com miocardiopatia hipertrófica. A apneia obstrutiva do sono é o distúrbio respiratório do sono mais comum, caracterizando-se por episódios recorrentes de colapso parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono. A apneia obstrutiva do sono é muito prevalente entre as populações com doença cardiovascular, como hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, e está associada a remodelamento cardíaco e arritmias. Objetivos: O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência dos distúrbios respiratórios do sono em pacientes com miocardiopatia hipertrófica e avaliar a associação da apneia obstrutiva do sono com o remodelamento cardíaco (ventricular e atrial) e fibrilação atrial em pacientes com miocardiopatia hipertrófica. Métodos: Foram estudados pacientes consecutivos estáveis clinicamente, com um diagnóstico confirmado de miocardiopatia hipertrófica acompanhados no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, questionário de sonolência, bioquímica sanguínea, ecocardiograma e monitorização respiratória noturna com poligrafia portátil. Foi utilizado um valor de corte de 15 e 30 apneias e hipopneias por hora de registro para o diagnóstico de apneia obstrutiva do sono e apneia obstrutiva do sono grave, respectivamente. Resultados: Foram avaliados 80 pacientes consecutivos com miocardiopatia hipertrófica. Apneia obstrutiva do sono foi diagnosticada em 32 pacientes (40%). Apneia obstrutiva do sono grave esteve presente em 17 pacientes (21%). Pacientes com apneia obstrutiva do sono foram significativamente mais velhos (56 [41-64] vs. 39 [30-53] anos, p < 0,001), apresentaram maior índice de massa corporal (28,2 ± 3,5 vs. 25,2 ± 5,2 Kg/m2, p < 0,01), maior dimensão do átrio esquerdo (45 [42-53] vs. 41 [39-47] mm, p = 0.01) e maior diâmetro da aorta (34 [30-37] vs. 29 [28-32] mm, p < 0,001) em comparação com pacientes sem apneia obstrutiva do sono. Dois modelos de regressão linear múltipla para identificar os fatores associados ao aumento do átrio esquerdo e da aorta ascendente mostraram que o índice de apneia e hipopneia foi a única variável associada ao aumento atrial (p = 0,05) e da aorta (p = 0,01), respectivamente. A fibrilação atrial permanente esteve presente em 31% vs. 6% dos pacientes com e sem apneia obstrutiva do sono, respectivamente (p < 0,01). A apneia obstrutiva do sono (p = 0,03) e o diâmetro do átrio esquerdo (p = 0,03) foram os únicos fatores independentemente associados à fibrilação atrial em um modelo multivariado. Conclusão: A apneia obstrutiva do sono é muito prevalente em pacientes com miocardiopatia hipertrófica e está associada com aumento do átrio esquerdo e da aorta ascendente. A apneia obstrutiva do sono está independentemente associada à fibrilação atrial, um fator de risco para óbito cardiovascular nesta população / Background: Hypertrophic cardiomyopathy is the most common genetic cardiovascular disease and is associated with arrhythmias and cardiovascular death. Left atrial enlargement and atrial fibrillation are considered markers for death due to heart failure in patients with hypertrophic cardiomyopathy. Obstructive sleep apnea is the most common sleep disordered breathing and is characterized by recurrent episodes of partial or complete collapse of the upper airway during sleep. Obstructive sleep apnea is extremely prevalent among populations with cardiovascular disease, such as systemic hypertension and heart failure and is independently associated with heart remodelling and arrhythmias. Objectives: The aim of this study was to determine the prevalence of sleep disordered breathing in consecutive patients with hypertrophic cardiomyopathy and evaluate the association of obstructive sleep apnea with heart remodelling (ventricular and atrial) and with atrial fibrillation in patients with hypertrophic cardiomyopathy. Methods: We studied consecutive clinically stable patients with a confirmed diagnosis of hypertrophic cardiomyopathy followed in the Heart Institute Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, by clinical evaluation, sleep questionnaire, biochemical blood analysis, echocardiography and sleep study (overnight portable respiratory monitoring). We used a cut-off value of 15 and 30 apneas and hypopneas per hour of recording in the sleep study for the diagnosis of obstructive sleep apnea and severe obstructive sleep apnea, respectively. Results: We evaluated 80 consecutive patients with hypertrophic cardiomyopathy. Obstructive sleep apnea was present in 32 patients (40%). Severe obstructive sleep apnea was present in 17 patients (21%). Patients with obstructive sleep apnea were significantly older (56 [41-64] vs. 39 [30-53] years, p < 0.001), presented higher body mass index (28.2 ± 3.5 vs. 25.2 ± 5.2 Kg/m2, p < 0.01), increased left atrial diameter (45 [42-53] vs. 41 [39-47] mm, p = 0.01) and aorta diameter (34 [30-37] vs. 29 [28-32] mm, p < 0.001) compared with patients without obstructive sleep apnea. Two models of stepwise multiple linear regression to identify variables associated with left atrial and ascending aorta enlargement showed that apnea-hypopnea index was the only variable associated with left atrial enlargement (p = 0.05) and aorta diameter (p = 0.01), respectively. Permanent atrial fibrillation was present in 31% vs. 6% in patients with and without obstructive sleep apnea, respectively (p < 0.01). Obstructive sleep apnea (p = 0.03) and left atrial diameter (p = 0.03) were the only factors independently associated with atrial fibrillation in a multivariate model. Conclusions: Obstructive sleep apnea is highly prevalent in patients with hypertrophic cardiomyopathy and it is associated with left atrial and ascending aorta enlargement. Obstructive sleep apnea is independently associated with atrial fibrillation, a risk factor for cardiovascular death in this population
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Correlação da deformação miocárdica pelo speckle tracking com arritmias malignas em portadores de cardiomiopatia hipertrófica / Correlation of myocardial deformation by Speckle Tracking with malignant arrhythmias in patients with hypertrophic cardiomyopathy

Toledo, Leonardo Mello Guimarães de 17 May 2017 (has links)
Estratificar o risco de morte súbita é um grande desafio no manejo da cardiomiopatia hipertrófica (CMH). Os fatores de risco existentes atualmente apresentam baixo valor preditivo positivo e a estratégia para prevenção primária de morte súbita, que é o implante do cardiodesfibrilador implantável (CDI), baseia-se nesses fatores. Estudos que validem novos marcadores de risco são necessários, objetivando identificar pacientes com maior risco de morte súbita. A avaliação da deformação miocárdica (strain) por meio do Speckle Tracking na ecocardiografia bidimensional determina a função regional e global do ventrículo esquerdo, e, ainda, pode se correlacionar à fibrose miocárdica. Objetivo: Avaliar, em portadores de CMH e CDI, se a deformação miocárdica avaliada pelo Speckle Tracking, correlaciona-se com a ocorrência de taquiarritmias ventriculares registradas no monitor de eventos do CDI. Métodos: Foram incluídos 49 pacientes (43,5±15,8 anos; 59% mulheres) portadores de CMH e CDI acompanhados nos ambulatórios de Eletrofisiologia e Miocardiopatias do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação ecocardiográfica convencional padrão e análise do strain miocárdico pelo Speckle Tracking bidimensional. Foram divididos em dois grupos: grupo A, composto por aqueles que receberam terapia apropriada pelo CDI ou tiveram apenas a documentação de taquicardia ventricular não sustentada pelo CDI; e grupo B, composto por pacientes sem documentação de arritmias ventriculares no monitor de eventos. As variáveis contínuas foram comparadas utilizando-se testes t de Student pareado ou Mann-Whitney; para as categóricas o teste do x2 ou testes exatos de Fisher. Para análise dos dados, utilizou-se o programa SPSS. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados: Em 93,9% da população, a indicação do CDI foi por prevenção primária. Quinze pacientes (30,6%) compuseram o grupo A, 10 pacientes, por apresentarem taquicardia ventricular não sustentada (TVNS) e 5 por taquicardia ventricular sustentada (TVS). Os parâmetros ecocardiográficos convencionais não foram diferentes entre os grupos, com exceção do diâmetro da raiz aórtica, maior no grupo A (33,6 ± 4,4 e 29,4 ± 3,5, p = 0,001). Os valores do strain bidimensional longitudinal global, circunferencial global e radial global estavam reduzidos na população, porém não foram estatisticamente diferentes entre os grupos A e B. Pacientes do grupo A tiveram redução significante do strain circunferencial médio ao nível da valva mitral (SC médio VM) e do strain circunferencial no segmento ântero-septal ao nível da valva mitral (SC ântero-septal VM), em relação aos pacientes do grupo B (-12,3 ± 3,2 e -16 ± 3,9, p = 0,041 e -13,6 ± 6,6 e -18,7 ± 7,2, p = 0,039, respectivamente). O SC médio VM >= -14,2% apresentou 84,6% de sensibilidade e 70% de especificidade para predizer a ocorrência de taquicardias ventriculares em portadores de CMH com uma área sob a curva de 0,76 e nível de significância de 0,005; e O SC ântero-septal VM >= -17,9% apresentou 77% de sensibilidade e 60% de especificidade para predizer a ocorrência de taquicardias ventriculares em portadores de CMH com uma área sob a curva de 0,68 e nível de significância de 0,044. Conclusões: A presença de SC médio VM > -14,2% e SC ântero-septal VM > -17,9% correlacionaram-se com a presença de arritmias ventriculares malignas. Houve correlação positiva entre a presença de arritmias ventriculares malignas e o diâmetro da raiz da aorta. / Risk stratification for sudden cardiac death is still a challenging in the management of hypertrophic cardiomyopathy (HCM). The existing risk factors present low positive predictive value, and the strategy for primary prevention of sudden cardiac death, that is the implantable cardioverter-defibrillation (ICD), is based on these factors. Studies to validate new risk markers are necessaries to identify patients with higher sudden cardiac death risk. The evaluation of myocardial deformation (strain) through Speckle Tracking in two-dimensional echocardiography determines the regional and global function of the left ventricle, and still correlate with myocardial fibrosis. Objective: To evaluate, in patients with HCM and ICD, if the myocardial deformation evaluated through the Speckle Tracking correlates with the occurrence of ventricular tachyarrhythmias recorded in the monitor of implantable cardioverter-defribillation events. Methods: Forty-nine patients (mean age, 43,5 ± 15,8; 59% women) with hypertrophic cardiomyopathy and implantable cardioverter-defibrillation followed in Eletrophysiology and Cardiomyopathies Divisions at Dante Pazzanese Institute of Cardiology were included in the study. All patients underwent standard conventional echocardiographic evaluation and analysis of myocardial strain through two-dimensional Speckle Tracking. Patients were divided in two groups: group A, composed of those who received appropriate therapy by the ICD or had only the documentation of ventricular tachycardia not sustained by the ICD; group B, composed of patients without documented ventricular arrhythmias in the event monitor. Continuous variables were compared using paired t-Student test or Mann-Whitney. Categorical variables were analyzed using chi-square test or Fisher exact test. For data analysis, the SPSS program was used. P values < 0.05 were considered statistically significant. Results: Forty-nine patients (mean age, 43,5 ± 15,8; 59% women) were evaluated. 93.9% in the ICD was for Primary Prevention. Fifteen patients comprised the group A, ten patients for presenting Nonsustained Ventricular Tachycardia (NSVT) and five for Sustained Ventricular Tachycardia (SVT). Conventional echocardiographic parameters were not different between the groups, except for the aortic root diameter, higher in group A (33,6 ± 4,4 and 29,4 ± 3,5; p= 0,001). The values of global longitudinal, global circumferential and global radial two-dimensional strain were reduced in the population, but not statistically significant between groups A and B. Patients in group A had a significant reduction of the mean circumferential strain at the level of the mitral valve (mean SC MV) and the circumferential strain at the anteroseptal segment at the level of the mitral valve (anteroseptal MV SC), compared to the patients in group B (-12.3 ± 3.2 and -16 ± 3.9, p = 0.041 and -13.6 ± 6.6 and -18.7 ± 7.2, p = 0.039, respectively). The mean MV SC >= -14.2% presented 84.6% sensitivity and 70% specificity to predict the occurrence of ventricular tachycardias in patients with HCM with an area under the curve of 0.76 and a level of significance of 0.005 and Anteroposterior MV >= -17.9% presented 77% sensitivity and 60% specificity to predict the occurrence of ventricular tachycardias in patients with HCM with an area under the curve of 0.68 and a level of significance of 0.044. Conclusions: The presence of mean circumferential strain at the level of the mitral valve > -14,2% and anteroseptal circumferential strain at the level of the mitral valve > -17,9% correlated with the presence of malignant ventricular arrhythmias. There was a positive correlation between the presence of malignant ventricular arrhythmias and the aortic root diameter.
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Resposta cardiovascular do exercício agudo da musculatura inspiratória em pacientes com cardiomiopatia hipertensiva ou chagásica / Cardiovascular responses the acute inspiratory muscle exercise in patients with hypertensive cardiomiopathy or chagasic cardiomiopathy

Borile, Suellen 07 October 2010 (has links)
Pacientes com insuficiência cardíaca (IC) podem apresentar fraqueza da musculatura inspiratória. O treinamento da musculatura inspiratória (TMI) vem sendo utilizado nesta população para melhorar a capacidade cardiorrespiratória, porém, não se conhece a segurança e as alterações hemodinâmicas que possam ocorrer durante uma sessão deste modelo de exercício. Portanto, nosso objetivo foi avaliar a resposta cardiovascular durante o exercício agudo da musculatura inspiratória (ExAMI) em pacientes com IC associada a cardiomiopatia hipertensiva (CMHAS) ou chagásica (CMCH). Inicialmente, os pacientes responderam ao Questionário de Qualidade de Vida de Minnesota e na seqüência realizaram teste de força muscular respiratória por meio do equipamento manovacuômetro digital MVD300. Os pacientes que apresentaram fraqueza da musculatura inspiratória (valores 70% do predito da pressão inspiratória máxima - Pimáx) realizaram o ExAMI. Durante os momentos basal (repouso) e ExAMI registramos de forma indireta e não-invasiva, curvas da pressão arterial (PA) batimento a batimento com o equipamento Finometer. Também monitoramos o ritmo cardíaco por meio do eletrocardiograma e a frequência respiratória com uso da cinta respiratória. O protocolo foi realizado com todos os pacientes sentados e teve duração de 25 minutos (10 min basal, 10 min ExAMI e 5 min de recuperação). O exercício foi executado com o equipamento Threshold inspiratório com carga de 30% da Pimáx. O protocolo do ExAMI foi realizado por 27 pacientes com CMHAS e 9 pacientes com CMCH (FEVE<45%), porém, 7 pacientes (26%) do grupo CMHAS não finalizaram o protocolo por apresentarem elevação da PA sistólica > 20mmHg e referirem exaustão. Todos os pacientes do grupo CMCH concluíram o tempo previsto do ExAMI, mas relataram intenso cansaço ao final do exercício. Quando comparamos o basal vs. exercício (valor ) para ambos os grupos (CMHAS e CMCH), encontramos aumentos significativos da: PA sistólica ( = 9 ± 2 e = 7,6 ± 3 mmHg), diastólica ( = 4,8 ± 1 e = 4,2 ± 1 mmHg), FC ( = 5,5 ± 1,2 e = 6,6 ± 3 bpm) e DP ( = 1327 ± 208 e = 1319 ± 373 mmHg.bpm); o grupo CMHAS também apresentou aumento significativo do DC ( = 0,36 ± 0,1 l/min), Ic ( = 0,2 ± 0,1 l/min/m2), dp/dt ( = 118 ± 35 mmHg/s) e SPTI ( = 1,98 ± 0,6 mmHg.s). A modulação autonômica foi semelhante em ambos os grupos no momento basal e durante o exercício ocorreu um aumento da modulação vagal no grupo CMHAS ( = 258 ± 115 ms2). Os nossos resultados demonstraram que o ExAMI provocou alterações hemodinâmicas significativas nos pacientes dos dois grupos estudados, mas sem repercussão clínica na maioria deles. Um quarto (26%) dos pacientes com CMHAS apresentaram resposta exacerbada da PAS, referiram exaustão e portanto, não conseguiram realizar o tempo pré-determinado (10 min) do ExAMI. Sendo assim, concluímos que antes da indicação do TMI (3 séries de 10 min/dia) faz-se necessário a realização de uma sessão do exercício com monitorização cardíaca e respiratória, para avaliar se há ou não segurança da indicação deste modelo de exercício para pacientes com IC de diferentes etiologias / Patients with heart failure (HF) may show weakness of respiratory muscles. The inspiratory muscle training (IMT) has been used in this population to improve cardiorespiratory fitness, however, does not know the safety and hemodynamic changes that may occur during a session of exercise model. Therefore, our objective was to evaluate the cardiovascular response during acute inspiratory muscle exercise (AIME) in patients with HF associated with hypertensive cardiomyopathy (HCM) or Chagas (CCM). Initially, the patients responded to the questionnaire of quality of life of Minnesota and the test sequence performed by respiratory muscle strength equipment MVD300 digital manometer. Those patients who had inspiratory muscle weakness (values 70% predicted maximal inspiratory pressure - MIP) were AIME. During the basal (resting) and AIME recorded indirectly and non-invasive blood pressure curves (BP) beat to beat with the equipment Finometer. We also monitor the heart rate by electrocardiogram and respiration using the respiratory belt. The protocol was performed with patients sitting and lasted 25 minutes (10 min baseline, 10 min AIME and 5 min recovery). The exercise was carried out with the equipment inspiratory threshold load of 30% of MIP. The protocol of the AIME was performed for 27 patients with HCM and 9 patients with CCM (LVEF <45%), however, seven patients (26%) in group HCM not finalized the protocol for having elevated systolic BP 20mmHg and refer exhaustion. All patients in CCM group completed the scheduled time of the AIME, but reported heavy fatigue at the end of the exercise. When comparing the basal. vs. exercise (value ) for both groups (HCM and CCM), we found significant increases in: Systolic BP ( = 9 ± 2 e = 7,6 ± 3 mmHg), diastolic BP ( = 4,8 ± 1 e = 4,2 ± 1 mmHg), HR ( = 5,5 ± 1,2 e = 6,6 ± 3 bpm) e PD ( = 1327 ± 208 e = 1319 ± 373 mmHg.bpm); the HCM group also showed a significant increase in CO ( = 0,36 ± 0,1 l/min), CI ( = 0,2 ± 0,1 l/min/m2), dp/dt ( = 118 ± 35 mmHg/s) e SPTI ( = 1,98 ± 0,6 mmHg.s). The autonomic modulation was similar in both groups at baseline and during exercise there was an increase in vagal modulation in the group HCM ( = 258 ± 115 ms2). Our results demonstrate that the AIME caused significant hemodynamic changes in patients of both groups, but no clinical significance in most areas. A quarter (26%) patients with HCM showed exacerbated response of SBP, reported exhaustion and therefore could not perform the predetermined time (10 min) of the AIME. Thus, we conclude that before the indications of IMT (3 x 10 min / day) is necessary to carry out an exercise session with cardiac and respiratory monitoring, to evaluate whether or not the security alert to this type of exercise patients with HF of different etiologies
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Avaliação ecocardiográfica dos índices de função sistólica e diastólica de cães com cardiomiopatia dilatada idiopática submetidos ao tratamento com carvedilol / Echocardiographic evaluation of systolic and diastolic parameters of dogs with dilated cardiomyopathy treated with carvedilol

Elaine Cristina Soares 13 January 2006 (has links)
A cardiomiopatia dilatada idiopática (CMD) é a segunda cardiopatia mais prevalente na espécie canina, acometendo principalmente raças grandes e gigantes, bem como o Cocker Spaniel. É uma doença que possui alta letalidade, além de comprometer substancialmente a qualidade de vida do animal. O diagnóstico definitivo é realizado por meio da ecocardiografia, onde se observam dilatação das cavidades cardíacas, mais freqüentemente do ventrículo e átrio esquerdos, e diminuição da função sistólica. Estudos realizados em seres humanos com CMD mostram que, além da sistólica, a função diastólica está comprometida, e que a análise do fluxo transmitral, importante para a detecção de alterações de relaxamento e/ou distensibilidade tem importante valor prognóstico para a sobrevida e evolução dos sintomas. O tratamento da CMD tradicionalmente baseia-se na utilização de digitálicos, diuréticos, e vasodilatadores. Contudo, nos últimos anos, visto a importância da ativação do sistema nervoso simpático sobre a fisiopatologia desta doença, os &beta;-bloqueadores têm sido empregados. Muitos trabalhos mostram que estes fármacos melhoram a função sistólica e/ou diastólica do ventrículo esquerdo, e com isso aumentam a sobrevida e diminuindo a progressão dos sintomas. Estudaram-se 45 cães com cardiomiopatia dilatada, que foram divididos em dois grupos (A e B). O grupo A (n=25) recebeu o tratamento convencional, ou seja, digitálicos, diuréticos e vasodilatadores, e o grupo B (n=20) recebeu estes mesmos medicamentos acrescidos do carvedilol, um &beta;-bloqueador de terceira geração. Os animais foram submetidos aos exames clínico e ecocardiográfico antes e após três, 13, 26 e 52 semanas do início do tratamento ou até o óbito. Não foram observadas diferenças nos valores dos índices de função sistólica e diastólica entre os grupos. Verificou-se que o grupo tratado com carvedilol apresentou maior tempo médio de sobrevida, porém esta diferença não foi estatisticamente significante. Quanto aos sintomas (classe funcional), observou-se que o grupo tratado com carvedilol apresentou evolução mais favorável, com maior número de animais classificados como &quot;sintomas leves&quot; após três meses de tratamento. Assim, embora o carvedilol tenha se mostrado benéfico, principalmente com relação aos sintomas, não se pode correlacionar esta melhora à ação do fármaco sobre as funções sistólica e diastólica / Dilated Cardiomyopathy (DCM) is the second more common heart disease in dogs, wherein large and giant breeds, as well as Cockers Spaniels, are predisposed. Such disease has a high mortality rate besides reducing the quality of life of the affected animals. The definitive diagnosis is based upon echocardiography which is characterized by dilation of cardiac chambers, mainly the left ones, and by reduced systolic function. Human medicine studies have reported that the diastolic dysfunction also plays an important role; so, an abnormal transmitral flow pattern, which represents the ventricular diastolic filling, has a great prognostic value in terms of survival and symptoms status (heart failure functional class) The management of DCM traditionally consists of digitalis, diuretics and vasodilators, however, in the late years, some attention has being paid to the importance of the sympathetic nervous system on the pathophysiology of this disorder; being so, &beta;-blockers have been included in the therapy. Many authors have reported that these drugs improve the left ventricle systolic and diastolic function, and so they increase the survival rate and reduce the symptoms progression. Forty-five dogs with idiopathic dilated cardiomyopathy, divided into two groups (A and B), were studied. The group A (n=25) consisted of dogs that were put on the traditional therapy (digitalis, diuretics and vasodilators) and the group B (n=20) included those who were treated with all these drugs plus carvedilol, a third generation &beta;-blocker. The animals went through clinical and echocardiographic assesment before and 3, 13, 26 and 52 weeks after starting the treatment or until death. The variables of systolic and diastolic function were not statistically different between the two groups. The median survival time of the dogs treated with carvedilol was higher, but the difference was not statistically significant. Concerning to the symptoms (heart failure funcional class), dogs who were put on carvedilol had a better progression, as more of them were classified as &quot;mild symptoms&quot; after three months of therapy. In conclusion, despite the beneficial effects of carvedilol on the symptoms, these can not be correlate with the systolic and diastolic functions

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