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Trauma, resiliência e dependência química : um estudo sobre seus aspectos clínicos e biológicos em uma amostra de usuários de crack

Sordi, Anne Orgler January 2015 (has links)
Introdução: O consumo de drogas - em especial o crack - tem se tornado alvo de preocupação em diversos países devido ao impacto que uso desta substância provoca no indivíduo, na família e na sociedade. A complexidade deste tema permeia questões políticas e científicas que buscam uma solução para esse problema, levando em consideração medidas de prevenção e de tratamento para os usuários. Dessa maneira, entender os fatores de vulnerabilidade que predispõem ao consumo desta substância, bem como de que maneira estes fatores interferem na fisiopatologia do desenvolvimento da dependência química se tornou foco de muitas pesquisas. Recentemente, tem-se voltado à atenção para o estudo de alguns marcadores biológicos “candidatos” que possam auxiliar no entendimento dos mecanismos que permeiam o estabelecimento e o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, incluindo a dependência química. Objetivos: Avaliar as alterações nos níveis séricos de BDNF e TBARS durante o processo de abstinência precoce em usuários de crack e sua relação com a gravidade do uso da substância; avaliar a história de trauma na infância e a capacidade de resiliência em usuários de crack em comparação com indivíduos saudáveis; e avaliar como as alterações destes marcadores biológicos, bem como o do NPY, estão associados a intensidade de trauma infantil reportado pelos usuários de crack. Método: Este é um estudo longitudinal que avaliou o total de 218 usuários de crack, 18 anos ou mais, internados no Hospital Psiquiátrico São Pedro, na cidade de Porto Alegre, Brasil. Destes, os primeiros 49 usuários de crack masculinos que aceitaram coletar sangue na baixa e na alta foram selecionados através de uma amostra consecutiva para a avaliação dos níveis séricos de TBARS e de BDNF, e destes 33 também foram selecionados consecutivamente para a avaliação dos níveis séricos de NPY na alta e em jejum. As dosagens séricas dos neuromarcadores não foram realizadas em toda a amostra devido a limitações nos recursos financeiros do projeto. Além disso, foram avaliados 215 controles saudáveis moradores de um bairro da cidade de Canoas, com condições sociodemográficas semelhantes aos casos. Destes, 97 foram selecionados por uma amostra consecutiva e tiveram seu sangue coletado para avaliação dos níveis séricos de TBARS e BDNF. Todos os casos apresentaram teste de urina positivo para cocaína na entrada ao estudo, e todos os controles apresentaram teste de urina negativo para cocaína, além de reportarem não usar a substância. As entrevistas dos casos foram realizadas por entrevistadores treinados e supervisionados semanalmente pelos coordenadores do estudo, e ocorreram entre o 5º e 7º dia de internação. Características do consumo de drogas foram avaliadas através do Addicion Severity Index 6ª versão (ASI-6), a história de trauma na infância foi avaliada pelo Childhood Trauma Questionaire (CTQ) e a capacidade de resiliência foi avaliada através da Escala de Resiliência. Resultados: O artigo 1 avaliou 49 pacientes usuários de crack e demonstrou uma correlação positiva, na alta hospitalar, entre os níveis séricos de TBARS e a gravidade do uso de crack (R=0,304; p=0,04), bem como uma correlação negativa entre os níveis séricos de BDNF e a gravidade do uso de crack (R =-0,359; p=0,01). Além disso, foi verificada uma correlação inversa entre os níveis séricos de TBARS e BDNF na alta (R=-0,294; p=0,004). O artigo 2 avaliou 218 usuários de crack e 215 controles saudáveis e mostrou que usuários de crack reportam níveis mais altos de trauma na infância, exceto por abuso sexual, do que os controles (p<0.001). Escores de resiliência foram mais baixos nos usuários de crack (p<0.01); e apresentar níveis mais altos de trauma na infância, bem como escores mais baixos de resiliência, aumentou a chance de vir a ser um usuário de crack, independentemente do diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O artigo 3 avaliou 33 usuários de crack e demonstrou que o BDNF aumenta durante a abstinência precoce, independentemente dos níveis de trauma na infância. Por outro lado, o TBARS apresentou uma interação significativa entre tempo e trauma (F[2,28]=6,357; p=0.005; ηp2=0,312). Aqueles com baixos escores de trauma diminuíram o TBARS, enquanto aqueles com altos escores de trauma aumentaram o TBARS durante a abstinência precoce. Além disso, os níveis séricos de NPY apresentaram uma correlação negativa com todos os tipos de trauma, exceto por abuso sexual (negligência física r=-0,396; p=0,034; negligência emocional r=-0,391; p=0,036; abuso físico r=-0,427; p=0,021; abuso emocional r=-0,419; p=0,024; abuso sexual r=-0,190; p=0,323). Conclusões: Os achados deste estudo demonstram que usuários de crack possuem escores mais elevados de trauma na infância e escores mais baixos de resiliência, quando comparados a indivíduos saudáveis. As alterações nos níveis de TBARS durante a abstinência precoce parecem ser influenciadas pela intensidade do trauma infantil, e os níveis séricos de NPY parecem estar inversamente correlacionados à intensidade deste trauma. Além disso, os níveis de BDNF e TBARS no momento da alta parecem estar associados à gravidade do uso de crack. A intensidade do trauma infantil e a gravidade do uso de crack parecem ser fatores que influenciam os mecanismos neurobiológicos relacionados ao desenvolvimento da dependência desta substância, bem como ao processo de abstinência. Os resultados apresentados nos 3 artigos se complementam no sentido de proporcionar uma maior compreensão das inter-relações entre fatores psicossociais de proteção e vulnerabilidade para a dependência de crack e as alterações neurobiológicas associadas tanto à história de trauma na infância, quanto à gravidade do uso de drogas. Dessa forma, esses achados podem contribuir para a construção do conhecimento a respeito dos processos que medeiam o desenvolvimento da dependência química. / Introduction: Drug consumption - particularly crack cocaine - has become a matter of concern in many countries because of its impact on the individual, family and society. The complexity of this issue permeates political and scientific questions that aim to find a solutions, taking into account strategies of prevention and treatment for crack cocaine users. Thus, understanding the vulnerability factors that predispose to drug use, as well as how these factors influence the pathophysiology of addiction has became the focus of many studies. Recently, there is a growing body of evidence suggesting that “candidate” biological markers can help to understand the mechanisms that underlie the establishment and development of psychiatric disorders, including substance abuse. Method: This was a longitudinal study that evaluated 218 crack cocaine users, at least 18 years old, admitted to Hospital Psiquiátrico São Pedro in the city of Porto Alegre, Brazil. Of these, 49 male patients had blood samples collected at intake and discharge for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels, and 33 had their blood also collected at discharge for the evaluation of NPY serum levels. In addition, we evaluated 215 healthy controls who lived in a neighborhood with sociodemographic conditions similar to cases, in the city of Canoas. Of these, 97 had blood collected for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels. All cases had a positive urine test for cocaine at intake. All controls had negative urine test for cocaine and reported not to use this substance. The interviews of the cases were conducted by trained interviewers and supervised weekly by study coordinators, and occurred between 5 and 7 days of hospitalization. Characteristics of drug use were evaluated using the Addiction Severity Index 6th version (ASI -6), the history of childhood trauma was assessed by the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), and resilience was evaluated by the Resilience Scale. Results: The first paper evaluated 49 crack cocaine users. We found a positive correlation between TBARS levels and severity of crack cocaine use (R=0.304, p=0.04) and a negative correlation between BDNF and severity of crack cocaine use (R =-0.359, p=0.01) at discharge. We found an inverse correlation between TBARS and BDNF levels (R=-0.294, p=0.004) at discharge. The second paper reported that childhood trauma was significantly higher among crack cocaine users in all trauma domains (p<0.001) - except for sexual abuse - and resilience scores were lower among crack cocaine users (p<0.01). We also demonstrated that having higher scores of childhood trauma and lower scores of resilience increases the odds to become a crack cocaine user (p<0.001), despite the diagnosis of post-traumatic stress disorder (PTSD). Finally, the third paper showes a significant increase in BDNF levels from admission to discharge, which did not differ by the childhood trauma subgroups. For TBARS levels, we found significant time by trauma interaction (F[2,28]=6.357,p=0.005,ηp2=0.312). Those with low trauma levels decrease TBARS, while those with a high trauma levels increase TBARS during early withdrawal. NPY levels were negatively correlated with all types of childhood trauma, except for sexual abuse (physical neglect r=-0.396, p=0.034; emotional neglect r=-0.391, p=0.036; physical abuse r=-0.427, p=0.021; emotional abuse r=-0.419, p=0.024; sexual abuse r=-0.190, p=0.323). Conclusions: Results of this study demonstrate that crack cocaine users have higher scores of childhood trauma and lower resilience scores when compared to healthy subjects. Changes in the level of TBARS during early withdrawal, as well as NPY serum levels at discharge seems to be influenced by the intensity of childhood trauma. In addition, BDNF and TBARS levels at discharge appear to be associated with the severity of crack cocaine use. Thus, it is suggested that childhood trauma and low resilience may be risk factors for crack cocaine use. Also, the intensity of childhood trauma and severity of crack cocaine use appear to influence the neurobiological mechanisms related to the development of crack cocaine dependence and withdrawal. The results presented in the 3 articles complement each other in order to provide a greater understanding of the interrelationships between psychosocial factors of vulnerabilities and protection for crack addiction, and the neurobiological changes associated with both childhood trauma and the severity of drug use. Thus, these findings may contribute to the construction of knowledge about the processes that underlies the development of addiction.
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Preditores de recaída precoce em adolescentes usuários de crack após alta hospitalar

Rosa, Ronaldo Lopes January 2015 (has links)
Introdução: A recaída no uso tem sido um dos maiores desafios para quem está envolvido no atendimento à população de usuários de drogas. Os usuários de crack tem maior propensão a tornarem-se severamente dependentes em virtude do uso mais frequente, em maiores quantidades e por mais longos períodos de tempo, tornando-se assim mais vulneráveis à recaída precoce. O início do uso durante a adolescência piora o prognóstico devido às altas taxas de impulsividade, busca de sensações e novidade, bem como outras características comportamentais verificadas nesta faixa etária. Estudos anteriores, tanto em adultos, quanto em adolescentes, identificaram preditores de recaída precoce como variáveis importantes a serem analisadas após a alta hospitalar, com o objetivo de evitar a reincidência no uso de drogas, incluindo o crack. Objetivos e hipóteses: Analisar preditores de recaída precoce em adolescentes usuários de crack após alta hospitalar: levantamos a hipótese que a severidade do uso de crack, o perfil de consumo de crack e a presença de comorbidades psiquiátricas poderiam estar associados a esse desfecho. Método: O desenho do estudo foi composto por uma coorte prospectiva, com amostra de 89 adolescentes de ambos os sexos, idade entre 12 e 17 anos, uso recente de crack e que estavam internados em unidade de adolescentes de duas instituições psiquiátricas de Porto Alegre (Hospital Psiquiátrico São Pedro e Clínica São José). Foram coletadas amostras de urina no primeiro dia de internação para garantir uso recente de cocaína (crack). Posteriormente, foram coletados dados demográficos e preenchidos questionários pelos adolescentes e seus pais ou cuidadores com informações para obtenção de diagnósticos psiquiátricos, severidade da dependência e perfil de consumo de crack. Um e três meses após a alta hospitalar, novas informações foram obtidas através de amostras de urina e relatos dos próprios pacientes e/ou seus pais ou cuidadores, de forma presencial ou telefônica, com o objetivo de verificar se haviam recaído ou não no uso de crack durante os períodos citados. Resultados: Dos 89 pacientes incluídos na amostra, 85,4% era do sexo masculino, 51,7% era caucasiano e 84,3% estava fora da escola. Apenas um caso foi perdido no seguimento. Até o final do primeiro mês, 58 (65,9%) adolescentes haviam recaído. Até o final do terceiro mês, o resultado foi de 76 adolescentes (86,4%). Em virtude da grande taxa de recaída ao final do terceiro mês, não foi possível analisar os preditores para esse período A análise dos dados sobre comorbidades psiquiátricas não mostrou nenhuma diferença significativa entre os dois grupos. Em relação às variáveis que mostraram associação significativa com recaída precoce (primeiro mês) na análise univariada, ou seja, idade, duração do uso de crack e uso compulsivo (binge) de crack, apenas os dois últimos permaneceram significativos regressão logística multivariada. Conclusões: Este estudo mostra altas taxas de recaída 30 e 90 dias após a alta hospitalar entre os adolescentes usuários de crack tratados em regime de internação em duas instituições especializadas. Os preditores de recaída precoce encontrados foram associados ao padrão de consumo de crack, diferente do que normalmente se encontra em adultos. Nossos resultados sugerem que apenas o tratamento hospitalar não é suficiente e que estratégias ambulatoriais mais intensivas para a população em estudo deveriam ser concebidas e implementadas, concentrando-se especialmente sobre a prevenção de recaída precoce após a desintoxicação. / Introduction: The relapse into drug use has been one of the biggest challenges for those who are involved in taking care of the user population. Crack users are more prone to become severely dependent on the drug due to more frequent use of it, at larger amounts, and for longer periods of time, thus becoming more vulnerable to relapse. The beginning of use during adolescence worsens the prognosis as a result of high rates of impulsiveness, sensation and novelty seeking, risk taking, as well as other behavioral characteristics observed in this age group. Previous studies in both adults and teenagers identified predictors of early relapse as important variables to be analyzed after hospital discharge, with the aim of avoiding recidivism in drug use, including crack cocaine. Objectives: To examine predictors of early relapse in adolescent crack users after discharge from hospital treatment. We have hypothesized that severity of crack cocaine use, crack consumption profile, and presence of psychiatric comorbidities would be associated with this outcome. Method: The study design consisted of a prospective cohort, with convenience sample of 89 adolescents of both genders, age between 12 and 17 years old, recent use of crack, and admitted to adolescent wards of two psychiatric institutions of Porto Alegre (Hospital Psiquiátrico São Pedro e Clínica São José). Urine samples were collected in the first day of hospitalization to ensure recent use of cocaine (crack). Subsequently, we collected demographic data and questionnaires were completed by teenagers and their parents or caregivers with information for obtaining psychiatric diagnoses, severity of dependence and crack consumption profile (K-SADS-PL, T-ASI and Crack Consumption Profile). One and three months after discharge, new information was obtained through urine samples and reports from patients and/or their parents or caregivers, face-to-face or telephone form, in order to verify whether they had relapsed or not in crack use during those periods. Results: From the 89 patients included in the sample, 85.4% were male, 51.7% were Caucasian and 84.3% were outside of school. Only one case was lost in the follow-up. By the end of the first month, 58 (65.9%) teenagers had relapsed. By the end of the third month, the result was 76 (86.4%). Due to the large relapse rate, the third month data were not analyzed. The analysis of data about psychiatric comorbidities showed no significant difference between the two groups. In relation to variables that showed significant association with early relapse (first month) in univariate analysis, namely age, length of crack use and binge use of crack, only the last two have remained significant in the logistic regression. Conclusions: This study shows high rates of relapse in the first month after hospital discharge among adolescent crack users treated in inpatient regime in two specialized institutions. The predictors of early relapse that we found were associated with crack consumption profile, different from those we use to find in adults. Our results suggest that only inpatient treatment is not enough, and that more intensive outpatient strategies for the population under study should be designed and implemented, focusing especially on prevention of early relapse after detoxification.
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Associação entre percepção da qualidade do vínculo com os pais, gravidade da dependência e da prevalência de violência e de problemas legais em uma amostra de usuários de crack e não usuários de Porto Alegre

Pettenon, Marcia Izabel Rodzinski January 2012 (has links)
Objetivo: este estudo teve como objetivo investigar a percepção de estilos parentais de usuários de crack, em particular sobre a qualidade do afeto e o controle dos pais, avaliar a gravidade da dependência e da prevalência de violência e problemas legais e comparar com a percepção de não usuários de substâncias ilegais. Método: participaram do estudo 198 usuários de crack internados e 104 não usuários de drogas (controles). Os participantes foram avaliados por meio do Parental Bonding Instrument, do Addiction Severity Index 6, Escala de Inteligência de Adultos de Wechsler (WAIS III) e do MINI International Neuropsychiatry Interview. Resultados: A análise específica sobre a percepção dos vínculos parentais mediante Regressão Logística Ajustada demonstrou que usuários de crack têm 9,68 vezes mais chance (ORadj= 9,68; IC 95%, 2,82;33,20) de perceberem suas mães como Negligentes e também 4,71 vezes mais chance (ORadj: 4.71, IC 95%: 2.17,10.22) de perceberem seus pais com estilo de vínculo controlador e sem afeto, em comparação com a percepção de vínculo Ótimo predominante no grupo de não usuários de drogas ilícitas. Conclusões: a percepção de carências afetivas maternas e a autoridade sem afeto paterna podem estar associadas a uma tendência do indivíduo a reagir com menos segurança diante de eventos estressores, em função de precárias relações familiares, recorrendo ao uso de crack. Estão em processo de construção as análises sobre as questões relacionadas à violência e aos problemas legais.
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Aspectos cronobiológicos de pacientes dependentes de crack : o trabalho como zeitgeber social

Silva, Ana Cristina da January 2014 (has links)
O trabalho é considerado um importante zeitgeber social. Objetivo: O objetivo do presente estudo é avaliar o ritmo social de pacientes adultos dependente de crack, internados na Unidade de Adição/ Unidade Álvaro Alvim do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Método: Participaram da pesquisa 50 pacientes dependentes de crack, internados para desintoxicação e reabilitação, aos quais foram aplicados questionários sócio-demográficos que permitiram conhecer a situação social, de moradia, renda, trabalho e emprego, tratamentos prévios e rede sócio-assistencial dos participantes, questionário para avaliação de indivíduos matutinos e vespertinos, escala breve de avaliação de ritmo social e revisão de prontuário. Resultados: A média de idade da amostra foi de 34,6 anos, 54% solteiros, com maior predominância na religião católica (54,3%). Cerca de 40% dos indivíduos contam com renda familiar mensal de 3 salários mínimos ou mais. Dos indivíduos que estão trabalhando ou em benefício do INSS (60%), 14% desenvolve as suas atividades no comércio, e cerca de 12 % trabalham na construção civil. A média da regularidade das atividades desenvolvidas (HITs) ficou em torno de 5,8 e a média do montante de atividades desenvolvidas (ALIs) foi de 33,8. Não Houve diferença significativa na correlação entre abandono de tratamento. Com relação à ritimicidade (5,8), os pacientes internados apresentaram um alto índice de regularidade, comparados com pessoas sem uso de drogas não internadas (4,2).1. Não foi encontrada relação entre o cronotipo dos participantes e o resultado dos HITs e ALIs. Conclusão: Apesar de ser mencionado o trabalho como um dos principais motivos para abandono de tratamento, os resultados deste trabalho não sustentam esta premissa. A situação de trabalho e a profissão não estão associadas ao abandono prévio de tratamento. Por outro lado, contrariando nossa hipótese inicial, a escolaridade aparece de maneira significativa, sendo evidenciado que quanto maior a escolaridade maior o índice de abandono precoce. A relação entre HITs e ALIs sugere que quanto mais atividades desenvolvidas, maior a regularidade com que elas foram realizadas durante a internação. No entanto, estudos futuros de segmento serão necessários para avaliar a manutenção desta regularidade. / Work is considered an important social zeitgeber. Objective: The aim of this study is describe the social rhythm of adult crack-cocaine users that are hospitalized in the Addiction Treatment Unite of the Hospital of Clinics of Porto Alegre. Method: 50 crack-cocaine users were interviewed after admission for detoxification and rehabilitation. We performed interviews with socio-demographic questionnaires that allowed us to access the social characteristics, housing, income, labor and employment, previous treatments and social assistance network. Also, they answer to a instrument to identify which individuals were morning or evening subjects, the Brief Social Rhythm Scale and chart review were assessed. Results: Mean age of the sample was 34.6 years old, and 54% of individuals reported to be single with predominance in the Catholic religion (54.3%). About 40% of the sample have a monthly family income of three minimum wages or more. Among individuals who are currently working or receive a benefit from Government (60%), 14% develop their activities in trade and 12% work in construction. The average of regularity of activities performed inside the inpatient unit (HITs) was around 5.8 and the average of amount of activities performed inside the inpatient unit (ALIs) was 33.8. There was no significant difference in the correlation between treatment dropout and rhythmicity. Regarding rhythmicity (5.8), hospitalized patients reported high levels of regularity when compared to individuals who were not hospitalized, neither had drug use (4.2) .1 We did not find a correlation between participant’s chronotipes and HITs and ALIs results. Conclusion: Despite work is cited as a major reason for treatment dropout, the results of this study do not support this premise. Work situation and the profession are not associated with prior treatment dropout. Contrary to our initial hypothesis, schooling appears as an important issue because it is significantly associated to early treatment dropout. The relationship between HITs and ALIs suggests that the more activities were developed, the greater the regularity with which they were performed during hospitalization. However, future follow-up studies are needed to evaluate the maintenance of this regularity.
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Abandono social e consumo de crack : um ensaio sobre o milieu dos abandonados em Porto Alegre

Hertzog, Lucas January 2015 (has links)
O tema central desta dissertação é a discussão sobre a origem social dos usuários de crack, a quem chamaremos aqui de abandonados. Defendemos a tese do abandono social como proposta alternativa na compreensão do consumo de crack nas metrópoles periféricas. Conduzimos um estudo qualitativo na cidade de Porto Alegre/Brasil, utilizando o método da análise de narrativas e reconstrução das histórias de vida (ROSENTHAL, 1993). Entrevistamos homens e mulheres em situação de desfavorecimento social e histórico de consumo de substâncias. Os dados analisados consistiram em textos transcritos de uma série de entrevistas narrativas biográficas, bem como entrevistas com agentes institucionais ligados aos abandonados. Partimos das recentes discussões no âmbito da sociologia sobre trabalho e desigualdades sociais (CASTEL, 1998, 2000), classes sociais no Brasil e teorias da modernização (SOUZA, 2000, 2009), bem como os debates da filosofia política sobre a teoria do reconhecimento (FRASER; HONNETH, 2003). Evidenciamos através da pesquisa empírica que o consumo de crack está intimamente relacionado a condições sociais de produção e reprodução de papeis sociais, distribuídos diferencialmente entre classes, sendo a “questão do crack”, como posta no desenvolvimento atual, essencialmente uma questão social. Discutimos o conceito de milieux sociais como ferramenta analítica para compreensão de uma variedade de performances de classe no uso de crack por grupos diversos. Sobre a diferença da experiência entre homens e mulheres, discutimos sobre os padrões impeditivos no acesso a bens culturais e a potencialidade para os movimentos sociais articularem uma gramática para a superação do abandono nas lutas político identitárias de gênero. / This thesis focuses on the discussions of the social origins of crack-cocaine users, whom we call abandoned. We defend the social abandonment thesis as an alternative proposal to understand the recent phenomenon of widespread crack-cocaine consumption in Brazilian cities. We conducted a qualitative study in Porto Alegre / Brazil, using narrative analysis method and reconstruction of life stories (Rosenthal, 1993). Men and women in situations of social disadvantage and history of substance abuse were interviewed. The data analyzed consisted of transcribed texts of a series of biographical narrative interviews as well as interviews with institutional agents linked to the abandoned. Our theoretical framework was the recent sociology of work and social inequalities discussions (CASTEL, 1998, 2000), social classes in Brazil and modernization theories (SOUZA, 2000, 2009), as well as discussions of political philosophy focusing the recognition theory (FRASER; HONNETH, 2003). We demonstrated through empirical research data that crack-cocaine consumption is closely related to social conditions of production and reproduction of social roles, differentially distributed between classes, and the "crack issue" is essentially a social issue as put in the current development. We brought into discussion the milieux concept as analytical tool to understand a variety of class performances and different uses of crack-cocaine between various groups. Regarding the difference of experience between men and women, we reflect upon impeditive standards on access to cultural goods and the potential for social movements to articulate a grammar to overcome the abandonment through political identity struggles of gender.
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Revisão sistemática sobre o manejo de adultos usuários de crack no contexto da atenção primária à saúde

Dias, Lêda Chaves January 2013 (has links)
Introdução: O consumo de drogas é um problema de saúde pública e o combate ao crack coloca em evidência uma das atuais fragilidades do Sistema de Saúde no Brasil. Os níveis de atenção não se encontram integrados e há falta de conhecimento sistematizado para a Atenção Primária à Saúde (APS). Objetivo: Buscar, por meio de Revisão Sistemática, abordagens efetivas no manejo de adultos usuários de crack no contexto da APS. Metodologia: Revisão sistemática realizada nas principais bases de dados eletrônicos e estudos adicionais, no período de 2003 a 2013, com adultos maiores de 19 anos de idade, usuários de crack, sem distinção inicial de estudos por delineamentos e com Língua Portuguesa, Espanhola ou Inglesa. Foram usados dois instrumentos de avaliação da qualidade das evidências científicas – o Health Evidence Bulletin Wales, 2004, e o Grade Working Group (2008). Resultados: De 2017 estudos encontrados nas buscas bibliográficas, e após duas etapas de seleção, foram eleitos 31 estudos e incluídos 16 artigos, 6 com delineamentos observacionais e 10 de intervenção. Dos estudos observacionais, 2 foram avaliados com boa qualidade, e, dos 10 estudos de intervenção, 1 estudo foi classificado com qualidade de evidência moderada, 5 com baixa qualidade de evidência e 4 com muito baixa qualidade de evidência. Conclusões: A Revisão Sistemática não obteve artigos que apresentassem evidências de alta qualidade para serem orientadas ao contexto da APS. O limite estipulado para busca de estudos nos últimos dez anos limitou o aporte de referências com evidências, e permanecem as orientações anteriores a este período. Contudo, foi possível traçar uma proposta para este contexto que pode ser detalhada e merece ser avaliada pelos pares, especialistas em APS. / Introduction: Drug use is a public health problem and combating crack highlights one of the weaknesses of the current health system in Brazil. The levels of care are not integrated and there is a lack of systematic knowledge for dealing with this problem in Primary Health Care. Objective: Search through Systematic Review, effective approaches in the management of adult crack users in the context of the Primary Health. Methodology: A Systematic Review performed in major electronic databases and additional studies in the period 2003-2013, in adults older than 19 years old, crack users, irrespective of study design and including for Portuguese, Spanish or English . We used two evaluation instruments to grade scientific evidence - the Health Evidence Bulletin Wales, 2004 and the Grade Working Group (2008). Results: Of 2017 studies found from literature searches, and after two selection steps 31 studies were elected and 16 articles included, 6 with observational and 10 intervention designs. Two observational studies were evaluated with good quality and among the ten intervention studies, one study was classified with moderate quality of evidence, five with low quality of evidence and four with very low quality of evidence. Conclusions: This Systematic Review did not obtain articles with evidence of high quality to be oriented to the context of Primary Health Care. The limit set for search of studies over the past decade, limited the supply of references with evidence, and the guidelines prior to this period remain. However, it was possible to outline a proposal for this context which can be detailed and should be evaluated by peers, experts in Primary Health Care. / Telemedicina
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Prevalência e fatores associados à infecção pelo hiv entre usuários de drogas lícitas e ilícitas

SANTOS, Raquel Bezerra Dos 08 April 2014 (has links)
Submitted by Irene Nascimento (irene.kessia@ufpe.br) on 2016-08-25T18:56:22Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação SANTOS, RB.pdf: 1093679 bytes, checksum: 4dfc2476f164e7599ae8b5b618d48793 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-25T18:56:22Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação SANTOS, RB.pdf: 1093679 bytes, checksum: 4dfc2476f164e7599ae8b5b618d48793 (MD5) Previous issue date: 2014-04-08 / Historicamente o HIV entre os usuários de drogas é transmitido com maior frequência através do compartilhamento de agulhas e seringas. No entanto, drogas como o crack e o álcool estimulam comportamentos sexuais inseguros favorecendo a transmissão do vírus por via sexual. A droga predominante no Nordeste do Brasil é o álcool, no entanto esta região concentra o maior número de usuários de crack do país. Desta forma, acredita-se que existe uma alta prevalência da infecção entre os usuários de drogas, inclusive nas cidades do interior do Nordeste. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência e os fatores associados a infecção pelo HIV em usuários de drogas internados ou em atendimento ambulatorial em cinco centros de reabilitação para dependência química em uma cidade de médio porte na Região Nordeste do Brasil. O delineamento do estudo é de corte transversal analisado como caso-controle. Foi conduzido em cinco centros de reabilitação para dependência química na cidade de Caruaru, Pernambuco, Brasil, no período de novembro de 2012 a novembro de 2013. Participaram da pesquisa 561 usuários de drogas lícitas e ilícitas que estavam internados ou em atendimento ambulatorial, sem limite de idade. Todos foram submetidos a uma entrevista e realização de teste rápido de HIV após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ou Termo de Assentimento Livre e Esclarecido. O resultado do estudo identificou que a prevalência do HIV entre os usuários de drogas foi de 4,8%. O sexo feminino foi associado de forma independente com o HIV (p = 0,018; OR = 3,19; IC95% = 1,22 – 8,34), assim como a idade da primeira relação sexual (p = 0,012; OR = 1,17; IC95% = 1,03 – 1,33), a troca de sexo por crack (p = 0,031; OR = 2,81; IC95% = 1,10 – 7,19) e ter parceiro que usa crack (p = 0,035; OR = 3,89; IC95% = 1,10 – 13,7). O álcool é consumido por 96,3% dos participantes, mas não houve associação estatística com o HIV, assim como o uso da maconha (86,5%), do crack (82,5%), da cocaína (65,1%) e drogas injetáveis (10%). Embora os participantes do estudo tenham referido o uso de múltiplas drogas ilícitas durante a vida, percebeu-se a maior prevalência do consumo de crack entre eles. Contudo, esta investigação não mostrou associação isolada do crack ou outra droga em relação à infecção pelo HIV. No entanto, o consumo do crack estimula a prática sexual de risco, troca de sexo por crack e sexo comercial, favorecendo a infecção. Este é o primeiro estudo realizado no município de Caruaru, focando a investigação sorológica e os fatores de risco para HIV entre os usuários de drogas da região. Os achados confirmam a necessidade de implantação ou ampliação de unidades de testagem, aconselhamento e tratamento do HIV entre os usuários de droga no município. / Historically, HIV infection among drug users has generally been transmitted through the sharing of needles and syringes. However, drugs such as crack and alcohol encourage unsafe sexual behaviour, which is responsible for transmitting the virus through sex. Although the predominant drug in the north-eastern region of Brazil is alcohol, this region presents the largest number of crack users in the whole country. Hence, it is believed that there is a high prevalence of infection amongst drug users, including cities in the interior. The aim of this study was to estimate the prevalence and factors associated with HIV infection in inpatient and outpatient drug users at five drug rehabilitation centres in a medium-sized city in north-eastern Brazil. This was a case-control cross-sectional study, and was conducted in five drug rehabilitation centres in the city of Caruaru, in the state of Pernambuco, Brazil, from November 2012 to November 2013. A total of 561 licit and illicit drug users took part in the study. All participants were receiving either inpatient or outpatient care and there was no age limit. All patients underwent an interview and a rapid HIV test after signing the informed consent forms. Results of the study demonstrated that there was a prevalence of HIV among drug users of 4.8%. Females were independently associated with HIV (p=0.018; OR=3.19, 95% CI =1.22 to 8.34), together with age of the first sexual intercourse (p = 0.012; OR =1 17, 95% CI=1.03 to 1.33), the exchange of sex for crack (p=0.031, OR =2.81, 95% CI=1.10 to 7.19) and having a partner who uses crack ( p=0.035; OR=3.89, 95% CI=1.10 to 13.7). Alcohol was consumed by 96.3% of all participants; however, there was no statistical association with HIV, or with the use of marijuana (86.5%), crack (82.5%), cocaine (65.1) and injected drugs (10%). Although study participants reported the use of multiple illicit drugs during their lifetime, they presented with a higher prevalence of crack use. However, the present study did not indicate an isolated association of crack or other drugs in relation to HIV infection. Nonetheless, crack consumption encourages the risks of unprotected sex, sex-for-crack exchanges and commercial sex, thus favouring infection. This has been the first study conducted in the city of Caruaru, which focuses on serological investigation and risk factors for HIV among drug users in the region. The findings confirm the need to implement and expand testing facilities, counselling services and HIV treatment among drug users in the city.
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Crack em gestantes : um estudo sobre características clínicas e sociodemográficas da dupla mãe-bebê e sobre o impacto do uso no estresse oxidativo de bebês

Zavaschi, Maria Lucrécia Scherer January 2014 (has links)
A presente tese aborda o tema de gestantes usuárias de crack e seus bebês. Um dos objetivos foi, a partir de um estudo transversal com 56 díades mães-bebês usuárias de crack e 89 díades controles, avaliar as condições sociodemográficas e o uso de outras substâncias, o quociente de inteligência (QI) estimado, psicopatologia na mãe e variáveis dos bebês. Como resultado desta primeira etapa, observou-se que a maioria das usuárias, em comparação às não usuárias, não apresentava um parceiro (10,52% vs. 4,4%; P=0,001) e tinha menor QI estimado (78,15, +/-8,07 vs. 84,27, +/-9,87; P=0,002). A prevalência de personalidade antissocial e de risco de suicídio nas usuárias foi maior do que nas não usuárias (24,44% vs. zero; P<0,001; 28,26% vs. 10,46%; P=0,01, respectivamente). Ainda, 40,74% dos casos usavam álcool diária ou semanalmente, em comparação a 1,7% no grupo controle (P<0,001). A maioria das usuárias não fez pré-natal (75%). Em relação aos bebês, o peso ao nascer foi menor no grupo dos expostos. Dando continuidade à temática da tese, não se pode desconsiderar o fato de que os bebês estiveram expostos à cocaína intra-útero, sendo pertinente questionar quais os possíveis danos neurobiológicos. No caso, optou-se por estudar o estresse oxidativo. O objetivo do segundo estudo foi comparar os níveis de estresse oxidativo nos bebês expostos ao crack durante a gravidez (n=48) em relação a bebês não expostos (n=83), através de sangue de cordão umbilical (SCU). Neste estudo transversal, o estresse oxidativo foi medido por TBARS e Carbonil no sangue de cordão umbilical (SCU). Após o ajuste para potenciais confundidores (psicopatologia materna, intensidade do consumo de álcool pela mãe, peso do bebê), o nível de TBARS foi significativamente menor no grupo de bebês expostos (26,64, IC95%=20,35-34,88) em comparação aos não expostos (92,99, CI95%=90,48-107,44; P<0,001). Não houve diferença significativa nos níveis de carbonil entre os grupos: (0,02065, CI95%=0,001160-0,344170 nos expostos, vs. 0,0189, CI95%=0,0076-2,17091 em não expostos; P =0,33). Por fim, em artigo complementar, visando ilustrar o atendimento feito às pacientes ao longo desta tese em um Grupo Operativo de Psicoeducação para Gestantes e Puérperas Usuárias de substâncias psicoativas (SPA), relata-se o trabalho de cunho psicoterápico realizado com uma das mães dependentes do crack e seu bebê que frequenta o ambulatório de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do HCPA. Em suma, na presente tese, a autora pode concluir que as usuárias apresentaram alta taxa de psicopatologia e de uso de outras substâncias e demonstrar a coexistência de fatores adversos nas mães e nos bebês. A experiência do Grupo Operativo de Psicoeducação para Gestantes e Puérperas Usuárias de SPA permitiu com que os técnicos vislumbrassem uma possibilidade terapêutica com resultados positivos para essas duplas. / This thesis addresses the theme of pregnant crack using women and their babies. One of the objectives was to assess the socio-demographic conditions, use of other substances, estimated intelligence quotient (IQ), psychopathology of the mother and variables of the babies, based on a cross-sectional study of 56 crack using mother-child dyads and 89 control dyads. As a result of this first stage, it was observed that the majority of crack users compared to nonusers, did not have a partner (10.52% vs 4.4%, P = 0.001) and had a lower estimated IQ (78.15, +/-8.07 vs. 84.27 +/-9.87, P = 0.002). The prevalence of antisocial personality and suicide risk in the crack users was higher than in nonusers (24.44% vs. zero, P <0.001; 28.26% vs 10.46%, P = 0.01, respectively). Also, 40.74% of the cases used alcohol on a daily or weekly basis, compared to 1.7% in the control group (P <0.001). The majority of the users did not receive prenatal care (75%). In relation to the babies, birth weight was lower in the exposed group. In correlation with the theme of the thesis, the fact that babies underwent intrauterine exposure to cocaine, cannot be ignored; as it is pertinent to question what the possible neurobiological damage may have been. In relation to this aspect, we chose to study the oxidative stress. The objective of the second study was to compare the levels of oxidative stress in babies exposed to crack during pregnancy (n = 48) compared to unexposed babies (n = 83), by way of umbilical cord blood (UCB). In this cross-sectional study, oxidative stress was measured in terms of TBARS and Carbonyl in the umbilical cord blood (UCB). After adjustment for potential confounders (maternal psychopathology, severity of alcohol consumption by the mother, weight of the baby), the TBARS level was significantly lower in the group of crack exposed babies (26.64, 95% CI = 20.35 to 34.88) compared to the unexposed babies (92.99, 95% CI = 90.48 to 107.44, P <0.001). There was no significant difference in the carbonyl levels between the groups: (0.02065, 95% CI = 0.001160 to 0.344170 in the babies exposed to crack vs. 0.0189, 95% CI = 0.0076 to 2.17091 in the non-exposed babies P = 0.33). Finally, in the complementary article, with the objective being to illustrate the healthcare services rendered to the patients throughout this thesis in an Operating Group of Psycho-Education for Pregnant and Postpartum Women who use psychoactive substances (PASs), we report on the study of psychotherapeutic nature carried out with one of the crack dependent mothers and her baby who attends the outpatient clinic of Childhood and Adolescence Psychiatry of the HCPA. In short, in this thesis, the author was able to conclude that the users had a high rate of psychopathology along with use of other substances while also demonstrating the coexistence of adverse factors in the mothers and babies. The experience of the Operating Group of Psycho-Education for Pregnant and Postpartum Women who use PASs permitted the technicians to extrapolate a therapeutic possibility with positive results for these pairs.
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Detecção de substâncias psicoativas em pacientes admitidos por trauma em unidade de emergência : estudo de correlações / Use of psychoative substances in trauma patients

Oliveira, Karina Diniz, 1975- 05 August 2015 (has links)
Orientador: Renata Cruz Soares de Azevedo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-27T12:58:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_KarinaDiniz_D.pdf: 1545858 bytes, checksum: fc5c6d38466b6c63873474240fcefa4d (MD5) Previous issue date: 2015 / Resumo: Objetivos: descrever o perfil sociodemográfico e o padrão de uso de substâncias psicoativas (SPA) em pacientes admitidos em unidade de emergência (UE) por traumas. Além disso, relacionar a detecção laboratorial de SPA com a gravidade e o mecanismo de trauma. Métodos: Estudo quantitativo, de corte transversal e longitudinal realizado com sujeitos maiores de 18 anos, admitidos em UE em decorrência de traumas. Os instrumentos utilizados foram: questionário com dados sociodemográficos e de padrão de consumo de SPA, e as seções J e K do "Mini International Neuropsychiatric Interview", para avaliação de abuso e dependência. Os pacientes que apresentaram uso nocivo ou dependência de SPA foram submetidos à intervenção breve. Foram coletadas amostras de sangue e urina para pesquisa laboratorial de álcool, cocaína, crack, cocaetileno e canabinóides. Dos prontuários médicos, foram levantados os dados de mecanismo e gravidade do trauma (avaliado pelos escores RTS ¿ Revised Trauma Score ¿ e ISS ¿ Injury Severity Score). O seguimento foi realizado através de contato telefônico um ano após o evento trauma para avaliação do padrão de uso de SPA. Resultados: Foram incluídos no estudo 453 indivíduos, em sua maioria homens, com média de idade 36,1 anos, 8 anos de escolaridade, com filhos e laboralmente ativos. 348 pacientes responderam ao questionário. Padrão de poliuso e dependência foram detectados em 147 e 37 sujeitos respectivamente, principalmente em homens jovens. Houve predomínio de acidentes de trânsito e maior proporção de homens nos mecanismos ferimentos com arma branca, acidentes de moto e ferimentos por projétil de arma de fogo. Das 435 amostras de sangue e urina coletadas, 169 foram positivas para a presença de SPA: álcool (21,2%), cocaína (19,8%), canabinóides (13%), crack (11%), cocaetileno (15,9%). Houve diferença significativa na comparação da análise laboratorial de SPA com o mecanismo de trauma, com correlação negativa para cocaína/crack no acidente de trânsito e correlação positiva para todas as SPA no trauma de violência. Os pacientes com análises positivas para álcool, cocaína, crack e cocaetileno apresentaram traumas mais graves (RTS<7,84). Quando considerado o ISS, os traumas mais graves foram apresentados por sujeitos cujas amostras foram positivas para cocaetileno e crack (ISS>16). A maior letalidade foi causada por atropelamentos, responsável por 13/41 (31,7%) dos óbitos. Intervenção breve não interferiu na mudança de padrão de uso de SPA relatado no seguimento de um ano. Conclusões: Homens, jovens, com 4 a 8 anos de escolaridade, sem companheira fixa, com filhos e laboralmente ativos foram a maioria dos sujeitos do estudo. O padrão de consumo de SPA nas vítimas de trauma mostrou início de uso antes dos 18 anos de idade e grande proporção de abuso e dependência. A presença de álcool e drogas ilícitas na análise laboratorial em vítimas de trauma foi elevada, com destaque para cocaína e crack. O mecanismo de trauma mais comum foi acidente de trânsito, com maior letalidade no atropelamento. A presença de álcool, crack e cocaetileno esteve associada a maior gravidade do trauma. Em relação a outros mecanismos, trauma de violência esteve associado a maior detecção positiva de SPA / Abstract: Objectives: describing sociodemographic profile and pattern of psychoactives substances (PSA) use in patients treated for injuries in an Emergency Unit. Furthermore, unite the PSA laboratorial detection with the severity and injury mechanism. Methods: quantitative study, transversal and longitudinal, with subjects older than 18, admitted in ER for trauma. The instruments applied were a sociodemographic questionnaire and the J and K sections of Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.) to evaluate PSA abuse and dependence. Blood and urine samples were collected to detect alcohol, cocaine, crack, cocaethylene and THC. Data from injury mechanism and lesions severity (evaluated through RTS ¿ Revised Trauma Score ¿ and ISS ¿ Injury Severity Score) were found in medical records. The following were made by phone contact to evaluate pattern of PSA use one year after trauma. Results: 453 subjects, male, average age 36,3 years, 8 years of scholarity, with kids and working. 348 answered the questionnaire. Polyuse and poly-dependance pattern were detected in 147 and 37 patients respectively, mainly young men. The predominant trauma mechanism was traffic-related injuries. In young men the main mechanisms were motocycle accidents, cold steal and firearm perforation. From 435 urine and blood samples collected, 169 (38,8%) detected some PSA: alcohol (21,2%), cocaine (19,8%), THC (13%), crack (11%), cocaethylene (15,9%). There was a significant correlation between the sample analysis and the trauma mechanism. Negative correlation for crack and cocaine in traffic related injuries and positive correlation for all PSA in violence-related injuries. Subjects whose samples were positive to alcohol, cocaine, crack and cocaethylene showed more severe traumas according to RTS. When ISS is considered, more severity in the patients whose samples were positive to crack and cocaethylene (ISS>16). Major lethality caused by tramplings (31,7% of the 41 deaths). Brief intervention didn't change the pattern of PSA use one year after trauma. Conclusions: Most subjects were men, young, 4 to 8 years of scholarity, without partner, with kids and working. Trauma patients began the use of PSA during the youth and showed great percentages of abuse and dependence. Positive samples percentages were high, specially crack and cocaine. Predominant trauma mechanism was traffic accident, and trampling was the most lethal mechanism. Positive samples for alcohol, crack and cocaethylene were associated to major severity of trauma. Violence-related traumas were associated to positive samples more than other mechanisms / Doutorado / Saude Mental / Doutora em Ciências Médicas
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Razões e implicações das associações de álcool ou maconha com crack / Reasons and Implications of Associations of Alcohol or Marijuana with Crack

Gonçalves, Janaina Rubio [UNIFESP] January 2013 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:46:32Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2013 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Introdução: O crack continua sendo um desafio para area de Saúde no campo das drogas. Seus efeitos prazerosos rapidos e a facil obtencao da droga tem conseguido uma adesao crescente de novos usuarios. A fissura que e desenvolvida no usuario em funcao do crack torna-o vulneravel a situacoes de risco e descontrole de uso da droga. Em funcao desse efeito, usuarios tem tentado estrategias proprias para sobreviver a cultura do crack principalmente a fissura. Nesse sentido, os usuarios tem associado o crack com maconha ou alcool com esse proposito. Objetivos: O objetivo do trabalho foi identificar com detalhes as razoes pelas quais o usuario faz associacoes de alcool ou maconha com crack, em que momento elas ocorrem (durante o consumo do crack, anterior ao consumo, apos o consumo, etc.) e as suas implicacoes no que se refere a Saúde do usuario de crack. Metodo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida por meio de entrevistas em profundidade. Foi construida uma amostra intencional por criterios, composta por 27 usuarios de crack que fizeram associacao com alcool ou maconha, de ambos os sexos e com idade entre os 19 e os 56 anos. Estes foram recrutados a partir da tecnica de bola de neve, utilizando o ponto de saturacao teorica como indicativo que a amostra era suficiente. As entrevistas foram transcritas literalmente, inseridas e analisadas pelo software NVivo 10, com exploracao dos dados mediante a tecnica de analise de conteudo. Resultados: Entrevistados reportaram que a associacao com maconha trouxe oprotecaoo a eles; reduziu os efeitos indesejaveis, melhorou o sono e a fome e dimuiu a vontade de consumir crack. A associacao com alcool tambem reduziu os efeitos indesejaveis porem tornou-se, ao longo do tempo, ogatilhoo para o consumo de crack. Discussao: Ambas as associacoes reduziram a fissura e a paranoia, porem a associacao com maconha mostrou-se benefica e protetora ao usuario. Porem, a associacao com alcool desenvolveu no usuario, ao longo do tempo, uma dependencia cruzada com o crack, aumentando o consumo dessa droga. Conclusao: As associacoes de alcool ou maconha com crack sao alternativas bastante comuns entre os usuarios de crack. Em ambas as associacoes foi observado a reducao na fissura e na paranoia, porem a associacao com maconha pareceu ser mais efetiva e menos danosa. O cocaetileno, a dependencia cruzada, um possivel aumento do consumo de crack e da agressividade, foram alguns dos resultados da associacao de alcool e crack. A discussao sobre o valor da associacao de crack com maconha reveste-se de ideologia e proibicionismo devido a ilegalidade da droga impedindo o avanco de se achar uma solucao alternativa. / Capes; BEX-1799/05-3 / BV UNIFESP: Teses e dissertações

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