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Trajetórias de vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social : entre o risco e a proteçãoMorais, Normanda Araujo de January 2009 (has links)
A presente tese buscou caracterizar diferentes perfis de trajetórias de vida de crianças e adolescentes (11-18 anos) que vivem em situação de vulnerabilidade social (um grupo em situação de rua - G1 e um grupo que vive com sua família - G2). No Estudo I, G1 e G2 (N = 98) foram caracterizados quanto ao risco (eventos estressores), proteção (rede de apoio social e afetiva) e ajustamento (sintomas físicos, uso de drogas, comportamento sexual de risco, comportamento suicida, afeto positivo e afeto negativo) e análises comparativas entre os grupos foram realizadas. A associação dos eventos estressores e da rede de apoio social com o mau ajustamento foi testada, assim como o efeito moderador da rede de apoio. No Estudo II, realizaram-se estudos de casos múltiplos acerca dos perfis dos quatro participantes que obtiveram os piores e melhores escores de ajustamento no Estudo I. O Estudo III apresentou a visão que técnicas da rede de assistência possuíam acerca de aspectos relevantes da trajetória de vida dos participantes do estudo II. O Estudo I mostrou que G1 apresentou maior número de eventos estressores e piores indicadores de ajustamento (à exceção da variável afeto positivo) que G2. Apenas o número de eventos estressores esteve associado ao mau ajustamento e o fator de proximidade na família funcionou como fator de proteção (buffer). O Estudo II mostrou diferentes perfis de ajustamento, os quais se diferiam no número de eventos estressores, indicador de ajustamento e grau de vinculação familiar, com a escola, com a rua e com a instituição. O Estudo III mostrou características comuns à trajetória dos quatro adolescentes, sobretudo com relação à dinâmica familiar e ao papel da rede de apoio. Os resultados sugerem: a idéia de um continuum de vulnerabilidade social; a noção de vinculação processual com a rua e de diferentes perfis e trajetórias de vinculação com a rua; e a necessidade de que maior visibilidade seja dada para a infância/adolescência que vive diferentes situações de vulnerabilidade social, não apenas a situação de rua. Por fim, são discutidas as características de medidas preventivas que sejam anteriores à vinda para a rua e de medidas que atendam crianças e adolescentes que já estão na rua. / The present work aimed to characterize different profiles of children and adolescents (11- 18 years old) who live in situations of social vulnerability (one group of street children and adolescents - G1 and one group living with their families - G2). In Study I, G1 and G2 (N = 98) were characterized according to risk (stressful events), protection (social and emotional support network) and adjustment (physical health symptoms, drug use, sexual risk taking behavior, suicidal behavior and positive/negative affect) and comparative analysis between the groups were conducted. The association of stressful events and social support networks with maladjustment was tested, as well as the moderator effect of support networks. In Study II, multiple case studies were developed to examine the profiles of the four participants who had the worst and best adjustment scores in Study I. Study III examined the perspectives of social service providers regarding relevant aspects of the path of life of participants in Study II. Study I showed that G1 experienced a larger number of stressful events and worse indicators of adjustment (with the exception of positive affect) than G2. Only the number of stressful events was independently associated with maladjustment, and proximity to the family worked as a protective factor (buffer). Study II showed different profiles of adjustment, which differed from one another in number of stressful events, indicators of adjustment and strength of ties to the family, school, street and institution. Study III showed common characteristics in the path of the four adolescents; mainly concerning the family dynamic and the role of social support. The results suggest the following: the idea of a continuum of social vulnerability; the notion of a procedural linking with the street and of different paths of linking with the street; and the necessity of paying greater attention to childhood and adolescents who experience situations of social vulnerability other than (or in addition to) homelessness. In conclusion, characteristics of preventive programs whose goal is to prevent children's arrival on the street, and programs that attend children and adolescents who are already on the street, are discussed.
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Trajetórias de vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social : entre o risco e a proteçãoMorais, Normanda Araujo de January 2009 (has links)
A presente tese buscou caracterizar diferentes perfis de trajetórias de vida de crianças e adolescentes (11-18 anos) que vivem em situação de vulnerabilidade social (um grupo em situação de rua - G1 e um grupo que vive com sua família - G2). No Estudo I, G1 e G2 (N = 98) foram caracterizados quanto ao risco (eventos estressores), proteção (rede de apoio social e afetiva) e ajustamento (sintomas físicos, uso de drogas, comportamento sexual de risco, comportamento suicida, afeto positivo e afeto negativo) e análises comparativas entre os grupos foram realizadas. A associação dos eventos estressores e da rede de apoio social com o mau ajustamento foi testada, assim como o efeito moderador da rede de apoio. No Estudo II, realizaram-se estudos de casos múltiplos acerca dos perfis dos quatro participantes que obtiveram os piores e melhores escores de ajustamento no Estudo I. O Estudo III apresentou a visão que técnicas da rede de assistência possuíam acerca de aspectos relevantes da trajetória de vida dos participantes do estudo II. O Estudo I mostrou que G1 apresentou maior número de eventos estressores e piores indicadores de ajustamento (à exceção da variável afeto positivo) que G2. Apenas o número de eventos estressores esteve associado ao mau ajustamento e o fator de proximidade na família funcionou como fator de proteção (buffer). O Estudo II mostrou diferentes perfis de ajustamento, os quais se diferiam no número de eventos estressores, indicador de ajustamento e grau de vinculação familiar, com a escola, com a rua e com a instituição. O Estudo III mostrou características comuns à trajetória dos quatro adolescentes, sobretudo com relação à dinâmica familiar e ao papel da rede de apoio. Os resultados sugerem: a idéia de um continuum de vulnerabilidade social; a noção de vinculação processual com a rua e de diferentes perfis e trajetórias de vinculação com a rua; e a necessidade de que maior visibilidade seja dada para a infância/adolescência que vive diferentes situações de vulnerabilidade social, não apenas a situação de rua. Por fim, são discutidas as características de medidas preventivas que sejam anteriores à vinda para a rua e de medidas que atendam crianças e adolescentes que já estão na rua. / The present work aimed to characterize different profiles of children and adolescents (11- 18 years old) who live in situations of social vulnerability (one group of street children and adolescents - G1 and one group living with their families - G2). In Study I, G1 and G2 (N = 98) were characterized according to risk (stressful events), protection (social and emotional support network) and adjustment (physical health symptoms, drug use, sexual risk taking behavior, suicidal behavior and positive/negative affect) and comparative analysis between the groups were conducted. The association of stressful events and social support networks with maladjustment was tested, as well as the moderator effect of support networks. In Study II, multiple case studies were developed to examine the profiles of the four participants who had the worst and best adjustment scores in Study I. Study III examined the perspectives of social service providers regarding relevant aspects of the path of life of participants in Study II. Study I showed that G1 experienced a larger number of stressful events and worse indicators of adjustment (with the exception of positive affect) than G2. Only the number of stressful events was independently associated with maladjustment, and proximity to the family worked as a protective factor (buffer). Study II showed different profiles of adjustment, which differed from one another in number of stressful events, indicators of adjustment and strength of ties to the family, school, street and institution. Study III showed common characteristics in the path of the four adolescents; mainly concerning the family dynamic and the role of social support. The results suggest the following: the idea of a continuum of social vulnerability; the notion of a procedural linking with the street and of different paths of linking with the street; and the necessity of paying greater attention to childhood and adolescents who experience situations of social vulnerability other than (or in addition to) homelessness. In conclusion, characteristics of preventive programs whose goal is to prevent children's arrival on the street, and programs that attend children and adolescents who are already on the street, are discussed.
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Exploring culture and illnessFihosy, Sonia M. January 2015 (has links)
A grounded theory exploration of cultural and spiritual influences on adjustment in adolescents with liver disease. The evidence-base for adjustment in adolescents with liver disease is minimal, but treatment non-adherence in adolescent liver transplant recipients is known to range between 17-53%, increasing medical complication risks. Evidence has also shown that spirituality impacts on illness perceptions and behaviours of adolescents with other diseases. In this study, ten semi-structured interviews were conducted with 16-24 years olds, recruited from a regional liver clinic in the UK. Half were liver transplant recipients. The study found that navigating cultural expectations was challenging, particularly around education, employment and socialising (e.g. participation with peers and avoiding alcohol). Several participants reported an illness-related spiritual or socio-cultural crisis, sometimes resulting in non-adherence. This seemed to be followed by a turning point, eventually leading to a state of acceptance, personal development and possibly, spiritual growth. Trusted individuals were often instrumental in helping participants to overcome difficulties. However, for some, adjustment was transitory. As such, this appeared to be a cyclical process, entangled with universal adolescent developmental tasks. The study concluded that more exploration is required on treatment adherence and overall functioning in adolescents with liver disease, taking into account socio-cultural and spiritual influences.
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An exploration into identity formation in young people living with a chronic illnessWicks, Sarah L. January 2011 (has links)
Section A critically reviews relevant theoretical literature and empirical studies exploring the particular impact of chronic illness on identity formation in adolescents. Theoretical conceptualisations of the adolescent period and of the process of identity formation are explored. Following this, empirical literature regarding the impact of chronic illness on the developmental tasks of adolescence and in particular identify formation will be critically examined. A number of clinical implications are discussed to enable clinicians to effectively support young people and future research directions are outlined. Section B reports a narrative analysis of young people's experiences of forming an identity with a diagnosis of an adolescent-onset chronic illness (CI). Identity formation is argued to be one of the key developmental tasks of adolescence. Despite implications for adolescent development, research into CI onset during this period has been notably sparse. This study aimed to explore how diagnosis impacts on the developmental tasks of adolescence, what role adolescent-onset CI plays in identity formation, and how adolescents incorporate the diagnosis into their identity. Individual semi-structured interviews were carried out with 8 young people aged 14-19 who lived with a diagnosis of a CI diagnosed between the ages of 12-16 years. Two illness types were studied; crohn’s disease and juvenile idiopathic arthritis. Interviews were audio-recorded, transcribed and analysed using narrative analysis. Participant narratives contained five core narrative themes: Walking a different path, tolerating contradiction, a changed interface with others, locating power and a fluid relationship. Narratives were considered to have been influenced by factors such as the interview context and dominant social narratives concerning health and illness. Adolescent-onset CI was found to have a significant, though not exclusively negative, impact on developmental tasks. The findings are discussed in relation to existing literature and potential clinical implications. Section C critically appraises the narrative study. A discussion begins with reflections on the research skills developed and insights into the research process. Areas of further learning are identified. Implications of clinical practice are explored and the section concludes with considerations for further research in this area.
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"ONGs e governo: um estudo sobre as organizações não-governamentais que trabalham com meninos(as) de rua no centro de São Paulo e as relações com a administração municipal" / NGO and Government: A study about the Non Governmental Organizations that work with street kids in the centre of São Paulo and the relations with the city council.Perez, Olivia Cristina 19 September 2005 (has links)
Na década de 1990 as organizações não-governamentais (ONGs) começaram a atuar de forma diferente em relação à sua gênese: passaram a trabalhar em parceria com o Estado na execução de políticas públicas. Investigo neste trabalho as bases das transformações da atuação das ONGs e as relações que hoje as organizações não-governamentais que trabalham com meninos(as) de rua no centro de São Paulo estabelecem na parceria com o governo, focalizando a participação nas políticas públicas e a autonomia das organizações diante da administração municipal. Com o objetivo de entender de forma mais clara o trabalho das instituições e a formulação de políticas públicas, apresento um histórico do atendimento às crianças e aos adolescentes em situação de risco no Brasil e descrevo, ainda que de forma sumária, as principais questões relacionadas com os meninos(as) que vivem nas ruas. Para a obtenção dos dados empíricos, utilizei as técnicas do questionário, da entrevista e da observação direta. / During the 1990 decade, the non governmental organizations (NGOs) started working differently from their original proposals: they started working in partnerships with the Government in the execution of public policies. In this essay, I investigate the basis of the transformation in the work of the NGOs, the relation between the NGOs that work with street kids in the centre of Sao Paulo and the Government, focusing the participation in the public policies and the autonomy of these organizations. For a better understanding of the work of these institutions and the establishment of public policies destined to street kids, I present a report of the attendance given to the children and adolescents who live in risk situation in Brazil and describe, in a summary way, the main aspects related to the children who live on the streets. To obtain the empiric data, I made use of questionnaire technics, interviews and direct observation.
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Representações sociais de violência doméstica contra crianças e adolescentes em educadores: denúncia, notificação ou omissão? / Educators\' social representation of domestic violence against children and adolescents: denouncement, notification or omission?Rosenburg, Eleusa Gallo 23 September 2011 (has links)
A presente pesquisa teve como objetivo identificar e analisar as representações sociais de violência contra crianças e adolescentes construídas por educadores que denunciaram casos de violência doméstica ao Conselho Tutelar. O fenômeno pode ser definido como todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou outros responsáveis contra crianças e adolescentes, capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima. O estudo referenciou-se epistemologicamente na teoria e método de análise das Representações Sociais (Moscovici), que se baseia na análise das práticas discursivas dos sujeitos da investigação. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais semiestruturadas, realizadas com 12 educadores da rede municipal de educação da cidade de Uberlândia/MG. Através do método e análise temática, os discursos foram organizados em categorias: 1) Origem, dinâmica familiar dos alunos e dos entrevistados; 2) Representações de violência doméstica vivida na infância e adolescência; 3) Mídias e visibilidade da violência doméstica contra criança e adolescente; 4) Discurso cotidiano no grupo de professores; 5) Significados e sentidos da violência doméstica; 6) Representações do Estatuto da Criança e do Adolescente; 7) Representações do Conselho Tutelar; 8) O ato de notificar e representar; 9) Visibilidade, intervenção e enfrentamento do fenômeno. As representações sociais de violência doméstica desveladas nas entrevistas foram ancoradas nas cenas vividas ao longo da existência, especialmente naquelas consideradas traumáticas. Os sujeitos que conseguiram minimamente elaborar os traumas e violências sofridas na infância conseguiram olhar para a violência contra criança e adolescente com menor reatualização da própria história, conseguindo representar. A representação do ato de denunciar é paradoxal: por um lado os entrevistados sentem-se na obrigação de denunciar; por outro, o medo da represália dos denunciados, a insegurança em saber se realmente é um caso de violência doméstica, o desconhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, o olhar sobre a ineficácia do Conselho Tutelar estimulam a denúncia e omissão. Conclui-se que a violência doméstica contra criança e adolescente, como tragédia, só é representada, notificada e criminalizada em relações educacionais em que os agentes e atores tenham elaborado seus traumas infantis e sejam portadores de conhecimentos que lhes permitam um olhar científico, raciocínio crítico e atitude corajosa de defesa intransigente da infância e adolescência violentada / The purpose of this study was to identify and analyze the social representation of domestic violence against children and adolescents built by educators who reported cases of domestic violence to the Conselho Tutelar (Child Protection Council). The phenomenon can be defined as every act or omission caused by parents, relatives or any other guardians against children and adolescents, that may cause physical, sexual and/ or psychological damage to the victim. The study epistemologically leaned on the Theory and Method of Social Representations (Moscovici), which is based on the analysis of the investigation subjects\" discursive practices. The data was collected through individual semi-structured interviews, performed with 12 educators from the municipal school system in Uberlândia/ MG. Based on the method and thematic analysis, the speeches were organized in categories: 1) Background and family dynamics of students and interviewees; 2) Representations of domestic violence lived in childhood and adolescence; 3) Media and visibility of domestic violence against children and teenagers; 4) Everyday speech of the educators\" group; 5) Meanings and senses of domestic violence; 6) Representations of the Estatuto da Criança e do Adolescente (Child and Adolescent Statute); 7) Representations of the Conselho Tutelar (Child Protection Council); 8) The act of notify and representing; 9) Visibility, intervention and confrontation of the phenomenon. The social representations of domestic violence shown on the interviews were anchored on situations lived throughout their existence, especially the ones considered traumatic. The subjects who were able to minimally elaborate the traumas and violence they suffered in their own childhood were able to look at the violence against children and adolescents with a smaller reenacting of their own history, and were able to represent them. The representation of the act of reporting is paradoxical: on one hand, the interviewees feel obliged to report; on the other hand, the fear for the reported ones retaliation, the insecurity of knowing if it really is a violence case, the unawareness of the Estatuto da Criança e do Adolescente (Child and Adolescent Statute), their idea of the Conselho Tutelar (Child Protection Council) inefficiency stimulate reporting and omission. It can be concluded the domestic violence against children and adolescents, as a tragedy, is only represented, notified and criminalized in educational relationships in which agents and authors have elaborated their own childhood traumas and hold knowledge that allows them to have a scientific look, critical thinking and a brave attitude towards an uncompromising defense of violated childhood and adolescence.
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Violência física familiar contra crianças e adolescentes: um recorte localizado / Family physical violence against children and adolescents: a localized cutCamargo, Climene Laura de 29 November 1996 (has links)
Com a finalidade de contribuir para a compreensão da violência como um problema de saúde pública, o presente trabalho foi realizado através de um estudo de caso da violência familiar contra crianças e adolescentes de O a 18 anos de idade, efetuado no período de 1990 a 1993, na cidade de Maringá- PR. Através dos casos denunciados em instituições competentes, a identificação da violência foi feita dentro de um enfoque quantitativo. Num segundo momento, buscou-se a compreensão do significado desse tipo de violência através de uma abordagem qualitativa. Por meio de entrevistas e com o auxílio da técnica de associação de imagens, buscou-se compreender o significado que a violência física familiar tem para os atores sociais que a vivenciaram direta ou indiretamente, e suas justificativas frente a tais atos. Observou-se que 63,8 por cento dos casos denunciados são de violência fisica e que, destes, 48,2 por cento mostram a violência física familiar, revelando que esta incide, principalmente, na faixa etaria compreendida entre 12 e 15 anos de idade, onde o pai surge como principal agressor e a mãe e o vitimizado são os principais agentes denunciantes. Verificou-se, ainda, que o tipo de violência varia de acordo com o sexo e a idade da vítima. Tanto as vítimas como os agressores assimilam a violência física familiar como práticas disciplinadoras e somente as identificam como violência quando ultrapassam seus parâmetros de normalidade, os quais parecem estar relacionados com o grau de violência sofrido anteriormente. / This study aims to contribute for the comprehension o f the violence as a Public Health\'s problem. It was developed through a case study of familiar violence against children and adolescents aged from O to 18 years. It takes in account the cases which have occurred during the period from 1990 to 1993, in the city of Maringá-PR-Brazil. The identification o f the violence was done by a quantitative model, through the denounced cases in competent institutions. In a second step, the comprehension of the meaning of this kind of violence was searched through a qualitative approach. The techniques of interview and the association of images were used to verify which meaning the familiar physical violence has for the social actors who direct or indirectly felt this violence. Their justification to this kind of acts was also considered. It was observed that 63,8 per cent of the denounced cases are related to physical violence and that 48,2 per cent of that cases present the familiar physical violence. This data show that this violence appears mainly in ages from 12 and 15 years, where the father is the main aggressor and the mother and the victim are the main informers. It was also verified that the sort of violence varies according to the victim\'s sex and age. Either the victim or the aggressors assimilate the familiar physical violence as disciplinary practices. The violence is only identified by them as violence when it surpasses their parameters of normality, that seem to be related to the degree of violence they have suffered before.
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Abuso sexual de crianças e adolescentes: um estudo psicanalítico sobre o trabalho de escuta aos sujeitos envolvidos na trama incestuosa / Sexual abuse of children and adolescents: a psychoanalytic study on the work of listening to the people involved in the incestuous plotMiyahara, Rosemary Peres 27 April 2018 (has links)
Esta pesquisa versa sobre o incesto, qual seja, o abuso sexual de crianças e adolescentes que acontece no ambiente familiar. Tem como propósito o aprofundamento reflexivo sobre a escuta aos sujeitos envolvidos na trama incestuosa, tendo em vista o aprimoramento das práticas profissionais na área. Para tanto, empreende um percurso de estudos com referenciais da Psicanálise embasados nas formulações fundadoras de Freud, Ferenczi e Lacan, numa profícua interlocução com comentadores como Piera Aulagnier, Abraham e Torok, Françoise Dolto, entre outros. A trajetória das discussões parte das elaborações teóricas sobre sexualidade infantil e interações parentais, a interdição ao incesto como fundamento da cultura, a dimensão traumática da interação sexual abusiva, perpassa os liames da transmissão psíquica e desdobra-se no enfoque sobre aquele que figura no lugar de autor da agressão sexual. Nesta vertente, a centralidade do debate aborda, num primeiro momento, a perversão como estrutura e a densidade de seus elementos constitutivos, como a recusa à castração, o desafio à lei, a dinâmica sadomasoquista e o mecanismo do desmentido. Num segundo momento, a atenção se volta para a perversão como uma nova modalidade de laço social. A partir daí, o campo de estudo se abre para o entendimento do que tem se configurado como a mais frequente casuística no trabalho com a escuta dessas situações: o sujeito neurótico capturado numa montagem social perversa. A autora, tomando como eixo norteador do presente estudo o material empírico de sua práxis na supervisão ao atendimento da família envolvida na trama incestuosa, tece como considerações finais que o aprimoramento do trabalho de escuta precisa, necessariamente, passar pelo conhecimento das dinâmica psíquicas e sociais que geram e mantém a dinâmica familiar abusiva e que a Psicanálise e o espaço de supervisão são estratégias de excelência na consecução deste objetivo / This study refers to incest, which is, the sexual abuse of children and adolescents that happens in the family environment. Its purpose is a deepening reflection on listening to all people involved in the incestuous plot, in order to improve professional practices in the area. Therefore, it undertakes a course of studies with references of Psychoanalysis based on the founding formulations of Freud, Ferenczi and Lacan, in a successful communication with commentators such as Piera Aulagnier, Abraham and Torok, Françoise Dolto, among others. The trajectory of the discussions starts from a theoretical preparation of the child sexuality and parental interactions, the interdiction on incest as the foundation of culture, the traumatic dimension of abusive sexual interaction, goes beyond the boundaries of psychic transmission and unfolds in the focus of the one who appears in the place of the author of the sexual aggression. In this aspect, the centrality of the debate deals, in a first moment, with perversion as structure and the density of its constitutive elements, such as refusal to castrate, challenge to the law, sadomasochistic dynamics and mechanism of denial. In a second moment, attention turns to perversion as a new mode of social bonding. From then on, the field of study opens up to the understanding of what has been configured as the most frequent casuistry in the work with the listening to these situations: the neurotic individual captured in a perverse social setup. The author, building her studies on the empirical material of her praxis in supervising the care of the incestuous family, makes as her final considerations that improvement on the work of listening must, necessarily, pass through knowledge of psychic and social dynamics which generate and maintain the abusive family dynamics and that the Psychoanalysis and the supervisory space are strategies of excellence in achieving this goal
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Adesão ao tratamento antiretroviral na infância e adolescência / Adherence to anti-retroviral treatment during childhood and adolescence.Crozatti, Márcia Terezinha Lonardoni 18 September 2007 (has links)
A não adesão ao tratamento anti-retroviral implica no risco de falha terapêutica e queda da qualidade de vida. Objetivos. Estimar os níveis da adesão aos medicamentos anti-retrovirais (ARVs) na prática clínica e analisar fatores associados. Avaliar a concordância entre adesão auto-referida e as concentrações plasmáticas dos medicamentos ARV, numa sub-amostra. Métodos. Estudo de corte transversal, incluindo crianças e adolescentes não institucionalizadas, com idade entre um a 20 anos, atendidas no Instituto de Infectologia Emílio Ribas/São Paulo. Utilizou-se questionário estruturado e, para um sub-grupo, coletou-se sangue para dosagens plasmáticas de Efavirenz. Resultados. Dos 262 participantes do estudo, 40,1% não apresentaram adequada adesão aos ARVs, tomando até 89% das doses prescritas para o dia da entrevista e três anteriores. Os fatores que se mostraram associados à não adesão após o ajuste no modelo de regressão logística múltipla foram: ter dificuldades em usar ARVs por esquecer de tomar, residir com os avós, referir dificuldades em lidar com o tratamento ARV e como fator protetor, participar de atividades multiprofissionais. Foi demonstrada diferença significativa entre as médias das concentrações plasmáticas de Efavirenz para o grupo com e sem adesão adequada. Tendo como referência a mensuração da concentração plasmática do Efavirenz, o método da adesão auto-referida apresentou baixa sensibilidade e alta especificidade, sendo moderada a proporção de concordância entre os dois métodos (Kappa: 0,41). Conclusões. A dosagem das concentrações plasmáticas poderia ser incorporada na rotina de atendimento para acompanhamento da adesão ao Efevirenz. Considerando a baixa adesão aos medicamentos ARVs, torna-se importante estabelecer estratégias de acompanhamento envolvendo os fatores modificáveis associados à não adesão. / Non-adherence to anti-retroviral treatment results in therapeutic flaw risks and lower quality of life. Objectives: To evaluate the levels of adherence to anti-retroviral medicine (ARV) in clinical practice as well as to analyze associated factors. To evaluate conformity between self-reported adherence and plasmatic concentrations of ARV medicine in a subsample. Methods: A cross-sectional study, including non-institutionalized children and adolescents, ages from 1 to 20 years, who were assisted at the Infectology Institute Emílio Ribas / São Paulo. A structured questionnaire was used and, in one of the sub-groups, blood was collected for plasmatic dosages of Efavirenz. Results: Of the 262 study participants, 40,1% didn't not adhere to the ARVs, taking up to 89% of the prescribed doses for the interview day and for the three previous days. The factors which were linked to non-adherence after adjustment in the multiple logistics regression model were: difficulties in using ARVs due to forgetfulness, live with grandparents, difficulties with ARV treatment and as a protecting factor, participate in multiprofessional activities. As far as the Efavirenz there was a significant difference between the plasmatic concentrations of the groups with and without appropriate adherence. Using the plasmatic concentration of Efavirenz dosage as a reference, the self-reported adherence method had low sensibility and high specificity, and the conformity rates between the two methods were moderated (Kappa: 0, 41). Conclusion: The plasmatic concentrations dosages could be incorporate in the follow-up routine for adherence to Efevirenz. If we take in consideration the low adherence to ARVs, it will be important to establish follow-up strategies involving the modifiable factors associated to non-adherence.
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Violência física familiar contra crianças e adolescentes: um recorte localizado / Family physical violence against children and adolescents: a localized cutClimene Laura de Camargo 29 November 1996 (has links)
Com a finalidade de contribuir para a compreensão da violência como um problema de saúde pública, o presente trabalho foi realizado através de um estudo de caso da violência familiar contra crianças e adolescentes de O a 18 anos de idade, efetuado no período de 1990 a 1993, na cidade de Maringá- PR. Através dos casos denunciados em instituições competentes, a identificação da violência foi feita dentro de um enfoque quantitativo. Num segundo momento, buscou-se a compreensão do significado desse tipo de violência através de uma abordagem qualitativa. Por meio de entrevistas e com o auxílio da técnica de associação de imagens, buscou-se compreender o significado que a violência física familiar tem para os atores sociais que a vivenciaram direta ou indiretamente, e suas justificativas frente a tais atos. Observou-se que 63,8 por cento dos casos denunciados são de violência fisica e que, destes, 48,2 por cento mostram a violência física familiar, revelando que esta incide, principalmente, na faixa etaria compreendida entre 12 e 15 anos de idade, onde o pai surge como principal agressor e a mãe e o vitimizado são os principais agentes denunciantes. Verificou-se, ainda, que o tipo de violência varia de acordo com o sexo e a idade da vítima. Tanto as vítimas como os agressores assimilam a violência física familiar como práticas disciplinadoras e somente as identificam como violência quando ultrapassam seus parâmetros de normalidade, os quais parecem estar relacionados com o grau de violência sofrido anteriormente. / This study aims to contribute for the comprehension o f the violence as a Public Health\'s problem. It was developed through a case study of familiar violence against children and adolescents aged from O to 18 years. It takes in account the cases which have occurred during the period from 1990 to 1993, in the city of Maringá-PR-Brazil. The identification o f the violence was done by a quantitative model, through the denounced cases in competent institutions. In a second step, the comprehension of the meaning of this kind of violence was searched through a qualitative approach. The techniques of interview and the association of images were used to verify which meaning the familiar physical violence has for the social actors who direct or indirectly felt this violence. Their justification to this kind of acts was also considered. It was observed that 63,8 per cent of the denounced cases are related to physical violence and that 48,2 per cent of that cases present the familiar physical violence. This data show that this violence appears mainly in ages from 12 and 15 years, where the father is the main aggressor and the mother and the victim are the main informers. It was also verified that the sort of violence varies according to the victim\'s sex and age. Either the victim or the aggressors assimilate the familiar physical violence as disciplinary practices. The violence is only identified by them as violence when it surpasses their parameters of normality, that seem to be related to the degree of violence they have suffered before.
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