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A organização do ensino em ciclos de aprendizagem na Rede Municipal de Ensino do Recife : 2001 a 2008SILVA, Irenice Bezerra da 31 January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / A pesquisa A Organização do Ensino em Ciclos de Aprendizagem na Rede Municipal de
Ensino do Recife: 2001 a 2008, teve como objetivo analisar a implementação da política de
ciclos na Rede Municipal do Recife a partir de 2001 nas séries iniciais do Ensino
Fundamental identificando sua repercussão. Para tanto, foi necessária a apropriação das
concepções e princípios que nortearam a política educacional brasileira do século XX. Assim
sendo, fizemos um percurso histórico desde os anos 1920, em que se inicia a discussão quanto
aos altos índices de reprovação no país e, especificamente, dos anos 1950 com a discussão da
progressão automática. Ao refletirmos a implantação de uma nova organização de ensino,
constatamos que em 1968 aconteceu a “Organização por Níveis” em Pernambuco, entre 1986
e 1988 a experiência com os Ciclos de Alfabetização e no período de 2001 a 2008 foram
implantados os ciclos de aprendizagem, os dois últimos em Recife. Além de trazermos tais
experiências, ampliamos a discussão para o contexto sócio-político em que está inserida à
cidade do Recife, fazendo um contraponto com sua trajetória nas lutas populares. Para
subsidiar a análise da fase 2001 a 2008, voltamos nossa atenção também para as políticas de
ciclos que se estabeleceram em nível nacional, com características progressistas, a partir da
década de 1990. A pesquisa indica que a implantação dos ciclos de aprendizagem no Recife
no ano de 2001 obteve repercussões negativas pela forma verticalizada da sua implantação e
os resultados apontam avanços no que se refere à construção teórica sobre a organização do
ensino em ciclos de aprendizagem no que se refere a concepções e práticas escolares.
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Entre discursos e práticas nos ciclos de aprendizagem: as representações sociais dos professoresANICETO, Rosimere de Almeida 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa teve como objetivo analisar as representações sociais de Ciclos de Aprendizagem e suas implicações para as práticas dos professores da rede pública municipal do Recife-PE. O referencial de base foi a Teoria das Representações Sociais. A pesquisa adotou como metodologia de investigação o estudo caso, realizado numa escola da rede pública de Recife. Os participantes foram dez professores, coordenadora e gestora da escola. Os procedimentos de coleta utilizados foram observação e entrevista semi-estruturada. O estudo foi desenvolvido em duas etapas interdependentes. Na primeira, realizamos entrevistas com doze profissionais da instituição para captar nos discursos suas representações sociais de ciclos de aprendizagem. Na segunda fase observamos a prática docente de três professoras. A técnica utilizada para analisar os dados foi a Análise de Conteúdo de Bardin (1977). Nos discursos decorrentes da entrevista, constatamos que as representações sociais de ciclos de aprendizagem revelam-se contraditórias e ambivalentes, ou seja, foram incorporados novos elementos às velhas formas de explicação do processo ensino e aprendizagem que se agregaram aos significados já construídos acerca do ensinar e aprender. Nas representações sociais dos profissionais alguns aspectos se sobressaem de forma mais preponderantes, a saber: a imposição da proposta à rede; a ênfase na não-retenção dos alunos; fronteiras devidamente demarcadas entre os regimes de seriado e de ciclos; renúncia dos ciclos em favor da seriação e ausência das famílias no processo ensino aprendizagem. Os resultados da observação se aproximam dos discursos e nos autorizam a afirmar que, os pressupostos epistemológicos da proposta dos ciclos de aprendizagem, têm pontualmente se manifestado nas ações docentes. Com relação ao trato dos conteúdos nos ciclos, foi possível identificar professores que desenvolvem a tarefa de forma mais articulada e aqueles que continuam planejando e selecionando os conteúdos de forma isolada, muitas vezes centrando-se no livro didático. Concernente à avaliação nos ciclos, depreendemos que nos discursos, os docentes representam a avaliação como um processo inerente à vida humana, voltada para a regulação do processo ensino aprendizagem. Nas práticas, contudo, demonstram apego a instrumentos punitivos como provas e testes, ambos identificados com a lógica classificatória. No que se refere à heterogeneidade nos ciclos, podemos afirmar que há dificuldades em lidar com as diferenças na sala de aula. Mesmo admitindo a importância do trabalho em grupo e das atividades diferenciadas, percebemos que essa prática não é comum na escola. Quanto às relações pedagógicas entre os atores na sala de aula, podemos afirmar que elas representam um misto de práticas autoritárias associadas às de caráter mediador. O nosso estudo sinaliza, portanto, para as políticas públicas de formação, indicativos de que os processos de formação inicial e continuada dos docentes sejam mais efetivos, partam de suas necessidades de modo a promover uma mudança nas representações sociais e práticas dos docentes, que venham a favorecer a inclusão e sucesso da aprendizagem dos alunos. Acrescente-se à formação, a melhoria das condições do trabalho pedagógico, continuidade do trabalho com os grupos e, sobretudo, valorização profissional, além de participação dos professores/as nos processos de reforma educacional
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A prática avaliativa em uma organização escolar por ciclos de aprendizagemPaula Russo Villar, Ana 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Este estudo aborda a temática da avaliação da aprendizagem no Sistema de Ciclos.
Compreende-se que a adoção de tal sistema requer uma mudança nas formas como se
pensa e se faz a avaliação no sentido de torná-la um processo democrático, interativo,
qualitativo, processual e includente. Assim, nesta pesquisa, buscou-se compreender as
práticas avaliativas em uma organização escolar por Ciclos de Aprendizagem,
identificando as aproximações e os distanciamentos entre os preceitos desse sistema e a
sua materialização no cotidiano escolar. Foram realizados estudos, na literatura e em
documentos, os quais contemplaram duas categorias analíticas, quais sejam: Ciclos de
aprendizagem cujas principais referências consistiram em Mainardes (2007) e Freitas
(2003), entre outros; e Avaliação na qual, destacam-se as contribuições de SILVA
(2003, 2004, 2007) e PERRENOUD (1999, 2000, 2004). Tais estudos possibilitaram
compreender os pressupostos teóricos e as diretrizes normativas que fundamentam a
avaliação nesse sistema. No percurso metodológico, com base na abordagem dialética,
optou-se pelo método etnográfico como forma de apreensão do fenômeno investigado.
Selecionou-se a observação participante e a entrevista semi-estruturada como técnicas
de coleta de dados, os quais foram tratados pela análise de conteúdo categorial do tipo
temática (BARDIN, 1977). O campo da pesquisa configurou-se em uma escola da Rede
Municipal da Cidade do Recife e as participantes foram três professoras dos anos
iniciais do ensino fundamental, a diretora e a coordenadora da referida escola. Os
resultados do estudo apontaram que a adoção da política de ciclos não promoveu
alterações substanciais na prática avaliativa das docentes. As mudanças operadas se
restringiram aos aspectos técnico-instrumentais sem considerar as intenções
educacionais pretendidas por tal sistema. Constatou-se que a prática avaliativa
apresenta-se presa às concepções de uma avaliação autoritária e classificatória, do que
decorre um prejuízo ao desenvolvimento dos alunos. Identificou-se a necessidade de
uma política efetiva de valorização do magistério, de um processo de formação
continuada que priorize a fundamentação epistemológica dos Ciclos e, sobretudo, do
comprometimento de todos governo, profissionais da educação, família, alunos - no
sentido de superar a lógica seletiva e excludente que ainda sedimenta a prática
educativa, rumo a uma educação de fato mais democrática e inclusiva
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Representações sociais de ciclos de aprendizagem por professores da rede municipal de ensino do RecifePerrusi Bandeira de Mello, Suely 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / A presente pesquisa tem como objetivo analisar as representações sociais dos ciclos de
aprendizagem por professores da rede municipal de ensino do Recife. O trabalho tem como
suporte teórico estudos relativos à organização escolar em ciclos e sobre a teoria das
representações sociais, iniciada por Serge Moscovici. Compreendem-se os ciclos de
aprendizagem tendo como base a concepção de uma escola inclusiva, representando um
importante progresso na democratização do ensino. Com a preocupação com os altos índices
de reprovação e de distorção idade-série, os ciclos apresentam diretrizes que se opõem à
escola seriada, indo além da ênfase na regularização do fluxo escolar. O trabalho tomou como
referência teórico-metodológica a análise de conteúdo, privilegiando, no conjunto das técnicas
da análise temática, a análise categorial. O corpus de análise foi definido a partir das
entrevistas realizadas com as professoras participantes da pesquisa. Na perspectiva das
representações sociais, a análise buscou a riqueza do simbólico que existe no senso comum e
que traz à tona a emoção, os sentimentos, os sentidos e significados que os sujeitos sociais
dão à sua realidade. Os resultados da pesquisa apontam para visões que se contrapõem e se
excluem entre a validade da organização escolar em ciclos de aprendizagem e seus entraves,
tais como a falta de formação, de condições de trabalho e de infra-estrutura, e a não retenção
dos alunos. O distanciamento entre teoria e prática é percebido nas falas dos sujeitos
participantes da pesquisa, quando os relatos sobre a organização do trabalho pedagógico se
afastam dos aspectos avaliativos, curriculares e didáticos presentes nas diretrizes dos ciclos de
aprendizagem adotados pela Secretaria de Educação do município do Recife. Assinala-se
também que, nas entrevistas, os sentidos, sentimentos e significados atribuídos pelas
professoras à política de ciclos de aprendizagem, no que se refere a não reprovação, são de
angústia, revolta, tristeza, impotência, frustração e sofrimento. Pôde-se perceber que os
conceitos de progressão continuada e promoção automática aparecem nos depoimentos das
professoras, sob a mesma ótica, indistintamente. Registra-se, ainda, nas colocações feitas
pelas professoras, um apego tanto à avaliação através de provas e atribuição de notas, quanto
ao regime de seriação. As representações sociais dos ciclos de aprendizagem emergidas nas
falas das professoras atribuem importância à participação social dos sujeitos envolvidos, para
que políticas educacionais sejam de fato concretizadas e legitimadas
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A política do ciclo de aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental: uma análise a partir do ciclo de políticasSILVA, Anuska Andréia de Sousa 31 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-31 / A organização curricular em ciclos teve início no cenário brasileiro a partir das décadas de 1960 e 1970, e se intensificou nos anos 1980 como proposta para inserção no debate da democratização da educação, com foco nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Foi no decorrer dos anos 1990 que os ciclos foram utilizados, também, nos Anos Finais do Ensino Fundamental. Tal organização curricular emergiu da necessidade de diminuir as altas taxas de repetência nas escolas públicas, na tentativa de amenizar o fracasso escolar, como forma de superar os problemas provocados pelo currículo escolar seriado. O objetivo geral da pesquisa foi analisar a política dos ciclos de aprendizagem nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental a partir da abordagem do ciclo de políticas, com base na análise do discurso, tendo como estudo de caso o Sistema Municipal da Educação da cidade do Salvador. Nossa abordagem metodológica ancora-se no pós-estruturalismo, no posicionamento crítico e na abordagem do ciclo de políticas. Nesse sentido, optamos por trabalhar com a abordagem do ciclo de políticas em articulação com a análise de discurso, em uma perspectiva foucaultiana. A presente tese está organizada em 07 (sete) capítulos. O primeiro é a introdução do trabalho. O segundo aborda o referencial teórico em que se ancora a pesquisa, tratando das categorias conceituais Estado, Política Pública, Política Educacional e Política dos Ciclos. O terceiro capítulo trata do caminho investigativo adotado, como a Abordagem do Ciclo de Políticas em articulação com a análise do discurso com inspiração foucaultiana. Os quarto, quinto e sexto capítulos apresentam os dados coletados e sua análise a partir dos contextos da Abordagem do Ciclo de Políticas (Contexto de Influência; Contexto da Produção do Texto; e Contexto da Prática). Por fim, o sétimo capítulo apresenta as conclusões da pesquisa. As principais conclusões da pesquisa são: há, atualmente em Salvador, duas políticas educacionais (escola em ciclos e programa de regularização de fluxo) sendo adotadas para combater o mesmo problema: distorção idade/ano. O sistema ciclado não foi capaz de diminuir as taxas de distorção e os programas de regularização de fluxo apenas amenizam essa situação, não auxiliando uma transformação em longo prazo; a SMED vem trilhando um caminho longo, desde 1987, na busca de uma construção coletiva em torno da crença de que o regime ciclado é uma opção viável para o trabalho com alunos oriundos de classes populares, pela flexibilidade que há de cada aluno aprender no seu tempo, no seu ritmo. Entretanto, notamos que os esforços empreendidos ainda não foram suficientes para o sucesso do currículo enquanto uma política, pois medidas paralelas estão sendo adotadas para conter o fluxo escolar, como os programas de aceleração da aprendizagem. Constatamos que essa política educacional está sendo traduzida de diferentes formas, o que leva à manutenção de alguns problemas na rede de ensino, como alunos ingressando no 6º ano de escolarização sem o domínio dos conteúdos básicos. / Curriculum organization in cycles has its start in Brazilian scenery from decades 1960s and 1970s, and was intensified on 1980s as insertion propose in debate on democratization of education focused on Early Elementary School Years. Over the 1990s the cycles were also used in Late Elementary School years. This curriculum organization came to light from the need to decrease the high rates on failure school in public network in order to assuage the school failure as a way to overcome problems from the Serial school curriculum. The general aim in this research was analyze the politics on learning cycles in Early Elementary School Years from the cycle policy approach based on the Discourse Analysis, and the case study was the Salvador Municipal Education System. Our methodological approach is anchored on post structuralism over a critic positioning and on the policy cycle approach. Hereupon, we opted by work with policy cycle approach with the Content Analysis and Discourse Analysis in the perspective by Foucault. This work is organized in 07 (six) chapters. The first one is the introduction. The second approaches the theoretical reference in which this research is based on, dealing with conceptual categories like State, Public Policy, Education Policy and Cycle Policy. The third chapter deals with the adopted investigation path, as the Cycle Policy approach in articulation with Contend Analysis and Discourse Analysis inspired in Foucault. The fourth, fifth and sixth chapters present data collection from the contexts Cycle Policy approach (Influence Context and Policy Strategy Context; Text Production Context; and Practice Context and Resulting Context). Finally, seventh chapter presents the conclusions from the research. The main conclusion from the research was: nowadays in Salvador there are two policies (school in cycles and flow regularization) adopted to combat the same problem: age/years distortion. The Cycle System was not able to decrease the distortion rates and the flow regularization programs only assuaged the situation, do not helping a change in long term; SMED (Municipal Secretary of Education in Portuguese acronym) has walked a long way since 1987 searching a collective construction around believes on cycling regimen is a viable option to work with students from popular classes because its flexibility on each student learn inside his/her own rhythm. However, we noticed the efforts were not enough for a curriculum succeed while policy, because parallel measures are still adopted school flow containment, as learning acceleration programs. We found this education policy is translated in different ways, what lead to the maintenance of some issues on the teaching network, as students attending the 6th school grade without mastering basic contents.
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A organização da escolaridade em ciclos de aprendizagem : uma análise dos processos de recontextualização e de formulação de políticas / The organisation of schooling in Cycles of Learning: an analysis of the processes of recontextualisation and formulation of policiesStremel, Silvana 08 February 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-02-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work presents an analysis of the process whereby the policy called as Cycles of Learning (a kind of non-retention policy for Primary Education) was recontextualised and formulated in Brazil. The aims of the research can be described as follows: a) to analyse how the Cycles of
Learning policy has been recontextualised and justified in Brazilian state schools that have adopted it; b) to explain historical aspects as well as the bases of the policy known as Cycles of Learning; and c) to analyse to what extent the proposals of the Cycles of Learning are related to the building of a truly inclusive and democratic education system. The theoretical basis of the research includes: contributions from Bernstein (1996, 1998) on the concept of recontextualisation of the pedagogical discourse; authors who provide the basis for the role of school and the building of an inclusive and democratic education system (APPLE, 2001; BELLONI, 2003; CAMINI, 2001; YOUNG, 2007); and authors who discuss the policy of cycles (BARRETTO; MITRULIS, 1999; BARRETTO; SOUSA, 2005; FREITAS, 2003; MAINARDES, 2007, 2009; PERRENOUD, 2004). The research consisted of the analysis of
official documents from seven teaching networks (municipal education systems) that have adopted the Learning Cycles method (Curitiba-PR, Ponta Grossa-PR, Recife-PE, Salvador-
BA, São Luís-MA, Telêmaco Borba-PR and Vitória da Conquista-BA). The results indicate that: a) teaching networks have been recontextualising the Cycles of Learning policy according to local contexts, political and ideological contexts, concepts and experiences from cycles of other networks etc.; b) in all networks studied the implementation of Cycles of learning aimed to provide an inclusive and democratic education system; c) the implementation of the Cycles of Learning resulted in a process whereby curriculum was restructured, and the networks analysed opted for a common curriculum; d) in general the investigated proposals were formulated without any participation or involvement of teachers and other education professionals. Furthermore, it was concluded that the analysis of initial documents of the referred networks provides elements for understanding the concept of cycle that was adopted and the general guidelines for its implementation. Nevertheless, it should be noted that in practice such guidelines are modified, reinterpreted, and recontextualised. Although the research aimed to provide a deeper look into aspects related to the origin,characteristics and bases of the Cycles of Learning, it led to the conclusion that there are still aspects in need of further investigations, namely: the bases of the Cycles of Learning policy,the variety of options and decisions taken by teaching networks to shape the policy of cycles, the impact of such cycles in the changes of pedagogical practices and in the students’ performance, and the curriculum implications of implementing schooling organised in Cycles of Learning. / Este trabalho apresenta uma análise do processo de recontextualização e formulação dos Ciclos de Aprendizagem no Brasil. Os objetivos da pesquisa foram: a) analisar como a
modalidade Ciclos de Aprendizagem vem sendo recontextualizada e justificada nas redes de ensino públicas brasileiras que a adotam; b) explicitar aspectos históricos e os fundamentos da modalidade chamada Ciclos de Aprendizagem; c) analisar em que medida as propostas de
Ciclos de Aprendizagem estão articuladas à construção de um sistema educacional efetivamente inclusivo e democrático. Utilizou-se como fundamentação teórica as contribuições de Bernstein (1996, 1998) sobre o conceito de recontextualização do discurso pedagógico, de autores que fundamentam o papel da escola e a construção de um sistema
educacional inclusivo e democrático (APPLE, 2001; BELLONI, 2003; CAMINI, 2001; YOUNG, 2007), bem como de autores que discutem sobre a política de ciclos (BARRETTO;MITRULIS, 1999; BARRETTO; SOUSA, 2005; FREITAS, 2003; MAINARDES, 2007,2009; PERRENOUD, 2004). A pesquisa envolveu a análise de documentos oficiais de sete redes de ensino que adotam os Ciclos de Aprendizagem (Curitiba-PR, Ponta Grossa-PR,
Recife-PE, Salvador-BA, São Luís-MA, Telêmaco Borba-PR e Vitória da Conquista-BA). Os resultados da pesquisa indicam que: a) as políticas de Ciclos de Aprendizagem vêm sendo
recontextualizadas pelas redes de ensino, de acordo com os contextos locais, contexto político-ideológico, concepções e experiências de ciclos de outras redes, etc.; b) em todas as
redes pesquisadas a implantação dos Ciclos de Aprendizagem objetivava a construção de um sistema inclusivo e democrático; c) a implantação dos Ciclos de Aprendizagem desencadeou um processo de reestruturação curricular, sendo que as redes analisadas optaram pela proposição de um currículo comum; d) em geral, as propostas de ciclos investigadas foram formuladas sem a participação e envolvimento dos professores e demais profissionais da
educação. Concluiu-se também que a análise de documentos iniciais das redes de ensino oferece elementos para a compreensão da concepção de ciclo adotada e das diretrizes gerais para sua implementação. Apesar disso, deve-se levar em consideração que, no contexto da prática, essas diretrizes são modificadas, reinterpretadas e recontextualizadas. Embora a pesquisa realizada tenha buscado aprofundar aspectos relacionados à origem, características e
fundamentos dos Ciclos de Aprendizagem, concluiu-se que há ainda aspectos dessa modalidade de ciclos que necessitam ser aprofundados, tais como: os fundamentos dos Ciclos
de Aprendizagem, a multiplicidade de opções e decisões que as redes de ensino utilizam na configuração da política de ciclos, o impacto dos Ciclos de Aprendizagem nas mudanças da
prática pedagógica e no desempenho dos alunos e as implicações curriculares decorrentes da implantação de ciclos.
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Ciclos e Progressão continuada: a representação social de professoresDér, Carolina Simões 09 June 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-06-09 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este estudo tem o objetivo de conhecer a representação social dos professores do Ensino Fundamental I das escolas da rede municipal de ensino do Estado de São Paulo sobre a organização do ensino em ciclos e o regime de progressão continuada. Por meio da teoria das Representações Sociais buscamos compreender como esses professores ancoram e objetivam a implantação do regime de progressão continuada e sua posterior substituição pelos ciclos de aprendizagem. Para tanto foram feitas duas questões abertas e genéricas para que o professor pudesse responder aquilo que ele realmente pensa e sente sobre o objeto de estudo. As respostas inicialmente foram divididas em categorias a favor ou contra os ciclos e a progressão continuada a fim de conhecermos a direção da atitude das representações sociais desses professores. A partir da análise das respostas dos sujeitos foi possível ainda identificar aonde os professores estão ancorando esses dois conceitos e posteriormente após a utilização do programa Alceste como se dá a objetivação desses professores sobre a progressão continuada e os ciclos. Com isso foi possível delinear a representação social dos sujeitos sobre os ciclos de aprendizagem e sobre o regime de progressão continuada. A análise possibilitou chegar aos seguintes resultados: as informações dos professores sobre os ciclos e a progressão continuada estão sendo ancorados no modelo seriado fato que se destaca principalmente pelo discurso contra a progressão continuada que reforça a idéia da forte presença da seriação. Ficou evidente também que os professores ainda consideram a seriação uma organização de ensino melhor ainda que utilizem em seu discurso uma boa qualificação ao se referir aos ciclos deixando claro que na verdade o que fazem é utilizar um discurso politicamente correto sobre a organização de ensino vigente. Dessa forma concluímos que os professores ainda bastante confusos sobre a organização do ensino em ciclos de aprendizagem e o regime de progressão continuada mostram uma representação social de forma e não de conteúdo na medida em que o discurso que fazem indica sempre uma qualificação favorável aos ciclos
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A estrutura curricular em ciclos de aprendizagem nos sistemas de ensino: contribuições de Paulo Freire / Curricular structure in apprenticeship cycles inside teaching systems: Paulo Freire contributionsAguiar, Denise Regina da Costa 31 May 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-05-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The main aim of this research has been on analyzing the proposal of curricular organization
inside apprenticeship cycles according to Paulo Freire references inside teaching systems. In
order to reach such objective I´ve decided to develop a research on quality purpose starting by
the refresh of the knowledge state on the subject of scholar progressions and its cycles (From
1990 up to 2002). The research has been developed through dissertations´ analysis produced
from 2003 up to 2008 located in the CAPES database and digital libraries (Ibicit and Domínio
Público) besides an illustrative study case in the city of Diadema aiming in analyzing,
practically the curricular proposal in apprenticeship cycles inside an emancipation
perspective, based on Paulo Freire. In such study case it was used the following procedures:
document verification, observation on the side of the participant and interviews performed
with members of the Secretaria Municipal de Educação (Education Secretary Department),
teachers, students and parents. The precepts and foundations inside apprenticeship cycles
which took place in Diadema are focused on Paulo Freire´s work and on the experience
developed inside the public education (Municipal Side - São Paulo) during the management of
the mayor Luiza Erundina de Sousa (1989-1992). The results of such research here presented
demonstrate that the curricular flexibility in apprenticeship cycles based on the emancipated
pedagogy (From Paulo Freire side) is a crucial condition to build public, popular and
democratic school with social quality. Such study has demonstrated also that it is due to a real
and effective participation of all those who really took part of it that could enable the
autonomy development of the student. It is about a proposal that need to thrust into state and
municipal teaching systems such as the valuable practice of curricular structure for which it is
required to always, follow it up and provide assessment aiming in refining it / O objetivo central da minha pesquisa foi analisar a proposta de organização curricular em
ciclos de aprendizagem de acordo com referenciais freireanos, nos sistemas de ensino. Para
atingir esse objetivo optei por desenvolver uma pesquisa de natureza qualitativa, partindo da
atualização do estado do conhecimento sobre o tema da progressão escolar e ciclos (1990 a
2002). A pesquisa se desenvolveu por meio da análise de dissertações e teses, produzidas no
período de 2003 a 2008, localizadas por consulta ao Banco de Teses da CAPES e às
Bibliotecas Digitais (Ibicit e Domínio Público) e de um estudo de caso ilustrativo, no
Município de Diadema, para analisar, empiricamente, a proposta curricular em ciclos de
aprendizagem, numa perspectiva crítico-emancipatória, fundamentada em Paulo Freire. No
estudo de caso, foram utilizados os seguintes procedimentos: análise documental, observação
participante e realização de entrevistas com membros da Secretaria Municipal de Educação,
educadores, educandos e pais. Os pressupostos e fundamentos dos ciclos de aprendizagem
implantados em Diadema estão ancorados na obra de Paulo Freire e na experiência
desenvolvida na rede pública municipal de ensino de São Paulo durante a gestão da prefeita
Luiza Erundina de Sousa (1989 a 1992). Os resultados da pesquisa, aqui, apresentados
evidenciam que a flexibilização curricular em ciclos de aprendizagem, no bojo de uma
pedagogia crítico-emancipatória freireana, é condição fundamental para a construção de uma
escola pública, popular e democrática, com qualidade social. O estudo demonstrou, também,
que isso se deve a uma efetiva participação decisória de todos os envolvidos na ação
educativa e de um rigoroso processo de ensino-aprendizagem voltado para o desenvolvimento
da autonomia do educando. É uma proposta que precisa fincar raízes, nos sistemas de ensino
estaduais e municipais, como prática valiosa de estrutura curricular, para a qual se requer,
sempre, acompanhamento e avaliação, visando ao seu aperfeiçoamento
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O Processo de ensinar-aprender no cotidiano de uma escola organizada em ciclosSouza, Lívia Silva de 28 February 2005 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The organization of the Elementary School in learning cycles is a new school reality and also
a new study problem. The present work has the objective to analyze and understand the
process of teaching-learning in the daily life of a school that is organized in learning cycles.
Our questions were the following: What is a system of learning cycles? According to the
current proposal of implantation of a system of learning cycles, what has to be changed in the
schools? How do teachers deal with that proposal in the classroom? How is the teachers'
training approached in that proposal? With the adoption of a system of cycles in what measure
the teachers have re-defined their visions and educational practices, especially in what
concerns the students' non-learning? Trying to answer those questions, we accomplished a
comprehensive documental and bibliographical investigation on how the ideas related to the
cycles were consolidated during the educational debate, especially, in the Sistema Mineiro de
Educação . We also accomplished a field research, in a public elementary school in
Uberlândia-MG, participating of the daily life of a classroom of the 3rd grade during one
school year. We understood and interpreted the movements of the classroom, their meanings
and senses associated with the school culture. We verified that although evasion rates and
reproof have decreased with the implantation of the learning cycles, non-learning is being
configured in the daily life of the classroom in the cycled school. That constitutes students
that don't learn and teachers that don't get to teach. Non-teaching and non-learning become
more significant results of the institution whose declared objective is to teach and to educate.
Considering our observations and the reports and interviews with the professionals, it is
possible to affirm that the school develops actions in a very different way from the one
presented in the proposal of cycles of the State of Minas Gerais official documents. Our study
reveals that some conceptions and the teacher's own training stay untouchable in the school of
cycles. The situation of the students non-learning, that is, the absence of a deepened
understanding of reading and writing and an effective exercise of that knowledge, is an
example. We verified that the elaboration of ordinances and publishing of resolutions are not
enough, if changes are to be made. We believe that they should begin in the school daily life,
taking into consideration what the teachers and the students think and how they live in the
school context. / A organização do ensino fundamental em ciclos de aprendizagem configura uma nova
realidade escolar e também uma nova problemática de estudo. Nessa perspectiva o presente
trabalho tem como objetivo analisar e compreender o processo de ensinar-aprender no
cotidiano da sala de aula de uma escola organizada em ciclos de aprendizagem. Nesse sentido
questionamos: O que é o sistema de ciclos de aprendizagem? De acordo com a atual proposta
de implantação do sistema de ciclos de aprendizado, o que muda nas escolas? Como
professores lidam com essa proposta na sala de aula? Como a formação de professores é
abordada nessa proposta? Com a adoção do sistema de ciclos em que medida os professores
têm redefinido suas visões e práticas educativas, especialmente no que se refere ao não
aprendizado dos alunos? Visando construir respostas para essas questões, realizamos, num
primeiro momento, uma investigação documental e bibliográfica aprofundada sobre como as
idéias relacionadas aos ciclos foram se consolidando no debate educacional, em especial, no
Sistema Mineiro de Educação . Em seguida, realizamos a pesquisa de campo, numa escola
de ensino fundamental da rede pública estadual de Uberlândia-MG na qual participamos do
cotidiano de uma sala de aula de 3º ano durante um ano letivo. Entendemos e interpretamos os
movimentos da sala de aula, seus significados e sentidos associados com a cultura escolar e
constatamos que embora as taxas de evasão e reprovação tenham diminuído com a
implantação dos ciclos de aprendizagem, o não-aprender vai se configurando no cotidiano da
sala de aula da escola ciclada. Isso constitui alunos que não aprendem e professores que não
conseguem ensinar. O não-ensinar e o não-aprender tornam-se resultados mais significativos
da instituição cujo objetivo declarado é ensinar e educar. Considerando as observações que
realizamos na escola, na sala de aula, os relatos e entrevistas com seus profissionais, é
possível afirmar que a escola desenvolve ações de maneira muito diferentes da apresentada
nos documentos oficiais que trazem a proposta de ciclos para o Estado de Minas Gerais. O
nosso estudo aponta que concepções e a própria formação do professor permanecem
intocados na escola de ciclos. Um exemplo disso é a situação de não-aprender dos alunos, ou
seja, a ausência de uma compreensão aprofundada da leitura e escrita e um exercício efetivo
desse conhecimento. Portanto, constatamos que para fazer mudanças não basta elaborar
decretos e baixar resoluções, como vimos acontecer durante nossa permanência na escola.
Acreditamos que as mudanças devem começar pelo próprio cotidiano da escola, levando em
consideração o que pensam e como vivem os professores e alunos que dele fazem parte. / Mestre em Educação
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Progressão das atividades de língua portuguesa e o tratamento dado a heterogeneidade das aprendizagens : um estudo da prática docente no contexto dos ciclosOLIVEIRA, Solange Alves de 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo buscou analisar a existência (ou não) de uma progressão das atividades
de língua portuguesa, no interior do 1º ciclo, tendo como referência a prática
docente. Ancorado no contexto dos ciclos de aprendizagem da rede municipal de
ensino de Recife, ensejamos apreender, ainda, as escolhas didáticas e
pedagógicas (CHARTIER, 2000) que vinham respaldando a prática pedagógica
naquele ciclo. No conjunto dessas escolhas, priorizamos a análise do tratamento
dado à heterogeneidade das aprendizagens e do erro do aprendiz, por entendermos
ser esses aspectos importantes numa escolarização organizada em ciclos. A fim de
alcançarmos nossos objetivos, consideramos aspectos das teorias da Transposição
Didática (CHEVALLARD, 1991; CHERVEL, 1988) e da Fabricação do Cotidiano
Escolar (CERTEAU, 1994; 1985; FERREIRA, 2005; 2003). Nesse âmbito,
recorremos a algumas pesquisas que articularam a prática pedagógica de língua
portuguesa no contexto dos ciclos, tomando por base conceitos daquelas teorias
(OLIVEIRA, 2010; 2006; 2004; CRUZ, 2008; FRIGOTTO, 2004). Compondo, ainda,
nosso quadro teórico, articulamos nossos dados com alguns aspectos da
perspectiva teórica da Apropriação dos Saberes da Ação (CHARTIER, 1998;
ALBUQUERQUE, 2002). Acompanhamos, no período de junho a dezembro de 2007,
através de observações de aula e realização de entrevistas, a prática de nove
professoras, de três instituições, dos três anos do 1º ciclo, que atuavam na rede
municipal de ensino de Recife. Esse universo nos permitiu apreender certas
variações e especificidades conforme a escola e o ano-ciclo considerado, variáveis
que perpassaram nossas análises. Examinamos, a partir da análise de conteúdo
temática categorial (BARDIN, 1977; FRANCO, 2005), as práticas pedagógicas,
observando a progressão das atividades a partir de alguns eixos de ensino de língua
e as escolhas didáticas e pedagógicas . Apreendemos uma ausência de
progressão no interior do ciclo, observada a maior freqüência de leitura de textos
realizada pelos aprendizes dos terceiros anos. Tal como no eixo anterior, não
observamos progressão na atividade de compreensão escrita de textos, dado o
distanciamento das turmas de segundo e terceiro anos em relação aos primeiros. O
contrário se confirmou nas atividades de produção de textos pelo aprendiz em que a
discrepância foi observada entre as turmas de primeiro e segundo anos, marcadas
pela baixa freqüência dessa prática, em relação aos terceiros anos. De um modo
geral, como esperávamos, predominaram as atividades do sistema de notação
alfabética (SNA) entre as turmas de primeiro ano. Em contrapartida, em alguns dos
aspectos analisados, houve proximidade entre aquelas turmas e as de terceiro ano,
indicando, claramente, ausência de progressão no ciclo. Ao nos reportarmos aos
aspectos considerados no eixo de análise lingüística , pontuamos a prevalência
dessas atividades entre as turmas de terceiro ano. Como resultado geral, merece
destaque a prevalência das atividades de leitura em relação à escassa freqüência de
produção de textos, mesmo entre as turmas de terceiro ano. Além disso, chamounos
a atenção o dado de que a primeira era realizada, essencialmente, pela
professora, enquanto que a segunda era desenvolvida, solitariamente, pelos
aprendizes. Podemos afirmar que não encontramos, no universo observado, uma
efetiva clareza quanto à progressão das atividades de língua nos três primeiros anos
de escolarização do ensino fundamental. Ao nos reportarmos aos dados do segundo
capítulo, sublinhamos que, em relação às formas de agrupamento adotadas,
verificamos a proposição de atividades coletivas e individuais, ao contrastarmos com
a freqüência de agrupamentos em duplas e pequenos grupos. Inferimos que esse
baixo investimento deveu-se à ausência de uma prática de planejamento
sistemático, evidenciada pelos nossos dados. No concernente às modalidades de
cooperação, localizamos maior prática de interação entre as professoras e seus
alunos, ao compararmos com os alcances das trocas entre eles. Já no que diz
respeito às atividades diversificadas, ressaltamos a tímida freqüência dessas,
ajustadas aos diferentes níveis dos alunos, assim como foi rara a atribuição de uma
mesma tarefa com ajustes às diferentes demandas de aprendizagem. Como dado
geral a respeito do tratamento do erro dos educandos, enfatizamos que estes
estiveram expostos a muitos momentos de correção no coletivo da sala de aula, ao
compararmos com as intervenções individuais. Ora aquele procedimento objetivava
a otimização do tempo , ora funcionava como claro mecanismo de exclusão dos
alunos mais lentos . Entendemos que as práticas, por nós observadas, de maneira
geral, vinham tentando articular as inovações presentes no âmbito do ensino de
língua aos pressupostos defendidos na escolarização por ciclo, entretanto, nossos
resultados indicaram o quanto ainda precisamos avançar rumo a um currículo que,
em articulação com os fazeres do professor, minimize as discrepâncias, por nós
vistas, em relação ao ensino e ao aprendizado dos diferentes objetos do saber em
língua portuguesa, considerando as várias etapas do ciclo. Concluímos que não
basta garantir um ensino que não retenha os alunos ao final de cada ano do ciclo. É
necessário priorizar o atendimento dos diferentes ritmos de aprendizagem,
assegurando o avanço do educando no interior do ciclo
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