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Fatores associados ao uso de cocaína e/ou crack em clientes de um CAPSad / Factors associated with cocaine and/or crack use in clients at a CAPSad

Domingos, Josélia Benedita Carneiro 20 December 2012 (has links)
O estudo teve por objetivo avaliar o us o de c ocaína e/ou de crack e suas possíveis relações com os aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Trata-se de um estudo do tipo transversal, de ab ordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido no CAPSad de Ribeirão Preto, SP, por meio de uma amostra de conveniência composta por 95 clientes do serviço, sendo 42 (44,2%) usuários de cocaína e 53 (55,8%) de crack. Os instrumentos de coleta de dados foram: Informações sociodemográficas, Escala de Severidade da D ependência de Drogas (SDS), Cocaine Craving Questionnaire-Brief (CCQ-B), Severity Alcohol Dependence Data (SADD), Inventário das Consequências do Beber (DrInC) e o Addiction Severity Índex (ASI6). A análise de dados foi realizada empregando- se os testes t de Student, para amostras independentes, o de correlação de Pearson e S pearman. A amostra foi composta predominantemente por usuários do sexo masculino, adultos, solteiros, cor branca, com baixo nível de escolaridade, religião católica e t rabalhos informais, sem diferença entre os grupos. Não houve diferenças entre usuários de cocaína e de crack para droga de maior uso, idade do primeiro uso, tempo, em anos e dias, de consumo da droga, uso de álcool no padr ão binge (na vida), níveis de gr avidade da dependência do álcool e da f issura. Os usuários de crack apresentaram maiores níveis de s everidade da de pendência da droga, avaliada tanto segundo a escala SDS quanto do ASI6. O uso de drogas e o suporte familiar e social constituíram as áreas mais prejudicadas entre esses usuários (p<=,005). Correlações entre os escores das áreas: uso de drogas (r=0,33, p<,000), psiquiátrica (r=0,27, p.<,007), legal/justiça (r=0,23, p<,024), suporte familiar/social do ASI e os escores do SDS foram baixas e estatisticamente significativas. Encontrou-se ainda uma correlação negativa entre as áreas do ASI-6: uso de dr ogas (r=-,36, p<,000), uso de álcool (r=-0,29, p<,003), legal/justiça (r=-,23, p<,024), e, positiva, entre a área família (r=0,24,p<,005) e o nível de gravidade da fissura. A escala DrInC correlacionou apenas com a área uso do álcool (ASI6). Correlações também foram identificadas entre a maioria das áreas do ASI6; no entanto, foram exceções as áreas família e emprego/financeira. A idade correlacionou com as áreas, uso de drogas (r=- 0,25, p<,014), legal/justiça (r=-0,21, p<,04) de forma negativa; e, positiva entre com a área médica do ASI6 (r=0,43, p<,000). As consequências do beber não se diferenciaram entre os usuários de cocaína e crack. Houve uma correlação positiva entre o escore total do ASI, a SDS e do DrinC, mas contrariamente aos escores do CCQ-B total. A idade correlacionou com as consequencas do beber (DrInC) e com os níveis de gravidade da dependência do álcool (SADD). Pode se concluir que a relação entre o uso de cocaína e/ou crack e os aspectos biológicos, psicológicos e s ociais são complexas e multidimensionais. Assim, avaliar as peculiaridades relacionadas ao uso de cocaína e crack possibilitou identificar elementos cruciais nos aspectos de saúde e sociais que podem contribuir, de maneira mais apropriada, no norteamento e planejamento da assistência com qualidade a essa população. / The aim in this study was to evaluate cocaine and/or crack use and its possible relations with biological, psychological and social aspects. A cross-sectional study with a quantitative approach was undertaken. The research was developed at the CAPSad in Ribeirão Preto, SP, Brazil, using a convenience sample of 95 service clients, 42 (44.2%) of whom were cocaine users and 53 (55.8%) crack users. The data collection instruments were: Sociodemographic information, Severity of Dependence Scale (SDS), Cocaine Craving Questionnaire-Brief (CCQ-B), Severity Alcohol Dependence Data (SADD), Drinker Inventory of Consequences (DrInC) and t he Addiction Severity Index (ASI-6). For data analysis, Student\'s t-test was used, and Pearson and Spearman\'s correlation test for independent samples. The sample predominantly included male, adult, white users with low education levels, Catholic and active in informal work, without any difference between the groups. No differences were found between cocaine and crack users with regard to the most used drug, age of first use, duration of drug consumption, in years and days, binge drinking (in life), severity levels of alcohol dependence and craving. Crack users showed higher severity levels of drug dependence, assessed according to the SDS and ASI6. Drugs use and family and social support were the most impaired areas among these users (p<=.005). Correlations between area scores: drugs use (r=0.33, p<.000), psychiatric (r=0.27, p<.007), legal/justice (r=0.23, p<.024), family/social support on the ASI and SDS scores were low and s tatistically significant. In addition, a neg ative correlation was found between ASI-6 areas: drugs use (r=-.36, p<.000), alcohol use (r=-0.29, p<.003), legal/justice (r=-.23, p<.024), and a positive correlation between the family area (r=0.24,p<.005) and the severity level of the craving. The DrInC scale was only correlated with the alcohol use area (ASI-6). Correlations were also identified among most ASI-6 areas; exceptions were the family and employment/financial areas. Age was negatively correlated with drugs use (r=- 0.25, p<.014), legal/justice (r=-0.21, p<.04), and positively with the medical area of the ASI-6 (r=0.43, p<.000). No distinctions in drinking consequences were found between cocaine and crack users. A positive correlation was found between total ASI score, SDS and DrInC, but opposed to total CCQ-B scores. Age was correlated with drinking consequences (DrInC) and with alcohol dependence severity levels (SADD). In conclusion, the relation between cocaine and/or crack use and biological, psychological and social aspects are complex and multidimensional. Therefore, assessing the peculiarities of cocaine and crack use permitted the identification of crucial elements in health and social aspects, which can contribute more appropriately to guide and plan quality care to this population
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Avaliação de soroprevalência HCV/HIV em mulheres e de marcadores bioquímicos de toxicidade sistêmica em homens usuários de crack

Diemen, Lisia von January 2013 (has links)
Introdução: O consumo de crack tem sido alvo de grande preocupação em vista de sua expressiva expansão e dos problemas sociais e de saúde decorrentes. A cocaína na forma de crack difere das outras vias de uso principalmente pelo seu rápido início de ação, pouco tempo de efeito e alta concentração plasmática, levando a um maior impacto orgânico e a um elevado potencial de dependência. A deterioração física e cognitiva são aspectos centrais na gravidade do uso dessa droga. As taxas de infecção pelo HIV e HCV são elevadas nessa população, mas os fatores de risco associados ainda não estão claros na literatura, em particular no Brasil. Há uma busca por marcadores biológicos que possam auxiliar a avaliar o impacto físico e cerebral ocasionados pelo uso do crack. Achados recentes sugerem que as neurotrofinas cerebrais e marcadores de estresse oxidativo possam ser úteis nesse sentido. Objetivos: Avaliar a prevalência e fatores de risco associados à infecção por HIV e HCV em mulheres usuárias de crack e investigar se os níveis de BDNF, TBARS e PCC em usuários de crack, antes e após desintoxicação, diferem de controles e respectivos correlatos clínicos. Método: O artigo 1 utiliza um desenho transversal com uma amostra de conveniência de 76 mulheres com uso recente de crack. Foram coletados sangue para os testes de HIV/HCV, dados demográficos e instrumentos que avaliaram conhecimento sobre AIDS, consumo de drogas e comportamentos de risco para AIDS. No artigo 2 uma coorte com 49 usuários de crack homens foram recrutados da internação do Hospital Psiquiátrico São Pedro em Porto Alegre e 97 controles comunitários foram obtidos de um bairro pobre da cidade de Canoas (região metropolitana de Porto Alegre). O sangue para análise de BDNF (artigo 2), TBARS e PCC (resultados complementares) foi coletado no primeiro dia de internação e no dia da alta nos usuários de crack e no dia da entrevista nos controles. Nas duas amostras e nos controles os participantes tinham mais de 18 anos e realizaram teste de urina para cocaína. Resultados: No artigo 1, a prevalência de HIV entre as mulheres foi de 37,0% e de HCV de 27,7%, sendo 15,1% a prevalência de co-infecção. A análise ajustada identificou 4 anos ou menos de escolaridade como maior chance de infecção por HIV – RC 4,72 (1,49-14,99) e por HCV RC - 4,51 (1,18-17,27) e ter realizado 3 ou mais testes para HIV na vida - RC 4,26 (1,29-14,04) associado com contaminação por HIV. No artigo 2, os níveis de BDNF entre homens usuários de crack foram significativamente menores na admissão (28,6±11,0) quando comparados com os controles (39,5±10,6) e com o valor na alta hospitalar (35,6±12,3), mesmo após ajuste para as variáveis confundidoras. O valor do BDNF na alta foi um pouco menor nos usuários de crack, mas sem diferença significativa em relação aos controles. O aumento do BDNF teve associação significativa com número de dias de internação e inversa com anos de uso de crack e número de pedras de crack utilizadas no último mês. Os resultados complementares mostram que os valores médios de TBARS e PCC são semelhantes na internação e alta em relação aos controles. Contudo, o valor do TBARS na alta e a alteração durante a internação foram diretamente correlacionados com a gravidade do consumo de crack. Conclusões: Nós encontramos uma alta prevalência de contaminação por HIV e HCV entre mulheres usuárias de crack e o baixo nível educacional foi o fator de risco mais importante identificado. Em relação aos valores de BDNF em homens, foi possível identificar que este se encontra reduzido na vigência do uso de crack, com aumento na abstinência precoce, passando a ter níveis comparáveis aos controles. O aumento do BDNF e a diminuição do TBARS durante a abstinência precoce foram relacionados à menor gravidade de uso do crack. Esses achados sugerem que as variações de BDNF e TBARS após desintoxicação inicial possam ser marcadores da gravidade do uso de crack e de prognóstico, a serem investigados em futuros estudos. / Background: Crack cocaine has a been subject of great concern in view of its widespread use, as well as its increasing social and health problems. Crack cocaine differs from other administration routes primarily by its rapid onset of action, short effect and high plasma concentrations, leading to a higher organic impact and high potential for addiction. Physical and cognitive deterioration are key aspects of crack cocaine induced impairment. Rates of HIV and HCV are high in this population, but risk factors are still unclear in the literature, particularly in Brazil. There is search for biomarkers that may help identify the physical and brain injuries caused by its use. Recent findings suggest that brain neurotrophins and oxidative damage markers may be useful in this regard. Objectives: To ascertain the HIV/HCV serostatus and associated risk behaviors for infection of female crack users. To evaluated BDNF, TBARS and carbonyl levels among crack cocaine users during inpatient treatment, before and after drug withdrawal, vs. healthy controls. Clinical correlates with changes in biomarkers levels were also assessed. Method: Paper 1 is a cross-sectional study with a convenience sample of 76 female crack cocaine users. Subjects answered NIDA’s Risk Behavior Assessment and the AIDS Information Questionnaire. In addition, blood was collected from subjects for HIV/HCV tests. Blood samples for serum BDNF (paper 2), TBARS and PCC (complementary results) evaluations were collected in a cohort of 49 male crack users on the first and last days of hospitalization and in 97 healthy controls. In both samples and in the control group subjects were 18 years old or more and underwent urine tests for cocaine. Results: In paper 1, the overall prevalence of HIV was 37.0%; HCV seroprevalence was 27.7%; 15.1% of the sample was co-infected with HIV and HCV. Four years of schooling or fewer (OR 4.72 - CI 95% ((1.49-14.99)) was associated with HIV and HCV infection (OR 4.51 - CI 95% (1.18-17.27)) after multivariate logistic regression. In paper 2 BDNF levels among male crack users were significantly lower upon admission (28.6±11.0) when compared to controls (39.5±10.6) and discharge (35.6±12.3), even after adjustment for confounding variables. At discharge, BDNF levels between patients and controls were similar. Number of crack rocks used in the last 30 days and years of crack use were inversely correlated with the outcome. Complementary results show that levels of carbonyl and TBARS are similar at admission and discharge compared to controls. However, the TBARS levels at discharge and its variation rate during hospitalization were significantly correlated with the severity of crack cocaine use. Conclusions: We found a very high prevalence of HIV and HCV infection among female crack users, and low education was the most important risk factor associated with both infections. With regard to BDNF levels among men, it was reduced while using crack cocaine increased in early withdrawal reaching levels similar to control group at discharge. Rates of BDNF increase and TBARS decrease were correlated with severity of crack use. These findings suggest that the variation of BDNF and TBARS during early withdrawal may be a marker of severity of crack use.
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Avaliação dos níveis séricos da Cocaine and Amphetamine Regulated Trascript (CART) em díades de puérperas e recém-nascidos com história de exposição ao crack intrauterino em comparação a díades sem exposição

Parcianello, Rodrigo Ritter January 2017 (has links)
A presente dissertação abordou o nível sérico da Cocaine and Amphetamine Regulated Transcript (CART) em uma população altamente vulnerável – díades mães/bebês com história de exposição ao crack na gestação. A CART é um antioxidante endógeno presente desde o período embrionário e ativado por maiores níveis de dopamina. Foram avaliados 57 recém-nascidos expostos (RNE) e 99 não expostos (RNNE), e as suas mães. Utizou-se uma amostragem consecutiva, em um delineamento transversal. Foram considerados potenciais confundidores: dados maternos, como psicopatologia, QI, intensidade do uso de outras substâncias além de crack nos últimos três meses, doenças infecto-contagiosas e outros. Também foram considerados dados dos recém-nascidos (RNs), como apgar, peso e gênero, entre outros. No primeiro artigo, foram comparados os níveis de CART entre RNs com exposição intrauterina (EIU) ao crack vs RNs controles. Além disso, comparamos os níveis séricos de CART entre as mães desses RNs, no período pós-parto imediato. A análise estatística foi através de General Linear Model. A média ajustada da CART foi significativamente maior em RN expostos em comparação aos não expostos (0,18, IC95% 0,09 - 0,27 vs 0,05, IC95% 0,02 - 0,07; p = 0,002, d = 0,68), mesmo considerando-se o efeito da intensidade do uso de álcool nos últimos três meses. Já nas mães, não houve diferença nos níveis da CART entre expostas (mediana = 0,024, amplitude interquartil 1,123, amplitude 0,006222 – 1,126010, n = 44) e não expostas (mediana = 0,031, amplitude interquartil 3,439, amplitude 0,003739 – 3,442805, n= 90, p = 0,08, Mann-Whitney U Test). No segundo artigo, foi analisada a correlação (Spearman correlation test) entre CART no SCU e no sangue periférico materno das usuárias de crack desta mesma amostra. Encontramos correlação direta e moderada (rs= 0,350, p = 0,043). Através dos resultados do primeiro estudo, confirmamos alterações no sistema REDOX destas díades, sendo a CART mais mobilizada na dupla com exposição. A falta de diferença entre as puérperas sugere que a resposta antioxidante endógena possa variar de acordo com a etapa do ciclo vital e, talvez, a cronicidade do estressor – no caso, tempo de uso de crack. Através dos resultados do segundo artigo, concluímos que há um sistema antioxidante endógeno atuando desde cedo no feto em desenvolvimento. Em conjunto, trata-se de dados inovadores, com características de neuroproteção em RNs. Estes achados podem ajudar a elucidar os caminhos neurobiológicos responsáveis pelas alterações de neurodesenvolvimento, contribuindo para a ampliação das possibilidades de intervenções precoces. / The present master’s dissertation addressed the serum level of Cocaine and Amphetamine Regulated Transcript (CART) in a highly vulnerable population - mother/newborn dyads with a history of exposure to crack/cocaine during pregnancy. CART is an endogenous antioxidant present since the embryonic period and activated by higher levels of dopamine. We evaluated 57 exposed and 99 unexposed infants, and their mothers. A consecutive sampling was used in a cross-sectional design. Potential confounders were considered: maternal data, such as psychopathology, IQ, intensity of use of other substances besides crack/cocaine in the last three months, infectious diseases and others. Data on newborns, such as apgar, weight and gender, among others, were also considered. In the first article, we compared the levels of CART among newborns with intrauterine exposure to crack/cocaine vs newborns controls. In addition, we compared the serum levels of CART among the mothers of these newborns in the immediate postpartum period. The statistical analysis was through General Linear Model. The CART adjusted mean was significantly higher in exposed infants compared to non-exposed infants (0.18, 95% CI 0.09 - 0.27 vs 0.05, 95% CI 0.02-0.07, p = 0.002, D = 0.68), even considering the effect of the intensity of alcohol use in the last three months. In the mothers, there was no difference in the CART levels between exposed (median = 0.024, interquartile range 1,123, range 0.006222 - 1.126010, n = 44) and not exposed (median = 0.031, interquartile range 3,439, range 0.003739 - 3,442,805, n = 90, p = 0.08, Mann-Whitney U Test). In the second article, the correlation (Spearman correlation test) between CART in the umbilical cord blood (UCB) and the maternal peripheral blood of the crack/cocaine users of this same sample was analyzed. We found direct and moderate correlation (rs = 0.350, p = 0.043). Through the results of the first study, we confirmed changes in the REDOX system of these dyads, with CART being more mobilized in the pair with exposure. The lack of difference between postpartum women suggests that the endogenous antioxidant response may vary according to the stage of the life cycle and perhaps the chronicity of the stressor - in this case, crack/cocaine use duration. Through the results of the second article, we conclude that there is an endogenous antioxidant system acting at an early stage in the developing fetus. Together, these are innovative data, with characteristics of neuroprotection in newborns. These findings may help elucidate the neurobiological pathways responsible for neurodevelopmental changes, contributing to the expansion of the possibilities of early intervention.
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Determinantes intrapessoais e interpessoais do processo de recaída em usuários de crack / Intrapersonal and interpersonal determinants of relapse process in crack users

Almeida, Camila Souza de 12 June 2015 (has links)
O crack, subproduto da cocaína, introduzida na década de 80 no Brasil, é um potente estimulador do Sistema Nervoso Central (SNC), desde a sua introdução no país, verificou-se que os efeitos no convívio social e familiar do usuário são quase imediatos, levando a sociedade e o estado a terem uma preocupação maior com o seu uso e controle. Devido à magnitude dos efeitos da abstinência das substâncias psicoativas (no caso o crack), a recaída apareceu como um fator comum no cotidiano dos usuários, para analisar esse fato se propôs na década de 70 um modelo de tratamento denominado Prevenção de Recaída (PR), baseado no modelo compensatório (Terapia cognitivo-comportamental) em que não há julgamento ou atribuição de culpa ao indivíduo pelo uso da droga, mas o leva à reflexão sobre seus atos e a se responsabilizar pelas mudanças de comportamento. Assim o objetivo desse estudo foi identificar os determinantes intrapessoais e interpessoais do processo de recaída em usuários de crack, além de identificar o perfil sociodemográfico, o inicio do uso e padrão de uso de crack e outras drogas (lícitas e ilícitas). Trata-se de um estudo qualitativo de teor descritivo. A pesquisa ocorreu em um CAPS ad II em uma cidade do interior de Minas Gerais e a amostra foi de conveniência. Foram realizadas entrevistas semi- estruturas em duas etapas, com intervalo de três meses cada uma com os mesmos participantes, foi aplicada a análise de conteúdo no tratamento dos dados qualitativos. Os dados sociodemográficos concordaram com a literatura nacional; exceto no que tange a média de idade. O início do consumo de drogas ocorreu com o uso de drogas lícitas na adolescência e a relação dos usuários de crack com as demais SPA (lícitas e ilícitas) mostrou-se ambivalente, não sendo reconhecidas como \"drogas\", particularmente o álcool, percebido também como gatilho ou porta de entrada para o uso do crack, já as recaídas apareceram atreladas a fatores intrapessoais e interpessoais, sendo que eles se retroalimentam, criando um círculo vicioso. O estudo mostrou que, no atendimento ao usuário de crack deve-se trabalhar com todas as facetas do uso ou do motivo da recaída, e identificar juntamente com o usuário, os gatilhos de recaída e a rede de apoio de que dispõe, fortalecendo-o na busca de mecanismos de autocontrole do uso / The crack, a byproduct of cocaine, introduced in the 80s in Brazil, is a potent stimulator of the central nervous system (CNS), since its introduction in the country, it was found that the effects on social and family life of the user are almost immediate , leading the society and the state to have a major concern with its use and control. Due to the magnitude of the effects of abstinence l of psychoactive substances (in this case crack), relapse appeared as a common factor in the daily lives of users, to analyze this fact was proposed in the 70\'s a model of treatment called Relapse Prevention (RP) based on the compensatory model (cognitive behavioral therapy) in which there is no judgment or blaming the individual for drug use, but leads to reflection on their actions and take responsibility for behavior change. Therefore the aim of this study was to identify intrapersonal and interpersonal determinants of relapse process in crack users, and identify the sociodemographic profile, the start of use and crack cocaine use pattern and other drugs (licit and illicit). This is a qualitative study of descriptive content. The research took place in a CAPS II ad in a city in Minas Gerais and the sample was a convenience. Semi-structures interviews were conducted in two stages, with an interval of three months each with the same participants were given the content analysis in the treatment of qualitative data. Socio-demographic data agreed with the national literature; except with respect to mean age. The start of drug use occurred with the use of illicit drugs in adolescence and crack users compared with other SPA (legal and illegal) proved to be ambivalent, not being recognized as \"drugs\", particularly alcohol use has also noticed as a trigger or gateway to crack use, since relapses appeared linked to intrapersonal and interpersonal factors, and they feed back, creating a vicious circle. The study showed that, in the care of crack users must work with all aspects of the use or reason of relapse, and identify with the user, the relapse triggers and the support network available to it, strengthening it in the pursuit of self- control mechanisms usage
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Cenas de uso de crack no município do Rio de Janeiro: perfil em 2011/2012 / Scenes of crack use in the municipality of Rio de Janeiro: Profile for 2011/2012

Veloso Filho, Carlos Linhares January 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-20T12:35:28Z (GMT). No. of bitstreams: 2 483.pdf: 3942881 bytes, checksum: 9d3eae4137a5be4bd11ae450d47d9761 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2013 / O consumo de crack, segundo matérias veiculadas pelos meios de comunicação, estaria se transformando numa epidemia em nosso país, seja nas grandes metrópoles, onde esta disseminação ter-se-ia iniciado e, mais recentemente, em cidades de pequeno e médio porte. Os estudos científicos brasileiros na área tornaram-se mais frequentes nos últimos anos, mas persistem importantes lacunas. O presente estudo é parte integrante do projeto de pesquisa Perfil dos usuários de crack nas 26 capitais, Distrito Federal, 09 regiões metropolitanas e Brasil , e tem como objetivo propor uma tipologia de análise do uso de crack e similares (pasta base, merla e oxi ), em cenas de uso de drogas no município do Rio de Janeiro, 2011/12. Buscar-se-á especificamente: a) discutir algumas metodologias de investigação de populações de difícil acesso ou ocultas , como usuários de crack e outras drogas ilícitas; b) propor uma tipologia para a análise descritiva e comparativa entre as cenas de uso de crack e similares em função das suas distribuições por concentração (maior ou menor) de usuários; e c) verificar a aplicabilidade dessa tipologia na análise comparativa dos dados, de modo a identificar diferenças relevantes quanto à natureza das cenas de uso (tamanho das cenas, perfil dos usuários, perfil de consumo de drogas lícitas e ilícitas) e as características geográficas dos espaços urbanos onde ocorrem. Para essa finalidade, foram utilizadas técnicas etnográficas, combinando observação participante e mapeamento; e a utilização do método de amostragem Time Location Sampling (TLS), selecionando potenciais cenas de uso de crack e similares, a partir de molduras (frames) amostrais definidas pelo trabalho de prospecção, em termos de locais, horários e características das cenas de cada localidade. Essas informações geraram um banco de dados que foi analisado através de uma combinação de técnicas quantitativas e qualitativas.
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Avaliação de soroprevalência HCV/HIV em mulheres e de marcadores bioquímicos de toxicidade sistêmica em homens usuários de crack

Diemen, Lisia von January 2013 (has links)
Introdução: O consumo de crack tem sido alvo de grande preocupação em vista de sua expressiva expansão e dos problemas sociais e de saúde decorrentes. A cocaína na forma de crack difere das outras vias de uso principalmente pelo seu rápido início de ação, pouco tempo de efeito e alta concentração plasmática, levando a um maior impacto orgânico e a um elevado potencial de dependência. A deterioração física e cognitiva são aspectos centrais na gravidade do uso dessa droga. As taxas de infecção pelo HIV e HCV são elevadas nessa população, mas os fatores de risco associados ainda não estão claros na literatura, em particular no Brasil. Há uma busca por marcadores biológicos que possam auxiliar a avaliar o impacto físico e cerebral ocasionados pelo uso do crack. Achados recentes sugerem que as neurotrofinas cerebrais e marcadores de estresse oxidativo possam ser úteis nesse sentido. Objetivos: Avaliar a prevalência e fatores de risco associados à infecção por HIV e HCV em mulheres usuárias de crack e investigar se os níveis de BDNF, TBARS e PCC em usuários de crack, antes e após desintoxicação, diferem de controles e respectivos correlatos clínicos. Método: O artigo 1 utiliza um desenho transversal com uma amostra de conveniência de 76 mulheres com uso recente de crack. Foram coletados sangue para os testes de HIV/HCV, dados demográficos e instrumentos que avaliaram conhecimento sobre AIDS, consumo de drogas e comportamentos de risco para AIDS. No artigo 2 uma coorte com 49 usuários de crack homens foram recrutados da internação do Hospital Psiquiátrico São Pedro em Porto Alegre e 97 controles comunitários foram obtidos de um bairro pobre da cidade de Canoas (região metropolitana de Porto Alegre). O sangue para análise de BDNF (artigo 2), TBARS e PCC (resultados complementares) foi coletado no primeiro dia de internação e no dia da alta nos usuários de crack e no dia da entrevista nos controles. Nas duas amostras e nos controles os participantes tinham mais de 18 anos e realizaram teste de urina para cocaína. Resultados: No artigo 1, a prevalência de HIV entre as mulheres foi de 37,0% e de HCV de 27,7%, sendo 15,1% a prevalência de co-infecção. A análise ajustada identificou 4 anos ou menos de escolaridade como maior chance de infecção por HIV – RC 4,72 (1,49-14,99) e por HCV RC - 4,51 (1,18-17,27) e ter realizado 3 ou mais testes para HIV na vida - RC 4,26 (1,29-14,04) associado com contaminação por HIV. No artigo 2, os níveis de BDNF entre homens usuários de crack foram significativamente menores na admissão (28,6±11,0) quando comparados com os controles (39,5±10,6) e com o valor na alta hospitalar (35,6±12,3), mesmo após ajuste para as variáveis confundidoras. O valor do BDNF na alta foi um pouco menor nos usuários de crack, mas sem diferença significativa em relação aos controles. O aumento do BDNF teve associação significativa com número de dias de internação e inversa com anos de uso de crack e número de pedras de crack utilizadas no último mês. Os resultados complementares mostram que os valores médios de TBARS e PCC são semelhantes na internação e alta em relação aos controles. Contudo, o valor do TBARS na alta e a alteração durante a internação foram diretamente correlacionados com a gravidade do consumo de crack. Conclusões: Nós encontramos uma alta prevalência de contaminação por HIV e HCV entre mulheres usuárias de crack e o baixo nível educacional foi o fator de risco mais importante identificado. Em relação aos valores de BDNF em homens, foi possível identificar que este se encontra reduzido na vigência do uso de crack, com aumento na abstinência precoce, passando a ter níveis comparáveis aos controles. O aumento do BDNF e a diminuição do TBARS durante a abstinência precoce foram relacionados à menor gravidade de uso do crack. Esses achados sugerem que as variações de BDNF e TBARS após desintoxicação inicial possam ser marcadores da gravidade do uso de crack e de prognóstico, a serem investigados em futuros estudos. / Background: Crack cocaine has a been subject of great concern in view of its widespread use, as well as its increasing social and health problems. Crack cocaine differs from other administration routes primarily by its rapid onset of action, short effect and high plasma concentrations, leading to a higher organic impact and high potential for addiction. Physical and cognitive deterioration are key aspects of crack cocaine induced impairment. Rates of HIV and HCV are high in this population, but risk factors are still unclear in the literature, particularly in Brazil. There is search for biomarkers that may help identify the physical and brain injuries caused by its use. Recent findings suggest that brain neurotrophins and oxidative damage markers may be useful in this regard. Objectives: To ascertain the HIV/HCV serostatus and associated risk behaviors for infection of female crack users. To evaluated BDNF, TBARS and carbonyl levels among crack cocaine users during inpatient treatment, before and after drug withdrawal, vs. healthy controls. Clinical correlates with changes in biomarkers levels were also assessed. Method: Paper 1 is a cross-sectional study with a convenience sample of 76 female crack cocaine users. Subjects answered NIDA’s Risk Behavior Assessment and the AIDS Information Questionnaire. In addition, blood was collected from subjects for HIV/HCV tests. Blood samples for serum BDNF (paper 2), TBARS and PCC (complementary results) evaluations were collected in a cohort of 49 male crack users on the first and last days of hospitalization and in 97 healthy controls. In both samples and in the control group subjects were 18 years old or more and underwent urine tests for cocaine. Results: In paper 1, the overall prevalence of HIV was 37.0%; HCV seroprevalence was 27.7%; 15.1% of the sample was co-infected with HIV and HCV. Four years of schooling or fewer (OR 4.72 - CI 95% ((1.49-14.99)) was associated with HIV and HCV infection (OR 4.51 - CI 95% (1.18-17.27)) after multivariate logistic regression. In paper 2 BDNF levels among male crack users were significantly lower upon admission (28.6±11.0) when compared to controls (39.5±10.6) and discharge (35.6±12.3), even after adjustment for confounding variables. At discharge, BDNF levels between patients and controls were similar. Number of crack rocks used in the last 30 days and years of crack use were inversely correlated with the outcome. Complementary results show that levels of carbonyl and TBARS are similar at admission and discharge compared to controls. However, the TBARS levels at discharge and its variation rate during hospitalization were significantly correlated with the severity of crack cocaine use. Conclusions: We found a very high prevalence of HIV and HCV infection among female crack users, and low education was the most important risk factor associated with both infections. With regard to BDNF levels among men, it was reduced while using crack cocaine increased in early withdrawal reaching levels similar to control group at discharge. Rates of BDNF increase and TBARS decrease were correlated with severity of crack use. These findings suggest that the variation of BDNF and TBARS during early withdrawal may be a marker of severity of crack use.
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Avaliação dos níveis séricos da Cocaine and Amphetamine Regulated Trascript (CART) em díades de puérperas e recém-nascidos com história de exposição ao crack intrauterino em comparação a díades sem exposição

Parcianello, Rodrigo Ritter January 2017 (has links)
A presente dissertação abordou o nível sérico da Cocaine and Amphetamine Regulated Transcript (CART) em uma população altamente vulnerável – díades mães/bebês com história de exposição ao crack na gestação. A CART é um antioxidante endógeno presente desde o período embrionário e ativado por maiores níveis de dopamina. Foram avaliados 57 recém-nascidos expostos (RNE) e 99 não expostos (RNNE), e as suas mães. Utizou-se uma amostragem consecutiva, em um delineamento transversal. Foram considerados potenciais confundidores: dados maternos, como psicopatologia, QI, intensidade do uso de outras substâncias além de crack nos últimos três meses, doenças infecto-contagiosas e outros. Também foram considerados dados dos recém-nascidos (RNs), como apgar, peso e gênero, entre outros. No primeiro artigo, foram comparados os níveis de CART entre RNs com exposição intrauterina (EIU) ao crack vs RNs controles. Além disso, comparamos os níveis séricos de CART entre as mães desses RNs, no período pós-parto imediato. A análise estatística foi através de General Linear Model. A média ajustada da CART foi significativamente maior em RN expostos em comparação aos não expostos (0,18, IC95% 0,09 - 0,27 vs 0,05, IC95% 0,02 - 0,07; p = 0,002, d = 0,68), mesmo considerando-se o efeito da intensidade do uso de álcool nos últimos três meses. Já nas mães, não houve diferença nos níveis da CART entre expostas (mediana = 0,024, amplitude interquartil 1,123, amplitude 0,006222 – 1,126010, n = 44) e não expostas (mediana = 0,031, amplitude interquartil 3,439, amplitude 0,003739 – 3,442805, n= 90, p = 0,08, Mann-Whitney U Test). No segundo artigo, foi analisada a correlação (Spearman correlation test) entre CART no SCU e no sangue periférico materno das usuárias de crack desta mesma amostra. Encontramos correlação direta e moderada (rs= 0,350, p = 0,043). Através dos resultados do primeiro estudo, confirmamos alterações no sistema REDOX destas díades, sendo a CART mais mobilizada na dupla com exposição. A falta de diferença entre as puérperas sugere que a resposta antioxidante endógena possa variar de acordo com a etapa do ciclo vital e, talvez, a cronicidade do estressor – no caso, tempo de uso de crack. Através dos resultados do segundo artigo, concluímos que há um sistema antioxidante endógeno atuando desde cedo no feto em desenvolvimento. Em conjunto, trata-se de dados inovadores, com características de neuroproteção em RNs. Estes achados podem ajudar a elucidar os caminhos neurobiológicos responsáveis pelas alterações de neurodesenvolvimento, contribuindo para a ampliação das possibilidades de intervenções precoces. / The present master’s dissertation addressed the serum level of Cocaine and Amphetamine Regulated Transcript (CART) in a highly vulnerable population - mother/newborn dyads with a history of exposure to crack/cocaine during pregnancy. CART is an endogenous antioxidant present since the embryonic period and activated by higher levels of dopamine. We evaluated 57 exposed and 99 unexposed infants, and their mothers. A consecutive sampling was used in a cross-sectional design. Potential confounders were considered: maternal data, such as psychopathology, IQ, intensity of use of other substances besides crack/cocaine in the last three months, infectious diseases and others. Data on newborns, such as apgar, weight and gender, among others, were also considered. In the first article, we compared the levels of CART among newborns with intrauterine exposure to crack/cocaine vs newborns controls. In addition, we compared the serum levels of CART among the mothers of these newborns in the immediate postpartum period. The statistical analysis was through General Linear Model. The CART adjusted mean was significantly higher in exposed infants compared to non-exposed infants (0.18, 95% CI 0.09 - 0.27 vs 0.05, 95% CI 0.02-0.07, p = 0.002, D = 0.68), even considering the effect of the intensity of alcohol use in the last three months. In the mothers, there was no difference in the CART levels between exposed (median = 0.024, interquartile range 1,123, range 0.006222 - 1.126010, n = 44) and not exposed (median = 0.031, interquartile range 3,439, range 0.003739 - 3,442,805, n = 90, p = 0.08, Mann-Whitney U Test). In the second article, the correlation (Spearman correlation test) between CART in the umbilical cord blood (UCB) and the maternal peripheral blood of the crack/cocaine users of this same sample was analyzed. We found direct and moderate correlation (rs = 0.350, p = 0.043). Through the results of the first study, we confirmed changes in the REDOX system of these dyads, with CART being more mobilized in the pair with exposure. The lack of difference between postpartum women suggests that the endogenous antioxidant response may vary according to the stage of the life cycle and perhaps the chronicity of the stressor - in this case, crack/cocaine use duration. Through the results of the second article, we conclude that there is an endogenous antioxidant system acting at an early stage in the developing fetus. Together, these are innovative data, with characteristics of neuroprotection in newborns. These findings may help elucidate the neurobiological pathways responsible for neurodevelopmental changes, contributing to the expansion of the possibilities of early intervention.
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Fatores associados ao uso de cocaína e/ou crack em clientes de um CAPSad / Factors associated with cocaine and/or crack use in clients at a CAPSad

Josélia Benedita Carneiro Domingos 20 December 2012 (has links)
O estudo teve por objetivo avaliar o us o de c ocaína e/ou de crack e suas possíveis relações com os aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Trata-se de um estudo do tipo transversal, de ab ordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido no CAPSad de Ribeirão Preto, SP, por meio de uma amostra de conveniência composta por 95 clientes do serviço, sendo 42 (44,2%) usuários de cocaína e 53 (55,8%) de crack. Os instrumentos de coleta de dados foram: Informações sociodemográficas, Escala de Severidade da D ependência de Drogas (SDS), Cocaine Craving Questionnaire-Brief (CCQ-B), Severity Alcohol Dependence Data (SADD), Inventário das Consequências do Beber (DrInC) e o Addiction Severity Índex (ASI6). A análise de dados foi realizada empregando- se os testes t de Student, para amostras independentes, o de correlação de Pearson e S pearman. A amostra foi composta predominantemente por usuários do sexo masculino, adultos, solteiros, cor branca, com baixo nível de escolaridade, religião católica e t rabalhos informais, sem diferença entre os grupos. Não houve diferenças entre usuários de cocaína e de crack para droga de maior uso, idade do primeiro uso, tempo, em anos e dias, de consumo da droga, uso de álcool no padr ão binge (na vida), níveis de gr avidade da dependência do álcool e da f issura. Os usuários de crack apresentaram maiores níveis de s everidade da de pendência da droga, avaliada tanto segundo a escala SDS quanto do ASI6. O uso de drogas e o suporte familiar e social constituíram as áreas mais prejudicadas entre esses usuários (p<=,005). Correlações entre os escores das áreas: uso de drogas (r=0,33, p<,000), psiquiátrica (r=0,27, p.<,007), legal/justiça (r=0,23, p<,024), suporte familiar/social do ASI e os escores do SDS foram baixas e estatisticamente significativas. Encontrou-se ainda uma correlação negativa entre as áreas do ASI-6: uso de dr ogas (r=-,36, p<,000), uso de álcool (r=-0,29, p<,003), legal/justiça (r=-,23, p<,024), e, positiva, entre a área família (r=0,24,p<,005) e o nível de gravidade da fissura. A escala DrInC correlacionou apenas com a área uso do álcool (ASI6). Correlações também foram identificadas entre a maioria das áreas do ASI6; no entanto, foram exceções as áreas família e emprego/financeira. A idade correlacionou com as áreas, uso de drogas (r=- 0,25, p<,014), legal/justiça (r=-0,21, p<,04) de forma negativa; e, positiva entre com a área médica do ASI6 (r=0,43, p<,000). As consequências do beber não se diferenciaram entre os usuários de cocaína e crack. Houve uma correlação positiva entre o escore total do ASI, a SDS e do DrinC, mas contrariamente aos escores do CCQ-B total. A idade correlacionou com as consequencas do beber (DrInC) e com os níveis de gravidade da dependência do álcool (SADD). Pode se concluir que a relação entre o uso de cocaína e/ou crack e os aspectos biológicos, psicológicos e s ociais são complexas e multidimensionais. Assim, avaliar as peculiaridades relacionadas ao uso de cocaína e crack possibilitou identificar elementos cruciais nos aspectos de saúde e sociais que podem contribuir, de maneira mais apropriada, no norteamento e planejamento da assistência com qualidade a essa população. / The aim in this study was to evaluate cocaine and/or crack use and its possible relations with biological, psychological and social aspects. A cross-sectional study with a quantitative approach was undertaken. The research was developed at the CAPSad in Ribeirão Preto, SP, Brazil, using a convenience sample of 95 service clients, 42 (44.2%) of whom were cocaine users and 53 (55.8%) crack users. The data collection instruments were: Sociodemographic information, Severity of Dependence Scale (SDS), Cocaine Craving Questionnaire-Brief (CCQ-B), Severity Alcohol Dependence Data (SADD), Drinker Inventory of Consequences (DrInC) and t he Addiction Severity Index (ASI-6). For data analysis, Student\'s t-test was used, and Pearson and Spearman\'s correlation test for independent samples. The sample predominantly included male, adult, white users with low education levels, Catholic and active in informal work, without any difference between the groups. No differences were found between cocaine and crack users with regard to the most used drug, age of first use, duration of drug consumption, in years and days, binge drinking (in life), severity levels of alcohol dependence and craving. Crack users showed higher severity levels of drug dependence, assessed according to the SDS and ASI6. Drugs use and family and social support were the most impaired areas among these users (p<=.005). Correlations between area scores: drugs use (r=0.33, p<.000), psychiatric (r=0.27, p<.007), legal/justice (r=0.23, p<.024), family/social support on the ASI and SDS scores were low and s tatistically significant. In addition, a neg ative correlation was found between ASI-6 areas: drugs use (r=-.36, p<.000), alcohol use (r=-0.29, p<.003), legal/justice (r=-.23, p<.024), and a positive correlation between the family area (r=0.24,p<.005) and the severity level of the craving. The DrInC scale was only correlated with the alcohol use area (ASI-6). Correlations were also identified among most ASI-6 areas; exceptions were the family and employment/financial areas. Age was negatively correlated with drugs use (r=- 0.25, p<.014), legal/justice (r=-0.21, p<.04), and positively with the medical area of the ASI-6 (r=0.43, p<.000). No distinctions in drinking consequences were found between cocaine and crack users. A positive correlation was found between total ASI score, SDS and DrInC, but opposed to total CCQ-B scores. Age was correlated with drinking consequences (DrInC) and with alcohol dependence severity levels (SADD). In conclusion, the relation between cocaine and/or crack use and biological, psychological and social aspects are complex and multidimensional. Therefore, assessing the peculiarities of cocaine and crack use permitted the identification of crucial elements in health and social aspects, which can contribute more appropriately to guide and plan quality care to this population
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Análise do perfil oxidativo de usuárias de crack em processo de desintoxicação

Zaparte, Aline January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-07-22T02:04:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000472476-Texto+Completo-0.pdf: 2364616 bytes, checksum: c4b022cfc35016dfceaaa75088b36bcb (MD5) Previous issue date: 2014 / Crack is a cocaine-­‐derived substance that acts as a stimulant of the central nervous system. It is characterized by low cost, quick action and high power dependency. Little is known about effects at the cellular level caused by the crack and body resilience of body during period of abstinence. Studies have shown an increased production of reactive oxygen species (ROS) after administration of cocaine. Oxidative stress occurs when there is an imbalance between the production of ROS and the ability of the antioxidant defense in combat or prevent its action. This condition can be harmful to cells, causing damage to biomolecules such as DNA, lipids and proteins. Aiming to better understand the action of crack and abstinence in redox state, this study enrolled thirty patients of program for detoxification and thirty volunteers who did not use drugs taken as control group. Blood samples were collected after 4th and the 18th day of treatment and plasma was used for biochemical analysis. Quantifications were performed oxidants markers such as protein carbonyl and protein thiols, both demonstrate protein modifications by ROS, and antioxidant markers such as glutathione peroxidase and superoxide dismutase and non-­‐enzymatic markers such reduced glutathione (GSH) and total reactive antioxidant potential (TRAP).Psychological variables were assessed through the scores obtained Cocaine Selective Severity Assessment, Fagerstrom Tolerance Questionnaire, Beck Depression Inventory version II (BDI-­‐II) and Addiction Severity Index. After four days of abstinence we observe observed an increase in oxidative markers compared to end of the treatment. After eighteen days of abstinence there is a recovery of antioxidant defenses. Also, we observed e a positive correlation between protein carbonyls and psychological variables and a negative correlation between the levels of TRAP levels and psychological variables. Thus, our results suggest that abstinence period may provide a recovery of antioxidant defenses, thereby reducing propensity for oxidative damage. / O crack é uma substância derivada da cocaína que age como estimulante do sistema nervoso central. É caracterizado pelo baixo custo, rápida ação e alto poder de dependência. Pouco se sabe sobre os efeitos a nível celular causados pelo crack e sobre a capacidade de recuperação do organismo no período de abstinência. Estudos tem demonstrado uma elevação da produção de espécies reativas de oxigênio (EROS) após a administração da cocaína. O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção de EROS e a capacidade do sistema de defesa antioxidante em combater ou prevenir sua ação. Essa condição pode ser nociva para as células, causando danos a biomoléculas como DNA, lipídeos e proteínas. Com o objetivo de melhor compreender a ação do crack e da abstinência no sistema de defesa antioxidante e no dano oxidativo, esse estudo recrutou trinta voluntárias pacientes de um programa para desintoxicação e trinta voluntárias que não faziam uso de drogas tidas como grupo controle. Amostras de sangue foram coletadas após o 4º e o 18º dia de tratamento e o plasma foi utilizado para as análises bioquímicas. Foram realizadas quantificações de marcadores oxidantes, como proteínas carboniladas e tióis proteicos, ambos demonstram modificações proteicas feitas por EROS e marcadores antioxidantes, tanto enzimáticos como glutationa peroxidase e superóxido dismutase quanto não enzimático como glutationa reduzida (GSH) e o potencial antioxidante reativo total (TRAP).As variáveis psicológicas foram avaliadas através dos escores obtidos nos questionários: Cocaine Selective Severity Assessment, Questionário de Tolerância de Fagerstrom, Inventário de Depressão de Beck versão II (BDI-­‐II) e o Addiction Severity Index. Após o 4º dia de abstinência observamos um aumento dos marcadores oxidantes em comparação ao fim do tratamento. Após dezoito dias de abstinência há uma recuperação das defesas antioxidantes. Também evidenciamos uma correlação positiva entre as proteínas carboniladas e variáveis psicológicas e uma correlação negativa entre os níveis de TRAP e as variáveis psicológicas. Dessa forma, nossos resultados sugerem que o período de abstinência pode propiciar uma recuperação das defesas antioxidantes, diminuindo assim, a propensão ao dano oxidativo.
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Achados ultrassonográficos no cérebro de recém-nascidos expostos ao crack durante a gestação

Lucca, Juliane January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:06:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000438709-Texto+Completo-0.pdf: 591072 bytes, checksum: 3c80d14d6ec2996c19fdb76174f0ad41 (MD5) Previous issue date: 2012 / Objectives : The objective of this study was to determine the frequency, type, and severity of cerebral lesions detected by transfontanellar ultrasonography in newborns exposed to crack during gestation. Materials and methods : This was a retrospective study, involving a review of the medical records of children born to crack-using mothers who were subjected to transfontanellar ultrasonography during their first days of life. Results : Transfontanellar ultrasonography revealed abnormalities in 45/129 newborns examined (34. 9%). The changes detected were: subependymal cysts in 24 infants (18. 6%), lenticulostriate vasculopathy in 18 infants (14%), subependymal hemorrhage in 9 infants (7%) and choroid plexus cysts in 9 infants (7%).Conclusion : All of the abnormalities found by ultrasound examination were discrete and likely without clinical significance for the babies. However, prospective studies, with a long period of tracking, are needed to determine whether there are consequences on the neurodevelopment of children with prenatal exposure to crack that appear at a later date. / Objetivos : Determinar a freqüência, o tipo e a severidade de lesões cerebrais detectadas por ultrassonografia transfontanelar em recém-nascidos expostos ao crack durante a gestação. Materiais e métodos : Este foi um estudo retrospectivo, envolvendo revisão dos prontuários médicos de recém-nascidos filhos de mães usuárias de crack, que realizaram ultrassonografia transfontanelar nos seus primeiros dias de vida. Resultados : A ultrassonografia transfontanelar revelou anormalidades em 45/129 recém-nascidos examinados (34,9%). As alterações detectadas foram: cistos subependimários em 24 recém-nascidos (18,6%), vasculopatia lenticuloestriada em 18 (14%), hemorragias subependimárias em 9 (7%) e cistos no plexo coróide em 9 (7%).Conclusão : As anormalidades ultrassonográficas encontradas podem ser consideradas discretas e normalmente não possuem significado clínico para os lactentes. Porém, estudos prospectivos, com longo seguimento, são necessários para determinar se existem consequências tardias no neurodesenvolvimento de crianças expostas pré-natalmente ao crack.

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