• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 31
  • Tagged with
  • 31
  • 31
  • 25
  • 25
  • 14
  • 11
  • 11
  • 8
  • 8
  • 8
  • 8
  • 8
  • 8
  • 8
  • 8
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
11

Impulso sexual excessivo, aspectos neuropsicológicos no estado de vigília e pós-estímulo sexual: estudo experimental / Excessive sexual drive, neuropsychological aspects during basal wakefulness and after sexual stimulation: experimental study

Messina, Bruna 17 April 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: A despeito das graves consequências comportamentais de indivíduos que sofrem de impulso sexual excessivo (ISE), estudos neuropsicológicos são incipientes e trazem resultados controversos. OBJETIVOS: Por meio de um estudo experimental com sujeitos impulsivos sexuais (pacientes) e não impulsivos sexuais (controles) objetivou-se comparar: a tomada de decisão e a flexibilidade cognitiva no estado basal de vigília (tempo \"0\"); a tomada de decisão e flexibilidade cognitiva no tempo \"0\" e pós-estímulo sexual visual (tempo \"1\") em cada grupo (pacientes e controles) e entre os grupos. MÉTODO: O estudo foi desenvolvido no Ambulatório de ISE do Instituto de Psiquiatria (IPq) do HC-FMUSP. A amostra foi constituída por 30 pacientes e 30 controles recrutados através de divulgação na mídia. Homens, brasileiros, com 18 anos ou mais, que preencheram os critérios diagnósticos para ISE (CID-10 - F 52.7) e os critérios de Goodman para dependência de sexo foram incluídos como pacientes; enquanto participantes assintomáticos e que não preencheram os critérios acima foram incluídos como controles. A investigação neuropsicológica da flexibilidade cognitiva se deu por meio da aplicação Wisconsin Card Sort Test (WCST), enquanto a avaliação da tomada de decisão se deu pela aplicação do Iowa Gambling Task (IGT) no tempo \"0\" e tempo \"1\" (após visualização de vídeo erótico por 20 minutos), respeitando um intervalo mínimo de seis meses entre os tempos. Em ambos os tempos foi aplicada a Escala de Compulsividade Sexual, e no tempo \"1\" foi aplicado o Inventário do Desejo e da Excitação Sexual. RESULTADOS: No estado basal, os pacientes apresentaram maior quantidade de respostas corretas, em relação aos controles, no teste que investiga flexibilidade cognitiva (p = 0,01). Quando comparamos o desempenho de ambos os grupos com eles mesmos entre os tempos, observamos que os controles apresentaram melhor desempenho inicial (Bloco 1) na tomada de decisão (p = 0,01), bem como apresentaram mais acertos no teste que avalia flexibilidade cognitiva (p = 0,01) no tempo \"1\". O mesmo não foi observado em relação aos pacientes. Quando comparamos as médias da diferença (tempo \"1\" - tempo \"0\"), entre os grupos, observamos também melhor desempenho dos controles em relação à quantidade de acertos (p = 0,02). CONCLUSÕES: Desde onde sabemos, este é o primeiro estudo avaliando funções executivas em impulsivos sexuais, após exposição a estímulo visual sexual. Quanto à avaliação no estado basal, os pacientes apresentaram melhores resultados na flexibilidade cognitiva, contrariando a hipótese inicial. Controles apresentaram melhores desempenhos na flexibilidade cognitiva e tomada de decisão inicial após exposição ao estímulo visual sexual, quando comparados com os resultados no estado basal. Na análise da diferença de desempenho pós-estímulo visual sexual comparado com o estado basal, entre os grupos, os controles novamente apresentaram melhor desempenho cognitivo. Tais resultados indicam escolhas iniciais menos impulsivas, e melhor flexibilidade cognitiva, após exposição ao estímulo erótico, pelos controles, sugerindo dificuldades de modulação inicial do comportamento, bem como de funções cognitivas, pelos pacientes, diante do estímulo sexual, apoiando nossas hipóteses / INTRODUCTION: Despite the serious behavioral consequences of individuals suffering from excessive sexual drive (ESD), neuropsychological studies are incipient and bring controversial results. OBJECTIVES: Through an experimental study of sexually impulsive subjects (patients) and non-sexually impulsive (control group) our aim was to compare: decision making and cognitive flexibility during basal wakefulness (Time \"0\"); decision making and cognitive flexibility at time \"0\" and after visual sexual stimulation (time \"1\") in each group (patients and control group) and among groups. METHOD: The study was developed at the ESD Clinic of the Psychiatry Institute (IPq), HC-FMUSP. The sample consisted of 30 patients and 30 people in the control group recruited through media coverage. Brazilian men, 18 years and older who met the diagnostic criteria for ISE (ICD - 10 - 52.7 F) and the Goodman criteria for addiction to sex were included as patients; while asymptomatic participants and that did not meet the above criteria were included in the control group. The neuropsychological research of the cognitive flexibility was made by applying the Wisconsin Card Sort Test (WCST), while the evaluation of the decision-making was made through the application of the Iowa Gambling Task (IGT) at time \"0\" and time \"1\" (after viewing an erotic video for 20 minutes), subject to a minimum interval of six months between times. In both times, the Sexual Compulsivity Scale was applied and to time \"1\", we applied the Sexual Arousal and Desire Inventory. RESULTS: During basal wakefulness patients presented a higher number of correct responses compared to the control group, in the test that investigates cognitive flexibility (p = 0.01). When comparing the performance of both groups to each other in between times, we found that the control group had a better initial performance (Block 1) in decision making (p = 0.01) as well as provided more correct answers in the test that evaluates cognitive flexibility (p = 0.01) at time \"1\". The same was not observed in the patients group. When comparing the average of the difference (time \"1\" - time \"0\") between the groups, we noted a better performance in the control group in what concerns the amount of correct responses (p = 0.02). CONCLUSION: As far as we know, this is the first study assessing executive functions in sexual impulsive, after exposure to sexual visual stimuli. As for the evaluation at basal wakefulness, patients presented better results regarding cognitive flexibility, opposite to the initial hypothesis. The control group presented a better performance concerning cognitive flexibility and initial decision making after exposure to sexual visual stimuli, when compared with results during basal wakefulness. When analyzing the performance difference after visual sexual stimulation compared with basal wakefulness in the two groups, the control group, once again, showed better cognitive performance. Such results indicate less impulsive initial choices and better cognitive flexibility after exposure to erotic stimulation in the control group, suggesting difficulties in the initial modulation of behavior, as well ass of cognitive functions, by patients before sexual stimulation, supporting our hypothesis
12

Ensaio duplo-cego controlado multicêntrico com topiramato para jogadores patológicos / A multicenter, double-blind, placebo-controlled trial with topiramate for pathological gambling

Brito, Antonio Marcelo Cabrita de 10 February 2012 (has links)
O jogo patológico é classificado como um transtorno do controle dos impulsos, que envolve a fissura e a impulsividade para jogar, causando prejuízos sociais. Estudos prévios sugeriram que o topiramato poderia ser mais eficaz do que o placebo no tratamento de alguns transtornos relacionados com impulsividade, tais como transtorno de compulsão alimentar periódico, alcoolismo e dependência de cocaína. O principal objetivo deste estudo foi verificar se o topiramato foi superior ao placebo em controlar fissura e reduzir pensamentos e comportamentos relacionados ao jogo. Método: os jogadores patológicos foram aleatoriamente distribuídos em um de dois grupos: o que recebeu topiramato (n=15) e o que recebeu placebo (n=15) por 12 semanas. Durante o estudo, todos os pacientes participaram de quatro sessões psicoeducacionais, baseadas no programa de 12 passos dos jogadores anônimos. A principal variável de desfecho foi a escala G-SAS. As demais variáveis de desfecho foram consideradas secuindárias, sendo as escalas/entrevista: Escala Yale Brown de obsessão e compulsão adaptada para jogo patológico (PG-YBOCS), Timeline Follow-Back (TFB), questionário de crença de jogadores (GBQ), escala de impulsividade de Barratt (BIS-11), escala de impressão clínica global (CGI), escala de adequação social (EAS). Nos resultados, os pacientes que receberam topiramato obtiveram melhora nos escores das escalas: G-SAS, o que implica em redução dos sintomas de fissura e abstinência; PG-YBOCS, que mostrou redução de comportamentos e obsessões relacionados ao jogo; GBQ, que demonstrou redução de crenças supersticiosas e melhora cognitiva e EAS, que mostrou melhora na qualidade de vida. A entrevista TFB mostrou maiores reduções na média de tempo e quantia de dinheiro gasto em jogo no grupo topiramato em relação ao grupo placebo. Conclusão: o uso de topiramato associado a quatro sessões psicoeducacionais foi superior ao uso de placebo associado a quatro sessões psicoeducacionais, na redução de fissura, freqüência, comportamentos, superstições, quantidade de tempo e dinheiro destinados ao jogo, com melhora na qualidade de vida / Pathological gambling is an impulse control disorder that involves craving and impulsivity to gamble and in which gambling thoughts and behaviors may cause social impairment. Previous studies suggested that topiramate could be effective in the treatment of some disorders related to impulsivity, such as binge eating disorder, alcoholism or cocaine addiction. The studys main goal was to verify if topiramate was superior to placebo in controlling craving and reducing thoughts and behaviors related to gambling. Methods: pathological gamblers were randomized to topiramate (n=15) or placebo (n=15) in a 12-week, double-blind placebo controlled trial. During the 12 weeks the patients had four sessions of a program based on the 12 steps of Anonymous Gamblers. The primary outcome measure was the Gambling Symptom Assessment Scale (G-SAS), which evaluates symptoms related to abstinence. As secondary outcome measures it was used the following scales or interviews: Yale Brown Obsessive Compulsive Scale adapted for Pathological Gambling (PG-YBOCS), Timeline Follow-Back Method (TFB), Gamblers Beliefs Questionnaire (GBQ), Barratt Impulsiveness Scale (BIS-11), Clinical Global Impression (CGI), Social Adjustment Scale (SAS). Results: There were statistic robust findings in some of the scales used in this study. The group of patients who took topiramate had improvement in the scores of the G-SAS, which implies reduction in the symptoms of craving and abstinence; PG-YBOCS, which showed reductions in the behaviors and obsessions related to gambling; GBG, which revealed reduction of superstitious thoughts and cognitive improvement, and EAS that showed improvement in the quality of life. TFB showed that the topiramate group had more reductions in the average of time and money spent on gambling than the placebo group. Conclusions: According to the results, topiramate associated with four sessions based in cognitive restructuring were superior to placebo associated with four sessions based in cognitive restructuring in reducing craving, frequency, behaviors and superstitions related to gambling, and amount of time and money used in gambling. Moreover, according to SAS, the group that took topiramate had better improvement in the quality of life than the placebo group
13

Associação entre impulsividade, idade do primeiro consumo de álcool e abuso de substâncias psicoativas em adolescentes de uma região do sul do Brasil

Diemen, Lisia von January 2006 (has links)
Introdução: Os problemas advindos dos transtornos por uso de substâncias (TUS) apresentam alta prevalência tanto em nível mundial quanto no Brasil e se destacam por atingirem principalmente adolescentes e adultos jovens, ocasionando alto impacto econômico e social. Os fatores de risco que levam ao início e à evolução de tais transtornos são investigados há várias décadas, mas o que já foi demonstrado explica apenas parcialmente a variabilidade dessa patologia. A impulsividade tem se destacado por estar associada a diversos fatores de risco como transtorno de personalidade anti-social, déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) entre outros, podendo ser o elo que liga essas patologias ao TUS. Embora a impulsividade tenha sido associada a transtornos relacionados ao álcool e outras drogas em diversos estudos, há uma carência de evidências em amostras comunitárias, particularmente em adolescentes. A literatura identifica também a associação da idade do primeiro consumo de álcool (IPCA) com TUS. Contudo, ainda há controvérsias a respeito da IPCA ser um fator de risco independente ou uma manifestação de outras características e transtornos associados à TUS. Além disso, as evidências da associação IPCA/TUS são na sua maioria provenientes de estudos norte-americanos; considerando-se que a IPCA pode ser afetada por características culturais, esses achados necessitam ser reproduzidos em outros países. No que compete à avaliação da impulsividade, esta tem sido aferida principalmente por medidas laboratoriais de comportamento e escalas de auto-relato; entretanto, nenhuma das escalas disponíveis foi validada para o uso no Brasil, dificultando estudos nessa área. Objetivos: Os objetivos dessa dissertação são: adaptar para o português e validar para uso em adolescentes uma escala adequada para aferir impulsividade, avaliar a associação entre impulsividade, IPCA e TUS em adolescentes masculinos e se associação da IPCA com TUS é independente da impulsividade. Método: Foram realizados dois estudos em seqüência. O primeiro estudo descreve a adaptação e validação da Barrat Impulsiveness Scale (BIS) 11, que foi traduzida de forma independente por duas psiquiatras, unificada em uma versão final e testada em 10 indivíduos de idade e escolaridade heterogêneas. A versão final foi retro-traduzida para o inglês e enviada ao autor da escala que a aprovou para testes de campo. Dezoito estudantes de medicina bilíngües responderam à versão em inglês e em duas semanas à versão em português para a análise do coeficiente de correlação intra-classe (CCI). A consistência interna (utilizando a de Crombach) foi avaliada em uma amostra comunitária de 464 adolescentes masculinos de 15 a 20 anos provenientes de uma região geograficamente delimitada de Canoas. Para aferição da validade de constructo foi utilizada uma sub-amostra de 126 adolescentes e foi baseada nas correlações do escore total da BIS 11 com os escores da SNAP-IV para TDAH e para transtorno de oposição e desafio (TOD) e com o número de sintomas de transtorno de conduta (TC). Para o segundo estudo foi utilizado um delineamento de caso-controle aninhado a um estudo transversal que utilizou a mesma amostra de 464 adolescentes descrita no primeiro estudo, tendo sido excluídos os adolescentes que nunca haviam utilizado álcool, totalizando uma amostra final de 418 adolescentes. Os casos foram identificados através da seção de álcool e drogas do Mini International Neuropsychiatric Interview como tendo abuso ou dependência de álcool, maconha, cocaína ou inalantes (n=63) e os controles (n= 355) eram aqueles que não preenchiam critérios para TUS e que já haviam utilizado álcool. As outras medidas utilizadas foram a BIS 11 e um questionário de avaliação sócio-demográfica. Para a análise estatística foram estimadas Razões de Chances (RC) brutas e ajustadas com intervalo de confiança de 95% através de regressão logística com um modelo hierárquico, tendo o diagnóstico de TUS como variável dependente e variáveis sócio-demográficas (nível um), impulsividade (nível dois), idade, número de repetências, ter pais separados e ser religioso (nível três) e idade do primeiro consumo de álcool (nível quatro) como variáveis independentes. Resultados: no primeiro estudo, o CCI obtido nos estudantes de medicina foi de 0,90. Nos adolescentes masculinos, a consistência interna foi de 0,62 para os 30 itens. A análise fatorial exploratória não identificou os 3 fatores da escala original. Os escores totais da BIS 11 apresentaram correlação significativa com os escores para TDHA, TOD e com número de sintomas para TC, indicando uma apropriada validade de constructo da escala. No segundo estudo, os adolescentes era predominantemente brancos, com média de idade de 17,4±1,7 anos, níveis elevados de repetência escolar e baixa renda familiar. Impulsividade e idade do primeiro consumo de álcool foram significativamente associadas com abuso de substâncias. Tanto maior impulsividade (RC 3,3, IC 95% 1,4-7,8) quanto maior idade do primeiro consumo de álcool (RC 0,8, IC 95% 0,7-0,9) permaneceram independentemente associados com abuso de substâncias após os ajustes do modelo. Conclusão: O estudo de validação da BIS 11 identificou um alto CCI da escala, apontando para a semelhança de medidas das versões em inglês e português em sujeitos de alta escolaridade. A consistência interna com um a de 0,62 na amostra de adolescentes foi um pouco abaixo do esperado, mas pode ser considerada aceitável, levando-se em consideração as características da amostra. Além disso, mesmo com uma consistência interna abaixo do ideal, a validade de constructo pôde ser detectada, sugerindo que a escala pode ser utilizada em adolescentes masculinos, embora sem os sub-escores. No estudo de casocontrole, os achados indicam a forte associação entre impulsividade, IPCA e transtornos aditivos, ilustrando esses aspectos em adolescentes masculinos e acrescentando validade transcultural aos achados já descritos na literatura. A temporalidade e as relações de causa-efeito dos resultados necessitam ser confirmados em estudos longitudinais. Entretanto, em conjunto com as evidências já existentes na literatura sobre o papel da impulsividade e da IPCA nos TUS, os achados sugerem que tais aspectos possam ser incorporados na elaboração de medidas preventivas ao uso de substâncias psicoativas entre os jovens. / Background: the problems that arise from substance use disorders (SUD) present a high prevalence either in Brazil or around the world, and are extremely important because they affect adolescents and young adults, generating a strong socio-economical impact. Risk factors that lead to the beginning and evolution of such disorders have been investigated for many years, but what has been explained only partially enlightens the variability of these pathologies. Impulsivity stands out due to its association to various risk factors, such as personality disorders, attention deficit and hyperactivity among others, and it might be the link between these pathologies and SUD. Although impulsivity has been associated to disorders related to alcohol and other drugs, in many studies, there is a lack of evidence based on community samples, mainly in adolescents. Literature also identifies the association of the age of first drink (AFD) with SUD. However, there are still controversies on whether AFD is an independent risk factor or a manifestation of other characteristics and disorders associated with SUD. Besides, evidence of the association SUD/AFD come mostly from North American studies, and considering the fact that AFD can be affected because of the cultural aspect, it is necessary to reproduce these findings in other countries. With regard to the assessment of impulsivity, it has being ascertained through laboratorial behavioral measures and self report scales; however none of these scales has been validated to be used in Brazil, which generates difficulties for studies in this context. Objectives: the objectives of this dissertation are to adapt to Brazilian Portuguese and validate to adolescent use an appropriate scale to measure impulsivity, to evaluate the association between impulsivity, AFD and SUD in male adolescents, as well as to evaluate whether AFD is associated with SUD after controlling to impulsivity. Method: two consecutive studies have been conducted. The first study describes the adaptation and validation of the Barrat Impulsiveness Scale (BIS) 11, which was translated independently by two psychiatrists, unified in a final version and tested in 10 subjects of matched age and sex. The final version was back-translated into English and sent to its author, who approved it for field testing. Eighteen bilingual undergraduated medical students answered the English version and two weeks later, the Portuguese version, in order to analyze the intraclass correlation coefficient (ICC). Internal consistency (using Crombach’s µ) and construct validity were analyzed in a community sample of 464 male adolescents between 15 and 20 years old, who came from a well delimitated geographical area in the city of Canoas. Construct validity was based on the correlation between the BIS 11 and the SNAP IV scores and Conduct Disorder symptoms. SNAP-IV evaluates Attention Deficit/Hyperactive Disorders (ADHD) and Oppositional Defiant Disorder (ODD). CD symptoms were based on DSM-IV criteria. For the second study we used a case-control design nested inside a cross-sectional study that used the same adolescent sample described in the first study, excluding adolescents who reported no use of alcohol, giving a final sample of 418 subjects. Cases were identified through the alcohol and drug section of the Mini International Neuropsychiatric Interview as having inhalant, cocaine, marijuana or alcohol dependence or abuse (n=63), and the 355 controls were those who did not reach criteria for SUD. Other measures used were the BIS 11 and a socio-demographic questionnaire. For the statistical analysis, the crude Odds Ratio (OR) was estimated and adjusted for a confidence interval of 95% through a hierarchical model of logistic regression, having SUD diagnosis as the dependent variable and socio-demographic variables (level one), impulsivity (level two), age, number of school failures, having separated parents and being religious (level three) and age of first drink (level four) as independent variables. Results In the first study the ICC reported from the medical students was of 0.90. Among the male adolescents the internal consistency was of 0.62 for the 30 items. Factorial analysis did not identify the three factors of the original scale. Impulsivity scores of the BIS 11 were correlated with ADHD and ODD scores, as well as with numbers of symptoms for CD, suggesting an appropriate construct validity of the scale. In the second study adolescent were mainly white, with a mean age of 17,4±1,7, high levels of school failure and low family income. Impulsivity and age of first drink were significantly and independently associated with substance use disorders. Both higher impulsivity (OR 3.3, 95% CI 1.4-7.8) and higher age of first drink (OR 0.8, 95% CI 0.7-0.9) remained independently associated with substance use disorder after model adjustments. Conclusion The BIS 11 validation study identified a high ICC for the scale, suggesting similarity on measures between English and Portuguese versions among subjects with high levels of schooling. The internal consistency of a=0,62 on the adolescent sample was a little lower than expected, but it can be considered acceptable, taking into account the characteristics of this sample. Besides that, even with an internal consistency below the expected, the validation of the construct could be detected, suggesting that the scale can be used in male adolescents though without its sub-scores. In the case-control study, findings indicate a strong association between impulsivity, AFD and addictive disorders, highlighting these aspects in male adolescents and adding transcultural validity to the findings already described in the literature. Temporality, as well as the cause-effect relations of the results needs to be confirmed in longitudinal studies. However, with the existing evidence in the literature concerning the role of impulsivity and AFD on the SUDs, findings suggest that such aspects should be incorporated in the planning of preventive measures to be used with youngster with regard to psychoactive substances.
14

Associação entre impulsividade, idade do primeiro consumo de álcool e abuso de substâncias psicoativas em adolescentes de uma região do sul do Brasil

Diemen, Lisia von January 2006 (has links)
Introdução: Os problemas advindos dos transtornos por uso de substâncias (TUS) apresentam alta prevalência tanto em nível mundial quanto no Brasil e se destacam por atingirem principalmente adolescentes e adultos jovens, ocasionando alto impacto econômico e social. Os fatores de risco que levam ao início e à evolução de tais transtornos são investigados há várias décadas, mas o que já foi demonstrado explica apenas parcialmente a variabilidade dessa patologia. A impulsividade tem se destacado por estar associada a diversos fatores de risco como transtorno de personalidade anti-social, déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) entre outros, podendo ser o elo que liga essas patologias ao TUS. Embora a impulsividade tenha sido associada a transtornos relacionados ao álcool e outras drogas em diversos estudos, há uma carência de evidências em amostras comunitárias, particularmente em adolescentes. A literatura identifica também a associação da idade do primeiro consumo de álcool (IPCA) com TUS. Contudo, ainda há controvérsias a respeito da IPCA ser um fator de risco independente ou uma manifestação de outras características e transtornos associados à TUS. Além disso, as evidências da associação IPCA/TUS são na sua maioria provenientes de estudos norte-americanos; considerando-se que a IPCA pode ser afetada por características culturais, esses achados necessitam ser reproduzidos em outros países. No que compete à avaliação da impulsividade, esta tem sido aferida principalmente por medidas laboratoriais de comportamento e escalas de auto-relato; entretanto, nenhuma das escalas disponíveis foi validada para o uso no Brasil, dificultando estudos nessa área. Objetivos: Os objetivos dessa dissertação são: adaptar para o português e validar para uso em adolescentes uma escala adequada para aferir impulsividade, avaliar a associação entre impulsividade, IPCA e TUS em adolescentes masculinos e se associação da IPCA com TUS é independente da impulsividade. Método: Foram realizados dois estudos em seqüência. O primeiro estudo descreve a adaptação e validação da Barrat Impulsiveness Scale (BIS) 11, que foi traduzida de forma independente por duas psiquiatras, unificada em uma versão final e testada em 10 indivíduos de idade e escolaridade heterogêneas. A versão final foi retro-traduzida para o inglês e enviada ao autor da escala que a aprovou para testes de campo. Dezoito estudantes de medicina bilíngües responderam à versão em inglês e em duas semanas à versão em português para a análise do coeficiente de correlação intra-classe (CCI). A consistência interna (utilizando a de Crombach) foi avaliada em uma amostra comunitária de 464 adolescentes masculinos de 15 a 20 anos provenientes de uma região geograficamente delimitada de Canoas. Para aferição da validade de constructo foi utilizada uma sub-amostra de 126 adolescentes e foi baseada nas correlações do escore total da BIS 11 com os escores da SNAP-IV para TDAH e para transtorno de oposição e desafio (TOD) e com o número de sintomas de transtorno de conduta (TC). Para o segundo estudo foi utilizado um delineamento de caso-controle aninhado a um estudo transversal que utilizou a mesma amostra de 464 adolescentes descrita no primeiro estudo, tendo sido excluídos os adolescentes que nunca haviam utilizado álcool, totalizando uma amostra final de 418 adolescentes. Os casos foram identificados através da seção de álcool e drogas do Mini International Neuropsychiatric Interview como tendo abuso ou dependência de álcool, maconha, cocaína ou inalantes (n=63) e os controles (n= 355) eram aqueles que não preenchiam critérios para TUS e que já haviam utilizado álcool. As outras medidas utilizadas foram a BIS 11 e um questionário de avaliação sócio-demográfica. Para a análise estatística foram estimadas Razões de Chances (RC) brutas e ajustadas com intervalo de confiança de 95% através de regressão logística com um modelo hierárquico, tendo o diagnóstico de TUS como variável dependente e variáveis sócio-demográficas (nível um), impulsividade (nível dois), idade, número de repetências, ter pais separados e ser religioso (nível três) e idade do primeiro consumo de álcool (nível quatro) como variáveis independentes. Resultados: no primeiro estudo, o CCI obtido nos estudantes de medicina foi de 0,90. Nos adolescentes masculinos, a consistência interna foi de 0,62 para os 30 itens. A análise fatorial exploratória não identificou os 3 fatores da escala original. Os escores totais da BIS 11 apresentaram correlação significativa com os escores para TDHA, TOD e com número de sintomas para TC, indicando uma apropriada validade de constructo da escala. No segundo estudo, os adolescentes era predominantemente brancos, com média de idade de 17,4±1,7 anos, níveis elevados de repetência escolar e baixa renda familiar. Impulsividade e idade do primeiro consumo de álcool foram significativamente associadas com abuso de substâncias. Tanto maior impulsividade (RC 3,3, IC 95% 1,4-7,8) quanto maior idade do primeiro consumo de álcool (RC 0,8, IC 95% 0,7-0,9) permaneceram independentemente associados com abuso de substâncias após os ajustes do modelo. Conclusão: O estudo de validação da BIS 11 identificou um alto CCI da escala, apontando para a semelhança de medidas das versões em inglês e português em sujeitos de alta escolaridade. A consistência interna com um a de 0,62 na amostra de adolescentes foi um pouco abaixo do esperado, mas pode ser considerada aceitável, levando-se em consideração as características da amostra. Além disso, mesmo com uma consistência interna abaixo do ideal, a validade de constructo pôde ser detectada, sugerindo que a escala pode ser utilizada em adolescentes masculinos, embora sem os sub-escores. No estudo de casocontrole, os achados indicam a forte associação entre impulsividade, IPCA e transtornos aditivos, ilustrando esses aspectos em adolescentes masculinos e acrescentando validade transcultural aos achados já descritos na literatura. A temporalidade e as relações de causa-efeito dos resultados necessitam ser confirmados em estudos longitudinais. Entretanto, em conjunto com as evidências já existentes na literatura sobre o papel da impulsividade e da IPCA nos TUS, os achados sugerem que tais aspectos possam ser incorporados na elaboração de medidas preventivas ao uso de substâncias psicoativas entre os jovens. / Background: the problems that arise from substance use disorders (SUD) present a high prevalence either in Brazil or around the world, and are extremely important because they affect adolescents and young adults, generating a strong socio-economical impact. Risk factors that lead to the beginning and evolution of such disorders have been investigated for many years, but what has been explained only partially enlightens the variability of these pathologies. Impulsivity stands out due to its association to various risk factors, such as personality disorders, attention deficit and hyperactivity among others, and it might be the link between these pathologies and SUD. Although impulsivity has been associated to disorders related to alcohol and other drugs, in many studies, there is a lack of evidence based on community samples, mainly in adolescents. Literature also identifies the association of the age of first drink (AFD) with SUD. However, there are still controversies on whether AFD is an independent risk factor or a manifestation of other characteristics and disorders associated with SUD. Besides, evidence of the association SUD/AFD come mostly from North American studies, and considering the fact that AFD can be affected because of the cultural aspect, it is necessary to reproduce these findings in other countries. With regard to the assessment of impulsivity, it has being ascertained through laboratorial behavioral measures and self report scales; however none of these scales has been validated to be used in Brazil, which generates difficulties for studies in this context. Objectives: the objectives of this dissertation are to adapt to Brazilian Portuguese and validate to adolescent use an appropriate scale to measure impulsivity, to evaluate the association between impulsivity, AFD and SUD in male adolescents, as well as to evaluate whether AFD is associated with SUD after controlling to impulsivity. Method: two consecutive studies have been conducted. The first study describes the adaptation and validation of the Barrat Impulsiveness Scale (BIS) 11, which was translated independently by two psychiatrists, unified in a final version and tested in 10 subjects of matched age and sex. The final version was back-translated into English and sent to its author, who approved it for field testing. Eighteen bilingual undergraduated medical students answered the English version and two weeks later, the Portuguese version, in order to analyze the intraclass correlation coefficient (ICC). Internal consistency (using Crombach’s µ) and construct validity were analyzed in a community sample of 464 male adolescents between 15 and 20 years old, who came from a well delimitated geographical area in the city of Canoas. Construct validity was based on the correlation between the BIS 11 and the SNAP IV scores and Conduct Disorder symptoms. SNAP-IV evaluates Attention Deficit/Hyperactive Disorders (ADHD) and Oppositional Defiant Disorder (ODD). CD symptoms were based on DSM-IV criteria. For the second study we used a case-control design nested inside a cross-sectional study that used the same adolescent sample described in the first study, excluding adolescents who reported no use of alcohol, giving a final sample of 418 subjects. Cases were identified through the alcohol and drug section of the Mini International Neuropsychiatric Interview as having inhalant, cocaine, marijuana or alcohol dependence or abuse (n=63), and the 355 controls were those who did not reach criteria for SUD. Other measures used were the BIS 11 and a socio-demographic questionnaire. For the statistical analysis, the crude Odds Ratio (OR) was estimated and adjusted for a confidence interval of 95% through a hierarchical model of logistic regression, having SUD diagnosis as the dependent variable and socio-demographic variables (level one), impulsivity (level two), age, number of school failures, having separated parents and being religious (level three) and age of first drink (level four) as independent variables. Results In the first study the ICC reported from the medical students was of 0.90. Among the male adolescents the internal consistency was of 0.62 for the 30 items. Factorial analysis did not identify the three factors of the original scale. Impulsivity scores of the BIS 11 were correlated with ADHD and ODD scores, as well as with numbers of symptoms for CD, suggesting an appropriate construct validity of the scale. In the second study adolescent were mainly white, with a mean age of 17,4±1,7, high levels of school failure and low family income. Impulsivity and age of first drink were significantly and independently associated with substance use disorders. Both higher impulsivity (OR 3.3, 95% CI 1.4-7.8) and higher age of first drink (OR 0.8, 95% CI 0.7-0.9) remained independently associated with substance use disorder after model adjustments. Conclusion The BIS 11 validation study identified a high ICC for the scale, suggesting similarity on measures between English and Portuguese versions among subjects with high levels of schooling. The internal consistency of a=0,62 on the adolescent sample was a little lower than expected, but it can be considered acceptable, taking into account the characteristics of this sample. Besides that, even with an internal consistency below the expected, the validation of the construct could be detected, suggesting that the scale can be used in male adolescents though without its sub-scores. In the case-control study, findings indicate a strong association between impulsivity, AFD and addictive disorders, highlighting these aspects in male adolescents and adding transcultural validity to the findings already described in the literature. Temporality, as well as the cause-effect relations of the results needs to be confirmed in longitudinal studies. However, with the existing evidence in the literature concerning the role of impulsivity and AFD on the SUDs, findings suggest that such aspects should be incorporated in the planning of preventive measures to be used with youngster with regard to psychoactive substances.
15

Associação entre impulsividade, idade do primeiro consumo de álcool e abuso de substâncias psicoativas em adolescentes de uma região do sul do Brasil

Diemen, Lisia von January 2006 (has links)
Introdução: Os problemas advindos dos transtornos por uso de substâncias (TUS) apresentam alta prevalência tanto em nível mundial quanto no Brasil e se destacam por atingirem principalmente adolescentes e adultos jovens, ocasionando alto impacto econômico e social. Os fatores de risco que levam ao início e à evolução de tais transtornos são investigados há várias décadas, mas o que já foi demonstrado explica apenas parcialmente a variabilidade dessa patologia. A impulsividade tem se destacado por estar associada a diversos fatores de risco como transtorno de personalidade anti-social, déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) entre outros, podendo ser o elo que liga essas patologias ao TUS. Embora a impulsividade tenha sido associada a transtornos relacionados ao álcool e outras drogas em diversos estudos, há uma carência de evidências em amostras comunitárias, particularmente em adolescentes. A literatura identifica também a associação da idade do primeiro consumo de álcool (IPCA) com TUS. Contudo, ainda há controvérsias a respeito da IPCA ser um fator de risco independente ou uma manifestação de outras características e transtornos associados à TUS. Além disso, as evidências da associação IPCA/TUS são na sua maioria provenientes de estudos norte-americanos; considerando-se que a IPCA pode ser afetada por características culturais, esses achados necessitam ser reproduzidos em outros países. No que compete à avaliação da impulsividade, esta tem sido aferida principalmente por medidas laboratoriais de comportamento e escalas de auto-relato; entretanto, nenhuma das escalas disponíveis foi validada para o uso no Brasil, dificultando estudos nessa área. Objetivos: Os objetivos dessa dissertação são: adaptar para o português e validar para uso em adolescentes uma escala adequada para aferir impulsividade, avaliar a associação entre impulsividade, IPCA e TUS em adolescentes masculinos e se associação da IPCA com TUS é independente da impulsividade. Método: Foram realizados dois estudos em seqüência. O primeiro estudo descreve a adaptação e validação da Barrat Impulsiveness Scale (BIS) 11, que foi traduzida de forma independente por duas psiquiatras, unificada em uma versão final e testada em 10 indivíduos de idade e escolaridade heterogêneas. A versão final foi retro-traduzida para o inglês e enviada ao autor da escala que a aprovou para testes de campo. Dezoito estudantes de medicina bilíngües responderam à versão em inglês e em duas semanas à versão em português para a análise do coeficiente de correlação intra-classe (CCI). A consistência interna (utilizando a de Crombach) foi avaliada em uma amostra comunitária de 464 adolescentes masculinos de 15 a 20 anos provenientes de uma região geograficamente delimitada de Canoas. Para aferição da validade de constructo foi utilizada uma sub-amostra de 126 adolescentes e foi baseada nas correlações do escore total da BIS 11 com os escores da SNAP-IV para TDAH e para transtorno de oposição e desafio (TOD) e com o número de sintomas de transtorno de conduta (TC). Para o segundo estudo foi utilizado um delineamento de caso-controle aninhado a um estudo transversal que utilizou a mesma amostra de 464 adolescentes descrita no primeiro estudo, tendo sido excluídos os adolescentes que nunca haviam utilizado álcool, totalizando uma amostra final de 418 adolescentes. Os casos foram identificados através da seção de álcool e drogas do Mini International Neuropsychiatric Interview como tendo abuso ou dependência de álcool, maconha, cocaína ou inalantes (n=63) e os controles (n= 355) eram aqueles que não preenchiam critérios para TUS e que já haviam utilizado álcool. As outras medidas utilizadas foram a BIS 11 e um questionário de avaliação sócio-demográfica. Para a análise estatística foram estimadas Razões de Chances (RC) brutas e ajustadas com intervalo de confiança de 95% através de regressão logística com um modelo hierárquico, tendo o diagnóstico de TUS como variável dependente e variáveis sócio-demográficas (nível um), impulsividade (nível dois), idade, número de repetências, ter pais separados e ser religioso (nível três) e idade do primeiro consumo de álcool (nível quatro) como variáveis independentes. Resultados: no primeiro estudo, o CCI obtido nos estudantes de medicina foi de 0,90. Nos adolescentes masculinos, a consistência interna foi de 0,62 para os 30 itens. A análise fatorial exploratória não identificou os 3 fatores da escala original. Os escores totais da BIS 11 apresentaram correlação significativa com os escores para TDHA, TOD e com número de sintomas para TC, indicando uma apropriada validade de constructo da escala. No segundo estudo, os adolescentes era predominantemente brancos, com média de idade de 17,4±1,7 anos, níveis elevados de repetência escolar e baixa renda familiar. Impulsividade e idade do primeiro consumo de álcool foram significativamente associadas com abuso de substâncias. Tanto maior impulsividade (RC 3,3, IC 95% 1,4-7,8) quanto maior idade do primeiro consumo de álcool (RC 0,8, IC 95% 0,7-0,9) permaneceram independentemente associados com abuso de substâncias após os ajustes do modelo. Conclusão: O estudo de validação da BIS 11 identificou um alto CCI da escala, apontando para a semelhança de medidas das versões em inglês e português em sujeitos de alta escolaridade. A consistência interna com um a de 0,62 na amostra de adolescentes foi um pouco abaixo do esperado, mas pode ser considerada aceitável, levando-se em consideração as características da amostra. Além disso, mesmo com uma consistência interna abaixo do ideal, a validade de constructo pôde ser detectada, sugerindo que a escala pode ser utilizada em adolescentes masculinos, embora sem os sub-escores. No estudo de casocontrole, os achados indicam a forte associação entre impulsividade, IPCA e transtornos aditivos, ilustrando esses aspectos em adolescentes masculinos e acrescentando validade transcultural aos achados já descritos na literatura. A temporalidade e as relações de causa-efeito dos resultados necessitam ser confirmados em estudos longitudinais. Entretanto, em conjunto com as evidências já existentes na literatura sobre o papel da impulsividade e da IPCA nos TUS, os achados sugerem que tais aspectos possam ser incorporados na elaboração de medidas preventivas ao uso de substâncias psicoativas entre os jovens. / Background: the problems that arise from substance use disorders (SUD) present a high prevalence either in Brazil or around the world, and are extremely important because they affect adolescents and young adults, generating a strong socio-economical impact. Risk factors that lead to the beginning and evolution of such disorders have been investigated for many years, but what has been explained only partially enlightens the variability of these pathologies. Impulsivity stands out due to its association to various risk factors, such as personality disorders, attention deficit and hyperactivity among others, and it might be the link between these pathologies and SUD. Although impulsivity has been associated to disorders related to alcohol and other drugs, in many studies, there is a lack of evidence based on community samples, mainly in adolescents. Literature also identifies the association of the age of first drink (AFD) with SUD. However, there are still controversies on whether AFD is an independent risk factor or a manifestation of other characteristics and disorders associated with SUD. Besides, evidence of the association SUD/AFD come mostly from North American studies, and considering the fact that AFD can be affected because of the cultural aspect, it is necessary to reproduce these findings in other countries. With regard to the assessment of impulsivity, it has being ascertained through laboratorial behavioral measures and self report scales; however none of these scales has been validated to be used in Brazil, which generates difficulties for studies in this context. Objectives: the objectives of this dissertation are to adapt to Brazilian Portuguese and validate to adolescent use an appropriate scale to measure impulsivity, to evaluate the association between impulsivity, AFD and SUD in male adolescents, as well as to evaluate whether AFD is associated with SUD after controlling to impulsivity. Method: two consecutive studies have been conducted. The first study describes the adaptation and validation of the Barrat Impulsiveness Scale (BIS) 11, which was translated independently by two psychiatrists, unified in a final version and tested in 10 subjects of matched age and sex. The final version was back-translated into English and sent to its author, who approved it for field testing. Eighteen bilingual undergraduated medical students answered the English version and two weeks later, the Portuguese version, in order to analyze the intraclass correlation coefficient (ICC). Internal consistency (using Crombach’s µ) and construct validity were analyzed in a community sample of 464 male adolescents between 15 and 20 years old, who came from a well delimitated geographical area in the city of Canoas. Construct validity was based on the correlation between the BIS 11 and the SNAP IV scores and Conduct Disorder symptoms. SNAP-IV evaluates Attention Deficit/Hyperactive Disorders (ADHD) and Oppositional Defiant Disorder (ODD). CD symptoms were based on DSM-IV criteria. For the second study we used a case-control design nested inside a cross-sectional study that used the same adolescent sample described in the first study, excluding adolescents who reported no use of alcohol, giving a final sample of 418 subjects. Cases were identified through the alcohol and drug section of the Mini International Neuropsychiatric Interview as having inhalant, cocaine, marijuana or alcohol dependence or abuse (n=63), and the 355 controls were those who did not reach criteria for SUD. Other measures used were the BIS 11 and a socio-demographic questionnaire. For the statistical analysis, the crude Odds Ratio (OR) was estimated and adjusted for a confidence interval of 95% through a hierarchical model of logistic regression, having SUD diagnosis as the dependent variable and socio-demographic variables (level one), impulsivity (level two), age, number of school failures, having separated parents and being religious (level three) and age of first drink (level four) as independent variables. Results In the first study the ICC reported from the medical students was of 0.90. Among the male adolescents the internal consistency was of 0.62 for the 30 items. Factorial analysis did not identify the three factors of the original scale. Impulsivity scores of the BIS 11 were correlated with ADHD and ODD scores, as well as with numbers of symptoms for CD, suggesting an appropriate construct validity of the scale. In the second study adolescent were mainly white, with a mean age of 17,4±1,7, high levels of school failure and low family income. Impulsivity and age of first drink were significantly and independently associated with substance use disorders. Both higher impulsivity (OR 3.3, 95% CI 1.4-7.8) and higher age of first drink (OR 0.8, 95% CI 0.7-0.9) remained independently associated with substance use disorder after model adjustments. Conclusion The BIS 11 validation study identified a high ICC for the scale, suggesting similarity on measures between English and Portuguese versions among subjects with high levels of schooling. The internal consistency of a=0,62 on the adolescent sample was a little lower than expected, but it can be considered acceptable, taking into account the characteristics of this sample. Besides that, even with an internal consistency below the expected, the validation of the construct could be detected, suggesting that the scale can be used in male adolescents though without its sub-scores. In the case-control study, findings indicate a strong association between impulsivity, AFD and addictive disorders, highlighting these aspects in male adolescents and adding transcultural validity to the findings already described in the literature. Temporality, as well as the cause-effect relations of the results needs to be confirmed in longitudinal studies. However, with the existing evidence in the literature concerning the role of impulsivity and AFD on the SUDs, findings suggest that such aspects should be incorporated in the planning of preventive measures to be used with youngster with regard to psychoactive substances.
16

Ensaio duplo-cego controlado multicêntrico com topiramato para jogadores patológicos / A multicenter, double-blind, placebo-controlled trial with topiramate for pathological gambling

Antonio Marcelo Cabrita de Brito 10 February 2012 (has links)
O jogo patológico é classificado como um transtorno do controle dos impulsos, que envolve a fissura e a impulsividade para jogar, causando prejuízos sociais. Estudos prévios sugeriram que o topiramato poderia ser mais eficaz do que o placebo no tratamento de alguns transtornos relacionados com impulsividade, tais como transtorno de compulsão alimentar periódico, alcoolismo e dependência de cocaína. O principal objetivo deste estudo foi verificar se o topiramato foi superior ao placebo em controlar fissura e reduzir pensamentos e comportamentos relacionados ao jogo. Método: os jogadores patológicos foram aleatoriamente distribuídos em um de dois grupos: o que recebeu topiramato (n=15) e o que recebeu placebo (n=15) por 12 semanas. Durante o estudo, todos os pacientes participaram de quatro sessões psicoeducacionais, baseadas no programa de 12 passos dos jogadores anônimos. A principal variável de desfecho foi a escala G-SAS. As demais variáveis de desfecho foram consideradas secuindárias, sendo as escalas/entrevista: Escala Yale Brown de obsessão e compulsão adaptada para jogo patológico (PG-YBOCS), Timeline Follow-Back (TFB), questionário de crença de jogadores (GBQ), escala de impulsividade de Barratt (BIS-11), escala de impressão clínica global (CGI), escala de adequação social (EAS). Nos resultados, os pacientes que receberam topiramato obtiveram melhora nos escores das escalas: G-SAS, o que implica em redução dos sintomas de fissura e abstinência; PG-YBOCS, que mostrou redução de comportamentos e obsessões relacionados ao jogo; GBQ, que demonstrou redução de crenças supersticiosas e melhora cognitiva e EAS, que mostrou melhora na qualidade de vida. A entrevista TFB mostrou maiores reduções na média de tempo e quantia de dinheiro gasto em jogo no grupo topiramato em relação ao grupo placebo. Conclusão: o uso de topiramato associado a quatro sessões psicoeducacionais foi superior ao uso de placebo associado a quatro sessões psicoeducacionais, na redução de fissura, freqüência, comportamentos, superstições, quantidade de tempo e dinheiro destinados ao jogo, com melhora na qualidade de vida / Pathological gambling is an impulse control disorder that involves craving and impulsivity to gamble and in which gambling thoughts and behaviors may cause social impairment. Previous studies suggested that topiramate could be effective in the treatment of some disorders related to impulsivity, such as binge eating disorder, alcoholism or cocaine addiction. The studys main goal was to verify if topiramate was superior to placebo in controlling craving and reducing thoughts and behaviors related to gambling. Methods: pathological gamblers were randomized to topiramate (n=15) or placebo (n=15) in a 12-week, double-blind placebo controlled trial. During the 12 weeks the patients had four sessions of a program based on the 12 steps of Anonymous Gamblers. The primary outcome measure was the Gambling Symptom Assessment Scale (G-SAS), which evaluates symptoms related to abstinence. As secondary outcome measures it was used the following scales or interviews: Yale Brown Obsessive Compulsive Scale adapted for Pathological Gambling (PG-YBOCS), Timeline Follow-Back Method (TFB), Gamblers Beliefs Questionnaire (GBQ), Barratt Impulsiveness Scale (BIS-11), Clinical Global Impression (CGI), Social Adjustment Scale (SAS). Results: There were statistic robust findings in some of the scales used in this study. The group of patients who took topiramate had improvement in the scores of the G-SAS, which implies reduction in the symptoms of craving and abstinence; PG-YBOCS, which showed reductions in the behaviors and obsessions related to gambling; GBG, which revealed reduction of superstitious thoughts and cognitive improvement, and EAS that showed improvement in the quality of life. TFB showed that the topiramate group had more reductions in the average of time and money spent on gambling than the placebo group. Conclusions: According to the results, topiramate associated with four sessions based in cognitive restructuring were superior to placebo associated with four sessions based in cognitive restructuring in reducing craving, frequency, behaviors and superstitions related to gambling, and amount of time and money used in gambling. Moreover, according to SAS, the group that took topiramate had better improvement in the quality of life than the placebo group
17

O impacto do exercício físico aeróbico sobre comorbidade  psiquiátrica, impulsividade e comportamento de jogo, em portadores de transtorno do jogo: um estudo randomizado e controlado / The impact of the aerobic physical exercise on the psychiatric comorbidities, impulsiveness and gambling behavior in the gambling disorder: a randomized controlled trial

Ana Cláudia Penna 03 October 2018 (has links)
Introdução: o Transtorno do jogo (TJ), anteriormente classificado como transtorno do controle do impulso, está classificado hoje, no DSM-5, entre as dependências, sendo a primeira vez que se reconhece outro comportamento (apostar), além do uso de substância, como uma dependência. Evidências apontam melhoras relevantes no funcionamento físico e psicológico propiciadas pela atividade física. É desconhecido, entretanto, se um programa de exercícios físicos pode ser útil no tratamento do transtorno do jogo (TJ), devido à falta de estudos, ao tamanho reduzido das amostras e à falta de grupo controle. Objetivo: abordar essas lacunas empíricas através da realização de um ensaio clínico controlado e randomizado com um programa de exercício físico aeróbico comparado a um grupo controle ativo (alongamento), em acréscimo ao tratamento usual para TJ, para avaliação dos efeitos do exercício aeróbico nas comorbidades psiquiátricas, na impulsividade e no comportamento de jogo. Metodologia: 59 participantes com diagnóstico confirmado de TJ em início de tratamento foram designados, aleatoriamente, para uma, de duas possibilidades: grupo experimental (GE, n=32), com oito semanas de exercício físico, duas sessões de 50 minutos, cada (10 minutos de alongamento, mais 40 minutos de exercício aeróbico com intensidade moderada a intensa, ou seja, 70 a 85% da frequência cardíaca máxima estimada para a idade); ou grupo controle (GC, n=27), com sessões de alongamento de 50 minutos, duas vezes por semana, pelo mesmo período. Teste de Cooper e monitores de frequência cardíaca foram utilizados para garantir que os participantes do GE cumprissem a frequência cardíaca alvo. Avaliadores cegos ao tipo de intervenção designada analisaram os participantes, antes e depois da intervenção. O tratamento com psicoterapia e uso de medicações psiquiátricas, durante a intervenção, foram registrados para o controle estatístico. Resultados: foram observadas reduções significativas na frequência de depressão e nas comorbidades psiquiátricas em geral, em ambos os grupos, após a intervenção. O GE apresentou uma redução mais significativa das comorbidades psiquiátricas, quando comparado ao GC (razão de chances = 3,3; p=0,036), está diferença permaneceu significativa quando foi avaliado o subgrupo de indivíduos que realizaram apenas a intervenção física sem psicoterapia simultânea (n=42; razão de chances = 4,8; p=0,030). Não houve diferenças significativas entre os grupos, no uso de medicação psiquiátrica. Ambos os grupos também melhoraram, em relação à impulsividade avaliada em testagem neuropsicológica (controle inibitório e planejamento), mas não na impulsividade avaliada por autorrelato. As variáveis relacionadas ao jogo, ou seja, às apostas, prejuízo de socialização, desgaste emocional, e financeiro, e a \"fissura\" sofreram todas redução significativa ao final da intervenção, porém sem diferença entre GE e GC. Conclusão: um programa de exercício aeróbico tem um efeito significativo na redução das comorbidades psiquiátricas associadas em portadores de TJ, em tratamento. Este efeito mostrou-se independente da psicoterapia e da medicação. Portanto, o exercício físico pode ser um complemento valioso para o tratamento do TJ, por ser acessível, além de ser uma alternativa aos medicamentos psiquiátricos, ajudando as pessoas que sofrem com TJ a viverem com uma melhor qualidade de vida / Introduction: The Gambling Disorder (GD), formerly classified as the impulse control disorder, is classified today in the DSM-5 among the dependencies, being this the first time other behavior (to bet) is recognized beyond the use of substances, as a dependency. Evidences have indicated relevant improvement in the physical and psychological performance propitiated by the physical activity. Nevertheless it is unknown if a physical exercise program may be useful in the Gambling Disorder (GD) treatment, due to the lack of studies, the reduced size of the samples and the lack of control group. Objective: Approaching these empiric shorcomings through a random and controlled clinic analysis with an aerobic physical exercise program compared to an active control group (stretching) besides the usual treatment to GD, to evaluate the effects of the aerobic exercises in the psychiatric comorbidity, in the impulsiveness and in the game behavior. Methodology: Fifty-nine participants with a confirmed diagnostic in GD in the beginning of the treatment were designated randomly for one of the two possibilities : experimental group (GE, n=32), eight weeks of physical exercises, with two sections of fifty minutes each (10 minutes of stretching, plus 40 minutes of aerobic exercises with moderate to intense intensity, i.e. from 70 to 85% of the maximum cardio frequency estimated to the age; or the controll group (GC, n=27), fifty minutes stretching sessions twice a week during the same period. Cooper\'s Test and cardio-frequency monitors were used to guarantee that the participants of the GE fulfilled the cardio frequency target. Evaluators blind to the designated intervention analyzed the participants before and after the intervention. The treatment with psychotherapy and the use of psychiatric medicines during the intervention were registered for statistical control. Results: Significant reductions in the frequency of depression and the psychiatric comorbidity were observed after the intervention, generally in both groups. GE presented a more expressive reduction in the psychiatric comorbidities when compared to GC (odds ration = 3,3 : p=0,036), this difference remained meaningful when the subgroup which held only the physical intervention, without simultaneous psychotherapy was evaluated (n=42 : odds ratio = 4,8 : p=0,030). There were no meaningful differences between the groups in the use of psychiatric medication. Both groups also improved in relation to the assessed impulsiveness in neuropsychological test (planning and inhibitory control), but not in the impulsivity evaluated in self-report. The variable related to game, i.e. bets, socialization detriment, emotional and financial weakening and chink have suffered all the meaningful reductions at the end of the intervention, but without difference between GE and GC. Conclusion: An aerobic exercise program has meaningful effect in the reduction of the psychiatric comorbidities associated to GD bearer in treatment, this effect happened independently of the psychotherapy and medication. Therefore, physical exercise may be a valuable complement to GD treatment because it is approachable, besides being an alternative to the psychiatric medicaments, helping people who suffer with GD to live with a better quality of life
18

Impulso sexual excessivo, aspectos neuropsicológicos no estado de vigília e pós-estímulo sexual: estudo experimental / Excessive sexual drive, neuropsychological aspects during basal wakefulness and after sexual stimulation: experimental study

Bruna Messina 17 April 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: A despeito das graves consequências comportamentais de indivíduos que sofrem de impulso sexual excessivo (ISE), estudos neuropsicológicos são incipientes e trazem resultados controversos. OBJETIVOS: Por meio de um estudo experimental com sujeitos impulsivos sexuais (pacientes) e não impulsivos sexuais (controles) objetivou-se comparar: a tomada de decisão e a flexibilidade cognitiva no estado basal de vigília (tempo \"0\"); a tomada de decisão e flexibilidade cognitiva no tempo \"0\" e pós-estímulo sexual visual (tempo \"1\") em cada grupo (pacientes e controles) e entre os grupos. MÉTODO: O estudo foi desenvolvido no Ambulatório de ISE do Instituto de Psiquiatria (IPq) do HC-FMUSP. A amostra foi constituída por 30 pacientes e 30 controles recrutados através de divulgação na mídia. Homens, brasileiros, com 18 anos ou mais, que preencheram os critérios diagnósticos para ISE (CID-10 - F 52.7) e os critérios de Goodman para dependência de sexo foram incluídos como pacientes; enquanto participantes assintomáticos e que não preencheram os critérios acima foram incluídos como controles. A investigação neuropsicológica da flexibilidade cognitiva se deu por meio da aplicação Wisconsin Card Sort Test (WCST), enquanto a avaliação da tomada de decisão se deu pela aplicação do Iowa Gambling Task (IGT) no tempo \"0\" e tempo \"1\" (após visualização de vídeo erótico por 20 minutos), respeitando um intervalo mínimo de seis meses entre os tempos. Em ambos os tempos foi aplicada a Escala de Compulsividade Sexual, e no tempo \"1\" foi aplicado o Inventário do Desejo e da Excitação Sexual. RESULTADOS: No estado basal, os pacientes apresentaram maior quantidade de respostas corretas, em relação aos controles, no teste que investiga flexibilidade cognitiva (p = 0,01). Quando comparamos o desempenho de ambos os grupos com eles mesmos entre os tempos, observamos que os controles apresentaram melhor desempenho inicial (Bloco 1) na tomada de decisão (p = 0,01), bem como apresentaram mais acertos no teste que avalia flexibilidade cognitiva (p = 0,01) no tempo \"1\". O mesmo não foi observado em relação aos pacientes. Quando comparamos as médias da diferença (tempo \"1\" - tempo \"0\"), entre os grupos, observamos também melhor desempenho dos controles em relação à quantidade de acertos (p = 0,02). CONCLUSÕES: Desde onde sabemos, este é o primeiro estudo avaliando funções executivas em impulsivos sexuais, após exposição a estímulo visual sexual. Quanto à avaliação no estado basal, os pacientes apresentaram melhores resultados na flexibilidade cognitiva, contrariando a hipótese inicial. Controles apresentaram melhores desempenhos na flexibilidade cognitiva e tomada de decisão inicial após exposição ao estímulo visual sexual, quando comparados com os resultados no estado basal. Na análise da diferença de desempenho pós-estímulo visual sexual comparado com o estado basal, entre os grupos, os controles novamente apresentaram melhor desempenho cognitivo. Tais resultados indicam escolhas iniciais menos impulsivas, e melhor flexibilidade cognitiva, após exposição ao estímulo erótico, pelos controles, sugerindo dificuldades de modulação inicial do comportamento, bem como de funções cognitivas, pelos pacientes, diante do estímulo sexual, apoiando nossas hipóteses / INTRODUCTION: Despite the serious behavioral consequences of individuals suffering from excessive sexual drive (ESD), neuropsychological studies are incipient and bring controversial results. OBJECTIVES: Through an experimental study of sexually impulsive subjects (patients) and non-sexually impulsive (control group) our aim was to compare: decision making and cognitive flexibility during basal wakefulness (Time \"0\"); decision making and cognitive flexibility at time \"0\" and after visual sexual stimulation (time \"1\") in each group (patients and control group) and among groups. METHOD: The study was developed at the ESD Clinic of the Psychiatry Institute (IPq), HC-FMUSP. The sample consisted of 30 patients and 30 people in the control group recruited through media coverage. Brazilian men, 18 years and older who met the diagnostic criteria for ISE (ICD - 10 - 52.7 F) and the Goodman criteria for addiction to sex were included as patients; while asymptomatic participants and that did not meet the above criteria were included in the control group. The neuropsychological research of the cognitive flexibility was made by applying the Wisconsin Card Sort Test (WCST), while the evaluation of the decision-making was made through the application of the Iowa Gambling Task (IGT) at time \"0\" and time \"1\" (after viewing an erotic video for 20 minutes), subject to a minimum interval of six months between times. In both times, the Sexual Compulsivity Scale was applied and to time \"1\", we applied the Sexual Arousal and Desire Inventory. RESULTS: During basal wakefulness patients presented a higher number of correct responses compared to the control group, in the test that investigates cognitive flexibility (p = 0.01). When comparing the performance of both groups to each other in between times, we found that the control group had a better initial performance (Block 1) in decision making (p = 0.01) as well as provided more correct answers in the test that evaluates cognitive flexibility (p = 0.01) at time \"1\". The same was not observed in the patients group. When comparing the average of the difference (time \"1\" - time \"0\") between the groups, we noted a better performance in the control group in what concerns the amount of correct responses (p = 0.02). CONCLUSION: As far as we know, this is the first study assessing executive functions in sexual impulsive, after exposure to sexual visual stimuli. As for the evaluation at basal wakefulness, patients presented better results regarding cognitive flexibility, opposite to the initial hypothesis. The control group presented a better performance concerning cognitive flexibility and initial decision making after exposure to sexual visual stimuli, when compared with results during basal wakefulness. When analyzing the performance difference after visual sexual stimulation compared with basal wakefulness in the two groups, the control group, once again, showed better cognitive performance. Such results indicate less impulsive initial choices and better cognitive flexibility after exposure to erotic stimulation in the control group, suggesting difficulties in the initial modulation of behavior, as well ass of cognitive functions, by patients before sexual stimulation, supporting our hypothesis
19

Ensaio clínico duplo-cego, randomizado, controlado com placebo, de duração de 12 semanas, para avaliar eficácia, tolerabilidade e segurança do topiramato na oniomania / Double-blind, placebo-controlled and randomized clinical trial of 12 weeks to evaluate the efficacy, tolerability and safety of topiramate for the treatment of compulsive buying

Mattos, Cristiana Nicoli de 10 May 2019 (has links)
Introdução: Especula-se que a Oniomania ou Compras Compulsivas (CC) compartilhe características clínicas e substratos neurobiológicos com a dependência de substâncias psicoativas, assim como outros comportamentos denominados dependências comportamentais. Os estudos mais recentes para tratamento das dependências têm explorado o potencial clínico de fármacos capazes de bloquear o efeito reforçador dessas substâncias ou comportamentos através da modulação direta ou indireta da atividade dopaminérgica na via córtico-límbico-estriatal. Seguindo esta linha de raciocínio, o topiramato vem sendo investigado para o tratamento do transtorno do jogo, compulsão alimentar e dependência de álcool. Relatos preliminares sugerem potencial desta medicação no tratamento de pacientes com CC. Método: Nosso estudo é um ensaio clínico duplo cego, randomizado e controlado com placebo que visa a testar a eficácia do topiramato administrado oralmente no tratamento das CC ao longo de 12 semanas. Foram analisados 43 pacientes, alocados aleatoriamente no grupo experimental (que recebeu doses flexíveis de topiramato de 25 a 300 mg/dia) ou grupo controle (que recebeu dose correspondente de substância inativa). Ambos os grupos receberam intervenções psicoeducacionais em quatro sessões. Os comportamentos e a psicopatologia das CC, além de fenômenos associados, especificamente impulsividade, sintomas depressivos e adequação social foram avaliados como desfecho. Resultados: As escalas de avaliação não apresentaram significância quando analisadas em conjunto pela MANOVA. Todavia, na análise do desempenho isolado de cada variável incluída no modelo múltiplo, encontrou-se uma redução significativa do comportamento de comprar compulsivo e desejo de aquisição em favor do topiramato, quando comparado ao placebo. Entre as escalas de avaliação de fenômenos associados, houve uma melhora ao longo do tempo em ambos os grupos para as variáveis que medem impulsividade e depressão, com tamanhos de efeito elevados (H2 > 0,14). Os achados devem ser analisados com cautela, uma vez que nossa amostra foi pequena e portanto com baixo poder amostral. Conclusão: Analisados em conjunto, os dados não permitem concluir que o topiramato seja superior ao placebo no tratamento das CC. Porém, esta análise encoraja futuras investigações / Introduction: It is speculated that Compulsive Buying Disorder (CBD), similar to other behavior addictions, shares clinical and neurobiologic characteristics with substance use disorders. Recent research for treatment of addictions has explored the therapeutic potential of drugs capable of blocking the reinforcing properties of substances or behaviors through the direct or indirect modulation of the dopaminergic pathway in the cortico-limbic-striatal circuit. In line with this reasoning, topiramate has been investigated for the treatment of gambling disorder, binge eating and alcohol addiction. Preliminary case reports suggest that this drug can be beneficial for the treatment of CBD. Methods: We followed a randomized, double-blind, placebo controlled model to test the efficacy and safety of topiramate during a period of 12 weeks. We analyzed 43 patients randomly assigned to the experimental group (who received flexible doses of topiramate from 25 to 300mg/day) or control group (who received the correspondent dose of inactive substance). Both groups received psychoeducational intervention in 4 sessions. Results: The variables we used to evaluate the symptomatology of CBD showed no significant variations over time when analyzed together through MANOVA. However, among the scales used to evaluate associated phenomena, there was an improvement over time for the variables that measure impulsivity and depression, with high effect sizes (H2 > 0.14). In the analysis of the isolated performance of each variable included in the multiple model we found a superior and statistically significant response of the group topiramate for the CBFS and the subscore acquisition of SI-R. These findings should be analyzed with caution since our sample was small, with low power, and composed by an under-representative sample of individuals. Conclusion: These findings point to a possible utility of topiramate for the treatment of CBD, supporting further studies with larger and more representative samples of patients with CBD
20

Estudo comparativo do desempenho cognitivo de portadores adultos do Transtorno de Déficit de Atenção Hiperatividade (TDAH) associado a Transtorno por Uso de Substâncias Psicoativas (TUSP) e portadores adultos de TDAH sem a presença de TUSP / Comparative study of the cognitive performance in adults with Attention-Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) with Substance Use Disorder (SUD) and a group of adults with ADHD without SUD

Miguel, Carmen Silvia 25 July 2014 (has links)
Objetivo: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno por uso de substancias psicoativas (TUSP) são frequentemente comórbidos. Apesar disso, observa-se que poucos dados foram publicados a respeito do desempenho cognitivo e de impulsividade de adultos TDAH com e sem dependência de cocaína e/ou crack. Este estudo procurou verificar a presença de diferenças cognitivas em funções executivas, memória verbal e em impulsividade em grupos de adultos com TDAH com e sem dependência de cocaína e/ou crack, e se a presença de outras comorbidades psiquiátricas influencia estas diferenças. Desenho: Uma amostra de adultos com TDAH com dependência de cocaína e/ou crack (grupo experimental) e uma amostra de adultos TDAH sem dependência de qualquer substância psicoativa (grupo controle). Métodos: A amostra foi formada por pacientes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 60 anos, diagnosticados de acordo com os critérios do DSM-IV. Formaram o grupo experimental adultos com TDAH e dependência de cocaína e/ou crack (TDAH+COC) internados na Associação Promocional Oração e Trabalho (APOT), e nas enfermarias do Hospital Geral de Taipas, e do Programa do Grupo Interdisciplinar de Estudo de Álcool e Drogas (GREA) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq- HCFMUSP). O grupo controle foi formado por adultos com TDAH sem dependência de qualquer substância psicoativa atendidos no ambulatório do Programa de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (PRODATH) do IPq-HCFMUSP. Instrumentos: O desempenho cognitivo foi verificado por: Vocabulário (WASI); Raciocínio Matricial (WASI); Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT); Torre de Hanói; Memória Lógica (WMS III); FAS; Digit Span (WAIS III); Sequência de Números e Letras (WAIS III); Reading Mind in the Eyes Task; Stroop, Trail Making (partes A e B); Wisconsin Card Sorting Test (WCST), Conner\'s Continuous Performance Test (CPT) e Iowa Gambling Test (IGT). A Escala de Barratt (BIS 11) verificou as dimensões de impulsividade, o Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI 5.0.0.), e a presença de comorbidades psiquiátricas, Alcohol, Smoking, and Substance Involvement Screening Test (ASSIST) foi usado no rastreio do uso de substâncias psicoativas e o Addiction Severity Index (ASI 6 - módulo DROGAS) investigou o histórico do uso de substâncias psicoativas. Resultados: O grupo TDAH+COC apresentou QI mais baixo, déficits nas habilidades verbais, na aprendizagem implícita em tomada de decisão, lentificação no tempo de resposta e maior impulsividade motora comparado ao grupo TDAH. O grupo TDAH mostrou déficits em atenção seletiva, velocidade de processamento e busca visual comparado ao grupo TDAH+COC. Não houve diferenças significativas em memória verbal. O grupo TDAH+COC apresentou maior presença de outras comorbidades psiquiátricas (Transtorno de Personalidade Antissocial, Risco de Suícidio, Episódio Maníaco) Conclusão: Dois perfis diferentes foram encontrados. O grupo TDAH+COC mostrou déficits relacionados às áreas pré-frontal dorsolateral e ventromedial, enquanto o grupo TDAH mostrou déficits relacionados à área pré-frontal dorsolateral. Estes resultados podem ser explicados pelo modelo de \"An integrative theory of attentiondeficit/ hyperactivity disorder based on cognitive and affective neuroscience\" que sugere que a falta de regulação nos mecanismos \"top down\" estão influenciando as alterações cognitivas e impulsividade / Background: Comorbidity is frequent between attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) and cocaine dependence. Despite this fact, scarce data have been published with regard to the neuropsychological profile and impulsiveness traits of adult ADHD individuals with and without comorbid cocaine and/or crack dependence. The aim of the present study was to fill this gap in the literature by assessing cognitive differences in executive functions, verbal memory, and impulsiveness in groups of adult ADHD patients with and without cocaine and/or crack dependence, and determining whether the presence of other psychiatric comorbidities influences these differences. Study design: One group of adults with ADHD and comorbid cocaine and/or crack dependence (experimental) and one group of adults with ADHD and no psychoactive substance abuse or dependence (control). Methods: Male and female patients aged 18 and 60 years with a diagnosis of ADHD with or without comorbid cocaine and/or crack dependence by the DSM-IV criteria were recruited for the study. The experimental group (ADHD+COC) consisted of adults with ADHD and comorbid cocaine and/or crack dependence admitted to Associação Promocional Oração e Trabalho (APOT), in the Hospital Geral de Taipas wards, or a ward of the Programa do Grupo Interdisciplinar de Estudo de Álcool e Drogas (GREA) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HCFMUSP). The control group (ADHD) comprised adults with ADHD without any psychoactive substance dependence; these patients received care at the outpatient clinic of the IPq- HCFMUSP Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder Program. Instruments: The patients\'s neuropsychological performance was assessed using the following measures: Vocabulary and Matrix Reasoning (WASI); Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT); Tower of Hanoi; Logical Memory (WMS III); FAS; Digit Span (WAIS III); Letter-Number Sequencing (WAIS III); Reading the Mind in the Eyes Test; Stroop; Trails (A and B parts); Iowa Gambling Test (WCST); Conner\'s Continuous Performance Test (CPT), and Iowa Gambling Test (IGT). The Barratt Scale (BIS-11) assessed the factors of impulsiveness, the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI 5.0.0.) identified psychiatric comorbidities, the validated Brazilian version of the Alcohol, Smoking, and Substance Involvement Screening Test (ASSIST) was used to screen for use of psychoactive substances and the Addiction Severity Index (ASI-6 - module DRUGS) assessed the history of psychoactive substance use. Results: The ADHD+COC group showed deficits in verbal skills, lower IQ, poor decision making, and lentification in reaction times and motor impulsiveness compared with the ADHD group. The ADHD group showed deficits in selective attention, processing speed and visual search compared with the ADHD+COC group. No significant differences were found in verbal memory. The ADHD+COC group had a greater prevalence of psychiatric comorbidities (Anti-Social Personality Disorder, Risk of Suicide, Maniac Episode) Conclusion: Two differents profiles were noted. ADHD+COC group showed deficits related to the dorsolateral and ventromedial prefrontal areas while the ADHD group had deficiencies related to the dorsolateral prefrontal areas. The \"an integrative theory of attention-deficit/hyperactivity disorder based on cognitive and affective neuroscience\" supports these results, suggesting the dysregulation of \"top-down\" mechanisms promote the cognitive alterations and impulsivity

Page generated in 0.4735 seconds