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Das dimensões da coragemCardozo, Fernanda 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T20:32:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
272876.pdf: 1115385 bytes, checksum: 27817f045d20f30465a6f8a1b7ce770b (MD5) / Esta etnografia trata do universo de socialidades vivenciado por travestis femininas que se prostituem em uma cidade de médio porte situada no sul do Brasil. Além da organização política entre as travestis da cidade, caracterizada por limites territoriais e por fidelidades a distintos sistemas de valores, este trabalho descreve, dentre outros aspectos, as redes de solidariedade que contribuem para seus projetos migratórios, a comunicação através das fofocas e da jocosidade e o complexo conjunto de moralidades que ordena e hierarquiza as relações entre as sujeitas. Caracterizam-se, ainda, os riscos, as violências e os conflitos que se fazem presentes em seu cotidiano, sobretudo no que diz respeito às relações que se desenvolvem no contexto da prostituição. Por fim, relatam-se, através de fragmentos da trajetória das sujeitas da pesquisa, experiências de discriminação e/ou de acolhimento em espaços de socialização como a família e a escola, bem como agenciamentos em torno da carreira prostitucional.
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Direito e relações raciais: uma introdução crítica ao racismoBertulio, Dora Lucia de Lima January 1989 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciencias Juridicas / Made available in DSpace on 2013-12-05T20:02:47Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 1989 / O objetivo central do presente trabalho é a introdução da discussão racial no estudo e prática do Direito. Os conflitos raciais no Brasil, bem como o racismo produzido e reproduzido desde o período escravista da História do Brasil, têm sido desconsiderados pela produção acadêmica de Direito e Ciência Política nacional. A intelectualidade brasileira, a partir de meados do século XIX assimilou e reproduziu a base "científica" do racismo através das teorias racistas e consequente ideologia que a Europa e América do Norte desenvolveram. Estas teorias foram elaboradas simultaneamente ao tráfico de escravos e invasão colonialista no continente africano. Os conflitos raciais nos Estados Unidos particularmente, e a implosão da reação anti-colonialista em África determinaram uma mudança significativa das ciências biológicas, sociais e humanas no trato da questão raça/racismo, concluindo pela desestrututação e remanejamento daquelas teorias. O negro e o branco são indivíduos da mesma espécie e não há qualquer demonstração científica de que a raça interfira na composição ou desenvolvimento do intelecto, estrutura física, psíquica ou comportamental: foi a decisão unânime dos cientistas contratados pela UNESCO na década de 1950, especialmente para esse fim. No Brasil a reprodução e interiorização das teorias racistas, ainda quando desmentidas pela mesma ciência, ocorreram de forma absoluta na sociedade. Todos os esforços, institucionais e particulares, foram feitos com o objetivo de eliminar a população negra da formação nacional. A imigração européia foi a grande saída. Por volta dos anos 30 deste século, entretanto, as elites e o Estado percebendo a realidade da composição racial do país, travestiram o discurso racista para levantar as bandeiras da "democracia racial" e do "embranquecimento" como soluções para a negritude. A realidade não mudou. Os centros oficiais têm apontado para a desigualdade significativa das condições de vida e trabalho entre a população nacional branca e negra. A população negra não tem acesso pleno aos benefícios sociais para os quais contribui. É a mão-de-obra barata e construtora da riqueza do outro. Não participa, igualmente, do poder político na sociedade brasileira. Frente esta situação, o Direito e o Estado brasileiros permanecem impassíveis, sempre considerando a ausência de conflitos raciais e pronunciando discursos de igualdade e pacífica integração entre negros e brancos. Diante das pressões da população negra que se organiza e reivindica, o Estado edita leis anti-raciais. As constituições brasileiras, a partir de 1946, explicitam em seu texto a proibição do preconceito racial. Estas normas, porém, permanecem adormecidas nos Códigos e Coletâneas de Leis , sem viabilidade de aplicação prática. Os juristas, doutrinadores ou cientistas políticos não tomam conhecimento do fato. Na esfera repressiva do Estado, entretanto, as manifestações racistas são frequentes. Este duplo papel, de instância da "justiça" e perpetuador das diferenças raciais hierarquizadas que o Direito brasileiro exerce no todo social foi considerado, no presente trabalho, como elemento de reprodução e perpetuação do racismo contra os negros. Algumas falas dos membros do poder Judiciário, Legislativo e Executivo ilustram a carga racista do cotidiano das instruções de Poder do Estado
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Mediação bioética: busca de soluções compartilhadas para resolução de conflitos bioéticosCarreiro, Natália Maria Soares 07 December 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2011. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2012-04-09T12:28:33Z
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2011_NataliaMariaSoaresCarreiro.pdf: 677289 bytes, checksum: 77fb3cf62c28bdee8b1263e58d65cb2f (MD5) / Approved for entry into archive by Leila Fernandes (leilabiblio@yahoo.com.br) on 2012-04-09T12:50:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2011_NataliaMariaSoaresCarreiro.pdf: 677289 bytes, checksum: 77fb3cf62c28bdee8b1263e58d65cb2f (MD5) / Made available in DSpace on 2012-04-09T12:50:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2011_NataliaMariaSoaresCarreiro.pdf: 677289 bytes, checksum: 77fb3cf62c28bdee8b1263e58d65cb2f (MD5) / A mediação é um processo de resolução de conflitos em que as próprias partes discutem e compõem as controvérsias, auxiliadas por uma terceira pessoa neutra que, utilizando-se de técnicas de negociação, facilita o estabelecimento do diálogo entre as partes. Por meio do empoderamento dos conflitantes e da facilitação da comunicação entre eles, a mediação possibilita o alcance de soluções para disputas que contemplem, ao máximo possível, o interesse das partes. Essas soluções, também, previnem o surgimento de novos conflitos pela transformação da relação entre os envolvidos, decorrente da educação dos mesmos para uma melhor compreensão recíproca que leve a promoção de relacionamentos cooperativos. Essa técnica de resolução de conflitos possui caráter interdisciplinar, o que garante soluções mais efetivas e que promovem a satisfação dos envolvidos, uma vez que são construídas a partir de diversos pontos de vista. Partindo do pressuposto de que essa técnica de resolução de disputas se mostra adequada para o equacionamento de conflitos complexos como os bioéticos, propôs-se a sua utilização para auxiliar os profissionais de saúde, os pacientes e os familiares na tomada de decisões éticas relativas a conflitos morais na área da medicina, ciências da vida e tecnologias associadas. Para a concretização desse objetivo, partiu-se do estudo da teoria do conflito, onde foram analisados os aspectos definidores do conflito, os componentes e a dinâmica da disputa. Passou-se, então, ao estudo do conflito bioético, a fim de demonstrar as razões que levaram ao surgimento da Bioética, os conflitos que lhe são inerentes e os princípios que orientam a sua atuação para equacionamento de disputas surgidas na relação profissional de saúde-paciente. Por fim, abordou-se a aplicação da mediação, balizada por princípios éticos, como atribuição dos Comitês de Bioética Hospitalar na sua função de resolver conflitos na área biomédica. Ao final do estudo, constatou-se que as técnicas de mediação apresentam-se como recurso útil e necessário para a resolução dos dilemas bioéticos, uma vez que as soluções encontradas por meio do processo de mediação decorrem de ações que, além de contemplarem todos os aspectos do conflito, visam, na sua essência, à preservação do respeito pela pluralidade moral dos indivíduos. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Mediation is a process of conflict resolution with the intervention of a neutral person considering to settle conflicts of interest of parties, by employment of techniques for facilitating the dialogue and understanding between them. By their empowerment and effective communication, mediation makes them able to pursuit and find the best solution for their problems. Over that, the very opening of dialogue can both contribute to permanent solutions and to prevent other problems in future. The settlement of mutual relations between litigants give them better dispositions to reciprocal understanding and provides a new atmosphere for cooperative behaviors. Considering that this technique of dealing with conflicts has a interdisciplinary nature and, for that, must be applied by multidisciplinary staffs, it warrants actual solutions and satisfaction of all concerned. Considering also that this technique is able to deal with equation of complex conflicts, as are the bioethical ones, the application of techniques of mediation was proposed to help health people, patients and relatives in taking a stand about moral problems on questions of medicine, science of life and associated technologies. To achieve this goal, we started from the study of the theory of conflict, analyzing the points of view the define conflict and its elements, and dynamics of the discussion the study of conflict theory. Next, the study of bioethical conflicts, in order to show the grounds which gave origin to Bioethics, its inherent conflicts and leading principles as effective tool to solve conflicts arising in respect of health professional-patient. Finally, we dealt with the application of mediation, limited by ethical principles, such as allocation of Bioethics Committees Hospital in its task of resolving conflicts in the biomedical area. At the end of the study, it was found that the techniques of mediation are presented as useful and necessary tool for resolving bioethical dilemmas, considering, all the more because this way of solving conflict tries to equate controversial subjects in the whole of diversity.
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A estrategia da recusa : analise da greves de maio/78Maroni, Amneris Angela, 1951- 14 July 2018 (has links)
Orientador : Maria Stela Martins Bresciani / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / O exemplar do AEL pertence a Coleção CPDS / Made available in DSpace on 2018-07-14T20:20:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1981 / Resumo: Não informado. / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em História
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Para um modelo penal não modernoMotta, Felipe Heringer Roxo da 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T03:18:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
285512.pdf: 1342611 bytes, checksum: a346c4480d1ed2e5af712e4c6b8c9fb5 (MD5) / Partindo da interpretação histórica baseada na teoria dos sistemas-mundo, situa-se a formação da modernidade por meio de uma dupla ramificação. O segundo momento, eurocêntrico, percebe o fenômeno moderno desde a Europa, coincidindo com a segunda onda colonizadora. Porém, oculta fica sua primeira fase, na qual ocorre o encontro (choque) ético de mundos, base da formação material e simbólica do ethos conquistador europeu. Iniciando na segunda fase da modernidade, colocam-se delineamentos gerais sobre formas de se teorizar o conflito social, que, apesar das nuanças, podem ser separadas duas linhas principais: uma calcada no consenso como regra das relações das pessoas em sociedade; outra percebe o conflito como elemento sempre presente socialmente. Da contextualização geral, inicia-se uma análise de discurso de textos atuais da dogmática jurídico-penal na constituição de uma narrativa sociológica implícita e que permeia a maioria dos manuais com impressionante homogeneidade. Percebe-se a sociedade como um todo consensual, de valores homogêneos, sendo que os bens essenciais para a própria sobrevivência da coletividade são transformados em normas penais pelo legislador racional. As relações humanas são travadas a partir de sujeitos (universais, individuais e autônomos) isolados reciprocamente. No cometimento de um crime, um indivíduo ataca o bem jurídico de outro, agindo de forma consciente e sem justificação viola valores que inclusive o agente consentiu em respeitar. Essa ação e vontade (ambas individuais) geram um duplo conflito: "criminoso"/vítima; e sociedade/"criminoso". Para responder ao problema, o Sistema de Justiça Criminal possui instrumentos perfeitos para separar o indivíduo e transformá-lo para que re-torne, re-formado e se re-insira no núcleo consensual de onde saiu. Diversas correntes criminológicas teceram teorias capazes de servirem de crítica direta a essa narrativa sociológica, mostrando que a formação social é fundada em conflitos, que resultam em representações desiguais na criação e persecução de condutas definidas como crime - projeção da própria diferença de classes. Assim, consegue-se entender que o cárcere cumpre funções destinadas à clientela selecionada, reais e que não se confundem com as tarefas declaradas da pena. A crise gerada pelos fatos e crítica tem recebido tentativas de respostas a partir de duas linhas: uma que mais se aproxima da crença da narrativa sociológica (possível relegitimação); outra que tem maiores afinidades com a crítica criminológica, entendendo a superação do Sistema de Justiça Criminal como único caminho viável. Somando aos esforços de deslegitimação, levanta-se a lógica moderna como essencialmente genocida desde sua constituição. Damos um passo em direção à primeira modernidade para encontrar nas fronteiras sua exterioridade para onde é direcionada a potência de aniquilação do outro em favor da manutenção consensual da única existência possível, na pretensão de totalidade. A partir de exemplos do conflito totalidade-exterioridade (gênero, raça, colonialidade) é possível entender que a atuação genocida da modernidade perpassa potencialmente todas as dimensões da forma contemporânea de produção da vida e, portanto, também os mecanismos de punição. Assim sendo, a busca penal por arrastar a alteridade de volta aos fundamentos modernos é somente a fronteira entre a morte simbólica e a concreta. O caminho de superação do modo de produção da vida na modernidade encontra nos movimentos populares uma considerável potencialidade de transformação, em direção à utopia factível. / Based on the historiographical interpretation under the world-systems theory, the formation of modernity is posited from a clear twofold. Its second moment - Eurocentric - perceives the modern phenomena from Europe, coinciding with the second colonizing wave. However, hidden remains its first stage, in which occurs the ethical encounter (collision) of worlds, the material and symbolic foundations of the European conquering ethos. Departing from modernity's second phase, the forms of thought theoretically dealing with social conflict can be roughly separated into two main understandings: one based on consensus as the ordinary element under which every human relation takes place; another that sees conflict as an ever present social factor. From this general context, a discourse analysis is thus undertaken using contemporary penal textbooks to build a sociological narrative underlying criminal law's technical thought, present with an impressive homogeneity. Society is taken to be a consensual whole and, to guarantee the very survival of this collective body, the essential values are turned into penal normative text by an abstract legislature. Human relations are lived by (universal, individual and autonomous) subjects reciprocally isolated. As of a crime perpetration, a person willingly violates the rights of another, therefore, values that he himself consented to uphold. His action and will (both related to the individual) generate a double conflict: "culprit"/victim; and society/"culprit". Answering to this problem, the Criminal Justice System has the perfect tools to segregate the "criminal" in order to transform the person so that he can re-turn, re-formed and able to re-enter the consensual core whence he originally came. Many criminological Schools of thought have weaved theories that can be used as a direct critique against this sociological narrative, showing how social formations are based on conflicts, out of which come the unbalanced representations in creation and enforcement of laws that define criminal behaviour - following a direct projection of class inequality. Thus, it is understood that penal punishment fulfils goals (real ones not to be mistaken for the officially declared roles) destined to act upon its commonly selected inmates. The crisis generated by the facts and criticisms has received solution attempts by two main lines of arguments: one closer to the sociological narrative's beliefs (sustaining a possible relegitimation); another attuned to the criminological critique that sees the surpassing of the Criminal Justice System as the only viable way. In order to add to the delegitimizing efforts, it's possible to show how genocidal modernity has been since its foundation. Taking steps towards the first stage of the modern world-system, one finds in its very boundaries the exteriority to where the annihilating power is directed. The other is nullified in favour of the only possible consensual existence, under a totality's pretence. With some examples of totality-exteriority conflict (gender, race, colonialism) it is possible to understand that every dimension of the contemporary mode of life production is potentially pervaded by this genocidal logic - by extension, so are the ways of carrying out punishment. Therefore, penal law's intent of dragging the otherness back to modernity's foundations is only the border between symbolic and concrete death. An incredible potential in the path to surpass the modern mode of life production can be found with a specific type of social movement, one that can achieve real social transformation towards a feasible utopia.
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A Escola no contexto das lutas do MSTDalmagro, Sandra Luciana 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T12:44:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
280284.pdf: 2082408 bytes, checksum: f3170d8f5eef8719fe9ff02cd3267858 (MD5) / Esta pesquisa tem por objetivo analisar a importância atribuída à escola pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, investigando o conjunto do trabalho escolar desenvolvido por esse Movimento. A problemática da pesquisa situa-se em um contexto de aprofundamento das contradições sociais no modo capitalista de produção, do avanço do capital no campo brasileiro e na crescente precarização da escola ofertada à classe trabalhadora. Nessa realidade contraditória, o MST desenvolve um vasto trabalho educacional por dentro do sistema público, buscando articular a escola aos seus interesses de classe, de onde surge nossa questão de pesquisa: qual o sentido da luta por escola no MST e como ela se articula com a luta mais geral do MST e da classe trabalhadora? O que há na instituição escolar que interessa ao MST? Por qual escola o Movimento luta? O que essas escolas evidenciam na direção da emancipação? Para responder a essas indagações buscamos nas obras de Marx, Lukács e Mészáros a explicação das estruturas contraditórias e alienantes das sociedades divididas em classe, a fragmentação do trabalho e do conhecimento. Também nos empenhamos em apreender como a sociedade capitalista molda a instituição escolar e quais seriam os fundamentos para ela voltar-se à emancipação humana, apoiando-nos em Manacorda, Suchodolski, Pistrak e Freitas. Detivemo-nos ainda em situar a luta do MST no contexto do campo brasileiro. Em termos metodológicos realizamos pesquisa nos documentos do MST sobre escola; entrevistas com integrantes desse Movimento; pesquisa bibliográfica de teses e observações em atividades do setor de educação. Buscamos identificar como a questão escolar se constitui na trajetória desse Movimento Social, qual o sentido atribuído à escola, os objetivos que dela se esperam, a concepção que a orienta, as principais dificuldades de implementação da proposta e a novidade desta experiência. Evidenciamos haver grande articulação entre a construção de um projeto escolar no Movimento e o conjunto das lutas empreendidas por este. O sentido maior atribuído à escola é o de ligar-se à transformação social, especialmente por meio de três objetivos: a formação para o trabalho, para o conhecimento elaborado e para a formação de militantes. A experiência estudada busca construir um novo conteúdo/forma escolar, tendo por base a Educação Popular, a Pedagogia Socialista, a Pedagogia do Movimento e a Educação do Campo. Identificamos, porém, dificuldades para realizar essa articulação dialética entre forma e conteúdo, com maior fragilização do acesso ao saber culto. Observamos, ainda, grande expectativa sobre as possibilidades de a escola contribuir com a formação pretendida num contexto de descenso das lutas sociais. Entendemos, finalmente, que a experiência estudada revela uma importante contribuição à construção de uma escola coerente com a perspectiva da emancipação humana, gestada no seio da luta do MST.
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Arte, cultura, ideologia: a mascarada da luta de classesPacheco, Tania 18 June 1991 (has links)
Submitted by Julie_estagiaria Moraes (julie.moraes@fgv.br) on 2012-01-30T17:32:55Z
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000056773.pdf: 42379590 bytes, checksum: ce28f08cd57cd8ed7126e6a66beea1a4 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-01-30T17:33:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
000056773.pdf: 42379590 bytes, checksum: ce28f08cd57cd8ed7126e6a66beea1a4 (MD5)
Previous issue date: 1991 / Culture has been playing a central role, in the mediation of class struggle in Brazil. The 'intelligentsia' acted as if it lingered over all classes (30s and 40s); tried to resume political leadership, ideologizing the nation (50s and 60s); was censored, tortured and exiled (70s). Since the beginning of the 80s, part of the intellectuals have joined political parties, in an attempt to work out a democratic project for the country, together with the proletarian classes. Nevertheless, pragmatism and conciliation seem to continue to be the best approach to analise the relationship between the majority of the 'intelligentsia' and the Brazilian government. For those, grants and subventions seem to be far more important than ethics and/or democracy. / Desde o inicio do século, a Cultura vem desempenhando papel central na mediação da luta de classes, no Brasil. A 'intelligentsia' comportou-se como se pairasse sobre todas as classes (anos 30 e 40); buscou assumir a liderança ideológica da nação (anos 50 e 60); sofreu censura, tortura e exílio (anos 70) . Desde o inicio da década de 80, parte dos intelectuais vem buscando, na militância partidária, o caminho para a construção de um projeto de sociedade contra-hegemônico e democrático. Para grande parte da 'intelligentsia', entretanto, pragmatismo e conciliação parecem continuar a ser a melhor receita de vida. Na sua visão de mundo, apoios e subvenções governamentais aparentemente valem mais que ética e democracia.
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Conflito social e a criação de reservas extrativistas no município de Lábrea - AM / Social conflict and the creation of extractive reserves in the municipality of Labrea - AMFranco, Marcelo Horta Messias 30 June 2017 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2017-11-21T10:59:50Z
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Previous issue date: 2017-06-30 / Fundação de Amparo à Pesquisa da Amazônia / A presente pesquisa teve como objetivo principal analisar os conflitos sociais existentes em torno da criação de duas Unidades de Conservação de Uso Sustentável na Amazônia brasileira, as Reservas Extrativistas do Médio Purus e Ituxi, no município de Lábrea, sul do Estado do Amazonas. Reserva Extrativista é uma categoria de área protegida instituída pelo poder público, concebida a partir de discussões propostas pela sociedade civil organizada dentro de um contexto local de luta fundiária e afirmação identitária no sudoeste da Amazônia brasileira em fins da década de 1980. No presente estudo de caso, buscou-se identificar o conjunto de atores sociais e os interesses envolvidos com a criação de duas dessas áreas numa região contextualizada enquanto zona de expansão fronteiriça com avanço de desmatamento. Privilegiou-se como método de coleta de dados, a utilização de instrumentos qualitativos, como a observação participante, e a aplicação de entrevistas estruturadas. Por meio de levantamento bibliográfico a respeito dos aspectos históricos, geográficos e culturais a unidade de análise foi caracterizada, apresentando o cenário da investigação. A análise dos dados obtidos no trabalho de campo trouxe como resultado principal um quadro atualizado das disposições dos atores sociais envolvidos na questão das Resex ́s em Lábrea, possibilitando a discussão sobre uma série de questões a respeito de comportamentos, articulações e (re) posicionamentos dentro da figuração social, de maneira a confirmar o pressuposto sociológico de que o conflito, longe de ser um fator negativo do convívio em sociedade, representa um elemento propulsor de transformações, dentro de uma realidade social que é invariavelmente dinâmica e interdependente. / This research aims to analyze social conflicts around the creation of two Protected Areas in the municipality of Lábrea, southern Amazonas State, Resex Middle Purus and Resex Ituxi. Extractive Reserve (Resex) is a category of protected area instituted by the public power, conceived from discussions proposed by organized civil society in a local context of land struggle and identity affirmation in the southwest of the Brazilian Amazon in the late 1980s. In this case study, we sought to identify all stakeholders and interests involved in the creation of this two protected areas in a region contextualized as a zone of border expansion with deforestation advancement. The use of qualitative instruments, such as participant observation, and the application of structured interviews were privileged as method of data collection. Through a bibliographical survey on historical, geographic and cultural aspects the research scenario was presented and the unit of analysis was characterized. The analysis of the data obtained in the fieldwork brought as main result an updated figuration of the dispositions of the social actors involved in the issue of Resex in Labrea, allowing the discussion on a series of questions about behaviors, articulations and (re) positioning on the Social figuration, in order to confirm the sociological assumption that conflict, far from being a negative factor in society, represents a propelling element of transformations within a social reality that is invariably dynamic and interdependent.
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Conflito e traduçãoAlves, Daniel Antonio de Sousa January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:56:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Esta tese apresenta um estudo de caso sobre a construção experiencial do conflito armado travado pelos grupos litigantes apresentados no corpus paraleloconstituído pelos textosGrande Sertão: Veredas (deGuimarães Rosa) e The Devil to Pay in the Backlands (por James L. Taylor e Harriet de Onís). Com esse trabalho, a tese pretende contribuir paraa proposta de Halliday (1998) ao investigar o conflito, enquanto experiência humanacotidiana, etambém contribuir para os Estudos da Tradução, ao oferecer, à linha de estudos proposta por Baker (2005, 2006, 2007 e 2010), um método de investigação baseado na proposta de Pagano e Figueredo (2011). Os dados - que, para este trabalho, são levantados por meio do concordanciador AntConc 3.2.4w - apontam para uma construção experiencial do ente inimigo e da situação de confronto direto por meio de Participantes- o que lhes confere a caraterística de permanência no eixo temporal e a capacidade de participação em diversos Processos - especialmente em Orações Materiais, o que condiz com a natureza dos fenômenos. No que diz respeito às vitórias e derrotas (vistas nesta tese como desdobramentos das situações de confronto), os dados apontam para uma menor relevância dessas situações na narrativa em relação às situações de confronto, além de apontar para expectativas com carga semântica negativa sendo construídas em torno das vitórias obtidas nas situações de confronto direto ? o que foge do padrão de expectativa desse fenômeno.<br> / Abstract : The dissertation herein presented investigates the linguistic construal of the armed conflicts, between disputing groups, portrayed in the novels Grande Sertão: Veredas (by Guimarães Rosa) and The Devil to Pay in the Backlands (by James L. Taylor and Harriet de Onís). The research follows the hallidayan design of construing a grammar of daily life (Halliday, 1998), while investigating conflict as an instance of the human experience, and follows the research on conflict and translation founded by Baker (2005, 2006, 2007 e 2010), contributing to it by presenting the investigation method proposed by on Pagano and Figueredo (2011) as a methodology of analysis. The data ? gathered by means of the software AntConc 3.2.4w ? points to an experiential construal of the enemy andof the processes of confrontation as Participants in Material Clauseswhich are, thus, construed as permanent in the temporal axis and given the possibility of taking part in different Processes. The victories and defeats that result from the processes of confrontation are given less prominence in the narratives and the data points to a negative semantic connotation around the victories ? which is differs from the patterns of expectancy usually related to such events.
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A educação no MST diante do estado e da política pública de educação do campo sob influência dos organismos multilateraisKominkiéwicz, Vagner Luiz January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-02-09T03:18:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / O objetivo deste estudo é analisar em que medida a educação no MST manteve seu caráter de classe na relação com o Estado, Organismos Multilaterais e as políticas públicas para a Educação do Campo, apontando para as possibilidades em curso. Analisamos nosso objeto a partir de determinações históricas e conjunturais com foco nas contradições da luta de classes entre capital e trabalho num contexto em que os ajustes estruturais no modo de produção capitalista e as reformas do Estado estão articulados com as reformas educacionais. Adotamos como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica, documental e de campo. As problemáticas centrais da pesquisa são: Sob que conjuntura se moveram as disputas educacionais entre o MST, o Estado e Organismos Multilaterais? A Educação do Campo seria uma construção de consenso entre as forças? Que contradições e possibilidades se expressam nestas disputas frente ao avanço de um projeto educacional para a classe trabalhadora? Para responder as questões acima realizou-se pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas a fim de analisar as determinações históricas e conjunturais e o estudo do contexto político educacional da década de 1990; analisar a educação no MST considerando sua relação com o Estado, Organismos Multilaterais e a Educação do Campo; levantar as contradições e possibilidades para a educação no MST no contexto da luta de classes. Afirmamos que a educação no MST surge da necessidade de vincular a educação, a luta pela terra, Reforma Agrária e a transformação social. Porém, a partir do I ENERA, o caráter de classe da educação no MST é subsumido à relação estabelecida entre Organismos Multilaterais e o MST, posteriormente com o Estado, resultando na normatização da política pública de Educação do Campo. Fruto da ofensiva do Estado, representado pelo governo de FHC por meio do fechamento de escolas nos assentamentos, a relação estabelecida entre frações de classes distintas possibilitou um consenso entre as forças antagônicas em torno da educação. A luta do MST pela Educação do Campo esbarra no limite do Estado burguês. Apontamos como possibilidades para uma educação da classe trabalhadora o fortalecimento do ENE e seu segundo encontro e o II ENERA como momento de análise e possibilidade de tomar rumos políticos direcionados para uma educação vinculada a classe trabalhadora.<br> / Abstract : The objective of this study is to analyze how the MST education kept its class nature while relating to the state, multilateral organizations and the public policies for the rural education, pointing out the ongoing possibilities. We analyzed our object from the historical and conjunctural determinations focusing on the contradictions of the class struggle between the capital and the labour in a context where the structural adjustments in the capitalist mode of production and the state reforms are articulated with the educational reforms. We adopted as the methodological procedure the bibliographic, documentary and field research. The core issues of the research are: Under what circumstances have the educational disputes between the MST, the state and the multilateral organizations moved? Would be the rural education a consensual construction between the forces? Which contradictions and possibilities are expressed in these disputes toward the advancement of an educational project to the working class? To answer these questions a bibliographic, documentary research, and interviews were conducted to: analyze the historical and conjunctural determinations and the study of the educational-political context in the 1990s; analyze the education in the MST considering its relationship to the state, multilateral organizations and the rural education; bring the contradictions and the possibilities for the education in the MST in the class struggle context. We affirm that the education in the MST comes from the possibility of connecting the education, the struggle for the land, the land reform and the social transformation. However, from the I ENERA, the class nature of the education in the MST is subsumed to the relationship established between the multilateral organizations and the MST, and later with the state, resulting in the normalization of the public policies in the rural education. The result of the state?s offensive ? represented by the FHC administration by closing schools in the settlements ? the relationship established between fractions of different classes has made it possible a consensus between the opposing forces around education. The MST struggle for the rural education collides in the limits of the bourgeois state. We pointed out as the possibilities for a working class education the strengthening of the ENE and its second meeting and the II ENERA as an opportunity of analysis and the possibility of taking political directions toward an education connected to the working class.
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