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Incontinências urinária e fecal e constipação intestinal em pacientes hospitalizados: prevalência e fatores associados / Urinary and fecal incontinence and intestinal constipation in hospitalized patients: prevalence and associated factors.

Betteloni, Jaqueline 15 March 2017 (has links)
Introdução: A ocorrência das diferentes incontinências e da constipação intestinal (CI), de forma isolada ou concomitante, não é pouco frequente no ambiente hospitalar. Esses problemas de saúde ainda são pouco investigados e os estudos com pacientes hospitalizados são escassos. Conhecer sua prevalência e fatores associados em pacientes hospitalizados é necessário para promover a sensibilização dos profissionais de saúde sobre a importância dessas necessidades passíveis de intervenções durante o período da internação. Objetivo: Identificar e analisar a prevalência das incontinências urinária (IU) e fecal (IF), de forma isolada e combinada, e da CI e as variáveis sociodemográficas e clínicas associadas às suas ocorrências em pacientes hospitalizados. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, transversal, analítico e descritivo, onde a amostra do estudo foi composta de 345 pacientes adultos e idosos hospitalizados no Hospital Universitário da USP. Os dados foram coletados por meio de entrevista, exame físico e registros de prontuários, utilizando-se os seguintes instrumentos: questionário de dados Sociodemograficos e Clínicos, Características das Perdas Urinárias, International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF, Hábito Intestinal na População Geral e o Índice de Incontinência Anal IIA. A prevalência dos eventos estudados foi levantada quatro vezes (prevalência-ponto), em um único dia, nos meses de março, abril, maio e junho, sempre no mesmo dia do mês, de forma a atender o tamanho amostral para a análise dos fatores associados. Os dados foram analisados utilizando-se os testes qui-quadrado e Fisher para as variáveis categóricas, os testes t-student e Mann-Whitney para as variáveis numéricas, além de regressão logística (forward stepwise) para a identificação de fatores associados. Resultados: Obtiveram-se as seguintes prevalências: 22,9% para IU (28% para mulheres e 16,1% para homens); 7,9% para IF (9,4% para mulheres e 6% para homens); 4,7% para incontinência combinada (IC) (7,3% para mulheres e 1,4% para homens) e 14,9% para CI (15% para mulheres e 14,7% para homens). Dentre as incontinências, conseguiu-se detectar fatores associados somente para a IU: sexo feminino (OR=3,89; IC95% 1,899-7,991); idade (OR=1,03; IC95% 1,019-1,054); asma (OR=3,66; IC95% 1,302-10,290); estar em uso de laxantes (OR=3,26; IC95% 1,085-9,811); o uso de fralda no momento da avaliação (OR=2,75; IC95% 1,096-6,908); o uso de fralda em casa (OR=10,29; IC95% 1,839-57,606) e o uso de fralda em algum momento da internação (OR=6,74; IC95% 0,496-91,834). Especificamente para o sexo feminino, as variáveis associadas à IU foram: idade (OR=1,03; IC95% 1,017-1056); Diabetes Mellitus (OR=2,59; IC95% 1,039-6,489); asma (OR=4,92; IC95% 1,460-16,588) e número de partos (OR=1,27; IC95% 1,064-1,522). Os fatores que apresentaram associação com a CI foram: anos de estudo (OR=0,91; IC95% 0,856-0,985) e estar em uso de laxantes (OR=8,08; IC95% 3,387-19,282). Conclusão: Os valores de prevalência encontrados no presente estudo, assim como os fatores associados, foram similares aos achados de estudos epidemiológicos nacionais e internacionais realizados com população geral, porém distintos daqueles oriundos da escassa literatura internacional existente sobre o tema para adultos e idosos hospitalizados. Estudos longitudinais fazem-se necessários para a confirmação das relações encontradas entre as variáveis estudadas, contribuindo para o diagnóstico mais acurado da causalidade dessas condições e, portanto, o estabelecimento de medidas mais eficazes de prevenção e tratamento das incontinências e da CI no cenário hospitalar. / Introduction: The occurrence of different incontinences and intestinal constipation (IC), alone or concomitantly, is not uncommon in the hospital setting. These health problems are still poorly investigated and studies of inpatients are scarce. Knowing their prevalence and associated factors in hospitalized patients is necessary to promote the awareness of health professionals about the importance of these possible interventional needs during the period of hospitalization. Objective: To identify and to analyze the prevalence of urinary (UI) and fecal incontinence (FI), in an isolated and combined manner, and IC, and sociodemographic and clinical variables associated with their occurrences in hospitalized patients. Methods: This is an observational, cross-sectional, analytical and descriptive epidemiological study, where the study sample consisted of 345 adult and elderly patients hospitalized at University Hospital of USP. The data were collected through interviews, physical examination and medical records, using the following instruments: Sociodemographic and Clinical Data, Characteristics of Urinary Loss, International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF, Intestinal Habit of the General Population and the Anal Incontinence Index - IIA. The prevalence of the events studied was raised four times (point-prevalence) in a single day in March, April, May and June, always on the same day of each month, in order to meet the sample size for the analysis of the factors associated. Data were analyzed using chi-square and Fisher tests for categorical variables, t-student and Mann-Whitney tests for numerical variables, and logistic regression for the identification of associated factors. Results: The following prevalences were obtained: 22.9% for UI (28% for women and 16.1% for men); 7.9% for FI (9.4% for women and 6% for men); 4.7% for combined incontinence (CI) (7.3% for women and 1.4% for men) and 14.9% for IC (15% for women and 14.7% for men). Among the incontinences, it was possible to detect factors associated only for UI: female gender (OR=3.89; IC95% 1,899- 7,991); age (OR=1.03; IC95% 1.019-1.054); asthma (OR=3.66; IC95% 1.302-10.290); being in use of laxatives (OR=3.26; IC95% 1.085-9.811); The use of the diaper at the time of evaluation (OR=2.75; IC95% 1.096-6.908); The use of diapers at home (OR=10.29; IC95% 1,839-57,606) and the use of diapers at some time of hospitalization (OR=6.74; IC95% 0.496- 91.834). Specifically for females, the variables associated with UI were: age (OR=1.03; IC95% 1.017-1056); Diabetes Mellitus (OR=2.59; IC95% 1.039-6.489); asthma (OR=4.92; IC95% 1,460-16,588) and number of deliveries (OR=1.27; IC95% 1.064-1.522). The factors that showed association with IC were: years of study (OR=0,91; IC95% 0,856-0,985) and being in use of laxatives (OR=8,08; IC95% 3,387-19,282). Conclusion: The prevalence values found in the present study as well as the associated factors were similar to the findings of National and International epidemiological studies conducted with the general population. But they were quite different from those of the scarce existing International literature for hospitalized adults and elderly people. Longitudinal studies are necessary to confirm the relationships found between the studied variables, contributing to a more accurate diagnosis of the causality of these conditions and, therefore, the establishment of more effective measures of prevention and treatment of incontinence and IC in the hospital setting.
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Efeito da farinha de banana verde sobre o funcionamento intestinal de pacientes diabéticos, constipados, com doença renal crônica, submetidos a tratamento de hemodiálise / Unripe banana flour effect on bowel function of diabetic, constipated with chronic kidney disease patients undergoing hemodialysis treatment

Gumbrevicius, Iara 22 November 2016 (has links)
A farinha de banana verde (FBV), fonte de amido resistente, pode melhorar o funcionamento intestinal de indivíduos saudáveis, porém, esta propriedade ainda não foi estudada em voluntários com enfermidades que causam constipação intestinal. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do consumo regular e não diário da farinha de banana verde sobre o funcionamento intestinal de pacientes diabéticos, com constipação intestinal, doença renal crônica, tratados com hemodiálise. Em ensaio clínico prospectivo, modelo cross-over, 21 pacientes do Centro de Nefrologia de Amparo-SP foram divididos em dois grupos, que consumiram 11,3 g de FBV ou 4 g de maltodextrina, três vezes por semana, por seis semanas, com período de washout de 30 dias. O funcionamento intestinal foi avaliado pelo Gastrointestinal Symptom Rating Scale e questionário de funcionamento intestinal diário com Escala de Bristol. Também foram avaliadas a qualidade de vida pelo Medical Outcomes Study Questionnaire 36 - Item Short Form Health Survey e as concentrações plasmáticas de jejum de glicose, insulina, colesterol total e frações, triacilgliceróis, potássio e fósforo dos pacientes. Com o consumo da FBV houve redução significativa de distensão abdominal (p=0,019), flatulência (p=0,021), fezes duras (p=0,008) e sensação de esvaziamento incompleto do intestino (p=0,000). Na primeira semana de consumo da FBV, o número de evacuações aumentou (p=0,003) e a consistência das fezes melhorou (p=0,001). Não foram observadas diferenças na qualidade de vida. As concentrações plasmáticas de jejum de glicose (p=0,012) e potássio (p=0,020) foram significativamente reduzidas. Como a constipação intestinal é uma das queixas predominantes de pacientes diabéticos tratados com hemodiálise, a farinha de banana verde pode contribuir de forma eficaz com o tratamento desse sintoma e adicionalmente, melhorar parâmetros bioquímicos importantes no tratamento desses pacientes. / Unripe banana flour (UBF), a resistant starch source, is able to improve bowel function in healthy subjects; however, this property has not been studied in subjects with diseases that may cause constipation. The aim of this study was to evaluate the effect of regular, non-daily consumption of UBF on bowel function of diabetic patients with constipation, chronic renal disease and treated with hemodialysis.In a prospective clinical trial, cross-over designed, 21 patients who were treated in the Nephrology Center of Amparo city (SP, Brazil) were divided into two groups, which consumed 11.3 g of UBF or 4 g of maltodextrin, three times a week during six weeks with a washout period of 30 days. The bowel function was assessed by the Gastrointestinal Symptom Rating Scale and by a daily bowel function questionnaire with the Bristol Stool Scale. It were also evaluated the quality of life by the Medical Outcomes Study Questionnaire 36 - Item Short Form Health Survey and plasma concentrations of fasting glucose, insulin, total cholesterol and its fractions, triglycerides, potassium and phosphorus. The consumption of UBF led to significant reduction of abdominal distension (p = 0.019), flatulence (p = 0.021), hard stools (p = 0.008) and feeling of incomplete bowel evacuation (p = 0.000). In the first week of UBF consumption, patients related an increased number of evacuation (p = 0.003) and better stool consistency (p = 0.001). It was observed no differences in quality of life. The concentrations of fasting plasma glucose (p = 0.012) and potassium (p = 0.020) were significantly reduced. As the constipation is one of the predominant complaints of diabetic patients treated with hemodialysis, unripe banana flour can contribute effectively to the treatment of this symptom and additionally improve important biochemical parameters in the treatment of these patients.
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Incontinências urinária e fecal e constipação intestinal em pacientes hospitalizados: prevalência e fatores associados / Urinary and fecal incontinence and intestinal constipation in hospitalized patients: prevalence and associated factors.

Jaqueline Betteloni 15 March 2017 (has links)
Introdução: A ocorrência das diferentes incontinências e da constipação intestinal (CI), de forma isolada ou concomitante, não é pouco frequente no ambiente hospitalar. Esses problemas de saúde ainda são pouco investigados e os estudos com pacientes hospitalizados são escassos. Conhecer sua prevalência e fatores associados em pacientes hospitalizados é necessário para promover a sensibilização dos profissionais de saúde sobre a importância dessas necessidades passíveis de intervenções durante o período da internação. Objetivo: Identificar e analisar a prevalência das incontinências urinária (IU) e fecal (IF), de forma isolada e combinada, e da CI e as variáveis sociodemográficas e clínicas associadas às suas ocorrências em pacientes hospitalizados. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, transversal, analítico e descritivo, onde a amostra do estudo foi composta de 345 pacientes adultos e idosos hospitalizados no Hospital Universitário da USP. Os dados foram coletados por meio de entrevista, exame físico e registros de prontuários, utilizando-se os seguintes instrumentos: questionário de dados Sociodemograficos e Clínicos, Características das Perdas Urinárias, International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF, Hábito Intestinal na População Geral e o Índice de Incontinência Anal IIA. A prevalência dos eventos estudados foi levantada quatro vezes (prevalência-ponto), em um único dia, nos meses de março, abril, maio e junho, sempre no mesmo dia do mês, de forma a atender o tamanho amostral para a análise dos fatores associados. Os dados foram analisados utilizando-se os testes qui-quadrado e Fisher para as variáveis categóricas, os testes t-student e Mann-Whitney para as variáveis numéricas, além de regressão logística (forward stepwise) para a identificação de fatores associados. Resultados: Obtiveram-se as seguintes prevalências: 22,9% para IU (28% para mulheres e 16,1% para homens); 7,9% para IF (9,4% para mulheres e 6% para homens); 4,7% para incontinência combinada (IC) (7,3% para mulheres e 1,4% para homens) e 14,9% para CI (15% para mulheres e 14,7% para homens). Dentre as incontinências, conseguiu-se detectar fatores associados somente para a IU: sexo feminino (OR=3,89; IC95% 1,899-7,991); idade (OR=1,03; IC95% 1,019-1,054); asma (OR=3,66; IC95% 1,302-10,290); estar em uso de laxantes (OR=3,26; IC95% 1,085-9,811); o uso de fralda no momento da avaliação (OR=2,75; IC95% 1,096-6,908); o uso de fralda em casa (OR=10,29; IC95% 1,839-57,606) e o uso de fralda em algum momento da internação (OR=6,74; IC95% 0,496-91,834). Especificamente para o sexo feminino, as variáveis associadas à IU foram: idade (OR=1,03; IC95% 1,017-1056); Diabetes Mellitus (OR=2,59; IC95% 1,039-6,489); asma (OR=4,92; IC95% 1,460-16,588) e número de partos (OR=1,27; IC95% 1,064-1,522). Os fatores que apresentaram associação com a CI foram: anos de estudo (OR=0,91; IC95% 0,856-0,985) e estar em uso de laxantes (OR=8,08; IC95% 3,387-19,282). Conclusão: Os valores de prevalência encontrados no presente estudo, assim como os fatores associados, foram similares aos achados de estudos epidemiológicos nacionais e internacionais realizados com população geral, porém distintos daqueles oriundos da escassa literatura internacional existente sobre o tema para adultos e idosos hospitalizados. Estudos longitudinais fazem-se necessários para a confirmação das relações encontradas entre as variáveis estudadas, contribuindo para o diagnóstico mais acurado da causalidade dessas condições e, portanto, o estabelecimento de medidas mais eficazes de prevenção e tratamento das incontinências e da CI no cenário hospitalar. / Introduction: The occurrence of different incontinences and intestinal constipation (IC), alone or concomitantly, is not uncommon in the hospital setting. These health problems are still poorly investigated and studies of inpatients are scarce. Knowing their prevalence and associated factors in hospitalized patients is necessary to promote the awareness of health professionals about the importance of these possible interventional needs during the period of hospitalization. Objective: To identify and to analyze the prevalence of urinary (UI) and fecal incontinence (FI), in an isolated and combined manner, and IC, and sociodemographic and clinical variables associated with their occurrences in hospitalized patients. Methods: This is an observational, cross-sectional, analytical and descriptive epidemiological study, where the study sample consisted of 345 adult and elderly patients hospitalized at University Hospital of USP. The data were collected through interviews, physical examination and medical records, using the following instruments: Sociodemographic and Clinical Data, Characteristics of Urinary Loss, International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF, Intestinal Habit of the General Population and the Anal Incontinence Index - IIA. The prevalence of the events studied was raised four times (point-prevalence) in a single day in March, April, May and June, always on the same day of each month, in order to meet the sample size for the analysis of the factors associated. Data were analyzed using chi-square and Fisher tests for categorical variables, t-student and Mann-Whitney tests for numerical variables, and logistic regression for the identification of associated factors. Results: The following prevalences were obtained: 22.9% for UI (28% for women and 16.1% for men); 7.9% for FI (9.4% for women and 6% for men); 4.7% for combined incontinence (CI) (7.3% for women and 1.4% for men) and 14.9% for IC (15% for women and 14.7% for men). Among the incontinences, it was possible to detect factors associated only for UI: female gender (OR=3.89; IC95% 1,899- 7,991); age (OR=1.03; IC95% 1.019-1.054); asthma (OR=3.66; IC95% 1.302-10.290); being in use of laxatives (OR=3.26; IC95% 1.085-9.811); The use of the diaper at the time of evaluation (OR=2.75; IC95% 1.096-6.908); The use of diapers at home (OR=10.29; IC95% 1,839-57,606) and the use of diapers at some time of hospitalization (OR=6.74; IC95% 0.496- 91.834). Specifically for females, the variables associated with UI were: age (OR=1.03; IC95% 1.017-1056); Diabetes Mellitus (OR=2.59; IC95% 1.039-6.489); asthma (OR=4.92; IC95% 1,460-16,588) and number of deliveries (OR=1.27; IC95% 1.064-1.522). The factors that showed association with IC were: years of study (OR=0,91; IC95% 0,856-0,985) and being in use of laxatives (OR=8,08; IC95% 3,387-19,282). Conclusion: The prevalence values found in the present study as well as the associated factors were similar to the findings of National and International epidemiological studies conducted with the general population. But they were quite different from those of the scarce existing International literature for hospitalized adults and elderly people. Longitudinal studies are necessary to confirm the relationships found between the studied variables, contributing to a more accurate diagnosis of the causality of these conditions and, therefore, the establishment of more effective measures of prevention and treatment of incontinence and IC in the hospital setting.
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Efeito da farinha de banana verde sobre o funcionamento intestinal de pacientes diabéticos, constipados, com doença renal crônica, submetidos a tratamento de hemodiálise / Unripe banana flour effect on bowel function of diabetic, constipated with chronic kidney disease patients undergoing hemodialysis treatment

Iara Gumbrevicius 22 November 2016 (has links)
A farinha de banana verde (FBV), fonte de amido resistente, pode melhorar o funcionamento intestinal de indivíduos saudáveis, porém, esta propriedade ainda não foi estudada em voluntários com enfermidades que causam constipação intestinal. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do consumo regular e não diário da farinha de banana verde sobre o funcionamento intestinal de pacientes diabéticos, com constipação intestinal, doença renal crônica, tratados com hemodiálise. Em ensaio clínico prospectivo, modelo cross-over, 21 pacientes do Centro de Nefrologia de Amparo-SP foram divididos em dois grupos, que consumiram 11,3 g de FBV ou 4 g de maltodextrina, três vezes por semana, por seis semanas, com período de washout de 30 dias. O funcionamento intestinal foi avaliado pelo Gastrointestinal Symptom Rating Scale e questionário de funcionamento intestinal diário com Escala de Bristol. Também foram avaliadas a qualidade de vida pelo Medical Outcomes Study Questionnaire 36 - Item Short Form Health Survey e as concentrações plasmáticas de jejum de glicose, insulina, colesterol total e frações, triacilgliceróis, potássio e fósforo dos pacientes. Com o consumo da FBV houve redução significativa de distensão abdominal (p=0,019), flatulência (p=0,021), fezes duras (p=0,008) e sensação de esvaziamento incompleto do intestino (p=0,000). Na primeira semana de consumo da FBV, o número de evacuações aumentou (p=0,003) e a consistência das fezes melhorou (p=0,001). Não foram observadas diferenças na qualidade de vida. As concentrações plasmáticas de jejum de glicose (p=0,012) e potássio (p=0,020) foram significativamente reduzidas. Como a constipação intestinal é uma das queixas predominantes de pacientes diabéticos tratados com hemodiálise, a farinha de banana verde pode contribuir de forma eficaz com o tratamento desse sintoma e adicionalmente, melhorar parâmetros bioquímicos importantes no tratamento desses pacientes. / Unripe banana flour (UBF), a resistant starch source, is able to improve bowel function in healthy subjects; however, this property has not been studied in subjects with diseases that may cause constipation. The aim of this study was to evaluate the effect of regular, non-daily consumption of UBF on bowel function of diabetic patients with constipation, chronic renal disease and treated with hemodialysis.In a prospective clinical trial, cross-over designed, 21 patients who were treated in the Nephrology Center of Amparo city (SP, Brazil) were divided into two groups, which consumed 11.3 g of UBF or 4 g of maltodextrin, three times a week during six weeks with a washout period of 30 days. The bowel function was assessed by the Gastrointestinal Symptom Rating Scale and by a daily bowel function questionnaire with the Bristol Stool Scale. It were also evaluated the quality of life by the Medical Outcomes Study Questionnaire 36 - Item Short Form Health Survey and plasma concentrations of fasting glucose, insulin, total cholesterol and its fractions, triglycerides, potassium and phosphorus. The consumption of UBF led to significant reduction of abdominal distension (p = 0.019), flatulence (p = 0.021), hard stools (p = 0.008) and feeling of incomplete bowel evacuation (p = 0.000). In the first week of UBF consumption, patients related an increased number of evacuation (p = 0.003) and better stool consistency (p = 0.001). It was observed no differences in quality of life. The concentrations of fasting plasma glucose (p = 0.012) and potassium (p = 0.020) were significantly reduced. As the constipation is one of the predominant complaints of diabetic patients treated with hemodialysis, unripe banana flour can contribute effectively to the treatment of this symptom and additionally improve important biochemical parameters in the treatment of these patients.
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Treinamento esfincteriano em crianças com síndrome de Down: um estudo caso controle

Mrad, Flávia Cristina de Carvalho 15 September 2017 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-09-27T17:36:16Z No. of bitstreams: 1 flaviacristinadecarvalhomrad.pdf: 2344497 bytes, checksum: 0157deb2672226f5c62355c30c9919f4 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-09-28T14:10:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1 flaviacristinadecarvalhomrad.pdf: 2344497 bytes, checksum: 0157deb2672226f5c62355c30c9919f4 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-28T14:10:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 flaviacristinadecarvalhomrad.pdf: 2344497 bytes, checksum: 0157deb2672226f5c62355c30c9919f4 (MD5) Previous issue date: 2017-09-15 / Introdução: As crianças com síndrome de Down apresentam atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, o que determina uma dificuldade na aquisição do treinamento esfincteriano. O presente estudo tem como objetivo estimar a idade de início e conclusão do treinamento esfincteriano nas crianças com síndrome de Down, comparando-as com crianças neurotípicas, assim como avaliar o método de treinamento esfincteriano usado e a associação com sintomas do trato urinário inferior e constipação intestinal funcional. Pacientes e métodos: Foi realizado um estudo caso-controle de 2010 a 2015. Todos os pais ou responsáveis responderam a um questionário elaborado para avaliar qual o processo de treinamento esfincteriano foi utilizado.Os sintomas do trato urinário inferior foram avaliados por meio da aplicação da versão validada e adaptada do Dysfunctional Voiding Symptom Score para a população brasileira. A presença de constipação intestinal funcional foi avaliada de acordo com os critérios de Roma III. Resultados: O estudo incluiu 93 crianças com síndrome de Down e 204 crianças neurotípicas (Grupo Controle). A idade média para iniciar o treinamento esfincteriano foi 22,75 meses nas crianças com síndrome de Down e 17,49 meses no grupo controle (p= 0,001). Em crianças com síndrome de Down, a idade média para concluir o treinamento esfincteriano foi de 56,25 meses e 27,06 meses no grupo controle (p= 0,001). As meninas com síndrome de Down completaram o treinamento esfincteriano mais precocemente (p= 0,02). O método de treinamento esfincteriano mais usado foi abordagem orientada para a criança. Não houve associação com a presença de sintomas do trato urinário inferior ou constipação intestinal funcional e a idade de início e de conclusão do treinamento esfincteriano em ambos os grupos. Conclusão: As crianças com síndrome de Down apresentaram um tempo prolongado de treinamento esfincteriano, sendo que as meninas concluíram o processo mais cedo. Estudos de coorte são essenciais para obter uma melhor avaliação sobre o processo de treinamento esfincteriano em crianças com síndrome de Down. / Introduction: Children with Down syndrome have delayed psychomotor development, which determines the level of difficulty in toilet training. The current study aims to estimate at what age they start and complete toilet training compared to children with typical psychomotor development, as well as to evaluate the toilet training method used and any association with lower urinary tract symptoms and functional constipation. Patients and methods: A case-control study was carried out from 2010 to 2015. All parents completed a questionnaire designed to assess the toilet training process. Lower urinary tract symptoms was assessed through the application of the Dysfunctional Voiding Symptom Score. The presence of functional constipation was evaluated according to the Rome III criteria. Results: The study included 93 children with Down Syndrome and 204 children with normal psychomotor development (Control Group). The average age children started toilet training was 22.75 months in those with Down Syndrome and 17.49 months in the Control Group (p= 0.001). In children with Down Syndrome, the average age when completing toilet training was 56.25 months and 27.06 months in the Control Group (p= 0.001). Among children with Down Syndrome, females completed toilet training earlier (p= 0.02). The toilet training method used most often was child-oriented approach in both groups. There was no association with the presence of lower urinary tract symptoms or functional constipation and the age of begin and complete toilet training in both groups. Conclusion: Children with Down Syndrome experiencedprolonged toilet training time. Females with Down Syndrome complete toilet training earlier. Cohort studies are essential to gain insight into thetoilet training process in children with Down Syndrome.
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Eliminações intestinais e urinárias em pessoas idosas e implicações para o cuidado de enfermagem: estudo seccional e de representação social / Intestinal and urinary eliminations in elderly and implications for nursing care: sectional and social representation study

Teixeira, Camila Vasconcelos 16 July 2018 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-08-03T17:24:08Z No. of bitstreams: 1 camilavasconcelosteixeira.pdf: 7503666 bytes, checksum: ed2cbc557ca86b29c60a506026f9cc04 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-08-28T14:10:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1 camilavasconcelosteixeira.pdf: 7503666 bytes, checksum: ed2cbc557ca86b29c60a506026f9cc04 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-28T14:10:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 camilavasconcelosteixeira.pdf: 7503666 bytes, checksum: ed2cbc557ca86b29c60a506026f9cc04 (MD5) Previous issue date: 2018-07-16 / Objetivo: Compreender como os padrões de eliminações intestinais e urinárias se manifestam no contexto do cotidiano de pessoas idosas na perspectiva individual e do grupo socialmente constituído e analisar os padrões de eliminações intestinal e urinária de pessoas idosas abordadas no domicílio e sua implicação para o cuidado de enfermagem. Métodos: Pesquisa quantiqualitativa desenvolvida em Minas Gerais de Julho/2017 a Abril de 2018. Etapa qualitativa ancorada na Teoria das Representações Sociais nas abordagens estrutural e processual e etapa quantitativa com estudo seccional. Participaram pessoas com idade ≥65anos abordadas em domicílio definidas por amostra censitária e por tipicidade. Instrumento de coleta de dados contendo: caracterização dos participantes segundo sociodemográfica e padrão de eliminações urinária e fecal, técnica de evocação, entrevista com gravação de audio e escalas sobre eliminações urinária. Dados tratados com software EVOC 2005 e Nvivo Pro®. Resultados: Participaram 186 participantes (abordagem estrutural e seccional) e 50 (processual): mulheres (66,7%), 52,9% com mais de 75 anos (65-97 anos); com companheiro (34,5%), renda familiar ≤3 salários mínimos (53,8%), com ≥3 filhos (36%); portadores de doenças crônicas (89,2%) em uso de remédio (92,5%) e tendo 1 a 4 anos de escolaridade (51,2%). O padrão de eliminação intestinal foi caracterizado como: trânsito intestinal normal (76,4%); sugestivas de trânsito intestinal lento (19,3%) e de trânsito intestinal rápido (4,3%). Os conteúdos representacionais do ato defecatório expressaram sentimentos negativos, vinculados as condições ambientais e sociais, sendo a constipação considerada uma alteração no organismo, motivadora para medicalização e mediada por hábitos pessoais. Registros de diário de campo corroboraram essas impressões. Abordagem processual do padrão de eliminação intestinal apreendidos pelas categorias: 1) incontinência anal: “(Des)controle das evacuações e o banheiro” e “O rastro da incontinência e necessidade de ocultamento/controle”; 2) constipação intestinal: “Estratégias de enfrentamento da Constipação” e “Convivendo com a constipação e compartilhando experiências para superá-la”. A cor da urina permitiu inferir sobre nível de hidratação (urina cor tipos 1 a 3 entre 71% dos participantes). A incontinência urinária (46,8%) impactou sobre a qualidade de vida de mulheres segundo escala KHQ (x%) e escala ICIQ-SF (x%) aplicada a homens e mulheres. Foram categorias obtidas com a abordagem processual: 1) incontinência urinária: “(Des)controle urinário, busca pelo banheiro e o convívio com a incontinência” e “Marcas da incontinência urinária decifradas nos outros e conhecimentos populares” e 2) retenção urinária: “Não urinar ameaçando à vida e sua percepção a partir de experiências pessoais e familiares” e “Construindo a imagem da retenção a partir das experiências alheias”. Abordagem estrutural corroborou os achados anteriores. Considerações finais: Conteúdos representacionais e simbólicos sobre os padrões de eliminações intestinais e urinárias e informações individuais permitiram identificar e compreender estressores intrapessoais, interpessoais e transpessoais e a influência dos componentes culturais de diferentes origens cuja implicação é compatível com a atuação laboral do enfermeiro na atenção primária.Foram contribuições a elaboração de um diagnóstico situacional social e uma releitura dos padrões de eliminação intestinal e urinário nas dimensões social e individual. / Objective: To understand how the patterns of intestinal and urinary elimination are manifested in the everyday context of elderly individuals from the individual perspective and from the socially constituted group, and to analyze the patterns of intestinal and urinary elimination of elderly people treated at home and their implication for the care of nursing. Methods: Quantitative qualitative research developed in Minas Gerais from July / 2017 to April 2018. Qualitative step anchored in the Theory of Social Representations in structural and procedural approaches and quantitative stage with sectional study. Participants were people aged ≥65 years and treated at home, defined by census sample and by typicity. Data collection instrument containing: characterization of the participants according to sociodemographic and urinary and fecal elimination patterns, evocation technique, interview with audio recording and scales on urinary eliminations. Data processed with EVOC 2005 and Nvivo Pro® software. Results: Participants included 186 participants (structural and sectional approach) and 50 (procedural): women (66.7%), 52.9% over 75 (65-97 years); with partner (34.5%), family income ≤3 minimum wages (53.8%), with ≥3 children (36%); (89.2%) taking medication (92.5%) and having 1 to 4 years of schooling (51.2%). The intestinal elimination pattern was characterized as: normal intestinal transit (76.4%); suggestive of slow intestinal transit (19.3%) and rapid intestinal transit (4.3%). The representational contents of the defecation act expressed negative feelings, linked to environmental and social conditions, constipation being considered a change in the body, motivating for medicalization and mediated by personal habits. Field journal records corroborated these impressions. Procedural approach of the intestinal elimination pattern seized by the categories: 1) anal incontinence: "(Des) control of bowel movements and the toilet" and "The trace of incontinence and need for concealment / control"; 2) constipation: "Strategies to cope with constipation" and "Living with constipation and sharing experiences to overcome it." The color of the urine allowed to infer on the level of hydration (urine color types 1 to 3 among 71% of the participants). Urinary incontinence (46.8%) had an impact on the quality of life of women according to KHQ (x%) and ICIQ-SF (x%) scale applied to men and women. The following categories were obtained with the procedural approach: 1) urinary incontinence: "(Des) urinary control, bathroom search and conviviality with incontinence" and "Urinary incontinence marks deciphered in others and popular knowledge" and 2) Do not urinate threatening life and your perception from personal and family experiences "and" Building the image of retention from the experiences of others. " Structural approach corroborated previous findings. Final considerations: Representational and symbolic contents on the patterns of intestinal and urinary eliminations and individual information allowed to identify and understand intrapersonal, interpersonal and transpersonal stressors and the influence of cultural components of different origins whose implication is compatible with nurses' work performance in primary care . Contributions were made to the elaboration of a social situational diagnosis and a re-reading of the intestinal and urinary elimination patterns in the social and individual dimensions.

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