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Vivências e significados da depressão pós-parto de mulheres no contexto da família / Experiences and meanings of post-partum depression in women in the family context

Maria Aparecida Rodrigues da Silva Barbosa 30 October 2014 (has links)
Introdução: A depressão pós-parto tem sido tratada ao longo do tempo como um problema das mulheres e poucos estudos têm abordado as repercussões desse evento nas relações familiares. Objetivos: Compreender as vivências e significados da depressão pós-parto materna para a mulher e sua família; Desenvolver um modelo teórico representativo da experiência da mulher e da família diante da depressão pós-parto materna. Método: Estudo qualitativo teve como referencial teórico norteador o Interacionismo Simbólico e como referencial metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados. Os participantes deste estudo foram mulheres que tiveram depressão pós-parto e seus familiares, recrutados através de Hospitais Públicos e Unidades Básicas de Saúde do município de Cuiabá-MT. Os dados foram coletados por meio de entrevistas em profundidade com a mulher e o familiar. O número de famílias participantes foi se configurando, de acordo com a análise e a teoria emergente, totalizando dez famílias. Resultados: A análise dos dados permitiu identificar o modelo teórico Oscilando entre o apoio e a necessidade de manter o controle que representa as percepções e estratégias presentes na experiência da mulher e da família visando à adaptação da vida familiar às circunstâncias da vida afetadas pela depressão. Três categorias estruturam a experiência estudada: Lutando com a maternidade, Perdendo-se no meio de sentimentos na luta com o desconhecido e Assumindo o controle. Conclusões: O estudo permitiu identificar um processo psicossocial, em que controle e apoio constituem os elementos simbólicos centrais de como a mulher com depressão pós-parto e a família manejam a experiência desde o início dos sintomas até a constatação do diagnóstico. O modelo teórico contribui para a compreensão dos significados construídos e as condições que afetam a mulher e a família, e orientam a organização e a comunicação familiar. / Introduction: Post-partum depression has been treated over time as a womens problem and few studies have addressed the impact of this event on family relationships. Objectives: To understand the experiences and meanings of maternal post-partum depression for the woman and her family; To develop a theoretical model representative of the woman and her familys experience when facing post-partum depression. Method: It is a qualitative study that had as a guiding theoretical referential the Symbolic Interactionism and as a methodological referential the Grounded Theory. The participants of this study were women who had post-partum depression and their families, recruited through public hospitals and basic health units in the municipality of Cuiabá-MT. The data were collected through in-depth interviews with the woman and family. The number of families who participated was being configured according to the analysis and the emergent theory, totalizing ten families. Results: The data analysis allowed the theoretical model to be identified Oscillating between the support and the need to maintain control which represents the perceptions and strategies present in the experience of the woman and her family aiming at adapting family life to the circumstances of life affected by depression. Three categories structure the experience under study: Struggling with maternity, Losing herself in the middle of feelings in the struggle with the unknow and Taking control. Conclusions: The study allowed identifying a psychosocial process in which the control and support constitute the core symbolic elements of how the woman with post-partum depression and her family deal with the experience from the onset of the symptoms until the results of the diagnosis. The theoretical model contributed to the understanding of the constructed meanings and the conditions that affect the woman and her family, and guide the family organization and communication.
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Análise qualitativa do relato de mães com sintomatologia depressiva participantes do projeto Ipê / Qualitative analysis of reports of mothers with depressive symptoms

Marina Valente Guimarães Cecchini 26 August 2010 (has links)
Este estudo faz parte do projeto temático Ipê; uma pesquisa longitudinal sobre depressão pós-parto (DPP), suas possíveis causas e conseqüências para a interação mãebebê e para o desenvolvimento infantil. As participantes do Ipê são atendidas pelo sistema único de saúde (SUS) da região do Butantã, em São Paulo, e foram entrevistadas em diversos momentos, inclusive no terceiro trimestre de gestação. As díades mãe-bebê foram avaliadas dois dias após o parto, no terceiro e no quarto mês de idade da criança. Este último momento teve a avaliação da sintomatologia para DPP (depressão pós-parto) com a aplicação da EPDE (Escala pós-parto de Edimburgo), que permitiu o encaminhamento das participantes com pontuação significante para DPP para atendimento em psicoterapia breve. Após dez atendimentos, as que apresentaram maior pontuação na aplicação da EPDE foram convidadas para uma entrevista que perguntava como foi saber da gravidez. Esta pergunta era um inicial para ter o relato materno de como estava no momento do pós-parto e o que corroborava para a falta, culminando nas queixas de sintomas depressivos presentes na aplicação da escala de depressão. Foram entrevistadas sete participantes do projeto Ipê. As entrevistas gravadas foram transcritas na forma mais fidedigna e os conteúdos apreendidos foram investigados por meio da análise de conteúdo temático (Bardin, 2002). A análise do discurso das sete participantes foi organizada pela cronologia descrita, desde a descoberta da gravidez, até o desenrolar do parto e o. subsequente pós-parto, caracterizado pelas mudanças na relação da mulher em relação ao seu ciclo social (companheiro, família, amigos e até o próprio filho). Do relato das mães com maior sintomatologia para DPP de acordo com a pontuação da EPDE, conclui-se que há uma persistente ambivalência com a chegada do filho, amplificando as responsabilidades acerca de todos os afazeres atribuídos às mães, implicando sentimentos de incapacidade e incompletude, levando a relatos de sensação de falta de suporte, principalmente por parte de seu companheiro / This study is part of the thematic project Ipe, a longitudinal research on postpartum depression (PPD), its possible causes and consequences for the mother-infant interaction and child development. The participants of Ipe are served by the single health system (SUS) in the region of Butantan, São Paulo, and were interviewed at various times, including in the third trimester of pregnancy. The mother-infant dyads were assessed two days after birth, in the third and fourth months of the child. This last point was the assessment of symptoms for PPD (postpartum depression) with the application of EPDS (Scale Postpartum Edinburgh), allowing the routing of participants with significant score for PPD to meet in brief psychotherapy. After ten sessions, the high test scores in the application of EPDS were invited for an interview and was asked whether the pregnancy. This question was starting to have a maternal report as it was in the post-partum and which supports for the lack, resulting in complaints of depressive symptoms in the implementation of the depression scale. We interviewed seven project participants Ipe. The recorded interviews were transcribed in the most reliable and seized the contents were investigated by means of thematic content analysis (Bardin, 2002). A discourse analysis of the seven participants was organized by chronology described, since the discovery of pregnancy until delivery and the conduct of others subsequent postpartum, characterized by changes in the ratio of women in relation to their social cycle (partner, family, friends and even her own son). From the report of mothers with greater symptoms for PPD according to the score of EPDS, it appears that there is a persistent ambivalence with the arrival of son, amplifying on the responsibilities of all tasks assigned to mothers, implying feelings of inadequacy and incompleteness, leading to reports of perceived lack of support, especially from your partner
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Depressão pós-parto:pensamentos disfuncionais e comorbidade com transtornos ansiosos

SILVA JUNIOR, Amaury Cantilino da 31 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:58:59Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4230_1.pdf: 1307892 bytes, checksum: 644bb78df70d6bc742be17ec4270551b (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 / Introdução: Apesar da depressão pós-parto ser bastante pesquisada, algumas lacunas importantes no conhecimento desse transtorno ainda existem. No Brasil, por exemplo, não existem estudos de prevalência que tenham utilizado entrevistas clínicas estruturadas para o seu diagnóstico. Além disso, também no nosso meio, não se conhece a prevalência dos transtornos de ansiedade no puerpério e a sua comorbidade com depressão. Outro aspecto relevante é que embora programas de tratamento de depressão pós-parto com psicoterapia cognitivocomportamental sejam realizados e pesquisados, estudos que comparem a freqüência de pensamentos disfuncionais entre puérperas deprimidas e puérperas sem depressão não têm sido encontrados na literatura. Tanto pesquisas que estudem comorbidade entre depressão pós-parto e transtornos de ansiedade quanto aquelas que possam avaliar quais pensamentos disfuncionais estão mais presentes nessas puérperas podem dar subsídios para a construção de programas de terapia cognitiva baseados em evidências. Objetivos: O estudo teve três eixos centrais: 1) Estimar a prevalência de depressão pós-parto em Recife-PE utilizando a Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders (SCID-I); 2) Avaliar quais pensamentos disfuncionais de acordo com o Postnatal Negative Thoughts Questionnaire (PNTQ) estavam mais presentes em mulheres com depressão pós-parto quando comparadas às puérperas sem depressão; 3) Estimar a prevalência de transtornos de ansiedade no puerpério e avaliar a freqüência de comorbidade com depressão. Método: Uma amostra de conveniência de 400 puérperas foi selecionada em ambulatórios públicos e em um consultório privado de puericultura enquanto aguardavam consultas para seus bebês. Essas mulheres foram entrevistadas com o uso da SCID-I para depressão e com o Mini International Neuropsychiatric Interview para transtornos de ansiedade. Além disso, foram solicitadas a preencherem o PNTQ. Esse último questionário precisou ser traduzido de maneira sistemática e teve a sua confiabilidade testada. Resultados: A prevalência de depressão pós-parto foi de 7,2%. Cerca de 30% das puérperas apresentaram pelo menos um transtorno de ansiedade, tendo sido mais prevalentes o transtorno de ansiedade generalizada (16,5%), a fobia social (11,2%) e o transtorno obsessivo-compulsivo (9,0%). Dentre as 29 puérperas que apresentaram depressão, 26 (89,7%) tinham pelo menos um transtorno de ansiedade comórbido, sendo que 9 (31,0%) tinham transtorno do pânico, 8 (27,6%) tinham agorafobia, 13 (44,8%) tinham fobia social, 14 (48,3%) tinham transtorno obsessivo-compulsivo, 9 (31,0%) tinham transtorno do estresse pós-traumático, e 19 (65,5%) preenchiam critérios para transtorno de ansiedade generalizada. Quanto aos pensamentos disfuncionais pesquisados pelo PNTQ, com a exceção do item eu não quero ficar sozinha com o meu bebê , todos tiveram correlação robusta com a depressão. Além disso, houve uma tendência ao maior aparecimento de pensamentos disfuncionais entre as mulheres que apresentaram depressão em comorbidade com transtorno de ansiedade generalizada do que entre aquelas deprimidas sem esse transtorno. A tradução para o português do PNTQ teve boa aceitação entre as puérperas e testes de confiabilidade com resultados satisfatórios. Conclusões: A taxa de depressão pós-parto nesta amostra foi de 7,2%. O PNTQ contém pensamentos disfuncionais que estão mais presentes em mulheres com depressão pós-parto. Cerca de 30% das puérperas apresentaram pelo menos um transtorno ansioso. Dentre as deprimidas 89,7% apresentavam pelo menos um transtorno de ansiedade
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Presença de stress e ansiedade em primígestas no terceiro trimestre de gestação e no pós-parto /

Schiavo, Rafaela de Almeida. January 2011 (has links)
Orientador: Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues / Banca: Maria Beatriz Linhares / Banca: Gimol Benzaquen Perosa / Resumo: O ciclo gravídico puerperal é marcado por alterações emocionais, características deste período, com possibilidade de desencadear transtornos psíquicos significativos, comprometendom a saúde materno-infantil. Entre os fatores psicológicos que, geralmente, implicam em complicação durante gestação, parto e puerpério estão o stress e a ansiedade vivenciados na gravidez e a depressão, no puerpério. Objetivo: Avaliar a ansiedade-estado e o stress de primagestas no terceiro trimestre de gestação e no pós-parto e averiguar ocorrência de depressão pós-parto associando-os com aspectos de gestação e cuidados com o bebê. Método: A pesquisa foi constituída de duas etapas. Na etapa 1 ocorreu a coleta de dados no terceiro trimestre de gestação e a etapa 2, ocorreu após 45 de nascimento do bebê. Na etapa 1 entrevistou-se 98 primagestas e aplicou-se os instrumentos IDATE (Inventário de Ansiedade Taco/Estaco), ISSL (Inventário de Sintomas de Stress de Lipp) e Entrevista Inicial. Destas, 64 também participaram da etapa 2, onde aplicou-se os instrumentos IDATE, ISSL, EPDS (Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo) e Questionário a respeito do parto, nascimento e rotina de cuidados com o bebê. Os dados foram analisados usando o programa SPSS for Windows, versão 17.0. Resultados: Os resultados da etapa 1 indicaram que 63% da primagestas apresentam ansiedade-estado controlada e 37% alta ansiedade-estado no terceiro trimestre. Quanto ao stress, 22% não o manifestaram e 78% manifestaram. Das participantes, 56% estavam na Fase de Resistência, 20% na Quase Exaustão e 2% na Exaustão. Delas, 11% manifestaram sintomas físicos, 86% psicológicos e 3% e psicológicos. Os resultados da etapa 2 indicam que 73% das puérperas manifestaram ansiedade-estado controlada e 27% alta ansiedade-estado. Observou-se diferença significativa entre a ansiedade-estado manifestada no terceiro... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The puerperal period is marked by emotional changes, typical of this period, with the possibility of triggering significant mental disorders, affecting the maternal and child health. Psychological factors that usually imply a complication during pregnancy, childbirth and are experienced stress and anxiety and depresssion in pregnancy, postpartum. Objective: To evaluate the state-ansiety and stress of primipara in the third trimester of pregnancy and postpartum and to investigate the occurence of postpartum depression by associating them with aspects of pregnancy and baby care. Method: The study considered of two steps. In step data collection occurred in the third trimester of pregnancy and step 2,45 occured after the baby's birth. In step 1 was interviewed 98 primiparous and applied the tools STAI Anxiety Inventory (Taco/State), Inventory (SSI Lipp Stress Symptoms) and the Initial Interview. Of these, 64 also participated in the second stage, where we applied the tools IDATE, SSI, EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale) and the Questionnaire about labor, birth and care routine with the baby. Data were analyzed using SPSS for Windows, version 17.0. Results: The results of phase 1 indicated that 63% od primiparum have anxiety state-controlled and 37% high state anxiety in the third quarter. As for stress, not the 22% and 78% had expressed. Of participants, 56% were in Stage of Resistance, 20% in almost 2% at axhaustion. Of these, 11% had physical symptoms, 86% 3% psychological and physical and physichological. The results of step 2 indicate that 73% of the women expressed anxiety state-controlled and 27% high-anxiety state. There was a significant difference between state anxiety manifested in the third trimester of pregnancy and puerperium (t 2:36, p<0.05). Regarding the stress 37.5% had no symptoms of stress and 62.5% manifested. Of which indicated 80% were in Phase Resistance... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Depressão pós-parto materna e desenvolvimento motor de bebês no quarto mês de vida / Maternal postpartum depression and motor development of infants in the fourth month

Schwanz, Cristina Carvalhal 20 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:26:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 cristina_schwanz2010.pdf: 1574413 bytes, checksum: 0af7b42529c49773136b8d2e7aca53f7 (MD5) Previous issue date: 2010-12-20 / Objective: To assess the relationship between maternal postpartum depression with motor development of infants at four months. Methods: A cross-sectional with women that receiving the National Health System Care (SUS) of Pelotas. The sample was of convenience, including women who gave birth between July 2008 and March 2009, and child born in this pregnancy. To assess maternal depression, we used the EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale). The children were assessed by the Alberta Infant Motor Scale - AIMS - between 90 and 120 days after birth. Results: The sample comprised 166 dyads. The prevalence of postpartum depression in mothers was 13.3%. Children exposed to postpartum depression had 1.31 (CI: -2.15, -0.46) points lower in the mean in prone scale, 1.22 (CI: -1.95, -0.49) points lower in mean of the supine scale and 0.52 (CI: -0.98, -0.06) points lower on mean of the sitting scale than children that not was exposed to postpartum depression. Child born to older mothers, who were hospitalized and the lowest socioeconomic class were also underperformed in the assessment of child motor development.Conclusion: The results suggest that maternal postpartum depression may be related to poor motor development at four month of the baby. Importantly, the programs related to child health should be directed to the mother-infant interaction / Objetivo: Verificar a relação da depressão pós-parto (DPP) materna com o desenvolvimento motor de bebês aos quatro meses. Métodos: Estudo transversal com famílias atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na cidade de Pelotas/RS. A amostra foi de conveniência, incluindo mulheres que tiveram seus bebês entre julho de 2008 e março de 2009, e bebês nascidos dessa gestação. Para avaliar a depressão materna, foi utilizada a EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale). Os bebês foram avaliados pela Alberta Infant Motor Scale AIMS , entre 90 e 120 dias, após o nascimento. Resultados: A amostra foi composta por 166 díades. A prevalência da depressão pós-parto nas mães foi de 13,3%. Crianças expostas à depressão pós-parto tiveram 1,31 (IC 95%: -2,15; -0,46) pontos a menos na média da escala prono, 1,22 (IC 95%: -1,95; -0,49) pontos a menos na média da escala supino e 0,52 (IC 95%: -0,98; -0,06) pontos a menos na média da escala sentado do que crianças não expostas. Bebês filhos de mães mais velhas, que tiveram hospitalizados e de classe socioeconômica mais baixa também tiveram um desempenho inferior na avaliação do desenvolvimento motor infantil. Conclusão: Os resultados sugerem que a depressão pós-parto (DPP) materna está relacionada a um pior desenvolvimento motor no quarto mês de vida do bebê. É importante ressaltar que os programas vinculados à saúde infantil devem estar voltados para a interação mãe-bebê
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Efeitos neurocognitivos e comportamentais da estimulação magnética transcraniana em puérperas com depressão pós-parto / Neurocognitive and behavioral effects of transcranial magnetic stimulation in puerperal patients with postpartum depression

Myczkowski, Martin Luiz 09 September 2009 (has links)
A depressão pós-parto (DPP), tal como o episódio depressivo maior, é uma manifestação psiquiátrica comum, caracterizada pela presença de alterações de humor, cognitivas, comportamentais, psicomotoras e vegetativas. Afeta a qualidade da interação mãe-bebê prejudicando a responsividade materna o que pode repercurtir negativamente na manutenção salutar do desenvolvimento da criança. Esta manifestação apresenta prevalência estimada entre 10 e 20%, considerando as mulheres que desenvolvem sintomas nas primeiras semanas depois do parto. As opções de tratamento incluem drogas antidepressivas e eletroconvulsoterapia (com anestesia). Porém, como ambas terapêuticas envolvem abordagens farmacológicas, há contra-indicação devido à toxidade que impediria a amamentação. Entretanto, existe uma preocupação sobre como garantir a eficácia do tratamento sem prejudicar o bebê. A Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr), por ser uma técnica já consagrada quanto a eficácia antidepressiva, não toxicológica, indolor, não invasiva e bem tolerada para estimular o cérebro, parece ser uma boa alternativa de tratamento. Nos quadros depressivos em geral, são observados prejuízos substanciais a várias funções cognitivas cujas alterações cognitivas apresentadas são, em grande parte, semelhantes àquelas relacionadas a alterações do funcionamento do córtex pré-frontal. A função executiva é um dos principais domínios cognitivos afetados nos transtornos depressivos, geralmente avaliada por testes como Trail Making e o teste de Stroop. A presença de depressão em pacientes puerperais parece intensificar as alterações cognitivas, especialmente as funções associadas ao lobo frontal, além do que, também prejudicam o comportamento causando danos no funcionamento social global. No presente estudo, randomizado, controlado e duplo-cego, investigaram-se os possíveis efeitos da EMTr no funcionamento cognitivo e sua repercussão comportamental: Estimulação Magnética Transcraniana de repetição (EMTr) aplicada ao córtex prefrontal dorsolateral esquerdo (CPFDLE). Uma amostra inicial de dez pacientes com DPP foram distribuídos em dois grupos. Sete participantes de um dos grupos receberam EMTr ativa e três, do grupo controle, EMTr placebo. Os parâmetros utilizados na EMTr foram: freqüência de 5 Hz, intensidade de 120% do limiar motor, em intervalos de 10 segundos ligado e 20 segundos desligado, com 25 séries por dia (2500 pulsos), durante 20 dias (quatro semanas) com dois dias de pausa semanal. Os pacientes e os avaliadores eram cegos ao tipo de tratamento de cada grupo. A avaliação neuropsicológica se deu através de testes cognitivos relacionados às funções prejudicadas em quadros depressivos e com a área estimulada (CPFDLE). Foram também aplicadas as escalas de Adequação Social (EAS) de Weissmann e Bothwell para avaliar o comportamento funcional social global, de depressão de Hamilton, 17 itens, e de depressão pós-parto de Edinburgh. As avaliações foram realizadas em três momentos: antes do início do tratamento (T0), após 4 semanas (T2) e após 6 semanas (T3). Como principais resultados foram observadas: melhora significativa no quadro depressivo ao longo do tratamento e um melhor ajustamento comportamental no funcionamento social global geral, especialmente no contexto das relações familiares; ausência de efeitos negativos em todos os testes cognitivos após o tratamento com EMTr; desempenho superior do grupo EMTr ativa em comparação com o grupo EMTr placebo, principalmente no teste de Rey auditory Verbal Learning (RAVLT) evocação pós-interferência e tardia pós-trinta minutos, no teste Trail Making Parte A e no teste de Stroop Cores. Além disso, o melhor desempenho cognitivo observado no grupo EMTr ativa viii comparado ao grupo EMTr placebo, entre T0 e T4, foi mantido na semana 6 (T6) e por vezes até melhorou sutilmente, indicando que o efeito da estimulação mantém-se estável por, pelo menos 2 semanas após o término do tratamento. Discutem-se como possíveis fatores para esses resultados: ação local da EMTr, alteração dos níveis de alguns neurotransmissores como dopamina e serotonina, relação com a melhoria do quadro depressivo e possível efeito de aprendizado pela repetição em curto período de tempo entre as testagens. Concluí-se que, baseados em uma amostra de apenas 10 pacientes, a EMTr, no que diz respeito aos efeitos antidepressivos, no comportamento frente ao funcionamento social global e às funções cognitivas, não produziu efeitos negativos e sim, produziu alguns efeitos positivos. Esta melhora é de fundamental importância, para o bem estar da mãe e conseqüentemente para o desenvolvimento neuropsicomotor, afetivo e comportamental do bebê. Isto trará desdobramentos que poderão perdurar por toda uma vida para esta criança. Além disto, a segurança da EMT, já amplamente comprovada em outros estudos, poderá, em um futuro próximo, torná-la terapêutica de primeira escolha para este grupo de pacientes. / The postpartum depression (PPD) as the major depressive episode is a common psychiatric manifestation, characterized by the presence of mood, cognitive, behavioral, psychomotor and vegetative changes. It affects the quality of mother-infant interaction jeopardizing the maternal responsiveness, which may adversely affect the maintenance of a healthy development of children. This event presents the estimated dominance between 10 and 20%, taking into account women who develop symptoms in the first weeks after delivery. Treatment options include antidepressant drugs and electroconvulsive therapy (with anesthetic). However, as both treatments involve pharmacological approaches, there is counter-indication because of toxicity that would preclude breastfeeding. Nevertheless, there is concern about the efficiency of the treatment without causing any harm to the baby. The repetitive Transcranial Magnetic Stimulation (rTMS), as it is a technique already established for antidepressant efficacy, non-toxic, painless, non-invasive and well-tolerated to stimulate the brain, it seems to be a good alternative for treatment. For general depressive conditions, substantial damages have been noticed to several cognitive functions, in which the presented cognitive changes are, in large part, similar to those related to changes in the functioning of the pre-frontal cortex (PFC). The executive function is one of the major cognitive domains affected in depressive disorders, usually assessed by tests such as Trail Making and Stroop test. The presence of depression in puerperal patients seems to strengthen cognitive changes; especially those associated to frontal lobe functions, in addition to that, it also affects the behavior causing harm to the overall social functioning. In this study, randomized, controlled and double-blind, possible effects of rTMS in the cognitive functioning and its behavioral effect were assessed: Repetitive Transcranial Magnetic Stimulation (rTMS) applied to left-dorsum-lateral-prefrontal-cortex (LDLPC). An initial sample of ten patients with PPD was divided into two groups. Firstly, seven participants in one of the groups received active rTMS and, three, of the control group, placebo rTMS. The parameters used in rTMS were: frequency of 5 Hz, intensity of 120% of the motor threshold, at intervals of 10 seconds on and 20 seconds off, with 25 sets per day (2500 pulses), during 20 days (four weeks) with two days of rest per week. Patients and evaluators were blinded to the type of treatment for each group. The neuropsychological assessment was carried out by means of cognitive tests related to impaired functions in depressive conditions and with the stimulated area (LDLPC). Social Adjustment Scal (SAS-SR) of Weissmann & Bothwell was also applied to assess the overall social functional behavior, of Hamilton depression, 17 items, and Edinburg postpartum depression. Evaluations were performed on three occasions: before starting the treatment (T0), after 4 weeks (T2) and after 6 weeks (T3). The main results were: significant improvement regarding the depression condition throughout the treatment and a better behavioral adjustment in the general overall social functioning, especially in the context of family relationships, lack of negative effects on all cognitive tests after treatment with rTMS; superior performance of the active rTMS group compared to the placebo rTMS group, especially in the Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT) post-interference and late evocation after thirty minutes in the Trail Making Test - Part A and the Colors - Stroop Test. Further, the best cognitive performance was observed in the active rTMS group compared to placebo rTMS group, between T0 and T4, was maintained at week 6 (T6) and sometimes even improved slightly, indicating that the effect of the stimulation remains stable by at least 2 x weeks after the end of the treatment. It has been discussed as possible factors for these results: local rTMS action, change in the levels of some neurotransmitters such as dopamine and serotonin, relationship with the improvement of the depressive condition and possible learning effect by repetition within a short period of time between tests. Ergo, based on a sample of only 10 patients, the rTMS, regarding antidepressant effects, the behavior compared to the overall social functioning and cognitive functions, it did not yield negative effects, however it rendered some positive effects. This improvement is of primary importance for the welfare of the mother hence to the babys neuro-psychomotor, emotional and behavioral development. This will bring further outcomes that may last for the whole life for this child. In addition, the safety of TMS, which has been already proven in other researches, may, in the near future, make it a first-choice therapy for this group of patients
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Desenvolvimento infantil a partir da perspectiva da psicologia do desenvolvimento evolucionista: um estudo de bebês filhos de mães com depressão pós-parto / Infant development from the Evolutionary Developmental Psychology perspective: infants of postpartum depressed mothers

Lucci, Tania Kiehl 03 October 2013 (has links)
O vínculo afetivo mãe-bebê, que se cria desde as primeiras interações, afeta o desenvolvimento emocional da criança. A depressão pós-parto (DPP) é um transtorno de humor que pode prejudicar a qualidade destas interações. Sendo o primeiro ano de vida um período em que o bebê está especialmente suscetível aos estímulos externos e totalmente dependente de cuidados, o objetivo da pesquisa relatada na dissertação de mestrado foi verificar o impacto da DPP no desenvolvimento neuropsicomotor em uma amostra representativa de crianças moradoras de uma região urbana da cidade de São Paulo, Brasil. Este estudo faz parte de um Projeto Temático FAPESP que teve por objetivo investigar os fatores de risco relacionados à DPP e sua influência no desenvolvimento das crianças ao longo de três anos. A Escala de Depressão Pós-parto de Edinburgh (EDPE) foi aplicada aos quatro e oito meses e o desenvolvimento neuropsicomotor dos bebês foi avaliado aos quatro (N=144), oito (N=127) e doze meses de vida (N=94), por itens baseados nos Testes Gesell e Amatruda, M-Chat, Denver e IRDI. Foram consideradas informações sobre a gestação, condições do parto e a avaliação neonatal obtidas nos prontuários do Hospital Universitário. A razão sexual no nascimento foi viesada no sentido de maior nascimento de meninas, o que é compatível com a Teoria de Trivers e Willard de viés da razão sexual por condições adversas. Aplicou-se uma análise de Regressão Logística aos dados de desenvolvimento, considerando-se no modelo a depressão pós-parto, o sexo, a idade e a frequência de creche. Os resultados mostraram que a depressão pós-parto materna foi um fator que prejudicou o desenvolvimento infantil nas avaliações realizadas aos oito e doze meses, mas não aos quatro meses. O sexo do bebê mostrou-se uma variável significativa. Aos oito meses os bebês do sexo masculino mostraram pior desempenho neuropsicomotor quando comparados aos bebês do sexo feminino. A literatura tem apontado nesta direção, evidenciando maior prejuízo dos meninos em função da depressão materna. Ao contrário do esperado, aos 12 meses as crianças que frequentavam creche mostraram pior desempenho quando comparadas às crianças que não frequentavam. A prevalência de DPP na amostra foi alta (26,7%) e os resultados sobre o desenvolvimento, preocupantes, apontando para a necessidade de políticas públicas de prevenção e intervenção precoce. Mesmo em condições adversas, podem surgir soluções criativas de grande impacto, a exemplo do método canguru. Além disso, os resultados desta investigação contribuem para o esforço multidisciplinar, relevante para o enfrentamento da questão da DPP / The mother-infant bond, created from the earliest dyadic interactions, affects the infant emotional development. The postpartum depression (PPD) is a depressive disorder that can impair the quality of these interactions. During the first year of life the infant is particularly susceptible to external stimuli and totally dependent on parental care. The goal of the research reported in the dissertation was to investigate the impact of PPD on psychomotor development in a sample of children living in an urban area of the city of Sao Paulo, Brazil. This study is part of a FAPESP Thematic Project which aimed to investigate the risk factors related to Postpartum Depression (PPD) and its influence on children\'s development over the first three years of life. Mothers mental state was assessed by the Edinburgh Postpartum Depression Scale (EPDS) at four and eight months after delivery and neurodevelopmental milestones were evaluated at four (N = 144), eight (N = 127) and twelve months (N = 94) through items based on Gesell and Amatruda, M-Chat, Denver and IRDI. Information was also collected about pregnancy, birth and neonatal evaluation from University Hospital reports. The sex ratio was biased at birth in favor of girls, consistent with Trivers and Willard Theory that harsh environmental conditions affects sex-ratio. Data were analyzed through logistic regression, considering the influence of postpartum depression, sex, age and day-care support. The results showed that child development was negatively affected by maternal postpartum depression at eight and twelve months, but not at four months. The baby\'s sex was also significant. At eight month male babies had worse psychomotor performance when compared to female, in accordance with literature showing that boys of PPD mothers are at greater risk of poor development. Unlike expected, at 12 months children attending day-care service showed poorer performance when compared to children who stayed at home. The high prevalence of PPD in this population (26,7%) and the results of the developmental evaluation are worrying, pointing to the need for mental health public policies and early intervention. Even in adverse conditions high impact solutions can be created, as Kangaroo care method. Furthermore, the results of this research can contribute to a multidisciplinary effort, relevant to address issues related to depression
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Sobre dores e amores: caminhos da tristeza materna na elaboração psíquica da parentalidade / On pains and love: paths of maternal sadness on the psychic elaboration of parenthood

Folino, Cristiane da Silva Geraldo 09 May 2014 (has links)
A gestação e os primeiros tempos da vida de um bebê são fundamentais para o estabelecimento do vínculo com seus pais; além de garantir sua sobrevivência, fornecem matéria-prima para as tramas de seu psiquismo, formando um solo no qual se desenvolverão suas relações ao longo da vida. Concomitante a essa construção, transcorre um processo análogo com os pais, que se vão construindo gradativamente nessa condição ao se relacionar com o filho. No entanto, esses primeiros tempos podem ter um forte impacto em quem gera e cuida do bebê. Assim, a finalidade deste estudo é iluminar as vivências psíquicas da mulher no pós- -parto e verificar que recursos desenvolve para lidar com o trabalho psíquico necessário para enfrentar os lutos e construir e exercitar a parentalidade. Por meio de uma pesquisa qualitativa balizada teoricamente pela psicanálise, estudaram-se cinco duplas mãe-bebê. Houve ao menos quatro encontros como cada dupla: pelo menos um na gestação e três após o parto (uma semana, um mês e dois meses). Os encontros gestacionais se deram num lugar escolhido pela participante e os no puerpério, em sua casa. Com o instrumental da psicanálise, fizeram-se entrevistas semidirigidas e observação da relação que a mãe estabelecia com o bebê e com a pesquisadora. Analisou-se cada caso em separado e se verificaram possíveis confluências entre eles. Tendo em conta a especificidade do funcionamento psíquico materno e o impacto das exigências de um filho para quem deve ajudá-lo a viver, a pesquisa revelou a importância de considerar a amplitude dos fenômenos de gestar e cuidar. Esse papel, que toda mãe deve exercer, foi vivido, ao menos num primeiro momento, como brutal e desorganizador não só pela mulher, mas por toda a família. As dificuldades de se metabolizarem essas vivências e as perdas inerentes ao processo por exemplo, o bebê ideal, a maternidade idealizada, o narcisismo, o ritmo anterior e a rotina, entre outras podem prejudicar a construção e o exercício da parentalidade e mesmo obstar a superação do baby blues, eventualmente desencadeando fenômenos depressivos (manifestos ou encobertos). Os ganhos reais decorrentes da chegada do bebê podem ser vividos a partir desse contato com as perdas e de sua elaboração. Concluiu-se também que se devem construir mecanismos de prevenção e cuidados para a família nesses primeiros tempos de vida do bebê, com a colaboração entre as várias disciplinas envolvidas e com políticas de saúde pública. Entre as questões levantadas a esse propósito, alerta-se para o risco de se negligenciarem ou, no outro extremo, patologizarem as dores inerentes à delicada construção da parentalidade / Gestation and the first times in a babys life are fundamental to the establishment of bonds with the parents; apart from guaranteeing their survival, it provides the basis for the webs of their psychism, forming the ground on which their relationships will develop throughout their life. Concomitant to this construction, the parents go through an analogue process, gradually building themselves in this condition as they relate to the child. However, these first times may have a strong impact on who generates and cares for the baby. Thus, the aim of this study is to enlighten the womans post-partum psychic experiences and to verify the resources developed to cope with the psychic work necessary to face the grieves and to build and exercise parenthood. Through a qualitative research theoretically bound by psychoanalysis, five mother-baby pairs were studied. There were a minimum of four encounters with each pair: at least one on gestation e three post-partum (one-week, one-month and two-month old). The gestational meetings took place at a location chose by the participant and the puerperium encounters, at her home. With psychoanalysis instrumental, semi-guided interviews and observation of the relationship established by the mother with the baby and with the researcher took place. Each case was separately analyzed and possible confluences between them were verified. Taking into account the specificity of the psychic maternal functioning and the impact of the demands of a child on who must help them live, the research revealed the importance of considering the amplitude of the carrying and caring phenomena. This role, that all mothers must play, was experienced, at least at first, as brutal and disorganizing not only by the woman, but by the whole family. The difficulties of metabolizing these experiences and the losses inherent to the process for instance, the ideal baby, idealized motherhood, narcissism, the previous rhythm and the routine, among others may damage the construction and the exercise of parenthood and even thwart the overcoming of the baby blues, eventually unfolding depressive phenomena (manifest or covered). The real gains resulting from the babys arrival may be lived from this contact with the losses and its elaboration. It was also concluded that prevention and care mechanisms for the family must be built in these first times of the baby\'s life, with collaboration between the various disciplines involved and with public health policies. Amongst the issues raised to this purpose, an alert is made to the risk of neglecting or, on the other end, pathologizing the pains inherent to the delicate construction of parenthood
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Desenvolvimento infantil a partir da perspectiva da psicologia do desenvolvimento evolucionista: um estudo de bebês filhos de mães com depressão pós-parto / Infant development from the Evolutionary Developmental Psychology perspective: infants of postpartum depressed mothers

Tania Kiehl Lucci 03 October 2013 (has links)
O vínculo afetivo mãe-bebê, que se cria desde as primeiras interações, afeta o desenvolvimento emocional da criança. A depressão pós-parto (DPP) é um transtorno de humor que pode prejudicar a qualidade destas interações. Sendo o primeiro ano de vida um período em que o bebê está especialmente suscetível aos estímulos externos e totalmente dependente de cuidados, o objetivo da pesquisa relatada na dissertação de mestrado foi verificar o impacto da DPP no desenvolvimento neuropsicomotor em uma amostra representativa de crianças moradoras de uma região urbana da cidade de São Paulo, Brasil. Este estudo faz parte de um Projeto Temático FAPESP que teve por objetivo investigar os fatores de risco relacionados à DPP e sua influência no desenvolvimento das crianças ao longo de três anos. A Escala de Depressão Pós-parto de Edinburgh (EDPE) foi aplicada aos quatro e oito meses e o desenvolvimento neuropsicomotor dos bebês foi avaliado aos quatro (N=144), oito (N=127) e doze meses de vida (N=94), por itens baseados nos Testes Gesell e Amatruda, M-Chat, Denver e IRDI. Foram consideradas informações sobre a gestação, condições do parto e a avaliação neonatal obtidas nos prontuários do Hospital Universitário. A razão sexual no nascimento foi viesada no sentido de maior nascimento de meninas, o que é compatível com a Teoria de Trivers e Willard de viés da razão sexual por condições adversas. Aplicou-se uma análise de Regressão Logística aos dados de desenvolvimento, considerando-se no modelo a depressão pós-parto, o sexo, a idade e a frequência de creche. Os resultados mostraram que a depressão pós-parto materna foi um fator que prejudicou o desenvolvimento infantil nas avaliações realizadas aos oito e doze meses, mas não aos quatro meses. O sexo do bebê mostrou-se uma variável significativa. Aos oito meses os bebês do sexo masculino mostraram pior desempenho neuropsicomotor quando comparados aos bebês do sexo feminino. A literatura tem apontado nesta direção, evidenciando maior prejuízo dos meninos em função da depressão materna. Ao contrário do esperado, aos 12 meses as crianças que frequentavam creche mostraram pior desempenho quando comparadas às crianças que não frequentavam. A prevalência de DPP na amostra foi alta (26,7%) e os resultados sobre o desenvolvimento, preocupantes, apontando para a necessidade de políticas públicas de prevenção e intervenção precoce. Mesmo em condições adversas, podem surgir soluções criativas de grande impacto, a exemplo do método canguru. Além disso, os resultados desta investigação contribuem para o esforço multidisciplinar, relevante para o enfrentamento da questão da DPP / The mother-infant bond, created from the earliest dyadic interactions, affects the infant emotional development. The postpartum depression (PPD) is a depressive disorder that can impair the quality of these interactions. During the first year of life the infant is particularly susceptible to external stimuli and totally dependent on parental care. The goal of the research reported in the dissertation was to investigate the impact of PPD on psychomotor development in a sample of children living in an urban area of the city of Sao Paulo, Brazil. This study is part of a FAPESP Thematic Project which aimed to investigate the risk factors related to Postpartum Depression (PPD) and its influence on children\'s development over the first three years of life. Mothers mental state was assessed by the Edinburgh Postpartum Depression Scale (EPDS) at four and eight months after delivery and neurodevelopmental milestones were evaluated at four (N = 144), eight (N = 127) and twelve months (N = 94) through items based on Gesell and Amatruda, M-Chat, Denver and IRDI. Information was also collected about pregnancy, birth and neonatal evaluation from University Hospital reports. The sex ratio was biased at birth in favor of girls, consistent with Trivers and Willard Theory that harsh environmental conditions affects sex-ratio. Data were analyzed through logistic regression, considering the influence of postpartum depression, sex, age and day-care support. The results showed that child development was negatively affected by maternal postpartum depression at eight and twelve months, but not at four months. The baby\'s sex was also significant. At eight month male babies had worse psychomotor performance when compared to female, in accordance with literature showing that boys of PPD mothers are at greater risk of poor development. Unlike expected, at 12 months children attending day-care service showed poorer performance when compared to children who stayed at home. The high prevalence of PPD in this population (26,7%) and the results of the developmental evaluation are worrying, pointing to the need for mental health public policies and early intervention. Even in adverse conditions high impact solutions can be created, as Kangaroo care method. Furthermore, the results of this research can contribute to a multidisciplinary effort, relevant to address issues related to depression
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Qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres grávidas com sintomas depressivos / Health related quality of life of pregnant women with depressive symptoms

Lima, Marlise de Oliveira Pimentel 11 February 2011 (has links)
Os objetivos do estudo foram: analisar a influência dos sintomas depressivos na qualidade de vida relacionada à saúde percebida por mulheres na gestação de baixo risco e pós-parto e verificar os fatores socioeconômicos e obstétricos associados à qualidade de vida e aos sintomas depressivos. Trata-se de um estudo longitudinal, com inclusão de 313 gestantes matriculadas em 11 Unidades Básicas de Saúde da zona sul do Município de São Paulo, SP. As participantes foram seguidas em quatro etapas: 20ª, 28ª, 36ª semanas de gestação e 45 dias após o parto, com ± 2 semanas em cada etapa. A coleta dos dados foi de julho de 2008 a março de 2010. A amostra final das quatro etapas constou de 132 mulheres. Os dados sociodemográficos e obstétricos foram obtidos por meio de entrevista na primeira etapa, com exceção dos do pós-parto, que foram coletados na quarta etapa. Para avaliação dos sintomas depressivos, foi utilizada a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) e para avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde, o questionário Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (MOS-SF36), que foram autoaplicados nas quatro etapas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa - Parecer nº 154/08-CEP/SMS. Os escores médios dos domínios do MOS-SF36 apresentaram declínio ao longo da gestação com recuperação no pós-parto, exceto Estado Geral de Saúde e Saúde Mental, com diferença significativa para Capacidade Funcional (p<0,000), Aspectos Físicos (p=0,001), Dor (p<0,001) e Vitalidade (p=0,002). A proporção de gestantes com sintomas depressivos variou nas quatro etapas, sendo de 29,5% na 20ª, 24,2% na 28ª, 24,5% na 36ª semanas de gestação e 33,6% com 45 dias de pós-parto. Houve correlação inversa significativa em todos os domínios do MOS-SF36 e a EPDS, com variação no coeficiente de Spearman de 0,234 a 0,785. Nas quatro etapas, os escores médios dos domínios mostraram diferenças significantes, na comparação entre gestantes sem e com sintomas depressivos, exceto Dor, na segunda etapa e Aspectos Físicos na quarta. Na regressão logística da qualidade de vida relacionada à saúde, os sintomas depressivos foram um fator de risco em todos os domínios, exceto Aspectos Físicos. Para os sintomas depressivos, as variáveis associadas foram situação conjugal, anos de estudo e número de consultas de pré-natal, como fatores de proteção e queixas como fator de risco. A presença dos sintomas depressivos na gestação e puerpério altera a percepção subjetiva da qualidade de vida relacionada à saúde em gestantes de baixo risco. / The aims of the present study were to analyze the influence of depressive symptoms on the health related quality of life (HRQOL) perceived by low risk pregnant women and at postpartum and verify the socioeconomic and obstetric factors associated with the quality of life and depressive symptoms. This is a longitudinal study and it was conducted with 313 pregnant women enrolled in 11 Basic Health Units of the southern area of São Paulo City, SP. The participants were followed up at their 20th, 28th, 36th weeks of gestation and 45 days postpartum, with ± 2 weeks in each periods. Data was collected from July 2008 to March 2010. The final sample of four periods consisted of 132 women. Sociodemographic and obstetric data was obtained by interviewing subjects in the first period and postpartum data in the fourth period. For the assessment of depressive symptoms, Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) was used and to assess the health related quality of life (HRQOL), the questionnaire Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (MOS-SF36), which were self-administered in four stages. The study was approved by the Ethics in Research Committee nº 154/08-CEP/SMS. The mean scores of the domains of MOS-SF36 presented decline over the gestation with postpartum recovery, except in General (Health) and Mental Health, with a significant difference in Physical Functioning (p<0,000), Role Limitation due to Physical Problems (p=0,001), Bodily Pain (p<0,001) and Vitality (p=0,002). The proportion of pregnant women with depressive symptoms was 29.5% at 20th, 24.2% at 28th, 24.5% at 36th weeks of gestation and 33.6% at 45 days postpartum. There was a significant inverse correlation among all domains of the MOS-SF36 and the EPDS, with Spearman coefficients range of 0.234 to 0.785. At the four periods, the mean scores of the domains showed significant differences between pregnant subjects with or without depressive symptoms except Bodily Pain in the second period and Role Limitation due to Physical Problems in the fourth one. At HRQOL logistic regression the depressive symptoms were a risk factor in all domains, except Role Limitation due to Physical Problems. To depressive symptoms, the associated factors were marital status, years of education and the number of prenatal consultations as protective factors and complaints as a risk factor. The presence of depressive symptoms at pregnancy and postpartum changes the subjective perception of Health related quality of life in low risk pregnant women.

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