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O lugar do analista na clínica psicanalítica com crianças autistas / La position de l'analyste dans la cure psychanalytique des enfants autistes

Anna Lucia Leão Lopez 12 May 2010 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Cette dissertation a, comme son fondement causal, le parcours de la formation de lauteur et de son travail clinique avec des enfants autistes. Le fil conducteur en est le cas clinique de Rafael, lequel a dû permettre à lauteur limmersion dans les reflexions sur la clinique avec des enfants autistes, aportant au jour la question de ce quil faut et de ce quil ne faut pas savoir à fon de pouvoir occuper la place de lanalyste auprès de ces enfants. Lauteur soutient que le principal fondement de cette clinique cest ce que Lacan a nommé le désir de lanalyste, et elle utilise le cas de Rafael pour montrer quil est possible de construire une demande dans la clinique avec des autistes à partir de ce désir, ayant fait usage du langage musical comme un recours possibilitant lavènement du sujet. Pour cette fin, il faut faire lê pari de ce que lautiste, même sil nest pas dans lordre du discours, il est quand même dans le champ du langage et ses actes peuvent assummer un statut équivalent à la parole. Dans son parcours, le travail explore les concepts daliénation et de separation, proposes par Lacan comme des operations constitutives du sujet, pour faire tenir lidée de ce que dans lautisme il arrive un mode très spécifique daliénation, sans aphanisis. Finalement, sont présentés des exemples dexpériences institutionnelles qui ont la psychanalyse comme axe de travail, mettant en valeur le travail realize dans le Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil CAPSi Pequeno Hans, dont la clinique avec des enfants autistes et psychotiques sexerce par ce quon y nomme le dispositif psychanalytique étendu. / Esta dissertação tem como fundamento causal o percurso de formação da autora e de seu trabalho na clínica com crianças autistas. Usa como fio condutor o caso clínico Rafael, o qual possibilitou a imersão da autora na reflexão sobre a clínica com crianças autistas, trazendo à luz a questão sobre o que é necessário saber para ocupar o lugar do analista. Defende a hipótese de que um dos principais fundamentos para a sustentação da clínica psicanalítica com crianças autistas é o que Lacan conceituou como o desejo do analista. Nesse sentido, apresenta uma discussão teórico-clínico sobre o desejo do analista, usando o exemplo do caso Rafael para mostrar que é possível a construção de uma demanda na clínica com crianças autistas a partir desse desejo, usando a linguagem musical como um recurso favorável para possibilitar o comparecimento do sujeito. Para tal, é necessário que o analista aposte que o autista, mesmo não estando no discurso, está no campo da linguagem e seus atos podem assumir um estatuto equivalente à fala. Nesse caminho, explora os conceitos de alienação e separação, propostos por Lacan como operações constitutivas do sujeito, para sustentar a idéia de que no autismo ocorre um tipo de alienação específica, a saber, sem a afânise. Por fim, apresenta exemplos de experiências de instituições que possuem a presença da psicanálise no campo da saúde, proporcionando destaque ao trabalho realizado no Centro de Atendimento Psicossocial Infanto Juvenil - CAPSi Pequeno Hans, cujo tratamento de crianças autistas e psicóticas ocorre pelo dispositivo psicanalítico ampliado.
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A Ãtica da PsicanÃlise como Ãtica do Desejo de Analista / LâÃthique de la Psychanalyse comme lâÃthique du DÃsir dâanalyste.

Ronald de Paula Araujo 21 September 2007 (has links)
nÃo hà / Ce travail vise à Ãlucider la nÃcÃssità de contextualisation dâune Ãthique propre à la Psychanalyse à partir de ses moyens singuliers et objectifs, prenant en compte lâindissociabilità existante entre la mÃtapsychologie et la clinique afin de donner consistance et fondement à la thÃorie et à la pratique offrant une relecture critique de ses suppositions, cherchant à occuper une position dÃlimitÃe propre à la question, proposant ainsi un thÃme de recherche sur - LâÃthique de la Psychanalyse comme Ãthique du DÃsir dâanalyste. Cette Ãtude sâÃlabore sur les bases conceptuelles de la construction mÃtapsychologique de Freud à travers la recherche et lâÃtude clinique, et sâÃtend jusquâà une critique des grands ÃdÃaux Ãthiques et moraux de lâÃtre humain, le malaise dans la civilisation, autour du concept dâacceptation et de dÃpassement et de la pulsion de mort. La reflexion continue par des cheminements de pensÃe lacanienne notamment de la dÃcade des annÃes 60 oà la question est reprise sous lâangle dâune argumentation sur lâÃthique de la Psychanalyse partant des points de tension de la discipline avec lâÃthique Philosophique. Aux Ãclaircicements des apories (paradoxes) de la critique freudienne et des dÃvelloppements de Jacques Lacan la situation nous interpelle et nous impose une nouvelle argumentation sur le jugement de notres actions puisque lâinconscient se rÃvÃle comme un paradigme qui affecte dans notre conscience le monopole de ce questionnement replaÃant le dÃsir au centre du dÃbat sur une discussion de lâÃthique avec divers objectifs y compris du domaine philosophique. Câest ainsi que le propre problÃme Ãthique revient sur la nÃcÃssità des fondements de la Psychanalyse pour entreprendre un tel travail et câest cette Ãtude qui nous a amenà à critiquer et remettre en question le jargon de lâÃthique de la Psychanalyse comme Ãtant une âÃthique du DÃsirâ, rÃvelant lâimpossibilità dâune telle Ãthique à se dÃfinir se baser, et se fonder en un concept pour la Psychanalyse qui continue encore reconnu. LâhypothÃse principale de cette dissertation est quâil existe une rÃelle nÃcÃssità pour la Psychanalyse dâÃtablir malgrà cela une Ãthique particuliÃre, hors des paramÃtres de la philosophie reprenant sous un angle critique les modÃles, et les rÃfÃrences prÃsentÃs par Lacan pour une Ãthique de la Psychanalyse et plus particuliÃrement le mythe dâAntigone observant la rÃfÃrence fondamentale du dÃsir de mort mais dÃlimitant cette rÃfÃrence à peine à une analyse qui a pour rÃsultante un nouveau analyste, dâoà surgit un dÃsir âprÃvenuâ mais non un dÃsir pur comme lâÃtait celui du personnage sophoclien. / O presente trabalho visa elucidar a necessidade de contextualizaÃÃo de uma Ãtica prÃpria à PsicanÃlise a partir dos seus singulares meios e objetivos, observando a indissociabilidade entre a metapsicologia e a clÃnica, como forma de dar consistÃncia e fundamentaÃÃo à teoria e à prÃtica, oferecendo uma releitura crÃtica dos seus pressupostos, procurando ocupar uma posiÃÃo e uma delimitaÃÃo prÃpria da questÃo, abrindo uma proposta de pesquisa - A Ãtica da PsicanÃlise como Ãtica do Desejo-de-analista. O estudo parte das bases conceituais da construÃÃo metapsicolÃgica de Freud atravÃs da pesquisa clÃnica, atà sua crÃtica aos grandes ideais Ãticos e morais do ser humano, o mal-estar na civilizaÃÃo, ao redor do conceito de supereu e da pulsÃo de morte. A pesquisa seguiu para os desdobramentos lacanianos, notadamente da dÃcada de 60, onde a questÃo à retomada sobre o prisma de uma argumentaÃÃo sobre a Ãtica da PsicanÃlise, partindo dos pontos de tensÃo da disciplina com a Ãtica filosÃfica. As aporias vislumbradas a partir da crÃtica freudiana e dos desdobramentos de Jacques Lacan impÃem uma nova argumentaÃÃo sobre o juÃzo das nossas aÃÃes, pois o inconsciente revela-se como um paradigma que retira da consciÃncia o monopÃlio dessas questÃes, recolocando o desejo no centro da discussÃo Ãtica, com objetivos diversos ao do campo filosÃfico. Assim, o prÃprio problema Ãtico retorna sobre a necessidade de fundamentaÃÃo da PsicanÃlise para empreender tal tarefa, no que a pesquisa levou-nos a criticar o jargÃo da Ãtica da PsicanÃlise ser uma âÃtica do Desejoâ, revelando-se uma impossibilidade de tal Ãtica definir-se e fundamentar-se num conceito que, para a PsicanÃlise, à o que permanece enquanto nÃo-sabido. A hipÃtese principal desta dissertaÃÃo à de que hà a necessidade da PsicanÃlise se estabelecer enquanto uma Ãtica particular, fora dos parÃmetros da filosofia, retomando criticamente os modelos apresentados por Lacan para a Ãtica da PsicanÃlise, particularmente o mito de AntÃgona, observando a referÃncia fundamental do desejo à morte, mas delimitando esta referÃncia apenas a uma anÃlise que produza um novo analista, surgindo daà um desejo prevenido, mas nÃo enquanto um desejo puro, como o era o da personagem sofocliana.
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De um saber não sabido: construções de uma análise em instituições públicas

Ana Paula de Aguiar Barcellos 22 September 2010 (has links)
Cette recherche aborde quelques concepts essentiels de la clinique psychanalytique à partir de lécriture dun cas clinique dun sujet à ladolescence écouté par la même analyste en deux services publics dune ville de lintérieur de lÉtat du Rio de Janeiro. Dans ce contexte, linvestigation du concept dinconscient a été rapportée au temps de ladolescence, pour être considéré que ce temps-là promeut la réinscription du champ de lAutre à travers de la réécriture de la théorie du Stage du Miroir et du Complexe ddipe. Dans ce parcours, cest détachée, à partir des découvertes de Freud, la valeur du transfert dans le travail dune analyse, en y prenant comme opérateur central de la clinique, et, avec les contributions de Lacan, cest remarqué le manier du transfert par lanalyste à partir seulement du désir de lanalyste. Pendant lexercice de la clinique, on constate que ne sont pas tous les cas quinvoquent lanalyste à lécriture. Cela peut remarquer que cest à partir des restes du transfert que lanalyste est poussé à saventurer à lécriture dun cas clinique. Cette discussion permet dindiquer quil est possible découter le sujet en différents espaces de travail, quils soient publics ou privés, dès quil y a un analyste qui fait opérer le dispositif analytique, en soutenant, à partir du savoir de linconscient, la construction singulière de chaque sujet. / Esta dissertação pretende abordar alguns conceitos fundamentais da clínica psicanalítica a partir da escrita de um caso clínico de um sujeito na adolescência, que foi atendido pela mesma analista em dois serviços da rede pública de um município do interior do Estado do Rio de Janeiro. Neste contexto, a investigação do conceito de sujeito do inconsciente fez-se atrelada ao tempo da adolescência, ao considerar-se que nesta realiza-se a reinscrição do campo do Outro, através da reedição do Estádio do Espelho e do Complexo de Édipo. Destaca-se, neste percurso, a partir das descobertas de Freud, o valor da transferência no trabalho de uma análise, tomando-a como operador central da clínica e, com as contribuições de Lacan, pode-se apontar que o manejo desta pelo analista só é possível por meio do desejo do analista. No exercício da clínica, verifica-se que nem todos os casos levam o analista à escrita. Esta pode indicar que, a partir dos restos da transferência, o analista é impelido a aventurar-se na escrito de um caso clínico. Esta discussão permite indicar que é possível escutar o sujeito em diferentes espaços de trabalho, sejam estes públicos ou privados, desde que haja um analista que faça operar o dispositivo analítico, ao sustentar, a contar do saber do inconsciente, a construção singular de cada sujeito.
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De um saber não sabido: construções de uma análise em instituições públicas

Ana Paula de Aguiar Barcellos 22 September 2010 (has links)
Cette recherche aborde quelques concepts essentiels de la clinique psychanalytique à partir de lécriture dun cas clinique dun sujet à ladolescence écouté par la même analyste en deux services publics dune ville de lintérieur de lÉtat du Rio de Janeiro. Dans ce contexte, linvestigation du concept dinconscient a été rapportée au temps de ladolescence, pour être considéré que ce temps-là promeut la réinscription du champ de lAutre à travers de la réécriture de la théorie du Stage du Miroir et du Complexe ddipe. Dans ce parcours, cest détachée, à partir des découvertes de Freud, la valeur du transfert dans le travail dune analyse, en y prenant comme opérateur central de la clinique, et, avec les contributions de Lacan, cest remarqué le manier du transfert par lanalyste à partir seulement du désir de lanalyste. Pendant lexercice de la clinique, on constate que ne sont pas tous les cas quinvoquent lanalyste à lécriture. Cela peut remarquer que cest à partir des restes du transfert que lanalyste est poussé à saventurer à lécriture dun cas clinique. Cette discussion permet dindiquer quil est possible découter le sujet en différents espaces de travail, quils soient publics ou privés, dès quil y a un analyste qui fait opérer le dispositif analytique, en soutenant, à partir du savoir de linconscient, la construction singulière de chaque sujet. / Esta dissertação pretende abordar alguns conceitos fundamentais da clínica psicanalítica a partir da escrita de um caso clínico de um sujeito na adolescência, que foi atendido pela mesma analista em dois serviços da rede pública de um município do interior do Estado do Rio de Janeiro. Neste contexto, a investigação do conceito de sujeito do inconsciente fez-se atrelada ao tempo da adolescência, ao considerar-se que nesta realiza-se a reinscrição do campo do Outro, através da reedição do Estádio do Espelho e do Complexo de Édipo. Destaca-se, neste percurso, a partir das descobertas de Freud, o valor da transferência no trabalho de uma análise, tomando-a como operador central da clínica e, com as contribuições de Lacan, pode-se apontar que o manejo desta pelo analista só é possível por meio do desejo do analista. No exercício da clínica, verifica-se que nem todos os casos levam o analista à escrita. Esta pode indicar que, a partir dos restos da transferência, o analista é impelido a aventurar-se na escrito de um caso clínico. Esta discussão permite indicar que é possível escutar o sujeito em diferentes espaços de trabalho, sejam estes públicos ou privados, desde que haja um analista que faça operar o dispositivo analítico, ao sustentar, a contar do saber do inconsciente, a construção singular de cada sujeito.
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O lugar do analista na clínica psicanalítica com crianças autistas / La position de l'analyste dans la cure psychanalytique des enfants autistes

Anna Lucia Leão Lopez 12 May 2010 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Cette dissertation a, comme son fondement causal, le parcours de la formation de lauteur et de son travail clinique avec des enfants autistes. Le fil conducteur en est le cas clinique de Rafael, lequel a dû permettre à lauteur limmersion dans les reflexions sur la clinique avec des enfants autistes, aportant au jour la question de ce quil faut et de ce quil ne faut pas savoir à fon de pouvoir occuper la place de lanalyste auprès de ces enfants. Lauteur soutient que le principal fondement de cette clinique cest ce que Lacan a nommé le désir de lanalyste, et elle utilise le cas de Rafael pour montrer quil est possible de construire une demande dans la clinique avec des autistes à partir de ce désir, ayant fait usage du langage musical comme un recours possibilitant lavènement du sujet. Pour cette fin, il faut faire lê pari de ce que lautiste, même sil nest pas dans lordre du discours, il est quand même dans le champ du langage et ses actes peuvent assummer un statut équivalent à la parole. Dans son parcours, le travail explore les concepts daliénation et de separation, proposes par Lacan comme des operations constitutives du sujet, pour faire tenir lidée de ce que dans lautisme il arrive un mode très spécifique daliénation, sans aphanisis. Finalement, sont présentés des exemples dexpériences institutionnelles qui ont la psychanalyse comme axe de travail, mettant en valeur le travail realize dans le Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil CAPSi Pequeno Hans, dont la clinique avec des enfants autistes et psychotiques sexerce par ce quon y nomme le dispositif psychanalytique étendu. / Esta dissertação tem como fundamento causal o percurso de formação da autora e de seu trabalho na clínica com crianças autistas. Usa como fio condutor o caso clínico Rafael, o qual possibilitou a imersão da autora na reflexão sobre a clínica com crianças autistas, trazendo à luz a questão sobre o que é necessário saber para ocupar o lugar do analista. Defende a hipótese de que um dos principais fundamentos para a sustentação da clínica psicanalítica com crianças autistas é o que Lacan conceituou como o desejo do analista. Nesse sentido, apresenta uma discussão teórico-clínico sobre o desejo do analista, usando o exemplo do caso Rafael para mostrar que é possível a construção de uma demanda na clínica com crianças autistas a partir desse desejo, usando a linguagem musical como um recurso favorável para possibilitar o comparecimento do sujeito. Para tal, é necessário que o analista aposte que o autista, mesmo não estando no discurso, está no campo da linguagem e seus atos podem assumir um estatuto equivalente à fala. Nesse caminho, explora os conceitos de alienação e separação, propostos por Lacan como operações constitutivas do sujeito, para sustentar a idéia de que no autismo ocorre um tipo de alienação específica, a saber, sem a afânise. Por fim, apresenta exemplos de experiências de instituições que possuem a presença da psicanálise no campo da saúde, proporcionando destaque ao trabalho realizado no Centro de Atendimento Psicossocial Infanto Juvenil - CAPSi Pequeno Hans, cujo tratamento de crianças autistas e psicóticas ocorre pelo dispositivo psicanalítico ampliado.
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O desejo do analista como o nome de um amor mais digno que a solidariedade social

Paula, Paula Ângela de Figueiredo e 09 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:30:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paula Angela de Figueiredo e Paula.pdf: 1576351 bytes, checksum: 9795de74ce3027117b19a818d50d47d1 (MD5) Previous issue date: 2011-06-09 / To defend the thesis that it is more appropriate to name the analyst s desire a love than social solidarity, it was first necessary to demonstrate that solidarity, as an ethical category of present times, arose specifically as a response to the social inequalities that are accentuated by capitalism. The theoretical basis for this study of love was consolidated on the three approaches in Lacan s teaching and that the solidarity is limited, being a type of love that has no virtue in itself as it is founded on the segregation of the different, so negating the otherness of the other. A distinction was made between joy and love, showing the analyst to be someone operating within the feminine logic of not-all as a means to escape the capitalist discourse. The thesis that analyst s desire is a more appropriate name of love than social solidarity was described by formulating a matheme. This should be sufficient to show analyst s desire to be the name of a new love . These two theses unite in my own desire to make psychoanalysis a political instrument for intervention in social contexts, overturning the currently hegemonic idea in our society that charitable solidarity should be the fundamental ethic capable of overcoming our social ills / Para defender a tese de que o desejo do analista é o nome de um amor mais digno que a solidariedade social foi preciso primeiro demonstrar que a solidariedade como categoria ética dos tempos modernos, surgiu justamente como resposta às desigualdades sociais acentuadas com o capitalismo. Consolidamos as bases teóricas de um estudo sobre o amor nos três registros do ensino de Lacan, mostrando os limites da solidariedade como um tipo de amor que não carrega nenhuma virtude em si, pois se funda na segregação do diferente, negando a alteridade do outro. Fizemos a distinção entre o gozo e o amor apresentando o analista como alguém que opera na lógica feminina do não-todo como forma de escapar do discurso capitalista. A tese foi escrita com a formalização de um matema que deve servir para mostrar o desejo do analista como o nome de um novo amor fora da dimensão de Eros de Philia e de Agape. Esta tese é fruto de meu desejo em fazer da psicanálise um instrumento político para a intervenção em contextos sociais, derrubando a idéia de que a solidariedade beneficente, hoje hegemônica em nossa sociedade, seja o fundamento ético capaz de superar nossas mazelas sociais
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A ética da psicanálise como ética do desejo de analista

ARAÚJO, Ronald de Paula January 2007 (has links)
ARAÚJO , Ronald de Paula. Interações a ética da psicanálise como ética do desejo de analista. 2007. 144 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2007. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2012-05-08T18:38:38Z No. of bitstreams: 1 2007_dis_RPAraujo.pdf: 923227 bytes, checksum: 30c55864124522bb811b2ee8ce664919 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-06-15T16:11:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_dis_RPAraujo.pdf: 923227 bytes, checksum: 30c55864124522bb811b2ee8ce664919 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-06-15T16:11:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_dis_RPAraujo.pdf: 923227 bytes, checksum: 30c55864124522bb811b2ee8ce664919 (MD5) Previous issue date: 2007 / O presente trabalho visa elucidar a necessidade de contextualização de uma ética própria à Psicanálise a partir dos seus singulares meios e objetivos, observando a indissociabilidade entre a metapsicologia e a clínica, como forma de dar consistência e fundamentação à teoria e à prática, oferecendo uma releitura crítica dos seus pressupostos, procurando ocupar uma posição e uma delimitação própria da questão, abrindo uma proposta de pesquisa - A Ética da Psicanálise como Ética do Desejo-de-analista. O estudo parte das bases conceituais da construção metapsicológica de Freud através da pesquisa clínica, até sua crítica aos grandes ideais éticos e morais do ser humano, o mal-estar na civilização, ao redor do conceito de supereu e da pulsão de morte. A pesquisa seguiu para os desdobramentos lacanianos, notadamente da década de 60, onde a questão é retomada sobre o prisma de uma argumentação sobre a Ética da Psicanálise, partindo dos pontos de tensão da disciplina com a ética filosófica. As aporias vislumbradas a partir da crítica freudiana e dos desdobramentos de Jacques Lacan impõem uma nova argumentação sobre o juízo das nossas ações, pois o inconsciente revela-se como um paradigma que retira da consciência o monopólio dessas questões, recolocando o desejo no centro da discussão ética, com objetivos diversos ao do campo filosófico. Assim, o próprio problema ético retorna sobre a necessidade de fundamentação da Psicanálise para empreender tal tarefa, no que a pesquisa levou-nos a criticar o jargão da Ética da Psicanálise ser uma “Ética do Desejo”, revelando-se uma impossibilidade de tal ética definir-se e fundamentar-se num conceito que, para a Psicanálise, é o que permanece enquanto não-sabido. A hipótese principal desta dissertação é de que há a necessidade da Psicanálise se estabelecer enquanto uma ética particular, fora dos parâmetros da filosofia, retomando criticamente os modelos apresentados por Lacan para a Ética da Psicanálise, particularmente o mito de Antígona, observando a referência fundamental do desejo à morte, mas delimitando esta referência apenas a uma análise que produza um novo analista, surgindo daí um desejo prevenido, mas não enquanto um desejo puro, como o era o da personagem sofocliana. / Ce travail vise à élucider la nécéssité de contextualisation d’une éthique propre à la Psychanalyse à partir de ses moyens singuliers et objectifs, prenant en compte l’indissociabilité existante entre la métapsychologie et la clinique afin de donner consistance et fondement à la théorie et à la pratique offrant une relecture critique de ses suppositions, cherchant à occuper une position délimitée propre à la question, proposant ainsi un thème de recherche sur - L’Éthique de la Psychanalyse comme Éthique du Désir d’analyste. Cette étude s’élabore sur les bases conceptuelles de la construction métapsychologique de Freud à travers la recherche et l’étude clinique, et s’étend jusqu’á une critique des grands ídéaux éthiques et moraux de l’être humain, le malaise dans la civilisation, autour du concept d’acceptation et de dépassement et de la pulsion de mort. La reflexion continue par des cheminements de pensée lacanienne notamment de la décade des années 60 où la question est reprise sous l’angle d’une argumentation sur l’éthique de la Psychanalyse partant des points de tension de la discipline avec l’Éthique Philosophique. Aux éclaircicements des apories (paradoxes) de la critique freudienne et des dévelloppements de Jacques Lacan la situation nous interpelle et nous impose une nouvelle argumentation sur le jugement de notres actions puisque l’inconscient se révèle comme un paradigme qui affecte dans notre conscience le monopole de ce questionnement replaçant le désir au centre du débat sur une discussion de l’éthique avec divers objectifs y compris du domaine philosophique. C’est ainsi que le propre problème éthique revient sur la nécéssité des fondements de la Psychanalyse pour entreprendre un tel travail et c’est cette étude qui nous a amené à critiquer et remettre en question le jargon de l’éthique de la Psychanalyse comme étant une “Éthique du Désir”, révelant l’impossibilité d’une telle éthique à se définir se baser, et se fonder en un concept pour la Psychanalyse qui continue encore reconnu. L’hypothèse principale de cette dissertation est qu’il existe une réelle nécéssité pour la Psychanalyse d’établir malgré cela une éthique particulière, hors des paramêtres de la philosophie reprenant sous un angle critique les modèles, et les références présentés par Lacan pour une éthique de la Psychanalyse et plus particulièrement le mythe d’Antigone observant la référence fondamentale du désir de mort mais délimitant cette référence à peine à une analyse qui a pour résultante un nouveau analyste, d’où surgit un désir “prévenu” mais non un désir pur comme l’était celui du personnage sophoclien.
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Perversão e filiação : o desejo do analista em questão / Perversion et filiation : le désir de l'analyste en jeu / Perversion and filiation : the desire of the analyst in question

Rosa Júnior, Norton Cezar Dal Follo da January 2013 (has links)
Cette recherche porte sur le thème de la perversion dans ses relations avec la filiation et le désir de l’analyste. Son importance se justifie du regard de la clinique et de sa pertinence sociale. Mais, il s’agit aussi d’une question d’ordre éthique, une fois que le domaine des perversions, fréquemment, se trouve imprégné de moralisme, des préjugés et d’idéaux de bonne forme. Les positionnements ne sont pas rares dans le milieu psi que les pervers ne cherchent pas l’analyse, étant donné qu’ils ne souffrent pas, qu’ils ne font que jouir par la souffrance de leurs victimes. Celle-ci n’est pas notre position. Au contraire, à partir du désir de l’analyste et de l’éthique qui fonde sa práxis, nous soutiendrons la thèse qu’il est possible qu’une clinique psychanalytique s’opère avec la perversion. Notre investigation est basée dans l’oeuvre de Sigmund Freud et l’enseignement de Jacques Lacan, suivie d’auteurs contemporains. Face à la complexité de cette thématique, nous avons pris la compagnie de cinq ouvrages: La philosophie dans le boudoir, écrite par le Marquis de Sade (1795), À la recherche du temps perdu, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), et Le balcon, de Jean Genet (1955). Notre proposition dans l’articulation de la psychanalyse et la littérature cherche à accueillir ce que les textes permettent d’accéder aux différents registres de la perversion dans la structure du sujet. A partir de ces références nous allons soutenir que l’impératif de jouissance du pervers impliquera dans le refus à la filiation. Ceci soulèvera des difficultés dans ses conditions d’aimer, de reconnaître la dette envers l’autre et de tolérer la différence. Cependant, Freud et Lacan, en reconnaissant l’aspect constituant de la perversion, ont inauguré les possibilités d’écoute de cette particulière position subjective par rapport à la castration. Donc, si d’une part Freud a montré la logique fétichiste de reconnaître et de refuser, à la fois, le manque du corps maternel; d’autre part, Lacan a observé le refus pervers à la place destinée au père dans le discours du sujet. Celles-ci seront des questions centrales dans le drame pervers, surtout, quand le père n’achemine pas le désir en tant qu’insigne du manque, et la mère prend l’enfant comme objet de jouissance. A partir de cela, à travers des notes cliniques nous fondamentorons la discussion dans trois aspects: les difficultés en établir un diagnostique de perversion; le maniement d’un transfert qui se maintient dans le défis constant à la place du psychanaliste; et les voies de direction du traitement. Ceci nous fait comprendre que pour que cette pratique se fasse, il est essentiel de reconnaître la souffrance, condition nécessaire pour déclencher le désir de l’analyste de réaliser la lecture d’un scénario marqué par un modèle strict et répétitif de récompense sexuelle. Dans ce sens, il sera à partir des effets réunis dans son analyse que le psychanalyste pourra affronter l’angoisse, le mépris, et la fascination implicite dans le transfert pervers. Donc, en “faisant face à la situation”, il ira établir les différences de places, en rendant possible au sujet, le droit à la parole, en viabilisant ainsi, la chute des images et mises en scène qui saisissent ses modalités de jouissance. / Essa pesquisa aborda o tema da perversão em suas relações com a filiação e o desejo do analista. Sua relevância se justifica do ponto de vista da clínica e de sua pertinência social. Mas, além disso, trata-se de uma questão de ordem ética, pois o campo das perversões, frequentemente, se encontra impregnado de moralismos, preconceitos e ideais de boa forma. Não são raros os posicionamentos no meio psi de que perversos não buscam análise, pois não sofrem, apenas gozam em função dos sofrimentos infligidos às suas vítimas. Esta, não é a nossa posição. Pelo contrário, a partir do desejo do analista e da ética que fundamenta sua práxis, sustentaremos a tese de que é possível uma clínica psicanalítica se operar com a perversão. Essa investigação é embasada na obra de Sigmund Freud e no ensino de Jacques Lacan, seguida de autores contemporâneos. Diante da complexidade da temática em questão, tomamos em companhia cinco obras: A filosofia na alcova, escrita pelo Marquês de Sade (1795), Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de autoria de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), e O balcão, de Jean Genet (1955). Nossa proposta na articulação entre psicanálise e literatura visa a acolher aquilo que esses textos permitem aceder a diferentes registros da perversão na estrutura do sujeito. A partir dessas referências vamos sustentar que o imperativo de gozo do perverso implicará a recusa à filiação. Isto situará impasses em suas condições de amar, de reconhecer dívida com o outro e de suportar a diferença. Entretanto, Freud e Lacan, ao reconhecerem o aspecto constituinte da perversão, inauguraram as possibilidades de escuta dessa singular posição subjetiva em relação à castração. Então, se de um lado Freud apontou a lógica fetichista de reconhecer e recusar, simultaneamente, a falta no corpo materno; de outro, Lacan observou a recusa perversa ao lugar atribuído ao pai no discurso do sujeito. Estas serão questões centrais no drama perverso, sobretudo, quando o pai não vetoriza o desejo enquanto insígnia da falta, e a mãe toma o filho enquanto objeto de gozo. Diante disso, através de recortes clínicos, fundamentaremos a discussão em três aspectos: as dificuldades de se estabelecer um diagnóstico de perversão, o manejo de uma transferência que se mantém no constante desafio ao lugar do psicanalista e as vias de direção do tratamento. Isto nos fez compreender que para essa prática se dar, faz-se imprescindível reconhecer o sofrimento, condição necessária para acionar o desejo do analista de realizar a leitura de um enredo marcado por um padrão fixo, rígido e repetitivo de gratificação sexual. Nesse sentido, será a partir dos efeitos colhidos em sua análise que o psicanalista poderá lidar com a angústia, o repúdio, e o fascínio implícito na transferência perversa. Portanto, ao “fazer face à situação”, ele irá situar diferenças de lugares, possibilitando ao sujeito, o direito à palavra, viabilizando assim, a queda das imagens e atuações que capturam suas modalidades de gozo. / This research addresses the issue of perversion and its associations with filiation and the desire of the analyst. It is a relevant study from the perspective of clinical practice and also in the realm of society. In addition, such issue is an ethical one, because the field of perversions is often infused with moral judgement, prejudice and ideals of good morals. Not infrequently, an assumption among psychoanalysts is that perverse people do not seek pshycoanalysis because they do not suffer, but rather, only take pleasure in the pain they inflict upon their victims. This is not our point of view. On the contrary, based on the desire of the analyst and the ethical principles underpinning his praxis, we will discuss the premise that psychoanalytic clinical practice can actually be applied to perversion. Our research is grounded in the work of Sigmund Freud and the teachings of Jacques Lacan, followed by contemporary authors. Given the complexity of the subject in question, we draw on five particular works and their respective authors: Philosophy in the Bedroom, written by the Marquis de Sade (1795); In Search of Lost Time, by Marcel Proust (1913); Ancient Tillage, written by Raduan Nassar (1979) Finnegans Wake, by James Joyce (1939); and The Balcony, by Jean Genet (1955). By combining psychoanalysis and literature, we seek to embrace the contributions that such works can give towards clarifying the notion of perversion within the structure of the subject. Based on these references, we argue that denial of filiation is a prerequisite for the enjoyment of perversion. This will hinder the perverse patient’s ability to love, to recognize his debt to others and to tolerate differences. However, when Freud and Lacan recognized the constituent of perversion, they enabled this unique subjective perspective on castration to be attended to. So while Freud pointed out the fetishistic logic of recognizing and denying, at once, the lack of a penis in the mother’s body, Lacan observed the perverse denial of the place given to the father in the discourse of the subject. These are central issues in the perverse drama, especially when the father does not express desire as a sign of such lack, and the mother takes the child as an object of enjoyment. Thus, by means clinical observations, our discussion will focus on three aspects: the difficult task of giving a diagnosis of perversion, coping with transference that remains a constant challenge to the position of the psychoanalyst, and options for the direction of treatment. This enabled our understanding that, for this practice to take place, it is imperative to recognize pain, a necessary condition to trigger the desire of the analyst to interpret a scenario marked by a fixed, rigid and repetitive pattern of sexual gratification. In this sense, the analyst will use the results obtained from that analysis to deal with pain, rejection, and the implicit fascination with perverse transference. Therefore, when "dealing with the situation," the analyst will identify differences in locations, giving the subject the right to speech, thus enabling the eradication of images and acts that illustrate the patient’s modes of enjoyment.
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Perversão e filiação : o desejo do analista em questão / Perversion et filiation : le désir de l'analyste en jeu / Perversion and filiation : the desire of the analyst in question

Rosa Júnior, Norton Cezar Dal Follo da January 2013 (has links)
Cette recherche porte sur le thème de la perversion dans ses relations avec la filiation et le désir de l’analyste. Son importance se justifie du regard de la clinique et de sa pertinence sociale. Mais, il s’agit aussi d’une question d’ordre éthique, une fois que le domaine des perversions, fréquemment, se trouve imprégné de moralisme, des préjugés et d’idéaux de bonne forme. Les positionnements ne sont pas rares dans le milieu psi que les pervers ne cherchent pas l’analyse, étant donné qu’ils ne souffrent pas, qu’ils ne font que jouir par la souffrance de leurs victimes. Celle-ci n’est pas notre position. Au contraire, à partir du désir de l’analyste et de l’éthique qui fonde sa práxis, nous soutiendrons la thèse qu’il est possible qu’une clinique psychanalytique s’opère avec la perversion. Notre investigation est basée dans l’oeuvre de Sigmund Freud et l’enseignement de Jacques Lacan, suivie d’auteurs contemporains. Face à la complexité de cette thématique, nous avons pris la compagnie de cinq ouvrages: La philosophie dans le boudoir, écrite par le Marquis de Sade (1795), À la recherche du temps perdu, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), et Le balcon, de Jean Genet (1955). Notre proposition dans l’articulation de la psychanalyse et la littérature cherche à accueillir ce que les textes permettent d’accéder aux différents registres de la perversion dans la structure du sujet. A partir de ces références nous allons soutenir que l’impératif de jouissance du pervers impliquera dans le refus à la filiation. Ceci soulèvera des difficultés dans ses conditions d’aimer, de reconnaître la dette envers l’autre et de tolérer la différence. Cependant, Freud et Lacan, en reconnaissant l’aspect constituant de la perversion, ont inauguré les possibilités d’écoute de cette particulière position subjective par rapport à la castration. Donc, si d’une part Freud a montré la logique fétichiste de reconnaître et de refuser, à la fois, le manque du corps maternel; d’autre part, Lacan a observé le refus pervers à la place destinée au père dans le discours du sujet. Celles-ci seront des questions centrales dans le drame pervers, surtout, quand le père n’achemine pas le désir en tant qu’insigne du manque, et la mère prend l’enfant comme objet de jouissance. A partir de cela, à travers des notes cliniques nous fondamentorons la discussion dans trois aspects: les difficultés en établir un diagnostique de perversion; le maniement d’un transfert qui se maintient dans le défis constant à la place du psychanaliste; et les voies de direction du traitement. Ceci nous fait comprendre que pour que cette pratique se fasse, il est essentiel de reconnaître la souffrance, condition nécessaire pour déclencher le désir de l’analyste de réaliser la lecture d’un scénario marqué par un modèle strict et répétitif de récompense sexuelle. Dans ce sens, il sera à partir des effets réunis dans son analyse que le psychanalyste pourra affronter l’angoisse, le mépris, et la fascination implicite dans le transfert pervers. Donc, en “faisant face à la situation”, il ira établir les différences de places, en rendant possible au sujet, le droit à la parole, en viabilisant ainsi, la chute des images et mises en scène qui saisissent ses modalités de jouissance. / Essa pesquisa aborda o tema da perversão em suas relações com a filiação e o desejo do analista. Sua relevância se justifica do ponto de vista da clínica e de sua pertinência social. Mas, além disso, trata-se de uma questão de ordem ética, pois o campo das perversões, frequentemente, se encontra impregnado de moralismos, preconceitos e ideais de boa forma. Não são raros os posicionamentos no meio psi de que perversos não buscam análise, pois não sofrem, apenas gozam em função dos sofrimentos infligidos às suas vítimas. Esta, não é a nossa posição. Pelo contrário, a partir do desejo do analista e da ética que fundamenta sua práxis, sustentaremos a tese de que é possível uma clínica psicanalítica se operar com a perversão. Essa investigação é embasada na obra de Sigmund Freud e no ensino de Jacques Lacan, seguida de autores contemporâneos. Diante da complexidade da temática em questão, tomamos em companhia cinco obras: A filosofia na alcova, escrita pelo Marquês de Sade (1795), Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de autoria de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), e O balcão, de Jean Genet (1955). Nossa proposta na articulação entre psicanálise e literatura visa a acolher aquilo que esses textos permitem aceder a diferentes registros da perversão na estrutura do sujeito. A partir dessas referências vamos sustentar que o imperativo de gozo do perverso implicará a recusa à filiação. Isto situará impasses em suas condições de amar, de reconhecer dívida com o outro e de suportar a diferença. Entretanto, Freud e Lacan, ao reconhecerem o aspecto constituinte da perversão, inauguraram as possibilidades de escuta dessa singular posição subjetiva em relação à castração. Então, se de um lado Freud apontou a lógica fetichista de reconhecer e recusar, simultaneamente, a falta no corpo materno; de outro, Lacan observou a recusa perversa ao lugar atribuído ao pai no discurso do sujeito. Estas serão questões centrais no drama perverso, sobretudo, quando o pai não vetoriza o desejo enquanto insígnia da falta, e a mãe toma o filho enquanto objeto de gozo. Diante disso, através de recortes clínicos, fundamentaremos a discussão em três aspectos: as dificuldades de se estabelecer um diagnóstico de perversão, o manejo de uma transferência que se mantém no constante desafio ao lugar do psicanalista e as vias de direção do tratamento. Isto nos fez compreender que para essa prática se dar, faz-se imprescindível reconhecer o sofrimento, condição necessária para acionar o desejo do analista de realizar a leitura de um enredo marcado por um padrão fixo, rígido e repetitivo de gratificação sexual. Nesse sentido, será a partir dos efeitos colhidos em sua análise que o psicanalista poderá lidar com a angústia, o repúdio, e o fascínio implícito na transferência perversa. Portanto, ao “fazer face à situação”, ele irá situar diferenças de lugares, possibilitando ao sujeito, o direito à palavra, viabilizando assim, a queda das imagens e atuações que capturam suas modalidades de gozo. / This research addresses the issue of perversion and its associations with filiation and the desire of the analyst. It is a relevant study from the perspective of clinical practice and also in the realm of society. In addition, such issue is an ethical one, because the field of perversions is often infused with moral judgement, prejudice and ideals of good morals. Not infrequently, an assumption among psychoanalysts is that perverse people do not seek pshycoanalysis because they do not suffer, but rather, only take pleasure in the pain they inflict upon their victims. This is not our point of view. On the contrary, based on the desire of the analyst and the ethical principles underpinning his praxis, we will discuss the premise that psychoanalytic clinical practice can actually be applied to perversion. Our research is grounded in the work of Sigmund Freud and the teachings of Jacques Lacan, followed by contemporary authors. Given the complexity of the subject in question, we draw on five particular works and their respective authors: Philosophy in the Bedroom, written by the Marquis de Sade (1795); In Search of Lost Time, by Marcel Proust (1913); Ancient Tillage, written by Raduan Nassar (1979) Finnegans Wake, by James Joyce (1939); and The Balcony, by Jean Genet (1955). By combining psychoanalysis and literature, we seek to embrace the contributions that such works can give towards clarifying the notion of perversion within the structure of the subject. Based on these references, we argue that denial of filiation is a prerequisite for the enjoyment of perversion. This will hinder the perverse patient’s ability to love, to recognize his debt to others and to tolerate differences. However, when Freud and Lacan recognized the constituent of perversion, they enabled this unique subjective perspective on castration to be attended to. So while Freud pointed out the fetishistic logic of recognizing and denying, at once, the lack of a penis in the mother’s body, Lacan observed the perverse denial of the place given to the father in the discourse of the subject. These are central issues in the perverse drama, especially when the father does not express desire as a sign of such lack, and the mother takes the child as an object of enjoyment. Thus, by means clinical observations, our discussion will focus on three aspects: the difficult task of giving a diagnosis of perversion, coping with transference that remains a constant challenge to the position of the psychoanalyst, and options for the direction of treatment. This enabled our understanding that, for this practice to take place, it is imperative to recognize pain, a necessary condition to trigger the desire of the analyst to interpret a scenario marked by a fixed, rigid and repetitive pattern of sexual gratification. In this sense, the analyst will use the results obtained from that analysis to deal with pain, rejection, and the implicit fascination with perverse transference. Therefore, when "dealing with the situation," the analyst will identify differences in locations, giving the subject the right to speech, thus enabling the eradication of images and acts that illustrate the patient’s modes of enjoyment.
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Perversão e filiação : o desejo do analista em questão / Perversion et filiation : le désir de l'analyste en jeu / Perversion and filiation : the desire of the analyst in question

Rosa Júnior, Norton Cezar Dal Follo da January 2013 (has links)
Cette recherche porte sur le thème de la perversion dans ses relations avec la filiation et le désir de l’analyste. Son importance se justifie du regard de la clinique et de sa pertinence sociale. Mais, il s’agit aussi d’une question d’ordre éthique, une fois que le domaine des perversions, fréquemment, se trouve imprégné de moralisme, des préjugés et d’idéaux de bonne forme. Les positionnements ne sont pas rares dans le milieu psi que les pervers ne cherchent pas l’analyse, étant donné qu’ils ne souffrent pas, qu’ils ne font que jouir par la souffrance de leurs victimes. Celle-ci n’est pas notre position. Au contraire, à partir du désir de l’analyste et de l’éthique qui fonde sa práxis, nous soutiendrons la thèse qu’il est possible qu’une clinique psychanalytique s’opère avec la perversion. Notre investigation est basée dans l’oeuvre de Sigmund Freud et l’enseignement de Jacques Lacan, suivie d’auteurs contemporains. Face à la complexité de cette thématique, nous avons pris la compagnie de cinq ouvrages: La philosophie dans le boudoir, écrite par le Marquis de Sade (1795), À la recherche du temps perdu, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), et Le balcon, de Jean Genet (1955). Notre proposition dans l’articulation de la psychanalyse et la littérature cherche à accueillir ce que les textes permettent d’accéder aux différents registres de la perversion dans la structure du sujet. A partir de ces références nous allons soutenir que l’impératif de jouissance du pervers impliquera dans le refus à la filiation. Ceci soulèvera des difficultés dans ses conditions d’aimer, de reconnaître la dette envers l’autre et de tolérer la différence. Cependant, Freud et Lacan, en reconnaissant l’aspect constituant de la perversion, ont inauguré les possibilités d’écoute de cette particulière position subjective par rapport à la castration. Donc, si d’une part Freud a montré la logique fétichiste de reconnaître et de refuser, à la fois, le manque du corps maternel; d’autre part, Lacan a observé le refus pervers à la place destinée au père dans le discours du sujet. Celles-ci seront des questions centrales dans le drame pervers, surtout, quand le père n’achemine pas le désir en tant qu’insigne du manque, et la mère prend l’enfant comme objet de jouissance. A partir de cela, à travers des notes cliniques nous fondamentorons la discussion dans trois aspects: les difficultés en établir un diagnostique de perversion; le maniement d’un transfert qui se maintient dans le défis constant à la place du psychanaliste; et les voies de direction du traitement. Ceci nous fait comprendre que pour que cette pratique se fasse, il est essentiel de reconnaître la souffrance, condition nécessaire pour déclencher le désir de l’analyste de réaliser la lecture d’un scénario marqué par un modèle strict et répétitif de récompense sexuelle. Dans ce sens, il sera à partir des effets réunis dans son analyse que le psychanalyste pourra affronter l’angoisse, le mépris, et la fascination implicite dans le transfert pervers. Donc, en “faisant face à la situation”, il ira établir les différences de places, en rendant possible au sujet, le droit à la parole, en viabilisant ainsi, la chute des images et mises en scène qui saisissent ses modalités de jouissance. / Essa pesquisa aborda o tema da perversão em suas relações com a filiação e o desejo do analista. Sua relevância se justifica do ponto de vista da clínica e de sua pertinência social. Mas, além disso, trata-se de uma questão de ordem ética, pois o campo das perversões, frequentemente, se encontra impregnado de moralismos, preconceitos e ideais de boa forma. Não são raros os posicionamentos no meio psi de que perversos não buscam análise, pois não sofrem, apenas gozam em função dos sofrimentos infligidos às suas vítimas. Esta, não é a nossa posição. Pelo contrário, a partir do desejo do analista e da ética que fundamenta sua práxis, sustentaremos a tese de que é possível uma clínica psicanalítica se operar com a perversão. Essa investigação é embasada na obra de Sigmund Freud e no ensino de Jacques Lacan, seguida de autores contemporâneos. Diante da complexidade da temática em questão, tomamos em companhia cinco obras: A filosofia na alcova, escrita pelo Marquês de Sade (1795), Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de autoria de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), e O balcão, de Jean Genet (1955). Nossa proposta na articulação entre psicanálise e literatura visa a acolher aquilo que esses textos permitem aceder a diferentes registros da perversão na estrutura do sujeito. A partir dessas referências vamos sustentar que o imperativo de gozo do perverso implicará a recusa à filiação. Isto situará impasses em suas condições de amar, de reconhecer dívida com o outro e de suportar a diferença. Entretanto, Freud e Lacan, ao reconhecerem o aspecto constituinte da perversão, inauguraram as possibilidades de escuta dessa singular posição subjetiva em relação à castração. Então, se de um lado Freud apontou a lógica fetichista de reconhecer e recusar, simultaneamente, a falta no corpo materno; de outro, Lacan observou a recusa perversa ao lugar atribuído ao pai no discurso do sujeito. Estas serão questões centrais no drama perverso, sobretudo, quando o pai não vetoriza o desejo enquanto insígnia da falta, e a mãe toma o filho enquanto objeto de gozo. Diante disso, através de recortes clínicos, fundamentaremos a discussão em três aspectos: as dificuldades de se estabelecer um diagnóstico de perversão, o manejo de uma transferência que se mantém no constante desafio ao lugar do psicanalista e as vias de direção do tratamento. Isto nos fez compreender que para essa prática se dar, faz-se imprescindível reconhecer o sofrimento, condição necessária para acionar o desejo do analista de realizar a leitura de um enredo marcado por um padrão fixo, rígido e repetitivo de gratificação sexual. Nesse sentido, será a partir dos efeitos colhidos em sua análise que o psicanalista poderá lidar com a angústia, o repúdio, e o fascínio implícito na transferência perversa. Portanto, ao “fazer face à situação”, ele irá situar diferenças de lugares, possibilitando ao sujeito, o direito à palavra, viabilizando assim, a queda das imagens e atuações que capturam suas modalidades de gozo. / This research addresses the issue of perversion and its associations with filiation and the desire of the analyst. It is a relevant study from the perspective of clinical practice and also in the realm of society. In addition, such issue is an ethical one, because the field of perversions is often infused with moral judgement, prejudice and ideals of good morals. Not infrequently, an assumption among psychoanalysts is that perverse people do not seek pshycoanalysis because they do not suffer, but rather, only take pleasure in the pain they inflict upon their victims. This is not our point of view. On the contrary, based on the desire of the analyst and the ethical principles underpinning his praxis, we will discuss the premise that psychoanalytic clinical practice can actually be applied to perversion. Our research is grounded in the work of Sigmund Freud and the teachings of Jacques Lacan, followed by contemporary authors. Given the complexity of the subject in question, we draw on five particular works and their respective authors: Philosophy in the Bedroom, written by the Marquis de Sade (1795); In Search of Lost Time, by Marcel Proust (1913); Ancient Tillage, written by Raduan Nassar (1979) Finnegans Wake, by James Joyce (1939); and The Balcony, by Jean Genet (1955). By combining psychoanalysis and literature, we seek to embrace the contributions that such works can give towards clarifying the notion of perversion within the structure of the subject. Based on these references, we argue that denial of filiation is a prerequisite for the enjoyment of perversion. This will hinder the perverse patient’s ability to love, to recognize his debt to others and to tolerate differences. However, when Freud and Lacan recognized the constituent of perversion, they enabled this unique subjective perspective on castration to be attended to. So while Freud pointed out the fetishistic logic of recognizing and denying, at once, the lack of a penis in the mother’s body, Lacan observed the perverse denial of the place given to the father in the discourse of the subject. These are central issues in the perverse drama, especially when the father does not express desire as a sign of such lack, and the mother takes the child as an object of enjoyment. Thus, by means clinical observations, our discussion will focus on three aspects: the difficult task of giving a diagnosis of perversion, coping with transference that remains a constant challenge to the position of the psychoanalyst, and options for the direction of treatment. This enabled our understanding that, for this practice to take place, it is imperative to recognize pain, a necessary condition to trigger the desire of the analyst to interpret a scenario marked by a fixed, rigid and repetitive pattern of sexual gratification. In this sense, the analyst will use the results obtained from that analysis to deal with pain, rejection, and the implicit fascination with perverse transference. Therefore, when "dealing with the situation," the analyst will identify differences in locations, giving the subject the right to speech, thus enabling the eradication of images and acts that illustrate the patient’s modes of enjoyment.

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