• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 91
  • 5
  • Tagged with
  • 96
  • 96
  • 68
  • 48
  • 28
  • 17
  • 13
  • 13
  • 12
  • 12
  • 12
  • 10
  • 10
  • 10
  • 10
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
41

Caracterização do desenvolvimento e da hematopoese embrionária da serpente falsa-coral Oxyrhopus guibei (Serpentes: Dipsadidae) a partir da oviposição / Characterization of embryonic development and hematopoiesis of false coral snake Oxyrhopus guibei (Serpentes: Dipsadidae) pos-oviposition

Carolina Limonge Cavlac 15 October 2009 (has links)
Descrições morfológicas são os primeiros passos para compreender a fisiologia dos organismos e seus sistemas. A biologia do desenvolvimento e a ontogenia da hematopoese de serpentes são pouco conhecidas, sendo a hematopoese embrionária inteiramente desconhecida. Os principais objetivos deste trabalho foram caracterizar o desenvolvimento e a hematopoese embrionária da serpente falsa-coral Oxyrhopus guibei (Dipsadidae: Xenodontinae) a partir da oviposição, através da análise de caracteres morfológicos externos para a classificação dos estágios de desenvolvimento embrionário, de 30 embriões com 1-3, 15, 25, 30, 45, 65 e ~75 dias de ovipostura (d.o.) (quando eclodem), e de cortes histológicos de 29 ovos (ou embriões) de 1-3, 15, 25, 30, 45, 60d.o. e de filhotes do dia da eclosão e com uma semana de nascimento para a caracterização da hematopoese embrionária. Os embriões de 1-3d.o. foram classificados entre os estágios (st.) 17 e 23, com ausência da formação ocular até a presença de olhos sem pigmentação; de 15d.o. no st. 26, com olhos pigmentados e ductos endolinfáticos calcificados; de 25d.o. no st. 31, com escamas no corpo não pigmentado e a musculatura dos flancos não fusionada na linha mediana ventral; de 30d.o. entre os st. 31 e 33, que em adição à formação descrita no período anterior, apresentam membrana palpebral completa e musculatura fusionadas na linha mediana ventral na região pré-cardíaca; de 45d.o. entre os st.34 e 36, com musculatura completamente fusionada na linha mediana ventral e começando a desenvolver um padrão de pigmentação; de 65d.o. no st. 37 (último da tabela) com o padrão de pigmentação bem desenvolvido de coral em tríades, típico da espécie, e com o dente do ovo, e com ~75d.o. os ovos eclodiram com filhotes sadios, que apresentam cicatriz umbilical e o dente do ovo permanece presente até dois dias após a eclosão. A hematopoese em ovos de 1-3 e 15d.o. foi caracterizadas como hematopoese extraembrionária, ocorrendo nos vasos das membranas extraembrionárias e na fenda vitelínica, e hematopoese intraembrionária, na região AGM (aorta gonadal mesonéfrons), principalmente no interior da artéria aorta dorsal, que continua como local hematopoético embrionário até no período de 30d.o., porém com estruturas mais diferenciadas; com 45d.o. o principal local hematopoético passa a ser medula óssea, com foco hematopoético de multi-linhagem sanguínea a partir de 60d.o., nos seios vertebrais e medula costal, constituindo o local hematopoético definitivo. Foi observada a atividade hematopoética junto ao tecido renal, com o desenvolvimento da região AGM, entre os períodos de 15 a 30d.o., o timo e baço apresentam diferenciação linfocítica, observados a partir de 30 e 45d.o., respectivamente e o fígado não apresenta hematopoese embrionária. Esta é a primeira descrição do desenvolvimento embrionário de uma serpente Caenophidia ovípara e da hematopoese embrionária de Serpentes, contribuindo para o conhecimento da fisilogia destes processos e indicando a necessidade de estudos tanto para um melhor entendimento do desenvolvimento embrionário, quanto para a compreensão da ontogenia da hematopoese das serpentes. / Morphological descriptions are the first steps to understand the physiology of organisms and their systems. Developmental biology and ontogeny of hematopoiesis of snakes are poorly known, and the embryonic hematopoiesis is completely unknown. The main goals of this study were to characterize the embryonic and hematopoiesis development of the false coral snake Oxyrhopus guibei (Dipsadidae: Xenodontinae) since oviposition. Analysis of external morphological characters regarding the classification developmental stages for developmental stages classification has been made for 30 embryos with 1 -3, 15, 25, 30, 45, 65 and ~ 75 days after oviposition days (o.d.) (when hatched), and histological sections of 29 eggs (or embryos) from 1-3, 15, 25, 30, 45, 60o.d. and one day neonates and one week after birth for the characterization of embryonic hematopoiesis. The embryos with 1-3o.d. were ranked between 17 and 23 stages (st.), with the absence of eye formation to the presence of unpigmented eyes; with 15o.d. in 26 st., with pigmented eyes and calcified endolymphatic duct; with 25o.d. in 31 st., with unpigmented body scales and muscles of the flanks not fused in the midline, with 30o.d. between 31 and 33 st., which in addition to the preceeding form, have full eyelid membrane and muscles fused at midline in the pre-cardiac region; with 45d.o. between 34 and 36 st., with muscles completely fused in the midline and beginning the development of pigmentation pattern, with 65o.d. in 37 st. (last stage of table) with the distinctive pigmentation tricolor-triad pattern , and the egg tooth, and ~ 75 d.o. health newborns have hatched, exhibiting the umbilical scar and the egg tooth up to two days after hatching. The hematopoiesis in eggs of 1-3 and 15o.d. was characterized as extraembryonic hematopoiesis, occurring in the vessels of extraembryonic membranes and in yolk clef, and intraembryonic hematopoiesis, in the AGM (gonad mesonefron aorta), mainly within the dorsal aorta, which continues as the embryonic hematopoietic site until the 30o.d., although with better differentiated structures; wth 45o.d. the bone marrow turns the main hematopoietic site, and with a hematopoietic focus of multi-lineage blood beginning in the 60d.o. at vertebral sinus and the ribs marrow, consisting the definitive hematopoietic sites. Hematopoietic activity was observed with the kidney tissue, through development of the AGM region, between the periods of 15 to 30d.o., thymus and spleen lymphocyte differentiation have been observed at 30 . and 45o.d., respectively, and the liver does not displays embryonic hematopoiesis. This is the first description of embryonic development of an oviparous Caenophidia snake and of the embryonic hematopoiesis in Serpentes, contributing to the knowledge the physiology of these processes and demonstrating the need of further studies for a better understanding of both embryonic development and the ontogeny snake.
42

Aedes aegypti: Morfologia, morfometria do ovo, desenvolvimento embrionário e aspectos relacionados à vigilância entomológica no Município de São Paulo / Aedes aegypti: morphology, morphometry of eggs, embrionary development, and aspects related to entomological survellaince in the municipality of São Paulo

Ana Paula Miranda Mundim Pombo 22 December 2016 (has links)
São preocupantes as doenças que tem o Aedes aegypti como vetor. A elevada competência vetorial deste mosquito, bem como sua antropofilia e adaptação ao ambiente urbano, geram habitats favoráveis e torna sua prevenção uma árdua tarefa considerando os recursos disponíveis. O controle atual enfatiza o mosquito, mas ainda há espaço para o aprimoramento da sua efetividade e sucesso, o que torna fundamental o maior conhecimento sobre este inseto. O Brasil apresenta condições favoráveis para a disseminação do mosquito. Diante do exposto este estudo visa estudar a vigilância entomológica do Aedes aegypti no Município de São Paulo no ano de 2013, bem como descrever as características morfológicas, morfométricas da fase de ovo e seu desenvolvimento embrionário. A análise da vigilância entomológica no Município de São Paulo, foi realizada a partir de dados secundários oriundos da Secretaria de Saúde do município. Já a etapa envolvendo a descrição morfológica, morfometrica e o desenvolvimento embrionário foi realizada a partir do material biológico cedido pelo Instituto de Ciências Biomédicas-USP utilizando recursos, tais como a Microscopia Eletrônica de Varredura, Microscopia Eletrônica deTransmissão e Microscopia Confocal. Os indicadores entomológicos Índice de Breteau (IB), Índice de Infestação Predial (IP) e Índice por Tipos de Recipientes Positivos (ITR), tiveram comportamento similares entre si nos anos estudados. Já o ITR revelou que o principal tipo de recipiente positivo para presença do vetor foi o prato/pingadeira para planta, seguido do vaso de planta, ou seja, os principais recipientes positivos encontram-se no ambiente domiciliar. Na avaliação do padrão morfológico e da mensuração acerca do comprimento, largura, razão comprimento/largura (índice) e diâmetro da micrópila constatou-se diferenças significantes entre as duas populações de ovos estudados, para cada um dos atributos morfométricos avaliados. Já a morfologia e o desenvolvimento embrionário apontam exocórion de grande resistência e de difícil permeabilidade, dificultando o acesso ao embrião. Considera-se fundamental a avaliação integrada dos dados oriundos do levantamento entomológico e de pesquisas quanto a características deste vetor nas diversas fases do ciclo biológico, pois somente desta maneira é possível investir em áreas específicas e promissoras para elaboração de políticas públicas efetivas e com poder transformador da realidade. / The diseases that have Aedes aegypti as a vector are worrisome. The high vectorial competence of this mosquito, as well as its anthropophilia and adaptation to the urban environment, generate favorable habitats and makes its prevention an arduous task considering the available resources. The current control emphasizes the mosquito, but its effectiveness and success in containing its dispersion still needs to improve, which makes fundamental the greater knowledge about this insect. Brazil presents highly favorable conditions for the spread of the mosquito. In view of the above, this study aims to study the entomological surveillance of Aedes aegypti in the city of São Paulo in 2013, as well as the morphological, morphometric characteristics of the egg phase and its embryonic development. The analysis of entomological surveillance was based on secondary data from health secretariats. The morphology, morphometry and embryonic development stages were performed using the biological material provided by the Institute of Biomedical Sciences of the University of São Paulo using resources such as Scanning Electron Microscopy (SEM), Transmission and Confocal. The entomological indicators Breteau Index (IB), Infestation Index (PI) and Index by Types of Positive Containers (ITR), had similar behavior among themselves in the years studied, since the ITR revealed that the main type of positive container for presence of the vector was dish / drip tray for plant followed by plant pot, the main positive containers are in the home environment. In the evaluation of the morphological pattern and measurement on length, width, length / width ratio (index) and diameter of the micropyle, it was observed significant differences between the two egg populations for each of the evaluated morphometric attributes. The morphology and embryonic development point to exochorion of big resistance and of difficult permeability, making difficult the access to the embryo. It is considered fundamental the integrated evaluation of data from the entomological survey and research on the characteristics of this vector in the various phases of the biological cycle, since only in this way is it possible to invest in specific and promising areas for the elaboration of effective public policies with transformative power of reality.
43

Chronic effects of silica nanoparticles in Vibrio fischeri, Raphidocelis subcaptata, Danio rerio and Allium cepa / Efeitos crônicos das nanopartículas de sílica em Vibrio fischeri, Raphidocelis subcaptata, Danio rerio e Allium cepa

Silva, Gabriela Helena da 03 October 2014 (has links)
Scientific research using nanotechnology is a relatively recent development with a variety of potential applications in many fields of science. Within this field of research, many new products, with improved performances, have been developed. Despite increased research on its toxicity to ecosystem, the knowledge about this area is still limited. To evaluate the toxicity and genotoxicity of different sizes silica nanoparticles (SiNP)to the environment, different species, on different trophic levels (Vibrio fisheri, Raphidocelissubcapitata, Daniorerio and Allium cepa) were exposed to TM40 (22 nm), HS30 (12 nm), SM30 (7 nm) with concentrations ranging from0.19 to 163.8 g/L (TM40) and 0.29 to 122.85 g/L (HS30 and SM30), and the following parameters were monitored during exposure: production of bioluminescence (V. fischeri), growth rate (R. subcapitata), embryonic development and DNA damage (D. rerio) and germination rate, growth and DNA damage (A. cepa). Within each test SiNPpresent a size dependent chronic toxicity. The bioluminescence test present a EC50 of 29.11, 32.34 and 4.58 g/L for TM40, HS30 and SM30, respectively. For the growth rate assay the EC50 was 9.32, 9.07 and 7.93 g/L for TM40, HS30 and SM30, respectively. And for the zebra fish embryonic development test for TM40, HS30 and SM30, the EC50 was 5.85, 1.13 and 2.68 g/L respectively. All particles also induce phytotoxicity in A.cepa, growth and germination reduce significatively when expose to SiNP. Futhermoregenotoxic effects were also induced by the particles for both A.cepaand D. rerio. Therefore, SiNP can cause toxicity to the environment and size can strongly influence this toxicity / Com uma variedade de aplicações potenciais, em diversos campos da ciência, as pesquisas científicas utilizando nanotecnologia são de desenvolvimento relativamente recente. Dentro deste campo de pesquisa, vários novos produtos, com desempenhos melhorados têm sido desenvolvidos. Apesar do aumento de pesquisas sobre a toxicidade dessas tecnologias à biota, o conhecimento sobre esta área ainda é limitado. Visando avaliar a toxicidade e genotoxicidade denanopartículasde sílica (SiNP) no meio ambiente diferentes espécies pertencentes a diversos níveis tróficos (Vibriofisheri, Raphidocelissubcapitata, DaniorerioandAllium cepa) foram expostos a Ludox TM40 (22 nm), Ludox HS30 (12 nm) e Ludox SM30 (7 nm). As espécies de teste foram expostas a concentrações de nanopartículas (NP) variando de 0.29 a 163.8 g/L (TM40) e 0.19 a 122.85 g/L (HS30 e SM30) e os seguintes parâmetros monitorizados durante a exposição: a produção de bioluminescência (V. fischeri), o crescimento taxa (R. subcapitata), inibição de alimentação (D. magna), desenvolvimento embrionário e dano ao DNA (D. rerio) e taxa de germinação, crescimento e danos ao DNA (A. cepa). Nos testes feitos com as SiNPfoi observado que a toxicidade é dependente do tamanho da partícula. O ensaio de bioluminescência apresentou um EC50 de 29.11, 32.34 e 4.58 g/L para TM40, HS30 e SM30, respectivamente. Para o ensaio de taxa de crescimento o EC50 foi 9.32, 9.07 e 7.93 g/Lpara TM40, HS30 e SM30, respectivamente. E para o teste de desenvolvimento embrionário com peixe zebra, para o TM40, HS30 e SM30 o EC50 foi de 5.85, 1.13 e 2.68g/L, respectivamente. Todas as partículas também induziram fitotoxicidade em A. cepa, crescimento e germinação reduziram significativamente quando o organismo foi exposto a SiNP. Efeitos genotóxicos também foram induzir pelas partículas, tanto para A. cepa quanto paraD. rerio. Portanto, as SiNP podem causar toxicidade ao ambiente e o tamanho pode influenciar fortemente a essa toxicidade
44

Impacto da depleção da co-chaperonina STIP1 no controle da pluripotência, proliferação e diferenciação de células-tronco embrionárias murinas. / Impact of STIP1 cochaperone depletion on the control of pluripotency, proliferation and differentiation of murine embryonic stem cells.

Romero, Jenny Andrea Arévalo 07 November 2017 (has links)
Stress Inducible Protein 1 (STIP1) é uma co-chaperonina crucial no desenvolvimento murino. Nesse contexto, estudamos as funções reguladas por STIP1 usando células-tronco embrionárias murinas (CTEm). Nosso estudo mostrou um papel regulador para STIP1 na via JAK/STAT3, incluindo os fatores de transcrição NANOG, OCT4 e SOX2, caracterizando STIP1 como agente regulador na auto-renovação e pluripotência em CTEm. Adicionalmente, STIP1 modula a diferenciação em CTEm, uma vez sua expressão é requerida na formação de corpos embrioides (EBs) normais. Adicionalmente, ensaios de formação de teratoma mostraram inibição na formação do tumor e defeitos na diferenciação já que a formação de tecidos do mesoderma foi favorecida. Além disso, foi revelada a importância de STIP1 na proliferação celular já que sua ausência afetou a função, a qual foi parcialmente resgatada com tratamento de STIP1 exógena. Desse modo, nosso trabalho revela um papel crucial para STIP1 nas CTEm, caracterizando novas funções na compreensão do papel da co-chaperonina no desenvolvimento inicial em mamíferos. / Stress Inducible Phosphoprotein 1 (STIP1) is a crucial co-chaperonin in mice development. In this context, we studied the functions regulated by STIP1 using murine embryonic stem cells (CTEm). Our study shows a regulatory role for STIP1 in JAK/STAT3 pathway, including the transcription factors NANOG, OCT4 and SOX2, characterizing STIP1 as a regulatory agent in self-renewal and pluripotency in CTEm. In addition, an essential role of STIP1 in differentiation was demonstrated since its expression is required in embryoid bodies (EBs) formation with appropriate size and morphology. Moreover, teratoma formation assays showed inhibited tumor formation and defects in differentiation when formation of mesoderm was favored. Furthermore, were revealed the importance of STIP1 in cell proliferation, since its absence affects the function which was partially rescued after treatment with exogenous STIP1. Thus, our work reveals a central role for STIP1 in CTEm, characterizing new functions to understand the biological role of the co-chaperonin in early mammalian development.
45

A mula (Equus mulus) como receptora de embriões equinos (Equus caballus) : aspectos reprodutivos, hormonais e ultrassonográficos da gestação

Camargo, Carlos Eduardo January 2018 (has links)
O Brasil é um dos países com o maior número de transferências de embriões de equinos do mundo, mas as éguas receptoras são escassas e caras. Uma alternativa é usar mulas acíclicas como receptoras de embriões equinos. O objetivo deste estudo foi comparar pela primeira vez o desenvolvimento embrionário e fetal precoce em mulas e éguas receptoras do 10º ao 60º dia de gestação. Este estudo foi realizado na Fazenda Experimental Gralha Azul da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Cinco éguas de doadores de embriões com idades entre 4 e 10 anos foram utilizadas. Foram utilizados dois grupos de receptores: 10 éguas cíclicas com idades entre 4 e 15 anos (grupo controle) e 7 mulas acíclicas com idades entre 6 e 12 anos. Os animais foram mantidos em piquetes e/ou estábulos e tiveram acesso a água e sal mineral ad libitum, bem como a uma fonte de volumoso e concentrado. As éguas doadoras foram monitoradas diariamente por ultrassonografia transretal (transdutor linear de 5 MHz, A6V Sonoscape, China) após o início do estro. As éguas foram inseminadas artificialmente usando sêmen fresco de um garanhão com fertilidade comprovada. A coleta de embriões das éguas foi realizada 8 dias após a ovulação. Antes da transferência do embrião, as éguas receptoras cíclicas eram examinadas diariamente por ultrassonografia para usar a melhor sincronia com a ovulação da doadora. As mulas acíclicas foram preparadas antes da transferência do embrião com a administração de 17 beta-estradiol (10 mg/mL, 1 mL, im) no dia da ovulação da doadora, e após 2 dias quando a presença de edema uterino foi confirmada, com a administração de Altrenogest (60 mg/mL, 5 mL, im). O diagnóstico de gestação foi realizado por ultrassonografia, 10 dias após a ovulação da doadora. Quando o diagnóstico foi confirmado, a avaliação ultrassonográfica foi realizada diariamente até o 60º dia de gestação. O primeiro dia de detecção da vesícula embrionária foi o Dia 10 por ultrassonografia em ambas as espécies e Dia 20,9 ± 1,3 (Média ± DP) e 21,9 ± 0,9 por palpação transretal em mulas e éguas respectivamente. A fixação da vesícula ocorreu em média no dia 15,7 ± 1,1 em mulas e 16,6 ± 1,7 em éguas. O embrião propriamente dito foi detectado pela primeira vez em mulas (no dia 19,9 ± 1,1) em comparação com as éguas (20,4 ± 1,3). O batimento cardíaco foi observado posteriormente em muares (23,4 ± 1,4) do que em éguas (22,6 ± 0,8). O saco alantóide foi detectado pela primeira vez entre os dias 23 e 26 (25,3 ± 1,1 e 24,6 ± 1,0 em mulas e éguas, respectivamente) e o cordão umbilical foi detectado pela primeira vez no dia 39 (39,7 ± 2,1 x 39,6 ± 1,5 em mulas e éguas, respectivamente). Os diâmetros ovarianos para os ovários esquerdo e direito foram semelhantes para as mulas (21,4 ± 0,4 vs. 21,8 ± 0,4 mm) e para as éguas (45,1 ± 0,4 vs 46,0 ± 0,4). Entretanto, o diâmetro ovariano das éguas (45,5 ± 0,3 mm) foi duas vezes maior (P <0,0001) que as mulas (21,6 ± 0,3 mm). Apenas duas mulas apresentaram o CL acessório que foi observado pela primeira vez nos dias 49 e 51. Dentro dos grupos não houve diferenças entre os cornos esquerdo e direito, gravídicos e não-gravídicos. A média geral não foi diferente entre as mulas (24,6 ± 3,1 mm) e as éguas (25,4 ± 0,1 mm). Como conclusão, de acordo com o nosso conhecimento, este é o primeiro estudo comparativo sobre desenvolvimento embrionário e fetal precoce entre mulas acíclicas e éguas receptoras de embriões equinos. Numerosas semelhanças foram encontradas nos aspectos estudados. Tais achados, associados ao fato de que potros vivos e sadios foram produzidos, sugerem que o uso de mulas acíclicas pode ser considerado como uma alternativa para aumentar a disponibilidade de receptoras em programas equinos de TE. / Brazil is one of the countries with the largest number of equine embryo transfers in the world, but recipients mares are scarce and expensive. One alternative is to use acyclic mules as recipients for equine embryos. The aim of this study was to compare for the first time the embryonic and early fetal development in recipient mules and mares from day 10 to 60 of pregnancy. This study was conducted at the Experimental Farm Gralha Azul of the Pontifical Catholic University of Paraná. Five embryo donor mares aged 4 to 10 years were used. Two groups of recipients were used: 10 cyclic mares aged 4 to 15 years (control group), and 7 acyclic mules aged 6 to 12 years. Animals were kept in paddocks and/or stables and had access to water and mineral salt ad libitum, as well as to a source of roughage and concentrate. Donor mares were monitored daily by transrectal ultrasonography (5-MHz linear transducer, A6V Sonoscape, China) after the beginning of estrus. The mares were artificially inseminated using fresh semen from a stallion with proven fertility. Embryo collection from the mares was performed 8 days after ovulation. Before embryo transfer, cyclic recipient mares were examined daily by ultrasonography to use the most synchronous with the donor's ovulation and have not received any hormonal treatment. The acyclic mules were prepared before the embryo transfer with the administration of 17 beta-estradiol (10 mg/mL, 1 mL, i.m.) on the day of the donor's ovulation, and after 2 days when the presence of uterine edema was confirmed, with the administration of Altrenogest (60 mg/mL, 5 mL, i.m.). The pregnancy diagnosis was carried out by ultrasonography 10 days after ovulation in the donor. When the diagnosis was confirmed, ultrasonographic assessment was carried out daily until day 60 of pregnancy. The first day of detection of an embryonic vesicle was Day 10 by ultrasound in both species and day 20.9 ± 1.3 (Mean ±SD), and 21.9 ± 0.9 by transrectal palpation in mules and mares respectively. Fixation of the vesicle occurred on mean day 15.7 ± 1.1 in mules and 16.6 ± 1.7 in mares. The embryo proper was first detected in mules (on day 19.9 ± 1.1) compared to mares (20.4 ± 1.3) The heart beat was observed later in mules (23.4 ± 1.4) than in mares (22.6 ± 0.8). The allantoic sac was first detected between days 23 and 26 (25.3 ± 1.1 and 24.6 ± 1.0 in mules and mares, respectively) and the umbilical cord was first detected on day 39 (39.7 ± 2.1 x 39.6 ± 1.5 in mules and mares, respectively). The ovarian diameters for left and right ovaries were similar for mules (21.4 ± 0.4 vs. 21.8 ± 0.4 mm) and for mares (45.1 ± 0.4 vs. 46.0 ± 0.4). However, the ovarian diameter of the mares (45.5 ± 0.3 mm) was two times larger (P<0.0001) than the mules (21.6 ± 0.3 mm). Within groups there were no differences between left and right and gravid and non-gravid horns. Data were combined for comparison of the endometrial diameter between mules and mares. The overall mean was not different between mules (24.6 3.1 ± 0.1 mm) and mares (25.4 ± 0.1 mm). However, day (P<0.003) and group-by-day (P<0.0001) effects were detected. Only two mules presented accessory CL that was observed for the first time on days 49 e 51. In conclusion, to the best of our knowledge, this is the first comparative study on embryo and early fetal development between noncycling mules and mares used as ET recipients of horse-horse embryos. Numerous similarities in embryo and early fetal development, and endocrinology aspects were seen. The findings of this study in mules, associated with the fact that alive and healthy offspring were produced, the use of mules may be considered as an alternative to increase the availability of recipients in equine ET programs.
46

Características histológicas do endométrio durante o início do desenvolvimento embrionário em éguas / Histological characteristics of the endometrium during early embryo development in mares

Camozzato, Giovani Casanova January 2018 (has links)
A gestação inicial da égua é um período fascinante que abrange numerosas e intensas mudanças em seu desenvolvimento, muitas das quais são únicas para a espécie equina. Esse desenvolvimento depende da manutenção da função lútea, do estabelecimento de um ambiente uterino e de uma interação precisa e orquestrada entre o concepto e o ambiente uterino. O objetivo deste estudo foi verificar as alterações histológicas do endométrio e a produção histotrófica em éguas cíclicas e prenhes nos dias 7, 10 e 13 pós-ovulação. No primeiro ciclo, biópsias endometriais de 30 éguas foram coletadas no dia 7 (n = 10), 10 (n = 10) e 13 (n = 10) constituindo o grupo éguas cíclicas. No segundo ciclo, as mesmas éguas foram cobertas por um garanhão fértil, acompanhadas diariamente até detectar a ovulação, considerada o dia 0. Foram coletadas biópsias endometriais nos dias7 (n 10), 10 (n 10) e 13 (n 10). Imediatamente após a coleta, o útero foi lavado e as éguas em que foi obtido embrião, foram inseridas no grupo de éguas prenhes. Um maior calibre dos vasos sanguíneos foi observado em prenhez comparados às éguas cíclicas do dia 7 aos 13. No sétimo dia pós-ovulação, uma grande perda de células ciliadas foi evidente no grupo de éguas prenhes, comparadas ao grupo de éguas cíclicas, as células do epitélio endometrial estavam mais protusas e uma pequena quantidade de secreção histotrófica entre as dobras endometriais foi observada. No décimo dia de prenhez, secreção histotrófica glandular e do epitélio luminal estavam mais presentes comparadas às éguas do grupo cíclico. No dia 13 de prenhes, foi observado um grande conteúdo de histotrofo nas aberturas glandulares que estavam cercadas por células ciliares. Ocorreram alterações no ambiente uterino logo após a entrada do embrião no útero. No estroma e no lúmen, essas modificações parecem visar fornecer a nutrição necessária para o desenvolvimento inicial do embrião e estas mudanças nas estruturas celulares irão interagir na sinalização embrionária, futura fixação, implantação e placentação. / The early pregnancy of mare is a fascinating period that encompasses numerous and intense changes in its development, many of which are unique to the equine species. This development depends on the maintenance of the luteal function, the establishment of a favorable uterine environment and a precise and orchestrated interaction between the concept and the uterine environment. The aim of this study was to evaluate histological changes in the endometrium in days 7, 10 and 13 post-ovulation in pregnant and cyclic mares. In the first cycle, endometrial biopsies from 30 cyclic mares (Cyclic group) were collected on days 7, 10 and 13 post-ovulation. In the second cycle, the same mares were bred by a fertile stallion. At days 7, 10 and 13 post-ovulation intrauterine biopsies were collected. Immediately after sample collection, the mare‟s uteri were flushed, and those mares with embryo recovery were assigned to the Pregnant group. A larger blood vessel caliber was observed in pregnant mares than in cyclic from day 7 to 13. On the 7th day a large loss of ciliated cells was evident in the group of pregnant mares in comparison with the Cyclic group and the superficial cells of the endometrium were more protruded, and a small amount of histotrophic material between the folds was observed. On the 10th day of pregnancy, the glandular histotrophic secretion and the secretion of luminal epithelium became more intense than the secretion of cyclic mares. On the 13th day of pregnancy, a very large amount of histotroph was observed within large glandular openings surrounded by ciliated cells. Changes occurred in the uterine environment thereupon the entry of the embryo into the uterus. In the stroma and in the lumen, these modifications seem aim to provide the necessary nutrition for the initial development of the embryo and to promote changes at cellular structures that will interact in the embryonic signaling and future fixation, implantation and placentation.
47

Mecanismos envolvidos na programação fetal do comportamento alimentar pela restrição de crescimento intrauterino em roedores e humanos

Dalle Molle, Roberta January 2014 (has links)
Introdução: Alterações no ambiente fetal conferem um risco aumentado para doenças crônicas como obesidade, doença cardiovascular, hipertensão arterial e diabetes tipo 2. As evidências sugerem que a restrição de crescimento intrauterino (RCIU) pode programar de forma persistente as preferências alimentares, e acredita-se que esse tipo de alteração comportamental, pode explicar, pelo menos em parte, o aumento do risco para essas doenças em indivíduos que sofreram RCIU. Portanto, torna-se importante entender os fatores associados e mecanismos envolvidos nesse comportamento. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito da RCIU no comportamento alimentar em animais e humanos, assim como os possíveis mecanismos envolvidos na sua programação. Métodos: Ratas Sprague Dawley prenhes foram randomizadas para o grupo controle (Adlib), que recebeu dieta padrão ad libitum ou grupo restrição 50% (FR), que recebeu 50% do consumo habitual de genitoras alimentadas ad libitum. As dietas foram oferecidas a partir do dia 10 de gestação até o dia 21 de lactação. Em até 24h após o nascimento, foi realizada a adoção cruzada formando os grupos: Adlib_Adlib, FR_Adlib, FR_FR, Adlib_FR. O consumo de ração padrão foi comparado entre todos os grupos. A preferência alimentar, a preferência condicionada por lugar induzida por alimento palatável, assim como a fosforilação da enzima tirosina hidroxilase e os níveis de receptores D2 no núcleo acumbens foram comparados entre os grupos de interesse (Adlib_Adlib e FR_Adlib). Nos humanos, 75 jovens, classificados quanto à RCIU, participaram de avaliação antropométrica, bioquímica e de comportamento alimentar (teste de escolha alimentar, no qual todos recebiam um valor monetário para compra de um lanche, e Dutch Eating Behaviour Questionnaire, DEBQ). Dados de neuroimagem funcional em repouso entre regiões relacionadas à recompensa de 28 indivíduos foram processados e analisados, de um total de 43 exames realizados. Resultados: No estudo experimental, viu-se que o consumo de ração padrão não foi diferente entre os grupos. Ratos restritos apresentaram preferência pela dieta palatável, mas menor condicionamento de preferência ao lugar associado ao alimento palatável. A fosforilação da tirosina hidroxilase no núcleo acumbens foi maior nestes animais no estado basal, mas após exposição ao doce essa diferença entre os grupos permaneceu apenas nos machos. A RCIU também se associou a menores níveis de receptores D2 no núcleo acumbens. No estudo clínico, encontrou-se que a menor razão de crescimento fetal (indicativo de maior RCIU) e alto índice de massa corporal predizem um estilo alimentar restritivo visto pelo DEBQ. Pessoas nascidas com RCIU também usaram menor quantidade do um recurso financeiro oferecido no teste de escolha alimentar após um período de jejum. Os dados de neuroimagem funcional sugerem que os indivíduos restritos apresentam um padrão de conectividade em repouso alterado entre o córtex orbito-frontal, o estriado ventral/dorsal e a amígdala. Conclusão: A RCIU esteve associada com preferência por alimentos palatáveis e alterações no sistema dopaminérgico no estudo experimental e alterações da conectividade em repouso entre áreas do sistema mesocorticolímbico no estudo clínico. As alterações observadas no sistema dopaminérgico dos animais restritos indicam que esse sistema estaria envolvido na programação da preferência alimentar nesses indivíduos. Além disso, o padrão de conectividade em repouso observado nos indivíduos restritos sugere que alterações em determinadas regiões do sistema de recompensa poderiam estar associadas com mudanças no comportamento alimentar. As alterações neurocomportamentais observadas confirmam a existência de programação fetal do comportamento alimentar pela RCIU, apontando modificações persistentes no sistema de recompensa do cérebro, o que pode ser visto como um fator de risco para o desenvolvimento de obesidade e suas comorbidades. / Introduction: Fetal environment changes can lead to adaptations that are associated with increased risk for obesity, cardiovascular disease, hypertension and diabetes in adult life. Evidence suggests that intrauterine growth restriction (IUGR) can persistently program the subject’s preference for palatable foods. It is believed that feeding behavior alterations can explain, at least in part, the increased risk for chronic diseases in IUGR individuals. Therefore, it becomes important to understand the factors and mechanisms involved in this behavior. The aim of this study was to explore how IUGR affects feeding behavior of animals and humans, as well as to verify the potential mechanisms related to this behavioral programming. Methods: Time-mated pregnant Sprague-Dawley rats were randomly allocated to Control (receiving standard chow ad libitum) or 50% food restricted (FR), receiving 50% of the ad libitum-fed dam’s habitual intake. These diets were provided from day 10 of pregnancy throughout day 21 of lactation. Within 24 hours after birth, pups were crossfostered, forming four groups: Adlib_Adlib, FR_Adlib, FR_FR, Adlib_FR. Standard chow consumption was compared between all groups. Food preference, conditioned place preference to a palatable diet, and the nucleus accumbens tyrosine hydroxylase phosphorylation and D2 receptor levels were analyzed focusing on two groups of interest (Adlib_Adlib and FR_Adlib). In humans, 75 youths were classified regarding IUGR and had anthropometric data, biochemical data, and feeding behavior (food choice task, in which everyone received a monetary value to purchase a snack, and Dutch Eating Behaviour Questionnaire) assessed. Forty three neuroimaging exams were performed and resting state functional connectivity between brain regions related to reward of 28 individuals were processed and analyzed. Results: In the experimental study, standard chow consumption was not different between groups. IUGR adult rats had increased preference for palatable food, but showed less conditioned place preference to a palatable diet compared to controls. At baseline, the accumbal tyrosine hydroxylase phosphorylation was increased in IUGR rats compared to controls. After sweet food exposure, the difference between groups remained only in males. Accumbal D2 receptors levels were decreased in IUGR rats. In the clinical study, it was found that low birth weight ratio (indicative of higher IUGR) and high body mass index predict a restrained eating style as seen by the DEBQ. IUGR individuals used a smaller quantity of a financial resource offered in the food choice task after a fasting period. Resting state functional connectivity data suggest that IUGR individuals had an altered pattern of connectivity between the orbitofrontal cortex, the ventral/dorsal striatum and the amygdala. Conclusion: IUGR was associated with a preference for palatable foods and alterations in the dopaminergic system in the experimental study, as well as changes in the resting state functional connectivity between regions of the mesocorticolimbic pathway in the clinical study. Alterations in the mesolimbic dopaminergic system observed in IUGR rats indicate an important role in the programming of food preferences. Moreover, the IUGR pattern of brain connectivity observed suggests that alterations in certain regions involved in reward processing and evaluation could be associated with changes in eating behavior. Neurobehavioral changes observed confirmed the existence of a fetal programming of feeding behavior associated with IUGR, pointing out to persistent modifications in the brain reward system, which can be seen as a risk factor for the development of obesity and its comorbidities.
48

Caracterização de resposta a estresse oxidativo e mecanismos de morte celular em Boophilus microplus

Freitas, Daniela Reis Joaquim de January 2006 (has links)
O carrapato bovino Boophilus microplus está presente em áreas tropicais e subtropicais no mundo e é um ectoparasito hematófago que causa inúmeras perdas à bovinocultura, através da espoliação ao bovino ou das doenças que transmite como vetor. Atualmente, o principal método de controle empregado baseia-se em produtos químicos, que são onerosos e contaminam o ambiente. Estudos a respeito da ecologia, comportamento e fisiologia de B. microplus são importantes para o desenvolvimento de novos métodos de controle do carrapato. A resposta ao estresse oxidadivo e a morte celular programada, examinadas neste estudo, permitem compreender melhor os mecanismos fisiológicos usados pelo carrapato adulto e seus ovos e larvas para sobreviver no ambiente. A resposta a estresse oxidativo foi analisada em ovos e larvas. A atividade de GST e outras moléculas envolvidas em mecanismos de proteção contra estresse oxidativo variaram dependendo do tempo transcorrido após a postura e eclosão. A cinética do consumo de oxigênio apresentou correlação positiva com o aumento na atividade de GST durante a embriogênese. Um alto conteúdo de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico foi observado em extratos de ovos e larvas, indicando que carrapatos apresentam alto estresse oxidativo durante a embriogênese e desenvolvimento larval. Além disso, a atividade de GST apresentou forte correlação com peroxidação de lipídeos, uma indicação de seu papel na defesa antioxidante em ovos. Com o objetivo de melhor caracterizar o processo de morte celular, que elimina tecidos não mais necessários e leva à degeneração de glândulas salivares, ovários e singânglios, foi feita uma investigação usando ensaios de visualização de fragmentação de DNA em gel de agarose, teste cometa e TUNEL e a ativação da via apoptótica foi analisada usando ensaio de caspase. A fragmentação de DNA e a atividade enzimática de caspase-3 foram observadas em glândulas salivares e ovários 48 e 72 h após a remoção do carrapato do hospedeiro; em singânglios estes parâmetros foram mantidos em baixos níveis após 48 h. Estes resultados obtidos sugerem que há um controle refinado de manutenção de tecido através de apoptose. / The cattle tick Boophilus microplus is present in tropical and subtropical areas in the world and it is a haematophagous ectoparasite that causes several losses to cattle breeding, through the bovine exploiting and diseases transmitted. Currently, the main control method is based on chemicals, which are expensive and contaminate the environment. Studies about ecology, behavior and physiology of B. microplus are important to develop new methods for the tick control. The data examined in this study allow understanding the physiologic mechanisms used by the tick, eggs and larvae to survive in the environment. For this, the oxidative stress response in eggs and larvae and the cell death in different tissues of adult tick females during the pre-oviposition period were analyzed. The oxidative stress response was analyzed in eggs and larvae and the results showed that the GST activity and other molecules involved in mechanism of protection against oxidative stress varied depending on the time elapsed after oviposition and eclosion. A positive correlation was observed between the oxygen consumption kinetics and the increase in GST activity during embryogenesis. A high content of thiobarbituric acid reactive substances were observed in egg and larva extracts, indicating that ticks face high oxidative stress during embryogenesis and aging. In addition, GST activity presented strong positive correlation with lipid peroxidation, an indication that it plays a role in oxidant defences in eggs. In order to better characterize the cell death process that eliminates unnecessary tissues, the degeneration of salivary glands, ovaries and synganglia was investigated using DNA fragmentation in agarose gel, comet and TUNEL assays, and apoptosis activation pathway by the caspase assay. DNA fragmentation and enzymatic activity of caspase-3 were observed in salivary glands and ovaries at 48 and 72 h after tick removal from the host; in synganglia these parameters were maintained at low levels upon 48 h. These results obtained suggest that there is a refined control of tissue maintenance through apoptosis.
49

Características histológicas do endométrio durante o início do desenvolvimento embrionário em éguas / Histological characteristics of the endometrium during early embryo development in mares

Camozzato, Giovani Casanova January 2018 (has links)
A gestação inicial da égua é um período fascinante que abrange numerosas e intensas mudanças em seu desenvolvimento, muitas das quais são únicas para a espécie equina. Esse desenvolvimento depende da manutenção da função lútea, do estabelecimento de um ambiente uterino e de uma interação precisa e orquestrada entre o concepto e o ambiente uterino. O objetivo deste estudo foi verificar as alterações histológicas do endométrio e a produção histotrófica em éguas cíclicas e prenhes nos dias 7, 10 e 13 pós-ovulação. No primeiro ciclo, biópsias endometriais de 30 éguas foram coletadas no dia 7 (n = 10), 10 (n = 10) e 13 (n = 10) constituindo o grupo éguas cíclicas. No segundo ciclo, as mesmas éguas foram cobertas por um garanhão fértil, acompanhadas diariamente até detectar a ovulação, considerada o dia 0. Foram coletadas biópsias endometriais nos dias7 (n 10), 10 (n 10) e 13 (n 10). Imediatamente após a coleta, o útero foi lavado e as éguas em que foi obtido embrião, foram inseridas no grupo de éguas prenhes. Um maior calibre dos vasos sanguíneos foi observado em prenhez comparados às éguas cíclicas do dia 7 aos 13. No sétimo dia pós-ovulação, uma grande perda de células ciliadas foi evidente no grupo de éguas prenhes, comparadas ao grupo de éguas cíclicas, as células do epitélio endometrial estavam mais protusas e uma pequena quantidade de secreção histotrófica entre as dobras endometriais foi observada. No décimo dia de prenhez, secreção histotrófica glandular e do epitélio luminal estavam mais presentes comparadas às éguas do grupo cíclico. No dia 13 de prenhes, foi observado um grande conteúdo de histotrofo nas aberturas glandulares que estavam cercadas por células ciliares. Ocorreram alterações no ambiente uterino logo após a entrada do embrião no útero. No estroma e no lúmen, essas modificações parecem visar fornecer a nutrição necessária para o desenvolvimento inicial do embrião e estas mudanças nas estruturas celulares irão interagir na sinalização embrionária, futura fixação, implantação e placentação. / The early pregnancy of mare is a fascinating period that encompasses numerous and intense changes in its development, many of which are unique to the equine species. This development depends on the maintenance of the luteal function, the establishment of a favorable uterine environment and a precise and orchestrated interaction between the concept and the uterine environment. The aim of this study was to evaluate histological changes in the endometrium in days 7, 10 and 13 post-ovulation in pregnant and cyclic mares. In the first cycle, endometrial biopsies from 30 cyclic mares (Cyclic group) were collected on days 7, 10 and 13 post-ovulation. In the second cycle, the same mares were bred by a fertile stallion. At days 7, 10 and 13 post-ovulation intrauterine biopsies were collected. Immediately after sample collection, the mare‟s uteri were flushed, and those mares with embryo recovery were assigned to the Pregnant group. A larger blood vessel caliber was observed in pregnant mares than in cyclic from day 7 to 13. On the 7th day a large loss of ciliated cells was evident in the group of pregnant mares in comparison with the Cyclic group and the superficial cells of the endometrium were more protruded, and a small amount of histotrophic material between the folds was observed. On the 10th day of pregnancy, the glandular histotrophic secretion and the secretion of luminal epithelium became more intense than the secretion of cyclic mares. On the 13th day of pregnancy, a very large amount of histotroph was observed within large glandular openings surrounded by ciliated cells. Changes occurred in the uterine environment thereupon the entry of the embryo into the uterus. In the stroma and in the lumen, these modifications seem aim to provide the necessary nutrition for the initial development of the embryo and to promote changes at cellular structures that will interact in the embryonic signaling and future fixation, implantation and placentation.
50

A mula (Equus mulus) como receptora de embriões equinos (Equus caballus) : aspectos reprodutivos, hormonais e ultrassonográficos da gestação

Camargo, Carlos Eduardo January 2018 (has links)
O Brasil é um dos países com o maior número de transferências de embriões de equinos do mundo, mas as éguas receptoras são escassas e caras. Uma alternativa é usar mulas acíclicas como receptoras de embriões equinos. O objetivo deste estudo foi comparar pela primeira vez o desenvolvimento embrionário e fetal precoce em mulas e éguas receptoras do 10º ao 60º dia de gestação. Este estudo foi realizado na Fazenda Experimental Gralha Azul da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Cinco éguas de doadores de embriões com idades entre 4 e 10 anos foram utilizadas. Foram utilizados dois grupos de receptores: 10 éguas cíclicas com idades entre 4 e 15 anos (grupo controle) e 7 mulas acíclicas com idades entre 6 e 12 anos. Os animais foram mantidos em piquetes e/ou estábulos e tiveram acesso a água e sal mineral ad libitum, bem como a uma fonte de volumoso e concentrado. As éguas doadoras foram monitoradas diariamente por ultrassonografia transretal (transdutor linear de 5 MHz, A6V Sonoscape, China) após o início do estro. As éguas foram inseminadas artificialmente usando sêmen fresco de um garanhão com fertilidade comprovada. A coleta de embriões das éguas foi realizada 8 dias após a ovulação. Antes da transferência do embrião, as éguas receptoras cíclicas eram examinadas diariamente por ultrassonografia para usar a melhor sincronia com a ovulação da doadora. As mulas acíclicas foram preparadas antes da transferência do embrião com a administração de 17 beta-estradiol (10 mg/mL, 1 mL, im) no dia da ovulação da doadora, e após 2 dias quando a presença de edema uterino foi confirmada, com a administração de Altrenogest (60 mg/mL, 5 mL, im). O diagnóstico de gestação foi realizado por ultrassonografia, 10 dias após a ovulação da doadora. Quando o diagnóstico foi confirmado, a avaliação ultrassonográfica foi realizada diariamente até o 60º dia de gestação. O primeiro dia de detecção da vesícula embrionária foi o Dia 10 por ultrassonografia em ambas as espécies e Dia 20,9 ± 1,3 (Média ± DP) e 21,9 ± 0,9 por palpação transretal em mulas e éguas respectivamente. A fixação da vesícula ocorreu em média no dia 15,7 ± 1,1 em mulas e 16,6 ± 1,7 em éguas. O embrião propriamente dito foi detectado pela primeira vez em mulas (no dia 19,9 ± 1,1) em comparação com as éguas (20,4 ± 1,3). O batimento cardíaco foi observado posteriormente em muares (23,4 ± 1,4) do que em éguas (22,6 ± 0,8). O saco alantóide foi detectado pela primeira vez entre os dias 23 e 26 (25,3 ± 1,1 e 24,6 ± 1,0 em mulas e éguas, respectivamente) e o cordão umbilical foi detectado pela primeira vez no dia 39 (39,7 ± 2,1 x 39,6 ± 1,5 em mulas e éguas, respectivamente). Os diâmetros ovarianos para os ovários esquerdo e direito foram semelhantes para as mulas (21,4 ± 0,4 vs. 21,8 ± 0,4 mm) e para as éguas (45,1 ± 0,4 vs 46,0 ± 0,4). Entretanto, o diâmetro ovariano das éguas (45,5 ± 0,3 mm) foi duas vezes maior (P <0,0001) que as mulas (21,6 ± 0,3 mm). Apenas duas mulas apresentaram o CL acessório que foi observado pela primeira vez nos dias 49 e 51. Dentro dos grupos não houve diferenças entre os cornos esquerdo e direito, gravídicos e não-gravídicos. A média geral não foi diferente entre as mulas (24,6 ± 3,1 mm) e as éguas (25,4 ± 0,1 mm). Como conclusão, de acordo com o nosso conhecimento, este é o primeiro estudo comparativo sobre desenvolvimento embrionário e fetal precoce entre mulas acíclicas e éguas receptoras de embriões equinos. Numerosas semelhanças foram encontradas nos aspectos estudados. Tais achados, associados ao fato de que potros vivos e sadios foram produzidos, sugerem que o uso de mulas acíclicas pode ser considerado como uma alternativa para aumentar a disponibilidade de receptoras em programas equinos de TE. / Brazil is one of the countries with the largest number of equine embryo transfers in the world, but recipients mares are scarce and expensive. One alternative is to use acyclic mules as recipients for equine embryos. The aim of this study was to compare for the first time the embryonic and early fetal development in recipient mules and mares from day 10 to 60 of pregnancy. This study was conducted at the Experimental Farm Gralha Azul of the Pontifical Catholic University of Paraná. Five embryo donor mares aged 4 to 10 years were used. Two groups of recipients were used: 10 cyclic mares aged 4 to 15 years (control group), and 7 acyclic mules aged 6 to 12 years. Animals were kept in paddocks and/or stables and had access to water and mineral salt ad libitum, as well as to a source of roughage and concentrate. Donor mares were monitored daily by transrectal ultrasonography (5-MHz linear transducer, A6V Sonoscape, China) after the beginning of estrus. The mares were artificially inseminated using fresh semen from a stallion with proven fertility. Embryo collection from the mares was performed 8 days after ovulation. Before embryo transfer, cyclic recipient mares were examined daily by ultrasonography to use the most synchronous with the donor's ovulation and have not received any hormonal treatment. The acyclic mules were prepared before the embryo transfer with the administration of 17 beta-estradiol (10 mg/mL, 1 mL, i.m.) on the day of the donor's ovulation, and after 2 days when the presence of uterine edema was confirmed, with the administration of Altrenogest (60 mg/mL, 5 mL, i.m.). The pregnancy diagnosis was carried out by ultrasonography 10 days after ovulation in the donor. When the diagnosis was confirmed, ultrasonographic assessment was carried out daily until day 60 of pregnancy. The first day of detection of an embryonic vesicle was Day 10 by ultrasound in both species and day 20.9 ± 1.3 (Mean ±SD), and 21.9 ± 0.9 by transrectal palpation in mules and mares respectively. Fixation of the vesicle occurred on mean day 15.7 ± 1.1 in mules and 16.6 ± 1.7 in mares. The embryo proper was first detected in mules (on day 19.9 ± 1.1) compared to mares (20.4 ± 1.3) The heart beat was observed later in mules (23.4 ± 1.4) than in mares (22.6 ± 0.8). The allantoic sac was first detected between days 23 and 26 (25.3 ± 1.1 and 24.6 ± 1.0 in mules and mares, respectively) and the umbilical cord was first detected on day 39 (39.7 ± 2.1 x 39.6 ± 1.5 in mules and mares, respectively). The ovarian diameters for left and right ovaries were similar for mules (21.4 ± 0.4 vs. 21.8 ± 0.4 mm) and for mares (45.1 ± 0.4 vs. 46.0 ± 0.4). However, the ovarian diameter of the mares (45.5 ± 0.3 mm) was two times larger (P<0.0001) than the mules (21.6 ± 0.3 mm). Within groups there were no differences between left and right and gravid and non-gravid horns. Data were combined for comparison of the endometrial diameter between mules and mares. The overall mean was not different between mules (24.6 3.1 ± 0.1 mm) and mares (25.4 ± 0.1 mm). However, day (P<0.003) and group-by-day (P<0.0001) effects were detected. Only two mules presented accessory CL that was observed for the first time on days 49 e 51. In conclusion, to the best of our knowledge, this is the first comparative study on embryo and early fetal development between noncycling mules and mares used as ET recipients of horse-horse embryos. Numerous similarities in embryo and early fetal development, and endocrinology aspects were seen. The findings of this study in mules, associated with the fact that alive and healthy offspring were produced, the use of mules may be considered as an alternative to increase the availability of recipients in equine ET programs.

Page generated in 0.1923 seconds