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Classificação étnico-racial e ações afirmativas no contexto do vestibular / Ethnic and racial classification and affirmative actions in the vestibularCarmem Silvia Moretzsohn Rocha 27 February 2009 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os conceitos de raça e etnia são basilares para a antropologia desde o seu surgimento como área do conhecimento humano e, ainda hoje, são fundamentais para diversos debates nas esferas política, social e das ciências humanas em geral. No pensamento social brasileiro muitos foram os autores de diversas áreas a se debruçarem sobre a questão racial. A instituição do sistema de cotas para o ingresso em universidades acalorou e expandiu o debate tanto no senso comum como na academia e nos meios de comunicação em geral. Essa pesquisa partiu da intenção de investigar a relação entre as ações afirmativas e as identidades de cor/raça. Como metodologia, utilizamos os recursos tanto dos instrumentos quantitativos como qualitativos. Nosso foco foram estudantes do cursinho pré-vestibular Grupo Perspectiva Integral (GPI). Buscamos acessar o ponto de vista dos vestibulandos, seus significados e associações acerca de suas identidades étnico-raciais, opiniões e sentimentos sobre a questão racial no Brasil e, em especial referente às ações afirmativas no contexto da educação e investigar a relação entre quem sou eu e qual é a minha cor/raça no universo proposto. Para tanto, foram aplicados cento e vinte e um questionários e realizadas doze entrevistas. A intenção não era estabelecer uma relação direta e causal entre as ações afirmativas e as identidades de cor/raça e, sim, traçar um perfil geral e racial da população estudada, perceber e analisar diversos elementos referentes às classificações de cor/raça e opiniões e sentimentos acerca das ações afirmativas, do racismo e das expectativas profissionais dos vestibulandos. / The concept of race and ethnicity are basic for the anthropological theory since its appearance as human knowledge and nowadays are fundamental for many debates in the political and social sphere and in the human sciences in general. In the social brazilian thought were many authors of different areas that dedicated themselves to the racial studies. The affirmative action insertion as a way of getting in the universities has heated and increased the debate in the common sense, the academy and in the media in general. This research began with the intention of investigate the relation between the affirmative action and the race/colour identity. As methodology we used the quantitative and qualitative analysis. Our centre was students of a preparation course for the universities exams called Grupo Perspectiva Integral (GPI). We searched for getting the point of view of this students about their ethnic-racial meanings and relations, opinions and feelings about racial matters in Brazil and specially referred to affirmative action in the education context and investigate the relation between who am I and which is my race/colour in the population. Then, we applied one hundred and one questionnaires and twelve interviews. Although we didnt intend to establish a direct and cause relation between affirmative action and race/colour identities, we were able to make a general and racial profile of the studied population, perceive and analyze many elements referred to racial classification and opinions and feelings about the affirmative action, racism and the professional expectations from the students.
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Cores da tradição: uma história do debate racial na Universidade de São Paulo (USP) e a configuração racial do seu corpo docente / Color tradition : a history of the racial debate at the University of São Paulo ( USP ), and the racial configuration of your facultyViviane Angélica Silva 03 August 2015 (has links)
Embora a fundação da Universidade de São Paulo (USP) tenha sido em 1934, os primórdios da instituição remonta a 1827, ano em que foi criada a Faculdade de Direito. Desde então a USP tem produzido conhecimento sobre o campo das relações raciais brasileiras. Esta tese propõe analisar como o debate racial atravessa a história da universidade, buscando compreender qual tem sido a participação docente negra e não-negra nesse processo. Assim, a história do debate racial na USP é apresentada em quatro momentos: O primeiro compreende as discussões sobre a questão racial no Brasil empreendidas por duas instituições, as Faculdades de Direito e Medicina, incorporadas à universidade em 1934. O segundo momento é considerado a partir da história da Faculdade de Filosofia Ciências, sobretudo no que diz respeito aos debates empreendidos pela chamada \"Escola Paulista de Sociologia\", sob a batuta de Florestan Fernandes. Para entender o terceiro momento é preciso ter em conta uma lacuna no debate racial coincidente com a Ditadura Militar que trouxe tempos difíceis para a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras. Assim, a discussão racial esteve em estado de latência na Sociologia da USP por quase duas décadas, apesar de timidamente abrigada na Antropologia. Destaca-se a importância da trajetória do professor Kabengele Munanga para este momento da história do debate racial na instituição, na condição de herdeiro bastardo da Escola Paulista de Sociologia. O quarto momento da discussão racial na universidade ainda é corrente, e começa nos anos 90 com a recém instituída constituição de 1988. Esta década foi marcada por um incipiente, porém importante conjunto de medidas sensíveis às desigualdades raciais na universidade. Destaca-se novamente a figura do Kabengele Munanga, importante elo com o momento anterior do debate e a figura do professor Edson Moreira da USP São Carlos, em função de sua presença no Conselho de Cultura e Extensão. Por sua vez, os anos 2000 tem sido marcados por retrocessos na implementação de políticas que democratizassem o acesso da população negra na USP. Após a leitura sobre a história do debate racial na USP a tese centra-se na consideração da presença negra no corpo docente da instituição. Para tanto, apresenta-se dados sobre a configuração racial da universidade entre os anos de 2008 a 2015; bem como análises sobre um conjunto de dez trajetórias de docentes negros/as, no sentido de conhecer as estratégias, recursos, discursos e práticas de que acadêmicos/as negros/as da USP lançaram mão para tentar driblar as (im)possibilidades de acesso a um universo que tem sido cerceado à população negra: a docência da maior universidade do país. / Although the University of Sao Paulo (USP) was officially founded in 1934, the institutions deepest origins lie in the establishment of the Faculty of Law in 1827. Since then USP has been producing knowledge in the field of race relations in Brazil. This thesis proposes to analyze the way that racial debate passes through the history of the university, looking to understand the participation of both black and non-black faculty in this process. The history of racial debate at USP is presented in four moments: The first consists of discussions of the question of race within the Faculties of Law and Medicine, incorporated into the university in 1934. The second moment concerns the Faculty of Philosophy, Sciences and Literature, particularly in relation to the debates fueled by the so-called P u S f g u f Florestan Fernandes. To understand the third moment it is necessary to take into account the gap in racial debate that coincided with the military dictatorship which brought difficult times to the Faculty of Philosophy, Sciences and Literature. Due to this, racial discussions stayed in a state of latency in the field of Sociology at USP, although they were timidly sheltered by Anthropology. During this period, the trajectory of professor Kabengele Munanga stands out in the history of racial debate at the institution, as he took f b f P u S . T f u m m f u university continues today, dating from the 1990s and the influence of the recently implemented Constitution of 1988. This decade was marked by an incipient though important group of measures sensitive to racial inequality taken at the university. Once again, Kabengele Munanga, an important link to earlier moments in these debates, stands out during this phase, along with Edson Moreira of USP Sao Carlos, due to his presence on the Council for Culture and Extension. Since the year 2000, these debates have been marked by certain regressions in the implementation of policies that would have democratized access to USP for the black population. After a reading of the history of racial debate at USP the thesis will focus on the black presence in the teaching faculty of the institution. To this end, this research will present data about the racial configuration of the university between 2008 and 2015. Furthermore it will include an analysis of the trajectories of a group of ten black professors to better understand the strategies, resources, discourses and practices that black academics at USP have used to negociate the (im)possibilities of access to a universe that has long limited itself from the black population: a teaching career at the nation\'s largest university.
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Cores da tradição: uma história do debate racial na Universidade de São Paulo (USP) e a configuração racial do seu corpo docente / Color tradition : a history of the racial debate at the University of São Paulo ( USP ), and the racial configuration of your facultySilva, Viviane Angélica 03 August 2015 (has links)
Embora a fundação da Universidade de São Paulo (USP) tenha sido em 1934, os primórdios da instituição remonta a 1827, ano em que foi criada a Faculdade de Direito. Desde então a USP tem produzido conhecimento sobre o campo das relações raciais brasileiras. Esta tese propõe analisar como o debate racial atravessa a história da universidade, buscando compreender qual tem sido a participação docente negra e não-negra nesse processo. Assim, a história do debate racial na USP é apresentada em quatro momentos: O primeiro compreende as discussões sobre a questão racial no Brasil empreendidas por duas instituições, as Faculdades de Direito e Medicina, incorporadas à universidade em 1934. O segundo momento é considerado a partir da história da Faculdade de Filosofia Ciências, sobretudo no que diz respeito aos debates empreendidos pela chamada \"Escola Paulista de Sociologia\", sob a batuta de Florestan Fernandes. Para entender o terceiro momento é preciso ter em conta uma lacuna no debate racial coincidente com a Ditadura Militar que trouxe tempos difíceis para a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras. Assim, a discussão racial esteve em estado de latência na Sociologia da USP por quase duas décadas, apesar de timidamente abrigada na Antropologia. Destaca-se a importância da trajetória do professor Kabengele Munanga para este momento da história do debate racial na instituição, na condição de herdeiro bastardo da Escola Paulista de Sociologia. O quarto momento da discussão racial na universidade ainda é corrente, e começa nos anos 90 com a recém instituída constituição de 1988. Esta década foi marcada por um incipiente, porém importante conjunto de medidas sensíveis às desigualdades raciais na universidade. Destaca-se novamente a figura do Kabengele Munanga, importante elo com o momento anterior do debate e a figura do professor Edson Moreira da USP São Carlos, em função de sua presença no Conselho de Cultura e Extensão. Por sua vez, os anos 2000 tem sido marcados por retrocessos na implementação de políticas que democratizassem o acesso da população negra na USP. Após a leitura sobre a história do debate racial na USP a tese centra-se na consideração da presença negra no corpo docente da instituição. Para tanto, apresenta-se dados sobre a configuração racial da universidade entre os anos de 2008 a 2015; bem como análises sobre um conjunto de dez trajetórias de docentes negros/as, no sentido de conhecer as estratégias, recursos, discursos e práticas de que acadêmicos/as negros/as da USP lançaram mão para tentar driblar as (im)possibilidades de acesso a um universo que tem sido cerceado à população negra: a docência da maior universidade do país. / Although the University of Sao Paulo (USP) was officially founded in 1934, the institutions deepest origins lie in the establishment of the Faculty of Law in 1827. Since then USP has been producing knowledge in the field of race relations in Brazil. This thesis proposes to analyze the way that racial debate passes through the history of the university, looking to understand the participation of both black and non-black faculty in this process. The history of racial debate at USP is presented in four moments: The first consists of discussions of the question of race within the Faculties of Law and Medicine, incorporated into the university in 1934. The second moment concerns the Faculty of Philosophy, Sciences and Literature, particularly in relation to the debates fueled by the so-called P u S f g u f Florestan Fernandes. To understand the third moment it is necessary to take into account the gap in racial debate that coincided with the military dictatorship which brought difficult times to the Faculty of Philosophy, Sciences and Literature. Due to this, racial discussions stayed in a state of latency in the field of Sociology at USP, although they were timidly sheltered by Anthropology. During this period, the trajectory of professor Kabengele Munanga stands out in the history of racial debate at the institution, as he took f b f P u S . T f u m m f u university continues today, dating from the 1990s and the influence of the recently implemented Constitution of 1988. This decade was marked by an incipient though important group of measures sensitive to racial inequality taken at the university. Once again, Kabengele Munanga, an important link to earlier moments in these debates, stands out during this phase, along with Edson Moreira of USP Sao Carlos, due to his presence on the Council for Culture and Extension. Since the year 2000, these debates have been marked by certain regressions in the implementation of policies that would have democratized access to USP for the black population. After a reading of the history of racial debate at USP the thesis will focus on the black presence in the teaching faculty of the institution. To this end, this research will present data about the racial configuration of the university between 2008 and 2015. Furthermore it will include an analysis of the trajectories of a group of ten black professors to better understand the strategies, resources, discourses and practices that black academics at USP have used to negociate the (im)possibilities of access to a universe that has long limited itself from the black population: a teaching career at the nation\'s largest university.
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Implicações do racismo institucional na educação básica em CuiabáRibeiro, Flávia Gilene 26 June 2015 (has links)
Submitted by Igor Matos (igoryure.rm@gmail.com) on 2017-01-20T13:39:32Z
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Previous issue date: 2015-06-26 / Esta pesquisa objetivou identificar e compreender as implicações do racismo institucional no âmbito da Educação Básica em uma escola de Cuiabá. O racismo institucional ainda é um conceito desconhecido, sobretudo em instituições educacionais. Nos Estados Unidos, em fins da década de 1960, reconheceu-se existência de ações adversas, quando não excludentes e discriminatórias, em algumas instituições, seja pelas práticas administrativas seja pelas estruturas políticas, independente da ação individual de uma pessoa racista. São ações e práticas que produzem resultados diferentes para variadas camadas da sociedade, considerando características raciais; são concepções incorporadas dentro do sistema educacional, que balizam saberes, os quais são transmitidos de maneira informal e definem e identificam quem são os alunos “fracos”, quem são os alunos “indisciplinados” e quais são os alunos que “dão trabalho” dentro da escola. Essa comunidade escolar, majoritariamente negra, está situada numa região não periférica da cidade, absorvida por elevadas fragilidades que englobam aspectos estruturais e administrativos. A pesquisa procurou identificar elementos que o racismo institucional alimenta dentro da unidade escolar, uma vez que a sociedade brasileira é extremamente racista. De cunho qualitativo, a pesquisa utilizou como abordagem metodológica alguns elementos etnográficos de investigação empírica como o caderno de campo, a observação, a análise documental e entrevistas semiestruturadas, com 17 participantes da referida comunidade escolar, sendo nove profissionais da educação, quatro familiares e quatro alunos, tendo por finalidade analisar as implicações do racismo institucional dentro da educação. Por meio do aporte teórico, buscou-se compreender o percurso da institucionalização desse tipo de racismo nas instituições brasileiras e delinear o objeto de pesquisa. A análise dos dados aponta a presença do racismo institucional alimentado por mecanismos intraescolares, que produz a naturalização de práticas racistas, atingindo sobremodo o desenrolar cotidiano da referida escola. Com base nos dados dos profissionais, foi possível identificar que eles não estão preparados adequadamente para lidar com questões raciais em âmbito escolar, desse modo, não reconhecem a presença das referidas práticas racistas; além de apontarem o bairro como um fator negativo relevante no desempenho dos alunos; veem o modelo de Escola de Ciclo de Formação Humano como um agravante à educação, uma vez que não compreendem o processo e, desse modo, não se sentem parte. Os familiares não têm conhecimento suficiente na área, para compreenderem as ações sutis do racismo, nem se deve exigir-lhes tal conhecimento, contudo, no caso dos profissionais da educação, essa etapa já deveria ter sido superada. Os estudantes são os únicos que identificam as práticas e as provas, uma vez que sentem na pele essas práticas regularmente / This research aimed to identify and understand the implications of institutional racism within the framework of basic education in a school of Cuiabá. Institutional racism is unknown concept still, especially in educational institutions. In the United States in the late 1960s, it was recognized existence of adverse actions, exclusion and discrimination in some institutions, either by administrative practice or the political structures, regardless of the individual action of a racist person. Are actions and practices that produce results different for different layers of society, considering features racial. Are concepts incorporated within the system education, this knowledge is passed so informal, setting and identifying who the students 'weak' who are students "undisciplined" and what are the students who "give work" within the school. This school community, mostly black, is situated in a place non peripheral of the city, absorbed by gross weaknesses which include structural and administrative aspects. The survey sought to identify elements that institutional racism feeds within the school unit, since the Brazilian society is extremely racist. Of qualitative nature, the research used as a methodological approach some ethnography elements of empirical research as the notes in the field notebook, observation, document analysis and semi-structured interviews with 17 participants of that school community. Were research participants 9 education professionals, 4 relatives and 4 students with the purpose to analyze the implications of institutional racism within the education. Through the theoretical framework, we sought to understand the way the institutionalization of this kind of racism in Brazilian institutions and outline the research object. Data analysis indicates the presence of institutional racism fueled by interescolares mechanisms that produce the naturalization of racist practices, affecting the course of school everyday. Based on the data related to education professionals was identified that professionals are not adequately prepared to deal with racial issues in the school thus do not recognize the presence of these racist practices; in addition to highlighting the neighborhood as a negative factor in student performance; consider also the model of Human Cycle Training School as an aggravating education, since they do not understand the process and thus do not feel part. Family members do not have sufficient knowledge in the area, to understand the subtle actions of racism, nor should require them such knowledge, however, in the case of education professionals, this step should have been overcome. The students are the ones that identify the practices and evidence, once they feel on the skin such practices regularly
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Classificação étnico-racial e ações afirmativas no contexto do vestibular / Ethnic and racial classification and affirmative actions in the vestibularCarmem Silvia Moretzsohn Rocha 27 February 2009 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os conceitos de raça e etnia são basilares para a antropologia desde o seu surgimento como área do conhecimento humano e, ainda hoje, são fundamentais para diversos debates nas esferas política, social e das ciências humanas em geral. No pensamento social brasileiro muitos foram os autores de diversas áreas a se debruçarem sobre a questão racial. A instituição do sistema de cotas para o ingresso em universidades acalorou e expandiu o debate tanto no senso comum como na academia e nos meios de comunicação em geral. Essa pesquisa partiu da intenção de investigar a relação entre as ações afirmativas e as identidades de cor/raça. Como metodologia, utilizamos os recursos tanto dos instrumentos quantitativos como qualitativos. Nosso foco foram estudantes do cursinho pré-vestibular Grupo Perspectiva Integral (GPI). Buscamos acessar o ponto de vista dos vestibulandos, seus significados e associações acerca de suas identidades étnico-raciais, opiniões e sentimentos sobre a questão racial no Brasil e, em especial referente às ações afirmativas no contexto da educação e investigar a relação entre quem sou eu e qual é a minha cor/raça no universo proposto. Para tanto, foram aplicados cento e vinte e um questionários e realizadas doze entrevistas. A intenção não era estabelecer uma relação direta e causal entre as ações afirmativas e as identidades de cor/raça e, sim, traçar um perfil geral e racial da população estudada, perceber e analisar diversos elementos referentes às classificações de cor/raça e opiniões e sentimentos acerca das ações afirmativas, do racismo e das expectativas profissionais dos vestibulandos. / The concept of race and ethnicity are basic for the anthropological theory since its appearance as human knowledge and nowadays are fundamental for many debates in the political and social sphere and in the human sciences in general. In the social brazilian thought were many authors of different areas that dedicated themselves to the racial studies. The affirmative action insertion as a way of getting in the universities has heated and increased the debate in the common sense, the academy and in the media in general. This research began with the intention of investigate the relation between the affirmative action and the race/colour identity. As methodology we used the quantitative and qualitative analysis. Our centre was students of a preparation course for the universities exams called Grupo Perspectiva Integral (GPI). We searched for getting the point of view of this students about their ethnic-racial meanings and relations, opinions and feelings about racial matters in Brazil and specially referred to affirmative action in the education context and investigate the relation between who am I and which is my race/colour in the population. Then, we applied one hundred and one questionnaires and twelve interviews. Although we didnt intend to establish a direct and cause relation between affirmative action and race/colour identities, we were able to make a general and racial profile of the studied population, perceive and analyze many elements referred to racial classification and opinions and feelings about the affirmative action, racism and the professional expectations from the students.
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As escolas privadas da periferia de São Paulo: uma análise desde a colonialidade do poder à brasileira / Private schools in the suburbs of São Paulo: an analysis of coloniality of power in BrazilDantas, Adriana Santiago Rosa 07 December 2018 (has links)
Esta pesquisa teve como objetivo principal analisar a expansão das escolas privadas na periferia do município de São Paulo tendo como recorte a Zona Leste. Buscou-se articular as duas dimensões do objeto a escola privada e a periferia para contribuir com a área de educação e dos estudos urbanos. Foram utilizados dados quantitativos das escolas privadas, por ano de autorização de funcionamento, fornecidos pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, para realização de mapas por geoprocessamento, para verificar a expansão no tempo e no espaço. Elegeu-se como quadro teórico a conceituação da colonialidade do poder à brasileira para analisar o papel da escola privada nas estruturas de poder que justificasse sua presença ao longo do século XX. De um lado, isto implicou em considerar que havia uma hierarquização social, de base racial, forjada desde os tempos coloniais, que separa os setores privilegiados nos postos de trabalhos e de comandos, tendo a educação formal privada como um dos mecanismos materiais e simbólicos de acesso. Por outro lado, buscou-se questionar o estigma da periferia como um espaço de carência e violência, assim como de lócus reservado à escola pública. Defende-se, pois, a tese de que a instalação das escolas privadas é concomitante com a formação da periferia leste desde o início do século XX, indicando que diversos atores da iniciativa privada estiveram presentes na configuração da produção do espaço periférico. / This research main objective was to analyze the rise of private schools in the suburbs of São Paulo city, mainly in East Zone. It aimed to articulate both dimensions of the object private schools and suburbs in order to contribute to the education field and urban studies. Quantitative data about the foundation year of these private schools was provided by São Paulo States Education Secretariat, which was used to build maps through geoprocessing and to verify their rise in space and time. We voted for the conceptualization of coloniality of power in Brazil as an explanatory matrix with the goal of analyzing private schools roles in power structures and to justify their presence in East Zone throughout the 20th century. On one hand, it meant consider the existence of a social hierarchy based on race, which has been constructed since the colonial period and separates privileged sectors in work and control through formal private education as a material and symbolic mechanism of access. On the other hand, we investigated the East Zones stigma, which characterizes the suburb as poor and violent and, therefore, as a public schools exclusively locus. The thesis supported is that the settlement of private schools is concomitant with the east suburbs formation, started in the beginning of the 20th century, which reveals that many private initiative actors have been present in the production configuration of the suburb space.
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Ra?a/cor da pele, g?nero e Transtornos Mentais Comuns na perspectiva da interseccionalidadeSmolen, Jenny Rose 15 February 2016 (has links)
Submitted by Ricardo Cedraz Duque Moliterno (ricardo.moliterno@uefs.br) on 2016-10-10T22:19:59Z
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Previous issue date: 2016-02-15 / Mental disorders cause the largest burden of disability worldwide, and Common Mental Disorders (CMD) cause a significant burden to the community. Brazil has prioritized the health of Black population and the identification of racial disparities in health, yet few studies on mental health exist in Brazil that use race as a variable of analysis. Through a systematic review of the literature, these studies were identified to understand the association between race and mental health. No studies conducted an intersectional analysis of race and gender. The objective of this study is to examine the interaction between race, gender, and CMD in Feira de Santana, BA. This cross-sectional study used a representative sample of the urban population of 15 years or older in Feira de Santana. All those who self-identified as branco, preto, or pardo were included in the analysis. The Self-Report Questionnaire (SRQ-20) was used to determine the presence of CMD. Prevalence ratios for the four race/gender groups (white men, black men, white women, black women) were calculated using a Poisson regression, and an interaction analysis was performed to assess the contribution of the perspective of intersectionality. The results are presented in the form of journal articles. The systematic review is titled ?Race/skin color and mental health disorders in Brazil: a systematic review?, and the analytic article is entitled ?The perspective of intersectionality in quantitative health research: an analysis of the association between the intersections of race and gender, and Common Mental Disorders.? The systematic review showed that studies on mental health that assessed race often used different screening tools to identify the mental disorder and had small sample sizes of Afro-Brazilians; despite these problems, the overall trend shows a positive association between race and anxiety and/or depression. The results of the analytic article show that Black women had the highest prevalence of CMD of all the four race/gender groups, and even controlling for potential confounders Black women had a significantly higher prevalence of CMD, 2.43 times that of White men. The analysis of interaction shows the value of the intersectional perspective?that the prevalence seen in Black women is greater than would have been expected if examining race and gender separately. Determining the prevalence of TMC according to race and gender, and the association between these is essential to truly understand the racial disparities in CMD and for Brazil to fulfill its constitutional right of health for all. / Transtornos mentais causam a maior carga de incapacidade mundialmente, e Transtornos Mentais Comuns (TMC) causam uma carga significante na comunidade. O Brasil est? priorizando a sa?de da popula??o negra e a identifica??o de desigualdades raciais em sa?de, mas existem poucos estudos sobre sa?de mental no Brasil que inclu?ram a vari?vel ra?a/cor da pele como uma vari?vel de an?lise. Atrav?s de uma revis?o sistem?tica, esses estudos foram identificados para entender a rela??o entre ra?a/cor da pele e sa?de mental. Nenhum estudo realizou an?lises sobre a interseccionalidade de g?nero e ra?a com sa?de mental. O objetivo desse estudo ? avaliar a intera??o entre ra?a/cor da pele, g?nero, e TMC em Feira de Santana, BA. Esse estudo transversal utilizou uma amostra representativa da popula??o de 15 anos ou mais de idade na ?rea urbana de Feira de Santana. Todas as pessoas que se auto classificaram como branca, parda, ou preta foram inclu?das na an?lise. O Self Report Questionnaire (SRQ-20) determinou a presen?a de TMC. A preval?ncia de TMC segundo os quatro grupos de ra?a/g?nero (homens brancos, homens negros, mulheres brancas, mulheres negras) foram analisados atrav?s de raz?es de preval?ncia, calculados por regress?o de Poisson. Uma an?lise de intera??o foi realizada para examinar a contribui??o de interseccionalidade. Os resultados est?o apresentados na forma de artigo cient?fico. A revis?o sistem?tica tem o t?tulo ?Ra?a/cor da pele e transtornos mentais no Brasil?, e o artigo anal?tico tem o t?tulo ?A perspectiva de interseccionalidade na pesquisa quantitativa em sa?de: uma an?lise da associa??o entre as intersec??es de ra?a e g?nero e Transtornos Mentais Comuns?. A revis?o sistem?tica mostrou que estudos sobre sa?de mental que avaliaram ra?a/cor da pele muitas vezes usaram instrumentos diferentes e tiveram n?meros pequenos de pessoas negras; mesmo assim, no geral, esses estudos mostraram associa??o positiva entre a ra?a/cor da pele negra e transtornos mentais, como depress?o. Os resultados do artigo anal?tico mostraram que mulheres negras tiveram a preval?ncia mais alta de TMC de todos os quatro grupos de ra?a/g?nero, e quando ajustadas para covari?veis essa preval?ncia foi significantemente maior: 2,43 vezes maior que em homens brancos. A an?lise de intera??o mostrou o valor de utilizar a perspectiva interseccional. A preval?ncia nas mulheres negras foi maior do que era esperado em uma analise tradicional que trata de ra?a e g?nero como fatores separados e independentes. Entender a preval?ncia de TMC segundo ra?a/cor da pele e g?nero, e entender a associa??o entre essas vari?veis ? essencial para compreender as desigualdades raciais nos TMC e para o Brasil cumprir o direito constitucional ? sa?de para todos.
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Desigualdades raciais no mercado de trabalho na Região do ABC (1991- 2011)Silva, Marcelo Martins da January 2015 (has links)
Orientador: Prof. Dr. Gerardo Alberto Silva / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão do Território, 2015. / Nas décadas correspondentes ao período de 1991 a 2011 ocorreram importantes mudanças no cenário econômico, político e cultural brasileiro e, no que diz respeito ao combate às desigualdades raciais, novas perspectivas se apresentaram. Do ponto de vista econômico, a estabilização da economia e a queda das desigualdades nos fazem pensar até que ponto estes processos atingiram a população negra que, segundo o IBGE, era a maioria em 2010. Do ponto de vista cultural e político, desde a década de 1980 a ação dos movimentos negros ganha novos contornos e, a partir da década de 1990, a questão racial passa a fazer parte da agenda pública, ainda que timidamente. É a partir destes pressupostos e seus corolários que esta pesquisa buscou compreender o alcance das desigualdades raciais no mercado de trabalho na Região do Grande ABC no período em questão por meio de informações e dados secundários disponibilizados pelo IBGE, o DIEESE e o Ministério do Trabalho e Emprego, argumentando sobre a resiliência destas desigualdades ante as transformações verificadas. / In the decades corresponding to the period between 1991 and 2011 there were important changes in the economic political and cultural Brazilian landscape, and that of which regards the combat of the racial differences, new perspectives present themselves. From the economic point of view, the stabilization of the economy and the drop of inequalities make us wonder to what extent these processes reached the black population, which according to IBGE were majority in 2010. From the cultural and political standpoint, since the 80's decade the action of the black movements gained new outlining, and since the 90's decade, the racial issue becomes part of the public agenda, yet timidly. It is from this prerogative and its corollaries that this research attempted to understand the reach of racial differences in the labor market at the region of the Grande ABC in the given period through information and secondary data provided by the IBGE, DIEESE and the Ministério do Trabalho e Emprego, arguing about its resilience facing the verified transformations.
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